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INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM ATLETA PROFISSIONAL DE

JIU-JITSU APÓS REPARO ARTROSCÓPICO DA PORÇÃO LONGA DO


TENDÃO BICIPITAL: RELATO DE CASO.

Flávio Martins do Nascimento Filho

Fisioterapeuta, graduado pela Universidade Tiradentes, UNIT, Aracaju, Sergipe.

Endereço: Rua Engenheiro Antônio Gonçalves Soares, 140, Aracaju.

E-mail: flaviomartinsfilho@gmail.com

Larissa Costa Correia

Fisioterapeuta, graduada pela Universidade Tiradentes, UNIT, Aracaju, Sergipe.

Endereço:

E-mail:

Renata Silveira São Mateus

Fisioterapeuta, graduada pela Universidade Tiradentes, UNIT, Aracaju, Sergipe.

Endereço:

E-mail:

Igor Leonardo Alves Mendonça

Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal de Sergipe, UFS, São Cristóvão,


Sergipe.

Endereço: Rua N, 170, Zona de Expansão, Aracaju, Sergipe

E-mail: igor10leo@gmail.com

Maria Gabriela Reis Santos

Fisioterapeuta, graduada pela Universidade Tiradentes, UNIT, Aracaju, Sergipe.

Endereço: Avenida Murilo Dantas, 1349, Aracaju.

E-mail: gaabifisio@hotmail.com

Helena Raquel de Matos Brito Santos

Pedagoga, graduada pela Universidade Federal de Sergipe, UFS, São Cristóvão, Sergipe.

Endereço: Rua Vereador Oscar Leal, 414, Aracaju.


E-mail: helenaraqueldematos@hotmail.com

RESUMO

A articulação do ombro é um complexo único, o qual apresenta grande mobilidade e


estabilidade, as quais são controladas por estruturas estáticas e dinâmicas. O presente
estudo relata a abordagem fisioterapêutica no período pós-operatório após de reparo
artroscópico do tendão bicipital porção longa, de uma atleta profissional de Jiu-Jitsu, faixa
preta. Para coleta dos dados foram usados os seguintes instrumentos de avaliação:
algômetro de pressão com o intuito de aferir a sensibilidade dolorosa em ponto
pré-determinados; goniômetro, com objetivo de verificar a amplitude de movimento;
dinamômetro manual digital, o mesmo utilizado para mensurar a força muscular; e
Shoulder Pain and Disability Index (SPADI), versão brasileira, instrumento usado para
avaliar a dor e a incapacidade das disfunções do ombro relacionado a atividades de vida
diária. A proposta fisioterapêutica foi utilizar o protocolo de reabilitação da Sociedade
Americana de Terapeutas de Ombro e Cotovelo e evidenciar a sua eficácia para este caso.
Foram realizadas 15 semanas de tratamento fisioterapêutico, com quatro avaliações dos
instrumentos supracitados. Os resultados foram positivos e os objetivos alcançados, onde
obtivemos um ganho de força, amplitude de movimento e o reestabelecimento funcional do
atleta. Portanto, após análise dos valores obtidos nota-se a importância de se levar em
consideração e respeitar as fases do protocolo fisioterapêutico.

PALAVRAS CHAVES:

Arte marcial, Shoulder Pain, Tendão, Tratamento.

PHYSIOTHERAPETIC INTERVENTION IN JIU-JITSU PROFESSIONAL


ATHLETE AFTER ARTHROSCOPIC REPAIR OF BICIPITAL TENDON LONG
PORTION: CASE REPORT.

SUMMARY
The shoulder joint is a unique complex, which has great mobility and stability, which are
controlled by static and dynamic structures. The present case study, which reports a
postoperative physiotherapy approach to repair the long portion bicipital tendon of a
professional black belt Jiu-Jitsu athlete. For data collection, the following evaluation
instruments were used: pressure algometer in order to measure the pain sensitivity at
predetermined points; goniometer, to verify the range of motion; digital hand
dynamometer, the same used to measure muscle strength; and Shoulder Pain and Disability
Index (SPADI), Brazilian version, an instrument used to assess the pain and disability of
shoulder dysfunction related to activities of daily living. The physiotherapeutic proposal
was to use the rehabilitation protocol of the American Society of Shoulder and Elbow
Therapists and evidence its effectiveness in a professional athlete. Fifteen weeks of
physical therapy treatment were performed, with four evaluations of the above instruments.
The results were positive and the objectives achieved, where we obtained a gain of
strength, range of motion and functional reestablishment of the athlete. Therefore, after
analyzing the values ​obtained, it is important to consider and respect the phases of the
physical therapy protocol.

KEYWORDS

Martial Art, Shoulder Pain, Tendon, Treatment.


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1. INTRODUÇÃO

O Jiu-Jitsu é uma arte marcial complexa originada no Japão e que se disseminou no


Brasil por volta do século 20, no ano de 1914, através dos japoneses Sada Miyako, Takeo
Yano, Kazuo Yoshida, e Mitsuyo Maeda. Entretanto, foi à família Gracie que aperfeiçoou
essa modalidade esportiva no país e foi criado o Brazilian Jiu-jítsu. (OVRETVEIT, 2018).
Esse estilo de luta propõe que o praticante desenvolva técnicas que essencialmente
envolva: alavancas, torções, golpes, estrangulamentos e fechaduras, garantindo um sistema
de pontos que enfatizam posicionamento superior e forçar a submissão de um oponente
(STEPHENSON; ROSSHEIM, 2018).

O esporte exige uma alta demanda do atleta durante treinamentos e competições. Em


um estudo realizado por Scoggin et al., foi evidenciado que as lesões ortopédicas foram as
mais comuns com 78,3%, seguidos de traumas costocondrais ou fraturas de costela com
15,2%, e lacerações com 6,5%. Das trinta e seis lesões ortopédicas, quatorze estavam
relacionadas com traumas de cotovelo e ombro envolvendo e comprometendo tendões e
ligamentos, correspondendo assim a 38,9% de todas as lesões analisadas (SCOGGIN et al,
2014).

As lesões envolvendo rupturas do tendão do bíceps ocorrem numa taxa de 1,2 por
100.000 pessoas ao ano, acometendo indivíduos do sexo masculino. Os mecanismos
traumáticos são os mais comumente relacionados a uma mudança de uma carga súbita e
excêntrica quando o antebraço está flexionado e supinado (STUCKEN; CICOTTI, 2014).

A depender do grau de lesão do tendão o diagnóstico inicial torna-se difícil, porém,


na maioria dos casos, existem indicativos de trauma durante a inspeção como a presença
do sinal do Popeye, limitação da elevação passiva e dor à palpação na região do sulco
intertubercular, os que resultam em limitação funcional. O tratamento pode ser realizado
através do tratamento cirúrgico, prioritariamente, e pela fisioterapia, a qual é baseada em
reduzir o grau de dor e fortalecer as estruturas acometidas e adjacentes da região do ombro.
Sendo assim, a pesquisa tem como objetivo de evidenciar a eficácia do protocolo de
reabilitação da Sociedade Americana de Terapeutas de Ombro e Cotovelo, em um paciente
atleta após reparo artroscópico da porção longa do tendão bicipital enfatizando a redução
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da dor, o ganho de força muscular, amplitude de movimento (ADM) e funcionalidade


(RIBEIRO et al, 2017).

2 METODOLOGIA

2.1 Delineamentos do Estudo

Estudo descritivo, relato de caso.

