Você está na página 1de 2

 Unidade I – Codificação

- Vantagens: Estabilidade; Organização; Unificação das leis vigentes;

- Desvantagens: Fossilização jurídica (complexo p/ modificar); muito extenso (causa distanciamento);

° Tentativas: (1824 – 1916) * desafio: “criar do 0”

1. Augusto Teixeira de Freitas (1859) – encomendado por D. Pedro II; inspirou o CC argentino; era muito extenso e não finalizou.

2. Clóvis Beviláqua (1916)

- 1889 – 1900: período de elaboração da obra;


O CC 1916 não possui capítulo que versa sobre DH;
- 1900- 1916: período de modificação da obra;
Existiam leis absurdas para defender a propriedade,
* Inspiração na codificação francesa (que era avançada pra época) como “interditar” os “loucos” como os PCD; E tal
cláusula era definitiva, mesmo se tratando de uma
- Pilares do CC de 1916: deficiência temporária (atualmente = curatela);

1. Patriarcal (família) Art. 233. “O marido é o chefe da sociedade conjugal..” Tornou-se impopular, por possuir normas que se
distanciavam da realidade do cidadão comum.
Art. 377. Quando o adotante tiver filhos legítimos,
legitimados ou reconhecidos, a relação de adoção
. não envolve a de sucessão hereditária.

2. Direitos patrimoniais prevaleciam sob a dignidade da pessoa humana (propriedade): O proprietário, ou inquilino de um prédio
tem o direito de impedir que o mau uso da propriedade vizinha possa prejudicar a segurança, o sossego e a saúde dos que o
habitam. (Art. 554);

3. Contrato (Dogma da Autonomia da Vontade): Uma vez submetido, vai até o final; ex: péssimas condições de emprego.

° Fim do CC de 1916; contexto:

- 2° guerra Mundial; CF 1988; CC 1916 tornou-se arcaico;

- 1969: comissão para rever (Liderança – Reale);  Influência humanista/ iluminista;


 + foco na pessoa; - no patrimônio.
- 1975: comissão conclui projeto de lei;
 Alinhado com valores democráticos;
- 1988: CF 

- 2002: publicação do novo Código. O Código de 2002 trouxe normas gerais, possuindo conteúdo vago e
impreciso intencionalmente, permitindo que o ordenamento jurídico
- Princípios: mantenha uma eficácia social e possa solucionar problemas inexistentes à
época da edição do Código Civil.
1. Operabilidade: solução amigável de conflitos; torna o direito
+ “maleável”; ex: Ao invés de processar o indivíduo que utilizava
sua imagem sem autorização, a curitibana pediu alguns crepes, como pagamento, pelo uso da foto.

2. Socialidade: direitos coletivos prevalecem sob os individuais; retira o viés individualista contido no Código de 1916 e limita os
direitos subjetivos ao princípio da solidariedade social. (ex: Art. 421. CC A liberdade de contratar será exercida em razão e nos
limites da função social do contrato.)

3. Eticidade: Impõe justiça/ boa fé nas relações civis; Exemplo: ao mentir em processo judicial objetivando o ganho de danos
morais um advogado é condenado por litigância de má-fé.

- Constitucionalização do Direito Civil: (e “civilização” do Direito Constitucional)

- Raízes da expressão “Direito Civil Constitucional”: Doutrina Italiana (Pietro Perlingieri);

- A Constituição passou a tutelar princípios e direitos privados em seu texto na medida em que detectou-se uma “erosão” do
Código Civil;

- A CF positivou direitos fundamentais da pessoa, não contidas até então no CC e as normas de natureza civil ganharam
regulamentação constitucional;

- Tal mudança Constitucional permitiu a revitalização do Direito Civil, mudar a feição essencialmente patrimonialista;

- O Código deixou de ser estático e passou a tutelar direitos visando as necessidades dos
indivíduos e não de seus patrimônio; Mudança até mesmo no plano empresarial:
empresas pequenas são empresas!
A Constituição começou a proteger não apenas princípios e direitos públicos, mas também princípios e direitos
privados em seu texto, devido à percepção de que o Código Civil, que é a lei que regula as relações privadas no
Brasil, estava se tornando insuficiente para garantir adequadamente esses direitos.

Com isso, a Constituição passou a estabelecer normas e garantias que protegem os direitos e interesses das
pessoas em suas relações privadas, como o direito à propriedade, à liberdade contratual, à privacidade, entre
outros. Dessa forma, a Constituição atua como uma espécie de "guardiã" dos direitos privados, reforçando a
proteção que já é garantida pelo Código Civil.

Você também pode gostar