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9º D|Educação Visual

Aulas 75 e 76 Data: 22/04/2020 90 minutos


Sumários: Aula e videoconferência – apresentação da nova proposta de trabalho, entrega de ficha sobre o
mesma.
Início da nova proposta de trabalho – concretização de maquete de arquitectura – leitura do texto relativo
ao papel da engenharia no rumo da arquitectura dos séculos XIX e XX. Selecção da escala da maquete
individual, primeiros estudos/esboços.

Aula 77 Data: 24/04/2020 45 minutos


Sumários: Concretização de maquete de arquitectura - continuação da primeira fase de estudos/esboços.

Lê com atenção o seguinte texto:

A arte na passagem para o séc. XX

A arquitectura dos engenheiros

A arquitectura europeia, na segunda metade do séc. XIX, evoluiu


segundo os padrões românticos. Defendia-se, no ensino, que a
arquitectura artística devia ocupar-se de questões formais e
estéticas da edificação. Os avanços tecnológicos e os novos
Neogótico Basílica de Sainte-Clothilde,

materiais, pouco interessavam aos arquitectos que continuavam a


insistir nos revivalismos como por exemplo: o neogótico e o
neoclássico. Os arquitetos faziam somente a reutilização dos estilos
formais de outras épocas e não inovavam. Esta visão de academia
Paris. 1846-1857 Fig. 1

prevaleceu durante muito tempo impedindo-os de se actualizarem:


não havia aceitação desses novos materiais e sistemas construtivos
e por isso não conseguiram que a arquitectura desse um passo em
frente e se revolucionasse.
Por outro lado, com outra abordagem diferente à arquitectura, os
engenheiros, mais preocupados com a funcionalidade, colocam em
segundo plano as questões estéticas. Com o crescimento
demográfico muito acentuado nas cidades, foi preciso alojar
milhares de pessoas, o que deu origem à construção em altura e, subsequentemente, a problemas do foro
construtivo que precisavam de ser resolvidos. Foi preciso, portanto, remodelar os sistemas construtivos
vigentes.
Os engenheiros, face a este problema, usaram criativamente as suas potencialidades científicas, que lhes
permitiam ir muito mais longe do que os arquitectos. Aplicaram, deste modo, os saberes científicos no ramo
da física, novos equipamentos e meios construtivos e novos materiais. Esta visão mais pragmática, mais
funcionalista e racional acabou por ser um dos fundamentos da arquitetura moderna.
Entre os novos materiais, o ferro ganhou um papel muito importante devido à sua resistência, preço e
plasticidade. Permitia, entre outros, vãos abertos muito maiores, que deixavam entrar a luz, podendo ser
usados sem que delimitassem um espaço interior. O ferro foi inicialmente usado na construção de pontes.
Depois de testada a sua eficácia, foi então transferido para a construção de edifícios com grandes vãos. No
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princípio, a não aceitação do ferro foi evidente: este era escondido com estruturas em pedra, mármore e
tijolo. Mais tarde foi usado explicitamente em edifícios como estações de caminhos de ferro. O primeiro
edifício a receber este tratamento foi o Palácio de Cristal (Fig.2), de Paxton, que acolheu a primeira
exposição universal em Londres em 1851.
Fig. 2 A partir do momento em que foi utilizado e verificadas as
suas potencialidades, a arquitectura passou então a usar
o ferro adaptando-o ao uso em várias tipologias, como
mercados, galerias, fábricas, jardins de inverno...
A utilização do ferro na arquitectura traduziu-se em
inovação: modernizou os sistemas e processos de
construção e promoveu o desenvolvimento de novos
gostos e outros conceitos estéticos.

Como acabaste de ler, no século XIX, vão ocorrer mudanças muito importantes quer ao nível económico,
quer ao nível social, mas também no plano da arquitectura. O ferro, o aço, o cimento armado, o betão e o
vidro vão oferecer novas oportunidades ao nível da construção. A visão da arquitectura, depois das
propostas arrojados dos engenheiros, passa a ser mais pragmática, racionalista e funcionalista. Estes
novos materiais oferecem estruturas construtivas resistentes, fáceis de montar e adaptáveis a todas as
dimensões e formas. Começaram a usar módulos estandardizados, prefabricados e apenas montados nos
locais de construção. Os edifícios em altura passam a ser uma realidade mais alargada. Estas novas
circunstâncias oferecem economia na mão de obra e de gastos, o baixo preço dos materiais de construção
permitiu a democratização da habitação, melhorando as condições de vida das populações.

Neste terceiro período, tendo em conta o que acabaste de ler, a proposta de trabalho irá ser direccionada
para a valorização do papel da arquitectura e da engenharia na modernização das construções e
subsequente democratização no acesso da população às mesmas.

Proposta de trabalho: Projeto de arquitectura – Construção de uma maquete

Material
Podes usar qualquer tipo de material, o que se pretende é que sejas bastante criativo e que
reutilizes e recicles. Mais abaixo vão ser dados exemplos para te inspirares, Podes pesquisar
também.

Como fazer a tua maquete de arquitetura: passo a passo

1ª Etapa - Escala
O primeiro passo para fazer a maquete será a de definir a escala correta.
Há 3 tipos de representação de escalas:
o Escala de redução: 1:5 (1 cm no desenho equivale a 5 cm na realidade)
o Escala real: 1:1
o Escala de ampliação: 5:1 (5 cm no desenho equivale a 1 cm na realidade)
Escala de projetos arquitetônicos: tipos de escala

A escala que irás usar será a de redução e podes optar por: 1:50 (ou seja 1 cm na folha de papel
equivale a 50 cm na realidade) ou 1:100 (ou seja 1 cm na folha de papel equivale a 1 metro na
realidade), será então uma maquete de pequena escala.
Tens agora de pensar no seguinte:
o Qual o tamanho do edifício que queres representar;

2ª Etapa- Esboço/estudos e desenho definitivo


Numa folha de papel (cavalinho ou de fotocópia) vais fazer uma série de estudos para o teu edifício,
nota que para este trabalho o que interessa é o exterior (não é para se mostrar nada do interior).
Depois noutra folha fazes um desenho mais definitivo do que pretendes fazer, é só um desenho de
apoio.

3ª Etapa – Planificação e corte


Nesta etapa, precisas de conferir as medidas e fazer a planificação no material escolhido para a
concretização da maquete. Depois, é só cortar.

4ª Etapa – Colagem
Agora é só pegar a cola e ir colando as peças, certo? Não faças isso para já!
Primeiro é importante que confirmes se todas as partes foram cortadas corretamente.
Depois de verificadas as peças é que podes começar a colar.

Critérios de avaliação

Escala/proporção ……………………………………………………………. 20 pontos


Aplicação adequada de materiais ………………………………….. 20 pontos
Domínio técnico ………………………………..………………………….. 30 pontos
Criatividade ……………………………………………..……………………. 30 pontos

Total ……………………………………………………………………………… 100 pontos


Exemplos
: )  beijos a todos

Professora : Paula Costa

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