2.2 Paciente – Descrição do Caso

Paciente, sexo masculino, 41 anos, com diagnóstico clínico de reparo artroscópico


pós ruptura da cabeça longa do bíceps braquial, sem patologias sistêmicas, praticante de
Jiu-Jitsu há 21 anos, faixa preta em terceiro grau. Este relatou que durante um treino, após
um golpe aplicado pelo adversário, começou a sentir dores na região de bíceps braquial do
braço direito, porém continuou com seu treinamento normal durante cinco dias e fez uso de
anti-inflamatório e crioterapia. Ao final da semana, observou alterações no formato da sua
musculatura, dessa forma, o mesmo procurou ajuda especializada, onde através da
avaliação médica foi diagnosticado com “ruptura do tendão da porção longa do bíceps”.

O mesmo foi submetido à cirurgia de reparo no dia 02 de julho de 2019, e após o


procedimento, o membro passou por quatro semanas de imobilização com tipóia (postura
de flexão do cotovelo a 90º e rotação interna de ombro) e posteriormente foi liberado para
sessões de fisioterapia para auxiliar na recuperação. Apresentou-se a fisioterapia, duas
vezes por semana, onde foi avaliado nas datas: 23 de Julho, 29 de Agosto, 03 de Outubro e
31 de Outubro no ano de 2019, visando obter valores objetivos para mensurar força
muscular, limiar doloroso à pressão, amplitude de movimento e capacidade funcional.

O trabalho foi construído seguindo o checklist de relatos de caso com foco em


intervenção apresentando a aplicabilidade de um protocolo para intervir após reparo
artroscópico na porção longa do tendão bicipital.

2.3 Local da Pesquisa


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O estudo foi realizado na Clínica LIVE - Fisioterapia Ortopédica e Desportiva –


CNPJ: 24.994.959/0001-58, localizada na Rua Ver. João Alves da Silva, 100, bairro Luzia,
no município de Aracaju, Sergipe.

2.4 Instrumentos Utilizados na Pesquisa

Foi utilizado na pesquisa Dinamômetro Manual Digital, LAFAYETTE®, para


mensuração da força muscular, Algômetro, LAFAYETTE®, para identificar o limiar de dor
e pressão; Fleximetria com o auxílio do Goniômetro, Carci®, para avaliar amplitude de
movimento; e o questionário Shoulder Pain and Disability Index (SPADI), a fim de
identificar a funcionalidade para realizar a atividades de vida diária. Quanto a execução das
avaliações, os avaliadores da pesquisa foram devidamente treinados sobre o
posicionamento e os movimentos a serem realizados para não haver nenhum tipo de falhas
nos resultados, sendo assim o avaliador A realizou a dinamometria e algometria e o
avaliador B, a fleximetria e aplicação do SPADI.

2.4.1 Avaliação da Força Muscular (Dinamômetro Digital Manual)

A avaliação da força dos músculos trapézio médio (Figura 1A), trapézio inferior
(Figura 1B), extensores, flexores (Figuras 2A e 2B), adutores, abdutores (Figuras 3A e
3B), rotadores internos e externos do ombro (Figura 4A e 4B), serrátil anterior (Figura 5),
foi realizada através de um Dinamômetro Manual Digital LAFAYETTE®.

O teste da força destes músculos foi de acordo com a padronização sugerida por
Lippert (2000) e seguindo os posicionamentos de Kendall (2007). Nestes testes foram
realizadas quatro repetições, sendo que a primeira teve como objetivo apenas a
familiarização ao movimento, e as três seguintes, a aferição da força e obteve-se a média
entre os três valores coletados. Cada mensuração durou, em média, três segundos e o
participante foi orientado a executar uma contração máxima, ou seja, a máxima força do
segmento avaliado. Foram usados os seguintes comandos verbais para realização do teste:
“Prepara”, para posicionar o paciente, “Vai; Força; Força; Força; Relaxa”, para realizar o
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movimento, lembrando que o intervalo entre cada comando foi de um segundo. Após o
teste, o indivíduo tinha um período de repouso de um minuto antes da segunda
mensuração, até que se totalizassem quatro medições. O avaliador A adotou a mesma
postura para todas as avaliações, proporcionando, assim, uma total estabilidade ao
movimento. Os valores da força dos músculos foram expressos em Newton (N). Valores de
referência: valores normais: (< 10%); fraqueza leve: (entre 10 – 20%); fraqueza moderada:
(entre 20 - 30%); fraqueza severa: (>30%).

Figura 1A - Dinamometria para trapézio Figura 1B - Dinamometria trapézio inferior.


médio.
Fonte: Acervo próprio.

Figura 2A – Dinamometría para extensores Figura 2B – Dinamometría para flexores do


do ombro. ombro.
Fonte: Acervo próprio.
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Figura 3A – Dinamometria para adutores Figura 3B – Dinamometria para abdutores


do ombro. do ombro.
Fonte: Acervo próprio.

Figura 4A - Dinamometria para Rotadores Figura 4B – Dinamometria para Rotadores


Internos. Externos.
Fonte: Acervo próprio.

Figura 5A – Dinamometria para serrátil


anterior.
Fonte: Acervo próprio.
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2.4.2 Avaliação de Amplitude de Movimento

A avaliação de amplitude de movimento foi realizada através de um instrumento de


mensuração goniométrica, que é um medidor de ângulos denominado de Goniômetro
Carci®, com um transferidor de 0° a 360°, com marcação de 0 a 22 cm. O eixo anatômico
onde o aparelho é posicionado varia de acordo com o movimento, para flexão e extensão
(Figura 6A e 6B), adução horizontal e abdução (Figura 7A e 7B) são postos no acrômio e
para rotação interna e externa, o ponto de referência é o olécrano, o qual o braço fixo fica
perpendicular ao eixo, enquanto o braço móvel acompanha o membro, mensurando e
obtendo uma angulação ao final do arco de movimento.

Figura 6A - Fleximetria para flexão Figura 6B - Fleximetria extensão do ombro.


Fonte: Acervo próprio.

Figura 7A - Fleximetria para adução Figura 7B - Fleximetria abdução do


ombro.
horizontal.
Fonte: Acervo próprio.
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Figura 8A- Fleximetria para rotadores Figura 8B- Fleximetria para


externos. rotadores internos.
Fonte: Acervo próprio.

2.4.3 Avaliação do Limiar de Dor e Pressão

A avaliação do limiar de dor é realizada através de um Algômetro de Pressão


LAFAYETTE® em pontos anatômicos específicos do membro acometido, sendo estes
esternoclavicular, tendão da cabeça longa do bíceps, acrômio e tendão do supraespinhoso
(Figura 9), onde de acordo com Piovesan et al (2001), é uma técnica que regula o sistema
nociceptivo, através de nociceptores periféricos receptores de estímulos. Neste teste é
realizada uma pressão, para a aferição da sensibilidade dolorosa. No momento do teste é
informado ao paciente que irá ser exercida uma pressão nos pontos e no momento que o
paciente deixar de sentir a pressão e iniciar uma reação dolorosa ele deverá apertar um
dispositivo que vai notificar a percepção dolorosa no determinado ponto. Os valores foram
expressos em quilograma (Kg).
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Figura 9 - Algometria dos pontos anatômicos e sua execução.


Fonte: Acervo próprio.

