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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
MACEI
Ó 2022
MOAB HENRIQUE GUIMARÃES CAMARA
MACEI
Ó 2022
Folha de Assinaturas
ASSINATURAS:
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................6
2. OBJETIVOS......................................................................................................................7
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................................7
4. METODOLOGIA...........................................................................................................28
5. CRONOGRAMA............................................................................................................31
REFERÊNCIAS......................................................................................................................32
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1 INTRODUÇÃO
Atualmente, maceió é uma das cidades mais visadas para o turismo, durante todo o
período anual, tanto em baixa quanto em alta temporada. Além disso, o mercado financeiro
da cidade é dependente diretamente do modal rodoviário. Maceió é uma cidade que
historicamente está vinculada à cultura de canavieira, desde a época da colonização do Brasil.
Segundo um levantamente realizado pelo ComexStat em 2021 (referencia), outros produtos
que são comercializados na capital alagoana são: Derivados halogenados dos hidrocarbonetos,
máquinas para limpeza, açúcares de cana, beterraba, resíduos da extração do óleo de soja,
além de outros produtos não menos importantes, como os produtos da pecuária, agricultura e
derivados do petróleo. Dentro desse contexto, é possível observar a dependência direta da
conomia da cidade com o modal rodovário.
O munincípio de Marechal Deodoro, local onde se encontra a ponte estudada neste
trabalho, está localizado adjascente à Maceió, tornando-se uma das rotas de transporte para a
cidade para o transporte seja em função do turismo ou do comércio, de toda a região sul do
estado de Alagoas e demais áreas advindas. Outro ponto importante de se observar é que
Marechal Deodoro possui também um mercado próprio, onde está situada a Usina Sumaúma,
responsável pela moagem de cerca de 6.200 toneladas por dia, produzindo açúcares do Tipo
VHP, cristal e álcool anidro, hidratado e refinado. A cidade possui também o Polo Multifabril
Industrial José Aprígio Vilela, o qual conta com diversas indústrias da cadeia produtiva da
química e do plástico (CPQP) e se expande atualmente na cadeia produtiva da cerâmica
(CPC) e na área tecnológica, com produção de cabos de fibra óptica. Com isso, é possível
determinar que a ponte sobre a lagoa manguaba possui uma grande importância para o
comércio local.
As pontes e viadutos fazem parte do grupo das Obras de Arte Especiais (OAE), as
quais têm como objetivo a transposição de um obstáculo para estabelecer a continuidade de
uma via de qualquer natureza. Tais obstáculos podem ser: rios, braços de mar, vales
profundos, outras vias, etc. (MARCHETTI). Em relação aos aspectos estruturais, as pontes
podem ser subdivididas em: superestrutura, mesoestrutura e infraestrutura.
As Pontes em Concreto Armado estão sujeitas às diversas ações que ocasionam o seu
envelhecimento e deterioração, comprometendo a sua estrutura e funcionalidade. Dessa
forma, surgem as patologias, seja elas vinculadas às estruturas de concreto armado ou (se for
o caso) às estruturas metálicas. Posteriormente serão discutidos quais e como ocorrem tais
patologias, além da forma de solucioná-las. De forma geral, as patologias podem ter diversas
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causas, podendo elas serem: agentes mecânicos, agentes químicos ou agentes biológicos.
(referência - Patologias e inspeção de pontes em concreto armado: Estudo de caso da ponte
Governador Magalhães Pinto).
2 OBJETIVOS
Os objetivos do presente trabalho possuem dois âmbitos diferentes, sendo eles gerais e
específicos.
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
II.Segundo a durabilidade
Pontes permanentes: São aquelas que são construídas com pretensão definitiva,
de forma a permanecer até que deixe de exercer as suas funções primordiais, segundo projeto;
Pontes provisórias: São pontes construídas com pretensão temporária, ou seja,
sua duração possuirá um tempo limitado. Geralmente esse tipo de ponte é utilizada com
intensão de um desvio do fluxo ou como uma versão provisória até o final da execução da
ponte permanente;
Pontes desmontáveis: São pontes construídas com as mesmas pretensões da
ponte provisória, diferindo apenas que esse tipo de ponte pode ser reaproveitada para outros
momentos.
