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Materiais

lúdicos
para o
ensino de
genética
Apresentação

Olá professor(a)
Buscar novas metodologias que favoreçam o
ensino de genética no ensino básico nem
sempre é uma tarefa fácil. Se tendo em
consideração a abstração de conceitos na área
e a dificuldade de associação e
contextualização dos conteúdos com o
cotidiano do aluno, torna-se relevante
propiciar, em aula, momentos nos quais os
alunos atuem de forma mais ativa e
participativa.
No intuito de auxiliar no processo de ensino
aprendizagem dessa área, de uma forma mais
atrativa para o aluno, esse ebook foi
desenvolvido, sendo apresentadas nele, como
forma de sugestão, práticas detalhadas que
permeiam diversos conteúdos e que possam
ser utilizadas ou adaptadas em suas aulas!

1
Conheça o livro

Links internos do e-book: Os


trabalhos referenciados e os
itens do sumários estão
linkados aos seus
correspondentes.

Estrutura: todas as práticas


possuem os seus objetivos de
uso, os materiais,
procedimentos de montagem,
instruções de uso e
recomendações de uso e de
materiais alternativos a serem
utilizados.

Links externos do e-book: Nesse


material existem vídeos de
utilização e demonstração além
de links para fazer o download
das práticas impressas
separamanete.

2
Sumário
Cromossomos de flutuadores.................................................. 4

Compactação do DNA................................................................ 8

Aminobingo................................................................................. 11

Material genético na divisão celular...................................... 17

Variação Genética e Combinações Cromossômicas......... 20

Dominó de Conceitos de Genética...................................... 25

Heredograma Desmontável .................................................... 30

Quem Sou Eu? Cromossômico............................................... 33

Grupos Sanguíneos com Bolas de Isopor............................ 36

Jogo da Memória de Biotecnologia........................................ 38

Jogo da Memória da Divisão Celular...................................... 41

Trincas Mendelianas.................................................................. 43

Tabuleiro da Genética............................................................... 47

Gene da bioluminescência....................................................... 53

Referências.................................................................................. 57
Cromossomos de flutuadores
Adaptado de:
VALADARES
(2014).

Objetivo:
-Apresentar a morfologia cromossômica e suas possíveis modificações
demonstrando:
*A disposição alélica;
*Os diferentes tipos de morfologia do cromossomo e suas classificações;
*Processo de crossing over;
*Diferentes tipos de translocação dos braços dos cromossomos.

Materiais:
-Flutuador do tipo espaguete;
-Folhas de EVA ou papel cartão ou fitas adesivas de pelo menos 5 cores
diferentes;
-Cola quente, de silicone ou de isopor;
-Palitos de dente;
-Estilete para os cortes;
-Elástico roliço ou chato;
-Botão grande.

Procedimento de montagem:
-Cada flutuador deverá ser cortado na metade para confeccionar cada uma das
cromátides irmãs;

-Selecionar uma região de cada peça para fazer a escavação com o estilete, sendo
essa a região que representará a região centromérica ou satélite (Figuras 1a e 1b);

4
-Para permitir a troca de partes entre os flutuadores na representação das
translocações e do crossing over, ao longo de cada cromátide deverão ser feitos
cortes completos com o estilete;

-Para manter a sua estrutura unida durante as próximas etapas deverão ser
encaixados os palitos de dente nas áreas dos cortes;

-Recortar as folhas de EVA ou papel cartão em fitas de 1,5 cm para serem coladas
ao longo dos braços dos cromossomos, representando os alelos (Figura 1c);

-Recortar um pedaço de elástico de aproximadamente 48 cm e passa-lo por 2 dos


orifícios do botão, fazendo, em seguida, um nó em sua ponta (Figuras 1d);

-Encaixar o botão com o elástico na escavação feita com o estilete.

Figura 1: Etapas da confecção dos cromossomos: escavação (a), resultado da escavação (b), EVA em tiras (c) e botões
com o elástico (d).

a b c d

Fonte: Autor (2021)

5
Instruções de uso:
-A partir da demonstração do modelo desenvolvido o professor pode utiliza-lo na
abordagem de diferentes conceitos e conteúdos relacionados às aulas. A partir das
secções unidas com os palitos (Figura 2), os diferentes tipos de translocação e o
processo crossing over poderão ser demonstrados, além disso, a partir desses
encaixes, poderão ser apresentadas as diferentes classificações dos cromossomos
a partir da localização do centrômero (Figura 3).

Recomendações:
-O professor poderá também optar por dividir o flutuador em quatro para um
maior rendimento do material adquirido;
-É importante se atentar, ao adquirir o flutuador, se o mesmo não possui um
orifício central, pois com isso, no momento da escavação, o material poderá acabar
quebrando ao se deixar uma camada muito fina do flutuador.

