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Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
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CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Atualidades do Mercado Financeiro

Internet Banking

DE OLHO NO CONCEITO

O Internet Banking é um instrumento que permite você acessar a sua conta bancária
via internet. Ele oferece os mesmos serviços de um banco tradicional, como: consulta
de saldo, transferências, pagamentos, pedidos de empréstimo, entre outros e está
disponível em diversas instituições financeiras.

O que é Internet Banking?

Vantagens do Internet Banking

• Desnecessidade de se locomover a uma agência

• Controle de finanças pessoais

• Inclusão digital no sistema bancário

Internet Banking e Segurança

Principais serviços oferecidos pelo Internet Banking:

• Pagamento de contas e boletos bancários;

• Solicitação de produtos financeiros: cartão de crédito, empréstimo, entre


outros;

• Consultas de saldos e extratos;

• Transferências entre contas do próprio banco;

• Transferências via DOC e TED para outras instituições financeiras;

• Recarga de celular;

• Aplicação de investimentos;

• Resgate de aplicações.
Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

Sobre a Internet banking é correto afirmar:

a) O internet banking representa uma nova modalidade de comércio eletrônico, pela


qual o cliente, valendo-se da internet tem acesso a vários serviços bancários para a
realização de negócios e contratos eletrônicos.

b) Dentre as desvantagens está o aumento de custos fixos de manutenção de uma


agência bancária, especificamente nas despesas de pessoal.

c) Entre as principais características está a burocratização de serviços.

d) Uma das vantagens o alcance geográfico, pelo fato da Internet atingir o mundo
todo, porém, a internet banking só pode fornecer serviços em pequena escala.

e) Aumentam os riscos de assaltos, porque há um menor movimento de pessoas,


moeda e serviços nas agências bancárias.

Gabarito: A
Atualidades do Mercado Financeiro

Mobile Banking

PARA COMEÇAR

O termo mobile banking refere-se ao uso de um smartphone ou outro dispositivo


móvel para realizar tarefas bancárias que normalmente só podiam ser feitas nas
agências ou por meio do computador pessoal. É também como são chamados os
serviços on-line que os bancos oferecem aos seus clientes, tais como monitoramento
de saldos da conta corrente, transferência de fundos entre contas, pagamento de
faturas, entre outros.
Atualidades do Mercado Financeiro

NOTE

Hoje, de cada 10 transações, com ou sem movimentação financeira, 6 são feitas por
meios digitais – celular ou computador.

Por meio de um dispositivo móvel, o usuário pode realizar as mais diferentes


transações financeiras, como:

• pagamento,

• recebimento,

• transferência,

• consulta a saldos e extratos,

• aplicações.
Atualidades do Mercado Financeiro

ATENÇÃO

O mobile banking é como ter uma agência ao alcance das mãos. E mesmo sendo
termos parecidos, o mobile e o internet banking não são a mesma coisa. O banco
móvel funciona de forma distinta.

O mobile banking é uma praticidade entregue através de dispositivos móveis (tablet,


smartphone, relógio tecnológico etc). Isto é, para que os clientes possam realizar
transações financeiras e operações bancárias sem a necessidade presencial nos
bancos.
Atualidades do Mercado Financeiro

O serviço de ‘banco online’ não é igual no internet banking e mobile banking. O uso
do internet banking é exclusivo no site ou plataforma online da instituição bancária,
já no banco móvel, o uso pode ser feito pelo aplicativo no celular ou outro dispositivo
móvel.

Inteligência artificial e investimentos no mobile banking

“2020 foi um ano muito importante para o setor bancário. É um ano marcado pela
aceleração da digitalização, a introdução do Pix e um pré-momento de openbanking.
Esse ano também batemos um recorde: foram quase R$ 26 bilhões investidos em
tecnologia somente para bancos dentro do País”.

Sergio Biagini, sócio-líder para a Indústria de Serviços Financeiros da Deloitte Brasil.

ATENÇÃO

O uso de aplicativos de bancos para celular e tablets, o chamado mobile banking, se


tornou o canal mais utilizado pelos brasileiros para operações bancárias em 2016,
superando pela primeira vez o internet banking, segundo pesquisa divulgada pela
Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
Atualidades do Mercado Financeiro

OBSERVAÇÃO

A participação do mobile no total de operações varia bastante de acordo com o banco.


No Branco do Brasil, o mobile responde por 40% e o Internet banking por 27%,
segundo informa a instituição. Já no Itaú Unibanco, o internet banking ainda lidera,
com 53% do total, ao passo que o mobile responde por 20%.

Como funciona o mobile banking?

O surgimento do mobile banking no Brasil afetou positivamente em como os clientes


utilizam a instituição financeira. A função além de trazer comodidade e praticidade,
também oferece outros benefícios.

• Realizar transações e operações financeiras de qualquer lugar.

• Mais controle sobre os investimentos e gastos.

• Redução de taxas cobradas pelas instituições para realizar transações e outros


serviços.

• Pagamento online de contas e boletos.


Atualidades do Mercado Financeiro

NA PRÁTICA

Segundo pesquisa realizada pela Febraban de Tecnologia Bancária 2020, em parceria


com a Deloitte, as operações por meio de mobile tiveram um aumento de 19% no
volume de operações em 2019, tornando-se um dos principais canais para as
atividades bancárias.

Sobre o mobile banking é incorreto afirmar que:

a) O mobile banking é uma solução tecnológica que invadiu o nosso dia a dia,
facilitando as mais diversas transações financeiras que, no passado, somente eram
realizadas nas sedes das instituições bancárias.

b) Ao trazer mais comodidade, agilidade e a possibilidade de fazer diferentes


operações na palma da mão e a qualquer hora, essa modalidade de transações tem
ganhando cada dia mais adeptos.

c) Mobile banking é a oferta de serviços financeiros diretamente por aplicativos de


uso exclusivo em celulares.

d) Com o acesso à internet muito mais facilitado e com os avanços tecnológicos,


novas empresas de tecnologia, chamadas de fintechs financeiras, estão trazendo
recursos ainda mais avançados e novos produtos para o mobile banking.

e) Tanto o mobile banking e internet banking vieram para facilitar a vida do


consumidor, garantindo acesso facilitado às operações financeiras.

Gabarito: C

Inovação e treinamento

Efeitos da pandemia

Quais são os desafios enfrentados pelos bancos com o mobile banking?

Considerando todos esses dados, as vantagens que mais se destacam pelo uso
do mobile banking pelos clientes são:

• autonomia e otimização de tempo;


Atualidades do Mercado Financeiro

• não precisar ir à agência bancária para realizar as transações financeiras;

• ter acesso a variados serviços e produtos bancários diretamente na tela do


dispositivo móvel;

• não ter horário limitado para acessar o banco;

• conseguir um controle mais efetivo da vida financeira.

Transformar o mobile banking em um canal transacional

Melhorar a usabilidade das aplicações mobile

Lidar com as ameaças à segurança da informação

Dicas de segurança no mobile banking

Mesmo com as diversas camadas de proteção oferecidas pelo aplicativo da instituição


bancária, o ideal é tomar algumas medidas preventivas para não correr o risco de ter
os dados roubados.

• Fazer download apenas de aplicativos oficiais;

• Manter os aplicativos das instituições bancárias atualizados;

• Conferir a rede de dados que está sendo utilizada;

• Evitar usar dispositivos móveis de terceiros;

• Preferir não salvar o login de acesso na conta no dispositivo utilizado;

• Fechar o aplicativo assim que terminar a utilização.

Como o mobile banking está relacionado às novas soluções de pagamento?

Mobile banking x Pix


Atualidades do Mercado Financeiro

NA PRÁTICA

A pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2019 revelou que, entre 2017 e 2018, as
transações realizadas por meio de canais digitais cresceram 16%, totalizando 60% das
transações bancárias. A respeito do uso dos canais digitais, assinale a alternativa
correta.

A) O aumento das transações com movimentação financeira nos canais digitais


evidencia o aumento da confiança do cliente na segurança do canal.

B) A abertura de conta por meio de canal digital somente pode ser efetuada pelo
internet banking.

C) O mobile banking somente pode ser usado para transações sem movimentação
financeira.

D) São considerados canais digitais o internet banking, o mobile banking e os


correspondentes no País.

E) Internet banking e mobile banking são canais digitais mutuamente excludentes, ou


seja, o cliente tem que informar ao banco qual canal quer usar para acessar as
transações bancárias.

Gabarito: A
Atualidades do Mercado Financeiro

Open Banking

CONCEITO

“Open Banking, na ótica do Banco Central do Brasil, é considerado o


compartilhamento de dados, produtos e serviços pelas instituições financeiras e
demais instituições autorizadas, a critério de seus clientes, em se tratando de dados a
eles relacionados, por meio de abertura e integração de plataformas e infraestruturas
de sistemas de informação, de forma segura, ágil e conveniente”

Trecho do comunicado da Diretoria de Regulação do Banco Central


Atualidades do Mercado Financeiro

ATENÇÃO

O Open Banking funciona sob regulação do Banco Central e todas as instituições


participantes precisam seguir as regras específicas do Open Banking para operar neste
ambiente. Toda a troca de informações no Open Banking está protegida pela Lei
Complementar n° 105/2001, do Sigilo Bancário, que proíbe o compartilhamento sem
consentimento ou a venda de dados por instituições não participantes. Todos os
participantes do Open Banking são fiscalizados e sujeitos a punições caso não sigam
as exigências previstas na legislação e regulamentação vigente.

PRESTE ATENÇÃO

Open Banking também opera sob a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), aprovada
em agosto de 2018 e com vigência a partir de agosto de 2020, que tem como objetivo
promover a proteção dos seus dados pessoais.

APIs: a tecnologia por trás do Open Banking

PRESTE ATENÇÃO

As APIs (Application Programming Interfaces, em português: Interface de


Programação de Aplicações) permitem que o compartilhamento de informações entre
instituições aconteça de maneira sigilosa e segura no Open Banking. Esta tecnologia
é utilizada no mundo todo e é a forma como os softwares conversam entre si.

Mas o que são padrões de programação?

O compartilhamento dos dados via API ocorre de forma criptografada e só pode


acontecer após três etapas obrigatórias:

• Consentimento;

• Autenticação;

• Confirmação.
Atualidades do Mercado Financeiro

“As APIs são as engrenagens que fazem o Open Banking funcionar. Os clientes não
irão enxergá-las, nem precisam entendê-las, mas são elas que garantirão uma jornada
simples e rápida quando eles quiserem, por exemplo, compartilhar seus dados entre
as instituições com que se relacionam.”

– Karen Machado,Executiva líder do Projeto Open Banking do Banco do Brasil

NOTE

A segurança, a confiabilidade, a integridade e o sigilo dos dados compartilhados são


de responsabilidade das instituições participantes. Sendo assim, as exigências
previstas na legislação e regulamentação vigente asseguram a segurança e
confiabilidade do compartilhamento de dados.

O que muda com o open banking?


Atualidades do Mercado Financeiro

NA PRÁTICA

O compartilhamento de dados bancários para melhorar a oferta de serviços


financeiros começa a ser implementado em 01 de fevereiro de 2021. O Banco Central
(BC) lança hoje a primeira fase do open banking.

Acesso: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-02/banco-central-
inicia-hoje-primeira-fase-do-open-banking

Por meio do open banking, os clientes terão:

a) uma instituição exclusiva para eles, sem acesso a outro banco, por exemplo.

b) a possibilidade de compartilhamento de suas informações entre diferentes


instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas
bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do
banco.

c) um ambiente seguro e a permissão poderá ser cancelada pela pessoa apenas


quando for judicialmente decidido.

d) ofertas de produtos e serviços de outros bancos, com benefícios exclusivos para as


instituições financeiras.

e) fluxo mais transparente de informações entre as instituições, para definir melhores


políticas de crédito e a oferta de serviços mais generalistas, sem necessidade de um
perfil exclusivo.

Gabarito: B
Atualidades do Mercado Financeiro
Atualidades do Mercado Financeiro
Atualidades do Mercado Financeiro

NA PRÁTICA

No Brasil, apenas instituições financeiras que funcionam sob algum tipo de regulação
oficial do BC poderão participar do Open Banking.

Acesso: https://openbankingbrasil.org.br/quem-participa/

Tendo em vista a dinâmica do open banking, essa medida obriga algumas instituições
a participar do Open Banking. São elas:

a) Instituições de pagamentos, como Pic Pay, Mercado Pago, Nubank.

b) Bancos estatais como Banco do Brasil e Caixa Econômica.

c) Somente os bancos nacionais.

d) Instituições financeiras classificadas como S1 e S2.

e) Instituições financeiras classificadas como S3 e S4.

Gabarito: D

A segurança dos dados


Atualidades do Mercado Financeiro

“Todos os participantes do open banking são fiscalizados e sujeitos a punições caso


não sigam as exigências previstas na legislação e regulamentação vigente”.

nota oficial do Banco Central.

Vantagens

Com a chegada dos smartphones à vida das pessoas, a tecnologia tornou-se


indispensável. As mudanças de hábitos e modos de consumo, ou seja, no
relacionamento com os bancos e demais participantes do mercado financeiro,
despertam nos consumidores a necessidade de querer mais que um determinado
produto, eles querem ferramentas práticas, seguras e personalizadas com o menor
custo.

ENFIM…

APIs são poderosas soluções de conectividade para as empresas que buscam inovar
produtos e seus negócios. Mas, essencialmente, buscam melhorar a sua experiência
como cliente e tornar a sua vida financeira mais simples, com liberdade e autonomia
para tomar as melhores decisões.

