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O núcleo é uma estrutura bem organizada, delimitada por uma membrana dupla com
poros (por onde sai o RNA) revestidos por proteínas – membrana ou invólucro nuclear.
É constituído por um nucléolo, nucleoplasma, cromossomas (visíveis quando a célula
está em divisão) e cromatina (constituída por vários cromossomas)
DNA – polímero
Pentose: desoxirribose (não tem a quantidade de água proporcional à quantidade de oxigénio,
ao contrário das outras pentoses, tem um oxigénio a menos)
Bases azotadas: adenina ligada à timina e a guanina ligada à citosina
- É a molécula biológica universal – todos os seres vivos são constituídos por DNA – e é o
suporte molecular da informação genética de cada ser vivo.
RNA – polímero
Pentose: ribose
Bases azotadas: adenina, uracilo (substitui a timina), guanina e citosina
As bases azotadas podem ter dois anéis, bases púricas, no caso da adenina e da
guanina ou podem ter apenas um anel, bases pirimídicas, no caso da timina, do uracilo e da
citosina.
A descoberta do DNA
Experiência de Frederick Griffith (1928):
O cientista trabalhou com dois tipos de bactérias: tipo S (bactérias virulentas;
envolvidas por uma cápsula de polissacarídeos que lhes confere um aspeto liso) e tipo R
(bactérias não virulentas; sem cápsula e com aspeto rugoso). Griffith preparou 4 lotes:
Amostra B: Bactérias não virulentas vivas + bactérias virulentas mortas pelo calor + DNAase
(desfaz DNA) – rato vive uma vez que o DNA das bactérias foi destruído
Conclusão: Esta experiência mostrou, pela primeira vez, que o DNA é responsável pela
transformação de bactérias tipo S mortas em bactérias tipo R vivas, dando-lhes informação
necessária para que produzam cápsula, se tornem virulentas e comecem a reproduzir bactérias
tipo S vivas.
Experiência de Hershey e Chase:
Os cientistas utilizam bacteriófagos, vírus que se instala na superfície da bactéria e
instala lá o seu material genético fazendo com que essa bactéria comece a reproduzir novos
vírus. Os bacteriófagos que foram utilizados são compostos por uma molécula de DNA rodeada
por uma cápsula proteica, que permanece no exterior da bactéria.
1. Os bacteriófagos foram introduzidos num meio com fósforo (P) radioativo. Por
consequência, o seu DNA ficou marcado radioativamente – os bacteriófagos produzidos nessa
bactéria eram radioativos dado que na infeção da bactéria, o DNA entrou radioativo e como
serviu para a produção dos novos vírus, estes tinham incorporado DNA radioativo. As cápsulas
proteicas dos novos vírus não estavam marcadas radioativamente uma vez que foram
produzidas com aminoácidos sintetizados na bactéria, sem nenhuma molécula radioativa.
2. Os bacteriófagos foram introduzidos num meio com enxofre (S) radioativo. Por
consequência, a sua cápsula proteica ficou marcada radioativamente – os bacteriófagos
produzidos nessa bactéria não eram radioativos dado que na infeção das bactérias, o DNA
entrou normalmente, mas a cápsula proteica, marcada radioativamente, ficou no exterior.
Miescher: descobriu que há uma substância que é comum ao núcleo das células à qual
chamou nucleína, composta por fósforo e azoto (1869)
Kossel: demonstra que a nucleína continha bases azotadas, daí serem ricas em fósforo e azoto
(1880)
Altmann: comprova a natureza ácida desta substância e designou-a ácido nucleico (1889)
Francis Crick e James Watson: apresentam o modelo da estrutura de dupla hélice do DNA
(1953)
Regra de Chargaff
Numa molécula de DNA, a quantidade de A+G é sempre aproximadamente igual à de
T+C uma vez que a base azotada A liga se sempre, com duas pontes de hidrogénio, à T e a base
azotada G liga-se sempre, com três pontes de hidrogénio, à C e, por isso, a quantidade de A é
igual à de T e a quantidade de G é igual à de C.
Uma base púrica liga-se a uma base pirimídica específica; A¿T e C≡G. No DNA, há
tantas bases púricas como pirimídicas.