Figura 2: Translocação nos flutuadores pelos encaixes com os palitos

Fonte: Autor (2021)

6
Figura 3: Classificações dos cromossomos a partir da posição do centrômero: acrocêntrico (a),
submetacêntrico (b), metacêntrico (c) e telocêntrico (d).

a b c d

Fonte: Autor (2021)

7
Compactação do DNA

Objetivo:
-Representar os diferentes níveis de compactação do material genético.

Materiais:
-Barbantes ou novelos de lã de 2 cores
-Mini grampos de varal;
-Velcro;
-Linhas de costura de 3 cores.

Procedimento de montagem:
-Na primeira etapa realizar a torção dos 2 fios de lã.

-Em seguida, os grampos deverão ser presos um de cada vez no cordão trançado,
dando as 2 voltas representativos do material genético, ao finalizar as duas voltas
com os fios de lã prende-los com o grampo mais uma vez;

-Na segunda etapa serão utilizados as 3 linhas de costura, de cores


correspondentes aos fios de lã e às histonas (grampos), as quais deverão também
ser trançadas, representando a versão diminuta do material;

-Recortar um molde de velcro em formato de um cromossomo;

-Colar o fio trançado no velcro de forma a preencher todo o molde.

8
Figura 4: Etapas da confecção do material genético campactado com as histonas;

Fonte: Autor (2021)

Figura 5: Etapas da confecção do cromossomo com os fios

Fonte: Autor (2021)

9
Instruções de uso:
-Essa atividade pode ser realizada pelo professor, como forma de demonstração;
-Na primeira etapa, durante o momento da torção para representar a dupla hélice
de DNA, o professor pode solicitar que os alunos o auxiliem;

-Ao iniciar o processo de compactação é importante demonstrar e destacar a


importância das histonas no processo de reconhecimento da dupla fita e como o
material as envolve durante essa ocorrência;

-Na segunda etapa, ao realizar a torção das linhas de costura, pode ser solicitado
aos alunos torcerem as linhas o máximo possível para elucidar como as proteínas
trabalham para compactar todo o material.

Recomendações:
- Ao torcer os fios de lã, prender as pontas com os grampos para evitar que eles se
desfaçam;

-Os alunos podem ser desafiados a conseguir colar um determinado comprimento


de linhas trançadas no molde de velcro;

-Um material alternativo que pode ser utilizado ao invés da lã são cadarços de
sapato de diferentes cores, porém é importante manter as cores correspondentes
com as das linhas;

-Durante a segunda etapa, é importante frisar que o cromossomo de velcro é


apenas um molde para a colagem dos fios, e não uma estrutura do processo.

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Aminobingo
Objetivo:
-Auxiliar no processo de revisão e assimilação do conteúdo de tradução gênica,
possibilitando um momento de aprendizagem descontraída.
-Se familiarizar com os nomes dos aminoácidos e como a sua formação a partir
das trincas.

Materiais:
-Cartelas de Bingo impressas (Apêndice 1);
-Trincas de nucleotídeos impressas e recortadas para o sorteio (Apêndice);
-Feijões ou miçangas para utilizar como forma de marcação.

Procedimento de montagem:
-As cartelas impressas podem ser plastificadas ou coladas sobre papel cartão para
aumentar a sua durabilidade.

Instruções de uso:
-Cada aluno deverá receber uma das cartelas de bingo e um conjunto de feijões e
miçangas;
-O professor deverá recortas as trincas de nucleotídeos e coloca-las em um
recipiente para o seu sorteio, mantendo a tabela com as possibilidades para a
verificação das trincas já sorteadas.
-Poderá ser estabelecido que o aluno vencedor seja o que completar um
determinado número de linhas ou colunas, ou mesmo a cartela toda primeiro.

Recomendações:
-As cartelas de bingo podem ser confeccionadas abordando outros conteúdos para
a sua melhor fixação, podendo ser sorteadas perguntas com as respostas
correspondentes presentes nas cartelas do bingo.
-Recomenda-se o site <osric.com> para a confecção das cartelas.

11
Apêndice 1: Cartelas do Bingo

12
13
14
15
Fonte: Autor (2021)

Anexo 1: Tabela para consulta

Fonte: Só Biologia (2008)

Apêndice 2: Trincas para sorteio

Fonte: Autor (2021)

16
Material genético na divisão celular
Objetivo:
-Apresentar, em etapas, os processos de divisão celular, evidenciando,
principalmente as ocorrências relacionadas ao material genético.