NA PRÁTICA

API, ou application programming interface, é parte de um sistema que funciona


justamente como uma área compartilhada para falar com outros sistemas. Dessa
forma, é correto afirmar:

a) As APIs são uma forma de padronizar o trânsito de dados entre as instituições. Isso
permitirá que clientes autorizem o compartilhamento de seus dados financeiros entre
elas, em busca de melhor atendimento, condições negociais mais vantajosas e
experiência de consumo personalizada.

b) Através das APIs, os aplicativos podem se comunicar uns com os outros apenas
com conhecimento ou intervenção dos usuários.

c) Sistemas de pagamento online não se enquadram como exemplo de funcionalidade


das APIs que rodam de maneira automática.

d) API open banking é a tecnologia que não permite o compartilhamento de dados


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entre bancos e outras instituições financeiras, para manter a segurança.

e) O uso das APIs no modelo Open Banking busca contemplar os desejos dos
consumidores por meio de uma jornada com o máximo de atrito possível.

Gabarito: A
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Novos modelos de negócios

“Esse é o momento do Darwinismo Digital – uma era onde tecnologia e sociedade


estão evoluindo mais rápido do que o mercado consegue acompanhar. Isso cria o
cenário propício para uma nova era de lideranças, uma nova geração de modelos de
negócio que é impulsionada pelo mantra “adapte-se ou morra”.”

Klaus Schwab, Fundador e Presidente Executivo do World Economic Forum

COLOQUE EM PRÁTICA

Quanto à criação de novos negócios, assinale a alternativa correta.

A) A globalidade do cenário econômico atual propõe que uma empresa só consegue


vender para clientes locais, bem como concorrer com marcas locais e comprar de
marcas locais.

B) Para criar e implementar um novo negócio, não mais se recomenda a elaboração


de um projeto formal completo, e sim apenas a elaboração do modelo Canvas.

C) Ao utilizar o modelo Canvas, não é mais necessária a pesquisa de mercado ou


mesmo a análise da indústria, de Michael Porter. Ou seja, o Canvas substitui essa
análise.

D) É importante observar as tendências de mercado. Novos negócios podem surgir de


uma necessidade da sociedade, de um problema ou mesmo das mudanças
tecnológicas, entre outros fatores.

E) O aumento do consumo de produtos considerados saudáveis, a troca do consumo


de horas de TV por horas de internet no público jovem e a recente queda do consumo
de PCs, concomitantemente com o aumento de consumo dos smartphones e tablets,
não são exemplos de tendências importantes para a realização de novos negócios nos
próximos cinco anos.

Gabarito: D
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Modelo de Assinatura

Forças e Fraquezas do Modelo de Assinatura

Forças – O modelo de assinatura sofre com a menor variação das receitas em seu
fluxo de caixa. Por causa das renovações automáticas e da oferta de produtos e
serviços de maneira contínua, empresas já iniciam os meses contábeis com previsão
de receita mais precisa e portanto podem se programar seus custos diretos, gastos e
investimentos.

Fraquezas – O modelo de assinatura sofre com as altas taxas de cancelamento,


principalmente se o equilíbrio entre valor agregado e assinatura não estiver otimizado.
Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

Mais conhecidos por serem utilizados por empresas de mídia de entretenimento e de


software, como Netflix, Spotify e Adobe, o modelo de negócios de assinatura tem
ficado mais comum nos últimos anos. Com grandes vantagens, ele permite:

a) gerar uma receita mensal para as empresas, contudo não garante sustentabilidade
financeira e estabilidade.

b) personalização maior dos serviços, além de sua evolução e aprimoramento


constantes, trazendo benefícios para os usuários, que também podem pagar um valor
mensal mais enxuto do que seria se tivessem de comprar o serviço de uma vez só.

c) maior burocracia para ambas as partes, diminuindo a inadimplência dos clientes.

d) a retração de tecnologias como o streaming.

e) monetizar seus negócios a partir da cobrança de uma taxa relativa a cada operação.

Gabarito: B

Modelo Free
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Modelo Freemium

Modelo On Demand
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Modelo Marketplace
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Modelo de acesso sobre propriedade


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Modelo de Ecossistema

“o iPhone quebrou? Que pena que agora você já comprou um MacBook e um Apple
Watch. Agora, vai ter que comprar outro iPhone”.

Jo Caudron e Dado van Peterghem


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Modelo de Experiência

As lições em inovação da China para o mundo pós-coronavírus

NOTE

ENQUANTO MILHARES DE EMPRESAS ENFRENTAM A FALÊNCIA, OUTRAS EMERGEM


MAIS FORTES DO QUE NUNCA, POR MEIO DA ÚNICA CHANCE DE SOBREVIVÊNCIA
QUE POSSUEM: INOVAÇÃO
Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

As medidas de isolamento da pandemia da COVID 19 criaram novas necessidades,


receios, rotinas. Elas mudaram radicalmente os hábitos de consumo. Como
consequência, muitos serviços e produtos se tornaram incompatíveis com uma
economia que preza pelo distanciamento e pelo online. A necessidade de responder
de forma ágil à crise também coloca em risco modelos de negócio mais engessados,
distantes da transformação digital e da inovação. São exemplos de novos modelos de
negócios, exceto:

a) Modelo de Ecossistema

b) Modelo de Assinatura

c) Modelo Franquia

d) Modelo On Demand

e) Modelo Freemium

Gabarito: C
Atualidades do Mercado Financeiro

Fintechs, Startups e Big Techs


A personalização é uma das marcas da 4ª Revolução Industrial — também conhecida
como Indústria 4.0. Cada vez mais, até os processos de massa são desenvolvidos de
forma totalmente individualizada. Esse conceito já chegou ao setor de finanças: por
isso, há cada vez mais fintechs no mercado.

Essas empresas de serviços financeiros têm processos totalmente tecnológicos — seu


nome, inclusive, é a junção de financial (financeiro) e technology (tecnologia).

CONCEITO

O que são fintechs?

O termo 'fintech' surgiu da combinação das palavras em inglês financial (finanças) e


technology (tecnologia). Esse nome, por si só, resume bem a ideia: fintech é toda
empresa que oferece serviços financeiros que se diferenciam pelas facilidades
proporcionadas pela tecnologia e, com efeito, pela internet.

A burocracia é uma das principais características desse segmento (que reúne, entre
outros, bancos e operadoras de cartão de crédito), mas as fintechs prometem eliminá-
la. Com todos os recursos disponíveis em um aplicativo, podem ser acionadas a
qualquer momento e boa parte das operações ocorre sem interferência humana.

Em resumo, essas companhias se propõem a resolver problemas conhecidos ou


demandas não atendidas do consumidor — uma das principais delas é a qualidade de
atendimento ao cliente. É comum, então, que elas comecem com uma oferta restrita
e, com o tempo, aumentem o portfólio de produtos e serviços.

Um bom exemplo disso é o Nubank: inicialmente, em 2014, o banco digital oferecia


apenas um cartão de crédito sem tarifas que podia ser gerenciado em um aplicativo.
Hoje, já tem conta corrente, cartão de débito, empréstimo pessoal e investimentos.

APROFUNDAMENTO

Fintechs são empresas que utilizam tecnologia para gerar soluções inovadoras nos
diferentes produtos e serviços do mercado financeiro. Oferecendo diversos serviços
digitais, elas provocaram uma mudança de paradigma em um mercado antes
dominado por poucas marcas.
Atualidades do Mercado Financeiro

Fintechs no Brasil: crescimento acelerado

Entre 2017 e 2018, o mercado de fintechs cresceu 66% no Brasil, segundo dados do
relatório Fintech na América Latina 2018: crescimento e consolidação, publicado pelo
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Já são 18 os países com empresas
do tipo na região.

DADOS

Duas em cada três fintechs estão em estado avançado de desenvolvimento. O Brasil é


o país com o maior número de empreendimentos financeiros tecnológicos: são 380.
Em seguida vêm o México (273), a Colômbia (148), a Argentina (116) e o Chile (84).

Por aqui, essas companhias já têm muitos clientes. A maior parte deles está nos bancos
digitais (como Nubank, Inter, Original, Neon e Next), mas as fintechs podem oferecer
outros produtos e serviços, como meios de pagamento, crédito pessoal, investimentos
e assim por diante.

As fintechs também atendem empreendimentos. A Size, por exemplo, antecipa


recebíveis a microempresas e empresas de pequeno porte. No primeiro semestre de
2019, o atraso de seus clientes foi de 0,4% — e a maioria deles tinha histórico de
inadimplência ou restrição em serviços de proteção ao crédito. Desde sua fundação,
ela já analisou R$ 10 bilhões em solicitações de crédito.

Medo do novo

Muitos de nós já tiveram de ir a um banco físico, quando as operações bancárias


tinham de ser feitas pessoalmente. No início dos anos 2000, veio o internet banking:
embora fosse uma alternativa às filas dos bancos, era temida por muitos.

Hoje, entretanto, boa parte dos clientes faz operações bancárias online ou por meio
de aplicativos, graças à evolução e à popularização da web — que tornaram a onerosa
estrutura bancária tradicional desnecessária. Atualmente, para fazer pagamentos,
transferências, empréstimos e investimentos, basta ter um celular e uma conexão à
internet. Ou seja, o estranhamento inicial é natural, mas acaba vencido com o tempo.

Os órgãos reguladores estão atentos a essas mudanças. Uma decisão recente do


Conselho Monetário Nacional (CMN) permite que as fintechs concedam empréstimos
sem a intermediação de bancos. Isso vai significar crédito mais barato e tornar essa
relação mais dinâmica. Então, é possível que, em breve, as fintechs sejam a regra, não
Atualidades do Mercado Financeiro

a exceção.

Isso já aconteceu com muitos serviços. Nos anos 90, por exemplo, era comum alugar
filmes para ver em casa — exatamente como se faz hoje diretamente pela Netflix (que
já tem plano específico para celulares), com a diferença de que era preciso ir a um
estabelecimento físico para pegá-los. A reinvenção nos mais diferentes mercados tem
sido progressiva e acelerada.

Evolução dos pagamentos

Uma das previsões de Tim Cook, o CEO da Apple, é de que não haverá dinheiro físico
no futuro. Aparentemente, isso ainda deve demorar um pouco para ocorrer, pelo
menos no Brasil: por enquanto, a forma de pagamento mais utilizada por aqui ainda
é o dinheiro, de acordo com a pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”
realizada em 2018 pelo Banco Central do Brasil (Bacen).

O levantamento mostra que 60% dos entrevistados optam por ele ao pagar contas,
mas seu uso vem caindo aceleradamente: na pesquisa anterior, de 2013, eles eram
78%. Enquanto isso, os cartões de débito e crédito avançam e já representam 22% e
15%, respectivamente. Há grandes chances de que, na próxima edição do estudo,
provavelmente em 2023, os meios digitais tenham uma presença maior.

A transformação do dinheiro em plástico e, agora, em zeros e uns, faz as agências


bancárias e o papel-moeda perderem sentido. Paralelamente, a necessidade de cartão
ou de dados biométricos já começa a ser eliminada: os caixas eletrônicos do
Banco24Horas permitem saques a partir da leitura de um QR Code no aplicativo do
banco.
Atualidades do Mercado Financeiro

Fintechs e a inclusão financeira

A chegada das fintechs procura resolver, ainda, outro desafio: a inclusão da população
no sistema de concessão de crédito. O cruzamento de informações públicas e
georeferências — por meio de soluções de inteligência artificial e big data — permite
refinar a análise de risco e identificar clientes até então desconhecidos pelo segmento
de crédito.

Segundo a Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito (Aserc),


brasileiros que estão hoje fora do sistema bancário movimentam mais de R$ 650
milhões por ano. Com o auxílio de robôs, é possível determinar as condições de
financiamento e empréstimo desses indivíduos, com base em seus hábitos. Assim, a
tecnologia pode ajudar a aumentar em até 20% a margem líquida da concessão de
crédito.

Com isso, milhões de novos consumidores podem chegar ao mercado. Como amplia
as vendas e gera empregos, esse movimento é muito importante para a economia.
Além disso, com dados mais detalhados, podem-se oferecer juros personalizados,
adequados ao perfil do cliente, em vez de taxas fixas com base no tipo de empréstimo
ou na linha de crédito.

Isso já ocorre na China: por lá, a MYbank usa 3 mil variáveis para analisar risco de
crédito. Em quatro anos, ela emprestou US$ 290 bilhões a 16 milhões de pequenas
empresas locais. O melhor de tudo é que o processo leva 3 minutos e não há
interferência humana em nenhum momento. Parece que tem dado certo, já que o
índice de inadimplência é de apenas 1%.

Algumas fintechs apostam em educação financeira. É o caso da Superdigital, que tem


um blog voltado, principalmente, a educar o público que não tem conta em banco. A
ideia é abordar temas corriqueiros, como formas de pagar boletos pela internet,
vantagens de ter uma conta digital, por que utilizar cartões e assim por diante.

A motivação é nobre: uma pesquisa da The George Washington University com 150
mil pessoas em 140 países aponta que, a cada três adultos, dois são analfabetos
financeiros. No Brasil, apenas 35% dos adultos responderam corretamente às
questões propostas no estudo — com isso, o país ficou na 74ª posição global.
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Mudança de paradigma

Em 2017, os cinco maiores bancos brasileiros (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa


Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander) se uniram e criaram a Quod. Trata-se
de uma fintech que faz análise de risco de crédito, cadastro positivo, prevenção a
fraudes e soluções de big data.

