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VITAMINA D

O HORMÔNIO DA
LONGEVIDADE
Quando penso em uma introdução para esse e-book, a
primeira palavra que vem na minha mente é: obrigado!

Agradeço por ter saúde, vontade de aprender cada vez


mais e poder compartilhar um pouco com todos vocês que
me acompanham.

Sejam meus pacientes no consultório, meus


seguidores nas redes socias ou vocês que estão comigo
nesse e-book sobre vitamina D.

Já é bem conhecido o poder do sol e todos os seus


benefícios para nossa saúde. Será que o sol faz bem?
Por muito tempo estamos ouvindo sobre os perigos da
exposição aos raios solares. Será mesmo que tomar sol
tem problema?

Essa ideia equivocada de fuga do sol tem reflexo na nossa


saúde, da população em geral, no aumento de
enfermidades que temos relacionadas aos baixos índices
de vitamina D, a conhecida hipovitaminose D.

Trago para vocês aqui diversos estudos sobre os

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efeitos da vitamina D na nossa saúde geral, saúde bucal,
longevidade e quero mostrar que ela está diretamente ligada
na nossa qualidade de vida.

Venha comigo e ótima leitura!

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Índice
Capítulo I - Exames, quais os níveis saudáveis?

Capítulo II - Sintomas de hipovitaminose D

Capítulo III - Vitamina D prevenção de doenças

Capítulo IV - Efeitos cognitivos da vitamina D

Capítulo V - Controle do seu peso

Capítulo VI - Depressão e vitamina D

Capítulo VII - Gripes, resfriados e infecções recorrentes

Capítulo VIII – Fertilidade

Capítulo IX – Menopausa e Andropausa

Capítulo X – Vitamina D e a saúde bucal

Capítulo XI - O que fazer ? – Dicas do Dr Diego

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Capítulo I - Exames, quais os níveis saudáveis?

A grande parcela da população está deficiente de


vitamina D.

Quando tomamos por base índices de exames,


devemos entender que esses índices que encontramos de
referência nos resultados dos exames são apenas uma
média da população geral e não garantia de saúde. É uma
questão matemática da situação geral da nossa sociedade,
e a grande maioria, quase 80% da população dos Estados
Unidos tem deficiência de vitamina D, tem níveis muito
abaixo do recomendado. Por isso esses índices trazem
referências que na grande maioria das vezes não é
parâmetro de saúde.

Quando é requisitado um exame e ao realiza-lo você


descobre que apesar de ter sintomas como desânimo,
fadiga, infecções recorrentes e tristeza, por exemplo, você
pode estar com índice suficiente nessa média da população,
mas saiba que você está na média matemática, não na
média de saúde, por isso todos esses sintomas e
provavelmente você precise suplementar.

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Capítulo II - Sintomas de hipovitaminose D

A vitamina D é essencial no nosso corpo. Você sabia


que ela executa mais de 90 funções no nosso corpo?

Essa vitamina, que podemos chamar de pré hormônio


e inclusive alguns pesquisadores já chamando de
hormônio, ela é responsável pela ativação de mais
de 2500 genes, muitos dos nossos genes
funcionais estão metabolicamente ligados à vitamina D.

O problema é que infelizmente, sofremos uma


pandemia de hipovitaminose D, como citei, quase 80% da
população mundial é deficiente. Muito dessa deficiência foi
provocada pela indústria farmacêutica e pelos próprios
profissionais da saúde, que demonizaram a exposição ao
sol, muitos induzidos pela força dos laboratórios, mas o que
não falta é estudos mostrando os benefícios dessa vitamina.
Não se pode alegar, hoje, desconhecimento.

Se você se enquadrou em ao menos dois sintomas


recorrentes dos quais citei antes, como cansaço, desânimo,
fadiga, tristeza, você provavelmente pode estar com
deficiência de vitamina D.

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Agora uma pergunta que gosto de deixar no ar.
Quantos desses sintomas são tratados com remédios?

