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VIÇOSA – MG
2002
ESCOLHA DA ESPÉCIE FLORESTAL
1 INTRODUÇÃO
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As finalidades de um plantio de árvores podem ser resumidas em três
categorias bastante distintas:
- produção de madeira ou outros produtos florestais;
- proteção;
- paisagismo.
Independente da finalidade, cabe ao silvicultor a responsabilidade de
escolher ou selecionar a(s) espécie(s) a plantar, exigindo do mesmo um amplo
trabalho de pesquisar as características das árvores, para que o
empreendimento possa ser estabelecido com sucesso.
O objetivo deste trabalho é despertar a atenção, de estudantes do Curso
de Engenharia Florestal e pessoas interessadas na área, para várias opções
de plantio de árvores e sobre as diferentes características a serem observadas
quando das escolha das espécies.
2.1 Quebra-ventos
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Em locais de ventos fortes, cortinas de quebra-vento devem ser
plantadas. A ação protetora realizada pelos quebra-ventos pode se estender a
uma largura média seis vezes maior do que a altura das árvores do lado do
vento, e em torno de 20 vezes a altura das árvores, para o lado abrigado.
Assim, para um quebra-vento com altura média de 20 metros, tem-se 400 m de
proteção para o lado abrigado e em torno de 120 m para o lado do vento
(Wendling et al., 2001).
Para uma proteção a curto prazo, pode-se diminuir a distância entre as
barreiras pela metade e plantar árvores de rápido crescimento ou arbustos
(cortinas temporárias intermediárias) entre as cortinas permanentes. Quando
as árvores alcançarem altura e densidade suficientes, eliminam-se os quebra-
ventos intermediários (Read, 1964, citado por Leal, 1986).
Os quebra-ventos vegetais se comportam diferentemente das
construções porque não causam turbulência e imprimem circulações de ar mais
naturais contribuindo ainda na qualidade do ar circulante em termos de
temperatura e qualidade, sendo que as árvores e arbustos podem controlar o
vento por obstrução, por deflexão ou por filtração. O efeito e o grau de controle
varia com o tamanho da espécie, formato da copa, densidade foliar e
capacidade de retenção das folhas (Grey e Deneke, 1978).
As cortinas de quebra-vento devem ser plantadas na direção onde
possam formar uma barreira contra os ventos mais fortes. É muito interessante
que os quebra-ventos não formem cortinas muito fechadas, que impeçam
totalmente a passagem dos ventos. Isto pode diminuir, em muito, a eficiência
na redução da velocidade dos ventos e formando, assim, redemoinhos por
detrás das árvores. A altura das árvores deve ser homogênea, sem apresentar
falhas ao longo da barreira, para não provocar o afunilamento dos ventos
(Wendling et al., 2001).
Para o controle da erosão eólica, aquela provocada por ventos, a
vegetação de porte arbóreo é de grande valia. Espécies com copa densa
podem reduzir em 75 a 85 % a velocidade do vento, por aumentar a resistência
ao mesmo, reduzindo, com isto, a erosão eólica (Grey e Deneke, 1978).
Árvores podem fornecer uma efetiva proteção contra os ventos também
às margens de rodovias. Locais em que os ventos dominantes são
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perpendiculares à rodovia, frequentemente, estão sujeitos a ventos fortes, o
que pode, perfeitamente, ser minimizado pelo plantio de árvores e arbustos.
Para a escolha das espécies a serem implantadas em um quebra-vento,
deve-se sempre preferir aquelas em que já se têm árvores grandes plantadas
na região, pois estas já se encontram adaptadas às condições de clima e solo
do local. Também deve-se escolher espécies que cresçam rapidamente, que
tenham copas grandes e troncos curtos e vigorosos, crescimento uniforme,
desrama natural ruim e que não tenham problemas com ataque de pragas e
doenças. Muitas vezes, as características da madeira são importantes, pois
estas árvores poderão, no futuro, ser comercializadas ou usadas no próprio
local. Outra característica a considerar é a possibilidade de usar espécies que
apresentam florada abundante, para a formação de pastos apícolas.
Recomenda-se a colocação de, no mínimo, 3 fileiras de árvores,
dispostas em forma de triângulo, diminuindo, assim, o risco de aparecerem
falhas no meio da cortina. O plantio de árvores altas nas linhas centrais da
cortina, flanqueada nos dois lados por árvores menores e arbustos, para dar a
forma transversal de um "V" invertido, tem sido frequentemente advogada com
a forma ideal para uma maior eficiência da mesma (Leal, 1986).