Cadeias antiparalelas: as duas cadeias têm orientações diferentes. Uma das cadeias está no
sentido 3´- 5´ e a outra está no sentido 5´- 3´
Cadeias complementares: cada base azotada de uma cadeia liga-se com uma base azotada
específica da cadeia oposta. Portanto quando sabemos as bases azotadas de uma cadeia
conseguimos sempre decifrar as bases azotadas da outra cadeia.
A molécula de DNA tem um diâmetro constante porque há sempre uma base púrica
numa cadeia ligada a uma base pirimídica da cadeia oposta.
A viscosidade do DNA deve-se ao facto de ser uma molécula grande e com uma
estrutura de dupla hélice.
As bases azotadas das duas cadeias estabelecem pontes de hidrogénio entre si. A cada
ligação feita liberta-se uma molécula de H 2O.
As bases azotadas têm caráter hidrofóbico pelo que tendem a isolar-se de meios
aquosos, como o conteúdo celular onde o DNA se integra. Por esta razão ocupam uma posição
protegida no interior da molécula. Pelo contrário, o grupo fosfato tem caráter hidrofílico, daí a
encontrar-se virado para o exterior da molécula.
Quando sujeitas a aquecimento, as pontes de hidrogénio, estabelecidas entre as bases
azotadas quebram, fazendo com que a molécula de DNA perca a viscosidade. Contudo, a
energia de despolimerização A¿T é menor do que aquela que é necessário consumir para
despolimerizar o grupo C≡G uma vez que o último tem três pontes de hidrogénio e o primeiro
apenas duas.
2. Filtração:
No filtro vão ficar presos vários constituintes da célula. O DNA e outras biomoléculas
vão passar o filtro
3. Precipitação do DNA:
Adiciona-se etanol frio. O DNA é insolúvel em álcool por isso isola-se
O DNA torna-se visível com o aspeto de filamentos esbranquiçados
Replicação do DNA
São apresentadas três hipóteses com o objetivo de explicar a replicação do DNA:
Conservativa: defende que uma molécula de DNA dá origem a duas moléculas: uma formada
por duas cadeias de DNA antigo e outra formada por duas cadeias de DNA recém-formado
Dispersiva: defende que uma molécula de DNA dá origem a duas moléculas: cada uma
formada por duas cadeias com DNA antigo e recém-formado intercalados
Semi-conservativa: defende que uma molécula de DNA dá origem a duas moléculas: cada uma
com uma cadeia de DNA antigo e outra de DNA recém-formado. Teoria aceite e correta.
Experiência de controlo: São colocadas duas bactérias em meios diferentes: uma num meio
com N14 e outra num meio com N15. Posteriormente separa-se o DNA de cada bactéria e
coloca-se num só meio. O DNA da bactéria que esteve num meio com N14 fica contaminado
com este isótopo e, por consequência, em cima (tem menos densidade, é mais leve) e o DNA
da bactéria que esteve num meio com N15 fica em baixo (tem maior densidade, é mais
pesado)
Coloca-se DNA com N15 num meio com N14: O DNA com N15 começa-se a replicar num meio
N14 e regista-se as diferentes gerações e a quantidade de N14 e N15 em cada uma:
Geração 2: após 2 replicações, constata-se que uma das moléculas recém-formadas é híbrida e
a outra é constituída por N14 (50% de moléculas híbridas e 50% moléculas de N14).
4. A última enzima a atuar neste processo é a ligase que liga os fragmentos de Okazaki.
Composição do RNA
As moléculas de RNA são formadas por uma cadeia simples de nucleótidos. As bases
azotadas que podemos encontrar são: uracilo, citosina, guanina e adenina. A razão A+G e U+C
varia uma vez que só há uma cadeia nucleotídica e não há bases a corresponderem-se. O RNA
é formado a partir de um gene de DNA e transporta informações específicas / excertos de
material genético. É criado para uma função específica e depois de a desempenhar desfaz-se
rapidamente. Ao contrário do DNA, é uma molécula instável. O RNA é formado no núcleo.
Dentro de uma célula, podemos encontrar moléculas de RNA no citoplasma.