A operação é recente — começou no fim de 2018 —, mas seu objetivo é melhorar o


ambiente de crédito no país. Para isso, vão fazer ações de educação financeira e
desenvolver soluções que possam facilitar a tomada de decisão com dados objetivos.

E o brasileiro já demonstra interesse nas fintechs. Um levantamento do 6dashboards


mostra que o termo foi escolhido por 42% dos participantes de uma pesquisa sobre
o impacto que o assunto tem nos negócios e na vida das pessoas. Isso ocorre porque
o setor financeiro passa por um momento de transformação digital.

Quais as vantagens das fintechs?

No geral, as fintechs são conhecidas por oferecer soluções financeiras inéditas, menos
burocráticas, mais intuitivas de serem usadas – afinal, elas normalmente estão
disponíveis no smartphone do cliente – e com custos baixíssimos, às vezes
inexistentes, para os usuários.

Um exemplo são os cartões de crédito sem anuidade ou as contas digitais gratuitas.

Tudo isso graças à tecnologia. Por já terem nascido no mundo digital e não contarem
com grandes estruturas físicas, como as agências bancárias, seus custos são muito
reduzidos. Por isso muitas oferecem produtos livres de taxas e conseguem escalar
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rapidamente.

RESUMO

As fintechs chegam no mercado trazendo produtos financeiros inovadores. Em muitos


casos, eles foram desenhados para serem mais simples e vantajosos para os clientes.

COLOQUE EM PRÁTICA

As fintechs são empresas que redesenham a área de serviços financeiros com


processos inteiramente baseados em tecnologia. Sobre esses serviços é correto dizer
que:

a) esses serviços inovadores se resumem a bancos digitais.

b) apesar de estarem sob um mesmo nome, essas empresas não podem oferecer
produtos e serviços diferentes entre si.

c) oferecem diversos serviços digitais, que provocaram uma mudança de paradigma


em um mercado antes dominado por poucas marcas.

d) utilizam tecnologia para gerar soluções inovadoras somente nos serviços do


mercado financeiro, excluindo os produtos.

e) possuem estrutura complexa para realizar análise de crédito.

Startup

Uma fintech também pode ser, no início, uma startup.

As fintechs são empresas de serviços financeiros que se diferenciam pelo uso da


tecnologia e inovação.

OBSERVAÇÃO

As startups, são empresas inovadoras que ainda estão em estágio inicial — acabaram
de chegar ao mercado, geralmente não apresentam lucro de início, mas têm grande
potencial de rápido crescimento.

A grande diferença entre elas é que a startup não necessariamente faz parte do setor
financeiro. Ela pode atuar no mercado de entretenimento, seguros, alimentação,
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tecnologia, vestuário, ou qualquer outro do mercado.

CONCEITO

Startup é uma empresa jovem com um modelo de negócios repetível e escalável, em


um cenário de incertezas e soluções a serem desenvolvidas. Embora não se limite
apenas a negócios digitais, uma startup necessita de inovação para não ser
considerada uma empresa de modelo tradicional.

Definição mais atual para startup

Uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e


escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.

Apesar de curta, essa definição envolve vários conceitos:

Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela ideia e projeto
de empresa irão realmente dar certo – ou ao menos se provarem sustentáveis.

O modelo de negócios é como a startup gera valor – ou seja, como transforma seu
trabalho em dinheiro. Por exemplo, um dos modelos de negócios do Google é cobrar
por cada click nos anúncios mostrados nos resultados de busca – e esse modelo
também é usado pelo Buscapé.com. Um outro exemplo seria o modelo de negócio de
franquias: você paga royalties por uma marca, mas tem acesso a uma receita de
sucesso com suporte do franqueador – e por isso aumenta suas chances de gerar
lucro.

Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala
potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente.
Isso pode ser feito tanto ao vender a mesma unidade do produto várias vezes, ou
tendo-os sempre disponíveis independente da demanda. Uma analogia simples para
isso seria o modelo de venda de filmes: não é possível vender a mesma unidade de
DVD várias vezes, pois é preciso fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro
lado, é possível ser repetível com o modelo pay-per-view – o mesmo filme é
distribuído a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte na
disponibilidade do produto ou no aumento significativo do custo por cópia vendida.

Ser escalável é a chave de uma startup: significa crescer cada vez mais, sem que isso
influencie no modelo de negócios. Crescer em receita, mas com custos crescendo bem
mais lentamente. Isso fará com que a margem seja cada vez maior, acumulando lucros
e gerando cada vez mais riqueza.
Atualidades do Mercado Financeiro

PRESTE ATENÇÃO

Pela nova lei, que entrou em vigor, podem ser classificadas como startups as empresas
e sociedades cooperativas atuantes na inovação aplicada a produtos, serviços ou
modelos de negócios e que tenham tido receita bruta de até R$ 16 milhões no ano
anterior, com até dez anos de inscrição no CNPJ.

Entre as novidades da Lei, está a criação de um ambiente regulatório experimental


(sandbox regulatório), regime diferenciado para permitir que empresas lancem
produtos com menos burocracia. Agências reguladoras, como a Anvisa ou a Anatel,
podem suspender temporariamente para as startups determinadas normas exigidas
das empresas que atuam no setor.

Fonte: Agência Senado


Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

Mesmo diante de um cenário de incertezas por conta da pandemia de coronavírus, o


ano de 2021 tem se mostrado um período extremamente positivo para o mercado de
venture capital no Brasil. Isso porque em apenas cinco meses, os aportes recebidos
pelas startups nacionais atingiram a marca de US$ 3,2 bilhões (aproximadamente R$
16,5 bilhões, em conversão direta), de acordo com dados divulgados pelo hub de
inovação Distrito. Acesso: https://olhardigital.com.br/2021/06/01/pro/startups-
brasileiras-ja-receberam-32-bilhoes-de-dolares-em-
2021/?gfetch=2021%2F06%2F01%2Fpro%2FBrazilian-startups-have-already-
received-32-billion-dollars-in-2021%2F

Sobre o o mercado de startups é correto dizer:

a) Os dados comprovam que o mercado de venture capital tem reduzido aos impactos
econômicos provocados pela Covid-19.

b) Devido aos riscos, os investidores têm demonstrado receio para investimentos nas
startups brasileiras, o que pode ser explicado por inúmeros fatores.

c) Atua somente com empresas de internet

d) Além da capacidade de traduzir conhecimento científico em oportunidade de


negócio, o empreendedor precisa estar preparado para lidar com riscos e incertezas

e) Startup é um termo de referência às grandes empresas do Vale do Silício

Big techs

Cada vez mais a tecnologia adentra a vida das pessoas. Por um lado, isso pode ser
positivo, quando essas inovações estão atreladas a resolução de um problema
humano, por exemplo, ou então facilitam alguma atividade que outrora necessitava
de bem mais tempo investido. Por outro lado, essas novas tecnologias podem nos
tornar dependentes de certos recursos e, consequentemente, das empresas que nos
trazem essas inovações.

As Big Techs, como é conhecido o pequeno grupo de corporações que vem


dominando o mercado de tecnologia

O que são as Big Techs?

As Big Techs são grandes empresas de tecnologia que desenvolveram serviços


inovadores e disruptivos que conseguiram escalar de uma forma muito ágil e
Atualidades do Mercado Financeiro

dinâmica, o que acabou lhes conferindo um amplo domínio do mercado em que


atuam.

CONCEITO

As Big Techs são as grandes empresas de tecnologia que dominaram o mercado nos
últimos anos. Inicialmente pequenas startups, essas organizações, geralmente
localizadas no Vale do Silício, criaram serviços inovadores e disruptivos se utilizando
de um modelo de negócios escalável, dinâmico e ágil. Muitas vezes gratuitos, esses
produtos passaram a fazer parte do dia a dia de várias pessoas, como é o caso dos
serviços do Google, da Uber e da Netflix.

E quem são essas empresas?

O grupo de empresas que é associado ao termo Big Techs são o Google, Facebook,
Apple, Amazon e Microsoft.

Essas empresas, das quais você provavelmente já ouviu falar, trazem diversos
benefícios para os consumidores, mas elas também controlam os mercados em que
atuam, evitando com que novas empresas surjam.

NOTE

O principal motor das Big Techs é a inovação. Justamente por isso, o lema “move fast
and break things” (mova-se rápido e quebre coisas, em português) é comum nessa
área.

As companhias precisam definir novas tecnologias e serviços continuamente,


atualizando produtos e dispositivos para atenderem às demandas e se manterem
relevantes. Por isso, é comum que a cada ano as empresas desse setor promovam
conferências para anunciar os seus próximos passos: nesse evento, o negócio permite
que a comunidade de desenvolvedores se prepare e trabalhe lado a lado com ele para
atuar junto na criação das novidades.

As companhias precisam definir novas tecnologias e serviços continuamente,


atualizando produtos e dispositivos para atenderem às demandas e se manterem
relevantes. Por isso, é comum que a cada ano as empresas desse setor promovam
conferências para anunciar os seus próximos passos: nesse evento, o negócio permite
que a comunidade de desenvolvedores se prepare e trabalhe lado a lado com ele para
atuar junto na criação das novidades.
Atualidades do Mercado Financeiro

Como as Big Techs se relacionam com o mercado bancário atual?

Para se manterem inovadoras e lucrativas, as empresas de tecnologia estão


direcionando os seus serviços para várias áreas. O mercado bancário não é diferente.
Focando no potencial comercial e na possibilidade de gerar disrupção em um campo
normalmente conhecido como rígido, muitos empreendedores estão voltando os seus
projetos para esse ramo.

O Facebook, por exemplo, quer investir em pagamentos online com o apoio do


blockchain. A ferramenta já chegou ao Whatsapp, com o WhatsApp Pay, e promete
facilitar as transações comerciais no país. Esse é apenas um exemplo sobre os motivos
para o mercado financeiro se manter atento e utilizar essa mudança como uma
oportunidade de otimizar os seus processos e ser mais inovador.
Atualidades do Mercado Financeiro

A Amazon, anunciou uma linha de crédito para pequenos empreendedores em


parceria com o Goldman Sachs. Os créditos poderão ser superiores a US$ 1 milhão e
terão uma taxa de juros anual fixa entre 6,99% e 20,99%.

Google, que não poderia ficar para trás, já tem planos para sua própria conta corrente.
Atualidades do Mercado Financeiro

Modelo GAFA

Segundo levantamento feito pela consultoria Accenture, o modelo “GAFA” – Google,


Amazon, Facebook e Apple – estão entre as alternativas mais atraentes para as
gerações mais jovens quando se fala em fornecedores de serviços financeiros.

No Brasil, 60% dos entrevistados da geração Y afirmaram que considerariam realizar


transações financeiras com o chamado grupo GAFA. OU SEJA, se as experiências de
cliente mais bem-sucedidas vêm das empresas desse modelo, é nelas que os Bancos
devem se espelhar.

Como as instituições financeiras devem reagir?

Em outras palavras, as companhias do setor financeiro devem utilizar as novidades


tecnológicas a seu favor e começarem, o mais rápido possível, a serem inovadoras.
Considerando também a possibilidade de se aliar à essas big techs, uma vez que, a
junção entre empresas de tecnologia e instituições financeiras vem se estreitando
cada vez mais.

A transformação digital do mercado financeiro passa por tendências como a


digitalização de dados, o Open Banking, o uso da Internet das Coisas na gestão de
facilities e até mesmo a aplicação de Big Data e inteligência artificial para otimizar
processos de cadastro. Além disso, a mobilidade se torna uma realidade, levando o
banco para mais perto dos clientes.

Se bem aplicado, esse recurso auxiliará as empresas a serem mais dinâmicas e


preparadas para lidar com as demandas dos seus clientes em uma economia
digitalizada. Da adoção de aplicativos mobile à utilização de tecnologias de análise de
dados para melhorar investimentos, todos os setores de uma organização da área
podem ser melhorados. Para tanto, basta que a sua companhia avalie as ferramentas
que podem ser úteis e, assim, aplique as mudanças necessárias para ter um ambiente
Atualidades do Mercado Financeiro

mais inovador e pronto para lidar com as Big Techs.

ATENÇÀO

Na via contrária, os bancos também se beneficiam da parceria com as Big Techs. Um


exemplo já ocorre no Brasil, com o uso do Google Assistente pelo Banco do Brasil. O
banco usa bots dentro da plataforma do Google para dar informações gerais a
pessoas físicas e jurídicas, com opção de emissão de senhas de atendimento
presencial na agência e localização das agências mais próximas à localização do
cliente, através do Google Maps.

E no Brasil?

No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor em 2020, visando
garantir uma proteção aos usuários do mundo digital. Assim, a lei determina possíveis
sanções as companhias que não se comportarem de acordo com as disposições,
trazendo maior segurança para as informações que os brasileiros disponibilizam para
empresas, especialmente da internet.

COLOQUE EM PRÁTICA

Não é de hoje que a posição de hegemonia dos grandes bancos no controle de


investimentos, meios de pagamento e crédito está sendo ameaçada. De pequenas
fintechs às gigantes empresas de tecnologia (Big techs), o escopo e diversidade de
incursões no mercado financeiro são enormes. Sobre o tema é correto afirmar:

a) A nova aposta das Big Techs é expandir suas funções para o setor financeiro,
oferecendo outras possibilidades para os usuários, como novos meios de pagamentos
e até empréstimos e seguros.

b) Este é um um campo exclusivamente ocupado por instituições financeiras, sendo


estas empresas apenas clientes dos bancos e não fornecedora de serviços financeiros.

c) Nenhuma das Big Techs oferece produtos financeiros gratuitos aos consumidores
e essa é uma das razões que explica a baixa movimentação no setor.

d) As big techs vão tomar o lugar dos bancos e das fintechs.

e) Na via contrária, os bancos não se beneficiam da parceria com as Big Techs.


