Você está na página 1de 18

DOMINA CONCURSOS

Farmácia Hospitalar
No início do século XX, o farmacêutico atuava e exercia influência sobre todas as etapas
do ciclo do medicamento. Para a sociedade, era um profissional de referência nos
aspectos do medicamento sempre consultado por todas as classes de cidadãos.
Responsável pela guarda e dispensação de medicamentos, nesta fase inicial,
o farmacêutico hospitalar, também, manipulava praticamente todo arsenal terapêutico
disponível na época. Com a expansão da indústria farmacêutica, a prática de formulação
pela classe médica foi abandonada, somando-se a diversificação do campo de ação do
profissional farmacêutico, levaram-no a se distanciar da área de medicamentos,
descaracterizando a farmácia.
Entre 1920 e 1950, as farmácias hospitalares converteram-se num canal de distribuição
de medicamentos produzidos pela indústria devido à intensificação da descaracterização
das funções do farmacêutico.

A partir de 1950 os serviços de farmácia, representados na época pelas Santas Casas de


Misericórdia e Hospital das Clínicas de São Paulo, passaram a desenvolver-se e
modernizar-se. Um nome inesquecível na luta pela reestruturação da farmácia hospitalar
no país é o do professor José Sylvio Cimino, que dirigia o serviço de farmácia do Hospital
das Clínicas de São Paulo e que publicou em 1973 o livro Iniciação a Farmácia
Hospitalar, primeira obra científica da área.

Em 1975 a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) introduziu no currículo do


curso de farmácia a disciplina Farmácia Hospitalar, tornando-se mais tarde uma realidade
em diversas universidades. Além disso, em 1980 foi implantado o curso de pós-
graduação em Farmácia Hospitalar na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A partir de 1982, o Ministério da Educação (MEC), passou a incentivar programas de


desenvolvimento para a farmácia hospitalar, colaborando para a formação de um número
elevado de profissionais. Em 1985, o Ministério da Saúde preocupado com os problemas
de infecção hospitalar, passou a incentivar a reestruturação das farmácias hospitalares,
promovendo cursos de especialização.

Já em 1995 foi criada a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH),


contribuindo intensamente para a dinamização da profissão e para o desenvolvimento da
produção técnico-científica nas áreas de assistência farmacêutica hospitalar.

Nesse momento, vivemos uma fase clínico-assistencial da farmácia hospitalar, como


expressa o conceito da SBRAFH: “unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida
por profissional farmacêutico, ligada, hierarquicamente, à direção do hospital e integrada
funcionalmente com as demais unidades de assistência ao paciente”.
A atuação da farmácia hospitalar se preocupa com os resultados da assistência prestada
ao paciente e não apenas com a provisão de produtos e serviços. Como unidade clínica,
o foco de sua atenção deve estar no paciente, nas suas necessidades e no
medicamento, como instrumento.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 3
DOMINA CONCURSOS

Estrutura Organizacional
Dois assuntos, sob nossa ótica, são fundamentais em Farmácia Hospitalar para
podermos entender o seu funcionamento e que são representados pelas teorias
organizacionais e de gestão de serviços e pelo planejamento, considerando que não
podemos divorciar os aspectos técnicos dos administrativos quando avaliamos este tipo
de serviço.

Considerando a importância desses assuntos, passaremos a abordar determinadas


questões marcantes sobre ambos, com o objetivo de fundamentar colocações que serão
abordadas nos proximamente.
É evidente que ambos assuntos são extremamente complexos e podem ser observados
e analisados por ângulos diferenciados e portanto não é nossa proposta o tratamento
profundo dos assuntos que podem e devem ser estudados através de diversas obras.
Nossa intenção é somente contextualizar o pensamento de alguns autores sobre os
referidos assuntos e refleti-los sob a ótica de uma Farmácia Hospitalar.
Conforme verificamos uma das atividades de relevância para o desenvolvimento de
empresas privadas ou instituições estatais é sua organização ou estrutura organizacional.
A complexidade das organizações através do tempo fez com houvesse estudos cada vez
mais profundos da questão e diversas teorias e autores tentaram explicar o
desenvolvimento dessas organizações.

Podemos verificar a estrutura organizativa da Farmácia Hospitalar através da


dependência hierárquica refletida por seu organograma (estrutura formal), ou pelas
observações e entrevistas realizadas (informal), tanto em nível interno como ambulatorial.

A Farmácia Hospitalar pode ser enquadrada nas categorias de departamento, serviço e


seção, funcionando no sistema hospitalar como apoio clínico. Para tanto, deve estar
integrada a outros grupos de serviços, tais como: laboratório de análises clínicas,
radiologia, nutrição, central de esterilização, bem como a todas as clínicas existentes no
hospital. Pode atuar também com a função de apoio administrativo, devendo, portanto,
estar integrada a um grupo de serviços, como compras ou abastecimento (serviço de
material) e administração geral (pessoal, manutenção, vigilância, etc.).

Outro fator importante está representado pelas linhas de supervisão e de coordenação.