Em termos gerais, várias espécies têm sido utilizadas para a formação
de quebra-ventos, tais como Casuarina spp., Eucalyptus spp., Grevillea spp.,
Pinus spp., Cupressus spp., Anadenanthera spp., Licania tomentosa, Acacia
spp., Ficus spp., etc, ou seja, espécies de rápido crescimento e que
apresentam folhas perenes e boa densidade de copa.
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A cobertura vegetal do solo está relacionada com os seguintes aspectos
ambientais:
• contribui para a retenção e estabilização dos solos;
• previne contra a erosão, pois tem efeitos amortecedores da chuva e
favorecimento à infiltração da água, proporcionando menor escoamento
superficial;
• integra o ciclo hidrológico através dos processos de transpiração.
A vegetação constitui o fator mais importante no controle da erosão,
principalmente porque:
• constitui barreira física ao transporte do material;
• proporciona uma estrutura mais sólida ao solo, devido ao sistema
radicular;
• amortece o impacto das águas de chuva sobre o solo;
• eleva a porosidade do solo e, portanto, sua capacidade de absorção de
água.
Salas (1987) diz que as características mais desejadas em espécies
arbóreas e arbustivas, para o controle da erosão poderiam ser as seguintes:
- boa sobrevivência e rápido crescimento em solos pobres;
- habilidade para produzir uma grande quantidade de serapilheira;
- sistema radicular vigoroso e superficial;
- rápido estabelecimento e pouca necessidade de manutenção;
- resistência a pragas e doenças;
- capacidade para formar uma densa cobertura, que retenha as fortes gotas
de chuva em precipitações torrenciais;
- capacidade para melhorar o solo, como a fixação biológica de nitrogênio.
Várias espécies, nativas e exóticas, se prestam para tal finalidade, no
entanto a escolha deve recair sobre aquelas de rápido crescimento e que
promovam uma rápida deposição de folhas e galhos, para a formação da
serapilheira. Espécies do grupo ecológico das pioneiras são preferidas em
detrimento de espécies climácicas.
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2.3 Prevenção de deslizamentos de terra
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- pela sua integração com a superfície da água, intercepta e absorve
radiação solar, assim contribuindo para a estabilidade térmica dos
pequenos cursos d'água;
- fornece alimentação para peixes e outros componentes da fauna aquática.
Martins (2001) diz que, normalmente, recomenda-se adotar os seguintes
critérios básicos na seleção de espécies para a recuperação de matas ciliares:
- plantar espécies nativas com ocorrência em matas ciliares da região;
- plantar o maior número possível de espécies para gerar alta diversidade;
- utilizar combinações de espécies pioneiras de rápido crescimento junto com
espécies não pioneiras (secundárias tardias e climácicas);
- plantar espécies atrativas à fauna;
- respeitar a tolerância das espécies à umidade do solo, isto é, plantar
espécies adaptadas a cada condição de umidade do solo.
Em matas ciliares encontram-se solos permanentemente encharcados,
solos temporariamente inundados e solos em áreas livres de inundação. Em
solos livres de inundação muitas espécies podem ser plantadas, mas deve-se
dar preferência para aquelas que possam fornecer alimento para a fauna,
inclusive para os peixes. Em locais temporariamente inundados, deve-se dar
preferência para espécies que possuam a habilidade de conviver com lençol
freático alto e, até mesmo, com períodos ocasionais de alagamento, como por
exemplo o açaí (Euterpe oleracea), o palmito doce ou juçara (Euterpe edulis), a
caixeta (Tabebuia cassinoides), o ingá (Inga spp.), a eritrina-do-brejo (Erythrina
spp.), ipê amarelo do brejo (Tabebuia umbellata), etc. Em locais
permanentemente encharcados a ocorrência de árvores fica restrita a poucas
espécies, como canelinha (Aniba firmula), cedro do brejo (Cedrela odorata),
sangra d'água (Croton urucurana), dentre outras (Martins, 2001).
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a habilidade de formar associação com bactérias fixadoras de nitrogênio, pois
desta forma haverá acréscimo deste nutriente ao solo, por meio da deposição
de folhas, galhos, flores, etc. Portanto, trata-se de espécies pioneiras, de rápido
crescimento, que apresentem boa desrama natural.
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Em locais onde há poluição do ar por meio de partículas sólidas, deve ser
evitado o plantio de espécies que apresentem folhas largas, grossas e, ou, com
presença de pêlos, pois estas acumulam pó em suas folhas, criando condições
para o desenvolvimento de fungos, líquens e bactérias, podendo pôr em perigo
a saúde pública, além, é claro, do aspecto estético indesejável (Paiva, 2000).
As folhas lisas permitem uma lavagem da poeira e dos elementos químicos,
por ocasião das chuvas, sendo, por isto, preferíveis às árvores de folhas
pilosas.