Tipos de RNA
mRNA: RNA mensageiro. Tem a função de transportar
uma mensagem específica do DNA e vai até aos
ribossomas para ser codificado (4% do RNA produzido é
mRNA)
tRNA: RNA de transferência. Transporta o anticodão e um
aminoácido (ligado na extremidade 3´). Ajuda no processo
da tradução do mRNA. (figura ao lado)
rRNA: RNA ribossómico. Faz parte da constituição dos
ribossomas (96% do RNA produzido é tRNA e rRNA)
Tradução
Conversão do RNA em aminoácidos. O RNA é formado por vários codões - tripleto de
nucleótidos. Cada codão codifica um aminoácido específico. Este processo acontece nos
ribossomas e divide-se nas seguintes etapas:
- Um mRNA pode estar a ser lido simultaneamente por vários ribossomas e originar várias
proteínas
Mutações
Mutação
Qualquer modificação ou alteração brusca de genes ou de cromossomas, podendo
provocar uma variação hereditária ou uma mudança no fenótipo.
A mutação pode produzir uma característica favorável num ambiente e desfavorável
noutro
São a fonte primaria da variabilidade genética
São importantes do ponto de vista evolutivo
Mutação Génica: Mudança na estrutura de um gene
Mutação Cromossómica: Mudança na estrutura ou no número de cromossomas
Deleção: Remoção de um par de bases
Inserção: Adição de um par de bases
Substituição: Substituição de um par de bases por outro
Agentes Mutagénicos Físicos: Radiações ionizantes; Radiações não ionizantes
Agentes Mutagénicos Químicos: Poluição
Agentes Mutagénicos Biológicos: Alguns vírus
Mutação Somática: Ocorre durante a replicação do DNA que precede uma divisão mitótica.
Todas as células descendentes são afetadas, mas podem localizar-se apenas numa pequena
parte do corpo. Estão na origem dos cancros. Não são transmitidas à descendência.
Mutações nas células germinativas: Ocorre durante a replicação do DNA que precede a
meiose. Afeta os gâmetas e todas as células que deles descendem após a fecundação. É
transmitido à descendência
Mutações Silenciosas: Por vezes ocorrem mutações que não provocam alterações nas
proteínas, pois, devido à redundância do código genético, o codão mutado pode codificar o
mesmo aminoácido
Mutações Espontâneas
Podem ocorrer devido:
Ao facto de que as quatro bases nucleotídicas podem existir sob duas formas
diferentes, uma usual e outra muito rara. Quando uma base adquire,
temporariamente, a sua forma rara, pode emparelhar-se com uma base
diferente
A erros na replicação do DNA motivados pela DNA polimerase. Quase sempre
estes erros são reparados durante o processo de replicação do DNA, contudo,
alguns persistem
A erros na meiose ou mitose: não disjunção de homólogos ou cromatídeos,
tendo como consequência a formação de células com excesso ou falta de
cromossomas
Ciclo Celular
Ciclo Celular
Conjunto de transformações desde a formação de uma célula até ao momento em que
ela própria se divide
A vida de uma célula começa quando ela surge a partir da célula-mãe e acaba quando
se divide para originar duas células-filhas
Eucromatina: Cromatina menos condensada e, por isso é ativa (é transcrita)
Heterocromatina: Cromatina mais condensada, é ativa
Cromossoma: Estrutura filamentosa complexa, que se encontra no núcleo das células
eucarióticas, constituído por DNA ligado a proteínas
Cromatídio: Componente do cromossoma contendo uma molécula de DNA
Centrómero: Zona do cromossoma onde ocorre uma união dos cromatídeos de um
cromossoma
Telómero: Porções de DNA particulares existentes em ambas as extremidades
Interfase
G1
Corresponde ao período entre o período mitótico e a replicação do DNA
Crescimento celular
Intensa atividade biossintética de proteínas, enzimas, RNA e formação de organelos
Intervalo de crescimento da célula
S
Intervalo em que ocorre a replicação do DNA
Cada cromossoma passa a ser constituído por dois cromatídios ligados pelo
centrómero
Duplicação dos centríolos na célula animal
G2
Corresponde ao período antes do período mitótico
Intensa atividade biossintética de proteínas, enzimas, RNA e formação de organelos,
moléculas e estruturas necessárias para a divisão celular
