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E. E. PROF.

SUELY MARIA CAÇÃO AMBIEL BATISTA

ALFREDO WALLACE Nº 01
ALICE ROBERTA Nº 02
CARLOS DARWIN Nº 04
DAVI ATTEMBOROUGH Nº 05
ROSALINDA FRANKLIN Nº 32
2º ANO D

GENÉTICA MOLECULAR
Replicação, transcrição e tradução

BIOLOGIA – PROF. WÉLITON RODRIGUES

INDAIATUBA
2017
2

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 02
2. REPLICAÇÃO ........................................................................................ 03
2.1. DNA: Estrutura Básica .............................................................................. 03

2.1.1 Dupla fita ................................................................................................ 03

2.1.2 Nucleotídeos .......................................................................................................04

2.2. Função da Replicação do DNA ............................................................................... 05

2.3. Etapas da Replicação ............................................................................................. 06

3. TRANSCRIÇÃO ..................................................................................... 07
3.1. RNA: Estrutura Básica ..............................................................................................07

3.1.1. Fita única ..............................................................................................................07

3.1.2. Nucleotídeos ....................................................................................................... 07

3.2. Classificação do RNA ...............................................................................................08

3.2.1. mRNA ....................................................................................................................08

3.2.2. tRNA ......................................................................................................................08

3.2.3. rRNA .....................................................................................................................08

3.3. Função da Transcrição do DNA em RNA .................................................................08

3.4. Etapas da Transcrição ............................................................................................. 09

4. TRADUÇÃO ........................................................................................................... 10
4.1. Estrutura Básica das Proteínas: Aminoácidos .........................................................10

4.2. Função da Tradução ................................................................................................11

4.3. Etapas da Tradução .................................................................................................11

5. DISCUSSÃO ..................................................................................................... ....13


6. CONCLUSÃO........................................................................................................ 14
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 15
ANEXOS
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1. INTRODUÇÃO

O DNA, conhecido também no Brasil como ADN, é a sigla para ácido


desoxirribonucleico, que é um composto orgânico, que contém as instruções genéticas de
todos os seres vivos e de alguns vírus. O principal do DNA é armazenar as informações
para a construção de proteínas e RNA.
Localiza-se no núcleo das células de um organismo e no interior dos cromossomos.
A única célula que o DNA não se encontra são nas hemácias (glóbulos vermelhos) por não
possuírem um núcleo. Há também o DNA mitocondrial, que se localiza na mitocôndria e
não no núcleo como o DNA, o material genético mitocondrial é herdado exclusivamente
pela parte materna.
O segmento do DNA que contém informação genética é denominado genes, o resto
de sua sequência tem importância estrutural ou envolvimento com a regulação do uso da
informação genética. A estrutura do DNA teve o seu descobrimento pelo norte-americano
James Watson e pelo britânico Francis Crick no ano de 1953, nove anos depois da
descoberta da estrutura do DNA foram premiados com o Prêmio Nobel de Medicina.
O RNA é a sigla para ácido ribonucleico que é responsável pela síntese de proteínas
de uma célula, geralmente é formado por uma cadeia simples, ou seja, por apenas uma
fita, que pode algumas vezes ser dobrado.
As moléculas formadas por RNA possuem dimensões inferiores a do DNA. O RNA
é composto por uma ribose, por um fosfato e por uma base nitrogenada, uma composição
muito semelhante a do DNA. Uma das diferenças que podem ser citadas entre o DNA e o
RNA é que um filamento do RNA pode se dobrar de uma maneira em que sua própria base
se pareie uma com a outra, o RNA pode assumir uma variedade de formas tridimensionais
complexas que a do DNA não tem capacidade.
Existem três tipos básicos de moléculas de cada um tendo uma função específica
durante a produção de proteínas, sendo eles: RNA ribossômico, representado por RNAr
(ou rRNA), o RNA mensageiro, representado por RNAm (ou mRNA) e o RNA transportador,
representado por RNAt (ou tRNA).
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2. REPLICAÇÃO