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uma barreira visual entre a fonte de barulho e os receptores, funcionando
psicologicamente. É sabido, no entanto, que os elementos introduzidos entre a
fonte e o receptor reduzem o som por absorção, deflexão, reflexão e difração
(Paiva e Gonçalves, 2002).
O efeito da redução da poluição sonora ocorre, pois a planta, ou partes
da mesma, cumprindo função de anteparo, absorvem, refratam e refletem as
ondas sonoras, reduzindo os níveis de ruído. A eficiência na absorção do som
depende de: nível de ruído; topografia; características das espécies; forma e
arranjo das plantas; superfície foliar; frequência do som; posição da vegetação
em relação à fonte emissora; estação do ano (Santos e Teixeira, 2001).
As espécies escolhidas para esta finalidade devem apresentar folhas
perenes e copas compactas. Deve-se escolher árvores e arbustos, de forma a
promover uma densa barreira, desde o nível do solo até maiores alturas.
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sociais são implantadas com espécies de rápido crescimento, de forma a
atender em curto espaço de tempo as necessidades da população. A
arborização de vias públicas, ou seja de calçadas e canteiros centrais de
avenidas e a arborização de rodovias exige uma criteriosa escolha das
espécies.
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construção, pois, se incompatíveis, essas medidas podem trazer
transtornos para o trânsito e para os moradores;
- porte das árvores - em canteiros centrais de avenidas e em ruas e calçadas
largas, pode-se optar pelo uso de árvores de porte grande ou médio. No
entanto, em calçadas estreitas, deve-se optar por espécies de pequeno ou
médio porte;
- folhagem - a funcionalidade da arborização para os serviços de manutenção
da cidade é o elemento que deve ser priorizado. Nesse aspecto, passam a
ser relevantes o tamanho e a perenidade da folhagem. Assim, árvores de
folhagem perene são preferidas às de folhas caducas. Dessas, as árvores
de folhas grandes, apesar de mostrarem maior sujeira, apresentam maior
facilidade na limpeza e prejudicam menos os serviços de calhas e bueiros,
já que as folhas pequenas conseguem penetrar mais, causando o
entupimento em calhas de diâmetros menores e encarecendo a
manutenção da limpeza pública;
- flores - deve ser evitado o uso de espécies que produzem flores muito
grandes, que, quando caem, tornam as calçadas escorregadias,
representando perigo para os transeuntes, além da sujeira que acumulam
nas ruas. Também não são recomendadas espécies com flores que exalam
perfume muito acentuado, bem como aquelas que produzem muito pólen,
podendo provocar alergia em algumas pessoas;
- frutos - não é recomendado o uso de espécies de frutos grandes, pois estes
podem representar perigo para os pedestres e para os veículos
estacionados nas vias públicas. Espécies com frutos comestíveis devem
também ser evitadas, pois estes estimulam a depredação das árvores, além
de colocar em risco as pessoas, que, porventura, venham a subir em seus
troncos. Os frutos dessas árvores, em vias públicas, normalmente estão
contaminados pela poluição causada pelas indústrias e pelos
escapamentos dos veículos automotores, tornando-se inadequados para o
consumo humano;
- troncos - as árvores indicadas para arborização de vias públicas devem
apresentar ramos e troncos resistentes, principalmente à ação dos ventos.
Contudo, não devem ser muito volumosos e nem providos de acúleos ou
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espinhos; não devem apresentar boa desrama natural, pois isto implica em
riscos para os pedestres e para os veículos, além da sujeira provocada pela
queda de ramos secos;
- raízes - para o plantio em calçadas, devem ser usadas árvores que não
possuam raízes agressivas, sendo de preferência, profundas e pivotantes.
Plantas com raízes superficiais, à medida em que vão crescendo, danificam
calçadas e construções;
- substâncias tóxicas - as espécies que segregam substâncias tóxicas, ou
mesmo que possam causar qualquer reação alérgica aos habitantes, devem
ser eliminadas durante a escolha para a arborização;
- rusticidade e resistência a pragas e doenças - na seleção de espécies para
plantio em vias públicas, deve-se optar por aquelas que apresentam
rusticidade e resistência a pragas e doenças, uma vez que serão plantadas
em condições adversas;
- origem - dá-se preferência para as espécies que ocorrem no local, pois
estão melhor adaptadas, no entanto, espécies exóticas podem ser usadas,
desde que estejam adaptadas às condições do local
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espécies rústicas, nativas, aclimatadas ao meio ambiente, adaptadas ao solo
da região e com mudas em bom estádio de desenvolvimento.
Para a arborização das rodovias é sempre aconselhável a utilização de
plantas nativas, embora muitas espécies exóticas possam vir a ser
selecionadas para o plantio.
