Você está na página 1de 33

Reprodução sexuada - breve história da

ciência

 Ideias de Hipócrates…
o Teoria da Pangénese: as características
herdadas provinham de gémulas de
todas as células do organismo
o “A semente vem de todas as partes do
corpo, as saudáveis das partes
saudáveis, as doentes das partes
doentes”
o “Pais com pouco cabelo têm, em geral,
filhos com pouco cabelo, pais com
olhos cinzentos têm filhos com olhos
cinzentos, pais estrábicos têm filhos
estrábicos.” Hipócrates
(460-377 a.C.)
Reprodução sexuada - breve história da
ciência

 Ideias de Aristóteles…
o Não aceitava a teoria da Pangénese
o Escreveu o livro “De generatione
animalium”, onde defendeu 4 tipos de
reprodução:
- Abiogénese
- Brotamento
- reprodução sexuada sem cópula
Platão Aristóteles
- reprodução sexuada com cópula
(428-348 a.C.) (384-322 a.C.)
Reprodução sexuada - breve história da
ciência

 Ideias de Aristóteles…

“De generatione animalium“


Reprodução sexuada - breve história da
ciência
 Observações ao M.O.
o Leeuwenhoek observou
Anton van Leeuwenhoek
espermatozoides ao
microscópio (1632 – 1723)

o Em 1722, na “Philosophical
Transactions”, coletânea
dos seus artigos
publicados pela Royal
Society de Londres,
encontram-se figuras de
espermatozoides de várias
espécies animais,
desenhados com alguma
imaginação…
Reprodução sexuada - breve história da
ciência

 Teoria celular
o Em 1838 e 1839, Schleiden
e Schwann publicam
trabalhos em que
defendem que todos os
seres vivos são
constituídos por células e
resultam de outras pré- (1804 – 1881) (1810 – 1882)
existentes
Reprodução sexuada - breve história da
ciência

 Contributos de Mendel
o Publicou em 1856 os seus trabalhos
denominados "Ensaios com Plantas
Híbridas“, onde apresenta pela 1ª vez as
suas leis, que explicavam a transmissão
das características transmitidas de pais
para filhos, atualmente designadas por
Leis de Mendel
o Ninguém lhes deu importância e só em
1900, através dos trabalhos de três
botânicos: K. Correns (Alemanha), E. Gregor Mendel
Tschermak (Áustria) e H. de Vries (1822-1884)
(Holanda) se “redescobrem” as Leis de
Mendel
Reprodução sexuada - breve história da
ciência

 Teoria cromossómica da hereditariedade


o Com a “redescoberta das Leis de Mendel”, em
1902, Sutton propõe que os carateres
hereditários a que Mendel se referia se
encontravam localizados nos cromossomas
o Tal como Mendel, defendeu que a
transmissão destes caracteres hereditários
aos descendentes ocorria aquando da
reprodução sexuada Walter Sutton
(1877-1916)
Reprodução sexuada – Conceito de
genótipo e fenótipo
 Fenótipo
o Características (morfológicas,
fisiológicas, bioquímica ou
comportamentais) apresentadas por
um indivíduo
o Pode sofrer alterações com o tempo
ou interação com o meio
 Genótipo
o Constituição genética do indivíduo
que determina uma característica
o Pode ser inferido através da
observação do fenótipo, ou pela
análise da sequenciação de
nucleótidos (testes bioquímicos)
Reprodução sexuada – Conceito de ploidia

 Ploidia
o Número de conjuntos de cromossomas de
uma célula
 Seres haplontes
o Resultam da expressão dos genes de 1
célula (unicelulares), ou de células
(multicelulares) que têm apenas um conjunto
de cromossomas (n)
 Seres Diplontes
o A maioria das espécies têm dois conjuntos
de cromossomas, um de cada gâmeta dos
progenitores (2n)
 Poliploidia
o Ocorre quando as células têm mais do que
2n cromossomas
Reprodução sexuada

 Obrigatoriedade de ocorrer a
fecundação (conjugação de
gâmetas)
o De que forma, sem aumentar o
número de cromossomas dos
descendentes?

 Implica que os descendentes


apresentem diferenças
relativamente aos seus
progenitores
o Qual a origem dessas diferenças?
Reprodução sexuada

 Implica dois processos


que alternam: Meiose e
Fecundação
o As células somáticas de
um organismo podem ser
diploides (2n), ou
haploides (n)
o A Meiose origina células
haploides associadas à
reprodução (gâmetas ou
esporos)
o Há sempre formação de
gâmetas que sofrem
fecundação originando
uma célula diploide (ovo
ou zigoto)
Meiose - vídeo

 Implica duas divisões


sucessivas
o Meiose I – Reducional

Há uma 1ª divisão com


uma redução do nº de
cromossomas e formam-se
2 células haploides
o Meiose II – Equacional
Cada célula sofre uma 2ª
divisão (mitótica) e formam-
se 4 células haploides
Meiose I

 Principais características:
o É a divisão mais longa do
processo meiótico
o Ocorre o processo de crossing-
over (Prófase I)
o Permite a redução do número de
cromossomas de 2n para n
(Anáfase I)
o Origina duas células com n
cromossomas, cada uma com
cromossomas possuindo dois
cromatídeos
Meiose I - Prófase I

