Plano Arborizacao Aracaju

ESTADO DE SERGIPE
PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU

Secretaria de Meio Ambiente - SEMA
PLANO MUCIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA DE

ARACAJU-SE
ESTADO DE SERGIPE
2ª Edição
SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DE ARACAJU - SEMA, 2014.

 Av. Pedro Paes Azevedo, 575 – Salgado Filho – Aracaju-SE - CEP. 49020-450
 (079) 3246-6461
www.aracaju.se.gov.br/meio_ambiente
João Alves Filho

PREFEITO MUNICIPAL DE ARACAJU
 (079) 3246-6461
ESTADO DE SERGIPE
José Carlos Machado

VICE-PREFEITO MUNICIPAL DE ARACAJU
Eduardo Lima de Matos

SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE
César Gomes Gama

SECRETÁRIO ADJUNTO DO MEIO AMBIENTE
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ESTADO DE SERGIPE
Jose Rosa Felipe Filho

DIRETOR DE CONTROLE AMBIENTAL
EQUIPE
Engª Florestal Carla Zoaid Alves dos Santos, Ms.c.

SEMA (Autoria e Organização)
Biológa Pesq. Maria Salete Alves Rangel

EMBRAPA (Consultoria Botânica)
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Arquiteto Rômulo César de Almeida Gomes

SEMA (Colaborador)
Biológa Moniky Santana Santos Aragão

SEMA (Colaboradora)
Pedagoga Alana Vasconcelos

SEMA (Colaboradora)
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APRESENTAÇÃO
O Plano Municipal de Arborização Urbana (PMARB) é um

instrumento que tem como objetivo principal embasar
tecnicamente decisões sobre aspectos relacionados à

arborização urbana, associando sempre aspectos
fiosiográficas, arquitetônicos, climáticos e culturais da cidade.
Algumas capitais Brasileiras já vêm trabalhando sob essa

perspectiva e no âmbito das suas secretarias do meio
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ambiente elaboraram planos diretores de arborização e planos

municipais de arborização com o objetivo de melhorar a
qualidade da arborização de suas cidades. O município de
Aracaju considerando a importância da arborização para a

qualidade ambiental e de vida dos cidadãos, apresenta a
sociedade Aracajuana o seu primeiro plano de arborização
urbana, fruto do esforço e dedicação dos primeiros servidores
da recem criada secretaria municipal do meio ambiente.
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SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO ............................................ 10
II. OBJETIVOS DO PMARB ........................... 14
III. DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO ........ 17
IV. DIRETRIZES ........................................... 20
V. METAS ...................................................... 22
VI.1 - Escolha das espécies adequadas para
a arborização ............................................... 24
VI. PLANEJAMENTO ..................................... 25
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VI.2 - Padrão da muda adequada ................ 45 X. ROTEIRO DOS PROGRAMAS ANUAIS DE

VI.3 Critérios para a definição dos locais de ARBORIZAÇÃO ............................................. 62
plantio .......................................................... 46 XI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......... 63
a) Praças públicas ....................................... 47
b) Vias públicas............................................ 48
c) Mini bosques ............................................ 49
A arborização
VI.4 Locais e distâncias: .............................. 51
de uma cidade é
VII.1 Época de plantio .................................. 53
constituída por todo
VII.2 Coveamento ........................................ 54
VII.3 Plantio .................................................. 54 conjunto de árvores
VII. IMPLANTAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO ..... 54 presente nas ruas,

VII.4 Tutoramento ........................................ 55 avenidas, parques,
VIII. MONITORAMENTO E MANUTENÇÃO .. 57 praças, áreas livres e particulares. Assim como
IX. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
os demais serviços de infraestrutura:
........................................................................ 59
saneamento básico, abastecimento de água,
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pavimentação e outros, a vegetação urbana empreendidas. Pode-se entender o
também contribui para a melhoria da qualidade planejamento como uma ação coordenada de
de vida dos cidadãos, proporcionando uma atividade que tem como objetivo atingir um
melhorias na qualidade do ar; diminuição da patamar de qualidade pautado na
incidência de raios solares, o que contribui para sustentabilidade e na continuidade do
a formação de microclimas mais amenos; processo.
diminuição da poluição sonora; abrigo para a
fauna urbana, bem estar psicológico para o

I. INTRODUÇÃO
homem e além disso é um elemento
fundamental para a estética da cidade. Os planos municipais de arborização
Considerando todos esses aspectos pode- urbana são instrumentos do planejamento que
se afirmar que o planejamento dessa atividade servem como guia para a tomada de decisões.
é fundamental para o sucesso das ações Dentre os principais objetivos que a elaboração
de um Plano Municipal de Arborização Urbana

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(PMARB) deve conter destacam-se, a definição urbanos. A Secretaria Municipal do Meio
de diretrizes e estratégias para o planejamento Ambiente, desde a sua criação (2013), dentro
anual, para a implantação e para o manejo e das suas atribuições, vem trabalhando na
manutenção da Arborização, além disso, deve- elaboração de planos para intensificar e
se prevê a integração da população, visando à melhorar a qualidade da arborização da cidade,
manutenção e a preservação da arborização como uma das formas de amenizar as
implantada. consequências negativas desse processo.
O município de Aracaju atualmente passa A arborização urbana de Aracaju
por um intenso processo de urbanização e começou a ser pensada e implantada de forma

mais sistemática na década de 70 com a
ocupação do solo, caracterizado por uma
adevento da criação do Departamento de
drástica redução das áreas verdes e supressão
Áreas Verdes dentro da Prefeitura. Hoje
de árvores em detrimento da expansão urbana
Aracaju apresenta diversos problemas na sua
e conflitos com diversos equipamentos arborização e a necessidade de um maior
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cobertura arbórea na cidade é evidente. Nota- respeitando aspectos técnicos, científicos e