2.4.4 Avaliação da Capacidade Funcional

A avaliação de qualidade de vida foi realizada pela aplicação do questionário


Shoulder Pain and Disability Index (SPADI), versão brasileira, que é um instrumento
validado e tem como objetivo avaliar a dor e a incapacidade das disfunções do ombro
relacionado a atividades de vida diária. O mesmo consiste em 13 itens distribuídos no
domínio da dor e de função, sendo cada item pontuado de 0 a 10, onde a pontuação final
obtida é convertida em percentagem (MARTINS et al, 2010). (Anexo 1)

Para a reabilitação a abordagem fisioterapêutica utilizada teve como base o protocolo


específico da Sociedade Americana de Terapeutas de Ombro e Cotovelo (GAUNT et al,
2010). (Anexo 2)

2.5 Aspectos Éticos

Todos os procedimentos da pesquisa foram realizados de acordo com as exigências


éticas de pesquisa envolvendo seres humanos (Res. CNS 466/12) do Conselho Nacional de
Saúde, respeitando as normas éticas e os direitos dos pacientes. O voluntário assinou o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido após ser informado de todos os
procedimentos de avaliação e intervenção fisioterapêutica durante o estudo.
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3 RESULTADOS
3.1 – 1ª AVALIAÇÃO (1ª SEMANA)

3.1.1 – ALGOMETRIA
TABELA I - Comparação da algometria entre os quatros pontos anatômicos.
RESULTADO DA
PONTO ANATÔMICO
ALGOMETRIA
Esternoclavicular 2.7 Kg
Tendão da Cabeça Longa do
0.0 Kg
Bíceps
Acrômio 9.9 Kg
Tendão do Supraespinhoso 14.5 Kg
Fonte: Dados da Pesquisa.
A algometria não possui valores de referência, quanto maior o valor expresso em kg, menor a dor.

Diante dessa primeira avaliação é possível perceber através dos valores obtidos que o
paciente apresenta uma intolerância a dor, principalmente, em região do tendão da cabeça
longa do bíceps, local de lesão, a qual correspondendo ao valor de 0 Kg na tabela.

3.1.2 – FLEXIMETRIA
TABELA II - Comparação entre os valores basais da Amplitude de Movimento do
membro operado em relação ao contralateral.
ESQUERDO
MOVIMENTO AVALIADO DIREITO VALOR (%)
(SADIO)
Flexão do Ombro 94º 180° 47%
Extensão do Ombro 5º 60° 91%
Adução do Ombro 20° 30° 33%
Abdução do Ombro 83º 180° 53%
Rot. Internos do Ombro 10º 60° 83%
Rot. Externos do Ombro 5º 90° 94%
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Fonte: Dados da Pesquisa.


Graus de normalidades: Flexão 180°; Extensão 60°; Abdução 180°; Adução 40°; Rotação externa 90°;
Rotação interna 60° (Magee, 2002).

Correlacionando com os valores de referência percebe-se que há diminuição na mobilidade


para todos os eixos e planos, sendo mais evidente para extensão, abdução e rotação interna
e externa do ombro.

3.1.3 QUESTIONÁRIO SPADI


TABELA III - Pontuação do SPADI

1ª AVALIAÇÃO
PONTUAÇÃO TOTAL: 46%
Fonte: Dados da Pesquisa.
A pontuação total do questionário pode variar de 0% a 100% sendo que quanto maior a pontuação, pior a
situação de dor e/ou função do paciente (MARTINS et al, 2010).

A tabela III mostra que em relação à dor e funcionalidade, o paciente mostra-se muito
limitado para a realização das atividades de vida diária.

3.2 - 2ª AVALIAÇÃO (6ª SEMANA)

3.2.1 – ALGOMETRIA
TABELA IV - Comparação da algometria entre os quatros pontos anatômicos.
RESULTADO DA
PONTO ANATÔMICO
ALGOMETRIA
Esternoclavicular 16.0 Kg
Tendão da Cabeça Longa
12.4 Kg
do Bíceps
14

Acrômio 11.8 Kg
Tendão do Supraespinhoso 15.1 Kg

Fonte: Dados da Pesquisa.


A algometria não possui valores de referência, quanto maior o valor expresso em kg, menor a dor.

Nessa tabela leva-se em consideração uma diminuição no limiar de dor, ou seja, os valores
expressos acima foram superiores aos da primeira avaliação, expressando assim melhora
no quadro doloroso, principalmente, na esternoclavicular e no tendão da cabeça longa do
bíceps.
 
3.2.2 – FLEXIMETRIA
TABELA V - Comparação da amplitude de movimento do membro operado em relação ao
contralateral 06 semanas após o início do programa reabilitacional.
ESQUERDO
MOVIMENTO AVALIADO DIREITO VALOR (%)
(SADIO)
Flexão do Ombro 172º 180° 4%
Extensão do Ombro 42º 60° 30%
Adução do Ombro 20º 30º 33%
Abdução do Ombro 180º 180° 0%
Rot. Internos do Ombro 40º 60° 33%
Rot. Externos do Ombro 60º 90° 33%
Fonte: Dados da Pesquisa.
Graus de normalidades: Flexão 180°; Extensão 60°; Abdução 180°; Adução 40°; Rotação externa 90°;
Rotação interna 60° (Magee, 2002).
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Deve-se levar em conta que após 06 semanas de reabilitação, a amplitude de movimento


teve um aumento gradual em todos os eixos e planos, principalmente, para os movimentos
de flexão e abdução do ombro.

3.2.3 – DINAMOMETRIA
TABELA VI - Comparação da força muscular do membro operado em relação ao
contralateral 06 semanas após o início do programa reabilitacional.
ESQUERDO
GRUPO MUSCULAR DIREITO VALOR (%)
(SADIO)
Trapézio médio 59.7 N 68.2 N 12%
Trapézio inferior 55.2 N 70.7 N 21%
Extensores do Ombro 149.4 N 194.7 N 23%
Flexores do Ombro 107.9 N 139.6 N 22 %
Adutores do Ombro 110 N 146 N 24%
Abdutores do Ombro 124.2 N 129.2 N 3%
Serrátil Anterior 161.1 N 179.2 N 10%
Rot. Internos do Ombro 0.0 N* 138 N 100%
Rot. Externos do Ombro 112.8 N 122.1 N 7%
Fonte: Dados da Pesquisa
Valores normais = (< 10%); Fraqueza Leve = (entre 10 – 20%); Fraqueza Moderada = (entre 20 - 30%);
Fraqueza Severa = (>30%).
*Paciente relatou dores ao realizar o movimento.

Com relação ao valor de força muscular acima, existe uma considerável diferença entre o
membro sadio e o operado, verificando assim uma fraqueza muscular moderada no
trapézio inferior, extensores, flexores e adutores do ombro. O teste para rotadores internos
não foi possível realizar devido à sintomatologia dolorosa relativa ao pós-cirúrgico.

3.2.4 - QUESTIONÁRIO SPADI


TABELA VII - Pontuação do SPADI.
2ª AVALIAÇÃO
PONTUAÇÃO TOTAL: 6%
Fonte: Dados da Pesquisa.
A pontuação total do questionário pode variar de 0% a 100% sendo que quanto maior a pontuação, pior a
situação de dor e/ou função do paciente (MARTINS J et al, 2010).
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Diante do resultado do questionário o paciente apresentou uma melhora muito significativa


em relação à funcionalidade da articulação do ombro diante da realização das suas
atividades de vida diária.

3.3 - 3ª AVALIAÇÃO (11ª SEMANA)

3.3.1 – ALGOMETRIA
TABELA VIII - Comparação da algometria entre os quatros pontos anatômicos.

RESULTADO DA
PONTO ANATÔMICO
ALGOMETRIA
Esternoclavicular 14.7 Kg
Tendão da Cabeça Longa do
7.9 Kg
Bíceps
Acrômio 5.5 Kg
Tendão do Supraespinhoso 17.7 Kg
Fonte: Dados da Pesquisa.
A algometria não possui valores de referência, quanto maior o valor expresso em kg, menor a dor.
Obs: Nesta avaliação, o paciente encontrava-se cansado devido a sua rotina de trabalho.

Observa-se que há uma diminuição dos valores quando comparados à avaliação anterior,
ou seja, o paciente apresentou uma redução no limiar de dor, principalmente, em região do
tendão da cabeça longa do bíceps e acrômio que pode ser em decorrente ao cansaço após
plantão no trabalho.