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Pontes em viga;
Pontes em pórtico;
Pontes em arco;
Pontes Pênseis;
Pontes Atirantadas.
Pontes de madeira;
Pontes de alvenaria;
Pontes de cocnreto armado;
Pontes de concreto protendido;
Pontes de aço.
Tabuleiro superior;
Tabuleiro intermediário;
Tabuleiro inferior.
Isostáticas;
Hiperstáticas.
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As pontes estão sujeitas a diferentes tipos de ações externas, que são considerados,
para modelo de cálculo, como cargas permanentes. Em geral, tais cargas são consideras como
o peso específico de cada elemento fixado à estrutura, como guarda-corpos, postes,
pavimentação, vigas, pilares etc (MERCHATTI, 2008, p.21).
Os carregamentos permanentes podem ser dividos quanto à sua linha de ação, sendo
eles distribuídos ou concentrados. Para determinação dos carregamentos distribuídos, segundo
MERCHATTI (2008, p.21), é necessária a adoção de um volume relativo ao comprimento
unitário do elemento, como por exemplo o concreto armado utilizado para a formação de uma
viga. Já para o cálculo dos carregamentos devidos a cargas concentradas, o cálculo é mais
simples, necessitando apenas do peso específico do material e seu volume total.
A norma utiliza para o cálculo da carga móvel o novo padrão TB-450: “A carga móvel
rodoviária padrão TB-450 é defi nida por um veículo tipo de 450 kN, com seis rodas, P = 75
kN, três eixos de carga afastados entre si em 1,5 m, com área de ocupação de 18,0 m²,
circundada por uma carga uniformemente distribuída constante p = 5 kN/m²” (NBR 7188,
2013, p.3).
Figura 2: Disposição de cargas estáticas
Para o dimensionamento dos passeios a NBR 7188 (2013, p.4) determina que: “Nos
passeios para pedestres das pontes e viadutos, adotar carga uniformemente distribuída de 3
kN/m² na posição mais desfavorável concomitante com a carga móvel rodoviária, para verifi
cações e dimensionamentos dos diversos elementos estruturais, assim como para verifi cações
globais”. Além disso, o elemento estrutural principal do passeio é dimensionado para
sustentar cargas de até 5KN/m².
A força do vento sobre a estrutura proporciona uma ação transversal. Para fins de
cálculo, segundo a NBR 6123 (1998): “o vento atua sobre determinada estrutura através de
uma velocidade característica, calculada por meio da velocidade básica do vento, de um fator
topográfico, de um fator estatístico e de um fator que abrange a rugosidade do terreno,
dimensões da edificação e altura sobre o terreno.”
Como visto anteriormente, no tópico 3.1.1, as pontes quanto ao seu sistema estrutural
da superestrutura, podem ser classificadas como: em viga, em pórtico, em arco, pênseis ou
atirantadas. Neste tópico, será explorado o modelo estrutural das pontes em vigas. “As pontes
em viga constituem sistemas estruturais compostas por vigas longarinas com ou sem
transversinas servindo como suporte para lajes que irão receber os carregamentos
diretamente”
Sendo assim, pode-se citar os elementos principais da superestrutura:
i) Estrado: É a parte da estrutura que serve de apoio imediato aos elementos com função
viária.
ii) Elementos Estruturais: Laje do tabuleiro de rodagem e Vigamento;
iii) Elementos Utilitários: Pista de rolamento, passeios, barreiras de proteção, guarda-
corpo, juntas, dispositivos de drenagem, dispositivos de iluminação, tubulações para
utilidade pública, placas de transição, etc.