Crescimento celular
Fase Mitótica
Mitose: Conjunto de transformações durante as quias o núcleo se divide; tem 4 subfases:
prófase, metáfase, anáfase e telófase
Citocinese: Divisão do citoplasma
Prófase
Fase mais longa da mitose
Condensação dos cromossomas
Afastamento dos dois pares de centríolos para os polos opostos formando fuso
acromático ou fuso mitótico
Desaparecimento dos nucléolos
Rutura da membrana nuclear
Metáfase
Os cromossomas atingem o seu máximo encurtamento com grande condensação
Os pares de centríolos estão nos polos da célula
Fuso acromático completamente formado, com algumas fibrilas ligadas aos
cromossomas e outras vão de polo a polo
Os cromossomas dispõe-se com os centrómeros no plano equatorial com um
cromatídio voltada para cada um dos lados, formando a placa equatorial
Anáfase
Aumento da distância entre os polos da célula
Separação dos cromatídios-irmãos que passam a constituir dois cromossomas
independentes
As fibrilas ligadas aos cromossomas do fuso acromático encurtam e estes começam a
afastar-se em direção a polos opostos- ascensão polar
Etapa mais curta da mitose
Telófase
Cromossomas filhos atingem os polos
Desaparecimento do fuso acromático
Reorganização da membrana nuclear
Descondensação dos cromossomas
Reaparecimento dos nucléolos
Formam-se dois núcleos
Citocinese
Divisão do citoplasma e individualização das células-filhas
Nas células animais ocorre por estrangulamento porque não tem parede celular
Nas células vegetais 1º Vesículas com origem no complexo de golgi alinham-se na
região equatorial 2º O conteúdo das vesículas origina a lamela mediada entre as
células-filhas 3º Estas membranas unem-se e formam uma estrutura (fragmoplasto)
que origina a membrana plasmática 4º A decomposição de fibrilas de celulose constitui
a parede celular que começa a formar-se do centro para a periferia
Estabilidade Genética
A auto-replicação de DNA ocorre na fase S, faz com que a quantidade de DNA duplique
(cada cromossoma passa a ser constituído por 2 cromatídios)
Na anáfase ocorre a distribuição equitativa dos cromossomas (DNA) pelas células-
filhas, recebendo cada uma a quantidade, que se mantém assim, ao longo das
gerações
Pontos de Regulação
1º G1- A célula aumentou de volume? O meio é apropriado? DNA danificado?
2º G2- DNA danificado? Célula aumentou de volume? O meio é apropriado?
3º Entre a Metáfase e Anáfase- Analisa a repartição dos cromossomas, se foi equitativa
Apoptose
Processo em que se verifica o “suicídio celular” visto que esta não está em condições
para se dividir, torna-se inútil e, portanto, ocorre a morte da mesma
Na célula quando entra em apoptose, verifica-se o colapso do núcleo, fragmentação
do material genético
Metaplasia: Mudanças reversíveis num determinado tipo de células que são substituídas por
células de outro tipo
Importância biológica da divisão celular
Assegura a estabilidade genética
Crescimento dos organismos pluricelulares
Regeneração de estruturas e renovação de tecidos
Células Indiferenciadas: Célula que não sofreu processo de diferenciação e que apresenta
potencialidades para originar todos os tipos de célula
Células Especializadas: Célula que sofreu processo de diferenciação durante o qual adquiriu
especialização celular responsável pela definição da sua estrutura e função
Diferenciação Celular: Expressão diferencial do genoma
Num individuo multicelular
Células são geneticamente iguais
Especialização das células no desempenho de uma determinada função
Células morfologicamente diferentes, especializadas no desempenho da sua função
Pluripotentes: Pode originar todos os tipos de célula
Multipotentes: Pode originar apenas alguns tipos de célula
O DNA de uma célula especializada é igual ao da célula inicial, uma vez que consegue
regenerar indivíduos completos
A capacidade de uma célula originar outros tipos de células especializadas é tanto maior
quanto menor for o seu grau de especialização
Reprodução Assexuada
Bipartição ou Divisão Binária: Divisão de um ser em dois com idênticas dimensões.
Exemplos: amiba, paramécia, planária.