3.3.2 – FLEXIMETRIA
TABELA IX - Comparação da Amplitude de Movimento do membro operado em relação
ao contralateral 11 semanas após o início do programa reabilitacional.
ESQUERDO
MOVIMENTO AVALIADO DIREITO VALOR (%)
(SADIO)
Flexão do Ombro 180º 180° 0%
Extensão do Ombro 55º 60° 8%
Adução do Ombro 26º 30º 13%
Abdução do Ombro 180º 180° 0%
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Rot. Internos do Ombro 48º 60° 20%


Rot. Externos do Ombro 60º 90° 33%
Fonte: Dados da Pesquisa.
Graus de normalidades: Flexão 180°; Extensão 60°; Abdução 180°; Adução 40°; Rotação externa 90°;
Rotação interna 60° (Magee, 2002).

Na 11ª semana foi encontrada uma normalização da amplitude para flexão e abdução do
ombro, porém os demais movimentos ainda apresentam uma leve limitação de amplitude
quando comparados ao lado sadio, principalmente, os rotadores externos do ombro.
3.3.3 – DINAMOMETRIA
TABELA X - Comparação da força muscular do membro operado em relação ao
contralateral 11 semanas após o início do programa reabilitacional.
ESQUERDO
GRUPO MUSCULAR DIREITO VALOR (%)
(SADIO)
Trapézio médio 73.8 N 95.3 N 22%
Trapézio inferior 75.3 N 98.7 N 23%
Extensores do Ombro 218.8 N 177 N 23%
Flexores do Ombro 143.1 N 143 N 0%
Adutores do Ombro 128.7 N 153.7 N 16%
Abdutores do Ombro 122.7 N 151.4 N 18%
Serrátil Anterior 206.9 N 290.2 N 28%
Rot. Internos do Ombro 135.8 N* 182.8 N 25%
Rot. Externos do Ombro 155.4 N* 151 N 2%
Fonte: Dados da Pesquisa.
Valores normais = (< 10%); Fraqueza Leve = (entre 10 – 20%); Fraqueza Moderada = (entre 20 - 30%);
Fraqueza Severa = (>30%).
*Paciente relatou dores ao realizar o movimento.
Obs: Nesta avaliação, o paciente encontrava-se cansado devido a sua rotina de trabalho.

Na penúltima avaliação o paciente apresentou ganho de força, principalmente, para


flexores e rotadores externos de ombro sendo assim notável a efetividade do tratamento,
porém os músculos trapézio médio, trapézio inferior, serrátil anterior, extensores e
rotadores internos do ombro apresentaram uma fraqueza moderada. Durante o teste o
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paciente relatou dor durante a realização dos movimentos para rotação interna e externa do
ombro afetado, devido ao retorno a sua jornada de trabalho, mostrando sinais de fadiga.

3.3.4 - QUESTIONÁRIO SPADI


TABELA XI - Pontuação do SPADI.
3ª AVALIAÇÃO
PONTUAÇÃO TOTAL: 0%
Fonte: Dados da Pesquisa.
A pontuação total do questionário pode variar de 0% a 100% sendo que quanto maior a pontuação, pior a
situação de dor e/ou função do paciente (MARTINS et al, 2010).
Diante do resultado, o paciente não apresenta nenhuma limitação em relação à
funcionalidade da articulação do ombro durante a realização das suas atividades de vida
diária.

3.4. - 4ª AVALIAÇÃO (15ª SEMANA)


3.4.1 – ALGOMETRIA
TABELA XII - Comparação da algometria entre os quatros pontos anatômicos.

RESULTADO DA
PONTO ANATÔMICO
ALGOMETRIA
Esternoclavicular 9.7 Kg

Tendão da Cabeça Longa do 4.2 Kg


Bíceps
Acrômio 8.3 Kg

Tendão do Supraespinhoso 13.4 Kg

Fonte: Dados da Pesquisa.


A algometria não possui valores de referência, quanto maior o valor expresso em kg, menor a dor.

Nota-se um aumento no valor da região acromial, demonstrando um crescimento no limiar


de dor desta região, porém as demais apresentaram redução deste valor, ou seja, houve
redução no limiar dessas regiões, principalmente na articulação esternoclavicular.

3.4.2 – FLEXIMETRIA
TABELA XIII - Comparação da amplitude de movimento do membro operado em relação
ao contralateral 15 semanas após o início do programa reabilitacional.
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ESQUERDO
MOVIMENTO AVALIADO DIREITO VALOR (%)
(SADIO)
Flexão do Ombro 180º 180° 0%

Extensão do Ombro 60º 60° 0%

Adução do Ombro 30º 30º 0%

Abdução do Ombro 180º 180° 0%

Rot. Internos do Ombro 48º 60° 20%


72º
Rot. Externos do Ombro 70° 2%
Fonte: Dados da Pesquisa.
Graus de normalidades: Flexão 180°; Extensão 60°; Abdução 180°; Adução 40°; Rotação externa 90°;
Rotação interna 60° (Magee, 2002).

Após avaliação observou-se que houve uma equidade nos valores da amplitude de
movimento, estando deficitário apenas a rotação interna e externa do ombro, sendo esta
visível também no lado sadio.

3.4.3 – DINAMOMETRIA
TABELA XIV - Comparação da força muscular do membro operado em relação ao
contralateral 15 semanas após o início do programa reabilitacional.
ESQUERDO
GRUPO MUSCULAR DIREITO VALOR (%)
(SADIO)
Trapézio médio 87.7 N 85.6 N 2%

Trapézio inferior 93.8 N 100.7 N 6%

Extensores do Ombro 134.5 N 137.4 N 2%

Flexores do Ombro 128.1 N 132.9 N 3%

Adutores do Ombro 96.6 N* 170.2 N 43%

Abdutores do Ombro 108.5 N 117.7 N 7%

Serrátil Anterior 211.2 N* 282.6 N 25%

Rot. Internos do Ombro 134.7 N 154.5 N 12%

Rot. Externos do Ombro 165.3 N 138.8 N 19%


20

Fonte: Dados da Pesquisa


Valores normais = (< 10%); Fraqueza Leve = (entre 10 – 20%); Fraqueza Moderada = (entre 20 - 30%);
Fraqueza Severa = (>30%).
*Paciente relatou dores ao realizar o movimento.

Nesta avaliação, foi analisado melhora uma significativa na força muscular,


principalmente, em trapézio médio, trapézio inferior, extensores, flexores e abdutores do
ombro que estão dentro dos valores normais, porém houve piora nos músculos adutores do
ombro, onde segundo relato do paciente estava com medo de sentir dor ao realizar o
movimento, e no momento da aferição de serrátil anterior o mesmo relatou dor nos dedos,
devido ao posicionamento do dinamômetro.

3.4.4 - QUESTIONÁRIO SPADI


TABELA XV - Pontuação do SPADI.

4ª AVALIAÇÃO
PONTUAÇÃO TOTAL: 0%
Fonte: Dados da Pesquisa.
A pontuação total do questionário pode variar de 0% a 100% sendo que quanto maior a pontuação, pior a
situação de dor e/ou função do paciente (MARTINS et al, 2010).

Diante do resultado, o paciente não apresenta nenhuma limitação em relação à


funcionalidade da articulação do ombro durante a realização das suas atividades de vida
diária.

3.5 – COMPARAÇÃO

3.5.1 - ALGOMETRIA
TABELA X - Comparação da algometria entre a 1ª e a 4ª avaliação.

PONTO ANATÔMICO 1ª AVALIAÇÃO 4ª AVALIAÇÃO


Esternoclavicular 2.7 Kg 9.7 Kg
Tendão da Cabeça Longa
0 Kg 4.2 Kg
do Bíceps
Acrômio 9.9 Kg 8.3 Kg
Tendão do Supraespinhoso 14.5 Kg 13.4 Kg
21

Fonte: Dados da Pesquisa.