Quem supervisiona a Farmácia Hospitalar e que áreas de atividades são
supervisionadas?. A quem cabe a supervisão do chefe ou encarregado da Farmácia e
que áreas de atividades são supervisionadas?. Quais são os mecanismos formais e
informais com os serviços clínicos e de apoio (Comitês, Comissões, Conselhos) e com os
níveis hierárquicos superiores da instituição. (Comitês, Comissões Regionais, Nacionais,
etc.)? (OPAS, 1992).
O estabelecimento de políticas, através de normas, manuais e diretrizes, que
regulamentem o funcionamento da organização da farmácia, é necessário e essas
normas devem constar em documentos vigentes, conhecidas por todos os usuários.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 4
DOMINA CONCURSOS

Para tanto, devem verificar-se a existência de um documento que contenha as funções


da farmácia, assim como as tarefas e responsabilidade de cada servidor, além de outras.

É necessário identificar a participação do chefe ou encarregado pela Farmácia e de seu


pessoal em cada um dos componentes da atenção farmacêutica, assim como também
em outras atividades realizadas pela Unidade de Saúde que objetive o uso racional de
medicamentos (OPAS, 1992).

Uma boa organização das farmácias é importante para se preservar a eficácia e as


condições de integridade do medicamento, assim como reduzir perdas e garantir um
ambiente agradável de trabalho. Contribui para o bom desempenho profissional, agiliza a
dispensação, evita erros e melhora a qualidade do atendimento dispensado ao paciente.

O estabelecimento de políticas, através de normas, manuais e diretrizes, que


regulamentem o funcionamento da organização da farmácia, é necessário e essas
normas devem constar em documentos vigentes, conhecidas por todos os usuários. Para
tanto, devem verificar-se a existência de um documento que contenha as funções da
farmácia, assim como as tarefas e responsabilidade de cada servidor, além de outras.

No que se refere à área física devem ser consideradas as áreas de administração, de


recepção, de envase, de distribuição e de produção. Em relação ao espaço físico o guia
informa a possibilidade de utilização de alguns indicadores, como tais:
· 250 leitos - 210 m²
· 600 leitos - 375 m²
· 1000 leitos - 500 m²

É importante destacar que os indicadores mencionados são elásticos e dependem do


cenário e do contexto em que esta inserida a Farmácia. No caso de armazenagem de
outros insumos, a área deve ser aumentada em 50% Para a área administrativa,
recomenda-se 2 m²por funcionário, com uma altura mínima de 2,5 m² de pé direito.

Também, deve-se considerar as condições específicas da armazenagem da área


utilizada e a ventilação e iluminação adequada, preferencialmente natural. Os pisos
devem ser de materiais resistentes e fáceis de serem limpos através de lavagem, além
de declives apropriados, tanto no que se refere a pisos e paredes.

Outros sistemas que deve ser constantemente revistos é o elétrico, além de um sistema
adequado de combate a incêndios e de ventilação adequados às necessidades. A
instalação para vestuário dos funcionários deve ser observada, com lavatórios
específicos para os primeiros socorros em caso de acidentes.

A escolha do local destinada à farmácia será definida por critérios de acessibilidade,


comunicação, segurança, higiene e drenagem. As salas destinadas a farmácias devem
ser de uso exclusivo de medicamentos, oferecer segurança, com boa ventilação e ao
abrigo da luz solar direta. As paredes, o piso e teto não devem possuir rachaduras; as
superfícies devem ser lisas, não soltarem pó; ser de fácil limpeza; não permitir a entrada

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 5
DOMINA CONCURSOS

de insetos, roedores, etc; com iluminação, ventilação, unidade e temperatura controladas.


O piso deve ser impermeável e as paredes não devem apresentar sinais de umidades e
mofo. A cobertura deve estar em perfeito estado, sem goteiras e se possível possuir
forro.

O espaço físico destinado à farmácia deve conter uma área destinada a dispensação e
uma área anexa destinada ao armazenamento de medicamentos. Segundo a
Organização Mundial de Saúde deve-se observar um espaço mínimo de 1,2 m² para
cada leito hospitalar e 0,6 m² para área de almoxarifados.

A área de dispensação deve conter um guichê ou balcão para atendimento da


enfermagem . Este local deve ser de fácil acesso, permitir uma proximidade entre o
dispensador e o pessoal de enfermagem e ao mesmo tempo evitar o fluxo de pessoas na
área onde ficam os medicamentos.
O espaço disponível dever ser compatível com o nº de leitos e o fluxo de pacientes e a
quantidade de produtos a serem armazenados para facilitar a manutenção, limpeza,
deslocamento de funcionários e segurança.

Os medicamentos devem ser organizados em prateleiras, em pequenas quantidades que


devem ser repostas constantemente, obedecendo às normas de armazenamento. Os
medicamentos devem estar dispostos por forma farmacêutica ou por ordem alfabética,
sendo que os de maior movimentação devem ficar mais próximo do local de entrega. As
prateleiras devem ser firmes, não devendo tocar o chão para facilitar a limpeza.

Manter os medicamentos nas embalagens originais, observando sempre os prazos de


validade. Os medicamentos controlados devem ficar guardados em armário com chave,
ficando a mesma sob responsabilidade do profissional farmacêutico. As farmácias que
dispensam medicamentos que necessitam de refrigeração devem ter uma geladeira
exclusiva para tal uso.