Materiais:
- 3 discos de isopor;
-Folhas de EVA ;
-Cola quente;
-Fio de costura ou de Nylon;
-Mini grampos de varal;
-Papel cartão
-Velcro

Procedimento de montagem:
-Recortar a folha de papel cartão e colar sobre o disco de isopor (Figura 6 a), sugere-se o
disco de 25 cm de diâmetro;
-Recortar pequenos pedaços do fio e colar nos grampos (Figura 6 b);
-Recortar um pedaço retangular do papel cartão (6 x 1,5 cm), colar as outras pontas do
fio no meio e cola-lo em forma de cilindro (Figura 3c);
-Recortar um círculo do EVA para a representação da carioteca, em seguida fazer, pelo
menos, dois cortes para representar a sua fragmentação, nas regiões do corte da
carioteca, colar as faces do velcro para permitir a união e separação do material, (Figura
7 a);
-Recortar o EVA em forma de cromossomo antes da duplicação, depois da duplicação e
para representar o material genético descondensado (Figura 7 b).

17
Figura 6: Confecção das células e dos centríolos: Discos de isopor (a),
grampos com os fios (b) e papel cortão colado (c).

a c

Fonte: Autor (2021)

Figura 7 Carioteca (a), material genético (b) e processo de divisão (c)

a b c

Fonte: Autor (2021)

18
Instruções de uso:
- Durante a utilização do material as diferentes etapas da divisão celular podem ser
mostradas, representando a condensação e duplicação do material genético, a
fragmentação e a reconstituição da carioteca, a formação da placa metafásica e a
formação dos fusos mitóticos com sua atuação nos cromossomos ao fazer a
migração dos cromossomos aos polos, o que é representado pelo prendimento
dos grampos (Figura 7 c).

Recomendações:
-O disco de isopor auxilia mantendo a resistência do material, mas pode ser
substituído por papelão ou uma dupla camada do papel cartão.
-Alguns cromossomos podem não ser recortados na metade, deixando as
cromátides unidas para a representação das aneuploidias (Figura 8).
-No momento da representação da divisão, um disco pode ser deixado sobre o
outro sendo feito o deslize para uma representação mais clara do processo.

Figura 8: Erro na divisão

Fonte: Autor (2021)

19
Variação Genética e
Combinações Cromossômicas
Adaptado de:
KLAUTAU-
GUIMARÃES et.
al.(2011).
Objetivos:
-Apresentar o comportamento do material genético durante o processo
de divisão celular;
-Demonstrar um cariótipo regular com exemplos de alterações cromossômicas,
abordando o processo de crossing over ou translocação;
-Indicar as diferentes possibilidades e classificações dos cromossomos com base
na disposição de cada loci, assimilando com as características fenotípicas de um
indivíduo hipotético.

Materiais:
-Letras, que representem os alelos, impressas;
-Peças de dominó, de MDF ou papel cartão para a base (pelo menos 22);
-Papel cartão de pelo menos 2 cores diferentes;
-Cola e tesoura.

Procedimento de montagem:
-Separar as peças em dois grupos, em um deles recortar e colar, em uma das faces,
o papel cartão de uma cor e no outro grupo o papel cartão de outra cor (Figura 9a);

-Imprimir as etiquetas que representarão cada loci do cromossomo, o professor


poderá escolher as características desejadas, nesse caso, como exemplo, se optou
pelo uso dos loci que definem os grupos sanguíneos: IA, IB e i (Figura 10).

20
- Na outra face, recortar e colar cromossomos de diferentes tamanhos seguindo
também as suas classificações de acordo com a posição do centrômero (Figura 9b).
-Nessa etapa pode-se optar por trazer as aberrações cromossômicas e a
diferenciação dos cromossomos X e Y.

Figura 9: Face com alelos (a) e face com as cromátides (b)

a b
Fonte: Autor (2021)

21
Instruções de uso:

Com a face que apresenta os cromossomos o professor poderá simular:


-Montagem de um cariótipo e sua ploidia, a partir da quantidade de peças
disponibilizada;
-Explicação do processo de translocação (Figura 12a);
-Morfologia dos cromossomos sexuais (Figura 12c) e dos autossômicos, bem como
sua classificação a partir da indicação da posição dos centrômeros;
-Comportamento do material genético durante os processos de mitose e meiose
(Figuras 13a e 13b), espermatogênese ou ovulogênese, bem como as diferenças
entres os mesmos, indicando também a ocorrência do crossing over (Figura 12b).
- Explicar a ocorrência da trissomia e da formação de um cromossomo em anel,
abordando as possíveis consequências desse acontecimento (Figura 12d).