Provavelmente milhares de tratamentos errôneos, que


com suplementação poderiam ser resolvidos. Inclusive
mortes poderiam ser evitadas, pois sabemos que todo
medicamento tem seus efeitos colaterais. Diagnósticos
equivocados poderiam ser resolvidos ou evitados com a
simples exposição de alguns minutos por dia ao sol ou como
estratégia, a suplementação em níveis individualizados.
Vou citar algumas doenças relacionadas a deficiência de
Vitamina D, tudo embasado em estudos.

Quem me acompanha nas postagens de vitamina D ou


é meu paciente sabe dessa frase que cito como um dos
maiores desserviços para a humanidade:

“Não esqueça do filtro solar.” Será verdadeiramente uma


dica de saúde?

Vamos ser práticos, quantos dos sintomas abaixo aparecem


sem uma causa aparente e você já notou?

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- Baixa imunidade
- Ficar doente regularmente
- Infecções de repetição
- Inflamações na gengiva
- Dores no corpo
- Cicatrização lenta
- Perda óssea
- Perda dental
- Dores musculares
- Desanimo
- Calvície
- Dificuldade em controlar o peso
- Tristeza, desmotivação
- Depressão
- Síndrome metabólica
- Câncer de Mama
- Doença Cardíaca
- Diabetes
- Hipertensão
- Esclerose Múltipla
- Câncer de Próstata
- Psoríase
- Câncer de Ovário

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- Osteomalácia
- Osteoporose
- Raquitismo
- Acne
- Perda de dentes
- Depressão
- Tuberculose
- Distúrbios do sono

Acho que com essa "listinha" consegui convencer


vocês. Todas essas doenças podem ser desencadeadas ou
agravadas devido a deficiência de vitamina D.

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Capítulo III - Vitamina D prevenção de doenças

Inúmeras pesquisas hoje já demonstram, com dados


inquestionáveis, que bons níveis de Vitamina D pode
diminuir o risco de câncer.

E não é de hoje que se estuda sobre vitamina D e suas


funções preventivas. Na década de 80, o professor Garland,
já mostrava associação da deficiência de Vitamina D o
desenvolvimento de certos tipos de cânceres.

Um estudo bem interessante demonstrou que pessoas


que moram em latitudes mais altas e que
consequentemente estão menos expostas ao sol, possuem
mais chances de possuir deficiências de Vitamina D e esse
grupo de pessoas também apresentou uma taxa mais alta
de câncer de cólon, mama, bexiga e pulmão.

Um estudo de 2013, traz a seguinte conclusão. A


deficiência de vitamina D tem sido implicada em fatores de
risco para alguns tipos de câncer, como o de mama, ovário,
próstata e também esôfago. Parece que metabolitos da
vitamina D podem estar envolvidos na apoptose e na

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prevenção de angiogênese, reduzindo a progressão de
células com fenótipo maligno.

Resumindo, angiogênese é o aparecimento de tecido,


nesse caso citado acima, câncer, e apoptose é morte
programada, facilitando o corpo a se livrar da célula
cancerígena mais facilmente.

Temos diversos estudos publicados para se tentar


entender qual seria a dose adequada de vitamina D no
nosso sangue. No Brasil, o Dr Coimbra é um dos maiores
pesquisadores na área. Aconselho pesquisar sobre ele e
acompanhar os seus estudos.

Um estudo na Universidade da Califórnia reuniu duas


pesquisas com mais de 1.300 mulheres chegou a conclusão
de que quanto maior o marcador sanguíneo de 25-
hidroxivitamina D3, menor era o risco de câncer.

As mulheres com concentrações de 25-OH Vitamina


D3 de 40 ng/ml ou mais tiveram um risco 67% menor de
câncer do que as mulheres com níveis de 20 ng/ml ou
menos. Quero relembrar que a grande maioria de índices

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aplicados no Brasil já considera adequado Vitamina D acima
de 20ng/ml.