A algometria não possui valores de referência, quanto maior o valor expresso em kg, menor a dor.

Nesta tabela, diante dos valores houve uma melhora no limiar de dor na esternoclavicular e
no tendão da cabeça longa do bíceps, local este onde foi realizada a cirurgia de reparação,
porém os outros valores não demonstram grandes mudanças, pois no dia da avaliação o
paciente estava fadigado após plantão de trabalho.

3.5.2 – FLEXIMETRIA
TABELA XI - Comparação da fleximetria entre a 1ª e a 4ª avaliação.
MOVIMENTO
1ª AVALIAÇÃO 4ª AVALIAÇÃO
AVALIADO
Flexão do Ombro 47% 0%
Extensão do Ombro 91% 0%
Adução do Ombro 33% 0%
Abdução do Ombro 53% 0%
Rot. Internos do Ombro 83% 20%
Rot. Externos do Ombro 94% 2%
Fonte: Dados da Pesquisa.
Graus de normalidades: Flexão 180°; Extensão 60°; Abdução 180°; Adução 40°; Rotação externa 90°;
Rotação interna 60° (Magee, 2002).

Observou-se nesta tabela que o tratamento foi efetivo para ganho de amplitude de
movimento para todos os planos e eixos, tendo um déficit para rotação interna do ombro.

3.5.3 - DINAMOMETRIA
TABELA XII - Comparação da porcentagem de dinamometria entre a diferença dos
membros da 1ª e da 4ª avaliação.

GRUPO MUSCULAR 1ª AVALIAÇÃO 4ª AVALIAÇÃO


22

Trapézio médio 12% 2%


Trapézio inferior 21% 6%
Extensores do Ombro 23% 2%
Flexores do Ombro 22 % 3%
Adutores do Ombro 24% 43%*
Abdutores do Ombro 3% 7%
Serrátil Anterior 10% 25%*
Rot. Internos do Ombro 100% * 12%
Rot. Externos do Ombro 7% 19%
Fonte: Dados da Pesquisa
Valores normais = (< 10%); Fraqueza Leve = (entre 10 – 20%); Fraqueza Moderada = (entre 20 - 30%);
Fraqueza Severa = (>30%).
*Paciente relatou dores ao realizar o movimento.

Após as 15 semanas de intervenção levam-se em consideração que houve uma melhora


significativa para força muscular, principalmente, para trapézio inferior, extensores,
flexores e rotadores internos do ombro. Porém, nota-se uma piora no serrátil anterior e
adutores os quais o paciente relatou está com dor no momento da realização do movimento
durante a 4ª avaliação, devido ao posicionamento do dinamômetro e ao medo de sentir do
ao realizar o movimento.

3.5.4 - QUESTIONÁRIO DE SPADI


TABELA XIII - Comparação do Questionário de SPADI da 1ª e da 4ª avaliação.

1ª AVALIAÇÃO 4ª AVALIAÇÃO
PONTUAÇÃO TOTAL: 46% PONTUAÇÃO TOTAL: 0%
Fonte: Dados da Pesquisa.
A pontuação total do questionário pode variar de 0% a 100% sendo que quanto maior a pontuação, pior a
situação de dor e/ou função do paciente.

A tabela XIX mostra uma melhora total em relação à dor e funcionalidade da articulação
do ombro durante a realização das suas atividades de vida diária.

4. DISCUSSÃO
23

Neste relato de caso foi utilizado o Protocolo da Sociedade America de Terapeutas


do Ombro e Cotovelo, para a intervenção fisioterapêutica após reparo artroscópico da
porção longa do tendão bicipital, delimitando parâmetros para avaliação e mensuração de
força muscular, amplitude de movimento, limiar de dor e pressão e funcionalidade,
respeitando todas as fases do protocolo.

As frequentes oscilações de movimento do esporte, assim como o levantamento


excessivo de peso com o cotovelo a 90°, somadas ao estresse rápido, são as causas mais
comuns de rompimento dessa estrutura. A demasia de movimentação resultou
consequentemente em uma lesão no membro superior direito em região de bíceps porção
longa, durante a avaliação o paciente apresentou dor, onde segundo Klonz, Loitz,
Reilmann (2003), já ocorre uma exacerbação da mesma no ombro pré-existente da lesão
total, limitação para movimentação e presença de um processo cicatricial importante. Com
base nisso foi aplicado o questionário SPADI que segundo Breckenridge e Mcauley (2011)
tem como objetivo avaliar a funcionalidade e dor dos pacientes de forma fácil e prática.
Este questionário foi traduzido e adaptado culturalmente por Martins et al (2010).

De acordo com o estudo de Smith et al (2016), os protocolos podem variar em


relação ao tempo de imobilização e ao tipo de cirurgia de reparo do tendão distal, mais que
são baseados especificamente mobilização precoce, onde tal protocolo iniciou-se com
exercícios que recupere a amplitude de movimento (ADM) passivos e ativos do ombro,
cotovelo e punho, progredindo para um exercício resistidos de acordo com semana e fase
de tratamento, onde resultou em nenhuma falha no reparo da cirurgia, arco de amplitude de
movimento completo quando comparado ao membro sadio e funcionalidade completa dos
pacientes.

A fase inicial de tratamento bem como a finalização do processo foi guiado pelo
protocolo e o atleta passou por reavaliações periódicas para obtenção dos resultados e
verificação da sua evolução. A primeira avaliação por não ter valores de referência, na
algometria é expressa em Kg, assim levando em consideração valores mais próximos a
zero que há presença de processo inflamatório. Sendo assim, os menores valores foram de
2,7 Kg em região de esternoclavicular e 0 Kg em região do tendão bicipital. Para
24

amplitude movimento é tido como valores de referência a do membro sadio, onde ao


analisar é possível verificar uma redução excessiva em todos os planos, quando
comparados. O estudo de Miyazaki et al (2011) mostrou a correlação entre dor e
diminuição de amplitude de movimento em arremessadores de beisebol, o que condiz com
este estudo o qual o paciente apresenta déficit de amplitude e alto limiar de dor. Em relação
com o questionário SPADI, ao que se refere à funcionalidade, onde a pontuação do
questionário pode variar de 0% a 100%, sendo que quanto maior a pontuação maior o
agravamento do quadro (MARTINS et al, 2010), o qual teve o resultado de 46% (tabela
III), significando a redução de funcionalidade e presença de dor. A fase inicial de
tratamento foi da 0 a 6ª semana, que tinha como objetivo observar e ter controle sobre o
tecido cicatricial, ganhar de forma progressiva amplitude de movimento e ativação
neuromuscular. Sendo assim foi perceptível que as metas desse período foram alcançadas,
obtivemos uma melhora do quadro cicatricial, diminuição de dor, assim como amplitude de
movimento (GAUNT et al., 2010).

De acordo com Kjaer et al (2018), descreve que imobilização prolongada


pós-operatório diminui a força do tendão, aumenta o risco de uma nova chance de ruptura,
aderências e diminuição da amplitude de movimento, ressaltando assim a importância do
movimento passivo precoce no pós-operatório e a melhora do paciente. Ainda em outro
estudo, Vital et al (2014), após o procedimento cirúrgico e imobilização de seis a oito
semanas o paciente é apto a realizar o tratamento fisioterapêutico, o qual é baseado em
ganho de amplitude e exercícios resistidos de maneira gradual, resultando em um volta
normal e completa de suas atividades por volta dos seis a oito meses de tratamento.