2.1. DNA: Estrutura Básica


O DNA (ácido desoxirribonucleico) é uma molécula que contêm as instruções
genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e
de alguns vírus. São encontradas, na sua maioria, no núcleo da célula, delimitado pela
membrana nuclear (seres eucariontes) ou espalhadas pelo citoplasma, com ausência de
membrana nuclear (seres procariontes) sendo também encontradas nas mitocôndrias e nos
cloroplastos.
A molécula de DNA é constituída por duas cadeias ou fitas de nucleotídeos que se
mantêm unidas em dupla hélice por pontes de hidrogênio entre as bases dos nucleotídeos.
Esses, são compostos por um grupo fosfato, uma molécula de açúcar de cinco carbonos
(pentose/desoxirribose) e bases nitrogenadas que podem ser adenina (A), citosina (C),
guanina (G) e timina (T). Esse modelo estrutural foi apresentado em 1953, por Watson e
Crick e valeu a eles o prêmio Nobel de medicina ou fisiologia em 1962.
A dupla hélice é composta por dois filamentos lado a lado de nucleotídeos que são
torcidos e mantidos unidos por pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas que estão
no interior da hélice (formando uma estrutura como uma escada em espiral) com açúcares
e fosfatos voltados para o exterior, fazendo com que as cadeias complementares e
antiparalelas girem em torno de um eixo.
Os nucleotídeos são ligados covalentemente por ligações fosfodiéster que conecta
o carbono 5 de uma desoxirribose (pentose) ao grupo fosfato desse mesmo nucleotídeo e
o carbono 3 se liga ao grupo fosfato do nucleotídeo seguinte. Uma vez que as cadeias são
antiparalelas, ou seja, na mesma direção, mas no sentido inverso, diz-se que a direção das
ligações é 3’ 5’ ou 5’ 3’, dependendo de qual das cadeias que se está referindo.
Contudo, a estrutura básica do DNA humano é formada, na parte externa da
molécula, pela ligação entre a desoxirribose de um nucleotídeo com o grupo fosfato de
outro e, na região interna, pela formação de pontes de hidrogênio entre as bases
nitrogenadas.

2.1.1. Dupla fita


A descoberta da estruturação do DNA em dupla fita, podendo também ser dita como
dupla hélice, foi a solução para muitas questões sobre suas funções. Foi em 1953 que
James D. Watson e Francis Crick publicaram que a estrutura do DNA é de uma dupla hélice
pela primeira vez, com base nos estudos realizados pela Dr. Rosalind Franklin “A Foto 51”.
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“Nós queremos sugerir uma estrutura para o sal de ácido


desoxirribonucleico (DNA). Essa estrutura tem novas características
que são de considerável interesse biológico.” (WATSON; CRICK,
1953, periódico Nature).

O modelo de DNA humano atual propõe que os nucleotídeos se arranjem em duas


fitas complementares e antiparalelas girando em torno de um eixo. Se fosse possível esticar
esta fita, teríamos 2 metros de DNA. Assim, eles se dispõem aos pares e em cadeia dupla,
sendo que suas ligações proporcionam uma disposição em hélice. Por essa razão, o
modelo recebeu o nome de dupla hélice.
Para que os nucleotídeos fiquem pareados, é necessário que essas duas cadeias
(fitas) sejam ligadas. As cadeias se ligam na parte interna da molécula por pontes de
hidrogênio entre as bases nitrogenadas de cada uma delas. Entretanto, elas não se ligam
aleatoriamente umas com as outras. De forma mais detalhada, adenina (A) pareia com
timina (T) por meio de duas ligações de hidrogênio; e guanina (G) pareia com citosina (C)
através de três ligações de hidrogênio. A presença de milhares de ligações de hidrogênio
na molécula de DNA contribui para a estabilidade da dupla hélice, sendo que, se contém
muitos pares de G-C é considerada mais estável que o DNA contendo muitos pares A-T.
Quanto ao seu exterior, cada fita é composta por unidades alternadas de fosfato e
açúcar (desoxirribose). Os átomos de carbono que compõem o açúcar de desoxirribose são
numerados de 1’ a 5’. O átomo de carbono 5’ de uma desoxirribose se liga um grupo fosfato,
que se ligará ao carbono 3’ da próxima desoxirribose através de uma ligação de
fosfodiéster. Dessa forma, cada ligação açúcar-fosfato tem orientação (polarização) 5’ para
3’.
Portanto, a forma helicoidal do DNA depende do empilhamento das bases que
confere estabilidade a molécula, e do pareamento das bases nos filamentos de polaridade
inversa, permitindo que elas sejam compactadas em um arranjo mais favorável
energeticamente no interior da fita dupla.
A partir da estrutura em dupla hélice pode-se determinar a sequência de pares de
nucleotídeos e assim determinar a sequência de aminoácidos (proteínas) que formam o
DNA e com isso construir o código genético.