Na escolha das árvores é importante considerar o pensamento de
Fischesser (1981), que denomina as árvores como monumentos naturais,
classificando-as em:
- árvores de enquadramento - servem para enquadrar determinada obra;
- árvores de alinhamento - traçam perspectivas, abrigam do vento, ocultam
elementos deselegantes;
- árvores isoladas;
- árvores agrupadas - estabelecem fundos e resguardos, evidenciando
colorações.
A utilização de árvores frutíferas para a arborização de rodovias, embora
tenha sido recomendada no passado (Mello, 1940; Santos, 1960) não se
mostra prática que deve ser seguida, pois a poluição causada pelos
escapamentos dos veículos, contamina frutas com metais pesados, como o
chumbo, os quais serão ingeridos pelos transeuntes (Paiva e Gonçalves,
2001).
Além disso, o uso de árvores frutíferas requer planejamento de espaços
amplos, já que as paradas para coleta podem causar graves acidentes se não
houver acostamento suficiente.
Espécies de rápido crescimento também não são indicadas para o
plantio em rodovias, a não ser que haja grande distância entre a árvore e a
pista de rolamento. Essas árvores são frágeis, e é muito comum ver, nas
estradas, seus galhos ou troncos quebrados após vendavais ou tempestades, o
que traz grande perigo para os usuários de rodovias, principalmente à noite.
Árvores que apresentam sistema radicular superficial podem provocar
danos às canaletas de drenagem e até mesmo à pista de rolamento, não
sendo, portanto, recomendadas. Espécies que possuem princípios tóxicos
devem também ser evitadas.
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A escolha das espécies deve considerar ainda a relação copa/caule,
conforme o entorno da paisagem. Nas regiões planas, árvores de caules
longos e copas pequenas produzem o efeito "estroboscópio" ao nascer e ao
pôr-do-sol, com desconforto para o motorista.
Para a arborização de áreas de descanso, além desses aspectos, deve-
se evitar a escolha de espécies que possuem flores grandes, que sujam muito
o chão, bem como aquelas que produzem frutos grandes ou que mancham
tanto a roupa dos transeuntes quanto a pintura dos carros. Principalmente
nestas áreas de descanso, em regiões de clima quente deve-se dar preferência
ao plantio de espécies perenifolias, de modo a se ter sombra durante todo o
ano.
No caso da arborização de canteiros centrais de rodovias deve-se optar
por arbustos, que apresentem tronco de pequeno diâmetro, ou, se tiver
diâmetro maior, que seja de constituição frágil.
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4.1 SELEÇÃO DE ESPÉCIES FLORESTAIS, QUANTO AO USO
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densidade das coníferas cultivadas no Brasil são inferiores às densidades das
madeiras das folhosas.
As madeiras selecionadas tanto para geração de energia quanto para a
produção de carvão vegetal devem apresentar baixos teores de componentes
minerais que serão convertidos a cinza (Chow e Lucas, 1988). Aumento no teor
de cinza ocasiona redução no poder calorífico da madeira e interfere na
qualidade carvão vegetal porque pode afetar a qualidade das ligas metálicas.
Além disso, é necessária a remoção periódica das cinzas depositadas nos
caldeiras.
O teor de umidade das madeiras utilizadas para energia ou para
produção de carvão vegetal deve estar compreendido entre 30 e 40 %. Faixa
dentro da qual se obtém bom rendimento em carvão e melhor eficiência das
caldeiras.
As espécies exóticas introduzidas no Brasil, com potencial para
produção de carvão vegetal são: Corymbia citriodora, C. maculata, Eucalyptus
camaldulensis, E. deglupta, E. globulus, E. tereticornis, E. viminalis, E.
urophylla, E. paniculata, E. pilularis, E. exserta, E. brassiana, E. tesselaris, E.
crebra, E. saligna, E. cloeziana, E. grandis, Prosopis juliflora, P. tamarugo, P.
chilensis, Acacia mearnsii, dentre outras.
Dentre as espécies nativas, várias são as opções, como por exemplo:
bracatinga (Mimosa scabrella), angico vermelho (Parapiptadenia rigida), canela
sassafrás (Ocotea odorifera), angico cangalha (Peltophorum dubium), crindiuva
(Trema micrantha), jacaré (Piptadenia gonoacantha), bico de pato (Machaerium
nictitans), devendo-se dar preferência para espécies de maior densidade
básica da madeira, pois esta característica é de fundamental importância para
a qualidade do carvão vegetal produzido.
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De modo geral a indústria prefere madeira de coloração mais clara
porque reduz o consumo de produtos químicos no branqueamento (Libby,
1962).