se a cada dia o aumento da sensação de calor culturais.
e bairros totalmente desprovidos de Diariamente chega à Prefeitura um grande
arborização, logo a arborização de Aracaju volume de solicitações para a supressão de
precisa ser reabilitada para que os cidadãos árvores, por diversos motivos como danificação
possam usufruir de forma integral de todos os do passeio público, para a construção ou
benefícios que uma cidade bem arborizada ampliação de residências, sujeira provocada
proporciona. pela queda de folhas, conflitos com redes de
Atualmente Aracaju alcançou um encanamento e eletricidade, risco de queda e
importante avanço na área ambiental com a etc. Esses problemas tem tornado a relação
criação da sua Secretaria do Meio Ambiente, entre as árvores e a população conflituosa
assim a arborização da cidade tomará um novo devido à falhas no planejamento da
rumo possibilitando que o seu planejamento arborização e da própria urbanização da
seja realizado de uma forma mais criteriosa cidade. Espera-se que daqui a alguns anos
essa realidade seja diferente e que a prefeitura
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comece a receber diversas solicitações para o para os olhos dos Aracajuanos, são muitas as
plantio de mudas e não mais para a supressão etapas a serem cumpridas, mas o primeiro
de árvores. passo está sendo dado.
Certamente toda transição seja ela de
caráter, fundamentalista, conceitual ou
comportamental demanda um tempo de Orlinha do Bairro Industrial
adaptação, de feedbacks e de redefinição das
próprias estratégias traçadas. Apesar desses
encalços o município de Aracaju com a
apresentação do seu primeiro plano municipal
de arborização urbana assume esse desafio
perante a sociedade, que espera que daqui a
alguns anos Aracaju possa ser reconhecida
como uma das cidades mais bem arborizadas
do Brasil ou se não pelo menos bem arborizada
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II. OBJETIVOS DO PMARB
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a) Definir diretrizes para o planejamento, a

implantação e o manejo adequado da
Arborização Urbana no município de
Aracaju;
b) Estabelecer metas de curto, médio e longo

prazo, visando à requalificação da
Arborização Urbana do Município;
c) Promover a melhoria da qualidade de vida

dos cidadãos por meio da requalificação
da arborização;
d) Promover o aumento das áreas verdes do

município, por meio de um planejamento
adequado.
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 Espécies adaptadas;
 Espécies inadequadas para o uso na
Todo planejamento prescinde arborização;
fundamentalmente do levantamento e  Bairros com déficits de arborização;
sistematização de informações quali-  Quantificação de custos com o manejo da
quantitativas, as quais vão apontar os arborização;
principais problemas encontrados no município.  Ocorrência de podas drásticas;
Para isso, o municipio deve realizar um  Estado fitossanitário das árvores:
inventário do patrimônio arbóreo. Este tipo de identificando a ocorrência de pragas e
estudo permitirá obter informações sobre os doenças, necessidade de podas ou de
principais aspectos que caracterizam a substituição;
arborização do local elecando informações  Cálculo de indices de arborização e áreas
como: verdes.
Dentre outras informações importantes.
 Composição floristica;
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O município ainda não realizou nenhum forma que puderam elencar pontos críticos,
inventário ou diagnóstico sobre a arborização como, por exemplo:
da cidade. Apesar disso, outras instituições
como a Universidade Federal de Sergipe, a) Uso de espécies exóticas
Embrapa Tabuleiros Costeiros, Universidade inadequadas para arborização;
Tiradentes e outros pesquisadores (SANTOS, b) Grande quantidade de árvores
2013; SANTOS et. al., 2012 senescentes;
c) Uso intenso de uma única espécie na
arborizção de vias;
III. DIAGNÓSTICO DA
d) Quantidade ecessiva de podas
ARBORIZAÇÃO
drásticas;
e) Baixo indice de área verde por
FERREIRA et. al 2011.; CAMPOS e RANGEL,
habitante;
2012; OLIVEIRA, 2013; SANTOS et. al. (no
f) Bairros pouco arborizados;
prelo)), realizaram estudos e de informações
g) Falta de manutenção da arborização;
sobre a situação da arborização na cidade, de
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h) Alto indice de mortalidade das mudas

em campo;
i) Necessidade de revitalização da
arborização de praças, dentre outros.
Para a manutenção de uma

arborização de qualidade,
os problemas apontados
nesses estudos podem ser
considerados como prioridades dentro do
planejamento e atuação do município.
Fonte: Google imagens, 2014.
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b) O planejamento da arborização urbana deve

ser realizado e gerido pela Secretaria
As diretrizes propostas nesse plano Municipal do meio Ambiente.
deverão auxiliar as tomadas de decisão sobre o
c) O órgão responsável pela operacionalização
planejamento, as quais devem está em
da implantação e do manejo da arborização
consonância com o planejamento dos demais
no município deve seguir as orientações e
orgãos da prefeitura.
diretrizes estabelecidas no planejamento da
Secretaria do Meio Ambiente.
a) A arborização urbana do município deve ser
planejada de modo que proporcione a d) Os programas e projetos da arborização
melhoria da qualidade de vida do cidadão e urbana devem ser planejados em conjunto
em harmonia com as características e com os demais projetos de infra estrutura da
limitações do ambiente. cidade como abertura de novos logradouros,
construção de novos bairros, de implantação
e revitalização de praças, instalação de
novas redes subterrâneas e elétricas e etc.
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e) Os projetos de infraestrutura de espaços g) Estabelecer programas de educação

públicas e novos loteamentos devem ambiental voltados para a conservação da
obedecer as diretrizes básicas estabelecidas arborização urbana, em parceria com
no Plano Diretor do município, as quais estabelecimentos de ensino e organizações
devem possibilitar a implantação adequada sociais e comunitárias.
da arborização, principalmente das vias
h) As prioridades de atuação do município
públicas e canteiros centrais.
quanto ao planejamento da arborização
IV. DIRETRIZES urbana devem ser baseadas nos principais
problemas encontrados cotidianamente.
f) A secretaria do meio ambiente deve
estabelecer programas de arborização
considerando as características físicas,
ambientais e culturais do local que se
pretende arborizar.
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atuação do município quanto ao planejamento

da arborização urbana nos próximos 15 anos:
a) Instituição de um Núcleo de Arborização

Urbana dentro da Secretaria do Meio
Ambiente de Aracaju;
b) Instituição do Comitê Consultivo de