2.1.2. Nucleotídeos
Nucleotídeos são compostos que carregam muita energia e que auxiliam nos
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processos metabólicos, especialmente as biossínteses, em grande parte das células. Os


ácidos nucleicos são exemplos de estruturas formadas a partir de nucleotídeos. Em uma
molécula de ácido nucléico, centenas e às vezes milhares de nucleotídeos se encadeiam,
originando um longo filamento simples ou duplo. Habitualmente, as moléculas que
apresentam um único filamento são as do grupo dos ácidos ribonucleicos, representados
todos pela sigla RNA, enquanto que as que possuem duplo filamento, pertencem ao grupo
dos ácidos desoxirribonucleicos, conhecidos pela sigla DNA.
Os nucleotídeos são constituídos de uma molécula de açúcar com cinco carbonos
(pentose), um fosfato (mais especificamente, ácido fosfórico) e uma base nitrogenada. O
açúcar referido se trata da desoxirribose que possui um átomo de hidrogênio no carbono 2’
e as bases nitrogenadas, que podem ser púricas e pirimídicas, são adenina (A), guanina
(G), citosina (C) e a timina (T).
A e G têm estrutura de dois anéis, característica de um tipo de substância chamada
purina enquanto C e T têm a estrutura com somente um anel, característica relacionada às
pirimidinas.
As bases púricas variam em adenina e guanina, enquanto que as bases pirimídicas
são classificadas em timina e citosina. Bases púricas e pirimídicas são complementares e
possuem, cada uma, ligantes específicos. Sendo assim, adenina se liga com timina,
enquanto guanina se liga exclusivamente à citosina e vice-versa, por meio de pontes de
hidrogênio.
A quantidade de A sempre é igual a de T e a quantidade de C é a mesma que a
de G. No entanto, a quantidade de A + T não é necessariamente igual à C + G. Em adição,
a quantidade total de nucleotídeos pirimidínicos (C + T) é sempre igual à quantidade total
de nucleotídeos purínicos (A + G).

2.2. Função da Replicação do DNA


A replicação é o processo de duplicação de uma molécula de DNA. Ele controla toda
a atividade celular e possui a “receita” para o funcionamento de uma célula. Toda vez que
uma célula se divide, a “receita” deve ser passada para as células-filhas. Todo o “arquivo”
quem contém as informações sobre o funcionamento celular precisa ser duplicado para que
cada célula-filha receba o mesmo tipo de informação que existe na célula-mãe.
Para que isso ocorra, é fundamental que o DNA sofra “autoduplicação”. É
denominado um processo semiconservativo, justamente porque cada uma das suas
moléculas recém-formadas conserva uma das cadeias que a originou e forma uma cadeia
nova, complementar ao seu molde.
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É iniciada em origens únicas e geralmente ocorre de forma bidirecional, a partir de


cada origem de replicação. A fidelidade da replicação é muito grande, com uma média de
apenas um erro por bilhão de nucleotídeos incorporados após a síntese e correção de erros
durante e imediatamente após a replicação.