A densidade da madeira afeta a produtividade bem como a qualidade
dos papéis. O volume do digestor é fixo, assim o emprego de madeiras de
baixa densidade reduz a sua produtividade uma vez que a massa de madeira
possível de ser colocada no digestor é inversamente proporcional à sua
densidade. Por outro lado, madeiras muito densas são mais difíceis de serem
polpeadas e como ocorre menos colapso das fibras de madeiras mais densas
a resistência do papel vai ser afetada de forma negativa (Libby, 1962).
De modo geral os fabricantes de celulose trabalham com madeiras com
densidades compreendias entre 0,40 e 0,58 g/cm3.
O objetivo da polpação é separar os elementos anatômicos que
constituem as madeiras. Para isso é necessário solubilizar a lignina. Madeiras
mais lignificadas consomem mais regentes e demandam mais tempo no
digestor. Alem disso, a lignina residual que permanece na polpa celulósica
destinada à produção de papel de escrita e papéis sanitários deve ser
eliminada durante o braqueamento. A retirada da lignina reduz o rendimento
em celulose. Por isso a indústria prefere madeiras com o menor teor de lignina
possível (libby, 1962; Wenzel, 1970; Haygreen e Bowyer, 1996).
Outra característica importante das madeiras destinadas à produção de
celulose é a sua composição anatômica. No caso de coníferas prefere-se
madeiras contendo mais traqueóides e no caso de folhosas são preferidas
madeiras contendo mais fibras.
Os trabalhos relacionados com a produção de celulose vêm destacando,
principalmente, as espécies exóticas. Dentre estas espécies pode-se sugerir
como potenciais para uso: Eucalyptus alba, E. saligna, E. grandis, E. urophylla,
E. globulus, E. viminalis, E. dunnii, Gmelina arborea, Pinus oocarpa, Pinus
caribaea var. caribaea, Pinus caribaea var. hondurensis, Pinus caribaea var.
bahamensis, Pinus elliottii var. elliottii, Pinus patula, Pinus taeda, Pinus
tecunumanii, Bambusa sp. Além das espécies, hoje tem-se utilizado muito de
híbridos de Eucalyptus, que combinam boas características de crescimento
com excelentes características industriais.
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4.1.3 Dormentes
4.1.4 Postes
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mecânica, de tratamento e de penetração satisfatória de preservativo,
comprovadas através de experiências de campo (Associação Brasileira de
Normas Técnicas, 1984).
Os parâmetros característicos considerados para a especificação de
postes de eucalipto são o limite de resistência à flexão, módulo de elasticidade
à flexão, massa específica aparente e conicidade da árvore. Além disso as
árvores devem ter pelo menos 8 anos de idade e apresentarem espessura
mínima de alburno de 20 mm. Os postes devem ser isentos de sinais de
apodrecimento, principalmente no cerne; avarias no alburno provenientes do
corte ou transporte; fraturas transversais; depressões acentuadas; orifícios,
pregos, cavilhas ou quaisquer peças metálicas não especificamente
autorizadas. A presença de curvatura, sinuosidade em qualquer trecho, fendas
no topo, corpo e na base, rachas no topo e na base, nós ou orifícios e veios
inclinados ou espiralados são aceitos até o limite estabelecido pela norma
técnica. O emprego de madeira com veios inclinados é desaconselhado
porque as variações nas dimensões que ocorrem naturalmente em madeiras
expostas ao ar podem ocasionar torções nos postes gerando tensões nas
linhas elétricas (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1984).
Para a obtenção de postes várias espécies podem ser consideradas
adequadas, dentre elas as seguintes: Corymbia citriodora, C. maculata,
Eucalyptus camaldulensis, E. microcorys, E. paniculata, E. resinifera, E.
punctata, E. cloeziana, E. pilularis, E. tereticornis, E. propinqua, E. maidenii,
sucupira vermelha (Andira parviflora), aroeira do sertão (Myracrodruon
urundeuva), braúna (Melanoxylon brauna), alecrim de campina (Holocalyx
glaziovii), sobrasil (Colubrina glandulosa) e muitas outras. Com a aplicação de
preservativos da madeira, muitas outras espécies podem ser trabalhadas e
tornar-se adequadas para postes.
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flexão: 83,4 Mpa; tensão admissível à flexão: 27,8 Mpa; módulo de
eleasticidade: 9.800 Mpa; conicidade média: 7,26 mm/mm e densidade a 40 %
de umidade: 850 kg/m3. São previstas 5 classes de diâmetro: classe A (6-8
cm); classe B (8-10 cm); classe C (10-13 cm); classe D (13-16); classe E (16-
20 cm) (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1986).