Atualidades do Mercado Financeiro

Internet Banking

DE OLHO NO CONCEITO

O Internet Banking é um instrumento que permite você acessar a sua conta bancária
via internet. Ele oferece os mesmos serviços de um banco tradicional, como: consulta
de saldo, transferências, pagamentos, pedidos de empréstimo, entre outros e está
disponível em diversas instituições financeiras.

O que é Internet Banking?

Vantagens do Internet Banking

• Desnecessidade de se locomover a uma agência

• Controle de finanças pessoais

• Inclusão digital no sistema bancário

Internet Banking e Segurança

Principais serviços oferecidos pelo Internet Banking:

• Pagamento de contas e boletos bancários;

• Solicitação de produtos financeiros: cartão de crédito, empréstimo, entre


outros;

• Consultas de saldos e extratos;

• Transferências entre contas do próprio banco;

• Transferências via DOC e TED para outras instituições financeiras;

• Recarga de celular;

• Aplicação de investimentos;

• Resgate de aplicações.
Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

Sobre a Internet banking é correto afirmar:

a) O internet banking representa uma nova modalidade de comércio eletrônico, pela


qual o cliente, valendo-se da internet tem acesso a vários serviços bancários para a
realização de negócios e contratos eletrônicos.

b) Dentre as desvantagens está o aumento de custos fixos de manutenção de uma


agência bancária, especificamente nas despesas de pessoal.

c) Entre as principais características está a burocratização de serviços.

d) Uma das vantagens o alcance geográfico, pelo fato da Internet atingir o mundo
todo, porém, a internet banking só pode fornecer serviços em pequena escala.

e) Aumentam os riscos de assaltos, porque há um menor movimento de pessoas,


moeda e serviços nas agências bancárias.

Gabarito: A
Atualidades do Mercado Financeiro

Mobile Banking

PARA COMEÇAR

O termo mobile banking refere-se ao uso de um smartphone ou outro dispositivo


móvel para realizar tarefas bancárias que normalmente só podiam ser feitas nas
agências ou por meio do computador pessoal. É também como são chamados os
serviços on-line que os bancos oferecem aos seus clientes, tais como monitoramento
de saldos da conta corrente, transferência de fundos entre contas, pagamento de
faturas, entre outros.
Atualidades do Mercado Financeiro

NOTE

Hoje, de cada 10 transações, com ou sem movimentação financeira, 6 são feitas por
meios digitais – celular ou computador.

Por meio de um dispositivo móvel, o usuário pode realizar as mais diferentes


transações financeiras, como:

• pagamento,

• recebimento,

• transferência,

• consulta a saldos e extratos,

• aplicações.
Atualidades do Mercado Financeiro

ATENÇÃO

O mobile banking é como ter uma agência ao alcance das mãos. E mesmo sendo
termos parecidos, o mobile e o internet banking não são a mesma coisa. O banco
móvel funciona de forma distinta.

O mobile banking é uma praticidade entregue através de dispositivos móveis (tablet,


smartphone, relógio tecnológico etc). Isto é, para que os clientes possam realizar
transações financeiras e operações bancárias sem a necessidade presencial nos
bancos.
Atualidades do Mercado Financeiro

O serviço de ‘banco online’ não é igual no internet banking e mobile banking. O uso
do internet banking é exclusivo no site ou plataforma online da instituição bancária,
já no banco móvel, o uso pode ser feito pelo aplicativo no celular ou outro dispositivo
móvel.

Inteligência artificial e investimentos no mobile banking

“2020 foi um ano muito importante para o setor bancário. É um ano marcado pela
aceleração da digitalização, a introdução do Pix e um pré-momento de openbanking.
Esse ano também batemos um recorde: foram quase R$ 26 bilhões investidos em
tecnologia somente para bancos dentro do País”.

Sergio Biagini, sócio-líder para a Indústria de Serviços Financeiros da Deloitte Brasil.

ATENÇÃO

O uso de aplicativos de bancos para celular e tablets, o chamado mobile banking, se


tornou o canal mais utilizado pelos brasileiros para operações bancárias em 2016,
superando pela primeira vez o internet banking, segundo pesquisa divulgada pela
Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
Atualidades do Mercado Financeiro

OBSERVAÇÃO

A participação do mobile no total de operações varia bastante de acordo com o banco.


No Branco do Brasil, o mobile responde por 40% e o Internet banking por 27%,
segundo informa a instituição. Já no Itaú Unibanco, o internet banking ainda lidera,
com 53% do total, ao passo que o mobile responde por 20%.

Como funciona o mobile banking?

O surgimento do mobile banking no Brasil afetou positivamente em como os clientes


utilizam a instituição financeira. A função além de trazer comodidade e praticidade,
também oferece outros benefícios.

• Realizar transações e operações financeiras de qualquer lugar.

• Mais controle sobre os investimentos e gastos.

• Redução de taxas cobradas pelas instituições para realizar transações e outros


serviços.

• Pagamento online de contas e boletos.


Atualidades do Mercado Financeiro

NA PRÁTICA

Segundo pesquisa realizada pela Febraban de Tecnologia Bancária 2020, em parceria


com a Deloitte, as operações por meio de mobile tiveram um aumento de 19% no
volume de operações em 2019, tornando-se um dos principais canais para as
atividades bancárias.

Sobre o mobile banking é incorreto afirmar que:

a) O mobile banking é uma solução tecnológica que invadiu o nosso dia a dia,
facilitando as mais diversas transações financeiras que, no passado, somente eram
realizadas nas sedes das instituições bancárias.

b) Ao trazer mais comodidade, agilidade e a possibilidade de fazer diferentes


operações na palma da mão e a qualquer hora, essa modalidade de transações tem
ganhando cada dia mais adeptos.

c) Mobile banking é a oferta de serviços financeiros diretamente por aplicativos de


uso exclusivo em celulares.

d) Com o acesso à internet muito mais facilitado e com os avanços tecnológicos,


novas empresas de tecnologia, chamadas de fintechs financeiras, estão trazendo
recursos ainda mais avançados e novos produtos para o mobile banking.

e) Tanto o mobile banking e internet banking vieram para facilitar a vida do


consumidor, garantindo acesso facilitado às operações financeiras.

Gabarito: C

Inovação e treinamento

Efeitos da pandemia

Quais são os desafios enfrentados pelos bancos com o mobile banking?

Considerando todos esses dados, as vantagens que mais se destacam pelo uso
do mobile banking pelos clientes são:

• autonomia e otimização de tempo;


Atualidades do Mercado Financeiro

• não precisar ir à agência bancária para realizar as transações financeiras;

• ter acesso a variados serviços e produtos bancários diretamente na tela do


dispositivo móvel;

• não ter horário limitado para acessar o banco;

• conseguir um controle mais efetivo da vida financeira.

Transformar o mobile banking em um canal transacional

Melhorar a usabilidade das aplicações mobile

Lidar com as ameaças à segurança da informação

Dicas de segurança no mobile banking

Mesmo com as diversas camadas de proteção oferecidas pelo aplicativo da instituição


bancária, o ideal é tomar algumas medidas preventivas para não correr o risco de ter
os dados roubados.

• Fazer download apenas de aplicativos oficiais;

• Manter os aplicativos das instituições bancárias atualizados;

• Conferir a rede de dados que está sendo utilizada;

• Evitar usar dispositivos móveis de terceiros;

• Preferir não salvar o login de acesso na conta no dispositivo utilizado;

• Fechar o aplicativo assim que terminar a utilização.

Como o mobile banking está relacionado às novas soluções de pagamento?

Mobile banking x Pix


Atualidades do Mercado Financeiro

NA PRÁTICA

A pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2019 revelou que, entre 2017 e 2018, as
transações realizadas por meio de canais digitais cresceram 16%, totalizando 60% das
transações bancárias. A respeito do uso dos canais digitais, assinale a alternativa
correta.

A) O aumento das transações com movimentação financeira nos canais digitais


evidencia o aumento da confiança do cliente na segurança do canal.

B) A abertura de conta por meio de canal digital somente pode ser efetuada pelo
internet banking.

C) O mobile banking somente pode ser usado para transações sem movimentação
financeira.

D) São considerados canais digitais o internet banking, o mobile banking e os


correspondentes no País.

E) Internet banking e mobile banking são canais digitais mutuamente excludentes, ou


seja, o cliente tem que informar ao banco qual canal quer usar para acessar as
transações bancárias.

Gabarito: A
Atualidades do Mercado Financeiro

Open Banking

CONCEITO

“Open Banking, na ótica do Banco Central do Brasil, é considerado o


compartilhamento de dados, produtos e serviços pelas instituições financeiras e
demais instituições autorizadas, a critério de seus clientes, em se tratando de dados a
eles relacionados, por meio de abertura e integração de plataformas e infraestruturas
de sistemas de informação, de forma segura, ágil e conveniente”

Trecho do comunicado da Diretoria de Regulação do Banco Central


Atualidades do Mercado Financeiro

ATENÇÃO

O Open Banking funciona sob regulação do Banco Central e todas as instituições


participantes precisam seguir as regras específicas do Open Banking para operar neste
ambiente. Toda a troca de informações no Open Banking está protegida pela Lei
Complementar n° 105/2001, do Sigilo Bancário, que proíbe o compartilhamento sem
consentimento ou a venda de dados por instituições não participantes. Todos os
participantes do Open Banking são fiscalizados e sujeitos a punições caso não sigam
as exigências previstas na legislação e regulamentação vigente.

PRESTE ATENÇÃO

Open Banking também opera sob a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), aprovada
em agosto de 2018 e com vigência a partir de agosto de 2020, que tem como objetivo
promover a proteção dos seus dados pessoais.

APIs: a tecnologia por trás do Open Banking

PRESTE ATENÇÃO

As APIs (Application Programming Interfaces, em português: Interface de


Programação de Aplicações) permitem que o compartilhamento de informações entre
instituições aconteça de maneira sigilosa e segura no Open Banking. Esta tecnologia
é utilizada no mundo todo e é a forma como os softwares conversam entre si.

Mas o que são padrões de programação?

O compartilhamento dos dados via API ocorre de forma criptografada e só pode


acontecer após três etapas obrigatórias:

• Consentimento;

• Autenticação;

• Confirmação.
Atualidades do Mercado Financeiro

“As APIs são as engrenagens que fazem o Open Banking funcionar. Os clientes não
irão enxergá-las, nem precisam entendê-las, mas são elas que garantirão uma jornada
simples e rápida quando eles quiserem, por exemplo, compartilhar seus dados entre
as instituições com que se relacionam.”

– Karen Machado,Executiva líder do Projeto Open Banking do Banco do Brasil

NOTE

A segurança, a confiabilidade, a integridade e o sigilo dos dados compartilhados são


de responsabilidade das instituições participantes. Sendo assim, as exigências
previstas na legislação e regulamentação vigente asseguram a segurança e
confiabilidade do compartilhamento de dados.

O que muda com o open banking?


Atualidades do Mercado Financeiro

NA PRÁTICA

O compartilhamento de dados bancários para melhorar a oferta de serviços


financeiros começa a ser implementado em 01 de fevereiro de 2021. O Banco Central
(BC) lança hoje a primeira fase do open banking.

Acesso: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-02/banco-central-
inicia-hoje-primeira-fase-do-open-banking

Por meio do open banking, os clientes terão:

a) uma instituição exclusiva para eles, sem acesso a outro banco, por exemplo.

b) a possibilidade de compartilhamento de suas informações entre diferentes


instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas
bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do
banco.

c) um ambiente seguro e a permissão poderá ser cancelada pela pessoa apenas


quando for judicialmente decidido.

d) ofertas de produtos e serviços de outros bancos, com benefícios exclusivos para as


instituições financeiras.

e) fluxo mais transparente de informações entre as instituições, para definir melhores


políticas de crédito e a oferta de serviços mais generalistas, sem necessidade de um
perfil exclusivo.

Gabarito: B
Atualidades do Mercado Financeiro
Atualidades do Mercado Financeiro
Atualidades do Mercado Financeiro

NA PRÁTICA

No Brasil, apenas instituições financeiras que funcionam sob algum tipo de regulação
oficial do BC poderão participar do Open Banking.

Acesso: https://openbankingbrasil.org.br/quem-participa/

Tendo em vista a dinâmica do open banking, essa medida obriga algumas instituições
a participar do Open Banking. São elas:

a) Instituições de pagamentos, como Pic Pay, Mercado Pago, Nubank.

b) Bancos estatais como Banco do Brasil e Caixa Econômica.

c) Somente os bancos nacionais.

d) Instituições financeiras classificadas como S1 e S2.

e) Instituições financeiras classificadas como S3 e S4.

Gabarito: D

A segurança dos dados


Atualidades do Mercado Financeiro

“Todos os participantes do open banking são fiscalizados e sujeitos a punições caso


não sigam as exigências previstas na legislação e regulamentação vigente”.

nota oficial do Banco Central.