A área de distribuição interna destinada a distribuir os medicamentos para consumo


interno das diversas clínicas do hospital deve ter uma metragem mínima de 40 m2 e a
área deve ser constantemente limpa e seguir as boas Normas de Armazenamento de
Medicamentos e correlatos nacionais e internacionais. A área de distribuição interna
funciona como um entreposto entre a área destinada ao almoxarifado geral da farmácia
hospitalar e as clínicas que compõem o hospital, logo não deve possuir grandes estoques
de medicamentos.

2 - Atribuições Gerais da Farmácia Hospitalar


1. Administrar o estoque dos medicamentos de acordo com as necessidades do hospital,
realizando aquisição / seleção de medicamentos a partir do consumo médio, do estoque
mínimo e do ponto de ressuprimento.
2. Garantir que os medicamentos sejam distribuídos dentro da data de validade e que o
local de armazenamento possua condições ideais de temperatura e umidade, de acordo
com as Boas Práticas de Produção e Distribuição, visando a manutenção das naturezas
físicas e bioquímicas de suas composições.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 6
DOMINA CONCURSOS

3. Realizar seleção e padronização de medicamentos


4. Promover distribuição dos medicamentos de forma racional, adequada à estrutura do
hospital.
5. Orientar as especialidades médicas quanto ao uso correto dos medicamentos e sua
conservação.
6. Promover o ensino e treinamento dos funcionários para o trabalho em Farmácia
Hospitalar.
Esses requisitos mínimos são indispensáveis para promover meios de pronto
estabelecimento dos pacientes no hospital e para atender às exigências da legislação
pertinente e do Código de Defesa do Consumidor, em seus artigos 6 e 8, a saber:
Artigo 6º:
“Todo consumidor tem direito a: Proteção à vida, saúde e segurança contra riscos
provocados por práticas de fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos
ou nocivos. A educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e
serviços, assegurada a liberdade de escolha e igualdade nas contratações a informação
adequada e clara sobre os diverso produtos e serviços, com especificação correta de
quantidade, característica, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos
que apresentem.”
Artigo 8º
(Capítulo IV, seção I – da proteção à saúde e segurança) “Os produtos e serviços
colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde e segurança dos
consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis de sua natureza e função,
obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e
adequadas a seu respeito.”

3 - Atribuições dos Trabalhadores em Farmácia Hospitalar

As funções e atribuições dos serviços e dos profissionais do setor também podem ser
divididas em administrativas, técnicas e operacionais. Para o melhor desempenho do
serviço, todos os funcionários, de acordo com o cargo que ocupam, devem estar cientes
de suas atribuições. O estabelecimento destas atribuições permite ao gestor farmacêutico
a definição dos cargos, a determinação do perfil e a seleção do funcionário mais
adequado para o trabalho.

4 - Atribuições dos Chefe/Diretor do Serviço/Departamento de Farmácia Hospitalar

Administrativas:
- Organizar e controlar as atividades técnico-administrativas do serviço.
- Manter atualização das informações, da documentação e seu arquivamento.
- Confeccionar e manter atualização do memento terapêutico, do manual de normas e
procedimentos operacionais e do manual de interações medicamentosas.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 7
DOMINA CONCURSOS

- Coordenar escala de férias, licenças e plantões dos funcionários em exercício no


Serviço, bem como recomendar medidas disciplinares.
- Cumprir e fazer cumprir as ordens de acordo com a escala hierárquica, assim como as
normas e diretrizes técnicas e administrativas.
- Avaliar o desempenho funcional de seus subordinados.

Operacionais:
- Controlar o estoque e fazer reposição dos medicamentos de acordo com consumo
médio, o estoque de segurança e o ponto de ressuprimento, assim como fiscalizar a
entrada / saída dos medicamentos e opinar quanto ao preço, qualidade e quantidade que
deva permanecer em estoque.
- Assegurar atendimento adequado aos pacientes em relação à distribuição dos
medicamentos
- Promover reuniões de instrução, avaliação e coordenação de atividades.
- Orientar o chefe da guarda de medicamentos quanto à interdição de lotes e aos planos
de recolhimento.

Técnicas:
- Responder pela aquisição, distribuição, qualidade e registro das substâncias
controladas
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Medicamentos, Insumos, dietéticos e
Correlatos
- Atualizar e padronizar os medicamentos, bem como sugerir novos medicamentos, de
acordo com as características do hospital, com vantagens técnicas e econômicas, aos
integrantes da Comissão Hospitalar de Farmácia e Terapêutica.
- Sugerir e promover medidas para redução do custo operacional.
- Cooperar com as especialidades no planejamento e execução de programas
econômicos, técnicos e científicos.

5 - Atribuições do Chefe do Almoxarifado da Farmácia Hospitalar

Em nossa opinião o armazem/almoxarifado/central de abastecimento de uma Farmácia


Hospitalar, considerando sua complexidade e responsabilidade deve ser cheiado por um
farmacêutico.

Administrativas:
- Centralizar o recebimento de dados que envolvem consumo, distorções, incidência de
prescrições e alterações na movimentação de estoque.
- Avaliar o desempenho funcional de seus subordinados.