Com a face que apresenta os loci:


- Representar e diferenciar cromossomos em homozigose e heterozigose a partir
da organização de cada peça (Figuras 11a e 11b);
- Indicar a variabilidade genética a partir da combinação intercromossômica e da
ploidia;
- Simular o processo de meiose indicando as diferentes possibilidades relacionadas
à ocorrência de crossing over, apresentando os conjuntos e combinação de alelos
dos gametas gerados;
- Abordar como o processo de ligação entre cada lócus pode influenciar nos
processos de recombinação a partir da diminuição na variação nos conjuntos de
alelos dos gametas.
Figura 10: Alelos dos grupos sanguíneos

Fonte: Autor (2021).

22
Figura 11: Cromossomos em heterozigose (a) e em homozigose (b).

a b

Fonte: Autor (2021).

Recomendações:
- Ao invés da montagem de um único kit o professor poderá solicitar que os alunos,
em grupo, confeccionem seus próprios materiais, dessa forma, dependendo da
disponibilidade do tempo da aula, o professor poderá solicitar aos alunos a
montagem e apresentação de cada um dos processos apresentados nas
instruções, fazendo com que dessa forma o grupo discuta sobre os conceitos e
organize as peças de acordo com cada comportamento ou organização do material
solicitado. Dessa forma o professor poderá passar em cada grupo fazendo a
conferência e possíveis correções.

- Os autores do trabalho do qual essa prática foi adaptada, produziram um vídeo


com instruções de uso do material, o qual você pode acessar clicando no vídeo
abaixo:

23
Figura 12: Variações nos cromossomos: Translocação (a), crossing over (b), cromossomos sexuais (c) e
cromossomos para a representação de anomalias (d).

a b c d
Fonte: Autor (2021).

Figura 13: Simulação da divisão celular: Formação das placas metafásicas (a) separação das cromátides (b).

b
Fonte: Autor (2021)

24
Dominó de Conceitos de
Genética Adaptado de:
RAMALHO et.
al.(2006).

Objetivo:
-Reconhecer e correlacionar conceitos da genética a partir de suas definições.

Materiais:
-Peças impressas (Apendice x);
Papel Cartão ou Cartolina.
-Cola e tesoura

Procedimento de montagem:
-As peças do jogo, deverão ser impressas e recortadas, sendo em seguida coladas
sobre uma folha de papel cartão ou cartolina (Figura 14a).

Instruções de uso:
-O jogo pode ser utilizado com a participação de toda a turma, dividida em grupos
disputando entre si ou jogado dentro dos grupos;
As peças deverão ser sorteadas entre os jogadores em uma quantidade igual;
-O jogo poderá ser iniciado com um membro de cada grupo ou jogando um dado,
o grupo que tirar o maior número começa, com a ausência de um dado os alunos
poderão disputar no “dois ou um”;
-O primeiro grupo ou participante deverá escolher uma peça para ser descartada,
ela dará início ao jogo;
-O próximo grupo ou participante deverá colocar a peça correspondente à um
dos termos ou definições correspondentes a da peça inicial (Figura 14b);
-Caso o grupo não a possua o próximo grupo tem a vez de descartar a peça
correspondente;
-Ganha o grupo ou participante que descartar todas as suas peças primeiro;

25
Apêndice 3: peças do Dominó

26
27
Fonte: Autor (2021)

28
Recomendações:
-Mesmo com a vitória, é importante que o jogo tenha continuidade para a sua
finalização e apresentação de todas as peças.
-Para aumentar a durabilidade das peças, elas podem ser plastificadas, coladas
em peças de MDF, papel Paraná ou em outro material desejado.

Figura 14: Peças coladas no MDF (a) e peças no jogo (b)

Fonte: Autor (2021)

29
Heredograma Desmontável
Objetivo:
-Demonstrar as análises feitas das diferentes características fenotípicas dos
indivíduos a partir de sua genealogia, recriando as diferentes possibilidades
existentes.

Materiais:
-Uma chapa de MDF (Figura 15) ou uma superfície resistente (papelão, plástico, ou
outro material);
-EVA de 3 cores;
-Velcro;
-Heredograma de modelo;
-Cola e tesoura.

Procedimento de montagem:
-Recortar fitas de EVA preto, os tamanhos utilizados nesse modelo foram: 3,5 cm,
9 cm, e 15 cm de comprimento e todos com 1 cm de largura. A quantidade irá
variar de acordo com o modelo de heredograma selecionado para a reprodução;

-Colar as fitas que representam as linhas do heredograma de acordo com o


modelo, se atentando aos espaços necessários para o preenchimento com as
representações dos indivíduos;

-Recortar e colar, em cada extremidade das linhas, um pequeno pedaço de uma


das fitas do velcro (Figura 16a);

-Recortar círculos e quadrados das cores branca e preta, para representar os


indivíduos afetados ou não. Tamanho recomendado de tamanho 3x3 cm
nos quadrados e 3 cm de diâmetro nos círculos;

30
- Recortar pequenos pedaços das fitas de velcro e colar em uma das faces dos
círculos e quadrados (Figura 16b);
Figura 15: MDF

Fonte: Autor (2021).