Vantagens

Com a chegada dos smartphones à vida das pessoas, a tecnologia tornou-se


indispensável. As mudanças de hábitos e modos de consumo, ou seja, no
relacionamento com os bancos e demais participantes do mercado financeiro,
despertam nos consumidores a necessidade de querer mais que um determinado
produto, eles querem ferramentas práticas, seguras e personalizadas com o menor
custo.

ENFIM…

APIs são poderosas soluções de conectividade para as empresas que buscam inovar
produtos e seus negócios. Mas, essencialmente, buscam melhorar a sua experiência
como cliente e tornar a sua vida financeira mais simples, com liberdade e autonomia
para tomar as melhores decisões.

NA PRÁTICA

API, ou application programming interface, é parte de um sistema que funciona


justamente como uma área compartilhada para falar com outros sistemas. Dessa
forma, é correto afirmar:

a) As APIs são uma forma de padronizar o trânsito de dados entre as instituições. Isso
permitirá que clientes autorizem o compartilhamento de seus dados financeiros entre
elas, em busca de melhor atendimento, condições negociais mais vantajosas e
experiência de consumo personalizada.

b) Através das APIs, os aplicativos podem se comunicar uns com os outros apenas
com conhecimento ou intervenção dos usuários.

c) Sistemas de pagamento online não se enquadram como exemplo de funcionalidade


das APIs que rodam de maneira automática.

d) API open banking é a tecnologia que não permite o compartilhamento de dados


Atualidades do Mercado Financeiro

entre bancos e outras instituições financeiras, para manter a segurança.

e) O uso das APIs no modelo Open Banking busca contemplar os desejos dos
consumidores por meio de uma jornada com o máximo de atrito possível.

Gabarito: A
Atualidades do Mercado Financeiro

Novos modelos de negócios

“Esse é o momento do Darwinismo Digital – uma era onde tecnologia e sociedade


estão evoluindo mais rápido do que o mercado consegue acompanhar. Isso cria o
cenário propício para uma nova era de lideranças, uma nova geração de modelos de
negócio que é impulsionada pelo mantra “adapte-se ou morra”.”

Klaus Schwab, Fundador e Presidente Executivo do World Economic Forum

COLOQUE EM PRÁTICA

Quanto à criação de novos negócios, assinale a alternativa correta.

A) A globalidade do cenário econômico atual propõe que uma empresa só consegue


vender para clientes locais, bem como concorrer com marcas locais e comprar de
marcas locais.

B) Para criar e implementar um novo negócio, não mais se recomenda a elaboração


de um projeto formal completo, e sim apenas a elaboração do modelo Canvas.

C) Ao utilizar o modelo Canvas, não é mais necessária a pesquisa de mercado ou


mesmo a análise da indústria, de Michael Porter. Ou seja, o Canvas substitui essa
análise.

D) É importante observar as tendências de mercado. Novos negócios podem surgir de


uma necessidade da sociedade, de um problema ou mesmo das mudanças
tecnológicas, entre outros fatores.

E) O aumento do consumo de produtos considerados saudáveis, a troca do consumo


de horas de TV por horas de internet no público jovem e a recente queda do consumo
de PCs, concomitantemente com o aumento de consumo dos smartphones e tablets,
não são exemplos de tendências importantes para a realização de novos negócios nos
próximos cinco anos.

Gabarito: D
Atualidades do Mercado Financeiro

Modelo de Assinatura

Forças e Fraquezas do Modelo de Assinatura

Forças – O modelo de assinatura sofre com a menor variação das receitas em seu
fluxo de caixa. Por causa das renovações automáticas e da oferta de produtos e
serviços de maneira contínua, empresas já iniciam os meses contábeis com previsão
de receita mais precisa e portanto podem se programar seus custos diretos, gastos e
investimentos.

Fraquezas – O modelo de assinatura sofre com as altas taxas de cancelamento,


principalmente se o equilíbrio entre valor agregado e assinatura não estiver otimizado.
Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

Mais conhecidos por serem utilizados por empresas de mídia de entretenimento e de


software, como Netflix, Spotify e Adobe, o modelo de negócios de assinatura tem
ficado mais comum nos últimos anos. Com grandes vantagens, ele permite:

a) gerar uma receita mensal para as empresas, contudo não garante sustentabilidade
financeira e estabilidade.

b) personalização maior dos serviços, além de sua evolução e aprimoramento


constantes, trazendo benefícios para os usuários, que também podem pagar um valor
mensal mais enxuto do que seria se tivessem de comprar o serviço de uma vez só.

c) maior burocracia para ambas as partes, diminuindo a inadimplência dos clientes.

d) a retração de tecnologias como o streaming.

e) monetizar seus negócios a partir da cobrança de uma taxa relativa a cada operação.

Gabarito: B

Modelo Free
Atualidades do Mercado Financeiro

Modelo Freemium

Modelo On Demand
Atualidades do Mercado Financeiro

Modelo Marketplace
Atualidades do Mercado Financeiro

Modelo de acesso sobre propriedade


Atualidades do Mercado Financeiro

Modelo de Ecossistema

“o iPhone quebrou? Que pena que agora você já comprou um MacBook e um Apple
Watch. Agora, vai ter que comprar outro iPhone”.

Jo Caudron e Dado van Peterghem


Atualidades do Mercado Financeiro

Modelo de Experiência

As lições em inovação da China para o mundo pós-coronavírus

NOTE

ENQUANTO MILHARES DE EMPRESAS ENFRENTAM A FALÊNCIA, OUTRAS EMERGEM


MAIS FORTES DO QUE NUNCA, POR MEIO DA ÚNICA CHANCE DE SOBREVIVÊNCIA
QUE POSSUEM: INOVAÇÃO
Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

As medidas de isolamento da pandemia da COVID 19 criaram novas necessidades,


receios, rotinas. Elas mudaram radicalmente os hábitos de consumo. Como
consequência, muitos serviços e produtos se tornaram incompatíveis com uma
economia que preza pelo distanciamento e pelo online. A necessidade de responder
de forma ágil à crise também coloca em risco modelos de negócio mais engessados,
distantes da transformação digital e da inovação. São exemplos de novos modelos de
negócios, exceto:

a) Modelo de Ecossistema

b) Modelo de Assinatura

c) Modelo Franquia

d) Modelo On Demand

e) Modelo Freemium

Gabarito: C
Atualidades do Mercado Financeiro

Fintechs, Startups e Big Techs


A personalização é uma das marcas da 4ª Revolução Industrial — também conhecida
como Indústria 4.0. Cada vez mais, até os processos de massa são desenvolvidos de
forma totalmente individualizada. Esse conceito já chegou ao setor de finanças: por
isso, há cada vez mais fintechs no mercado.

Essas empresas de serviços financeiros têm processos totalmente tecnológicos — seu


nome, inclusive, é a junção de financial (financeiro) e technology (tecnologia).

CONCEITO

O que são fintechs?

O termo 'fintech' surgiu da combinação das palavras em inglês financial (finanças) e


technology (tecnologia). Esse nome, por si só, resume bem a ideia: fintech é toda
empresa que oferece serviços financeiros que se diferenciam pelas facilidades
proporcionadas pela tecnologia e, com efeito, pela internet.

A burocracia é uma das principais características desse segmento (que reúne, entre
outros, bancos e operadoras de cartão de crédito), mas as fintechs prometem eliminá-
la. Com todos os recursos disponíveis em um aplicativo, podem ser acionadas a
qualquer momento e boa parte das operações ocorre sem interferência humana.

Em resumo, essas companhias se propõem a resolver problemas conhecidos ou


demandas não atendidas do consumidor — uma das principais delas é a qualidade de
atendimento ao cliente. É comum, então, que elas comecem com uma oferta restrita
e, com o tempo, aumentem o portfólio de produtos e serviços.

Um bom exemplo disso é o Nubank: inicialmente, em 2014, o banco digital oferecia


apenas um cartão de crédito sem tarifas que podia ser gerenciado em um aplicativo.
Hoje, já tem conta corrente, cartão de débito, empréstimo pessoal e investimentos.

APROFUNDAMENTO

Fintechs são empresas que utilizam tecnologia para gerar soluções inovadoras nos
diferentes produtos e serviços do mercado financeiro. Oferecendo diversos serviços
digitais, elas provocaram uma mudança de paradigma em um mercado antes
dominado por poucas marcas.
Atualidades do Mercado Financeiro

Fintechs no Brasil: crescimento acelerado

Entre 2017 e 2018, o mercado de fintechs cresceu 66% no Brasil, segundo dados do
relatório Fintech na América Latina 2018: crescimento e consolidação, publicado pelo
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Já são 18 os países com empresas
do tipo na região.

DADOS

Duas em cada três fintechs estão em estado avançado de desenvolvimento. O Brasil é


o país com o maior número de empreendimentos financeiros tecnológicos: são 380.
Em seguida vêm o México (273), a Colômbia (148), a Argentina (116) e o Chile (84).

Por aqui, essas companhias já têm muitos clientes. A maior parte deles está nos bancos
digitais (como Nubank, Inter, Original, Neon e Next), mas as fintechs podem oferecer
outros produtos e serviços, como meios de pagamento, crédito pessoal, investimentos
e assim por diante.

As fintechs também atendem empreendimentos. A Size, por exemplo, antecipa


recebíveis a microempresas e empresas de pequeno porte. No primeiro semestre de
2019, o atraso de seus clientes foi de 0,4% — e a maioria deles tinha histórico de
inadimplência ou restrição em serviços de proteção ao crédito. Desde sua fundação,
ela já analisou R$ 10 bilhões em solicitações de crédito.

Medo do novo

Muitos de nós já tiveram de ir a um banco físico, quando as operações bancárias


tinham de ser feitas pessoalmente. No início dos anos 2000, veio o internet banking:
embora fosse uma alternativa às filas dos bancos, era temida por muitos.

Hoje, entretanto, boa parte dos clientes faz operações bancárias online ou por meio
de aplicativos, graças à evolução e à popularização da web — que tornaram a onerosa
estrutura bancária tradicional desnecessária. Atualmente, para fazer pagamentos,
transferências, empréstimos e investimentos, basta ter um celular e uma conexão à
internet. Ou seja, o estranhamento inicial é natural, mas acaba vencido com o tempo.

Os órgãos reguladores estão atentos a essas mudanças. Uma decisão recente do


Conselho Monetário Nacional (CMN) permite que as fintechs concedam empréstimos
sem a intermediação de bancos. Isso vai significar crédito mais barato e tornar essa
relação mais dinâmica. Então, é possível que, em breve, as fintechs sejam a regra, não
Atualidades do Mercado Financeiro

a exceção.

Isso já aconteceu com muitos serviços. Nos anos 90, por exemplo, era comum alugar
filmes para ver em casa — exatamente como se faz hoje diretamente pela Netflix (que
já tem plano específico para celulares), com a diferença de que era preciso ir a um
estabelecimento físico para pegá-los. A reinvenção nos mais diferentes mercados tem
sido progressiva e acelerada.

Evolução dos pagamentos

Uma das previsões de Tim Cook, o CEO da Apple, é de que não haverá dinheiro físico
no futuro. Aparentemente, isso ainda deve demorar um pouco para ocorrer, pelo
menos no Brasil: por enquanto, a forma de pagamento mais utilizada por aqui ainda
é o dinheiro, de acordo com a pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”
realizada em 2018 pelo Banco Central do Brasil (Bacen).

O levantamento mostra que 60% dos entrevistados optam por ele ao pagar contas,
mas seu uso vem caindo aceleradamente: na pesquisa anterior, de 2013, eles eram
78%. Enquanto isso, os cartões de débito e crédito avançam e já representam 22% e
15%, respectivamente. Há grandes chances de que, na próxima edição do estudo,
provavelmente em 2023, os meios digitais tenham uma presença maior.

A transformação do dinheiro em plástico e, agora, em zeros e uns, faz as agências


bancárias e o papel-moeda perderem sentido. Paralelamente, a necessidade de cartão
ou de dados biométricos já começa a ser eliminada: os caixas eletrônicos do
Banco24Horas permitem saques a partir da leitura de um QR Code no aplicativo do
banco.
Atualidades do Mercado Financeiro

Fintechs e a inclusão financeira

A chegada das fintechs procura resolver, ainda, outro desafio: a inclusão da população
no sistema de concessão de crédito. O cruzamento de informações públicas e
georeferências — por meio de soluções de inteligência artificial e big data — permite
refinar a análise de risco e identificar clientes até então desconhecidos pelo segmento
de crédito.

Segundo a Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito (Aserc),


brasileiros que estão hoje fora do sistema bancário movimentam mais de R$ 650
milhões por ano. Com o auxílio de robôs, é possível determinar as condições de
financiamento e empréstimo desses indivíduos, com base em seus hábitos. Assim, a
tecnologia pode ajudar a aumentar em até 20% a margem líquida da concessão de
crédito.

Com isso, milhões de novos consumidores podem chegar ao mercado. Como amplia
as vendas e gera empregos, esse movimento é muito importante para a economia.
Além disso, com dados mais detalhados, podem-se oferecer juros personalizados,
adequados ao perfil do cliente, em vez de taxas fixas com base no tipo de empréstimo
ou na linha de crédito.

Isso já ocorre na China: por lá, a MYbank usa 3 mil variáveis para analisar risco de
crédito. Em quatro anos, ela emprestou US$ 290 bilhões a 16 milhões de pequenas
empresas locais. O melhor de tudo é que o processo leva 3 minutos e não há
interferência humana em nenhum momento. Parece que tem dado certo, já que o
índice de inadimplência é de apenas 1%.