Operacionais:
- Receber, registrar e controlar os medicamentos, mantendo a documentação
arquivada adequadamente, de acordo com instruções legais.
- Observar sistema de disposição ordenada do estoque, permitindo rápido inventário e

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 8
DOMINA CONCURSOS

fácil inspeção. Observar altura das pilhas, empilhamento máximo permitido e


distâncias, conforme critérios previamente estabelecidos.
- Orientar a organização dos medicamentos nas devidas prateleiras, com
identificações próprias de acordo com nome, forma, código e validade, em áreas
tecnicamente adequadas à natureza física e bioquímica de suas composições.
- Realizar inventários e auditorias periódicas – procedimentos que devem começar e
terminar no mesmo dia (conferir estoques, validade, armazenamento, consumo,
validação de refrigeradores, manutenção de equipamentos, aferidores de temperatura e
umidade, inspeção de equipamentos contra insetos e roedores, limpeza das instalações).

Técnicas:
- Consultar as diferentes especialidades em relação à solicitação dos medicamentos que
não estão apresentando rotatividade de estoque.
6 - Atribuições do Profissional Farmacêutico
Administrativas:
- Conhecer, interpretar e cumprir as exigências da legislação pertinente.
- Supervisionar processos de aquisição de produtos.
- Manter atualizada escrituração de manuais, formulários, bancos de dados e boletins de
informação.
- Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e os procedimentos relativos aos
aspectos operacionais da manipulação de formulações magistrais e oficinais.

Operacionais:
- Especificar, selecionar, inspecionar e armazenar criteriosamente as matérias primas e
materiais de embalagens necessários ao preparo das formulações.
- Participar de estudos de farmacovigilância, tendo por base a análise de reações
adversas e
interações medicamentosas.
- Organizar e operacionalizar áreas de funcionamento da farmácia
Técnicas:
- Qualificar fornecedores pela exigência de certificados de Boas Práticas de Produção e
assegurar recebimento dos certificados de análise emitidos pelos fornecedores.
- Avaliar prescrição médica quanto à adequação, concentração e compatibilidade
físicoquímica dos componentes, dose e via de administração.
- Assegurar condições adequadas de manipulação, conservação, transporte,
dispensação e avaliação final da formulação, visando evitar riscos.
- Determinar os prazos de validade de cada produto manipulado.
- Promover e registrar treinamento operacional e de educação continuada, para
atualização dos profissionais envolvidos na manipulação. O conceito de garantia da
qualidade e todas as medidas capazes de melhorar a compreensão e sua implementação
devem ser amplamente discutidos durante as sessões de treinamento.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 9
DOMINA CONCURSOS

- Informar aos pacientes o modo de usar de cada medicamento, os riscos possíveis, os


efeitos colaterais, as incompatibilidades física e química, as interações com
medicamentos e alimentos e outras informações pertinentes à utilização correta dos
produtos.

7 - Atribuições dos Trabalhadores em Exercício no Serviço/Diretoria


Administrativas:
- Atender às solicitações de medicamentos (formulários próprios ou prescrições médicas)
o mais rápido possível.
- Manter a chefia do serviço informada sobre qualquer irregularidade ocorrida no setor.
Operacionais:
- Manter organização e limpeza do setor de trabalho (organização física e atividades)
- Cumprir as diretrizes do manual de normas e procedimentos e as estabelecidas pela
política institucional.
- Despachar os pacotes de medicamentos destinados a cada paciente, quando prontos e
etiquetados.
- Participar ativamente da implantação das rotinas operacionais contemplando todos os
setores, desde almoxarifado até o transporte.
Operacionais:
- Avaliar com inspeção visual a chegada do produto na área de produção e confrontar os
produtos com as especificações das solicitações.
- Garantir que todas as superfícies de trabalho estejam limpas e desinfetadas com os
desinfetantes padronizados para essas áreas, antes do início do trabalho, inclusive as
superfícies internas das capelas de fluxo laminar.
- Assegurar lavagem e escovação de mãos, unhas e antebraços pelos funcionários
manipuladores com anti-séptico apropriado, antes do início de qualquer atividade na área
de produção e toda vez que se fizer necessário (após descontaminação dos insumos ou
contaminação acidental no próprio ambiente).
- Conferir cuidadosamente a identificação do paciente, antes, durante e depois da
preparação das manipulações e sua correspondência com o preparo em questão, assim
como as quantidades correspondentes na prescrição médica;
- Garantir que toda manipulação contenha rótulo com as informações mínimas
necessárias.
Técnicas:
- Manipular e fracionar os medicamentos, após paramentação e limpeza adequadas,
observando com rigor as boas práticas de manipulação e as normas estabelecidas nos
manuais de bancada, onde devem estar descritos os protocolos de manipulação.
Atribuições dos Servidores que Manipulam Medicamentos
- Estabelecer prazo de validade do lote manipulado, de acordo com as informações dos
fabricantes dos produtos industrializados, da literatura e com os testes de validação do

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 10
DOMINA CONCURSOS

processo de preparo e esterilidade, respectivamente documentados;