Figura 16: Heredograma com os velcros (a), círculos e quadrados (b) e heredograma colado (c).

b c

Fonte: Autor (2021).

31
Instruções de uso:
- O fato do modelo possuir velcro possibilita que o professor, durante a aula, faça
diferentes demonstrações das possibilidades de herança genética enquanto
mostra para a turma (Figura 16c), podendo fazer perguntas, aos alunos, sobre as
chances dos indivíduos descentes possuírem ou não os genes estudados em cada
caso.
-Podem ser utilizadas apenas partes do heredograma para as explicações, além
disso com o uso de diferentes simbologias o modelo permite a revisão e a
compreensão na leitura do heredograma.

Recomendações:
-Ao invés da utilização de uma superfície resistente para a colagem do EVA, como o
MDF, que servirá de base, outra opção seria a utilização do tecido feltro, no qual a
uma das fitas do velcro também pode ser grudada e desgrudada, além disso nesse
caso o transporte do material será facilitado;
-Podem ser utilizados diferentes modelos de heredograma (Figura 17) para a
reprodução, adicionando diferentes elementos que possam ser colocados na sua
construção.
Figura 17: Hedograma utilizado.

Fonte: Autor (2021)

32
Quem Sou Eu? Cromossômico
Objetivo:
-Possibilitar a discussão e o desenvolvimento do raciocínio dos alunos sobre os
diferentes eventos relacionados aos cromossomos e sua organização, bem como
as possíveis síndromes decorrentes.

Materiais:
-EVA;
-Elástico do tipo roliço ou achatado;
-Cola e tesoura;
-Cartas impressas (Apêndice 4);
-Papel cartão ou cartolina;
-Clipes de papel.

Procedimento de montagem:
-Recortar, em formato retangular (20x6 cm), um pedaço do EVA;
-Fazer dois furos próximos das bordas do EVA;
-Recortar um pedaço do elástico no tamanho aproximado de 32 cm;
-Transpassar os elásticos pelos furos no EVA fazendo dois nós em cada
extremidade para a sua fixação (Figura 18);
-Recortar as cartas impressas e fazer a sua colagem no papel cartão.
Figura 18: Confecção da tiara.

Fonte: Autor (2021).

33
Instruções de uso:
-Os alunos deverão ser divididos em grupos de pelo menos 4 pessoas;
-Organizar as cartas com a parte de trás virada para cima, de modo que nenhum
participante possa ver;
-Em seguida cada aluno deverá colocar apenas a sua tiara, solicitando que outro
participante, com o clipe, fixe uma das cartas em sua tiara sem que o mesmo veja
Figura 19), dessa forma cada aluno terá em sua testa uma carta da qual não sabe a
representação;
-Decidir, entre eles, quem iniciará o jogo;
-A cada rodada um participante deverá fazer uma pergunta, aos outros
participantes, sobre qual carta está em sua cabeça, perguntando, por exemplo se é
uma síndrome autossômica ou sexual;
Dessa forma o aluno que desvendar o maior número de cartas ganha;

Recomendações:
-A tiara torna-se opcional uma vez que os alunos podem apenas segurar as cartas
em suas testas, porém facilita no conforto do jogo;
A turma também pode ser dividida em grupos competindo entre si, o professor
será o responsável por manter as cartas e fazer a distribuição a cada participante.
Dessa forma o aluno que estiver responsável por representar o grupo também
poderá pedir dicas ao seu grupo nas rodadas, ganhando o grupo que adivinhar
mais cartas;
Figura 19: Cartão preso à tiara

Fonte: Autor (2021).

34
Apêndice 4: Cartões do Jogo

Fonte: Autor (2021).

35
Grupos Sanguíneos com Bolas de
Isopor Adaptado de:
BASTOS
(2010).
Objetivo:
-Representar os diferentes grupos sanguíneos e as suas relações com os
antígenos e anticorpos

Materiais:
-Bolas de isopor, no mínimo 12 (Figura 20a) ;
Tinta guache vermelha e azul;
Palitos de dente;
Miçangas vermelhas e azuis.

Procedimento de montagem:
-Pintar as bolas de isopor com a tinta guache vermelha, metade dos palitos com
tinta guache vermelha e a outra metade com a azul;
-Fixar os palitos em 9 bolas, 3 só com os vermelhos, 3 só com os azuis, 3 com as
duas cores de palitos e 3 sem nenhum palito;
-Encaixar as miçangas nas pontas dos palitos fixados (Figura 20b).
Figura 20: Bolas de isopor (a) e bolas pintadas com as miçangas encaixadas (b).

a b

Fonte: Autor (2021).