Este estudo esclarece que o risco reduzido de câncer


se torna maior quando se tem ao menos 40 ng/ml, com
benefícios adicionais em níveis mais elevados.

Um outro estudo de 2011, com pacientes em


tratamento de câncer de próstata, foi medido os níveis de
vitamina D. Conclusão, 78% dos pacientes analisados com
câncer de próstata não tinham níveis adequados de
vitamina D.

Uma estratégia que podemos adotar com frequência


hoje e que eu adoto preventivamente em meus pacientes é
ter uma elevada dose de vitamina D sanguínea.

Vai fortalecer o sistema imunológico, prevenir diversas


doenças, inclusive o câncer e aumentar a saúde óssea e
prevenir contra a osteoporose.

Se aumentarmos as concentrações de 25-OH Vitamina


D3 para um mínimo de 40 ng/ml na população geral

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provavelmente reduziria significativamente as taxas de
câncer e, consequentemente, de mortalidades. Sociedade
Americana de Endocrinologia já preconize um nível
adequado de vitamina D acima dos 40ng/ml.

Quero deixar aqui a mensagem de prevenção, em vez


do diagnóstico precoce ou no tratamento. Porque
que devemos esperar o aparecimento de uma doença
ou sintoma, para dai começar a tratar, se hoje
sabemos de estratégias bem consolidadas levam a
prevenção?

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Capítulo IV - Efeitos cognitivos da vitamina D

A vitamina D ativa as enzimas cerebrais e o fluido


cerebrospinal que estão envolvidos diretamente na síntese
de neurotransmissores. Além disso, ela também está
diretamente ligada ao crescimento dos nervos. Tem também
papel importante nos telômeros. Já conversamos
previamente sobre isso nas redes sociais, mas
telômeros longos, maior a chance de vida com saúde.
Inclusive é prêmio nobel de medicina 2009.

Estudos laboratoriais sugerem que a Vitamina D


protege os neurônios, reduz inflamações e tem também
papel importante no fator cognitivo.

Estudo da Universidade de Cambridge analisou os


níveis de Vitamina D em mais de 1.700 homens e mulheres
ingleses, a partir dos 65 anos de idade. Os pacientes foram
divididos em grupos conforme seus níveis de concentração
da vitamina: severamente deficientes, deficientes,
insuficientes e adequados.

Posteriormente a isso foram submetidos a testes


cognitivos e os melhores resultados foram obtidos pelos

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grupo dos adequados. Os piores desempenhos, nos
severamente deficientes.

Um estudo muito recente, de 2019, publicado no


Brazilian Journal of Health, traz as seguintes conclusões: A
insuficiência de vitamina D3 foi associada ao aparecimento
de doenças neurodegenerativas. Foi constatado que a
deficiência de vitamina D leva a uma diminuição do volume
cerebral e maiores níveis de inflamação crônica no SNC, o
que predispõem a doenças neurológicas.

Temos mais estudos que correlacionam a performance


cognitiva e os índices de vitamina D.

Pacientes com baixos níveis de vitamina D


demonstram possuir capacidades de processamento de
informações mais lentas, especialmente dentre os que
estavam na faixa acima dos 60 anos de idade.

Vale ressaltar que testes cognitivos insuficientes


geraram pistas de que esse paciente no futuro pode
desenvolver demência e Alzheimer.

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Um estudo de 2010, publicado no The Consultant
Pharmacist, traz a seguinte conclusão: O atual estudo
observacional parece ter identificado que a baixa taxa
de Vitamina D aumenta a chance de demência.

Com toda a gama de estudo que temos hoje já é


possível afirmar que a Vitamina D é fundamental para a
saúde mental e com um imenso potencial protetor de
futuras complicações.

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Capítulo V - Controle do seu peso

Pessoas que tem um nível adequado de vitamina D


tem uma saúde cerebral maior e consequentemente tem a
produção de neurotransmissores importantes mais
otimizada.

