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19/04/2023, 10:00 Vitamina D: o que é, funções, deficiência e fontes - Brasil Escola

O que é a vitamina D?
Vitamina D  é um  termo adotado para referir-se a uma molécula que apresenta
quatro anéis de colesterol. Apesar de ser conhecida como uma vitamina,
esse  nutriente  orgânico é bem diferente das outras substâncias desse tipo, uma vez
que é produzido no nosso corpo e não obtido apenas na nossa alimentação. A
substância, portanto, pode ser considerada um hormônio.

A vitamina D pode ser obtida na alimentação, mas também é produzida em nosso corpo.

A vitamina D é encontrada sob  duas formas  distintas, as quais são equivalentes do


ponto de vista biológico:

Ergocalciferol ou vitamina D2:  é uma forma encontrada em plantas e fungos.


Pode ser conseguida na alimentação, sendo absorvida no intestino delgado.

Colecalciferol ou vitamina D3:  é uma forma encontrada em fontes de origem


animal. Além disso, ela é sintetizada na nossa pele pela ação dos raios ultravioleta
B (UVB). Esses raios, em contato com os queratinócitos e fibroblastos, convertem
o 7-dehidrocolesterol em pré-vitamina D3 e, posteriormente, em vitamina D3. Um
fato curioso é que pessoas de pele negra apresentam certa limitação à
penetração dos raios ultravioleta, desse modo, pode ocorrer nelas uma menor
produção da vitamina D.

As duas formas de vitamina D, após sua ingestão ou formação na pele, estão na forma
inativa, e,  para tornarem-se ativas, necessitam passar por  dois processos de
hidroxilação. O primeiro ocorre no fígado, e o segundo ocorre nos rins. É nesse último
órgão que a forma ativa será realizada.
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Leia também: Vitaminas do complexo B – definição, função e lista

Funções da vitamina D no organismo


A vitamina D apresenta papel importante no funcionamento adequado do nosso
organismo. Sem dúvidas, uma das principais funções atribuídas a ela é o seu papel
no  metabolismo do cálcio e da formação óssea.  Não obstante, a vitamina D está
envolvida também em outros processos fisiológicos, sendo sua deficiência
relacionada, por exemplo, com o desenvolvimento de  diabetes melito  tipo 1, alergia
alimentar,  neoplasias,  entre outros. A vitamina D é também um
importante modulador do nosso sistema imune.

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Deficiência de vitamina D
A deficiência de vitamina D é uma  situação relativamente comum  na população e
pode apresentar como  causas: exposição solar inadequada, síndromes de má
absorção, obesidade, maior pigmentação da pele, e uso de alguns medicamentos.

Vale salientar que existe muita discussão a respeito de qual seria o  nível ideal de
vitamina D no organismo. De acordo com a publicação “Posicionamento oficial da
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e da Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia”, o valor desejável para população
saudável até 60 anos é acima de 20 ng/mL

A deficiência da vitamina D está relacionada com uma  diminuição da absorção de


cálcio, desencadeando uma redução na mineralização óssea. Pode provocar
raquitismo em crianças e osteomalácia em adolescentes e adultos. O raquitismo pode
causar baixa estatura, redução no crescimento e deformidades esqueléticas.
A osteomalacia, por sua vez, pode ser assintomática, mas também pode provocar dor
nos ossos e fraqueza muscular.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia,  não é


indicada a suplementação generalizada de vitamina D.  Ainda de acordo com a
sociedade, os benefícios do tratamento com essa vitamina são mais evidentes nas

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populações com risco para desenvolver a sua deficiência, como idosos e pessoas com
síndromes de má absorção intestinal.

A suplementação da vitamina D é recomendada em apenas alguns casos. Seu uso de maneira


excessiva pode desencadear problemas de saúde.

Vale salientar que, em excesso, a vitamina D pode provocar intoxicação. Desse modo,
quando fizer a suplementação, é fundamental seguir as recomendações médicas,
além disso, é importante que nunca ocorra a automedicação. Uma das consequências
do uso exagerado dessa vitamina é a hipercalcemia, que é um aumento dos níveis de
cálcio no sangue responsável por desencadear, por exemplo, perda da função renal.

Leia mais:  Importância do cálcio no organismo, principalmente no desenvolvimento


de ossos e dentes

Fontes de vitamina D
A vitamina D pode ser conseguida por meio da alimentação e da síntese cutânea. A
alimentação representa apenas uma pequena parcela do total de vitamina D no nosso
organismo, sendo grande parte dela sintetizada pela pele. Estima-se que,
praticamente, 90% da vitamina D corpórea sejam adquiridos pela síntese cutânea.

Sendo assim, devemos expor-nos ao Sol para garantir uma maior produção de
vitamina D. Entretanto, é preciso cautela, evitando-se, por exemplo, a exposição nos
horários entre 10 h e 16 h. A recomendação é a exposição ao Sol por, pelo menos, 20
minutos ao dia, no início da manhã ou no fim da tarde.

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No que diz respeito às fontes alimentares, podemos citar como alimentos ricos em
vitamina D: o óleo de fígado de bacalhau, a sardinha, o salmão, o fígado de boi e a
gema de ovo. É importante salientar que, apesar da dieta não ser a melhor forma de
obter-se a vitamina D, ela tem uma grande importância para aquelas pessoas que
vivem em climas temperados e para os idosos, por exemplo.

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