2.3. Etapas da Replicação


A replicação do DNA envolve três etapas: iniciação, ampliação/alongamento e
término, com a ação de enzimas helicase e girase separando a dupla fita e levando a
formação de várias "bolhas de replicação".
Para que a síntese de DNA ocorra são necessários dois substratos fundamentais:
desoxinucleosídeos trifosfatos e uma junção iniciador: molde. O DNA começa a ser
sintetizado pela extensão de extremidade do iniciador. Essa é uma característica universal
do DNA e do RNA.
A fita molde irá orientar qual dos quatro nucleotídeos trifosfatos será adicionado. As
duas fitas possuem uma orientação antiparalela, o que significa que a fita molde para a
síntese de DNA tem orientação oposta à fita de DNA que está sendo sintetizada.
No processo de duplicação do DNA, as pontes de hidrogênio entre as bases
se rompem e as duas cadeias começam a se separar. À medida que as bases vão sendo
expostas, nucleotídeos que vagam pelo meio ao redor vão se unindo a elas, sempre
respeitando a especificidade de emparelhamento: A com T, T com A, C com G e G com C.
Existem diversas enzimas envolvidas nesse processo. Certas enzimas
desemparelham as duas cadeias de DNA, abrindo a molécula. Outras desenrolam a hélice
dupla, e há, ainda, aquelas que unem os nucleotídeos entre si.
A enzima que promove a ligação dos nucleotídeos é conhecida como DNA
polimerase, pois sua função é construir um polímero (do grego poli, muitas, e meros, parte)
de nucleotídeos. A síntese do DNA é catalisada por essa enzima e utiliza um único sítio
ativo para catalisar a síntese do DNA. O pareamento correto das bases é necessário para
que a enzima catalise a adição do nucleotídeo. Ambas as fitas do DNA são sintetizadas
juntas na forquilha de replicação, com orientação antiparalela.
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3. TRANSCRIÇÃO

3.1. RNA: Estrutura Básica


A molécula de RNA é composta por ribonucleotídeos, os quais são formados por
uma ribose (açúcar), um fosfato e as bases nitrogenadas. As bases nitrogenadas são
classificadas em:
• Adenina (A) e Guanina (G): purinas.
• Citosina (C) e Uracila (U): pirimidinas.

3.1.1. Fita única


As moléculas de RNA são formadas por um único filamento de nucleotídeos, que
pode se dobrar sobre si mesmo, mas que não se emparelha com outro filamento de RNA,
além disso, pode ser encontrado em três formas diferentes: um filamento simples, uma fita
com dobras se apresentando em forma de trevo e associada a ribossomos.
Diferencia-se do DNA que possui fita dupla e substituindo a base pirimidina timina
pela uracila. Dessa forma, durante a síntese do filamento de RNA, no instante em que o
DNA se degrada e a dupla fita se abre, o nucleotídeo complementar à adenina ao invés de
sua conjugação com a timina (por meio de pontes de hidrogênio), combina-se com a uracila.

3.1.2. Nucleotídeos
Na transcrição do RNA os nucleotídeos são formados por: 1 radical fosfato (mais
especificamente, ácido fosfórico) + 1 pentose (molécula de açúcar com cinco carbonos
denominado ribose) + bases nitrogenadas. Além da diferença entre as pentoses, eles
também se diferenciam nas bases nitrogenadas: o RNA possui Guanina, Citosina, Adenina
e URACILA.
Essas bases nitrogenadas, por sua vez, podem ser púricas ou pirimídicas. No caso
das púricas, elas são as mesmas encontradas no DNA: a guanina e a adenina. Já com
relação às pirimídicas, elas são a citosina e a uracila. Assim, as bases nitrogenadas
presentes na fita de RNA se diferenciam das do DNA pela uracila ser utilizada no lugar da
timina.
Os nucleotídeos do RNA, por sua vez, não possuem sistema de pareamento pelo
fato de que a molécula é composta apenas por uma fita, diferentemente do DNA que possui
dupla fita e, consequentemente, nucleotídeos de ambos os lados que se pareiam.
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3.2. Classificação do RNA

3.2.1. mRNA
O RNA mensageiro, representado por RNAm (ou mRNA) é o responsável por levar
a informação que está no núcleo do DNA até o local da produção da proteína, no caso o
citoplasma. O RNA é uma cópia fiel de uma das fitas do DNA, para a determinação dos
aminoácidos necessários para a formação de determinada proteína, devido as suas
“trincas”, os códons de bases nitrogenadas que definem cada aminoácido.

3.2.2. tRNA
O RNA transportador, representado por RNAt (ou tRNA), assim como o RNA
mensageiro, também é produzido a partir de uma fita do DNA. Tem a função de
transportação dos aminoácidos produzidos pelo RNA mensageiro que serão utilizados na
produção de proteínas, levando-os até os ribossomos onde ocorrerá de fato a produção
das proteínas.