Algumas fintechs apostam em educação financeira. É o caso da Superdigital, que tem


um blog voltado, principalmente, a educar o público que não tem conta em banco. A
ideia é abordar temas corriqueiros, como formas de pagar boletos pela internet,
vantagens de ter uma conta digital, por que utilizar cartões e assim por diante.

A motivação é nobre: uma pesquisa da The George Washington University com 150
mil pessoas em 140 países aponta que, a cada três adultos, dois são analfabetos
financeiros. No Brasil, apenas 35% dos adultos responderam corretamente às
questões propostas no estudo — com isso, o país ficou na 74ª posição global.
Atualidades do Mercado Financeiro

Mudança de paradigma

Em 2017, os cinco maiores bancos brasileiros (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa


Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander) se uniram e criaram a Quod. Trata-se
de uma fintech que faz análise de risco de crédito, cadastro positivo, prevenção a
fraudes e soluções de big data.

A operação é recente — começou no fim de 2018 —, mas seu objetivo é melhorar o


ambiente de crédito no país. Para isso, vão fazer ações de educação financeira e
desenvolver soluções que possam facilitar a tomada de decisão com dados objetivos.

E o brasileiro já demonstra interesse nas fintechs. Um levantamento do 6dashboards


mostra que o termo foi escolhido por 42% dos participantes de uma pesquisa sobre
o impacto que o assunto tem nos negócios e na vida das pessoas. Isso ocorre porque
o setor financeiro passa por um momento de transformação digital.

Quais as vantagens das fintechs?

No geral, as fintechs são conhecidas por oferecer soluções financeiras inéditas, menos
burocráticas, mais intuitivas de serem usadas – afinal, elas normalmente estão
disponíveis no smartphone do cliente – e com custos baixíssimos, às vezes
inexistentes, para os usuários.

Um exemplo são os cartões de crédito sem anuidade ou as contas digitais gratuitas.

Tudo isso graças à tecnologia. Por já terem nascido no mundo digital e não contarem
com grandes estruturas físicas, como as agências bancárias, seus custos são muito
reduzidos. Por isso muitas oferecem produtos livres de taxas e conseguem escalar
Atualidades do Mercado Financeiro

rapidamente.

RESUMO

As fintechs chegam no mercado trazendo produtos financeiros inovadores. Em muitos


casos, eles foram desenhados para serem mais simples e vantajosos para os clientes.

COLOQUE EM PRÁTICA

As fintechs são empresas que redesenham a área de serviços financeiros com


processos inteiramente baseados em tecnologia. Sobre esses serviços é correto dizer
que:

a) esses serviços inovadores se resumem a bancos digitais.

b) apesar de estarem sob um mesmo nome, essas empresas não podem oferecer
produtos e serviços diferentes entre si.

c) oferecem diversos serviços digitais, que provocaram uma mudança de paradigma


em um mercado antes dominado por poucas marcas.

d) utilizam tecnologia para gerar soluções inovadoras somente nos serviços do


mercado financeiro, excluindo os produtos.

e) possuem estrutura complexa para realizar análise de crédito.

Startup

Uma fintech também pode ser, no início, uma startup.

As fintechs são empresas de serviços financeiros que se diferenciam pelo uso da


tecnologia e inovação.

OBSERVAÇÃO

As startups, são empresas inovadoras que ainda estão em estágio inicial — acabaram
de chegar ao mercado, geralmente não apresentam lucro de início, mas têm grande
potencial de rápido crescimento.

A grande diferença entre elas é que a startup não necessariamente faz parte do setor
financeiro. Ela pode atuar no mercado de entretenimento, seguros, alimentação,
Atualidades do Mercado Financeiro

tecnologia, vestuário, ou qualquer outro do mercado.

CONCEITO

Startup é uma empresa jovem com um modelo de negócios repetível e escalável, em


um cenário de incertezas e soluções a serem desenvolvidas. Embora não se limite
apenas a negócios digitais, uma startup necessita de inovação para não ser
considerada uma empresa de modelo tradicional.

Definição mais atual para startup

Uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e


escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.

Apesar de curta, essa definição envolve vários conceitos:

Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela ideia e projeto
de empresa irão realmente dar certo – ou ao menos se provarem sustentáveis.

O modelo de negócios é como a startup gera valor – ou seja, como transforma seu
trabalho em dinheiro. Por exemplo, um dos modelos de negócios do Google é cobrar
por cada click nos anúncios mostrados nos resultados de busca – e esse modelo
também é usado pelo Buscapé.com. Um outro exemplo seria o modelo de negócio de
franquias: você paga royalties por uma marca, mas tem acesso a uma receita de
sucesso com suporte do franqueador – e por isso aumenta suas chances de gerar
lucro.

Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala
potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente.
Isso pode ser feito tanto ao vender a mesma unidade do produto várias vezes, ou
tendo-os sempre disponíveis independente da demanda. Uma analogia simples para
isso seria o modelo de venda de filmes: não é possível vender a mesma unidade de
DVD várias vezes, pois é preciso fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro
lado, é possível ser repetível com o modelo pay-per-view – o mesmo filme é
distribuído a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte na
disponibilidade do produto ou no aumento significativo do custo por cópia vendida.

Ser escalável é a chave de uma startup: significa crescer cada vez mais, sem que isso
influencie no modelo de negócios. Crescer em receita, mas com custos crescendo bem
mais lentamente. Isso fará com que a margem seja cada vez maior, acumulando lucros
e gerando cada vez mais riqueza.
Atualidades do Mercado Financeiro

PRESTE ATENÇÃO

Pela nova lei, que entrou em vigor, podem ser classificadas como startups as empresas
e sociedades cooperativas atuantes na inovação aplicada a produtos, serviços ou
modelos de negócios e que tenham tido receita bruta de até R$ 16 milhões no ano
anterior, com até dez anos de inscrição no CNPJ.

Entre as novidades da Lei, está a criação de um ambiente regulatório experimental


(sandbox regulatório), regime diferenciado para permitir que empresas lancem
produtos com menos burocracia. Agências reguladoras, como a Anvisa ou a Anatel,
podem suspender temporariamente para as startups determinadas normas exigidas
das empresas que atuam no setor.

Fonte: Agência Senado


Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

Mesmo diante de um cenário de incertezas por conta da pandemia de coronavírus, o


ano de 2021 tem se mostrado um período extremamente positivo para o mercado de
venture capital no Brasil. Isso porque em apenas cinco meses, os aportes recebidos
pelas startups nacionais atingiram a marca de US$ 3,2 bilhões (aproximadamente R$
16,5 bilhões, em conversão direta), de acordo com dados divulgados pelo hub de
inovação Distrito. Acesso: https://olhardigital.com.br/2021/06/01/pro/startups-
brasileiras-ja-receberam-32-bilhoes-de-dolares-em-
2021/?gfetch=2021%2F06%2F01%2Fpro%2FBrazilian-startups-have-already-
received-32-billion-dollars-in-2021%2F

Sobre o o mercado de startups é correto dizer:

a) Os dados comprovam que o mercado de venture capital tem reduzido aos impactos
econômicos provocados pela Covid-19.

b) Devido aos riscos, os investidores têm demonstrado receio para investimentos nas
startups brasileiras, o que pode ser explicado por inúmeros fatores.

c) Atua somente com empresas de internet

d) Além da capacidade de traduzir conhecimento científico em oportunidade de


negócio, o empreendedor precisa estar preparado para lidar com riscos e incertezas

e) Startup é um termo de referência às grandes empresas do Vale do Silício

Big techs

Cada vez mais a tecnologia adentra a vida das pessoas. Por um lado, isso pode ser
positivo, quando essas inovações estão atreladas a resolução de um problema
humano, por exemplo, ou então facilitam alguma atividade que outrora necessitava
de bem mais tempo investido. Por outro lado, essas novas tecnologias podem nos
tornar dependentes de certos recursos e, consequentemente, das empresas que nos
trazem essas inovações.

As Big Techs, como é conhecido o pequeno grupo de corporações que vem


dominando o mercado de tecnologia

O que são as Big Techs?

As Big Techs são grandes empresas de tecnologia que desenvolveram serviços


inovadores e disruptivos que conseguiram escalar de uma forma muito ágil e
Atualidades do Mercado Financeiro

dinâmica, o que acabou lhes conferindo um amplo domínio do mercado em que


atuam.

CONCEITO

As Big Techs são as grandes empresas de tecnologia que dominaram o mercado nos
últimos anos. Inicialmente pequenas startups, essas organizações, geralmente
localizadas no Vale do Silício, criaram serviços inovadores e disruptivos se utilizando
de um modelo de negócios escalável, dinâmico e ágil. Muitas vezes gratuitos, esses
produtos passaram a fazer parte do dia a dia de várias pessoas, como é o caso dos
serviços do Google, da Uber e da Netflix.

E quem são essas empresas?

O grupo de empresas que é associado ao termo Big Techs são o Google, Facebook,
Apple, Amazon e Microsoft.

Essas empresas, das quais você provavelmente já ouviu falar, trazem diversos
benefícios para os consumidores, mas elas também controlam os mercados em que
atuam, evitando com que novas empresas surjam.

NOTE

O principal motor das Big Techs é a inovação. Justamente por isso, o lema “move fast
and break things” (mova-se rápido e quebre coisas, em português) é comum nessa
área.

As companhias precisam definir novas tecnologias e serviços continuamente,


atualizando produtos e dispositivos para atenderem às demandas e se manterem
relevantes. Por isso, é comum que a cada ano as empresas desse setor promovam
conferências para anunciar os seus próximos passos: nesse evento, o negócio permite
que a comunidade de desenvolvedores se prepare e trabalhe lado a lado com ele para
atuar junto na criação das novidades.

As companhias precisam definir novas tecnologias e serviços continuamente,


atualizando produtos e dispositivos para atenderem às demandas e se manterem
relevantes. Por isso, é comum que a cada ano as empresas desse setor promovam
conferências para anunciar os seus próximos passos: nesse evento, o negócio permite
que a comunidade de desenvolvedores se prepare e trabalhe lado a lado com ele para
atuar junto na criação das novidades.
Atualidades do Mercado Financeiro

Como as Big Techs se relacionam com o mercado bancário atual?

Para se manterem inovadoras e lucrativas, as empresas de tecnologia estão


direcionando os seus serviços para várias áreas. O mercado bancário não é diferente.
Focando no potencial comercial e na possibilidade de gerar disrupção em um campo
normalmente conhecido como rígido, muitos empreendedores estão voltando os seus
projetos para esse ramo.

O Facebook, por exemplo, quer investir em pagamentos online com o apoio do


blockchain. A ferramenta já chegou ao Whatsapp, com o WhatsApp Pay, e promete
facilitar as transações comerciais no país. Esse é apenas um exemplo sobre os motivos
para o mercado financeiro se manter atento e utilizar essa mudança como uma
oportunidade de otimizar os seus processos e ser mais inovador.
Atualidades do Mercado Financeiro

A Amazon, anunciou uma linha de crédito para pequenos empreendedores em


parceria com o Goldman Sachs. Os créditos poderão ser superiores a US$ 1 milhão e
terão uma taxa de juros anual fixa entre 6,99% e 20,99%.

Google, que não poderia ficar para trás, já tem planos para sua própria conta corrente.
Atualidades do Mercado Financeiro

Modelo GAFA

Segundo levantamento feito pela consultoria Accenture, o modelo “GAFA” – Google,


Amazon, Facebook e Apple – estão entre as alternativas mais atraentes para as
gerações mais jovens quando se fala em fornecedores de serviços financeiros.

No Brasil, 60% dos entrevistados da geração Y afirmaram que considerariam realizar


transações financeiras com o chamado grupo GAFA. OU SEJA, se as experiências de
cliente mais bem-sucedidas vêm das empresas desse modelo, é nelas que os Bancos
devem se espelhar.

Como as instituições financeiras devem reagir?

Em outras palavras, as companhias do setor financeiro devem utilizar as novidades


tecnológicas a seu favor e começarem, o mais rápido possível, a serem inovadoras.
Considerando também a possibilidade de se aliar à essas big techs, uma vez que, a
junção entre empresas de tecnologia e instituições financeiras vem se estreitando
cada vez mais.

A transformação digital do mercado financeiro passa por tendências como a


digitalização de dados, o Open Banking, o uso da Internet das Coisas na gestão de
facilities e até mesmo a aplicação de Big Data e inteligência artificial para otimizar
processos de cadastro. Além disso, a mobilidade se torna uma realidade, levando o
banco para mais perto dos clientes.

Se bem aplicado, esse recurso auxiliará as empresas a serem mais dinâmicas e


preparadas para lidar com as demandas dos seus clientes em uma economia
digitalizada. Da adoção de aplicativos mobile à utilização de tecnologias de análise de
dados para melhorar investimentos, todos os setores de uma organização da área
podem ser melhorados. Para tanto, basta que a sua companhia avalie as ferramentas
que podem ser úteis e, assim, aplique as mudanças necessárias para ter um ambiente
Atualidades do Mercado Financeiro

mais inovador e pronto para lidar com as Big Techs.

ATENÇÀO

Na via contrária, os bancos também se beneficiam da parceria com as Big Techs. Um


exemplo já ocorre no Brasil, com o uso do Google Assistente pelo Banco do Brasil. O
banco usa bots dentro da plataforma do Google para dar informações gerais a
pessoas físicas e jurídicas, com opção de emissão de senhas de atendimento
presencial na agência e localização das agências mais próximas à localização do
cliente, através do Google Maps.