Baseando-se em informações científicas Arborização urbana do Município de Aracaju,
produzidas por pesquisadores, em informações sob coordenação da Secretaria do Meio
empíricas discutidas pela sociedade civil em Ambiente;
seminários e workshops realizados sobre a
c) Formação e treinamento de uma equipe
arborização urbana de Aracaju e na
especializada em arborização urbana
experiência de trabalho vivenciada pelos
(planejamento e execução);
primeiros servidores da SEMA no ano de 2013,
pôde-se apontar as principais prioridades de
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d) Instituição do Plano Diretor de Arborização consequentemente aumentar o índice de

Urbana de Aracaju; área verde do município que atualmente
encontra-se abaixo dos níveis
e) Realização do inventário total da arborização
qualificadamente recomendados pela
da cidade nos próximos 3 anos;
Sociedade Brasileira de Arborização Urbana
f) Promover a substituição gradativa dos (15m² de área verde associada a recreação
indivíduos que se encontram em por habitante);
senescência (falência fisiológica) ou que
h) Apresentar anualmente o programa de
estejam com o seu aspecto fitossanitário
arborização da cidade, contemplando as
comprometido, conforme as informações
metas do ano, o quantitativo de mudas a
geradas pelo inventário;
serem plantadas, as espécies, os locais e o
V. METAS planejamento do monitoramento;
g) Promover o plantio de 100.000 árvores ao i) Georreferenciar todas as mudas que forem
longo dos próximos 15 anos e plantadas anualmente e produzir os croquis
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para o monitoramento e plotá-las no mapa m) Ampliação e Manutenção adequada da

da cidade; área experimental de espécies potenciais
para a arborização urbana na área do
j) Reestruturação do Horto Florestal para
Parque Augusto Franco (Sementeira).
produção de mudas para a arborização;
k) Elaboração de um banco de dados de fácil

acesso ao público das espécies indicadas
para arborização da cidade, assim como
daquelas que não são indicadas;
l) Formação de parcerias e convênios com

instituições de ensino e pesquisa para a
produção de mudas para a arborização e
para a realização de pesquisas sobre a
arborização do município;
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A seleção das espécies para compor a

arborização da cidade, nos próximos anos, foi
Planejar a arborização de Aracaju é o
resultado de muitas discussões dentro do
primeiro passo dado no grande desafio de
âmbito do comitê consultivo de arborização
melhorar a qualidade do patrimônio arbóreo do
urbana do município, consultas a literaturas
município. Respeitar as recomendações e
especializadas em arborização urbana e
sistematizar as ações que devem ser
consulta ad hoc a especialistas que atuam na
implementadas em cada fase do planejamento
área e desenvolvem ou desenvolveram as suas
é fundamental para o sucesso. Dentre as
pesquisas no município de Aracaju.
principais etapas e ações que devem se
A escolha da espécie levou em
consideradas, sugere-se a discussão sobre:
consideração características como
desenvolvimento, porte, copa, floração,
VI.1 - Escolha das espécies adequadas para a
frutificação, raízes, resistência a pragas,
arborização
doenças, ausência de princípios tóxicos;
adaptabilidade, sobrevivência e
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desenvolvimento no local de plantio, dando-se, manutenção destas árvores, como as podas de

também preferência a espécies da região. formação e contenção, quando necessárias,
Outros aspectos do planejamento também além de maximizar os benefícios estéticos.
devem ser observados para a distribuição e
b) Considerar a recomendação empírica de que
implantação da arborização na cidade,
uma única espécie não deve ultrapassar o
conforme as recomendações observadas no
limite de 10 a 15% do total da quantidade de
Manual de elaboração de planos de
árvores existentes em um mesmo bairro ou
arborização do Paraná (PARANÁ, 2012,) pode-
região.
se citar:
c) Na composição de espécies deve-se buscar
VI. PLANEJAMENTO
um equilíbrio entre o quantitativo de espécies
a) Na composição da arborização, para cada
nativas e exóticas, devendo-se dar preferência
rua, para cada lado da rua ou para um certo
a um maior percentual de espécies nativas que
número de quarteirões, conforme sua extensão
ocorrem na região.
deve-se escolher uma só espécie. Isso facilita o
acompanhamento de seu desenvolvimento e a
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d) Para espécies nativas com potencial de uso iluminação, placas indicativas e redes
na arborização de ruas, mas para as quais não subterrâneas. Por isso antes de arborizar um
há informação do seu comportamento no meio lugar deve-se seguir um plano que contemple a
urbano, sugere-se que sejam propostos observação de todas essas características.
plantios experimentais (uma quadra ou parte de
g) Nos passeios, deve-se plantar apenas
uma rua) para monitoramento destas espécies
espécies com sistema radicial pivotante - as
para futuro uso em larga escala.
raízes devem possuir um sistema de
e) Em cidades de clima quente, como é o caso enraizamento profundo para evitar o
de Aracaju, deve-se optar por espécies que levantamento e a destruição de calçadas,
apresentam folhagem perene. asfaltos, muros de alicerces profundos.
Ressalta-se que no meio urbano, mesmo
f) A arquitetura e dimensões naturais da
árvores com raízes pivotantes, podem
espécie devem ser compatíveis com o espaço
apresentar raízes superficiais devido às
físico tridimensional disponível, permitindo o
condições do solo ou devido a falta de área
livre trânsito de veículos e pedestres, evitando
livre suficiente para o seu crescimento. Em
danos às fachadas e conflito com a sinalização,
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Aracaju tem-se uma condição especial espécies que retem particulados do ar, devido
relacionada ao perfil dos seus solos, que em a rugosidade de suas folhas dentre outros.
muitas áreas são rasos em virtude da Essa pratica também necessita de um
superficialidade do lençol freático, essa zoneamento da área urbana a ser arborizada,
condição pode causar o afloramento das no qual possa-se visualizar informações como ,
raízes. áreas com alta incidência de poluição
atmosférica, áreas que já apresentam bolsões
h) Dar preferência a espécies que não dêem
de calor, poluição sonora e outras.
frutos muito grandes, que possam causar
Com base nessas recomendações segue
acidentes ou prejuízos financeiros.
abaixo a lista de espécies que podem ser
Além dessas observações sugere-se a utilizadas na arborização do município:
implantação de espécies conforme as suas
aptidões fisiológicas relacionadas com o
controle da poluição, por exemplo, é possível
sugerir o plantio de espécies que apresentam
uma alta capacidade de capturar CO2,
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ESPÉCIES ARBÓREAS/ARBUSTIVAS DE PORTE BAIXO (ATÉ 6 METROS)