3.2.3. rRNA
RNA ribossômico, representado por RNAr (ou rRNA) e nomeado por alguns como
RNA ribossomial, faz parte da constituição do RNA. É nos ribossomos em que a sequência
de bases do RNA mensageiro é interpretada e a proteína, de fato, sintetizada.

3.3. Função da Transcrição do DNA em RNA


É um processo de formação da molécula do RNA a partir de uma molécula de DNA.
Este tem como função "informar" ao tRNA (RNA transportador) a ordem correta dos
aminoácidos a serem sintetizados mais tarde em proteínas, através da tradução desse
RNA. Esse processo ocorre com a separação das fitas do DNA e servem de molde para o
RNA, enquanto uma fica inativa. No final desse processo as fitas se unem novamente.
O processo é iniciado com a DNA-polimerase. Essa extremidade é muito específica,
possuindo uma sequência especial de base que é chamada de promotor. Nesse local existe
um sítio de iniciação e a primeira base a ser transcrita. A partir de então, o processo é
catalisado pela enzima RNA-polimerase que são responsáveis por romper as ligações de
hidrogênio entre as bases nitrogenadas dos dois filamentos de DNA como um zíper,
transcrevendo o DNA em RNA até encontrar a sequência de terminalização que contém
bases específicas que determinam o fim da transcrição.
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3.4. Etapas da Transcrição


Reconhecimento da fita molde de DNA
O DNA e as polimerases do RNA (enzimas catalizadoras da reação) estão livres na
célula e podem se encontrar ao caso, porém a transcrição só tem início quando a enzima
encontra e liga-se fortemente ao sítio promotor. Quando isso ocorre, a dupla-hélice é
desenrolada e as fitas são separadas, rompendo assim, as bases nitrogenadas e as pontes
de hidrogênio que as ligam.

Início da transcrição
A polimerase ligada à região promotora inicia o processo de transcrição, adicionando
os primeiros nove nucleotídeos da sequência de RNA. Essa fase é chamada de fase de
iniciação.

Elongação
Após a produção de aproximadamente nove nucleotídeos, a polimerase do RNA se
desloca pela molécula da DNA, desenrolando sua hélice e produzindo uma molécula de
RNA, cada vez mais alongada. O DNA após ser transcrito volta ao seu modo enrolado,
quase que imediatamente recompondo a sua dupla-hélice. Esse processo é chamado de
fase de elongação.
A fita de RNA produzida, é simples e livre. Cerca de 40 nucleotídeos podem ser
produzidos por segundo, a uma temperatura de 37°C em bactérias.

Término
Quando a polimerase do RNA encontra a sequência de terminalização, o RNA para
de ser transcrito, e partir desse momento nenhuma outra base nitrogenada é incorporada
ao RNA. Nesse momento a bolha de transcrição se desprende, liberando uma molécula de
RNA e imediatamente a molécula de DNA que se enrola completamente. A sequência de
DNA que contém os genes sinalizadores do término é chamada de região terminalizadora.
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4. TRADUÇÃO

O processo denominado tradução gênica é estudado na biologia e refere-se ao


processo biológico em que acontece a leitura da mensagem que está contida na molécula
de RNAm por parte do ribossomo. A tradução consiste na união dos aminoácidos de acordo
com a sequência dos códons do RNA mensageiro, essa determinada pelo gene. A tradução
gênica, também conhecida como síntese de proteínas, representa a tradução das
informações genéticas.

4.1. Estrutura Básica das Proteínas: Aminoácidos


As proteínas são macromoléculas formadas pela união sucessiva de
aminoácidos, que são compostos originados da ligação peptídica entre um grupo amino e
um grupo carboxílico. Desempenham diversas funções no organismo humano, sendo que
estas funções estão relacionadas com sua estrutura. Uma proteína pode conter milhares
de aminoácidos, com sequência dessas unidades determinada pela informação genética
contida no gene, um seguimento da molécula cromossômica. Portanto, todo o
funcionamento de um organismo é conduzido pelo controle das moléculas de DNA.