Gemulação: Formação de uma ou mais saliências, os gomos ou gemas, que se desenvolvem e
separam, originando novos seres. Exemplos: levedura, hidras de água doce, anémonas-do-mar.
Esporulação: Formação de células reprodutoras, os esporos, cada um dos quais pode originar
um novo indivíduo. Exemplos: bolores como o do pão ou da fruta.
Multiplicação Vegetativa: Formação de novos seres a partir do desenvolvimento de certas
estruturas vegetativas, como raízes, caules, folhas. Exemplos: batateira, lírio, cenoura.
Fragmentação: Separação de fragmentos do corpo, originando cada fragmento um novo
individuo por regeneração. Exemplo: estrela-do-mar, algas, plantas.
Partenogénese: Formação de novos indivíduos exclusivamente a partir do desenvolvimento
de gâmetas femininos. Exemplos: rotíferos, pulgões.
Vantagens
Formação de clones
Todos podem originar descendentes
Rápida reprodução com baixo dispêndio de energia
Colonização de habitats a partir de um só individuo
Desvantagens
Diversidade de indivíduos praticamente nula
Reprodução Sexuada
Os gâmetas são haploides possuem metade do número de cromossomas do organismo adulto,
isto é, n cromossomas.
Fecundação
Quando ocorre a fecundação e a junção aleatória dos gâmetas, que são células
haploides, forma-se o ovo ou zigoto, que é diploide
Da fecundação resulta duplicação cromossómica n+n=2n o ovo possui um conjunto de
cromossomas proveniente do óvulo e outro do espermatozoide
Genes Alelos: Tem informação para a mesma característica
Cromossomas homólogos: Tem genes com informação para as mesmas características- tem
o mesmo tamanho e forma
Meiose
Processo em que uma célula diploide (2n) origina quatro células haploides (n)
É um mecanismo de divisão nuclear que permite que uma célula diploide, cujo núcleo
possui pares de cromossomas homólogos, origines quatro células haploides
Divisão I ou Divisão Reducional: Um núcleo diploide origina 2 núcleos haploides
Divisão II ou Divisão Equacional: Ocorre a separação dos cromatídeos. Formam-se 4
núcleos haploides (n)- cada cromossoma possui apenas 1 cromatídeo. O número de
cromossomas mantém-se
Antes da Meiose
Há replicação do DNA
Anáfase I
Os cromossomas homólogos separam-se aleatoriamente (redução cromática) e
afastam-se em direção aos polos; a ascensão ocorre por retração das fibras do fuso
acromático (despolimerização das proteínas que o constituem);
Cada um dos dois grupos de cromossomas em ascensão para os polos – haplóides e
formados por metade do número inicial de cromossomas (n) – possuem informações
genéticas diferentes; isto vai contribuir para a variabilidade genética dos núcleos em
formação.
Separação aleatória dos cromossomas homólogos
Telófase I
Após chegarem aos polos, os cromossomas iniciam a despiralização, tornando-se finos
e longos;
O fuso acromático desorganiza-se e diferenciam-se os nucléolos e as membranas
nucleares (invólucros nucleares) ---- formam-se dois núcleos haplóides (n);
Em certas células, ocorre Citocinese, formando-se duas células-filhas;
Estas células-filhas iniciam a segunda divisão (Divisão II) da Meiose imediatamente ou
após uma curta Interfase.
Divisão II
Prófase II
Os cromossomas, ainda com dois cromatídeos, condensam-se;
O fuso acromático forma-se, após a divisão do Centrossoma;
Os cromossomas deslocam-se para a placa equatorial, presos pelo centrómero às
fibras do fuso acromático.
Metáfase II
Os cromossomas dispõem-se na placa equatorial, à mesma distância dos polos;
Ainda se mantêm presos pelo centrómero às fibras do fuso acromático.
Anáfase II
Ocorre divisão do Centrómero e Ascensão polar- os cromatídeos de um mesmo
cromossoma separam-se e migram para polos opostos;
Os conjuntos de cromossomas formado são Haplóides (n) e formados por um único
cromatídeo.