Sinais de apodrecimento, principalmente no cerne, avarias no alburno
provenientes do corte ou do transporte, fraturas transversais, orifícios, brocas,
depressões acentuadas, pregos, cavilhas ou quaisquer peças metálicas não
especificamente autorizadas não são admitidas em moirões de eucalipto a
serem comercializados. Pequenas curvaturas, sinuosidades, fendas e rachas
são admitidas desde que não ultrapassem os valores estabelecidos pela norma
da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1986).
A exemplo do que ocorre com as espécies adequadas para postes,
diferentes espécies têm sido tratadas com preservativo de madeira, tornando-
se ótimas para estacas e moirões, para a confecção de cercas. Mas existem
espécies que mesmo sem tratamento apresentam grande durabilidade quando
em contato com o solo, a exemplo de Corymbia citriodora, C. maculata,
Eucalyptus. paniculata, aroeira do sertão (Myracrodruon urundeuva), braúna
(Melanoxylon brauna), candeia (Vanillosmopsis erythropappa), sucupira
vermelha (Andira parviflora), canela sassafrás (Ocotea odorifera), pau ferro
(Caesalpinia leiostachya) e outras.
4.1.6 Serraria
21
as serrarias costumam estabelecer dimensões mínimas e máximas que serão
aceitas (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, 1984).
As toras são classificadas de acordo com a forma geral, os defeitos ou
as anomalias visíveis na superfície rolante e nas extremidades além do volume
líquido. Defeitos na forma da tora tais como achatamento, conicidade,
encurvamento e sapopema devem ser minimizados. É, também, importante
que defeitos da superfície rolante tais como nós, reentrâncias, protuberâncias
sejam mantidas com diâmetro não superior a 3,0 cm. Inclinação da grã, racha
atingindo a superfície, fendilhado, furos de insetos, descoloração do alburno,
racha anelar, racha não diametral, centro anormal e podridão são defeitos que,
também afetam a qualidade das toras (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento
Florestal, 1984).
Os índices de qualidade aplicáveis à madeira serrada dependem do uso
final.
Para serraria existe um grande número de espécies nativas adequadas
e experimentadas, todas comprovadamente produtoras de madeira de
excelente qualidade, como por exemplo cedro (Cedrela fissilis), mogno
(Swietenia macrophylla), imbuia (Ocotea porosa), jacarandá-da-bahia
(Dalbergia nigra), sucupira vermelha (Andira parviflora), angico vermelho
(Parapiptadenia rigida), bracatinga (Mimosa scabrella), ipê-amarelo (Tabebuia
serratifolia), ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), jatobá (Hymenaea courbaril),
pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), angico cangalho (Peltophorum
dubium), açoita cavalo (Luehea divaricata), araribá (Centrolobium robustum),
arichichá (Sterculia chicha), bálsamo (Myroxylon peruiferum), bico de pato
(Machaerium nictitans), peroba rosa (Aspidosperma polyneuron) para citar
apenas algumas. Em termos de espécies exóticas, temos: Corymbia citriodora,
C. maculata, Eucalyptus grandis, E. dunnii, E. saligna, E. resinifera, E.
urophylla, E. paniculata, E. punctata, E. cloeziana, E. propinqua, E.
camaldulensis, E. tereticornis, E. maidenii, E. microcorys, E. pilularis, E.
robusta, Pinus caribaea var. caribaea, Pinus caribaea var. hondurensis, Pinus
caribaea var. bahamensis, Pinus taeda, Pinus oocarpa, Pinus elliotti var. elliottii,
Pinus elliottii var. densa, Pinus patula, Pinus tecunumanii, Prosopis juliflora,
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Prosopis chilensis, Tectona grandis, Toona ciliata, Gmelina arborea,
Cunninghamia lanceolata, dentre outras.
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o produto. As madeiras devem, também, ter boa resistência ao arrancamento
de pregos e parafusos.
Espécies que apresentam baixa densidade, de modo geral, são
adequadas para estes fins, como por exemplo: Eucalyptus grandis, E.dunnii, E.
pilularis, E. viminalis, E. resinifera, Pinus spp., Toona ciliata, Gmelina arborea,
cadamba (Anthocephalus cadamba), morototó (Schefflera morototoni), caroba
(Jacaranda copaia), pupunharana (Deckeodendron cestroides), arichichá
(Sterculia chicha), canafístula (Cassia ferruginea), cedro australiano (Toona
ciliata), cotieira (Joannesia princeps), guapuruvu (Schizolobium parahyba),
jequitibá rosa (Cariniana estrellensis), caixeta (Tabebuia cassinoides), baguaçu
(Talauma ovata) e o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). Alguns
híbridos envolvendo espécies de Eucalyptus também têm sido trabalhados com
este objetivo.