Estrutura primária das proteínas


A cadeia principal da proteína formada pela ligação dos aminoácidos e que mostra
a sequência em que eles aparecem é chamada de estrutura primária da proteína. No
entanto, uma mesma proteína pode adquirir também estruturas secundárias, terciárias e
até quaternárias. Isso ocorre como resultado de interações intermoleculares entre partes
de uma mesma proteína ou entre várias cadeias de proteínas.

Estrutura secundária das proteínas


A estrutura secundária geralmente é resultante de ligações de hidrogênio que
ocorrem entre o hidrogênio do grupo – NH e o oxigênio do grupo C ═ O. Assim, formam-se
estruturas parecidas com uma mola (um exemplo ocorre com a queratina de nossos
cabelos) ou como folhas de papel dobradas (esse tipo ocorre com a fibroína da teia de
aranha).
Em decorrência à existência de pontes de hidrogênio entre o hidrogênio (carga
positiva +) de um aminoácido com o oxigênio ou nitrogênio (carga negativa -) de um outro
aminoácido não adjacente, é proporcionada uma torção na cadeia filamentosa, assumindo
a proteína uma forma de helicoidal, também chamada de alfa-hélice. O filamento de
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aminoácidos se enrola ao redor de um eixo fazendo com que a estrutura se mantenha


estável, caracterizando a estrutura secundária da proteína.

Estrutura terciária das proteínas


Quando as estruturas primárias das proteínas se dobram sobre si mesmas, adquirem
uma configuração espacial tridimensional chamada estrutura terciária. Essa configuração
pode ser filamentar como no colágeno, ou globular, como nas enzimas. Ela ocorre
geralmente como resultado de ligações de enxofre, conhecidas como pontes dissulfetos,
mas podem ocorrer outras ligações espaciais também, como as realizadas por átomos de
metais.
Tanto o estabelecimento de pontes de hidrogênio como o de outros tipos de ligações
dependem da sequência de aminoácidos que compõem a proteína. Uma alteração na
sequência de aminoácidos (estrutura primária) implica em alterações nas estruturas
secundária e terciária da proteína.

Estrutura quaternária das proteínas


Já a estrutura quaternária é a união de várias estruturas terciárias que assumem
formas espaciais bem definidas, podendo ser formada pelo agrupamento de duas ou mais
estruturas terciárias combinadas a outras substâncias, vitaminas ou minerais: ferro,
magnésio e iodo.

4.2. Função da tradução


A tradução é um processo no qual haverá a leitura da mensagem contida na
molécula de mRNA pelos ribossomos, decodificando a linguagem de ácido nucleico para a
linguagem de proteína. Consiste em unir aminoácidos de acordo com o a sequência de
códons (trinca de bases nitrogenadas) do RNA mensageiro, que tem anticódon (trinca
complementar) no RNA transportador correspondente.
Devido a sequência do mRNA ser deliberada pelo gene, a ordem de bases
nitrogenadas do DNA, o fator que representa a tradução da informação genética é a síntese
de proteína, chamada assim de tradução gênica.

4.3. Etapas da Tradução


Uma quantidade superior a 50 polipeptídios e entre três e cinco moléculas de RNA
em cada ribossomo participam da tradução gênica, além de ao menos 20 enzimas
acionadoras de aminoácidos, de 40 a 60 moléculas distintas de RNA transportador e
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diversas e solúveis proteínas que participam desde o início até a conclusão da tradução.
Os ribossomos localizados no citoplasma são o espaço onde ocorre esse processo. A
molécula que fornece a informação genética a ser traduzida é o RNA mensageiro através
da atividade de uma diversidade de moléculas de tRNA, própria para cada aminoácido.
Seguindo as determinações do código genético, a ordem de nucleotídeos de uma
molécula de mRNA é convertida na ordem adequada de aminoácidos. Mesmo com 64
trincas existentes de nucleotídeo, somente 61 criptografam a formação de aminoácidos,
pois três representam a ordem de conclusão da tradução.
A associação de um ribossomo é o fator responsável pelo ponto de partida da
tradução gênica. Existem duas regiões onde ocorre o contato direto com o RNAt: são
chamadas Sítio A (Aminoacil) onde ocorre a chegada do RNAt e Sítio P (Peptidil) onde são
formadas as ligações peptídicas pela junção entre os aminoácidos de ambos os sítios. O
ribossomo somente catalisa a união dos aminoácidos de seus tRNAs, depois que os dois
primeiros tRNAs se enquadram nos sítios P e A. Depois disso há o deslocamento pela
molécula de mRNA, este que configura uma trinca de bases.
Ao passo que o ribossomo se locomove, os sítios são preenchidos por novos tRNAs,
cada um com seus aminoácidos correspondentes ao mRNA. Imediatamente após as uniões
entre os aminoácidos são sintetizadas, para assim seguirem a ordem para a conclusão da
tradução.
O processo é concluído quando um códon final se encontra em igual fita de mRNA
em processo de tradução, cujos códons são UGA, UAA ou UAG. Ao final, o polipeptídio é
dispensado do ribossomo. Assim, o início de uma nova síntese de outra proteína já é
possível.
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5. DISCUSSÃO