POTENCIALMENTE ORNAMENTAIS
Espécie Espécie Espécie
Caesalpinia pulcherrima (L.)Sw. Tecoma stans (L.) Juss Plumeria rubra L.
Nome comum Nome comum Nome comum
Famboyant-mirim Ipezinho Jasmim-manga
Porte médio Porte médio Porte médio
2-4m 5-6m 4-6 m
Observações Observações Observações
Exótica Exótica

Murraya paniculata (L.) Jacq. Ligustrum sinense Chinese Punica granatum L.
Murta Ligustro romã
4-6m 3-5 m 3-4m
Exótica Exótica

Grevillea banksii R. Br. Plumeria pudica Jacq. Schefflera actinophylla (Endl.)
Grevilia de jardim Buque de noiva Cheflera de jardim
3-6m 4-6m 5-7m
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Exótica Exótica Exótica
ESPÉCIES ARBÓREAS/ARBUSTIVAS DE PORTE BAIXO (ATÉ 6 METROS)

POTENCIALMENTE ORNAMENTAIS

Dombeya wallichii (Lindl.) K. Bonnetia stricta (Ness) Thespesia populnea (L.)
astrapéia falsa-camélia tespésia
5-7m 2-5m 6-8m
Exótica; no Brasil propaga-se Nativa; grande tolerância a Exótica
apenas por estacas ou alporquia solos salinos.
Espécie Espécie
Brunfelsia grandiflora L. Clusia nemorosa G. Mey
Nome comum Nome comum
manacá de flor grande orelha de burro
Porte médio Porte médio
3-5m 5-10 m
Observações Observações
Exótica Nativa
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ESPÉCIES ARBÓREAS DE PORTE MÉDIO (ATÉ 10 METROS)

Schinus molle L. Hibiscus pernambucensis A. Schinus polygama (Cav.)
aroeira salsa Algodoeiro da praia Assobieira
4-8 m 3-6m 4-5 m
Nativa; Nativa Nativa

Jacaranda brasiliana Lam. Protium bahianum Dally Rheedia gardneriana Planch.
carobinha Almecegueira da praia bacupari
4-9m 3-5 m 5-7m
Nativa Nativa Nativa

Connarus regnelli G.S. Senna spectabilis (D.C.) Annona crassiflora Mart.
Camboatá da serra Cássia do nordeste Araticum cortiça
4-7 m 6-8 m 4-8 m
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Stryphnodendron adstringens Campomanesia phaea Bauhinia forficata Link
Mart. (O.Berg)
Barrmatimão cambuci pata de vaca
4-5m 3-5m 5-10 m

Myrciaria tenella (DC)O.Berg Stifftia parviflora Nectandra nitidula Ness
cambuí Estífia branca Canela
4-6m 4-8m 4-8m

Lonchocarpus araripensis Benth. Machaerium opacum Campomanesia eugenioides
Cambess
Sucupira branca Jacarandá guabirobeira
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4-7m 4-8m 4-7m


Casearia sylvestris S.W. Dalbergia cearensis Ducke Senna cana Ness e
Mart.
Guaçatonga Pau violeta Fedegoso-do-mato
4-6m 4-6m 3-6m

Psidium rufum Mart. Bauhinia ungulata Link Eremanthus arboreus
Less
Araça roxo Mororó candeia
4-5m 3-5m 3-6m

Guapira graciflora Mart. Allophylus petiolulatus Radek Hancornia speciosa
Gam.
João mole Baga de morcego mangabeira
4-5m 3-6m 4-5m
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Nativa Nativa Nativa; alta tolerância a
solos salinos

Aloysia virgata Juss Xylopia aromatica (Lam.) Mart. Amburana cearensis Smith
lixeira pindaíba Amburana
4-6m 4-8m 4-10m

Byrsonima verbacifolia Rich Kielmeyera rubriflora Mart. Schinus terebinthifolius L.
Murici-de-tabuleiro rosa-do-cerrado Aroeira vermelha
4-6m 4-5m 5-10m
Nativa Nativa; crescimento lento Nativa

Myrcia selloi Spreng Bixa orellana L. Himatanthus phagedaenicus
Mart.
Murta roxa urucú Burra leteira
4-6m 3-5m 4-8m
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Poincianella pyramidalis Senna spectabilis W. Schrad. Curatela americana L.
Tul.
Catingueira Flor-de-são-joão lixeira
4-10m 6-9m 6-10m

Tabebuia chrysotricha Mart. Thevetia thevetioides K. Triplaris cracasana Cham.
Ipê amarelo chapeu-de-napoleão Pau-de-formiga
4-10m 7-10m 7-10m
Nativa Exótica Nativa

Tabebuia dura B.S. Tabebuia gemmiflora Miess Diospyros inconstans
Jacquin
Ipê branco Ipê vermelho Maria preta
4-7m 4-7m 6-10m
 (079) 3246-6461
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Erythina indica Lam. Vochysia glaberrima Mart. Aspidosperma pyrifolium
Mart.
brasileirinho Angélica Pereiro
5-10m 4-10m 7-8m
Exótica Nativa Nativa

Kielmeyera neglecta Saddi Tabebuia insignis Xylopia frutescens Aubil
Pau-santo ipê-branco-do-brejo Pindaíba da mata
4-10m 4-7m 4-8m

Senna macranthera DC. Sapindus saponaria L. Triplaris gardneriana
Wedd
Pau-fava Saboeiro Pau-jaú
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P á g i n a | 37
6-8m 5-9m 4-7m

ESPÉCIES ARBÓREAS DE PORTE ALTO (ACIMA DE 10 METROS)

Andira Fraxinifolia Benth. Bowdichia virgilioides Chorisia speciosa St. Hil
Benth.
Angelim doce Sucupira Paineira rosa
8-16m 15-30m

Couroupita guianensis Aulil Caesalpinia echinata L. Anadenanthera macrocarpa
Benth
Abricó-de-macaco Pau-brasil Angico de caroço
8-15m 8-12m 13-20m
Nativa; Tronco ornamental Nativa Nativa
Protium heptaphyllum Aulil Caesalpinia ferrea Mart. Myracrodruom urundeuva
Allemão
Amescla-de-cheiro Pau-ferro Aroeira branca
10-20m 6-20m
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Tibouchina mutabilis Vell. Schinopsis brasiliensis Sterculia chicha St. Hil
Engl.
Quaresmeira-Nativa Baraúna chichá
7-12 m 10-12 m 10-20m