A primeira fase do tratamento corrobora com Ryan et al (2009), que tem como
objetivo diminuir a dor e inchaço, dando início a exercícios para ganho de amplitude de
movimento tanto passiva quanto ativa para a seguir dar continuidade com fortalecimento
da musculatura periescapular e, principalmente, a educação do paciente quanto a
modificação de movimentos para proteger o reparo e assim favorecer a cicatrização
tecidual.

Na segunda avaliação, que se refere a sexta semana, de acordo com a algometria foi
verificada uma redução do dor em todas as regiões avaliadas, especialmente quando
25

comparadas aos resultados anteriores. Na fleximetria obtivemos uma maximização de


ganho de amplitude, onde em alguns planos houve melhora total, quando comparados ao
membro sadio. Em relação à primeira avaliação de dinamometria, foi possível verificar que
as maiorias dos valores estão entre 20% - 30%, o qual significa fraqueza moderada desses
grupos. O questionário SPADI apresentou o valor de 6%, o qual demonstra uma melhora
de funcionalidade e dor do paciente. Essa fase que corresponde da 6ª a 12ª semana, foi
composta por orientações de movimento em determinadas amplitudes e foram inseridos
exercícios isométricos e resistidos em carga submáxima. Como resultantes mantivemos a
integridade da cicatriz, na algometria foi percebível uma redução do quadro álgico nos
pontos examinados, na fleximetria um avanço positivo em ganho de amplitude para todos
os planos, com exceção do movimento de rotação interna, pela presença de dor ao realizar
o teste, e na primeira dinamometria os grupos musculares apresentaram fraqueza leve e
moderada. (GAUNT et al., 2010).

Um estudo de Raschhofer et al (2017) que utilizou um protocolo semelhante enfatiza


a importância do controle gradual de movimentos e exercícios uma melhor cicatrização
ideal dos tendões, bem como exercícios isométricos para ativação função das estruturas
articulares.

A variação e aplicação de exercícios resistidos com cargas devem ser respeitadas


para cada fase do protocolo, visto que de acordo com o estudo de Krushinski et al (2007), a
carga sobre o reparo pode possivelmente impactar a velocidade da reabilitação, a depender
do tipo de material utilizado para fixação do tendão.

A meta principal da terceira fase inicia-se quando os critérios reabilitacionais são


alcançados, os quais compunham em verificar se normalização da função neuromuscular
através de resistência, potência e dinâmica e exercícios de estabilidade, de forma gradativa
respeitando os limites e estresses das estruturas, visando também exercícios específicos
para o retorno ao esporte. Essa etapa acontece entre 12 e 24ª semana, segundo a avaliação,
a algometria apresentou uma minimização do quadro álgico, na fleximetria uma insigne
variação de ganho de amplitude movimentação quando comparados o membro sadio e a
avaliação anterior, na dinamometria demonstrou uma mescla de valores, resultando em
uma queda dos mesmos, onde durante o teste o paciente apresentou-se a musculatura
26

fadigada, devido à exaustiva jornada de trabalho, e por fim, o questionário SPADI


apresentou o valor de 0%, demonstrando total evolução diante de funcionalidade e dor em
atividades de vida diária. (GAUNT et al., 2010)

O objetivo final da reabilitação é proporcionar à máxima capacidade funcional ao


paciente, principalmente estabelecendo metas apropriadas para estilo de vida do mesmo. A
meta da fase final de reabilitação deve impor intervenções ao paciente. Na quarta
avaliação, o mesmo estava no início da terceira fase e foi constatado na algometria um
aumento do resultado no acrômio, ou seja, diminuição da dor. Na fleximetria, houve
melhora na amplitude de movimento para quase todos os movimentos exceto a rotação
interna e externa do ombro que apresentaram leve limitação de amplitude. A dinamometria
apresentou fraqueza moderada, devido à presença de dor ao realizar o movimento para
adutores do ombro e serrátil anterior, como medo da dor e do posicionamento pra o teste,
tendo as outras musculaturas variando entre valores normais e fraqueza leve. E o
questionário SPADI mostrou normalidade funcional e ausência de dor na realização das
atividades de vida diária. (GAUNT et al., 2010)

5. CONCLUSÃO
As lesões envolvendo rupturas distais do tendão do bíceps ocorrem devido a uma
mudança de uma carga súbita e excêntrica quando o antebraço está flexionado e supinado.
Por se tratar de um atleta, o procedimento cirúrgico foi imprescindível para fixação do
tendão com um parafuso de interferência, e posteriormente, a fisioterapia baseada em um
protocolo de reabilitação, tendo em vista os princípios da sobrecarga, variabilidade e
especificidade para retorno ao esporte. Diante desse contexto, concluímos que o protocolo
de avaliação e tratamento proposto para esse paciente mostrou-se satisfatório de acordo
com as variáveis avaliadas, dessa maneira o estudo resultou no reestabelecimento
funcional, ganho de força e amplitude de movimento do atleta.
27

REFERÊNCIAS

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Journal of physiotherapy, v. 57, n. 3, p. 197, 2011.

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28

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VIDAL A, DRAKOS M, ALLEN A. Biceps tendon and triceps tendon injuries. Clin
Sports Med, 2014.
29

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, ______________________________________________________________, abaixo


assinado, autorizo a Universidade Tiradentes, por intermédio das alunas, Larissa Costa
Correia e Renata Silveira São Mateus, devidamente assistido pelo seu orientador Flávio
Martins do Nascimento Filho, a desenvolver a pesquisa abaixo descrita:

1 - Intervenção Fisioterapêutica em atleta profissional de jiu-jitsu após reparo


astroscópico da Porção Longa do Tendão Bicipital: Relato de Caso, com o objetivo de
verificar a efetividade do protocolo de reabilitação da Sociedade Americana de Terapeutas
de Ombro e Cotovelo (Gaunt B et al, 2010) em um paciente que realizou reparo
artroscópico do tendão bicipital porção longa, focando na melhora da dor, força muscular,
amplitude de movimento e funcionalidade.
2-Desconfortos e riscos esperados: A pesquisa não oferece nenhum risco ao participante.
Fui devidamente informado dos riscos acima descritos e de qualquer risco não descrito,
não previsível, porém que possa ocorrer em decorrência da pesquisa será de inteira
responsabilidade dos pesquisadores.
3-Benefícios esperados: Restaurar a função do ombro em um atleta profissional que
realizou procedimento cirúrgico.
4-Informações: O participante tem a garantia que receberá respostas a qualquer pergunta e
esclarecimento de qualquer dúvida quanto aos assuntos relacionados à pesquisa. Também
os pesquisadores supracitados assumem o compromisso de proporcionar informações
atualizadas obtidas durante a realização do estudo.
5-Retirada do consentimento: O voluntário tem a liberdade de retirar seu consentimento a
qualquer momento e deixar de participar do estudo, não acarretando nenhum dano ao
voluntário.
6-Aspecto Legal: Elaborado de acordo com as diretrizes e normas regulamentadas de
pesquisa envolvendo seres humanos atende à Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996,
do Conselho Nacional de Saúde do Ministério de Saúde - Brasília – DF.
7-Confiabilidade: O voluntário terá direito à privacidade. A identidade (nomes e
sobrenomes) do participante não será divulgada. Porém o voluntário assinará o termo de
consentimento para que os resultados obtidos possam ser apresentados em congressos e
publicações.
8-Quanto à indenização: Não há danos previsíveis decorrentes da pesquisa, mesmo assim
fica prevista indenização, caso se faça necessário.

Aracaju, _____de _____de 2019

_____________________________________________________

ASSINATURA DO VOLUNTÁRIO
30

ANEXO 1
31

ANEXO 2
PROTOCOLO DA SOCIEDADE AMERICANA DE OMBRO E COTOVELO
TERAPEUTAS CONSENSO DE REABILITAÇÃO. ORIENTAÇÃO PARA
ARTROSCÓPICA ANTERIOR CAPSULOLABRAL REPARAÇÃO DO OMBRO.