Como resultado do estudo desenvolvido ao longo desse trabalho, foi possível obter
uma visão dos pontos que demandavam uma maior atenção do assunto referido, para que
houvesse uma melhoria consideravelmente significativa na sociedade. Partindo do ponto
de que todos os seres vivos possuem material genético, logo, tal estrutura possui grande
importância para que a vida e suas abrangentes características sejam como conhecemos.
O DNA é a molécula fundamental para a formação do indivíduo, pois é responsável
pela transmissão das características hereditárias de cada espécie de ser vivo. Os
segmentos de DNA que são responsáveis por carregar a informação genética, são
denominados genes. O restante da sequência tem importância estrutural ou está envolvido
na regulação do uso da informação genética. Já o RNA é o responsável pela síntese de
proteínas da célula através do processo de Tradução, após passar pela Transcrição.
São utilizados em variadas situações, auxiliando de forma muito positiva pelo fato de
possuírem uma grande quantidade de dados armazenados. Identificação de doenças
genéticas, sanguíneas e estruturais; modificação do código genético de plantas e animais;
formação de clones; verificação de identidade (casos criminais/ definição paterna); domínio
arqueológico e formação de novas espécies, são alguns dos exemplos que mostram a
abrangência da utilidade desses materiais genéticos.
Cada processo na qual as moléculas de DNA e RNA passam é fundamental para o
funcionamento saudável de toda estrutura corpórea em que estão localizadas, e por isso,
não podem passar despercebidas. Se associarmos, a Replicação do DNA faz parte do
processo de mitose que os cromossomos sofrem, formando células com a mesma
quantidade do conteúdo genético da célula-mãe.
A Transcrição faz com que a molécula de RNA se forme, a partir do DNA para que
mais tarde ele passe pela Tradução e cumpra sua função primordial: sintetizar proteínas,
traduzindo as informações genéticas. Com isso, conclui-se que cada etapa é necessária
para que a subsequente funcione perfeitamente.
Por esse motivo, o aprofundamento de estudos relacionados à esses fenômenos são
essenciais e devem ser aprimorados para que a sociedade desfrute de tantos benefícios
que podem trazer.
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6. CONCLUSÃO

Tendo em vista os aspectos observados, o grupo conclui que a genética


molecular tem as suas fundações na genética clássica, mas dá um enfoque maior à
estrutura e função dos genes ao nível molecular. Ela é a base para várias áreas da ciência
e da tecnologia e suas aplicações são pontos fundamentais da engenharia genética.
Aprofundando-se, pode-se citar quatro técnicas gerais mais utilizadas: a amplificação
utilizando a PCR a separação de DNA e RNA mensageiro e a detecção destes, e também
a expressão de genes.
Observamos também que na genética molecular, ocorrem a transcrição,
replicação e a tradução. A Transcrição ocorre quando o RNA se origina a partir do DNA. A
Replicação é quando a célula se divide para dar origem a outras células, no entanto, o DNA
precisa se duplicar pois cada célula nova precisa ter DNA. E a Tradução é o nome do
processo de produção de proteínas a partir do RNA, também chamado de "síntese proteica"
ou "síntese de proteínas".
Conclui-se também que as técnicas genéticas permitem isolar qualquer gene,
modificá-lo e reintroduzi-lo em qualquer outro organismo vivo. Tendo em vista que é
possível observar que esses conhecimentos oferecem ao mundo novas possibilidades
terapêuticas. No entanto, é necessário refletir, pois, por mais que se descubra novas coisas
haverá sempre algo mais para saber, para experimentar e para inventar.
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REFERÊNCIAS