4.1.9 Construções
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chrysotricha), jacarandá branco (Platypodium elegans), andiroba (Carapa
guianensis), tatajuba (Bagassa guianensis), maçaranduba (Manilkara
surinamensis), angico-vermelho (Parapiptadenia rigida), vinhático (Plathymenia
foliolosa), cedro (Cedrela fissilis), jatobá (Hymenaea courbaril) e uma infinidade
de espécies florestais nativas.
4.1.10 Móveis
25
4.1.11 Produção de resina e látex
4.1.12 Laminação
26
devido ao contraste ao longo dos anéis de crescimento, organização dos poros,
organização do parênquima longitudinal, raios ou pela combinação entre eles.
Lustre, que é a variação no reflexo de luz pela superfície das fibras de
acordo com o ângulo de observação e é responsável pela noção de
profundidade das figuras e pela variação no padrão de cor, é outra propriedade
a ser considerada na seleção da espécie.
Para uso em laminação têm sido empregadas as diferentes espécies de
Pinus, Eucalyptus grandis, E. pilularis, E. robusta, E. saligna, E. tereticornis, E.
microcorys, E. maculata, E. dunnii, E. botryoides, cinamomo-gigante (Melia
azedarach), quiri (Paulownia spp.), cadamba (Anthocephalus cadamba),
caixeta (Tabebuia cassinoides), pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia),
mogno (Swietenia macrophylla), jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra), pau
marfim (Balfourodendron riedelianum), cerejeira (Amburana cearensis),
copaíba (Copaifera langsdorffii), etc.
4.1.13 Taninos
27
negra (Acacia mearnsii), Corymbia citriodora, C. maculata, Eucalyptus
camaldulensis, E. paniculata, E. smithii, etc.
4.1.14 Forrageiras
4.1.15 Palmito
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seguintes espécies: açaí (Euterpe oleracea), palmito doce ou juçara (Euterpe
edulis), pupunheira (Bactris gasipaes) e a palmeira real (Archontophoenix spp.).
Híbridos de açaí com palmito doce também têm sido usados, em diversas
regiões do Brasil.
4.1.16 Sombreamento
A apicultura pode ser uma excelente opção para pequenos, médios e até
grandes proprietários rurais, podendo, para isso, serem plantadas florestas
com o objetivo, exclusivo ou não, de formar um pasto apícola. São indicadas
espécies que apresentam florada intensa, preferencialmente que florescem por
um período prolongado de tempo. Para que o pasto apícola possa exercer sua
função durante todo o ano, deve-se escolher um grupo de espécies de acordo
com o período de florescimento das mesmas.
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Dentre as espécies exóticas com potencial para tal fim pode-se citar:
Corymbia torelliana, C. citriodora, Eucalyptus camaldulensis, E. robusta, E.
urophylla, E. crebra, E. globulus, E. grandis, E. microcorys, E. resinifera, E.
saligna, E. alba, E. tereticornis, etc. Algumas espécies florestais nativas
sugeridas para tal fim são: bracatinga (Mimosa scabrella), mulungu (Erythrina
sp.), açoita-cavalo (Luehea divaricata), cajueiro (Anacardium occidentale),
jacaré (Piptadenia gonoacantha), juazeiro (Ziziphus joazeiro), jurema (Mimosa
spp.), sabiá (Mimosa caesalpinaefolia), garapa (Apuleia leiocarpa), piqui
(Caryocar brasiliensis), ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia), ipê-roxo (Tabebuia
impetiginosa), copaíba (Copaifera langsdorffii), unha-de-vaca (Bauhinia
forficata), vinhático (Platymenia foliolosa), jequitibá branco (Cariniana legalis),
jequitibá rosa (Cariniana estrellensis), cedro (Cedrela fissilis), crindiúva (Trema
micrantha) e muitas outras.
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planeja fazer um florestamento ou reflorestamento misto, onde as exigências
das espécies devem ser levadas em consideração.
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5.2 Clima Subúmido
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chilensis, P. alba, P. nigra, P. tamarugo, Leucaena leucocephala (leucena),
Simmondsia chinensis (jojoba). Em termos de espécies nativas, apresentam-se
como potenciais para plantio: aroeira do sertão (Myracrodruon urundeuva),
angico-branco (Anadenanthera colubrina), angico-vermelho (Parapiptadenia
rigida), pau-branco (Auxemma oncocalyx), canafístula (Cassia ferruginea),
joazeiro (Ziziphus joazeiro), pau-ferro (Caesalpinia leiostachya), jurema
(Mimosa spp.), marmeleiro (Croton hemiargyreus), mororó (Bauhinia forficata),
sabiá (Mimosa caesalpinaefolia), umburana ou cerejeira ou amburana (Torresia
cearensis), umbuzeiro (Spondias tuberosa), dentre outras.
