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CENTRO UNIVERSITÁRIO BARRIGA VERDE - UNIBAVE

FARMÁCIA
ANA CAROLINE RAMOS DA SILVA
NATALIA RODRIGUES

A INFLUÊNCIA DA VITAMINA D NA ARTRITE REUMATOIDE

ORLEANS
2017
ANA CAROLINE RAMOS DA SILVA
NATALIA RODRIGUES

A INFLUÊNCIA DA VITAMINA D NA ARTRITE REUMATOIDE

Trabalho Acadêmico apresentado à


disciplina de Pesquisa Clínica na
Indústria Farmacêutica como
requisito parcial para obtenção da
aprovação no Curso de Farmácia do
Centro Universitário Barriga Verde –
UNIBAVE.

Professor: Carlos Henrique Blum da


Silva

ORLEANS
2017
RESUMO

Pesquisas feitas nos últimos anos demonstraram que a vitamina D e seus pró-
hormônios além de possuírem função no metabolismo do cálcio e da formação óssea,
também tem interação com o sistema imunológico. Acredita-se que a vitamina D possa
interagir com o sistema imunológico através de sua ação sobre a regulação de células
como linfócitos e macrófago. Diante dos estudos realizados sugere-se, que a vitamina
D seja um fator externo importante capaz de afetar a prevalência de doenças
autoimunes, como a artrite reumatoide (AR). Desta forma a pesquisa busca analisar o
metabolismo e as funções da vitamina D, dando ênfase na sua ação sobre o sistema
imune e a sua participação na AR.
INTRODUÇÃO

Estima-se que nos últimos anos a prevalência das doenças autoimunes (DAI)

possa ganhar uma proporção maior do que o esperado. Atualmente as DAI estão entre

as três principais causas de morbidade e mortalidade no mundo, superado apenas pelo

câncer e doenças cardíacas. As Dai são síndrome clinica distintas caracterizadas por

várias alterações na resposta imune normal, com perda da tolerância para constituintes

do próprio hospedeiro.

As DAI representam um grupo heterogêneo que pode envolver praticamente

todos os órgãos ou sistemas orgânicos com apresentação e gravidade distintas, que

podem ser tratadas com anti-inflamatórios, imunossupressores e imunomoduladores,

apresentando resultados positivos na maioria dos pacientes. Podendo se manifestar de

duas maneiras: sistêmica ou autoimune inflamatória sistêmica (CARRILHO, 2009).

Apesar das DAI possuírem uma alta taxa de incidência e ser conhecida há

décadas atrás na comunidade cientifica, sua etiologia e patogênese em sua mais

variada forma de manifestação ainda é desconhecida. Muitos fatores e agentes podem

contribuir para o desenvolvimento das doenças autoimunes, recentemente percebeu-se

que a vitamina D pode influenciar na autoimunidade do organismo.

As funções mais conhecidas da vitamina D são o desenvolvimento e manutenção

do tecido ósseo, manutenção da homeostase normal do cálcio e do fósforo. No entanto,

descobertas recentes sugerem a participação dessa vitamina em vários processos

celulares vitais, como: diferenciação e proliferação celular, secreção hormonal (por


exemplo: insulina), assim como no sistema imune e em diversas doenças crônicas não

transmissíveis.

Pesquisas sugerem que a vitamina D possa ser um regulador do sistema

imunológico, essa hipótese se deu, devido a identificação de receptores de vitamina D

em células do sistema autoimune e o fato de que as células dendríticas ativadas

produzem essa vitamina (GUIMARÃES; SANTOS; OLIVEIRA, 2008).

Para garantir o bom funcionamento do sistema imune é necessário que os níveis

de vitamina D estejam corretos, porém esses valores ainda não foram bem definidos. É

provável que exista diferença, na determinação dos valores necessários para prevenir a

deficiência de vitamina D ou manter a homeostase do cálcio. Sugere-se que a vitamina

D e seus análogos vão muito além de prevenir o desenvolvimento de doenças

autoimunes, como também poderiam ser utilizados no tratamento das mesmas.

Perante estas concepções o presente estudo tem por objetivo, analisar os

estudos científicos evidenciando ou não a possível eficácia do uso da vitamina D na AR

(DANTAS; DUARTE; MARQUES, 2009).


OBJETIVOS

Objetivo Geral

Avaliar a eficácia da Vitamina D no tratamento da artrite reumatoide na cidade de

Orleans/SC.

Objetivos específicos

 Comparar a eficácia em pacientes que fazem uso de suplementação de vitamina

D e em pacientes que fazem uso de hidroxicloroquina.

 Verificar como a vitamina D atua no organismo para a melhoria dos pacientes

portadores de AR.