Fase 1: 0 a 6 semanas

Metas
• No máximo proteger o reparo cirúrgico (cápsula, ligamentos, labrum, suturas)
• Atingir metas encenado ADM. Não exceda significativamente:
- ELEVAÇÃO PASSIVA (PFE): PÓS OPERATÓRIO (PO) 3, 90 °; PO 6, 135 °
- ROTAÇÃO EXTERNA PASSIVA (PER) a 20 ° abd: PO 3, 10 ° -30 °; PO 6, 35 ° -50 °
- PER a 90 ° abd: PO 3, contra-indicado; PO 6, 45 °
- ELEVAÇÃO ATIVA NO PLANO ESCAPULAR (AFE): PO 3, NA; PO 6, 115 °
• Educação do paciente no pós-operatório restrições; Minimizar a dor no ombro e na
resposta inflamatória; Certifique-se da função escapular adequada.

Intervenções para a prevenção

• Não permitir ou realizar ADM / alongamento significativamente além encenado objetivos


ADM, especialmente rotação externa tanto pelo lado e no sequestro
• Não permita que o paciente a usar o braço para trabalho pesado ou qualquer uso do braço
que requer ADM maior do que o encenado objetivos ROM

Intervenções específicas

Atividades de importância primordial:

• A educação do paciente em relação limitar o uso do braço apesar da falta de dor ou outros
sintomas; Proteção de reparação; Atingir metas encenado ADM através ADM suave
atividades; Minimizar a inflamação

Atividades complementares:

• Normalizar posição escapular, mobilidade e dinâmica estabilidade; ROM das articulações


não envolvidas; Comece a restauração da força do ombro através de exercicios
isométricos.

Imobilização:
• Via estilingue padrão; imobilização absoluta (sem ADM glenohumeral exercícios e uso
de sling constante) por tempo variável de 0 até 4 semanas, com base em fatores e
específicos para cada paciente cirurgião recomendação; imobilização Relativa (de
estilingue por exercícios ADM, sentado com o braço apoiado e em pé para breve
32

períodos), com início logo após o período de imobilização absoluta e continuar durante o
restante da fase 1, seguido de estilingue utilização para o conforto

A educação do paciente:
• Explique a natureza da cirurgia; Discutir precauções específicas para a natureza da
cirurgia reparação; Importância de não excedendo significativamente encenado; objetivos
ADM
- Importância da cicatrização do tecido
- O uso adequado sling (estilingue assegurar fornece suporte para cima a articulação
glenoumeral)
- Limitar o uso do braço para ADLs

ROM:
• Após o período de imobilização absoluta começar:
-Exercícios de pêndulo (não ponderada)
- Elevação passiva / ativa assistida para a frente para alcançar encenado objetivos ADM
listados anteriormente. ADM não deve ser enérgica
- Rotação passiva / ativa assistida externo com o ombro em abdução leve para alcançar
encenado ADM objetivos listados anteriormente. ROM não deve ser forte
- Exercícios de relógio Escapulário ou alternadamente elevação, depressão, protração,
retração. progresso para fortalecimento escapulário.
• ADM ativa das articulações não envolvidas

Diversos:
• Isométricos submáximos do manguito rotador como toleradas
• Conscientização postural / educação
O manejo da dor:
• A restrição das atividades
• montagem adequada de estilingue para apoiar o braço

Critérios para avançar para a Fase 2


• Cura apropriada do reparo cirúrgico, aderindo as precauções e orientações de
imobilização.
• Objetivos ADM Encenado alcançado, mas não significativamente excedido
• Mínima ou nenhuma dor (NPRS, 0-2 / 10) com ADM

Fase 2: 6 a 12 semanas
Metas
• Atingir metas encenado ADM para normalizar ADM passiva e ADM ativa. Não exceda
significativamente:
- PFE: PO 9, 155 °; PO 12, WNL
- PER a 20 ° abd: PO 9, 50 ° -65 °; PO 12, WNL
- PER a 90 ° abd: PO 9, 75 °; PO 12, WNL
- AFE: PO 9, 145 °; PO 12, WNL
• Minimizar a dor no ombro
• Comece a aumentar a força ea resistência
• atividades funcionais Aumentar
33

Intervenções para a prevenção


• Não realize alongamento significativamente além encenado
objetivos ADM
• Não execute qualquer trecho de faixa de ganho final externo rotação ou rotação externa
em 90 º de abdução, a menos aperto significativo está presente
• Não permita que o paciente a usar o braço para trabalho pesado ou quaisquer atividades
que exigem ADM além do palco
objetivos ADM
• Não execute exercícios de fortalecimento que lugar uma grande carga sobre o ombro na
posição horizontal rapto ou a posição combinada de rapto com rotação externa (por
exemplo, ausência de flexões, supino, peitoral flys)
• Não execute rapto plano escapular com interno rotação (lata vazia) em qualquer fase de
reabilitação devido com a probabilidade de impacto

Intervenções específicas
Atividades de primordial importância
• educação do paciente Continua ADM assistida • passivo / ativo conforme a necessidade
de alcançar, mas não ultrapassam significativamente encenado objetivos ADM
• Estabelecer manguito rotador básico e neuromuscular escapular controle dentro da ADM
permitido
Atividades complementares:
• Introdução de padrões funcionais de movimento
• Exercícios de resistência progressivos
A educação do paciente:
• Conselho sobre o uso da extremidade superior para apropriado ADLs na ADM livre de
dor (a partir da cintura-nível atividades e progredindo a ombro-nível e, finalmente,
para atividades aéreas ao longo do tempo)
• Continuar a educação sobre prevenção de levantamento de peso ou rápidas, movimentos
repentinos

• Educação para evitar posições que lugar de estresse no cápsula inferior anterior durante
ADLs

ADM:
• ADM assistida passivo / ativo conforme necessário para atingir encenado objetivos ADM
em todos os planos. Muitas vezes apenas a luz alongamento ou estiramento não é
necessária
• Se ASM é significativamente menor do que encenado objetivos ADM, mobilização
articular suaves pode ser realizada. No entanto, que deve ser feito somente nas direções
limitadas e apenas até encenado objetivos ADM são alcançados
• Escapulotorácico Endereço e limitações de mobilidade do tronco.
Certifique-ADM coluna cervical normal e torácica extensão para facilitar a plena ADM
extremidade superior
Neuromuscular re-educação:
• Endereço anormal alinhamento escapular e mobilidade
PRN
- Reforçar retratores escapular e rotores para cima
34

- Aumento peitoral menor flexibilidade se limitam


- Biofeedback por auditivo, visual, ou dicas táteis
- Exercícios de peso-rolamento com um distal fixa segmento. Exemplos: posição
quadrúpede, enquanto trabalhando para manter a posição adequada da escápula,
quadrúpede com escápula protraction, progredindo quadrúpedes de tripé para a posição,
nenhum impulso-ups

• Déficits estabilidade do núcleo Endereço PRN


• Atividades para melhorar o controle neuromuscular do manguito rotador e cintura
escapular, tais como o uso de instável superfícies, Bodyblade, exercícios de resistência
manual

Força / resistência:
• Omoplata e fortalecimento do núcleo
• Equilibrado fortalecimento do manguito rotador para manter a cabeça do úmero centrada
na fossa glenóide durante atividades progressivamente mais desafiadoras
- Deve ser realizada inicialmente em uma posição de conforto com baixo estresse para a
articulação glenoumeral, tais como menos de 45 ° a elevação no plano da escápula (por
exemplo, faixa elástica ou rotação externa haltere,rotação interna, flexão para frente)
- Os exercícios devem ser progressivo em termos de ombro elevação (por exemplo,
começar com exercícios realizados em nível da cintura progredindo para o nível do ombro
e, finalmente, atividades aéreas)
- Os exercícios devem ser progressivo em termos de músculo demanda. Sugere-se usar
atividades que têm níveis de atividade muscular documentados com EMG4
- Atividades de elevação pode progredir de assistiva exercícios (por exemplo, corda e
polia, parede caminhadas) para ativos, para exercícios resistivos ereto, então, finalmente, a
tendência exercícios de Elevação activa quase completa no plano da escápula deve ser
alcançado antes de avançar para elevação em outros planos
- Os exercícios devem ser progressivo em termos de adição tensão à cápsula anterior,
trabalhando gradualmente para uma posição de rotação externa elevada em plano coronal,
o "90-90" posição PRN.