36
Instruções de uso:
-As bolas de isopor representam as hemácias, os palitos com miçanga os antígenos
e os palitos sem, os anticorpos;
-A partir da ligação entre os bolas de isopor pelas miçangas nas pontas dos palitos
o professor pode fazer a demonstração do processo de aglutinação (Figura 21),
fazendo uma revisão sobre como pode ocorrer o processo de transfusão
sanguínea e as suas possibilidades.

Recomendações:
Os alunos poderão ser divididos em grupos cada um com um conjunto de material
que represente o seu tipo sanguíneo, na possibilidade de simular transfusões entre
eles;
No processo de confecção pode-se optar por bolas de isopor menores, onde a
quebra dos palitos pintados no meio proporciona maior rendimento do material;
Os palitos, ao invés de serem pintados, podem ser envolvidos com fitas adesivas
das cores correspondentes;
Na seleção das miçangas é importante escolher as mais longas e com orifícios que
correspondam ao diâmetro do palito.

Figura 21: Algutinação representada pela ligação entre as miçangas

Fonte: Autor (2021)

37
Jogo da
Memória de Biotecnologia
Objetivo:
-Revisar os conteúdos relacionados à biotecnologia de forma dinâmica e a
estimular a memorização e a interação entre os alunos.

Materiais:
-Cartas impressas (apêndice 5 );
Papel cartão;
Cola e tesoura.

Procedimento de montagem:
-As cartas deverão ser impressas e coladas no papel cartão de forma que o aluno
não possa ver o conteúdo da carta quando elas estiverem viradas.

Instruções de uso:
-A Os alunos deverão ser separados em grupos. Cada grupo receberá um conjunto
de cartas que deverão ser embaralhadas e distribuídas com o conteúdo dela virado
para o lado de baixo sobre uma superfície;
-Para selecionar um participante para começar os alunos devem escolher entre si;
-Cada aluno poderá virar uma carta tentar achar o seu par, encontrando ou não
será uma tentativa por rodada;
-O aluno com a maior quantidade de pares ganha o jogo.

Recomendações:
-As cartas podem ser plastificadas ou coladas em peças de MDF
para aumentar a durabilidade do material.

38
Apêndice 5: Cartas do jogo da memória

39
Fonte: Autor (2021).

40
Jogo da Memória da Divisão Celular
Objetivo:
-Revisar os conceitos relacionados aos processos de divisão celular de
forma dinâmica e a estimular a memorização e a competição entre os alunos.
Materiais:
-Cartas impressas (Apêndice 6);
Papel cartão;
Cola e tesoura.

Procedimento de montagem:
-As cartas deverão ser
impressas e coladas no papel cartão de forma que o aluno não possa ver o
conteúdo da carta quando elas estiverem viradas.

Instruções de uso:
-Os alunos deverão ser separados em grupos. Cada grupo receberá um conjunto
de cartas que deverão ser embaralhadas e distribuídas com o conteúdo dela virado
para o lado de baixo sobre uma superfície;
-Para selecionar um participante para começar os alunos devem escolher entre si;
-Cada aluno poderá virar uma carta tentar achar o seu par, encontrando ou não
será uma tentativa por rodada;
-O aluno com a maior quantidade de pares ganha o jogo

Recomendações:
-As cartas podem ser plastificadas ou coladas em peças
de MDF para aumentar a durabilidade do material.

41
Apêndice 6: Cartas do jogo da memória da Divisão Celular.

Fonte: Autores (2019)

42
Trincas Mendelianas Adaptado de
SOUZA et.al.
(2016).

Objetivo:
-Revisar os conceitos das Leis de Mendel a partir da formação de trincas de cartas
dos genitores e sua progênie, estimulando o raciocínio e lógica dos alunos.

Materiais:
-Cartas impressas (Apêndice 7) ;
-Cola e tesoura;
-Papel cartão ou um baralho usado.

Procedimento de montagem:
-As cartas deverão ser impressas e coladas sobre uma superfície, para a sua
melhor utilização, seja ela o papel cartão ou um baralho usado.

Instruções de uso:
-Os alunos deverão ser divididos em grupos onde será distribuído um conjunto de
baralho;

-Entre si ou através de sorteio, os alunos deverão escolher a ordem das rodadas;

-O primeiro aluno deverá embaralhar as cartas e distribuir 5 delas para cada


participante do grupo, sendo o restante das cartas colocadas no centro do grupo;

-O primeiro participante deverá pegar uma carta do monte central e decidir se irá
fazer o seu descarte ou se irá mantê-la na mão. Caso opte por manter, deverá fazer
o descarte de uma das outras cartas na mesa, com o verso para baixo.