 Analisar a literatura disponível acerca da influência da vitamina D na prevenção

do desenvolvimento de AR.
JUSTIFICATIVA

Nos últimos anos, foram realizados diversos estudos sobre a utilização da

suplementação vitamínica buscando a prevenção de doenças. Porém, muitos desses

estudos não demonstraram qualquer benefício dessa suplementação em pessoas

saudáveis, podendo inclusive haver malefícios com o uso indiscriminado de algumas

vitaminas.

A vitamina D e seus pró-hormônios tem sido alvo de inúmeras pesquisas que

comprovaram que sua função vai além do metabolismo do cálcio e da formação óssea.

Ou seja, existem indícios que a deficiência ou a insuficiência de vitamina D esteja

relacionada a várias doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, artrite

reumatoide (AR), Diabetes Mellitus tipo 1 e esclerose múltipla.

Com base nesse pressuposto pretende-se verificar na literatura existente,

analisando-se minunciosamente os dados e as opiniões dos autores sobre o assunto e

compilando de forma crítica e organizada as conclusões apresentadas, sendo assim

possível verificar se a insuficiência de vitamina D influencia realmente na etiologia e no

tratamento de doenças autoimunes como a AR.


HIPÓTESES

O paciente com artrite reumatoide (AR) necessita de um tratamento multidisciplinar que

envolva, além de medicação, a educação do paciente e de seus familiares, fisioterapia,

suporte psicossocial, injeções intra-articulares com corticoide e cirurgia. Como citado

anteriormente, recentemente vem sendo descrito na literatura que a deficiência de

vitamina D propicia o desenvolvimento da AR. Nesse sentido, resta a dúvida: existem

estudos científicos comprovando que a vitamina D influencia no tratamento da AR?

SUJEITOS E MÉTODOS

Desenho

A presente pesquisa visa analisar a influência da vitamina D na artrite

reumatoide, onde será realizado estudo clínico duplo cego randomizado em um grupo

de 1.000 mulheres com idade entre 35 a 70 anos, portadoras da doença AR, que

voluntariamente aderiram ao estudo com o objetivo de alcançar melhoras para a

doença. A pesquisa será constituída por uma organização de saúde pública sem fins

lucrativos. Afim de identificar a eficácia da suplementação de vitamina D e o

medicamento hidroxicloroquina. A organização de saúde pública administrará o

suplemento de vitamina D em 500 mulheres, onde por 30 dias será analisado se ouve

alguma melhora significativa para doença. O mesmo será aplicado para a

hidroxicoloquina.
Seleção de sujeitos

Para a realização da pesquisa foi selecionado o fármaco hidroxicloroquina, onde

também é usado para outras patologias além de artrite reumatoide como afecções

reumáticas e dermatológicas (reumatismo e problemas de pele), artrite reumatoide

juvenil (em crianças), lúpus eritematoso sistêmico (doença multissistêmica), lúpus

eritematoso discoide (lúpus eritematoso da pele), condições dermatológicas (problemas

de pele) provocadas ou agravadas pela luz solar.

Para a realização da pesquisa será feito uma seleção seguindo alguns critérios, como:

 Sexo;

 Idade;

 Raça;

 Cor;

 Patologias.

Variáveis e conceito

Os grupos selecionados foram mulheres portadoras da doença artrite


reumatoide. Foram listados os sintomas mais comuns como: dor nas articulações
dos dedos das mãos e pés, nas articulações de joelhos e tornozelos e rigidez.
Técnicas, testes e exames.

Os testes serão realizados em dois grupos de mulheres selecionadas, onde


serão alojadas em um laboratório. O primeiro grupo de 500 mulheres receberão doses
de suplementação de vitamina D e o segundo grupo também com 500 mulheres
receberão doses de hidroxicloroquina. Após os testes durante 30 dias será avaliado
ouve melhora significativa da AR. O exame de sangue mostrará a velocidade de
hemossedimentação (VHS) e a proteína C-reativa (PCR) que indicam o nível de
inflamação, e irá medir o nível de anticorpos anti-CCP que são anticorpos contra uma
substância sintetizada em laboratório chamada peptídeo citrulinado cíclico (CCP), é
particularmente útil na detecção da AR.

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


IV - CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - Resolução 196/96 CONEP
 O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após consentimento livre e
esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si e/ou por seus representantes legais manifestem
a sua anuência à participação na pesquisa.