Eschweilera ovata Cambess Cedrela odorata L. Tabebuia serratifolia Vahl.
Biriba cedro Ipê-amarelo
4-18m 25-30 m 15 m

Cupania racemosa Vell Astronium fraxinifolium Tabebuia impetiginosa
Schatt Mart.
Camboatá-da-mata Gonçalo Alves Ipê-roxo
5-12 m 8-12 m 8-12 m
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Lecythis pisonis Cambess Erytrina speciosa Andr Grevilea robusta Cunn
sapucaia Mulungu do litoral Grevílea
12-18 m 15-20m
Nativa Nativa Exótica

Taperira guianensis Aubl. Adenanthera pavonina L. Artocarpus altilis Parkinan
Pau pombo tento carolina Fruta-pão
8-20m 12-15m 10-20m
Nativa Exótica Exótica

Caesalpinia peltophoroides Casuarina equisetifolia L. Syzygium cumini L.
Benth
Sibipiruna Casuarina Jamelão
8-16m 10-20m 15-20m
 (079) 3246-6461
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Nativa Exótica Exótica

Hymenaea courbaril Hayne Campomanesia guaviroba Gustavia augusta L.
DC.
Jatobá Guabiraba gustavia/geniperana
15-20m 4-12m 6-10mm

Dalbergia nigra Peltophorum pterocarpum Cassia leptophylla Vagel
DC.
Jacarandá-da-bahia famboiã amarelo falso barbatimão
15-25m 15-25m 8-14m

Schizolobium parahyba Vell Clusia hilariana Schltcle Jacaranda cuspidifolia
Mart.
Guapuruvu camaçari jacarandá de minas
20-30m 4-8m 5-10m
 (079) 3246-6461
P á g i n a | 41

ESPÉCIES ARBÓREAS FRUTÍFERAS INDICADAS PARA ARBORIZAÇÃO

Morus nigra L. Eugenia uniflora L. Mangifera indica L.
Amoreira preta Pitangueira mangueira anã
6-12m 6-12m 6-12m
Exótica Nativa Exótica

Malpighia emarginata DC. Anacardium microcarpum Anonna squamosa L.
Ducke
Acerola Cajuí Atemóia/pinha
2-4m 6-14m 3-5m
Exótica Nativa Exótica

Talisia esculenta Radlk Anacardium occidentale L. Spondias purpurea L.
Pitombeira cajueiro Ciriguela
 (079) 3246-6461
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6-12m 5-10m 3-6m

Observações Observações Nativa Observações
Nativa Nativa da américa central
ESPÉCIES ARBÓREAS FRUTÍFERAS INDICADAS PARA ARBORIZAÇÃO

Citrus reticulata L. Byrsonima sericea DC. Manilkara zapota L.
Tangerina Murici sapoti
3-5m 6-16m

Spondias tuberosa An. Cam Myrciaria cauliflora Berg Psidium guajava L.
umbuzeiro Jaboticaba goiabeira
4-7m 10-15m
Nativa Nativa Nativa; caducifólia

Averrhoa carambola L. Spondias mombin L. Eugenia brasiliensis Lam.
carambola Cajazeira Nativa grumixama

5-10m 20-25m 8-15m
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ESPÉCIES DE PALMEIRAS
Roystonea regia Syagrus coronata Mart. Oenocarpus bacaba Mart.
Palmeira imperial licuri bacaba
12-15m 3-10m 20-30m

Dypsis lutescens Wendel Copernicia prunifera Millar Syagrus romanzoffiana
Cham.
areca bambu carnaúba Coqueiro-jerivá
3-8m 7-10m 10-15m

Mauritia flexuosa Mart. Euterpe oleracea Mart. Acrocomia aculeata Jacq.
buriti açaí macaúba
15-25m 10-20m 10-15m
 (079) 3246-6461
P á g i n a | 44

ESPÉCIES DE PALMEIRAS

Allagoptera arenaria Kuntze Euterpe edulis Mart. Syagrus cearensis
Noblick
buri-de-praia juçara catolé
1-3m 5-12m 4-10m
Nativa nas restingas e praias Ameaçada em seu habitat Nativa
litorâneas. natural na Mata Atlãntica.

Bactris ferruginea Burret Syagrus schizophylla Mart. Butia odorata Barb.
Rodr.
tucum licuriroba butiá-da-praia
4-9m 3-6m
Nativa; Ocorre na costa Nativa Nativa
litorânea
 (079) 3246-6461
P á g i n a | 45
VI.2 - Padrão da muda adequada ESPÉCIES ARBÓREAS

Altura do fuste Altura Diâmetro mínimo
A qualidade da muda a ser implantada é total

1,80m 2,0m 0,03m
um dos aspectos primordiais para o sucesso Fonte: Adaptado do Plano Diretor de Arborização Urbana de Porto Alegre-RS, 2007
da arborização. Antes da aquisição de mudas

ou da sua produção alguns aspectos devem - As raízes devem apresentar uma boa
ser observados e as recomendações devem formação está livres de enovelamentos e de
ser seguidas a fim de potencializar o sucesso pragas e sem sair da embalagem.
do plantio: - As mudas devem apresentar uma boa

qualidade fitossanitária estando livres de
- Alturas e dimensões: praga ou doenças que possam prejudicar a
sobrevivência destas após a sua implantação.
PALMEIRAS
Altura do estipe Altura Diâmetro mínimo - Possuir fuste retilíneo, sem deformações ou
total tortuosidades que possam comprometer o seu
2,0m 4,0m 0,15m bom desenvolvimento no campo;
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- As mudas devem ser produzidas em

embalagens que comportem no mínimo 10
litros de substrato.
- Todas as mudas devem está devidamente

tutoradas a fim proporcionar um
desenvolvimento retilíneo do caule e evitar
danos mecânicos. Fonte: Plano Diretor de Arborização urbana de Porto Alegre-
RS, 2007.
- Ilustração do padrão e forma de plantio da