- Garantir a padronização do controle microbiológico com as rotinas desenvolvidas por
escrito e documentação dos resultados, quando houver manipulação de soluções
estéreis, de acordo com a classificação dos riscos de manipulação.
O ideal é que todas estas recomendações estejam contidas em um manual do serviço
que esteja disponível para consulta.
Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares têm por objetivo o conjunto de atividades
farmacêuticas, exercidas em organismos hospitalares ou serviços a eles ligados, que são
designadas por “atividades de Farmácia Hospitalar”. Os Serviços Farmacêuticos
Hospitalares são departamentos com autonomia técnica e científica, sujeitos à orientação
geral dos Órgãos de Administração dos Hospitais, perante os quais respondem pelos
resultados do seu exercício.
A direção dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares é obrigatoriamente assegurada por
um farmacêutico hospitalar Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares são o serviço que,
nos hospitais, assegura a terapêutica medicamentosa aos doentes, a qualidade, eficácia
e segurança dos medicamentos, integra as equipas de cuidados de saúde e promove
ações de investigação científica e de ensino.
Histórico da Farmácia Hospitalar
Para se falar de Farmácia Hospitalar é preciso primeiro conhecer um pouco do seu
histórico, pois assim será possível compreender melhor o que está ocorrendo no Brasil
atualmente e o que provavelmente acontecerá no futuro.
A primeira farmácia hospitalar que se tem registro data de 1752 em um hospital da
Pensilvânia – EUA, na qual foi apresentada a primeira proposta de padronização de
medicamentos. No Brasil as farmácias hospitalares mais antigas foram instaladas nas
Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Militares, onde o farmacêutico manipulava os
medicamentos dispensados aos pacientes internados, obtidos de um ervanário do próprio
hospital.
Com a industrialização do medicamento, surgindo assim o fármaco pronto para o uso,
houve uma crise na profissão farmacêutica, atingindo de forma parecida o farmacêutico
de hospital. Por que ter um farmacêutico no hospital para produzir medicamentos se este
produto pode ser comprado pronto? E assim o farmacêutico praticamente desapareceu
dos hospitais só permanecendo nas instituições de grande porte.
Em vários países desenvolvidos a saída para esta crise foi a volta da atenção do
farmacêutico hospitalar para conhecimento na área da estabilidade, farmacocinética,
farmacodinâmica, ou seja, o farmacêutico passou a ser um expert em medicamentos,
recuperando a relação médico-farmacêutico e farmacêutico-paciente. A sua principal
arma ou habilidade passou a ser a informação. Em 1965 surgiu nos EUA a farmácia
clínica, que tem como meta principal o uso racional dos medicamentos e o farmacêutico
além das suas atribuições junto aos medicamentos passa a ter atividades clínicas
voltadas para o paciente.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 11
DOMINA CONCURSOS

Em países subdesenvolvidos como o Brasil, a saída para a crise da profissão foi a busca
de novos caminhos de atuação, dando ênfase principalmente nas análises clínicas. As
consequências deste fato foram bastante danosas para o país e para a profissão
farmacêutica, pois a questão do medicamento ficou aleijada.
Atualmente, embora o Brasil seja uma das dez maiores economias do mundo, o quarto
mercado farmacêutico do mundo em vendas e tenha uma flora medicinal riquíssima,
importa a maioria dos medicamentos que consomem.
A história da farmácia hospitalar brasileira pode-se dizer que recomeçou com o Prof.
Cimino, no Hospital das Clínicas de São Paulo, na década de 50 e 60, realizando um
trabalho destacado, com ênfase na farmacotécnica hospitalar.
Farmácia Hospitalar
A Farmácia Hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-científica e
administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas à produção, armazenamento,
controle, dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos às unidades
hospitalares. É igualmente responsável pela orientação de pacientes internos e
ambulatoriais, visando sempre a eficácia da terapêutica, além da redução dos custos,
voltando-se também para o ensino e a pesquisa, propiciando assim um vasto campo de
aprimoramento profissional.
Um Serviço de Farmácia em um hospital é o apoio clínico integrado, funcional e
hierarquicamente, em um grupo de serviços que dependem diretamente da Direção
Central e estão em constante e estreita relação com sua administração.
A principal razão de ser da Farmácia é servir ao paciente, objetivando dispensar
medicações seguras e oportunas. Sua missão compreende tudo o que se refere ao
medicamento, desde sua seleção até sua dispensação, velando a todo momento por sua
adequada utilização no plano assistencial, econômico, investigativo e docente. O
farmacêutico tem, portanto, uma importante função clínica, administrativa e de consulta.
Para que haja um bom funcionamento nas farmácias hospitalares conta-se com uma
equipe de profissionais que trabalham sempre para a melhoria desta ala que consideram
hoje como um dos principais setores contidos em um hospital. Esta equipe conta com o
Profissional farmacêutico, que é o profissional responsável pela aquisição distribuição e
acompanhamento do uso dos medicamentos e produtos para a saúde (seringas agulhas,
fios de
suturas entre outros) nos hospitais e serviços de saúde. Sua missão precípua é contribuir
para a segurança de todas as pessoas que utilizam medicamentos.
Para cumprir essa missão, o farmacêutico realiza diversas atividades: logística de
suprimentos (seleção, aquisição, armazenamento, distribuição e controles de produtos),
acompanhamento clínico do uso de medicamentos (farmacovigilância, farmácia clínica e
atenção farmacêutica), manipulação de medicamentos (nutrição parenteral,
quimioterápicos e doses unitárias), fracionamento de medicamentos, dispensação de
medicamentos, entre outras. Também conta com os Técnicos de Farmácia que presta

