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HISTÓRIA SOBRE A

VIGILÂNCIA SANITÁRIA

PROF ª MA. HÉRIKA POLYANA S. M. RABÊLO


INTRODUÇÃO
A segurança alimentar é uma questão que tem mobilizado
esforços de governantes do mundo inteiro, no sentido de
minimizar um número crescente de doenças causadas por
alimentos contaminados.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
O que se entende por Vigilância Sanitária?

Remonta ao período colonial, a partir das ações da


polícia sanitária, cujas atividades eram exercidas pelas Câmaras
Municipais. Seus principais objetivos eram coibir a propagação
de doenças por meio do controle sanitário em portos,
cemitérios, sobretudo em locais de comercialização de
alimentos, além de combater o exercício ilegal das profissões
ligadas à saúde.
Com o advento da instauração da República, o controle sanitário
foi melhor definido por meio de criação de leis em substituição
às normas então existentes.

VIGILÂNCIA No ano de 1953 foi criado o Ministério da Saúde, por meio da


SANITÁRIA divisão do então Ministério da Educação e Saúde

O Ministério da Saúde ficou responsável por todas as ações de


vigilância sanitária, as quais eram extremamente centralizadoras
e burocráticas. Simultaneamente, as descobertas nos campos da
bacteriologia e terapêutica, no período entre a Primeira e a
Segunda Guerra Mundial, levou à necessidade de
reestruturação da vigilância sanitária (VISA).

As atribuições da VISA cresceram devido à reestruturação e ao


crescimento econômico apresentados no Brasil nesse período.
A partir da promulgação da Constituição Federal de
1988, o Estado passa a ter o papel de provedor da
saúde da população.

A lei n. 8.080, conhecida como “Lei Orgânica”, dispõe


sobre as condições para a promoção, proteção e
VIGILÂNCIA
recuperação da saúde, e foi promulgada em 19 de
setembro de 1990.
SANITÁRIA
Essa Lei compreende as ações e os serviços de saúde
executados por pessoas naturais ou jurídicas de direito
público ou privado em todo o território nacional.
A lei n. 8.080/1990 determina que, entre
as ações do SUS, estão incluídas aquelas
que envolvem a fiscalização e a inspeção
de alimentos, águas e bebidas para o
consumo humano, além de todas as ações
VIGILÂNCIA de vigilância sanitária.
SANITÁRIA A produção e comercialização de
alimentos, por tratarem de bens de
consumo e serviços diretamente
relacionados à saúde, estão inseridas no
âmbito de competências do SUS e da
vigilância sanitária.
Locais atuação de atuação da Vigilância Sanitária
Ø Locais de preparo e comércio de alimentos: açougues, mercearias, padarias,
restaurantes, bares e supermercados.
Ø Locais de lazer: privados e públicos.
Ø Indústria: de cosméticos, medicamentos, produtos para a saúde e saneantes.
Ø Laboratórios: banco de sangue e hemoderivados.
Ø Defensivos agrícolas: indústria e postos de venda desses produtos.
Ø Clínicas e todos os lugares que façam uso de radiação ionizante
para fins diagnósticos.
Ø Portos, aeroportos e fronteiras.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
• A regulamentação do SUS traça diretrizes descentralizadoras para a saúde pública
e, mediante isso, as esferas de governos estaduais e municipais executam ações de
vigilância sanitária, inclusive legislando sobre a matéria, quando necessário.

• Em 1999, atendendo às disposições do SUS no tocante a ações de vigilância


sanitária, foi promulgada a lei n. 9.782/1999, que define o Sistema Nacional de
Vigilância Sanitária (SNVS) e cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
ANVISA

• É uma autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde,


com sede no Distrito Federal, com prazo de duração indeterminado e
atuação em todo o território nacional.

•Possui autonomia financeira, independência administrativa e estabilidade


de seus dirigentes. A sua criação representa um grande avanço para a saúde
pública, principalmente na área de alimentos, incluindo não só ações de
fiscalização e controle, como também de orientação e informação aos
produtores e consumidores.
ANVISA
• As medidas sanitárias executadas pelos agentes da Anvisa podem ser divididas
em dois tipos:

ü Medidas preventivas
ü Medidas administrativas
Medidas Preventivas

• São tomadas quando existem provas ou evidências suficientes de que uma conduta pode
causar agravos à saúde. Dessa maneira, e suplantadas pelo princípio da precaução,
podem ser adotadas ações como:

Ø Paralisação da fabricação de determinado produto.

Ø Comercialização e/ou uso de determinado produto.

Ø Interdição parcial ou total de um estabelecimento

e/ou produto.
• As medidas preventivas visam deter a exposição da população a riscos até que seja
concluída a investigação. Essas medidas abrangem todo o território nacional e são
publicadas no Diário Oficial da União, por meio de Resoluções Específicas.
Medidas Administrativas

• Ocorrem quando, no ato de uma investigação técnica, forem obtidas provas da


existência de infração sanitária. Nesse caso, um Processo Administrativo Sanitário (PAS)
deve ser instaurado imediatamente, o que possibilita o amplo direito de defesa para a
empresa autuada.
FISCALIZAÇÃO
• As autoridades competentes estabelecem penalidades sanitárias no caso de
condenação de empresas após a conclusão do processo administrativo, tais como:

Ø Advertência e/ou cancelamento da autorização de funcionamento da


empresa.
Ø Advertência e/ou cancelamento da autorização de registro do produto.
Ø Aplicação de multas que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.
FISCALIZAÇÃO
• A Anvisa poderá delegar aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal a
execução de algumas ações que sejam próprias a ela.
• Sobre o controle de alimentos, ao longo dos anos, diversas medidas têm sido
regulamentadas a fim de garantir a qualidade dos alimentos, desde regulamentos
técnicos específicos até normas de caráter geral, aplicáveis a todo tipo de indústria
alimentícia.
• Atualmente, a fiscalização de alimentos tem como ponto fundamental o Sistema de
Análise de Perigos em Pontos Críticos de Controle (APPC), que será estudado ao
longo do curso de Nutrição, estabelecido pelo Ministério da Saúde em 1993, a
partir da Portaria n. 1.428
FISCALIZAÇÃO
• A Portaria n. 1.428 aprova o “Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de
Alimentos” e as “Diretrizes para o Estabelecimento de Padrões de Identidade e
Qualidade (PIQ) para os Serviços e Produtos nas Áreas de Alimentos”.

•Em 1997, a Secretaria de Vigilância Sanitária, por meio da Portaria n. 326/1997, da


SVS/MS, aprovou o “Regulamento Técnico sobre Condições Higiênico-Sanitárias e
Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores
de Alimentos”.
FISCALIZAÇÃO
• O regulamento citado se aplica (quando for o caso) a toda pessoa física ou jurídica
que possua, pelo menos, um estabelecimento no qual sejam realizadas algumas das
atividades seguintes:
ü 1. Produção e industrialização de alimentos.
ü 2. Fracionamento de alimentos.
ü 3. Armazenamento de alimentos industrializados.
ü 4. Transporte de alimentos industrializados.
FISCALIZAÇÃO

• Em 2004, a Anvisa publicou a RDC n. 216, que corresponde às boas práticas


aplicadas aos serviços de alimentação, que devem ser atendidas por restaurantes
industriais ou empresas que produzem refeições em larga escala, até por bares,
padarias, supermercado etc., que servem refeições comerciais ou vendem
alimentos industrializados.

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