ALEIXO, M. S. DNA. Disponível em: <http://www.infoescola.com/biologia/dna/


Acesso em: 05 de set. 2017.
DUPLICAÇÃO, TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO GÊNICA. UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE LONDRINA. Disponível em: <http://www.uel.br/pessoal/rogerio
/genetica/respostas/pratica_03.html>. Acesso em: 05 de set. 2017.
DUTRA, P. C. RNA mensageiro. Disponível em: <http://www.infoescola.com/
genetica/rna-mensageiro/>. Acesso em: 05 de set. 2017.
..... RNA ribossômico. <http://www.infoescola.com/genetica/rna-ribossomico/>. Acesso
em: 05 de set. 2017.
..... RNA Transportador. Disponível em: <http://www.infoescola.com/genetica /rna-
transportador/>. Acesso em: 05 de set. 2017.
GONÇALVES, F. S. Replicação. Disponível em: <http://www.infoescola.com/
genetica/replicacao/>. Acesso em: 05 de set. 2017.
..... Tradução gênica. Disponível em: <http://www.infoescola.com/genetica/ traducao-
genica/>. Acesso em: 05 de set. 2017.
..... Transcrição. Disponível em: <http://www.infoescola.com/genetica/ transcricao/>.
Acesso em: 05 de set. 2017.
MECANISMO MOLECULAR DA REPLICAÇÃO DO DNA. KHAN ACADEMY. Disponível
em: <https://pt.khanacademy.org/science/biology/dna-as-the-genetic-material/dna-
replication/a/molecular-mechanism-of-dna-replication/
>. Acesso em: 05 de set. 2017.
NUCLEOTÍDEO. BRASIL ESCOLA. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com
.br/biologia/nucleotideo.html//> Acesso em: 05 de set. 2017.
REPLICAÇÃO DO DNA. PORTAL EDUCAÇÃO. Disponível em: <https://www.
portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/replicacao-do-dna/36448>. Acesso em:
05 de set. 2017.
RIBEIRO, K. D. K. F. Molécula do RNA. Disponível em: <http://
mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/molecula-rna.htm
Acesso em: 05 de set. 2017.
..... Replicação do DNA. Disponível em: <https://www. infoescola.com/
genetica/estrutura-do-dna/>. Acesso em: 05 de set. 2017.
RNA. TODA BIOLOGIA. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/rna />. Acesso
em: 05 de set. 2017.
ROCHA, C. Estrutura do DNA. Disponível em: <https://www.infoescola.com/
genetica/estrutura-do-dna/>. Acesso em: 05 de set. 2017.
TIPOS DE RNA FUNÇÕES MENSAGEIRO, RIBOSSÔMICO, TRANSPORTADOR.
ESSAS E OUTRAS. Disponível em: <http://essaseoutras .xpg.uol.com.br/tipos-de-rna-e-
funcoes-mensageiro-ribossomico-e-transportador-resumo/>. Acesso em: 05 de set. 2017.
16

ANEXOS

DNA: Estrutura Básica


Fonte: DUPLA HÉLICE. WIKIPEDIA. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org /wiki/Dupla_h%C3%A9lice>.
Acesso em: 05 ser. 2017.
17

Processos da Genética Molecular


Fonte: DUPLICAÇÃO DO DNA. SÓ BIOLOGIA. Disponível em: <https://www.sobiologia.
com.br/conteudos/Citologia2/AcNucleico3.php>. Acesso em: 05 ser. 2017.
18

Esquema de duplicação do DNA


Fonte: REPLICAÇÃO, TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO. IQ EDUCAÇÃO. Disponível em:
<https://www.qieducacao.com/2011/04/replicacao-transcricao-e-traducao.html>. Acesso em: 05 ser. 2017.
19

Transcrição do DNA em RNA


Fonte: REPLICAÇÃO, TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO. IQ EDUCAÇÃO. Disponível em:
<https://www.qieducacao.com/2011/04/replicacao-transcricao-e-traducao.html>. Acesso em: 05 ser. 2017.

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