Telófase II
Os cromossomas atingem os polos e começam a desespiralizar- tornam-se finos,
longos e invisíveis ao microscópio;
Tal como na Telófase I, o fuso acromático desorganiza-se e os nucléolos (e membranas
nucleares) diferenciam-se, formando-se 4 núcleos haplóides (n);
Vantagens da reprodução sexuada
Diversidade biológica
Maior capacidade de resistência a mudanças nas condições ambientais
Favorece a evolução das espécies
Desvantagens da reprodução sexuada
Lenta produção de descendentes
Grande dispêndio de energia na produção de gâmetas e na fecundação
Ciclos de Vida
O ciclo de vida de um organismo é a sequência de acontecimentos da sua história reprodutiva,
desde a sua conceção até à sua própria reprodução.
Haplofase: Parte do ciclo em que as células são haploides (com n cromossomas). Tem início
na meiose e termina com a fecundação. Resulta da meiose.
Diplofase: Parte do ciclo em que as células são diploides (com 2n cromossomas). Tem início
na fecundação e termina com a meiose. Resulta da fecundação.
Evolução
Fixismo
Espécies são imutáveis
Criacionismo: todos os seres vivos são obras divinas e por isso não sofrem alterações
Citologia
A célula é a unidade básica, estrutural dos seres vivos
Interpretação Lamarckista
1. Mudança no ambiente
2. Novas necessidades
3. Novos hábitos de vida
4. Mudanças no organismo: uso leva ao desenvolvimento; desuso leva a atrofia
5. Transmissão das características adquiridas aos descendentes
6. Adaptações ao longo das gerações
Críticas ao Lamarckismo
A lei do uso e do desuso é válida para alguns órgãos, como os músculos, que se
desenvolvem por meio de exercícios e se atrofiam com a inatividade.
A lei da transmissão das caraterísticas adquiridas não é válida em nenhuma
circunstância. Os seres vivos transmitem aos descendentes apenas o material genético
das suas células reprodutoras, e não as alterações somáticas.
Lamarck ficou na história por ter fornecido a primeira explicação para a evolução das
espécies e ter reconhecido que a evolução envolve interações entre os organismos e o
seu ambiente.
Darwinismo
Fundamentações
Crescimento das Populações – Malthus
Segundo Malthus:
A população cresce em progressão geométrica;
A produção de alimento cresce em progressão aritmética;
A população tornar-se-ia demasiado grande para a quantidade de alimento disponível-
luta pela sobrevivência
Seleção artificial: É o processo conduzido pelo ser humano de cruzamentos seletivos com o
objetivo de selecionar características desejáveis em animais, plantas e outros seres vivos.
Variação intraespecífica: Os seres vivos da mesma espécie apresentam variações
Sobrevivência diferencial: os indivíduos melhor adaptados num dado meio e tempo,
possuem uma vantagem competitiva, são mantidos por seleção e produzem mais
descendentes
Seleção Natural: É o processo pelo qual as alterações aleatórias dos organismos são
selecionadas pela natureza. Por influência do meio ambiente as caraterísticas favoráveis são
positivas e acumulam-se através das gerações, e as desfavoráveis são negativas são
eliminadas.
Interpretação Darwinista
1. Variação intraespecífica (que por acaso existe na população)
2. Ocorrem alterações ambientais
3. Ambiente faz seleção natural- mais aptos sobrevivem e reproduzem-se; menos aptos
não sobrevivem
4. Transmissão das características selecionadas aos descendentes e adaptação ao longo
das gerações- evolução
Neodarwinismo
População como unidade evolutiva: A Teoria sintética da evolução admite que as populações
constituem unidades evolutivas e apresentam variabilidade genética sobre a qual a seleção
natural atua- a variabilidade resulta das mutações e da recombinação génica (meiose e
fecundação).
Fundo genético: conjunto de todos os genes presentes numa população num dado momento
Fatores de Evolução
Mutações- alterações do material genético, sendo o fator que introduz a novidade
genética numa população
Seleção natural
Migrações- são deslocamentos de indivíduos da mesma espécie, em idade de
reprodução, de uma população para outra, criando fluxo de genes
Deriva genética
Ausência de panmixia
Interpretação Neodarwinista
1. Na população original das borboletas havia variabilidade genética, em que a maior
parte das borboletas era de fenótipo branco e algumas pretas.