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ácidos. As folhosas, por sua vez, possuem representantes que se desenvolvem
bem tanto em solos ácidos quanto em solos alcalinos. Todos estes aspectos do
solo devem ser levados em consideração quando da escolha da espécie a ser
plantada em determinado sítio. A seguir é dada uma indicação de espécies que
têm sido plantadas em diferentes tipos de solo, mas deve-se ressaltar que
trata-se apenas de alguns exemplos.
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E. tereticornis, E. pellita, E. cloeziana, E.pilularis, E. pyrocarpa, E. exserta, E.
crebra, E. paniculata, Prosopis juliflora, Prosopis chilensis, Prosopis tamarugo,
Simmondsia chinensis (jojoba), Leucaena leucocephala. Dentre as espécies
nativas poderiam ser plantadas: baru (Dipterex pterata), cajueiro (Anacardium
occidentale), juazeiro (Zyziphus joazeiro), sabiá (Mimosa caesalpinifolia),
jurema (Mimosa spp.), e muitas outras.
Por apresentarem uma menor fertilidade natural, estes solos têm sido
amplamente utilizados para a implantação de projetos florestais. Normalmente
possuem menor capacidade de retenção de água, sendo mais favoráveis para
espécies que apresentam raíz pivotante bem definida. Outro aspecto a ser
considerado quando trabalha-se nesse tipo de solo é que as adubações,
principalmente nitrogenadas e potássicas, devem ser parceladas, para que
haja um melhor aproveitamento pelas plantas.
Nos solos arenosos e em areia quartzosa, as espécies mais plantadas
são: Eucalyptus camaldulensis, E. dunnii, E. deanei, E. grandis, E. saligna, E.
tereticornis, E. brassiana, E. urophylla, E. robusta, Pinus oocarpa, Pinus
caribaea var. hondurensis, Pinus caribaea var. caribaea, Pinus caribaea var.
bahamensis, Pinus tecunumanii, Prosopis juliflora, Prosopis chilensis, Prosopis
tamarugo, Simmondsia chinensis (jojoba) Casuarina equisetifolia, Grevillea
robusta, Vanillosmopsis erythropappa (candeia), cajueiro (Anacardium
occidentale), baru (Dipterex pterata), sabiá (Mimosa caesalpinifolia). No
entanto, muitas outras espécies nativas poderiam ser plantadas, bastando
fazer um levantamento do tipo de solo encontrado no local de ocorrência das
mesmas.
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drenagem. Caso contrário, a área deve ser considerada como marginal ou de
preservação permanente (Gonçalves et al., 2000).
Nesta condição de solo, há restrição para o desenvolvimento do sistema
radicular das plantas, no entanto, espécies como Pinus elliottii var. elliottii,
Pinus taeda, Pinus caribaea var. hondurensis, Pinus caribaea var. caribaea,
Pinus caribaea var. bahamensis, Pinus oocarpa, Cupressus lusitanica,
Simmondsia chinensis, desenvolvem-se bem, apresentando boa produtividade.
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propinqua desenvolvem-se relativamente bem em solos mais pobres. A jojoba
(Simmondsia chinensis) tem apresentado bom comportamento em solos
pobres.
Espécies nativas como açoita cavalo (Luehea divaricata), angico
cangalha (Peltophorum dubium), brauna (Melanoxylon brauna), candeia
(Vanillosmopsis erythropappa), cotieira (Joannesia princeps), ipê mulato
(Tabebuia chrysotricha), jacarandá branco (Platypodium elegans), dentre
outras, são tidas como próprias de locais que apresentam solo pobre.
Como a maioria das áreas a serem florestadas ou reflorestadas
apresentam solos de baixa fertilidade, muitos trabalhos têm sido feito no
sentido de conhecer as exigências nutricionais das diferentes espécies, de
forma que seus plantios possam ser adequadamente fertilizados e apresentar
boa produtividade. Infelizmente, a maioria destes estudos recaem sobre
espécies florestais exóticas, principalmente Eucalyptus e Pinus, que são as
mais plantadas em escala comercial. Neste ponto sugere-se que sejam
conduzidos ensaios visando conhecer, também, as exigências das espécies
florestais nativas.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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empreendimento florestal e a espécie escolhida não for nativa do próprio local
deve-se partir para obter dados de testes de procedências que, porventura,
existam nas proximidades. Caso não haja este tipo de trabalho próximo, deve-
se escolher a procedência do material genético baseando em analogia de
latitude, altitude, temperatura média anual, precipitação média anual, aspectos
de déficit hídrico, solos, etc, para que os riscos de insucesso sejam
minimizados.
BIBLIOGRAFIA
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