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 12
DOMINA CONCURSOS

assistência dentro da farmácia de um hospital. Entre as funções exercidas por esse


profissional vale destacar as seguintes: Prestação de apoio à equipe de Enfermagem;
Conferências das prescrições médicas; Preparação de medicamentos ( diluição e
fracionamento); esclarecimento de dúvidas sobre o uso de uma determinada medicação;
organização dos medicamentos dentro da farmácia; conferência do estoque observando
o lote e a data de validade; recebimentos de novos medicamentos e etiquetação dos
mesmos; Conferência e registros de notas fiscais, etc.
Comissão de Farmácia e Terapêutica
A responsabilidade pelo desenvolvimento e supervisão de todas as políticas e práticas de
utilização de medicamentos no hospital com intuito de assegurar resultados clínicos
ótimos e um risco potencial mínimo é da Comissão de farmácia e terapêutica (CFT). A
Comissão de farmácia e terapêutica (CFT) assessora a diretoria clínica nos assuntos
relacionados a medicamentos e terapêutica e serve como elo entre a farmácia e a equipe
de saúde.
Ações educativas, assessoria técnica e divulgação sobre medicamentos são realizadas
pela Comissão de farmácia e terapêutica (CFT) no hospital. Esta é a comissão hospitalar
mais importante para a farmácia. A Comissão de farmácia e terapêutica (CFT) dever
executar as seguintes atividades no hospital:
1. Estabelecer normas e procedimentos relacionados à seleção, à distribuição, à
produção, à utilização e à administração de fármacos e agentes diagnósticos;
2. Padronizar, promover e avaliar o uso seguro e racional dos medicamentos prescritos
no hospital;
3. Redigir o guia farmacoterápico ou formulário farmacêutico;
4. Avaliar periodicamente o arsenal terapêutico disponível, promovendo inclusões ou
exclusões segundo critérios de eficácia, eficiência clínica e custo;
5. Normatizar procedimentos farmacoclínicos que se relacionam com a terapêutica
medicamentosa;
6. Coordenar avaliações clínicas e estudos de consumo de medicamentos em pesquisa
ou recém-lançados;
7. Sugerir medidas que possibilitem a disponibilidade de recursos materiais e humanos,
assegurando a viabilidade da política de medicamentos dentro da instituição;
8. Disciplinar a ação dos representantes da indústria farmacêutica dentro do hospital;
9. Estudar medicamentos sob o ponto de vista clínico, biofarmacêutico e químico,
emitindo parecer técnico sob sua eficácia terapêutica como critério fundamental de
escolha;
10. Divulgar informações relacionadas a estudos clínicos relativos aos medicamentos
incluídos e excluídos do formulário farmacêutico;

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 13
DOMINA CONCURSOS

11. Fazer estudos e/ou revisões bibliográficas sobre medicamentos;


12. Elaborar programas de notificação e acompanhamento de reações adversas.
Para otimizar os trabalhos a comissão deve elaborar um regimento, definir as pautas das
regiões e documentar as ações e deliberações. A equipe de saúde deve ser
rotineiramente comunicada das decisões da Comissão de farmácia e terapêutica (CFT).
É recomendável que a Comissão de farmácia e terapêutica (CFT) se reúna pelo menos
seis vezes ao ano.
Sistema de Dispensação de Medicamentos
Da mesma forma que uma Farmácia pública, uma Farmácia Hospitalar precisa estar
organizada para dispensar adequadamente os produtos que dispõe para os pacientes.
A escolha da forma de dispensação a ser adotada deve levar em consideração
características de cada Hospital, e os recursos disponíveis para sua implantação.
Os recursos resumem-se em financeiros e técnicos, sendo que neste último caso, ainda
há uma carência de farmacêuticos especialistas no mercado capazes de implantar com
eficiência um sistema de dispensação.
Um sistema hospitalar de dispensação de medicamentos deve ter alguns objetivos
importantes, dos quais destacamos:
1. Uso racional de medicamentos;
2. Redução de gastos com medicamentos;
3. Aumentar o controle sobre o uso dos medicamentos, permitindo acesso do
farmacêutico às informações do paciente.
4. Diminuição dos erros de administração de medicamentos;
5. Colaboração na Farmacoterapia iniciada pelo médico;
6. Aumentar a segurança para o paciente;
Podemos destacar 03 tipos de sistemas de dispensação de medicamentos, sendo:
 Dose Coletiva;
 Dose Individualizada;
 Dose Unitária.
1. Dose Coletiva
É o sistema pelo qual a farmácia fornece materiais e medicamentos, atendendo a um
pedido feito pela unidade solicitante.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 14
DOMINA CONCURSOS

