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NUTRIÇÃO
RAIZ
Suplementação
de Vitamina D
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NUTRIÇÃO RAIZ SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D
VITAMINA D
POÇÃO MÁGICA OU MITO ?
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NUTRIÇÃO RAIZ SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D
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NUTRIÇÃO RAIZ SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D
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NUTRIÇÃO RAIZ SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D
onde a maioria das pessoas é deficiente DM1. Além disso, uma meta-análise
em vit. D, de acordo com o método que avaliou o efeito da
usado atualmente. Na busca de suplementação de vitamina D na DM2
compreender melhor esses achados, não mostrou efeito de vit. D sobre
estudou-se o uso da vitamina D para glicemia em jejum, HbA1c e níveis de
diminuir os sintomas. Em uma revisão insulina em jejum. Em um ECR recente
sistêmica recente de 84 estudos (N = 2.423, acompanhamento de 2,5
observacionais, concluiu-se que a anos), a suplementação diária de
maioria dos estudos observacionais 4.000 UI em adultos com alto risco de
epidemiológicos mostra uma relação DM2 não resultou em diminuição
inversa entre 25 (OH) D e mortalidade significativa no risco de diabetes
por todas as causas. A menor comparado com o placebo. Apesar de
mortalidade foi encontrada nos níveis de estudos observacionais mostrarem
vit. D entre 50-75 nmol / L. Para avaliar uma relação inversa entre a vitamina
se as correlações encontradas nos D e mortalidade, em geral, as
estudos observacionais são baseadas na evidências de alta qualidade indicam
causalidade, os ensaios clínicos que os efeitos terapêuticos da
randomizados (ECR) devem confirmar vitamina D são inexistentes ou muito
esses achados, e é aqui que esse conto modestos, já que na grande maioria
de fada começa a se desestabilizar, visto dos ensaios clínicos randomizados e
que, muitos ensaios clínicos metanálises não foram demonstrados
randomizados (ECR) tiveram resultados efeitos significativos. Logo, os
predominantemente negativos, falhando resultados apresentados por estudos
em mostrar efeitos significativos da observacionais podem ocorrer por
suplementação de vitamina D em vários causalidade inversa. Por exemplo,
casos, onde os desfechos não foram uma saúde precária está relacionada a
significativamente diferentes entre o uma baixa exposição ao sol, o que
grupo controle e o grupo intervenção. consequentemente levaria a baixos
Em um recente ECR, com o níveis de vit. D. Além disso, há uma
acompanhamento de mais de 5 anos e diminuição da VDBP durante estados
uma suplementação de 2.000 UI por dia, inflamatórios, o que pode ter afetado
não foi encontrado efeito da os resultados e levar a uma avaliação
suplementação de vitamina D na incorreta do status de vit. D.
mortalidade por todas as causas. Na
Há dois pontos muito importantes a
revisão feita por Dankers et al. concluiu-
serem considerados. Até o momento,
se que não houve efeito benéfico para
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NUTRIÇÃO RAIZ SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D
Referências:
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PARTE 2
Introdução ao
comportamento
alimentar
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NUTRIÇÃO RAIZ INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
PORQUE COMEMOS
O QUE COMEMOS ?