43
-O próximo aluno poderá escolher entre pegar a carta descartada ou uma carta do
monte, sempre mantendo somente 5 cartas na mão;

-Vence o jogo o aluno que conseguir formar duas trincas com os genitores e a prole
correspondente do cruzamento dos genitores.

Recomendações:
-Para a montagem e distribuição do jogo deverá ser pensado os tamanhos dos
grupos de alunos bem como a sua quantidade, para que assim não ocorra a falta
de cartas.

-A dificuldade do jogo pode ser aumentada estabelecendo que o vencedor deverá


completar 3 ou 4 trincas possíveis, desse modo a quantidade de material
confeccionado deverá ser aumentada para ser proporcional na sua distribuição.

44
Apêndice 7: Cartas do Jogo Trincas Mendelianas
Fonte: Autor (2021).
Tabuleiro da Genética
Objetivo:
- Revisar conceitos dos conteúdos da genética relacionados à divisão celular,
transcrição, tradução, biotecnologia e Leis de Mendel, a partir de perguntas
trazidas pelo tabuleiro.

Materiais:
-Tabuleiro impresso em folha A3 ou A4 (Apêndice 8)
-Cartas pergunta impressas (apêndice 9)
-Papel cartão;
-Cola e tesoura;
- Dado e avatares impressos (apêndices 10 e 11).

Procedimento de montagem:
-O tabuleiro impresso pode ser colado sobre uma folha de papel cartão para
manter na sua estabilidade, o mesmo com as cartas, além de que, com o papel
cartão, o aluno não poderá ver através da carta.

-O dado deverá ser impresso, recortado e colado, os avatares deverão ser


recortados e dobrados de forma que o retângulo sirva de base.

Instruções de uso:
-Os alunos, divididos em grupos, deverão jogar o dado, o aluno que tirar o maior
número inicia o jogo;

-O primeiro a jogar deve lançar o dado e avançar o número de casas que o mesmo
indicar;

47
-O aluno deverá seguir a instrução da casa na qual caiu, caso esteja em uma casa
pergunta, outro aluno deverá pegar uma carta da pilha para ele;

-Caso ele não saiba a resposta, deverá se manter na casa até chegar a sua vez
novamente, será pega outra carta do monte. As cartas não respondidas deverão
ser empilhadas em um novo monte para possíveis novas utilizações;

-Ganha o jogo o primeiro a chegar ao final da trilha.

Recomendações:
-É importante fazer uma verificação anterior a aplicação do jogo para avaliar quais
conceitos já foram trabalhados com os alunos, dessa forma esse material é
recomendado para uma revisão dos conteúdos.

-O professor pode optar por fazer alterações nos conteúdos das cartas, utilizando
questões de vestibulares, por exemplo.

48
Apêndice 10: Avatares para o jogo

Fonte: Autor (2021)

Apêndice 11: Dado do jogo de tabuleiro

Fonte: Descobrindo o Mundo (2020)

Apêndice 8: Tabuleiro do Jogo

Fonte: Autor (2021)

49
uma casa
Avance
21
20

23
Início
19 24

1 18 25

Jogue
2 novamente
casa
Volte uma

3 16 27

Fique uma
4 rodada sem 28
jogar

5 14 29

6 13 30

7 12 31

8 11 32

Volte 2
9 casas
Chegada
Apêndice 9: Cartas perguntas do Jogo de tabuleiro.

51
Fonte: Autor (2021).

52
Gene da bioluminescência
Objetivo:
-Apresentar, de forma esquemática, o processo de hibridação de um gene a partir
da biotecnologia, envolvendo as suas principais etapas e componentes
participantes.

Materiais:
-Folhas de papel cartão de pelo menos 4 cores diferentes;
-Canetas hidrográficas (canetinhas) coloridas;
-Cola e tesoura;
-Tinta que brilha no escuro;
-Mangueiras de silicone finas ou pulseiras neon, uma transparente e outra
colorida (Figura 22b);
-Etiqueta que represente as regiões de reconhecimento da endonuclease (Figura
22c);
-Um fio de cobre encapado (Figura 22d);
-Encaixes das pulseiras de neon (Figura 22e).

Procedimento de montagem:
-Recortar os papéis coloridos e montar um esquema de célula bacteriana e de
uma célula animal (Figura 22a);
-Recortar setas para indicar as etapas do processo;
-Colar as células no papel e indicar com as setas a próxima etapa;
-Recortar a mangueira de silicone colorida em pelo menos 3 pedaços de
aproximadamente 12 cm e as transparentes no tamanho aproximado de 4 cm;
-Tapar um dos lados da mangueira transparente com algodão e preencher com a
tinta que brilha no escuro, seguidamente tapar o outro lado (Figura 23a).

