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Universidade Federal de Pernambuco – UFPE

Centro Acadêmico de Vitória – CAV


Disciplina: Processos Patológicos Gerais

MARCOS HISTÓRICOS DA
PATOLOGIA

Professora: Eduila Couto


História da Patologia
• A Patologia tem sua história dividida em fases;
• Conceitos utilizados para explicar a origem dos estados
de doença vigentes em um determinado intervalo de
tempo e segundo a corrente filosófica predominante.
• Dividida em:
o Fase Humoral
o Fase Orgânica
o Fase Tecidual
o Fase Celular
o Fase Ultracelular
Fase Humoral
(Idade Antiga - final da Idade Média)
• Hipócrates, pai da medicina, cria a
Teoria Humoral da Enfermidade.
• O mecanismo da origem das
doenças era explicado, nessa fase,
pelo desequilíbrio de humores.
• Os humores eram considerados os
líquidos do corpo, em particular, a
água, o sangue e a linfa.
• Os deuses tinham o poder de
controlar esse desequilíbrio, bem
como de restituir a normalidade do
organismo.
Fase Orgânica
(séc. XV - XVI)

• Nessa época, há o predomínio da


observação dos órgãos do corpo,
feita principalmente às custas das
atividades de necropsia (estudo do
cadáver).
• Em Florença na Itália em 1502 -
Antonio Benivieni fez 15 necropsias-
determinando a “causa mortis”
Fase Orgânica
(séc. XV - XVI)

• Em 1543, Andreas Vesalius


- Revolucionou a anatomia,
publicou “De humani
corporis fabrica”.
• “Da Organização do Corpo
Humano” é um livro
de anatomia humana,
conhecido sobretudo por
suas ilustrações, algumas
das mais perfeitas
xilogravuras jamais
realizadas.
Fase Orgânica
(séc. XV - XVI)

• William Harvey (1578 - 1657)


• Médico britânico que pela primeira vez
descreveu corretamente os detalhes do
sistema circulatório.
• Publicou em 1628 "De Motu Cordis"
sobre o Movimento do Coração e do
Sangue.
Fase Tecidual
(séc. XVI – XVIII)
A Fase Tecidual enfatiza a estrutura e a organização dos tecidos.
É nesse período que se iniciam os primeiros estudos sobre as
alterações morfológicas teciduais e suas relações com os
desequilíbrios funcionais.

• Giovanni Battista Morgagni foi o fundador da


Anatomia Patológica.
• Foi professor de anatomia na Universidade de
Pádua durante 56 anos.
• Em 1761, aos 70 anos de idade, publicou sua
monumental obra em cinco volumes ”De
sedibus et causis morborum” (Da sede e causas
das doenças), fruto de seus estudos e
observações em necrópsias por ele realizadas
ou orientadas.
Fase Tecidual
(séc. XVI – XVIII)

• Marie François Xavier Bichat (1771 -


1802) foi um anatomista e fisiologista
francês.
• Conhecido como pai da histologia e da
patologia.
• Ele foi o primeiro a introduzir o conceito
de tecido como entidade distinta.
• Ele sustentou que doenças
atacavam os tecidos em vez de
todo órgão.
• Ele concluiu que existiam mais de 21
tecidos diferentes, dividiu a patologia
em geral e especial.
Fase Tecidual
(séc. XVI – XVIII)

• Julius Friedrich Cohnheim (1839 –


1884)
• Foi um patologista alemão.
• Explicou as bases histológicas da
inflamação, analisando, sob o ponto
de vista microscópico os 4 sinais
cardinais: Tumor, Calor, Rubor e Dor
Fase Celular
(séc. XIX)

• Visão morfológica + aplicação


do microscópio óptico
• Período considerado "inicial à
Patologia Moderna".
• A preocupação com o estudo
da célula, principalmente de
suas alterações morfológicas e
funcionais, é determinante na
busca da origem de todo
processo mórbido.
Fase Celular
(séc. XIX)
• Considerado o pai da patologia moderna.
• Ele afirmou que a célula era a unidade
funcional do corpo.
• A ele são creditadas várias descobertas
significativas:
• Foi ele quem elucidou o mecanismo
do tromboembolismo, cujos fatores são
conhecidos até hoje como tríade de Virchow.
• Foi o primeiro a publicar um trabalho
científico sobre leucemia, pelo qual todas as
formas de lesão orgânica começam com
alterações moleculares ou estruturais das
células.
• Foi ele quem disse que as doenças eram
uma mudança na célula.
A Fase Ultracelular
(séc. XX)

• A Fase Ultracelular é a fase atual do pensamento


conceitual sobre Patologia, envolvendo conceitos sobre
biologia molecular e sobre as organelas celulares. Os
avanços bioquímicos e a microscopia eletrônica facilitam
o desenvolvimento dessa linha de estudo.
Leitura básica
• BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo: Patologia. 7 ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

Leitura complementar
• https://patologia.iptsp.ufg.br/n/4885-historia-da-
patologia

• Para próxima aula: adaptações celulares

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