As actividades de recuperação deve ser livre de dor e executou sem substituições ou


movimento alterado padrões
- A reabilitação pode incluir tanto peso-rolamento e atividades não-rolamento de peso
- A reabilitação pode incluir tanto isolado e padrões de movimentos complexos
- Dependendo dos objetivos do exercício (controle versus fortalecimento), reabilitação
atividades podem também ser progressiva em termos de velocidade, uma vez que o
paciente demonstra proficiência a velocidades mais lentas
- O manguito rotador e fortalecimento estabilizador escápula programa deve enfatizar
muitas repetições (tipicamente 30-50 reps) e resistência relativamente baixa (tipicamente
1-2 kg)
- No levantamento de peso ou exercícios pliométricos devem ser realizados
durante esta etapa - Elbow flexão / extensão do reforço com o cotovelo por
o lado pode iniciar nesta fase O manejo da dor:
• Garantir o uso adequado de braço durante ADLs
• Certifique-se de nível adequado de intervenções terapêuticas
• agentes ELETROFÍSICOS conforme necessário
35

Critérios para avançar para a Fase 3


• ADM ativa alcançado com o mínimo de dor (ENRP, 0-2 / 10) e sem padrões de
substituição
• Postura escapular adequada em repouso e dinâmica controle escapular durante ADM e
fortalecer exercícios
• Reforçar as atividades concluídas com o mínimo de dor (0-2 ENRP / 10)

Fase 3: 12 a 24 Semanas
Metas
• Normalizar força, resistência, controle neuromuscular, e poder
• Gradual e planejado acúmulo de estresse para anterior tecidos capsulolabral
• retorno gradual à ADLs completos, trabalho e lazer atividades

Intervenções para a prevenção


• Não aumente o stress no ombro em um curto período ou de uma forma descontrolada
• Não realizar exercícios de reabilitação avançadas (tais como pliometria ou exercícios que
requer gama ADM final) Se o paciente não realizar essas atividades durante ADLs,
trabalho ou lazer
• Não progredir no treinamento específico da actividade até paciente tem ROM quase
completa e força
• Não realizar atividades de levantamento de peso que colocam excessivo estresse na
cápsula anterior. Por exemplo, dorsais pull-downs, e press militar realizada
com as mãos atrás de a cabeça salientar a anterior cápsula com nenhum beneficio
adicional em termos de músculo actividade. Da mesma forma, as atividades que
incentivam final extensão do ombro intervalo, como mergulhos, deve também
ser evitada

Intervenções específicas
Atividades de primordial importância:
• fortalecimento e resistência exercícios progressivos
• exercícios de controle neuromuscular Progressistas
• específicos da actividade, de progressão: esporte, trabalho, passatempos
Atividades complementares:
• Normalizar núcleo e escapular estabilidade
A educação do paciente:
• Assessoria na importância de aumentar gradualmente a tensão o ombro ao retornar às
suas atividades normais, trabalho e actividades recreativas, incluindo trabalho pesado,
repetitivo atividades e esportes aéreos

ADM:
• Passive ADM, alongamento e mobilizações articulares como necessária para enfrentar
eventuais déficits remanescentes
Neuromuscular re-educação:
• Morada eventuais déficits remanescentes do manguito rotador, musculatura escápula, ou
da musculatura do tronco
Força / resistência / potência:
• Continuar programa de fortalecimento do ombro como iniciado na fase 2, com o aumento
da ênfase em alta velocidade atividades multiplanares que incorporam o todo cadeia
cinética
36

• Aos poucos progredir atividades de reabilitação para replicar exigindo ADL / atividades
de trabalho
• Retorno progressivo para programa de levantamento de peso enfatizando os maiores,
motor primário músculos das extremidades superiores (deltóide, grande dorsal, peitoral
maior)
- Comece com repetições relativamente leves e de alta (conjuntos de 15-25 repetições) e,
gradualmente, diminuir repetições e aumento de peso após vários meses

Sugestões de exercícios para membros superiores primeira fase 3


• rosca bíceps, ombro aduzido (adicionado no fase 2)
• tríceps press-downs ou kick-backs, ombro aduzido (adicionado na fase 2)
• encolhe os ombros
• Linhas (escapular retração), ombro aduzido
• barra Latissimus menus pendentes, com as mãos na frente da cabeça
• Dumbbell imprensa do ombro em cima com mãos iniciais na frente dos ombros (não em
o / posição rodado externamente sequestrado)
• Push-ups, enquanto os cotovelos não Flex 90 º passado

Sugestões de exercícios dos membros superiores para ser adicionado em


fase intermédia 3
• atividades urgentes isotônicas (por exemplo, plano ou inclinado prensas, utilizando
máquinas, halteres ou halteres)
• Dumbbell ombro sobe para 90 º
• Linhas (escapular retração), ombros elevados
• Máquina ou barra de ombro prensas que não fazer
exigem gama fim abdução / rotação externa
Sugestões de exercícios dos membros superiores para ser adicionado em
fase tardia 3

Prensas de sobrecarga com ombros em abdução com rotação externa (imprensa militar)
• peitoral maior flys
• levantamento terra
• limpa de energia
- Exercícios de membro superior que não são aconselháveis ​para nesta população de
doentes
• Dips
• Latissimus pull-downs ou press militar com o bar atrás da cabeça
Programa de pliometria (se necessário):
• Critérios para iniciar programa de pliometria

Metas de retorno ao atletismo gerais ou outras atividades de trabalho ou de lazer que


exigem grande quantidades de energia extremidade superior
- Resistência adequada (4 + / 5) de toda cintura escapular musculatura
- Dor livre com AVD básicas e fortalecimento atual programa
- Pelo menos 3 semanas de tolerância à alta velocidade multiplanar actividades que
progressivamente imitam funcional demandas
• Parâmetros
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- Devido à natureza explosiva de este tipo de exercício, ênfase dos exercícios pliométricos
devem ser em qualidade e não quantidade
- Realizar algumas vezes por semana e utilizar moderada repetições (por exemplo, 3-5
séries de 15-20 repetições)
- Comece com as bolas não ponderadas e progresso para levemente bolas ponderadas
(plyoballs) Programas de esporte intervalo para atividades como arremesso, natação, golfe
e, uma vez aprovado pelo médico (normalmente POW 16 ou mais

Marcos a voltar ao trabalho, passatempos, esporte


• Apuramento de médico
• Não há queixas de dor em repouso e mínima ou nenhuma dor (NPRS 0-2 / 10) com
atividades
• No mínimo ou sensação de instabilidade, com atividades
• Restauração da ADM suficientes para realizar as atividades desejadas
• Força e resistência adequada do manguito rotador e músculos da cintura escapular para
realizar atividades com o mínimo de sem dor (0-2 ENRP / 10) ou dificuldade
• Se o paciente luta com confiança ou ombro estabilidade, uma cinta de estabilização
podem ser considerados para voltar à atividade, mas é mais comumente utilizado apenas
para esportes de colisão.

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