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A vida útil de uma estrutura em cocnreto armado é o período ao qual tal estrutura
continuia apresentado suas propriedades físicas e químicas dentro de das delimitações
mínimas paa atenderem sua função estrutural (NBR ABNT 6118, 2004, p. 15). Juntamente
com esse conceito, Sichieri et al. (2004, p. 4) comenta que “um material atingiu o fim da sua
vida útil quando as suas propriedades, sob dadas condições de uso, deterioram a um tal ponto
que a continuação de uso desse material é considerado como insegura ou antieconômica”.
A durabilidade da estrutura está diretamente ligada à vida útil e requer uma
cooperação dos envolvidos nas etapas de projeto, construção e utilização, além de inspeções e
manutenções futuras.
O desempenho de uma estrutura está diretamente ligado à ela atender seus parâmetros
de resistência de projeto. Tal estrutura, com o passar do tempo e com a influência dos agentes
externos que causam seu deterioramente, está sujeita ao processo de perda de desempenho. A
NBR 15575-1 (2010, p. 39) mostra um gráfico como exemplo para o caso e uma estrutura de
um edifício habitacional de até cinco pavimentos:
Imagem 6: Vida útil de projetos versus manutenções em uma estrutura habitacional de concreto
armado de até cinco pavimentos.
uma estrutura:
Cada material ou componente reage de uma forma particular aos agentes de
deterioração a que é submetido, sendo a forma de deterioração e a sua
velocidade função da natureza do material ou componente e das condições
de exposição aos agentes de deterioração. A análise da deterioração
possibilita o julgamento de um produto (estrutura ou material), podendo-se
admitir que seja considerado satisfatório quando ficar caracterizada uma
relação positiva entre seu custo inicial, sua curva característica de
deterioração, sua vida útil e seu custo de reposição ou recuperação.
3.2.3.2 Carbonatação
3.2.3.3 Corrosão
As reaçõs que causam corrosão no concreto são de natureza apenas química, podendo
ser originadas pelos processos de lixiviação, reação iônica ou por expansão.
A Lixiviação é o processo de dissolução e arrasto do hidróxido de cálcio e outros
compostos hidratados, com a formação de estalactites e estalagmites na superfície do
concreto. É imporntante enteder que o hidróxido de cálcio presente no concreto possui a
função de promover a propriedade de coesão no concreto, dessa forma, como o arrasto dessas
partículas, a coesão da superfície atacada está comprometida.
Substâncias iônicas como os íons de magnésio, amônio, cloro e nitrato são os
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principais tipos de íons que atacam o cocnreto, devido à reações químicas com as substâncias
presentes no cimento.
Por último, como já comentado no tópico 3.2.3.1, as reações devido aos ataques de
sulfatos promovem também o ataque a estrutura do concreto, devido as reações dos sulfatos
com os compostos do cimento.
Os principais agentes biológicos que causam patologias nas estruturas de concreto são
os ataques químicos de ácidos, devido ao crescimento de raízes ou de algas que se surgem nas
fissuras, além da ação de fungos ou sulfatos provenientes em locais com ausência sistema de
esgotamento sanitário.
das obras, por falhas humanas, por questões próprias ao material concreto e
por ações externas, acidentes inclusive.
Figura 11: Causas intrínsecas das manifestações patológicas.
A concretagem é uma das etapas mais conhecidas de uma obra e nela, podem surgir
diversos tipos de patologias, quando os procedimentos são executados indevidamente. Dessa
forma, os principais tipos de patologias que surgem devido a falhas na concretagem estão
relacionadas à:
Falhas no transporte: A concretagem deve ser planejada com antecedência, para
reduzir os riscos de haver atrasos. O concreto, após sair da usiana, se não houver
cuidado com o tempo, irá iniciar o processo de pega, reduzindo a trabalhabilidade.