Um dos neurotransmissores importantes é a


serotonina. Dentre as inúmeras funções da serotonina, vou
citar a capacidade de dar saciedade. E a saciedade é
fundamental para o controle do peso.

Além de ser importante para o controle do peso, a


serotonina é responsável por regular o humor; combater
depressão e outros distúrbios associados.

Quando temos serotonina em níveis adequados,


controlamos o stress, nossa qualidade do sono aumenta e
é relatado em diversos estudos a importância do sono e a
capacidade de emagrecimento e ganho de massa muscular.

Um estudo de 2014, The FASEB Journal, traz na


conclusão que vitamina D regula a síntese de serotonina e

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que a suplementação de vitamina D e triptofano é uma
maneira prática e barata para se tratar, por exemplo o
autismo.

Um outro artigo, publicado em 2015, The FASEB


Journal, nos mostra que a serotonina regula uma vasta
gama de funções e comportamentos cerebrais. A
suplementação com vitamina D e ômega 3 melhora a
síntese de serotonina e sua ação, o que é benéfico para o
comportamento impulsivo, que está relacionado diretamente
com os distúrbios do peso.

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Capítulo VI - Depressão e vitamina D

Quando temos casos de depressão, a condição acaba


impedindo a realização de tarefas comuns do dia a dia,
como relações interpessoais ,trabalho e estudos, além de
comumente estar associada a outras doenças como auto
mutilação, bulimia, anorexia, entre outras.

É fundamental analisarmos os aspectos biológicos que


atuam no comportamentos humanos.

Nossos sentimentos são consequências de uma série


de reações que acontecem no nosso organismo. Quando
comemos, a mastigação já começa com papel fundamental,
depois digestão e posteriormente absorção no nosso
intestino de nutrientes fundamentais para a produção
adequada de neurotransmissores importantes.

Um estudo de 2017, Journal of Affective Disorders,


mostra que o estudo parece demonstrar a associação da
taxa de Vitamina D insuficiente e a depressão.

Mas vamos voltar nos neurotransmissores, eles tem

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papel fundamental no cérebro.

As reações dependem da presença de estruturas


biológicas como células e órgãos, micronutrientes e a
presença dos neurotransmissores.

Se essas substâncias não estiverem agindo


corretamente, nosso comportamento será diferente do que é
considerado normal. A insuficiência dos neurotransmissores
podem causar diversas patologias neurológicas e uma delas
é a depressão.

Um estudo de 2010, publicado no Issues in Mental


Health nursing mostra na sua conclusão que a detecção e
tratamento de insuficiência de vitamina D em pessoas com
depressão e outras desordens mentais é um tratamento fácil
e barato e que pode melhorar a qualidade de vida a longo
termo.

A Vitamina D é considerada como sendo neuro


protetora, consegue através das suas vias antioxidantes
proteger o cérebro dos efeitos negativos que níveis
elevados de citocinas pró-inflamatórias causam no órgão,

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Por esse motivo ela é importante no combate de
doenças auto imunes e nas doenças degenerativas
cerebrais, que já conversamos anteriormente nesse e-book
aqui.

Pessoas com deficiência de Vitamina D normalmente


apresentam sintomas de desanimo, irritabilidade,
sonolência, flutuação de humor, tristeza, falta de iniciativa e
falta de energia.

Uma meta análise, de 2014, publicado na Revista


Nutrients conclui que: A suplementação de vitamina D é
favorável no manejo da depressão e estudos demonstraram
que a mudança nos padrões de vitamina D no organismo
tem efeito comparável ao dos antidepressivos.

Temos diversos estudos que demonstram a relação


direta de depressão e falta de vitamina D, eu,
particularmente já devo ter lido mais de 30. Quem quiser se
aprofundar, manda uma mensagem que mando estudos ou
procura na internet mesmo.