 IV.1 - Exige-se que o esclarecimento dos sujeitos se faça em linguagem acessível e que inclua
necessariamente os seguintes aspectos:

a) a justificativa, os objetivos e os procedimentos que serão utilizados na pesquisa;


b) os desconfortos e riscos possíveis e os benefícios esperados;
c) os métodos alternativos existentes;
d) a forma de acompanhamento e assistência, assim como seus responsáveis;
e) a garantia de esclarecimento, antes e durante o curso da pesquisa, sobre a metodologia, informando a
possibilidade de inclusão em grupo controle ou placebo;
f) a liberdade do sujeito se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da
pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado;
g) a garantia do sigilo que assegure a privacidade dos sujeitos quanto aos dados confidenciais envolvidos
na pesquisa;
h) as formas de ressarcimento das despesas decorrentes da participação na pesquisa; e
i) as formas de indenização diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa.

IV.2 - O termo de consentimento livre e esclarecido obedecerá aos seguintes requisitos:


a) ser elaborado pelo pesquisador responsável, expressando o cumprimento de cada uma das exigências
acima;
b) ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa que referenda a investigação;
c) ser assinado ou identificado por impressão dactiloscópica, por todos e cada um dos sujeitos da
pesquisa ou por seus representantes legais; e
d) ser elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo sujeito da pesquisa ou por seu representante legal
e uma arquivada pelo pesquisador.

IV.3 - Nos casos em que haja qualquer restrição à liberdade ou ao esclarecimento necessários para o
adequado consentimento, deve-se ainda observar:
a) em pesquisas envolvendo crianças e adolescentes, portadores de perturbação ou doença mental e
sujeitos em situação de substancial diminuição em suas capacidades de consentimento, deverá haver
justificação clara da escolha dos sujeitos da pesquisa, especificada no protocolo, aprovada pelo Comitê
de Ética em Pesquisa, e cumprir as exigências do consentimento livre e esclarecido, através dos
representantes legais dos referidos sujeitos, sem suspensão do direito de informação do indivíduo, no
limite de sua capacidade;
b) a liberdade do consentimento deverá ser particularmente garantida para aqueles sujeitos que, embora
adultos e capazes, estejam expostos a condicionamentos específicos ou à influência de autoridade,
especialmente estudantes, militares, empregados, presidiários, internos em centros de readaptação,
casas-abrigo, asilos, associações religiosas e semelhantes, assegurando-lhes a inteira liberdade de
participar ou não da pesquisa, sem quaisquer represálias;
c) nos casos em que seja impossível registrar o consentimento livre e esclarecido, tal fato deve ser
devidamente documentado com explicação das causas da impossibilidade e parecer do Comitê de Ética
em Pesquisa;
d) as pesquisas em pessoas com o diagnóstico de morte encefálica só podem ser realizadas desde que
estejam preenchidas as seguintes condições:
- documento comprobatório da morte encefálica (atestado de óbito);
- consentimento explícito dos familiares e/ou do responsável legal, ou manifestação prévia da vontade da
pessoa;
- respeito total à dignidade do ser humano sem mutilação ou violação do corpo;
- sem ônus econômico financeiro adicional à família;
- sem prejuízo para outros pacientes aguardando internação ou tratamento;
- possibilidade de obter conhecimento científico relevante, novo e que não possa ser obtido de outra
maneira;
e) em comunidades culturalmente diferenciadas, inclusive indígenas, deve-se contar com a anuência
antecipada da comunidade através dos seus próprios líderes, não se dispensando, porém, esforços no
sentido de obtenção do consentimento individual;
f) quando o mérito da pesquisa depender de alguma restrição de informações aos sujeitos, tal fato deve
ser devidamente explicitado e justificado pelo pesquisador e submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa.
Os dados obtidos a partir dos sujeitos da pesquisa não poderão ser usados para outros fins que os não
previstos no protocolo e/ou no consentimento.
REFERÊNCIAS

CARRILHO, F. M.C. C. T. F., 2009. Influência de níveis de vitamina D na atividade


da artrite reumatoide. Coimbra, 105p. dissertação de Mestrado em Nutrição Clínica –
Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra. Disponível em <
https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/18605/1/CD%20Tes%20Mestrado
%20Fernanda%20Carrilho.pfd>. Acesso em: 20 out. 2017.

DANTAS, A. T; DUARTE, A, L, B, P; MARQUES, C. D. L. A vitamina D na artrite


reumatoide e no lúpus eritematoso. Rev. Temas de Reumatologia, v. 10, n. 2, p. 53-59,
2009. Disponível em http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?
fase=r003&id_materia=4041>. Acesso em 20 out, 2007.

GUIMARÃES, F.A. B; SANTOS, M. A dos; OLIVEIRA, E. A de. Qualidade de vida de


pacientes com doenças autoimunes submetidos a Transplante de medula óssea: um
estudo longitudinal. Rev. Latino-am Enfermagem, v.16, n. 5, p. 856-863, 2008.
Disponível em http://www.revistas.usp.br/rlae/article/viewFile/17015/18987. Acesso em
20 out, 2017.

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