Estas requisições são feitas em nome de setores, e não de pacientes, gerando total
descontrole do uso.
Na Dose Coletiva, a farmácia se torna um mero fornecedor de medicamentos, ocorrendo
armazenamento em estoques descentralizados e retirando da farmácia a atividade de
dispensação.
Vantagens:
1. As movimentações do estoque são registradas com facilidade;
2. Custo de implantação muito baixo;
3. Baixo número de colaboradores na farmácia;
4. Horário de funcionamento da farmácia: reduzido.
Desvantagens:
1. Formação de subestoques;
2. Dificuldades no controle logístico dos estoques;
3. Erros de administração de medicamentos;
4. Maior quantidade de perdas;
5. Dispensação feita pela enfermagem: desvio de atividade.
2. Dose Individualizada
É um pré-requisito para implantação da Dose Unitária.
Neste caso, a farmácia já recebe as solicitações de medicamentos através de uma
transcrição de prescrição médica feita pela enfermagem, ou mesmo através de um
pedido médico, só que sem esquema posológico rígido.
Vantagens:
1. A Farmácia centraliza os estoques;
2. Quantidade reduzida de estoques, se comparado com a Dose Coletiva;
3. Menor quantidade de perdas e desvios;
4. Possibilidade de garantia de qualidade.
Desvantagens:
1. Custo de implantação e nº de colaboradores é maior, em comparação à Dose Coletiva;
2. Farmácia funciona em horário integral;
3. Erros de medicação ainda podem ocorrer;

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 15
DOMINA CONCURSOS

3. Dose Unitária
Sistema de dispensação existente nos Estados Unidos, já desde os anos 60,
apresentando inúmera vantagens em relação aos outros modelos, principalmente pelo
controle que proporciona à Farmácia, no que se refere ao consumo de medicamentos.
Neste sistema os medicamentos são dispensados de acordo com a prescrição médica,
sendo separados e identificados pelo nome do paciente, nº do leito e horário de
administração.
Objetivos da Dose Unitária:
1. Integrar o farmacêutico à equipe multidisciplinar;
2. Medicamento correto na hora certa;
3. Reduzir incidência de erros de administração de medicamentos;

Vantagens:
1. Segurança na farmacoterapia: otimizada;
2. Redução dos custos;
3. Disponibiliza maior tempo para a enfermagem se dedicar ao paciente;
4. Promove a Instituição: qualidade;
Desvantagens:
1. Custo de implantação, embora seja facilmente recuperado a curto ou médio prazo;
2. Investimento em contratação de colaboradores e treinamento;
Portanto, com base nas informações acima, fica fácil identificar na Dose Unitária, um
modelo eficaz e capaz de trazer algumas vantagens ao hospital, entretanto, ratificando o
que já fora dito, há a necessidade de planejamento e do preenchimento de pré-requisitos,
sem os quais fica impossível a introdução da dose unitária.
Farmácias Satélites
Para atender uma grande demanda que há em um hospital, e não sobrecarregar apenas
a Farmácia Central, foram criadas as Farmácias Satélites, que é uma farmácia hospitalar
localizada dentro de setores críticos do hospital tais como centro cirúrgico e unidade de
terapia intensiva. Os principais objetivos destas farmácias são armazenar
adequadamente produtos farmacêuticos para manter sua qualidade e integridade além
de fornecer medicamentos e materiais de uma forma que o paciente seja prontamente
atendido. Foi um grande salto para otimizar os atendimentos, sendo assim, a
acessibilidade dos Técnicos em Enfermagem, Médicos e Enfermeiros ficou melhor,

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 16
DOMINA CONCURSOS

porque os setores considerados mais críticos, ou seja, que precisa de mais atenção,
começaram a ter as farmácias satélites exclusivas para esses setores.
Farmácia Satélite do Centro Cirúrgico
A farmácia satélite do centro cirúrgico do Instituto de Neurologia de Curitiba funciona 24
horas com atendimento exclusivo aos pacientes em procedimentos cirúrgicos. Está
localizada no coração do centro cirúrgico proporcionando aos pacientes uma rápida
dispensação de medicamentos e materiais e disponibilidade com fácil acesso a tudo
que for preciso para a realização do procedimento. A segurança é oferecida através do
código de barras, o qual nos permite rastrear todos os medicamentos e materiais
utilizados nos pacientes durante o procedimento cirúrgico e recuperação pós-anestésica.
Farmácia Satélite da UTI
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o local onde os pacientes se encontram sob
cuidados intensivos de médicos e equipe de enfermagem. Para suprir as necessidades
destes pacientes, é fundamental ter uma farmácia satélite na UTI funcionando 24 horas.
A farmácia satélite da UTI do Instituto de Neurologia de Curitiba oferece atendimento
exclusivo aos pacientes desta unidade, fornecendo medicamentos e materiais de forma
ágil e segura.
Farmácia Central
Esta farmácia destina-se ao armazenamento e à dispensação de medicamentos e
materiais para os pacientes internados nas unidades. Nosso foco principal é oferecer
uma terapia medicamentosa eficaz e segura. Para isso, seguimos uma criteriosa
seleção dos nossos fornecedores e produtos farmacêuticos além de um rigoroso fluxo
interno de organização e dispensação. O código de barras nos oferece uma segurança
adicional pela possibilidade de rastreabilidade de todos os medicamentos que o paciente
fez uso durante o seu internamento.
Em uma unidade de saúde hospitalar, a farmácia central e as farmácias satélites têm
funções fundamentais para o funcionamento de vários processos que na maioria das
vezes estão interligados. A assistência dada a equipe de enfermagem e médica serve de
base para a realização dos trabalhos envolvendo medicação, materiais hospitalares e no
caso das farmácias anexadas ao Centro Cirúrgico e Pronto Atendimento, produtos
ortopédicos e medicamentos em geral.
Essa assistência só é eficaz se a atuação da equipe de farmácia esta em bom
nivelamento de conhecimento específico, organização é e empatia, este último não
menos importante já que se colocar na situação do colega é ponto principal para a
resolução de problemas. O conhecimento especifico é primordial e rege a possibilidade
de ter sempre certeza do que será feito, lembrando que há um envolvimento diário com
crianças, idosos, recém-nascidos e gestantes que exigem mais atenção. O profissional
farmacêutico atua como responsável e deve agir sempre como sentinela em volta dos
processos pré-estabelecidos e tem dever de informa-los para a gestão as possíveis
falhas e fim de evita-los, provando assim a necessidade do envolvimento do farmacêutico
nos processos hospitalares o que já e visto com ênfase na maioria das unidades.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 17
DOMINA CONCURSOS