Tem um estudo, por exemplo, que abordam a

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depressão sazonal, que afeta pessoas em determinadas
partes do ano. E adivinhem, em épocas frias, com menor
incidência de luz solar, maior os caos de depressão.
Pessoas ficam menos expostas ao sol e adoecem mais.

Em um outro estudo, acompanhamento de oito


semanas e suplementação com vitamina D em mulheres
com níveis não adequados da vitamina, se mostrou fator
preponderante para melhora em casos de depressão e
conclusão foi que a suplementação com a vitamina D pode
ser uma estratégia complementar e efetiva para o
tratamento de casos depressivos.

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Capítulo VII - Gripes, resfriados e infecções recorrentes

Em época de coronavirus, esse assunto se torna ainda


mais importante. Mas uma explicação básica de como a
vitamina D é importante nesse processo de proteção.

Nós produzimos uma substancia importante que é uma


proteína chamada peptídeo. Ela é antimicrobiana, atua na
destruição de qualquer agente que tente nos agredir, entrar
no nosso corpo, como por exemplo um vírus por via aérea.

Os peptídeos quebram as barreiras desses invasores,


processo vital para que o sistema imunológico entre em
contato direto com o agente agressor e passe a atacá-lo.

Resumidamente, a Vitamina D é a arma que expõe o


vírus e nosso sistema imunológico pode combate-lo. Se fizer
uma analogia para você nunca mais esquecer: A vitamina D
é a arma e o nosso sistema imunológico a munição.
Precisamos dos dois para sobreviver e matar o agressor.

Tem estudos que analisam a influência da


suplementação com Vitamina D em relação às infecções do

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trato respiratório.

E o resultado é que a suplementação da vitamina D foi


considerada uma estratégia segura de prevenção contra
infecções respiratórias,

Esse é um dado interessante, pois é uma vitamina


barata e extremamente efetiva.

Um estudo de 2012, da revista Allergy, traz que os


níveis de vitamina D parece estar fortemente relacionados
com a resposta a várias infecções respiratórias. Além disso,
baixos níveis de vitamina D são associados a um maior
risco em crianças de infecções no trato respiratório superior
e inferior.

Aqueles raios solares que muito se proíbem, estão


diretamente ligados ao sistema de defesa e podem ser
muito benéficos para nossa saúde. Por isso sempre
aconselho uma dose de atividade física e sol diárias. Essa
estratégia pode ser encarada como uma suplementação de
saúde para sua vida. Costumo dizer que atividade física e
vitamina D são a poupança de saúde para a sua velhice.

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Capítulo VIII – Fertilidade

Já conversei com vocês sobre a correlação de


Vitamina D e a expressão e regulação de diversos
genes diferentes no nosso organismo.

Sua atuação também se dá no sistema imunológico,


criando condições para que o embrião seja bem aceito pelo
organismo da futura mamãe. Então se o objetivo é
engravidar, temos que pensar na vitamina D como uma das
estratégias importantes para esse período tão especial.

Mulheres que apresentam índices insatisfatórios de


vitamina D tem interferência em todo o aparelho reprodutor
feminino, e posso citar alguns estudos que correlacionam,
endometriose, miomatose uterina, SOP e baixa qualidade
dos óvulos ao níveis de vitamina D no corpo.

Um estudo super. recente, de 2018, publicado No


International Journal of Environmental Research and Public
Health, traz que a deficiência de vitamina D é um fator
de risco o qual leva a redução da fertilidade e vários outros
efeitos adversos na gravidez.

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Nos homens também tem estudos que correlacionam a
qualidade dos espermatozoides e a motilidade ligado a
níveis de vitamina D.

Os níveis de vitamina D devem ser acompanhados


durante toda a gestação, pois níveis maternos abaixo do
recomendado apresentam chances maiores de
complicações como diabetes gestacional, chance elevada
de parto prematuro, aborto espontâneo e maior chance de
sangramentos.