VI.3 Critérios para a definição dos locais de
muda:
plantio
É primordial para o planejamento a

identificação dos espaços disponíveis para a
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P á g i n a | 47
arborização como praças, avenidas, parques, As praças públicas são um dos espaços
parques, rotatórias, bosques, áreas privadas e mais importantes para o lazer da população
etc. É recomendável a arborização de locais
de alguns bairros do município de Aracaju-SE.
onde as condições físicas permitam a sua
Além de ser um espaço destinado ao lazer, a
implantação. Por exemplo, os locais de
pratica de esportes e a interação social de
plantio, a serem descritos para a implantação
devem ser adequados ao porte das árvores e uma comunidade, constituem uma categoria
à largura de ruas e passeios. A identificação do sistema de áreas verdes de uma cidade

das áreas a serem arborizadas deve ser que quando estão associadas à vegetação
definida nos programas anuais de (principalmente de porte arbóreo)
arborização, que serão apresentados pela
proporcionam um conforto térmico mais
secretaria do meio ambiente.
agradável (microclima) e embelezam a
estética da paisagem urbana. Nesses espaços

a) Praças públicas
deve-se sempre prevalecer à visão integrada
 (079) 3246-6461
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de que é preciso harmonizar todas essas Logo, percebe-se a importância de se
funções da melhor forma possível. determinar o percentual máximo de
Alguns aspectos precisam ser impermeabilização da praça e alocar nos
observados dentro da temática praça pública, projetos a máxima quantidade de árvores
principalmente, no que diz respeito aos possível, as quais estejam distribuídas por
projetos arquitetônicos de revitalização e toda área da praça.
construção de novas praças. Nos últimos anos
observou-se em Aracaju que as novas praças b) Vias públicas
construídas ou que foram revitalizadas vêm

As vias públicas são os locais mais
apresentando uma diminuição do seu espaço
complexos para a implantação da arborização,
permeável e consequentemente uma
devido a serie de impedimentos e conflitos
diminuição do potencial de implantação de que existem: largura reduzida, presença de
uma massa arbórea mais significativa. fiação, redes subterrâneas e etc. ao arborizar
uma via pública deve-se previamente realizar
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um cadastramento da avenida e definir de Na arborização de algumas vias será

acordo com as carcteristicas deimensionais da incentivado e lançado o programa de adoção
via qual a espécie que será utilizada, assim de mudas por empresas que tenham interesse
quando as equipes de campo quiserem em usar o espaço disponível nos Cachepois
consultar qual o tipo de espécie que deve ser (grades de proteção) para a publicidade de
plantada em determinada avenida, quarteirão marcas.
ou canteiro devem consultar o programa de
arborização do ano em vigência para se c) Mini bosques
certificar sobre o tipo de espécie que foi A instituição de mini bosques tem como
definido para o local. Deve-se prevê também a principal concepção o aumento das áreas
substituição dos indivíduos comprometidos verdes da cidade de forma mais rápida e
fisiologicamente, identificados durante a financeiramente mais rentável. Como as
realização do inventário. praças demandam altos recursos para serem
implantadas, a ideia do mini bosque é trazer
um novo conceito de área verde para a cidade
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de Aracaju, onde tem-se o mínimo de 4. Área central para uso infantil.

intervenção infraestrutural e privilegia-se o 5. Implantação de bancos.
componente verde. Dessa forma, diminuem-se
os custos de implantação. O objetivo principal Concepção do Mini Bosque:
é aumentar significativamente a cobertura
arbórea da cidade associada a um conceito de
sustentabilidade. Conforme esquematizado
na ilustração a implantação de um mini
bosque deve seguir alguns conceitos:
1. Percentual minimo de compactação do solo
(apenas nas passarelas de circulação
principal);
2. Pisos permeáveis (Terra batida, saibros,
seixos rolados e etc.);
3. Maçicos florestais;
 (079) 3246-6461
P á g i n a | 51
Ilustração e planejamento: Arquiteto Rômulo

Cesar Gomes, 2014.
VI.4 Locais e distâncias:
PASSEIOS PÚBLICOS
LARGURA Entre 1,5 e 2,0m Árvores de
pequeno porte.
Largura Entre 2,0 e 2,5m Árvores de médio
porte.
Largura Acima de 3m Árvores de grande
porte.
Espaço livre mínimo para a 1,2m.
passagem do pedestre
Recuo mínimo da muda em 0,5m.
relação ao meio fio
Distância mínima entre árvore e 1,0m.
entradas de garagem
 (079) 3246-6461
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Área permeável ao redor da muda - 2m²/árvores de

pequeno porte.
- 3m²/árvores de
grande porte.
Além da observação desses valores
- o valor mínimo é
deve-se registrar a existência de fiação sob o
de 1m².
CANTEIROS CENTRAIS DAS AVENIDAS local, essa informação também define o porte
Canteiros com Largura mínima de Árvores de da árvore a ser implantada. Em locais onde há
1,0m pequeno porte. presença de fiação deve-se plantar apenas
Canteiros com largura acima de Árvores de médio árvores de pequeno a médio porte.
2,0m e grande porte. O levantamento dos locais a serem
SUGESTÃO DE ESPAÇAMENTO ENTRE ÁRVORES
arborizados, complementados ou adaptados,
Pequeno porte 3-5,0m
são fundamentais para que se possa
Médio porte 8,0m
harmonizar todos esses aspectos. Após a
Grande porte 10 a 12m
Fonte: adaptado de definição dos locais deve-se planejar as
 (079) 3246-6461
P á g i n a | 53
etapas e os cuidados que devem ser tomados

para a implantação da arborização.
VII.1 Época de plantio
A melhor época de plantio corresponde

ao inicio do período chuvoso, que em Aracaju
concentra-se entre os meses de abril e julho.
Quando há disponibilidade de recursos para a
irrigação o período de plantio pode estender-
se para qualquer época do ano. Em cidades
muito quentes mesmo as mudas sendo
plantadas na época adequada pode existir a
 (079) 3246-6461
P á g i n a | 54
necessidade de irrigação, logo o planejamento - A muda deve ser colocada na região