A área da nutrição comportamental tem nesse aspecto, preocupação essa que
crescido bastante nos últimos anos. Isso nem todos os profissionais tem tido, e
é muito positivo, pois significa que aos consequentemente, muita informação
poucos estamos deixando pra trás equivocada é disseminada. O
aquele pensamento antigo e simplista de comportamento alimentar é complexo, e
enxergar a nutrição apenas como precisamos tratá-lo como tal. A ingestão
calories in, calories out (calorias alimentar é ditada por dois principais
ingeridas e calorias gastas). Porém, a mecanismos. Um deles é a regulação
nutrição comportamental tampouco se homeostática, que é coordenada por
resume em apenas pensar além da dois conjuntos de sinalização integrado
estética ou ter empatia por seu paciente. e atuante em áreas do cérebro, tendo o
A nutrição é uma ciência, assim, hipotálamo como o principal
precisamos entender o comportamento orquestrador. São eles: os sinais de curto
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NUTRIÇÃO RAIZ INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
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NUTRIÇÃO RAIZ INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
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NUTRIÇÃO RAIZ INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Referências:
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CAPÍTULO 3
Exercício e
sistema imune
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NUTRIÇÃO RAIZ EXERCÍCIO E SISTEMA IMUNE
EXERCÍCIO FÍSICO E A
IMUNOSSUPRESSÃO
Está mais do que claro que a prática de em um período de até 3 horas,
exercício físico é muito mais do que uma retornando aos níveis basais dentro de
questão de capricho ou vaidade com o 24 horas após a sessão de treino. Além
corpo. Vários estudos em humanos e disso, o exercício demonstrou ter um
animais demonstraram que o exercício efeito benéfico na microbiota
físico tem ações imunomoduladoras, e intestinal, principalmente por provocar
sua prática regular reduz a incidência de aumento nas taxas de butirato e
doenças transmissíveis como infecções reduzindo as citocinas pró-
virais e bacterianas, assim como as não inflamatórias (figura 3.1). Apesar dos
transmissíveis, como câncer, doença aparentes benefícios à saúde
cardiovascular e distúrbios inflamatórios. alcançados ao levar um estilo de vida
O exercício aumenta em 2-3 vezes o ativo, o efeito agudo de um sessão de
número total de leucócitos no sangue exercício sobre a função imune
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NUTRIÇÃO RAIZ EXERCÍCIO E SISTEMA IMUNE
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NUTRIÇÃO RAIZ EXERCÍCIO E SISTEMA IMUNE
aumentou em resposta a
ambos os exercícios. Embora
a evidência nesse tópico seja
pouco esclarecedora, os
autores do estudo levantaram
um ponto interessante:
o exercício tem um “ efeito na
quantidade de saliva, mas não
na qualidade da saliva. ”
De qualquer maneira, a IgA
salivar é altamente vulnerável
a variações de curto prazo,
devido a fatores como
diferenças sexuais, dieta,
etnia, doença, uso de
medicamentos, tabaco, fase
do ciclo menstrual. Como a
secreção salivar de IgA é
Figura 3.2 A teoria da janela aberta. controlada pelo sistema
parassimpático e sistema
nervoso simpático, o estresse
A teoria também tinha como argumento psicológico também desempenha um
os níveis de IgA presentes na saliva e papel poderoso na regulação de seus
dado que a IgA é a imunoglobulina mais níveis. No entanto, seus níveis variam,
abundante na mucosa e que seu papel principalmente, em decorrer do ritmo
principal é a inibição de patógenos, circadiano, tipicamente atingindo o
alterações de IgA salivar após o exercício pico de manhã e caindo
pode ser considerado importante à luz posteriormente. Assim, com todas
do risco supostamente maior de essas considerações, parece no
infecções entre atletas. Embora alguns mínimo ambicioso dizer que qualquer
estudos demonstrem que o IgA reduziu sutil alteração no IgA salivar após o
no período pós-treino, em geral são exercício reflete uma supressão na
estudos que não controlam o nível de imunidade e um risco aumentado de
saliva produzido, o que pode, infecções.
consequentemente, afetar os resultados, Embora exista controvérsia em alguns
deturpando a secreção de IgA. Um pontos propostos em teorias e
estudo de Blannin e colegas avaliou os consequentemente algumas
efeitos de exercícios em diferentes
justificativas sugeridas no passado
intensidades (moderada/alta) e os
resultados mostraram que, embora a possam apresentar erros, há outros
taxa de fluxo da saliva tenha diminuído, a motivos para que exercício promova
taxa de secreção de IgA, na verdade, imunodisfunção, e provavelmente está
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Referências:
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