Procure sempre orientação pois em alguns casos, pode


ser recomendada a suplementação após avaliação médica e
nutricional especializada.

E hoje em dia, bebes também suplementam vitamina


D, para você ver a importância dessa vitamina.

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Capítulo IX – Menopausa e Andropausa

A vida moderna trouxe alguns malefícios e um deles é


a menopausa precoce, ou também andropausa em homens
jovens. O motivo desses quadros é multidisciplinar e
envolve estilo de vida, alimentação, stress, inatividade física
e consumo exagerado de açucares e álcool.

Um estudo publicado no American Journal of Clinical


Nutrition, sugere que a suplementação de Vitamina D
reduz o risco da menopausa precoce.

Um estudo de 2020, publicado no periódico ESC Heart


Failure traz na conclusão que temos uma alta prevalência
de deficiência de vitamina D em idosos e com isso uma
chance maior de problemas cardíacos.

Um outro estudo, de 2000, na Revista Câncer Causes


and Control mostra na conclusão que baixos níveis de
vitamina D aumentam o risco de desenvolver mais cedo e
um tipo mais agressivo de câncer de próstata, isso antes da
andropausa.

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Entende-se por menopausa precoce aquela que ocorre
antes dos 45 anos de idade, trazendo consigo os riscos
maiores de desenvolvimento de osteoporose, Alzheimer,
doenças cardíacas e infertilidade. Para se ter uma ideia da
importância da vitamina D para a mulher, a cada 4 casos de
osteoporose diagnosticados, 3 são mulheres.

Uma mulher que entra na menopausa aos 45 anos


pode já sofre problemas para engravidar aos 35 anos, e
muitas mulheres hoje atrasam a criação de uma família por
fatores externos, como trabalho e estudos. Por isso temos
tantos casos de dificuldade de engravidar nos dias atuais.

A vitamina D tem capacidade de acelerar a produção


de hormônios que inibem esse envelhecimento da mulher e
do homem. Lógico que entram outros fatores, como estilo de
vida, álcool, cigarro, etc.

Tem estudo que mostra que maiores níveis de


vitamina D diminuem em 20% a chance de desenvolver
quadros de menopausa precoce quando comparadas com
mulheres que tem índices menores.

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Mulheres que entram em menopausa precocemente
tem mais chances de desenvolver perda muscular e perda
óssea, podendo acarretar problemas futuros.

Um estudo publicado agora em 2020, na Revista


Climacteric traz na sua conclusão que mulheres que
suplementam vitamina D tem uma redução no risco de
desenvolver síndrome metabólica, hipertrigliceridemia e
hiperglicemia.

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Capítulo X – Vitamina D e a saúde bucal

Nesse capítulo, a mensagem mais importante que


quero deixar para vocês e que devemos pensar sempre.
Nossa saúde deve ser olhada como um todo e não devemos
segmenta-la.

Nossa saúde intestinal interfere e tem relação com a


nossa saúde bucal, cerebral, muscular, digestória e óssea.

Nosso corpo é um só. Se por acaso você tem um


problema inflamatório no seu intestino, causado por más
escolhas alimentares, essa inflamação vai afetar sua boca
como também seus músculos, sua velocidade de
recuperação, cicatrização e inúmeras outras áreas do seu
corpo serão afetadas.

Se você é profissional da área da saúde e estiver


acompanhando esse e-book, tem que saber dessa
correlação. Um cirurgião dentista que não conhece de
fisiologia não conseguirá atender por completo um paciente.
Se não souber ler e requisitar exames específicos, como
uma hemoglobina Glicada, glicose e um hemograma

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completo, sem esses exames ele não consegue tratar uma
gengivite ou periodontite de maneira adequada, pois além
dos fatores físicos bucais, tem como fonte do problema
um ph alterado na boca, por exemplo. E só se consegue
um diagnóstico definitivo pelos exames.

