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Isso é Reforma Sanitária.
Na mesma época ocorria reforma na Itália (Inglaterra foi um pouco antes, França
um pouco depois). A reforma canadense foi uma referência para o ‘Movimento de
Reforma Sanitária’ no Brasil – convergente com (1) a construção de um Estado de
Bem Estar Social – estado prestador de serviços (com todas discussões socialistas
envolvidas); e (2) com o modelo da atenção básica unificadora compreendendo UM
ÚNICO SISTEMA, sujeito a regulação equânime e transparência ao controle
social.
Interessantemente esse ano (com a crise do petróleo) marca o início de um período
de recessão internacional, emergindo o ideário do neoliberalismo e do ‘Estado
mínimo’ (HOBSBAWN, A Era dos Extremos).
Lalonde era o ministro da Saúde do Canadá.

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Tenho um livro (não lido totalmente): “Reforma Sanitária, em busca de uma teoria”.
Era exatamente isso que Lalonde estava procurando. Hoje essa ‘teoria’ é um pouco
mais complicada (veja, como a ponta desse iceberg, o conteúdo de Práticas de
Saúde, Inserção Comunitária, Antropologia, Sociologia, Epidemiologia e
Organização da Assistência à Saúde no Brasil). A Reforma Sanitária brasileira,
delineada na Constituição e na Lei Orgânica da Saúde, foi um tanto quanto menos
acadêmica e mais normativa, mas isso também reverteu contra (ou não) nas
primeiras Normas Operacionais da Saúde (91 e 92) ao não responder o que
determina a solidariedade social.

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CRÍTICA: redução do campo social – não é visto aqui como um
“sobredeterminante” dos outros campos, nem como os diversos campos e seus
componentes interagem entre si (não são caixinhas fechadas nem objetos concretos
mas conceitos e processos mutuamente condicionados).
A definição do setor saúde abre espaço para controvérsia dos ‘limites dos serviços
de saúde’. Observe-se porém que, legalmente, essa controvérsia já foi sanada no
Brasil considerando as seguintes determinações:
Constituição Federal, art. 200º. "Ao sistema único de saúde compete, além de outras
atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a
saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,
hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento
básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

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VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho."
Lei Orgânica da Saúde (8.080/90), art.6º:
"Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
I - a execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador; e
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico;
III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros
insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção;
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a
saúde;
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano;
IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização
de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico;
XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados."
Complementado pelo artigo 32º § 3º da mesma lei:
"As ações de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo Sistema Único de
Saúde (SUS), serão financiadas por recursos tarifários específicos e outros da União,
Estados, Distrito Federal, Municípios e, em particular, do Sistema Financeiro da Habitação
(SFH)."
Agradecimentos à advogada Lenir Santos, ‘O moderno SUS maltratado’, O Globo,
24SET07.

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Esse estudo é uma pesquisa de opinião entre profissionais da saúde quanto a
contribuição dos diversos campos. Essa contribuição NÃO NECESSARIAMENTE
REPRESENTA A REALIDADE. (nível de evidência D – qualidade da afirmação
científica III), mas é o que se tem de aproximação dessa realidade.

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MORAIS, Jomar. ‘A Medicina Doente’, In. SuperInteressante, maio 2001, p.48-58.
Setor Saúde 10%, Estilo de Vida 53%, Ambiente 20%, Genética 17%, referindo
estudo da Universidade Stanford/ EUA

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Trata-se de um resgate da Medicina Social do século XIX (Virchow) em oposição a
hegemonia do Modelo Biomédico no século XX. No século XX ocorreu a reforma
médica (Relatório Flexner e Fundação Rockfeller), de caráter fundamentalmente
cientificista, reduzindo a prática médica ao modelo biomédico, que convergente
com o desenvolvimento tecnológico em saúde dos EUA (diagnóstico por imagens e
bioquimica, medicamentos e radioterapia) foi exportado para o resto do mundo.
Vejam: AYRES, Ricardo. Sobre o Risco: para compreender a Epidemiologia. São
Paulo: HUCITEC, 2002.

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Coisa de comunista...
Mas lembrem de humanização: não são cobaias, camundongos, são seres humanos,
com necessidades e demandas que em verdade são quem, em última instância, estão
nos pagando. São clientes antes de serem pacientes. São gente antes de serem
clientes.

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Convergente com Cidade Saudável.
ESTRATÉGIA 1 DE OTAWA

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ESTRATÉGIA 2 DE OTAWA

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ACRESCENTAR:
Política Nacional de Promoção da Saúde (2006) e Política Nacional de Atenção
Básica (2006), desdobramentos do Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão
(port.MS\GM 399 e 699/06) e o HumanizaSUS (2005).

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Promoção da Saúde é mais do que Serviços de Saúde/ setor
saúde/ SUS.
(daí: intersetorialidade).

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