 Esta fase está dividida em 5 etapas:

o Leptoteno oZigoteno oPaquiteno oDiploteno oDiacinese


Prófase I - Leptoteno

 Marca o início da Prófase


I e caracteriza-se por:
o Os cromossomas são
finos filamentos, com
regiões mais
condensadas chamadas
cromómeros
o Nas células animais, os
centríolos iniciam a sua
divisão e formação do
fuso acromático
Prófase I - Zigoteno

 Formam-se as sinapses:
o Os cromossomas
homólogos emparelham
gene a gene
o Forma-se tétradas
cromatídicas, ou bivalentes
(4 cromatídeos por par de
cromossoma)
o Nota: caso haja diferença
entre os cromossomas
homólogos, não se formam
sinapses e interrompe-se a
meiose
Prófase I - Paquiteno

 Há maior condensação
das tétradas ou
bivalentes:
o Os cromatídeos irmãos
das tétradas começam a
afastar-se e sobre
cruzam-se com os seus
homólogos
Prófase I - Diploteno

 Formam-se os pontos de quiasma,


ou quiasmata
o Os cromatídeos de cada par de
tétradas, depois de cruzados unem-
se, formando pontos de quiasma
(ou quiasmata);
 Ocorre o crossing-over
Prófase I - Diacinese

 Os cromossomas homólogos de
cada par afastam-se
ligeiramente, mas os
cromossomas homólogos
permanecem unidos através de
quiasmas que se localizam nas
extremidades
O que é o crossing-over?

o Quebra e troca de porções entre cromatídeos homólogos (não


irmãos) a nível dos pontos quiasma, ocorrendo recombinação de
genes (recombinação génica)
Qual a importância do crossing-over?

o Permite a recombinação de genes, contribuindo para aumentar a


variabilidade genéticas
o Constitui uma das principais causas da biodiversidade que promove
a sobrevivência e a evolução das espécies
Metáfase I

 Os cromossomas homólogos
colocam-se na placa
equatorial do fuso
acromático
o Tal como na mitose, os
cromossomas dispõem-se na
placa equatorial, fixados
através dos respetivos
centrómeros
o Cada cromossoma homólogo
fica orientado para um polo
oposto
Anáfase I

 Segregação dos cromossomas


homólogos
o É o processo que permite
definir a Meiose I como divisão
reducional, passando o núcleo
de 2n (diploide) a n (haploide)
o Consoante a orientação dos
cromossomas homólogos
(maternos e paternos), podem
resultar 2n combinações, em
que 2 é o número de alelos de
cada gene (paterno e materno)
e n o número de pares de
cromossomas
Telófase I

 Inicia-se com a chegada


dos cromossomas
homólogos aos polos
celulares
o Há uma rápida
reorganização dos núcleos,
mas sem desespiralização
dos cromossomas.
o Normalmente ocorre a
citocinese
Meiose II

 Entre a Meiose I e a
Meiose II ocorre uma
breve intercinese
 A Meiose II consiste
numa mitose muito
rápida que ocorre em
cada um dos novos
núcleos formados
o No final formam-se 4
células haploides (tétrada
celular)
Prófase II

 Ocorre simultaneamente em
cada uma das células
haploides resultantes da
primeira divisão
o Forma–se de novo o fuso
acromático
o Aumenta a espiralização dos
cromossomas que se fixam ao
fuso acromático
o Desaparece o invólucro
nuclear
Metáfase II

 Ocorre simultaneamente em
cada uma das células
haploides resultantes da
primeira divisão
o Os cromossomas presos ao
fuso através do centrómero,
colocam-se no plano
equatorial
o Forma-se a chamada placa
equatorial simples.
Anáfase II

 Os cromatídeos irmãos migram


para os polos
o Quebram-se os centrómeros,
separando-se os dois
cromatídeos que passam a
formar dois cromossomas
independentes
Telófase II

 Quando os cromossomas
irmãos chegam aos polos
há uma nova citocinese e
ocorre a reorganização dos
núcleos
o Dá-se a desespiralização dos
cromossomas que se vão
tornando cada vez menos
visíveis, até formarem a
cromatina
Tétrada celular

 No final forma-se uma tétrada celular,


constituída por 4 células com núcleos
possuindo n cromossomas (haploides)
o Originam gâmetas (meiose pré-
gamética), normalmente em animais
o Nas plantas, normalmente há formação
de esporos (meiose pré-espórica)
o A ocorrência de crossing-over e a
segregação dos cromossomas
homólogos permite que se formem
sempre células com informação
genética ligeiramente diferente
(recombinação génica)
Como varia a quantidade de ADN ao
longo num ciclo celular?

 No ciclo celular de uma


célula com meiose
o O ADN varia com a
constituição dos
cromossomas (1 ou 2
cromatídeos) e com o nº de
cromossomas
o Em G1 existe uma célula
diploide com uma quantidade
normal de ADN (2Q)
o No final, cada célula haploide
possui metade do ADN inicial
(Q)
Reprodução sexuada
Comparação entre divisões
celulares com Mitose e Meiose

Você também pode gostar