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ANOTAÇÃO DE AULA
EMENTA DA AULA
3. CAPACIDADE
Tradicionalmente a doutrina e a legislação dividem a capacidade em 2 tipos, a primeira é a capacidade
de direito (ou gozo) que é a aptidão para ser titular de direitos e deveres. Não se confunde com a
capacidade de fato (de exercícios, de agir ou de obrar) que é a capacidade de exercer pessoalmente de
direitos e deveres dos quais se é titular.
4. INCAPACIDADE
Incapacidade só se refere a incapacidade de fato isso porque o direito (ou gozo) todos são capazes.
A lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência ou lei brasileira de inclusão) alterou radicalmente
o sistema brasileiro de incapacidade.
Esta lei é uma lei ordinária, baseada na convenção de nova York. A convenção de NY ingressou no
ordenamento jurídico da forma prevista do Art. 5 parágrafo 3° da CF (ou seja entrou com status de
emenda constitucional). O EPD (Estatuto da Pessoa com Deficiência) alterou significativamente o Código
Civil. A partir da sua entrada em vigor, a única hipótese de incapacidade absoluta passou a ser idade
inferior a 16 anos.
5. RELATIVAMENTE INCAPAZES
Com relação aos relativamente incapazes o art. 4 passou a ter seguinte redação:
São relativamente incapazes a certos atos ou a maneira de os exercer:
I. Os maiores de 16 e menores de 18
II. O ébrio habitual e o viciado em toxico
III. 3 os que por causa transitória ou definitiva não puderem exprimir sua vontade
Disciplina: Direito Civil
Professor: Maurício Bunazar
Aula: 01 à 03
IV. 4 o pródigo
Atenção: os enfermos mentais, deficientes mentais e excepcionais sem desenvolvimento mental
completo não estão mais arrolados entre os relativamente incapazes e nem entre os absolutamente
incapazes, razão pelo qual passaram a ser considerados plenamente capazes. Nesse sentido o Art. 6º do
EPD afirma com todas as letras que a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa
excepcionalmente a pessoa com deficiência poderá ser submetida a curatela caso em que passará a ser
relativamente incapaz.
Atenção: a curatela se referirá exclusivamente aos atos de natureza patrimonial ou negocial, embora
muitos autores elogiem alei, fato é que ela tem problemas graves. O Código Civil protege o
absolutamente incapaz contra a prescrição e contra a usucapião, no entanto, essa proteção agora só se
aplica aos menores de 16 anos.
6. EMANCIPAÇÃO
Parágrafo único do Art. 5º, a emancipação consiste na antecipação da capacidade plena e não da
maioridade. A emancipação pode ser:
I. Voluntaria: é realizada pelo pai e pela mãe (ou por um deles na falta do outro) por escritura
publica desde que o menor tenha pelo menos 16 anos completos;
II. Judicial: defere-se ao menor seu jeito a tutela. Neste caso o menos deve ter pelo menos 16 anos
completos e o juiz decidirá após ouvir o Ministério Público e o tutor
III. Emancipação Legal: é aquela que decorre da incidência da lei:
1) Casamento: Casou – emancipou. Obs.: Não existe mais a possibilidade do casamento do
menor de 16 anos, conforme dispões o Art. 1.520 do CC.
2) Pela colação de grau em curso de nível superior
3) Pelo exercício de emprego público efetivo
4) Se o menor for pelo menos 16 anos completos tiver economia própria em relação ao seu
trabalho.