dessa atividade deve prevê custos para a central da cova, preenchendo os espaços
irrigação nesses períodos. vazios com o solo de preenchimento; Antes de
colocar a muda na cova o recipiente deve ser
VII.2 Coveamento removido;
- Durante o plantio deve-se certificar que
O tamanho mínimo das covas deve ser a região entre a parte aérea e a raiz fique no
de 60cmx60cmx60cm, caso o solo esteja mesmo nível do terreno evitando que as
muito compactado ou apresente uma grande raízes fiquem expostas ou que o coleto seja
quantidade de pedregulhos o tamanho deve “afogado”.
ser de 1,0m x 1,0m x 1,0m. Antes do plantio
VII. IMPLANTAÇÃO DA
realizar a limpeza da cova.
ARBORIZAÇÃO
VII.3 Plantio
 (079) 3246-6461
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As covas devem ser adubadas (químico Essa operação consiste em colocar um

ou orgânico) antes do plantio definitivo da tutor que serve como sustentação para que a
muda. muda tenha um crescimento retilíneo, sem
inclinação. O amarrio deve ser de um material
que se deteriore com o tempo e deve ser feito
em forma de oito em no mínimo dois pontos
(ver ilustração da muda padrão).
Área do coleto
O processo de arborização de uma
Fonte:google imagens, 2014.

cidade não finaliza com o plantio da muda,
após a sua implantação deve-se planejar o

VII.4 Tutoramento programa de monitoramento dessas mudas.
 (079) 3246-6461
P á g i n a | 56
para que o monitoramento possa ser realizado Ao final de cada mês a equipe técnica
de forma satisfatória as mudas devem ser responsável pelo monitoramento deve
georreferenciadas e alocadas em croquis que apresentar relatório de atividades contendo o
possam facilitar a localização da muda. croqui de localização do que foi monitorado e
Durante o monitoramento deve-se relatar o percentual de mortalidade das mudas em
se a muda está viva ou morta, informação que cada área visitada. Ao se observar mudas
servirá para o cálculo do índice de mortas a reposição será solicitada, por isso
sobrevivência das mudas, e aspectos do seu será previsto no computo total das mudas a
desenvolvimento deve ser observado serem produzidas ou adquiridas, reserva do
registrando-se as necessidades de tratos quantitativo necessário para a reposição.
silviculturais como rega, adubação, controle Os locais onde os atos de vandalismo
fitossanitário e ocorrências de atos de são constantes deve-se solicitar a Secretaria
vandalismo. de Defesa Social a presença de Guardas
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Municipais. Ao final de cada ano será Exemplo do croqui para monitoramento:

disponibilizado o relatório final sobre as ações
CROQUIS DE MONITORAMENTO
de Local:
Data de plantio:
VIII. MONITORAMENTO E N Espécie Estad

º o
MANUTENÇÃO V M
1
monitoramento e manutenção da arborização. 2
Ilustração do croqui de localização das 3
Essas informações serão fundamentais para a
mudas 4
otimização do planejamento e readequação 5
6
das estratégias, tendo sempre em vista a
7
melhoria das ações que estão sendo 8
9
executadas pela gestão pública em relação à
1
arborização da cidade. 0
TOTAL
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Observações e recomendações sobre a importância da conservação da
arborização urbana são fundamentais para o
processo de reabilitação da arborização de
Aracaju, tendo em vista, também, o alto índice
de vandalismo empreendido às mudas

A Educação Ambiental constitui-se de plantadas no ano de 2013.
instrumentos de entendimento e As ações de educação ambiental terão
transformação do meio ambiente no qual como principal objetivo levar a toda população
todos os indivíduos de uma comunidade estão informações esclarecedoras sobre a
imersos e esta deve estar presente dentro de importância da arborização. O processo
todos os níveis educacionais, com o objetivo educativo buscará despertar o interesse dos
de atingir a todos. vários segmentos da sociedade, bem como
Nesse contexto programas de educação esclarecer a comunidade por meio de material
ambiental voltados para orientar a população
 (079) 3246-6461
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didático, comunicações e espaço na midia, incentivados a fortalecer a cultura de
contendo informações que possam contribuir

preservação do meio ambiente e melhoria da
com esse processo. As ações de educação
qualidade de vida.
ambiental serão desenvolvidas incialmente no
âmbito das escolas e nas localidades onde a Das ações
arborização será A primeira ação, nomeada como
“Plantando sementes, germinando qualidade e
colhendo saúde” será

IX. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL realizada em todas as
implantada, fazendo-se um trabalho de porta escolas da rede
em porta, onde os cidadãos serão municipal. Esta ação
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traz uma preocupação com a alimentação dos suspensa na parede de maneira que permite a
estudantes, onde, através da plantação de germinação de hortaliças e plantas medicinais.
hortaliças e plantas medicinais nos espaços A segunda ação nomeada de “Guardião
escolares e mudas de árvores frutíferas, Ambiental” consiste em incentivar técnicos e
pretende-se auxiliar na construção de uma cidadãos que queiram participar dessa
alimentação saudável. Nas escolas em que atividade como voluntários indo às ruas, porta
não houver espaços para arborização e a porta, para abordar de forma lúdica a
plantação de quaisquer mudas, receberão a população, conscientizando as pessoas da
chamada “horta vertical”. A horta vertical é importância das árvores para um microclima
construída com garrafa pet colocada de forma mais agradável na cidade e convidando-as
 (079) 3246-6461
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para participarem dos plantios e adotarem as
mudas que forem plantadas proximo as suas
residências. Um selo será distribuído com o
emblema:
“Sou Guardião do Meio Ambiente, Sou
guardião da VIDA!”.
GUARDIÃO AMBIENTAL
Secretaria do Meio Ambiente
Aracaju-SE
 (079) 3246-6461
P á g i n a | 62
O quantitativo das mudas deve prevê e

X. ROTEIRO DOS PROGRAMAS
descrever:
ANUAIS DE ARBORIZAÇÃO
 O plantio propriamente dito;
Todos os aspectos apresentados neste  As doações aos cidadãos;