2. A variabilidade entre os organismos na população resulta da ocorrência de mutações
e de fenómenos de recombinação génica, resultantes da meiose e fecundação.
3. O ambiente vai ficando mais poluído devido à industrialização.
4. Por seleção natural as borboletas de fenótipo de cor preta (melânicas), que lhes
permite camuflarem-se melhor dos predadores, estão em situação favorável,
sobrevivem e reproduzem-se. A cor branca é o fenótipo desfavorável.
5. Os genes são herdados pelos descendentes, o gene responsável pela cor preta
aumenta de frequência, e o gene cor branca diminui de frequência.
6. O fundo genético da população vai sendo alterado e na população passa a
predominar o fenótipo de cor preta.
Sistemática
Grupos ou Categorias Taxonómicas
Reino Filo/divisões Classe Ordem Família Género Espécie
Diminuição da Diversidade de Espécies
Espécie: Unidade biológica da classificação. Único agrupamento natural.
Cada espécie tem, além do nome vulgar, que varia de país para país (e até dentro do mesmo
país), um nome científico, em latim, que é igual em todo o mundo.
Nome científico é: Universal
Rigoroso
Específico
Único para cada espécie
Nomenclatura da espécie e do género
Foi Lineu que uniformizou a Nomenclatura científica e biológica da espécie. Em 1758 publicou
a obra Systema Naturae, onde propôs a designação binominal para a espécie - nomenclatura
binominal
Regras Básicas de Nomenclatura
A designação dos taxa é feita em língua latina.
A primeira palavra é escrita com inicial maiúscula e corresponde ao nome do género a
que a espécie pertence
A segunda palavra, escrita com inicial minúscula, designa-se por epíteto específico,
sendo geralmente um adjetivo.
Em itálico ou negrito se for manuscrito sublinhado
Sistemas de classificação
Sistemas de
classificação
Racionais Práticos
Horizontais Verticais
Podem ser:
Práticos:
Têm em conta as necessidades básicas do homem, sem considerar quaisquer
fundamentos científicos.
São as mais primitivas
Racionais:
Baseiam-se num pequeno número de características estruturais.
Horizontais:
São estáticas, não tiveram em consideração o fator tempo – Imutabilidade das
Espécies.
Verticais:
Têm em consideração o fator tempo – carácter dinâmico da transformação dos
organismos. As semelhanças entre os seres vivos são interpretadas como
consequência da existência de um ancestral comum a partir do qual os grupos
divergiram, há mais ou menos tempo. O grau de semelhança reflete o tempo em que
se deu a divergência.
Artificiais:
Baseiam-se num pequeno número de caracteres (cor do sangue, tipo de
reprodução...), por isso os grupos formados são muito heterogéneos.
Naturais:
Baseiam-se numa maior quantidade de informação/caracteres.
Evolutivos ou filogenéticos:
Tentam reproduzir a história evolutiva dos seres vivos através de árvores filogenéticas,
criando, assim, relações de parentesco entre os organismos.
Classificação de Whittaker
Critérios de classificação:
Organização estrutural
Modo de nutrição
Interação nos ecossistemas
Reino Monera
Procariontes e unicelulares
Solitários e coloniais
Heterotróficos por absorção, autotróficos, fotossintéticos e quimiosintéticos
Produtores e microconsumidores
Reino Protista
Célula eucariótica unicelulares ou multicelulares sem diferenciação celular
Autotróficos (fotossíntese), heterotróficos por ingestão e por absorção.
Produtores, macroconsumidores e microconsumidores
Ex: Algas eucarióticas unicelulares/coloniais/multicelulares sem diferenciação de
tecidos
Reino Fungi
Célula eucariótica unicelulares ou multicelulares sem diferenciação celular
Heterotróficos por absorção
Microconsumidores ou decompositores
Reino Plantae
Célula eucariótica multicelulares com diferenciação celular
Autotróficos fotossintéticos
Produtores
Reino Animalia
Célula eucariótica multicelulares com diferenciação celular.
Heterotróficos por ingestão
Macroconsumidores
Classificação de Woese
Alguns sistematas baseados em dados moleculares, consideram para a ordenação da
vida um sistema de 3 grandes domínios
Archeabacteria
Eucária
Eubactéria