C.A.F ( Central de Abastecimento Farmacêutica)


As principais funções de uma central de abastecimento farmacêutico (almoxarifado de
especialidades farmacêuticas) são: receber, armazenar (estocar), controlar o
estoque e distribuir os medicamentos e materiais para as farmácias do hospital. Após o
recebimento, todos os produtos farmacêuticos são identificados com códigos de barras,
visando garantir a rastreabilidade por lote e validade. Critérios internos de
armazenamento são seguidos para preservar a qualidade dos medicamentos e
materiais adquiridos.
São responsabilidades dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares
:• A gestão (selecção, aquisição, armazenamento e distribuição) do
medicamento;
• A gestão de outros produtos farmacêuticos (dispositivos médicos,
reagentes, etc.);
• São os principais responsáveis pela implementação e monitorização da
política de medicamentos, definida no Formulário Hospitalar Nacional
de Medicamentos e pela Comissão de Farmácia e Terapêutica;
• A gestão dos medicamentos experimentais e dos dispositivos utiliza-
dos para a sua administração, bem como os demais medicamentos
já autorizados, eventualmente necessários ou complementares à rea-
lização dos ensaios;
• A gestão da segunda maior rubrica do orçamento dos hospitais.
São funções dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares , entre outras:
1 A selecção e aquisição de medicamentos, produtos farmacêuticos
e dispositivos médicos;
2. O aprovisionamento, armazenamento e distribuição dos medica-
mentos experimentais e os dispositivos utilizados para a sua admi-
nistração, bem como os demais medicamentos já autorizados,
eventualmente necessários ou complementares à realização dos
ensaios clínicos;
3. A produção de medicamentos;

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 18
DOMINA CONCURSOS

4. A análise de matérias primas e produtos acabados;


5. A distribuição de medicamentos e outros produtos de saúde;
6. A participação em Comissões Técnicas (Farmácia e Terapêutica,
Infecção Hospitalar, Higiene e outras);
7. A Farmácia Clínica, Farmacocinética, Farmacovigilância e a presta-
ção de Cuidados Farmacêuticos;
8. A colaboração na elaboração de protocolos terapêuticos;
9. A participação nos Ensaios Clínicos;
10. A colaboração na prescrição de Nutrição Parentérica e sua prepa-
ração;
11. A Informação de Medicamentos;
12. O desenvolvimento de acções de formação.
Recursos humanos
Os recursos humanos são a base essencial dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares,
pelo que a dotação destes Serviços em meios humanos adequados, quer em número,
quer em qualidade, assume especial relevo no contexto da reorganização da Farmácia
Hospitalar.
Embora os normativos técnicos da farmácia hospitalar referenciem um rácio para a
determinação de um número mínimo indispensável ao correto funcionamento dos
Serviços Farmacêutico, a existência de um estudo que considere a natureza e as
exigências das funções naqueles Serviços é imprescindível à definição e ao
dimensionamento do quadro de pessoal e à sua gestão no futuro.
O Manual da Farmácia Hospitalar indica, para cada área funcional, o número mínimo de
recursos humanos indispensável ao correto funcionamento dos Serviços Farmacêuticos
Hospitalares, nomeadamente farmacêuticos, técnicos de diagnóstico e terapêutica,
administrativos e auxiliares de ação médica
Pretende-se assim identificar um quadro de referência da distribuição de recursos
humanos pelas várias áreas de atividade dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares,
sublinhando-se no entanto, que tal instrumento não dispensa, naturalmente, o recurso a
outros indicadores e critérios complementares de planeamento e avaliação de
necessidades de pessoal.
Para melhor compreensão do quadro, esclarece-se que o exercício de determinada
atividade a tempo parcial (TP), por parte do farmacêutico ou do técnico de diagnóstico de
farmácia, significa que estes técnicos podem não estar exclusivamente afetos a uma
atividade, podendo executar também outras. É o que se verifica, por exemplo, no caso do

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 19
DOMINA CONCURSOS

farmacêutico que tem a seu cargo a seleção e aquisição de medicamentos, que pode
exercer outras atividades se o volume de aquisições não justificar a dedicação exclusiva
a essa função.
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 20

Você também pode gostar