53
-Recortar as etiquetas da região de reconhecimento e colar nas duas extremidades
da mangueira com cola e, de forma oposta, colar em duas das mangueiras
coloridas, uma será o plasmídeo antes da hibridização e o outro após a hibridização
(Figuras 23b e 23c);
-Recortar um pedaço do fio de luz e fazer a sua torção para representar o material
genético da célula animal (pode ser substituído);
-Ligar as mangueiras pelos encaixes das pulseiras neon;
-Preparar esquemas de bactérias, em tamanho menor, com as folhas de papel
cartão;
-Em cada uma delas, fazer uma marca com a tinta;
-Recortar, em forma de tesoura, um pedaço de papel cartão para representar a
endonuclease;
- Recortar, em forma de tudo de cola, um pedaço do papel cartão para representar
a enzima ligase (Figura 23d);

Figura 22: Células (a), mangueiras (b), etiquetas (c), fio de cobre (d) e encaixes (e).

a b

c d e

Fonte: Autor (2021).

54
Figura 23: Modelo com a tinta illuminado (a) e brilhando no escuro (b).

a b

c d

Fonte: Autor 2021

Figura 24: Modelo com a tinta illuminado (a) e brilhando no escuro (b).

a b

Fonte: Autor (2021).

55
Instruções de uso:
-A partir da demonstração do modelo desenvolvido o professor pode utiliza-lo na
abordagem de diferentes conceitos e conteúdos relacionados à hibridização, nesse
caso a exemplificação de como a produção de organismos com a bioluminescência
é o foco principal;
-Pode ser acrescentada uma representação esquemática da abertura das fitas para
complementar na compreensão do processo;
-É importante destacar, desde o início da apresentação do material, que não é o
gene em si que provoca a bioluminescência, mas sim a proteína que é produzida
por ele, e que a representação do gene brilhando no escuro informa e ilustra as
etapas das passagens do gene (Figuras 24a e 24b);
-A tinta, seguindo as instruções da embalagem, deve ser exposta à luz antes de sua
utilização;

Recomendações:
-Caso não haja a possibilidade de fazer a demonstração em um ambiente escuro,
pode ser utilizada uma caixa grande com furos cobrindo o esquema permitindo
que os alunos observem as etapas da luminosidade a partir dos orifícios.
-O fio de luz pode ser substituído por um cadarço, por outros tipos de cabo (desde
que possua o diâmetro semelhante ao das mangueiras utilizadas, ou por outros
pedaços da mangueira de silicone, porém não haverá a possibilidade da torção;
-Como forma de simplificação e substituição, pode ser feita a utilização de modelos
de papel, porém o interessante de utilizar as mangueiras é a possibilidade de
encaixe e desencaixe e de manter a tinta protegida;
-Como substituição também há a opção da utilização das pulseiras neon (Figura
25);
Figura 25: Substituição por pulseira neon.

Fonte: Autor (2021).

56
Referências
BASTOS, R.W.; MARTINELLI, F.S.; TAVARES, M.G. Brincando com o sistema sanguíneo:
proposta alternativa para o ensino dos grupos sanguíneos ABO. Revista Genética na
Escola- SBG. v.5, n.2, p. 38-41, 2010.

Código genético, Só Biologia. Disponível em


<https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/AcNucleico6.php>. Acesso em
Dez. de 2020.

GRIFFITHS, A. Introdução à Genética. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2011.

KLAUTAU-GUIMARÃES, M. de N.; RESENDE, T. dos A.; LOBO, J.; OLIVEIRA, S.F.de


ENTENDENDO A VARIAÇÃO GENÉTICA. Revista Genética na Escola- SBG. v.6, n.1, p. 31-
41, 2011.

RAMALHO, M.A.P; SILVA, F.B.; SILVA, G.S. da; SOUZA, J.C. de. AJUDANDO A FIXAR OS
CONCEITOS DE GENÉTICA. Revista Genética na Escola- SBG. v. 1, n.2 , p. 45-49, 2006.

SNUSTAD, D.P. e SIMMONS, M.J. Fundamentos de genética. 6ª ed. Rio de Janeiro:


guanabara Kogan, 2013.

SOUZA, A.G.de; FERREIRA, C.C.; SILVA, J.R. da C. BASTOS, V.A.F.; BONETTI, A.M.
Embaralhando Mendel e suas leis. Revista Genética na Escola- SBG. v.11, n.2, p. 344-
365, 2016.

VALADARES, B. L. B.; PEREIRA, A. de O.; ALMEIDA, C.S. de. MORFOLOGIA


CROMOSSÔMICA E ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS: UM MODELO DIDÁTICO. Revista
Genética na Escola- SBG. v.9, n. 1, p. 20-29, 2014.

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