 O percentual para o replantio;
plano devem servir de base para a elaboração
 E as compensações das supressões
dos programas anuais que é uma das metas autorizadas no ano anterior.
gerais do plano, para isso os seguintes itens

b. Caracterização e definição dos locais
devem atendidos durante a sua elaboração:

descritos por bairro.
a. Definição das espécies e da quantidade de
mudas que serão adquiridas ou produzidas.
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XI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 (079) 3246-6461
CAMPOS, A. L.; RANGEL, M. S. A. Lista de espécies indicadas para arborização de Aracaju. Comitê
consultivo de arborização urbana, 2012.
ESTADO DO PARANA. Manual para elaboração do plano municipal de arborização urbana. 2012.
FERREIRA, R. A. PLÁCIDO, D. SANTOS, C.Z.A. GRAÇA, D. A. S.; JUNIOR, P. P. A., BARRETO,
S.S.B., DANTAS, J.D.M., SILVA, T.L.; SOUZA, A. L.L.; GOMES, L. P. S. Manual de Arborização
Urbana de Aracaju: praças. 2011.
MATOS, E.; MATOS, ELOINA; PAGANUCCI, Q. L. Árvores para cidades. ED. SOLISLUNA, 2009.
PORTO ALEGRE. Plano Diretor de arborização urbana. 2007.
OLIVEIRA, A. C. A. Avaliação da qualidade de mudas de espécies arbóreas destinadas a arborização
de vias públicas de Aracaju-SE. Universidade Federal de Sergipe/curso de Engenharia Florestal,
2013.
SANTOS,C.Z.A.; Levantamento florístico de 25 vias públicas de Aracaju-SE. Revista da sociedade
brasileira de arborização urbana.
 (079) 3246-6461
P á g i n a | 65
SANTOS, C. Z. A.; FERREIRA, R. A.; SANTOS, L. R.; SANTOS, L. I.; GOMES, S. H.; GRAÇA, D. A.
S. Análise qualitativa da arborização urbana de 25 vias públicas da cidade de Aracaju-SE. Revista
Ciência Florestal, Santa Maria, no prelo.
SANTOS, C. Z. A. Aspectos para o planejamento das áreas verdes públicas de Aracaju-SE.
Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Sergipe, 2013.
Fonte das imagens:
GOOGLE IMAGENS, 2014.
www.florabrasileira.
www.ojardineiro.net
 (079) 3246-6461
P á g i n a | 66
AGRADECIMENTOS
Agradecemos aos membros do Comitê Consultivo de

Arborização de Aracaju que vem contribuindo com
discussões e sugestões para a melhoria e
readequação da arborização de Aracaju. Em especial
agradecemos aso membros que diretamente
contribuíram com a elaboração e melhoria deste
documento:
Antonino Campos de Lima

 (079) 3246-6461
P á g i n a | 67
Maria Salete Alves Rangel

José Waldson Costa Andrade
 (079) 3246-6461

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ESTADO DE SERGIPE

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU

PLANO MUCIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA DE

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DE ARACAJU - SEMA, 2014.

João Alves Filho

José Carlos Machado

Eduardo Lima de Matos

César Gomes Gama

Jose Rosa Felipe Filho

Engª Florestal Carla Zoaid Alves dos Santos, Ms.c.

Biológa Pesq. Maria Salete Alves Rangel

Arquiteto Rômulo César de Almeida Gomes

Biológa Moniky Santana Santos Aragão

Pedagoga Alana Vasconcelos

O Plano Municipal de Arborização Urbana (PMARB) é um

tecnicamente decisões sobre aspectos relacionados à

Algumas capitais Brasileiras já vêm trabalhando sob essa

ambiente elaboraram planos diretores de arborização e planos

Aracaju considerando a importância da arborização para a

VI.2 - Padrão da muda adequada ................ 45 X. ROTEIRO DOS PROGRAMAS ANUAIS DE

VII. IMPLANTAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO ..... 54 presente nas ruas,

pavimentação e outros, a vegetação urbana empreendidas. Pode-se entender o

melhorias na qualidade do ar; diminuição da patamar de qualidade pautado na

incidência de raios solares, o que contribui para sustentabilidade e na continuidade do

a formação de microclimas mais amenos; processo.

diminuição da poluição sonora; abrigo para a

fauna urbana, bem estar psicológico para o

fundamental para a estética da cidade. Os planos municipais de arborização

de um Plano Municipal de Arborização Urbana

(PMARB) deve conter destacam-se, a definição urbanos. A Secretaria Municipal do Meio

manutenção da Arborização, além disso, deve- elaboração de planos para intensificar e

se prevê a integração da população, visando à melhorar a qualidade da arborização da cidade,

manutenção e a preservação da arborização como uma das formas de amenizar as

implantada. consequências negativas desse processo.

O município de Aracaju atualmente passa A arborização urbana de Aracaju

por um intenso processo de urbanização e começou a ser pensada e implantada de forma

cobertura arbórea na cidade é evidente. Nota- respeitando aspectos técnicos, científicos e

II. OBJETIVOS DO PMARB

a) Definir diretrizes para o planejamento, a

b) Estabelecer metas de curto, médio e longo

c) Promover a melhoria da qualidade de vida

d) Promover o aumento das áreas verdes do

h) Alto indice de mortalidade das mudas

Para a manutenção de uma

Fonte: Google imagens, 2014.

b) O planejamento da arborização urbana deve

e) Os projetos de infraestrutura de espaços g) Estabelecer programas de educação

atuação do município quanto ao planejamento

a) Instituição de um Núcleo de Arborização

b) Instituição do Comitê Consultivo de

d) Instituição do Plano Diretor de Arborização consequentemente aumentar o índice de

g) Promover o plantio de 100.000 árvores ao i) Georreferenciar todas as mudas que forem

longo dos próximos 15 anos e plantadas anualmente e produzir os croquis

para o monitoramento e plotá-las no mapa m) Ampliação e Manutenção adequada da

k) Elaboração de um banco de dados de fácil

l) Formação de parcerias e convênios com

A seleção das espécies para compor a

desenvolvimento no local de plantio, dando-se, manutenção destas árvores, como as podas de

ESPÉCIES ARBÓREAS/ARBUSTIVAS DE PORTE BAIXO (ATÉ 6 METROS)

Espécie Espécie Espécie

Espécie Espécie Espécie

Observações Observações Observações

ESPÉCIES ARBÓREAS/ARBUSTIVAS DE PORTE BAIXO (ATÉ 6 METROS)