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Disciplina: Direito Civil

Professor: Maurício Bunazar


Aula: 01 à 03

ANOTAÇÃO DE AULA
EMENTA DA AULA

1. Introdução - Direito Civil Parte Geral - Pessoas;


2. Aquisição Da Personalidade Civil
3. Capacidade
4. Incapacidade
5. Relativamente Incapazes
6. Emancipação

1. INTRODUÇÃO - DIREITO CIVIL PARTE GERAL - PESSOAS

Tradicionalmente as pessoas são divididas em:


Pessoas naturais (ou física) e;
Pessoas jurídica (morais ou coletivas).
Embora âmbar sejam chamadas de pessoas, na verdade elas são inconfundíveis. A pessoas natural tem
existência independente do direito, já a pessoa jurídica de direito privado só passa a existir quando há o
registro do seu ato constitutivo no órgão de registro (Art. 45 do CC) . Além disso os seres humanos são
fins em si mesmos.
Como ensina Miguel Reale, as pessoas humanas são o valor fonte de todo o direito, já as pessoas
jurídicas são sempre instrumentais, a existência delas só se justifica em atenção ao fim que se destina.
Tanto isso é verdade e que se a pessoa jurídica se desviar de sua personalidade, ela poderá ter a sua
personalidade desconsiderada.
As regras relativas à pessoas naturais só se aplicam às pessoas jurídicas por favor legal por exemplo o
Art. 52 do CC dispõe que a proteção dos direitos da personalidade se aplicam no que couber as pessoas
jurídicas. Com base nesse fundamento jurídico STJ editou a súmula 227 segundo a qual a pessoa jurídica
pode sofre dano moral.
Pessoa natural é o ser humano nascido com vida. A chamada dignidade uma é atributo do ser humano
e não da pessoa. A personalidade é tão somente necessária para a aquisição de deveres e direitos
patrimoniais.
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2. AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE CIVIL


O Art. 2 do CC dispõe que a personalidade civil começa do nascimento com vida mas a lei põe a salvo
desde concepção dos direitos do nascituro.
Atenção: a doutrina e a jurisprudência reconhece que o nascituro já é titular dos direitos de
personalidade, dos quais decorre da dignidade humana por esta razão o STJ admite por exemplo que o
nascituro possa sofrer dano moral.

3. CAPACIDADE
Tradicionalmente a doutrina e a legislação dividem a capacidade em 2 tipos, a primeira é a capacidade
de direito (ou gozo) que é a aptidão para ser titular de direitos e deveres. Não se confunde com a
capacidade de fato (de exercícios, de agir ou de obrar) que é a capacidade de exercer pessoalmente de
direitos e deveres dos quais se é titular.

4. INCAPACIDADE
Incapacidade só se refere a incapacidade de fato isso porque o direito (ou gozo) todos são capazes.
A lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência ou lei brasileira de inclusão) alterou radicalmente
o sistema brasileiro de incapacidade.
Esta lei é uma lei ordinária, baseada na convenção de nova York. A convenção de NY ingressou no
ordenamento jurídico da forma prevista do Art. 5 parágrafo 3° da CF (ou seja entrou com status de
emenda constitucional). O EPD (Estatuto da Pessoa com Deficiência) alterou significativamente o Código
Civil. A partir da sua entrada em vigor, a única hipótese de incapacidade absoluta passou a ser idade
inferior a 16 anos.

5. RELATIVAMENTE INCAPAZES
Com relação aos relativamente incapazes o art. 4 passou a ter seguinte redação:
São relativamente incapazes a certos atos ou a maneira de os exercer:
I. Os maiores de 16 e menores de 18
II. O ébrio habitual e o viciado em toxico
III. 3 os que por causa transitória ou definitiva não puderem exprimir sua vontade
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IV. 4 o pródigo
Atenção: os enfermos mentais, deficientes mentais e excepcionais sem desenvolvimento mental
completo não estão mais arrolados entre os relativamente incapazes e nem entre os absolutamente
incapazes, razão pelo qual passaram a ser considerados plenamente capazes. Nesse sentido o Art. 6º do
EPD afirma com todas as letras que a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa
excepcionalmente a pessoa com deficiência poderá ser submetida a curatela caso em que passará a ser
relativamente incapaz.
Atenção: a curatela se referirá exclusivamente aos atos de natureza patrimonial ou negocial, embora
muitos autores elogiem alei, fato é que ela tem problemas graves. O Código Civil protege o
absolutamente incapaz contra a prescrição e contra a usucapião, no entanto, essa proteção agora só se
aplica aos menores de 16 anos.

6. EMANCIPAÇÃO
Parágrafo único do Art. 5º, a emancipação consiste na antecipação da capacidade plena e não da
maioridade. A emancipação pode ser:
I. Voluntaria: é realizada pelo pai e pela mãe (ou por um deles na falta do outro) por escritura
publica desde que o menor tenha pelo menos 16 anos completos;
II. Judicial: defere-se ao menor seu jeito a tutela. Neste caso o menos deve ter pelo menos 16 anos
completos e o juiz decidirá após ouvir o Ministério Público e o tutor
III. Emancipação Legal: é aquela que decorre da incidência da lei:
1) Casamento: Casou – emancipou. Obs.: Não existe mais a possibilidade do casamento do
menor de 16 anos, conforme dispões o Art. 1.520 do CC.
2) Pela colação de grau em curso de nível superior
3) Pelo exercício de emprego público efetivo
4) Se o menor for pelo menos 16 anos completos tiver economia própria em relação ao seu
trabalho.

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