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A falta de limpeza (ou limpeza inadequada) de uma fôrma, má aplicação (ou ausência)
de desmoldantes, insuficiências de estanqueidade das fôrmas, retirada prematura de fôrma
e/ou escoramento são possíveis potenciais de causa de patologias. Um projeto de uma
estrutura de concreto armado possui sempre as instruções de como deve-se proceder em cada
situação, sendo assim, cabe ao engenheiro responsável pelos procedimentos, instruir de
maneira adequada sua equipe para mitigar os riscos dessas ocorrências.
iii) Mal posicionamento das armaduras, esse tipo de erro em uma peça em balanço
pode ser crítico;
iv) Cobrimento de concreto insuficiente, facilitando o processo de deterioração da
peça.
v) Dobramento das barras sem atendimento aos dispositivos regulamentares;
vi) Deficiência nos sistemas de ancoragem, propiciando o estado de sobretensão;
vii) Deficiência no sistema de emendas;
viii)Má utilização de anticorrosivos nas barras da armadura, reduzindo a aderência
das barras ao concreto.
também, que tem como seu princípio a realização de atividades de acordo com procedimentos
normativos, a fim de reduzir o máximo possível da possibilidade de ocorrência de erro
humano. É importante comentar, que todos os tópicos anteriores, referentes às patologias
devido erros de construção poderiam ser mitigados a partir de um sistema de controle de
qualidade eficiente.
Em geral, as patologias que ocorrem nas pontes de concreto armado são das mesmas
natureza das patologias em estruturas de concreto armado. Neste tópico, serão explicitadas as
patologias individuais de pontes em concreto armado.
Souza e Ripper (1998) comenta que a maiora das normas técnicas para estruturas de
cocnreto armado, são elaboradas visando apenas os atendimentos quanto às resistências,
porém, em função da localização de tal estrutura, elas estão sujeitas a ataques devido ações do
ambiente ao qual as mesmas estão envolvidas. Em geral, as patologias surgentes nas pontes de
concreto armado e prontendido, como comentado no tópico anterior, são da mesma natureza
que estruturas de concreto armado em geral. Sendo as principais:
i) Fissuras;
ii) Lixiviação;
iii) Carbonatação;
iv) Reações iônicas;
v) Reações expansivas (ataques de sulfatos);
vi) Corrosão das armaduras;
vii) Reações álcali-agregados ou álcali-dolomita;
viii) Desagregação;
ix) Disgregação;
x) Danos referentes à utilização;
xi) Falhas construtivas.
Além dessas patologias, existe também as ocorrências de patologias nos elementos
específicos de pontes, como:
i) Patologias nos aparelhos de apoio;
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4 METODOLOGIA
por quatro vezes, totalizando assim, oito sistemas tipo H. Além desse sistema estrutural, a
mesoestrutura é composta também por aparelhos de apoio e pelos encontros nas extremidades,
com duas estacas tipo tubulão apoiadas sob uma viga transversal, uma cortina, dois muros de
ala e uma laje de aproximação.
Por fim, a infraestrutura da ponte é composta por um bloco de coroamento, responsável
pela distribuição das cargas verticais resultantes do grupamento dos dois pilares da
mesoestrutura para quatro estacas de concreto armado tipo tubulão. (necessário dados de
projeto para complementar)
Imagem 12: Sistema estrutural da ponte sobre a lagoa Manguaba.
Imagem 13: Passeio e viga longarina, com indícios de fissuração, exposição de armadura e presença
de limo.
As inspeções a serem realizadas serão conforme a norma NBR 9452 (2016). Tal norma
delcara quais os tipos de inspeções e os procedimentos que devem ser realizados.
5 CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
LOBATO, Raul. “Elementos Componentes dos Estrados das Pontes”. 2017. PDF. 20 jun.
2022.
MENDES, Luiz Carlos et al. Pontes em concreto armado em meios de elevada agressividade
ambiental. In: CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE PATOLOGÍA Y
RECUPERACIÓN DE ESTRUCTURAS. 2010.
MACHADO, Rafael Navalho; SARTORTI, Artur Lenz. Pontes: patologias dos aparelhos de
apoio. In: VI Congreso Internacional Sobre Patología y Recuperación de Estructuras.
UTN. 2010.
MENDES, Luiz Carlos et al. Pontes em concreto armado em meios de elevada agressividade
ambiental. In: CONGRESO INTERNACIONAL SOBRE PATOLOGÍA Y
RECUPERACIÓN DE ESTRUCTURAS. 2010.