Uma cirurgia de implante, para se avaliar a cicatrização


desse paciente e ter uma melhor resposta de integração
óssea, deve der analisados níveis de vitamina K, K2, D...
Posso continuar citando outros exames que considero
adequados...

Com todo o avanço e conhecimento que temos hoje, a


prevenção, para os profissionais da saúde deveria ser uma
busca constante, mas infelizmente saímos da faculdade,
seja dentistas, médicos ou farmacêuticos, mais
preocupados em tratar doenças e qual a função do
medicamento X do que preocupado com estratégias de
prevenção.

Ainda na área da saúde, educadores físicos e


fisioterapeutas tem papel fundamental nessa abordagem
multidisciplinar. A saúde está na atividade física, assim
como está nas estratégias alimentares. Precisamos

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trabalhar em conjunto.

Mas falando em vitamina D e saúde bucal, um estudo


de 2020, publicado no Journal of Steroid Biochemistry and
Molecular Biology, traz que minerais como magnésio, cálcio
e a vitamina D tem papel fundamental na saúde bucal.
Níveis inadequados dessas substancias geram mais
reabsorção óssea na região bucal, aumenta a tendência
de sangramentos bucais, reabsorção alveolar e
perda prematura dental. A vitamina D tem papel
importante na questão inflamatória e permite uma
melhor absorção de cálcio e uma otimização da
remodelação óssea.

Um outro estudo, de 2019, publicado no periódico de


Biomedicine and Pharmacotherapy traz a importância da
vitamina D e a sua relação no câncer bucal. É sabido que o
câncer bucal é um dos mais comuns e com pior prognóstico.
No estudo se mostrou que a vitamina D aumenta a
apoptose, morte programada de células cancerígenas e tem
papel promissor no tratamento do câncer.

Nesse artigo também mostra que níveis baixos de


vitamina D aumentam o risco de câncer, não apenas o

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bucal. E a conclusão do estudo foi que temos diversos
estudos in vitro e in vivo que a vitamina D traz evidencias
promissoras no combate do câncer oral e nos outros
canceres.

Os autores esperam que as informações possam


nortear os cirurgiões dentistas e oncologistas na tentativa de
melhorar a saúde oral e um melhor prognostico para seus
pacientes.

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Capítulo XI - O que fazer ? – Dicas do Dr Diego

Deus foi sábio quando fez o ser humano. Nós


precisamos de vitamina D, mas ele deu para nós o astro rei,
o sol. A exposição ao sol é uma estratégia boa para a
melhora nos níveis de vitamina D.

Porém devemos levar em conta algumas questões


importantes. O local onde vive é fator fundamental de ser
analisado.

Quanto mais afastados estivermos da linha do


equador, menor será nossa capacidade de absorver raios
solares. Por isso, pessoas que moram no sul do Brasil
apresentam níveis mais baixos de vitamina D.

O horário que vai pegar sol também é importante. o


ideal, pela inclinação dos raios, seria das 10:30 as 14:30.
Com grande parte do corpo exposto ao sol e sem protetor
solar. Por 20, 30 minutos.

Mas você deve estar se perguntando, e o câncer de


pele?

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Pois é pessoal, o que causa o câncer não é o sol em si,
mas um corpo inflamado, devido estratégias alimentares
inadequadas que quando entra em contato com os raios
solares, o corpo tem uma chance maior de criar erros na
replicação do DNA e a pessoa vir a desenvolver o câncer de
pele.

Teoricamente, uma pessoa saudável ,com bons


hábitos alimentares e fisicamente ativa, não corre risco de
câncer de pele se expor por 20 ou 30 minutos diários, com
essa estratégia.

O grande problema do ser humano é a inflamação


crônica, subclínica. Temos meios de evitar, reverter e inibir
essa inflamação.

Essa inflamação geral leva a inúmeros problemas


corporais e bucais, mas isso é tema para um próximo e-
book. Até Lá!!

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