E no Brasil?

No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor em 2020, visando
garantir uma proteção aos usuários do mundo digital. Assim, a lei determina possíveis
sanções as companhias que não se comportarem de acordo com as disposições,
trazendo maior segurança para as informações que os brasileiros disponibilizam para
empresas, especialmente da internet.

COLOQUE EM PRÁTICA

Não é de hoje que a posição de hegemonia dos grandes bancos no controle de


investimentos, meios de pagamento e crédito está sendo ameaçada. De pequenas
fintechs às gigantes empresas de tecnologia (Big techs), o escopo e diversidade de
incursões no mercado financeiro são enormes. Sobre o tema é correto afirmar:

a) A nova aposta das Big Techs é expandir suas funções para o setor financeiro,
oferecendo outras possibilidades para os usuários, como novos meios de pagamentos
e até empréstimos e seguros.

b) Este é um um campo exclusivamente ocupado por instituições financeiras, sendo


estas empresas apenas clientes dos bancos e não fornecedora de serviços financeiros.

c) Nenhuma das Big Techs oferece produtos financeiros gratuitos aos consumidores
e essa é uma das razões que explica a baixa movimentação no setor.

d) As big techs vão tomar o lugar dos bancos e das fintechs.

e) Na via contrária, os bancos não se beneficiam da parceria com as Big Techs.


Atualidades do Mercado Financeiro

Fintechs, Startups e Big Techs


A personalização é uma das marcas da 4ª Revolução Industrial — também conhecida
como Indústria 4.0. Cada vez mais, até os processos de massa são desenvolvidos de
forma totalmente individualizada. Esse conceito já chegou ao setor de finanças: por
isso, há cada vez mais fintechs no mercado.

Essas empresas de serviços financeiros têm processos totalmente tecnológicos — seu


nome, inclusive, é a junção de financial (financeiro) e technology (tecnologia).

CONCEITO

O que são fintechs?

O termo 'fintech' surgiu da combinação das palavras em inglês financial (finanças) e


technology (tecnologia). Esse nome, por si só, resume bem a ideia: fintech é toda
empresa que oferece serviços financeiros que se diferenciam pelas facilidades
proporcionadas pela tecnologia e, com efeito, pela internet.

A burocracia é uma das principais características desse segmento (que reúne, entre
outros, bancos e operadoras de cartão de crédito), mas as fintechs prometem eliminá-
la. Com todos os recursos disponíveis em um aplicativo, podem ser acionadas a
qualquer momento e boa parte das operações ocorre sem interferência humana.

Em resumo, essas companhias se propõem a resolver problemas conhecidos ou


demandas não atendidas do consumidor — uma das principais delas é a qualidade de
atendimento ao cliente. É comum, então, que elas comecem com uma oferta restrita
e, com o tempo, aumentem o portfólio de produtos e serviços.

Um bom exemplo disso é o Nubank: inicialmente, em 2014, o banco digital oferecia


apenas um cartão de crédito sem tarifas que podia ser gerenciado em um aplicativo.
Hoje, já tem conta corrente, cartão de débito, empréstimo pessoal e investimentos.

APROFUNDAMENTO

Fintechs são empresas que utilizam tecnologia para gerar soluções inovadoras nos
diferentes produtos e serviços do mercado financeiro. Oferecendo diversos serviços
digitais, elas provocaram uma mudança de paradigma em um mercado antes
dominado por poucas marcas.
Atualidades do Mercado Financeiro

Fintechs no Brasil: crescimento acelerado

Entre 2017 e 2018, o mercado de fintechs cresceu 66% no Brasil, segundo dados do
relatório Fintech na América Latina 2018: crescimento e consolidação, publicado pelo
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Já são 18 os países com empresas
do tipo na região.

DADOS

Duas em cada três fintechs estão em estado avançado de desenvolvimento. O Brasil é


o país com o maior número de empreendimentos financeiros tecnológicos: são 380.
Em seguida vêm o México (273), a Colômbia (148), a Argentina (116) e o Chile (84).

Por aqui, essas companhias já têm muitos clientes. A maior parte deles está nos bancos
digitais (como Nubank, Inter, Original, Neon e Next), mas as fintechs podem oferecer
outros produtos e serviços, como meios de pagamento, crédito pessoal, investimentos
e assim por diante.

As fintechs também atendem empreendimentos. A Size, por exemplo, antecipa


recebíveis a microempresas e empresas de pequeno porte. No primeiro semestre de
2019, o atraso de seus clientes foi de 0,4% — e a maioria deles tinha histórico de
inadimplência ou restrição em serviços de proteção ao crédito. Desde sua fundação,
ela já analisou R$ 10 bilhões em solicitações de crédito.

Medo do novo

Muitos de nós já tiveram de ir a um banco físico, quando as operações bancárias


tinham de ser feitas pessoalmente. No início dos anos 2000, veio o internet banking:
embora fosse uma alternativa às filas dos bancos, era temida por muitos.

Hoje, entretanto, boa parte dos clientes faz operações bancárias online ou por meio
de aplicativos, graças à evolução e à popularização da web — que tornaram a onerosa
estrutura bancária tradicional desnecessária. Atualmente, para fazer pagamentos,
transferências, empréstimos e investimentos, basta ter um celular e uma conexão à
internet. Ou seja, o estranhamento inicial é natural, mas acaba vencido com o tempo.

Os órgãos reguladores estão atentos a essas mudanças. Uma decisão recente do


Conselho Monetário Nacional (CMN) permite que as fintechs concedam empréstimos
sem a intermediação de bancos. Isso vai significar crédito mais barato e tornar essa
relação mais dinâmica. Então, é possível que, em breve, as fintechs sejam a regra, não
Atualidades do Mercado Financeiro

a exceção.

Isso já aconteceu com muitos serviços. Nos anos 90, por exemplo, era comum alugar
filmes para ver em casa — exatamente como se faz hoje diretamente pela Netflix (que
já tem plano específico para celulares), com a diferença de que era preciso ir a um
estabelecimento físico para pegá-los. A reinvenção nos mais diferentes mercados tem
sido progressiva e acelerada.

Evolução dos pagamentos

Uma das previsões de Tim Cook, o CEO da Apple, é de que não haverá dinheiro físico
no futuro. Aparentemente, isso ainda deve demorar um pouco para ocorrer, pelo
menos no Brasil: por enquanto, a forma de pagamento mais utilizada por aqui ainda
é o dinheiro, de acordo com a pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”
realizada em 2018 pelo Banco Central do Brasil (Bacen).

O levantamento mostra que 60% dos entrevistados optam por ele ao pagar contas,
mas seu uso vem caindo aceleradamente: na pesquisa anterior, de 2013, eles eram
78%. Enquanto isso, os cartões de débito e crédito avançam e já representam 22% e
15%, respectivamente. Há grandes chances de que, na próxima edição do estudo,
provavelmente em 2023, os meios digitais tenham uma presença maior.

A transformação do dinheiro em plástico e, agora, em zeros e uns, faz as agências


bancárias e o papel-moeda perderem sentido. Paralelamente, a necessidade de cartão
ou de dados biométricos já começa a ser eliminada: os caixas eletrônicos do
Banco24Horas permitem saques a partir da leitura de um QR Code no aplicativo do
banco.
Atualidades do Mercado Financeiro

Fintechs e a inclusão financeira

A chegada das fintechs procura resolver, ainda, outro desafio: a inclusão da população
no sistema de concessão de crédito. O cruzamento de informações públicas e
georeferências — por meio de soluções de inteligência artificial e big data — permite
refinar a análise de risco e identificar clientes até então desconhecidos pelo segmento
de crédito.

Segundo a Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito (Aserc),


brasileiros que estão hoje fora do sistema bancário movimentam mais de R$ 650
milhões por ano. Com o auxílio de robôs, é possível determinar as condições de
financiamento e empréstimo desses indivíduos, com base em seus hábitos. Assim, a
tecnologia pode ajudar a aumentar em até 20% a margem líquida da concessão de
crédito.

Com isso, milhões de novos consumidores podem chegar ao mercado. Como amplia
as vendas e gera empregos, esse movimento é muito importante para a economia.
Além disso, com dados mais detalhados, podem-se oferecer juros personalizados,
adequados ao perfil do cliente, em vez de taxas fixas com base no tipo de empréstimo
ou na linha de crédito.

Isso já ocorre na China: por lá, a MYbank usa 3 mil variáveis para analisar risco de
crédito. Em quatro anos, ela emprestou US$ 290 bilhões a 16 milhões de pequenas
empresas locais. O melhor de tudo é que o processo leva 3 minutos e não há
interferência humana em nenhum momento. Parece que tem dado certo, já que o
índice de inadimplência é de apenas 1%.

Algumas fintechs apostam em educação financeira. É o caso da Superdigital, que tem


um blog voltado, principalmente, a educar o público que não tem conta em banco. A
ideia é abordar temas corriqueiros, como formas de pagar boletos pela internet,
vantagens de ter uma conta digital, por que utilizar cartões e assim por diante.

A motivação é nobre: uma pesquisa da The George Washington University com 150
mil pessoas em 140 países aponta que, a cada três adultos, dois são analfabetos
financeiros. No Brasil, apenas 35% dos adultos responderam corretamente às
questões propostas no estudo — com isso, o país ficou na 74ª posição global.
Atualidades do Mercado Financeiro

Mudança de paradigma

Em 2017, os cinco maiores bancos brasileiros (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa


Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander) se uniram e criaram a Quod. Trata-se
de uma fintech que faz análise de risco de crédito, cadastro positivo, prevenção a
fraudes e soluções de big data.

A operação é recente — começou no fim de 2018 —, mas seu objetivo é melhorar o


ambiente de crédito no país. Para isso, vão fazer ações de educação financeira e
desenvolver soluções que possam facilitar a tomada de decisão com dados objetivos.

E o brasileiro já demonstra interesse nas fintechs. Um levantamento do 6dashboards


mostra que o termo foi escolhido por 42% dos participantes de uma pesquisa sobre
o impacto que o assunto tem nos negócios e na vida das pessoas. Isso ocorre porque
o setor financeiro passa por um momento de transformação digital.

Quais as vantagens das fintechs?

No geral, as fintechs são conhecidas por oferecer soluções financeiras inéditas, menos
burocráticas, mais intuitivas de serem usadas – afinal, elas normalmente estão
disponíveis no smartphone do cliente – e com custos baixíssimos, às vezes
inexistentes, para os usuários.

Um exemplo são os cartões de crédito sem anuidade ou as contas digitais gratuitas.

Tudo isso graças à tecnologia. Por já terem nascido no mundo digital e não contarem
com grandes estruturas físicas, como as agências bancárias, seus custos são muito
reduzidos. Por isso muitas oferecem produtos livres de taxas e conseguem escalar
Atualidades do Mercado Financeiro

rapidamente.

RESUMO

As fintechs chegam no mercado trazendo produtos financeiros inovadores. Em muitos


casos, eles foram desenhados para serem mais simples e vantajosos para os clientes.

COLOQUE EM PRÁTICA

As fintechs são empresas que redesenham a área de serviços financeiros com


processos inteiramente baseados em tecnologia. Sobre esses serviços é correto dizer
que:

a) esses serviços inovadores se resumem a bancos digitais.

b) apesar de estarem sob um mesmo nome, essas empresas não podem oferecer
produtos e serviços diferentes entre si.

c) oferecem diversos serviços digitais, que provocaram uma mudança de paradigma


em um mercado antes dominado por poucas marcas.

d) utilizam tecnologia para gerar soluções inovadoras somente nos serviços do


mercado financeiro, excluindo os produtos.

e) possuem estrutura complexa para realizar análise de crédito.

Startup

Uma fintech também pode ser, no início, uma startup.

As fintechs são empresas de serviços financeiros que se diferenciam pelo uso da


tecnologia e inovação.

OBSERVAÇÃO

As startups, são empresas inovadoras que ainda estão em estágio inicial — acabaram
de chegar ao mercado, geralmente não apresentam lucro de início, mas têm grande
potencial de rápido crescimento.

A grande diferença entre elas é que a startup não necessariamente faz parte do setor
financeiro. Ela pode atuar no mercado de entretenimento, seguros, alimentação,
Atualidades do Mercado Financeiro

tecnologia, vestuário, ou qualquer outro do mercado.

CONCEITO

Startup é uma empresa jovem com um modelo de negócios repetível e escalável, em


um cenário de incertezas e soluções a serem desenvolvidas. Embora não se limite
apenas a negócios digitais, uma startup necessita de inovação para não ser
considerada uma empresa de modelo tradicional.

Definição mais atual para startup

Uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e


escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.

Apesar de curta, essa definição envolve vários conceitos:

Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela ideia e projeto
de empresa irão realmente dar certo – ou ao menos se provarem sustentáveis.

O modelo de negócios é como a startup gera valor – ou seja, como transforma seu
trabalho em dinheiro. Por exemplo, um dos modelos de negócios do Google é cobrar
por cada click nos anúncios mostrados nos resultados de busca – e esse modelo
também é usado pelo Buscapé.com. Um outro exemplo seria o modelo de negócio de
franquias: você paga royalties por uma marca, mas tem acesso a uma receita de
sucesso com suporte do franqueador – e por isso aumenta suas chances de gerar
lucro.

Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala
potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente.
Isso pode ser feito tanto ao vender a mesma unidade do produto várias vezes, ou
tendo-os sempre disponíveis independente da demanda. Uma analogia simples para
isso seria o modelo de venda de filmes: não é possível vender a mesma unidade de
DVD várias vezes, pois é preciso fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro
lado, é possível ser repetível com o modelo pay-per-view – o mesmo filme é
distribuído a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte na
disponibilidade do produto ou no aumento significativo do custo por cópia vendida.

Ser escalável é a chave de uma startup: significa crescer cada vez mais, sem que isso
influencie no modelo de negócios. Crescer em receita, mas com custos crescendo bem
mais lentamente. Isso fará com que a margem seja cada vez maior, acumulando lucros
e gerando cada vez mais riqueza.
Atualidades do Mercado Financeiro

PRESTE ATENÇÃO

Pela nova lei, que entrou em vigor, podem ser classificadas como startups as empresas
e sociedades cooperativas atuantes na inovação aplicada a produtos, serviços ou
modelos de negócios e que tenham tido receita bruta de até R$ 16 milhões no ano
anterior, com até dez anos de inscrição no CNPJ.

Entre as novidades da Lei, está a criação de um ambiente regulatório experimental


(sandbox regulatório), regime diferenciado para permitir que empresas lancem
produtos com menos burocracia. Agências reguladoras, como a Anvisa ou a Anatel,
podem suspender temporariamente para as startups determinadas normas exigidas
das empresas que atuam no setor.

Fonte: Agência Senado


Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

Mesmo diante de um cenário de incertezas por conta da pandemia de coronavírus, o


ano de 2021 tem se mostrado um período extremamente positivo para o mercado de
venture capital no Brasil. Isso porque em apenas cinco meses, os aportes recebidos
pelas startups nacionais atingiram a marca de US$ 3,2 bilhões (aproximadamente R$
16,5 bilhões, em conversão direta), de acordo com dados divulgados pelo hub de
inovação Distrito. Acesso: https://olhardigital.com.br/2021/06/01/pro/startups-
brasileiras-ja-receberam-32-bilhoes-de-dolares-em-
2021/?gfetch=2021%2F06%2F01%2Fpro%2FBrazilian-startups-have-already-
received-32-billion-dollars-in-2021%2F

Sobre o o mercado de startups é correto dizer:

a) Os dados comprovam que o mercado de venture capital tem reduzido aos impactos
econômicos provocados pela Covid-19.

b) Devido aos riscos, os investidores têm demonstrado receio para investimentos nas
startups brasileiras, o que pode ser explicado por inúmeros fatores.

c) Atua somente com empresas de internet

d) Além da capacidade de traduzir conhecimento científico em oportunidade de


negócio, o empreendedor precisa estar preparado para lidar com riscos e incertezas

e) Startup é um termo de referência às grandes empresas do Vale do Silício

Big techs

Cada vez mais a tecnologia adentra a vida das pessoas. Por um lado, isso pode ser
positivo, quando essas inovações estão atreladas a resolução de um problema
humano, por exemplo, ou então facilitam alguma atividade que outrora necessitava
de bem mais tempo investido. Por outro lado, essas novas tecnologias podem nos
tornar dependentes de certos recursos e, consequentemente, das empresas que nos
trazem essas inovações.

As Big Techs, como é conhecido o pequeno grupo de corporações que vem


dominando o mercado de tecnologia

O que são as Big Techs?

As Big Techs são grandes empresas de tecnologia que desenvolveram serviços


inovadores e disruptivos que conseguiram escalar de uma forma muito ágil e
Atualidades do Mercado Financeiro

dinâmica, o que acabou lhes conferindo um amplo domínio do mercado em que


atuam.

CONCEITO

As Big Techs são as grandes empresas de tecnologia que dominaram o mercado nos
últimos anos. Inicialmente pequenas startups, essas organizações, geralmente
localizadas no Vale do Silício, criaram serviços inovadores e disruptivos se utilizando
de um modelo de negócios escalável, dinâmico e ágil. Muitas vezes gratuitos, esses
produtos passaram a fazer parte do dia a dia de várias pessoas, como é o caso dos
serviços do Google, da Uber e da Netflix.

E quem são essas empresas?

O grupo de empresas que é associado ao termo Big Techs são o Google, Facebook,
Apple, Amazon e Microsoft.

Essas empresas, das quais você provavelmente já ouviu falar, trazem diversos
benefícios para os consumidores, mas elas também controlam os mercados em que
atuam, evitando com que novas empresas surjam.

NOTE

O principal motor das Big Techs é a inovação. Justamente por isso, o lema “move fast
and break things” (mova-se rápido e quebre coisas, em português) é comum nessa
área.

As companhias precisam definir novas tecnologias e serviços continuamente,


atualizando produtos e dispositivos para atenderem às demandas e se manterem
relevantes. Por isso, é comum que a cada ano as empresas desse setor promovam
conferências para anunciar os seus próximos passos: nesse evento, o negócio permite
que a comunidade de desenvolvedores se prepare e trabalhe lado a lado com ele para
atuar junto na criação das novidades.

As companhias precisam definir novas tecnologias e serviços continuamente,


atualizando produtos e dispositivos para atenderem às demandas e se manterem
relevantes. Por isso, é comum que a cada ano as empresas desse setor promovam
conferências para anunciar os seus próximos passos: nesse evento, o negócio permite
que a comunidade de desenvolvedores se prepare e trabalhe lado a lado com ele para
atuar junto na criação das novidades.
Atualidades do Mercado Financeiro

Como as Big Techs se relacionam com o mercado bancário atual?

Para se manterem inovadoras e lucrativas, as empresas de tecnologia estão


direcionando os seus serviços para várias áreas. O mercado bancário não é diferente.
Focando no potencial comercial e na possibilidade de gerar disrupção em um campo
normalmente conhecido como rígido, muitos empreendedores estão voltando os seus
projetos para esse ramo.

O Facebook, por exemplo, quer investir em pagamentos online com o apoio do


blockchain. A ferramenta já chegou ao Whatsapp, com o WhatsApp Pay, e promete
facilitar as transações comerciais no país. Esse é apenas um exemplo sobre os motivos
para o mercado financeiro se manter atento e utilizar essa mudança como uma
oportunidade de otimizar os seus processos e ser mais inovador.
Atualidades do Mercado Financeiro

A Amazon, anunciou uma linha de crédito para pequenos empreendedores em


parceria com o Goldman Sachs. Os créditos poderão ser superiores a US$ 1 milhão e
terão uma taxa de juros anual fixa entre 6,99% e 20,99%.

Google, que não poderia ficar para trás, já tem planos para sua própria conta corrente.
Atualidades do Mercado Financeiro

Modelo GAFA

Segundo levantamento feito pela consultoria Accenture, o modelo “GAFA” – Google,


Amazon, Facebook e Apple – estão entre as alternativas mais atraentes para as
gerações mais jovens quando se fala em fornecedores de serviços financeiros.

No Brasil, 60% dos entrevistados da geração Y afirmaram que considerariam realizar


transações financeiras com o chamado grupo GAFA. OU SEJA, se as experiências de
cliente mais bem-sucedidas vêm das empresas desse modelo, é nelas que os Bancos
devem se espelhar.

Como as instituições financeiras devem reagir?

Em outras palavras, as companhias do setor financeiro devem utilizar as novidades


tecnológicas a seu favor e começarem, o mais rápido possível, a serem inovadoras.
Considerando também a possibilidade de se aliar à essas big techs, uma vez que, a
junção entre empresas de tecnologia e instituições financeiras vem se estreitando
cada vez mais.

A transformação digital do mercado financeiro passa por tendências como a


digitalização de dados, o Open Banking, o uso da Internet das Coisas na gestão de
facilities e até mesmo a aplicação de Big Data e inteligência artificial para otimizar
processos de cadastro. Além disso, a mobilidade se torna uma realidade, levando o
banco para mais perto dos clientes.

Se bem aplicado, esse recurso auxiliará as empresas a serem mais dinâmicas e


preparadas para lidar com as demandas dos seus clientes em uma economia
digitalizada. Da adoção de aplicativos mobile à utilização de tecnologias de análise de
dados para melhorar investimentos, todos os setores de uma organização da área
podem ser melhorados. Para tanto, basta que a sua companhia avalie as ferramentas
que podem ser úteis e, assim, aplique as mudanças necessárias para ter um ambiente
Atualidades do Mercado Financeiro

mais inovador e pronto para lidar com as Big Techs.

ATENÇÀO

Na via contrária, os bancos também se beneficiam da parceria com as Big Techs. Um


exemplo já ocorre no Brasil, com o uso do Google Assistente pelo Banco do Brasil. O
banco usa bots dentro da plataforma do Google para dar informações gerais a
pessoas físicas e jurídicas, com opção de emissão de senhas de atendimento
presencial na agência e localização das agências mais próximas à localização do
cliente, através do Google Maps.

E no Brasil?

No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor em 2020, visando
garantir uma proteção aos usuários do mundo digital. Assim, a lei determina possíveis
sanções as companhias que não se comportarem de acordo com as disposições,
trazendo maior segurança para as informações que os brasileiros disponibilizam para
empresas, especialmente da internet.

COLOQUE EM PRÁTICA

Não é de hoje que a posição de hegemonia dos grandes bancos no controle de


investimentos, meios de pagamento e crédito está sendo ameaçada. De pequenas
fintechs às gigantes empresas de tecnologia (Big techs), o escopo e diversidade de
incursões no mercado financeiro são enormes. Sobre o tema é correto afirmar:

a) A nova aposta das Big Techs é expandir suas funções para o setor financeiro,
oferecendo outras possibilidades para os usuários, como novos meios de pagamentos
e até empréstimos e seguros.

b) Este é um um campo exclusivamente ocupado por instituições financeiras, sendo


estas empresas apenas clientes dos bancos e não fornecedora de serviços financeiros.

c) Nenhuma das Big Techs oferece produtos financeiros gratuitos aos consumidores
e essa é uma das razões que explica a baixa movimentação no setor.

d) As big techs vão tomar o lugar dos bancos e das fintechs.

e) Na via contrária, os bancos não se beneficiam da parceria com as Big Techs.


Atualidades do Mercado Financeiro

Correspondentes Bancários

CONCEITO

O Banco Central define correspondente bancário como “empresa contratada por


instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central para a
prestação de serviços de atendimento aos clientes e usuários dessas instituições.”

Dessa forma, essas empresas (todas são obrigatoriamente pessoas jurídicas) são
responsáveis por intermediar serviços entre as instituições financeiras e seus clientes.

Para quê serve um correspondente bancário?

De acordo com a regulamentação do Banco Central (normas estabelecidas na


Resolução 3.954), essas instituições podem realizar serviços financeiros variados,
como:

• Recebimentos e pagamentos de contas qualquer natureza

• recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos


à vista e a prazo

• Coleta de informações cadastrais e análise de crédito

• Serviços de cobranças

• Ordens de pagamento

• Solicitação de empréstimos pessoais, empresariais e financiamentos

• Solicitação de cartão de crédito e débito para trabalhadores e aposentados

• realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à


movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela
instituição contratante;

• Aplicação e resgate em fundo de investimento

• Realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição


contratante
Atualidades do Mercado Financeiro

ATENÇÃO

Todo correspondente bancário precisa ter autorização do Banco Central para operar.
Portanto, também deve segue regras e normas do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

Por determinação do Banco Central, todo correspondente bancário segue o que é


determinado pela Resolução 3.954.

Como funciona o correspondente bancário?

Vantagens e cuidados

O correspondente bancário facilita o acesso a inúmeras operações, sem que você


precise se deslocar até uma agência. Assim, ganha tempo, pode continuar no conforto
do seu lar e não corre perigo na rua.

Também é possível resolver tudo em um lugar só. Por exemplo, uma padaria, além de
vender produtos próprios, pode disponibilizar saques, pagamento, abertura de contas,
recarga de celular e seguros.

É importante ressaltar o que essas empresas NÃO podem fazer, segundo a lei.
Estão proibidas de:

• Cobrar pagamento adiantado.

• Impor tarifas sobre o serviço de intermediação prestado

• Liberar empréstimo sem ter parceria com um banco.

RESUMO

• Correspondente bancário é uma pessoa jurídica contratada para oferecer


alguns serviços de instituições financeiras. Bancos postais, lotéricas, comércios
que desempenham sua função principal e, ao mesmo tempo, recebem boletos,
solicitação para abertura de contas e até empréstimo. Todos estão atuando
como correspondentes bancários.

• A contratação de uma pessoa jurídica para ser correspondente bancário é feita


pelas próprias instituições financeiras e deve obedecer à Resolução 3.954 do
Banco Central do Brasil. No documento, estão as atividades que o
correspondente pode desempenhar.
Atualidades do Mercado Financeiro

• Com o correspondente, o acesso aos serviços bancários ficou mais fácil, mais
próximo e abrangente – chegando a lugares distantes ou evitando a
concentração de pessoas em agências ou regiões centrais. Essa função é
importante, pois, diariamente a população precisa recorrer a serviços
financeiros.

• O correspondente bancário também recebe solicitações de empréstimo,


mediando a transação entre o consumidor e o banco. Por meio de alguns deles,
por exemplo, é possível aproveitar as baixas taxas de juros e longos prazos de
pagamento do empréstimo com garantia de imóvel.

ATENÇÃO

A principal ferramenta oferecida pelos bancos para evitar transtornos aos


consumidores é o site naomepertube.com.br. Nele, o consumidor pode solicitar o
bloqueio telefônico para oferta de empréstimos.

Quem são os correspondentes do Banco do Brasil?


Atualidades do Mercado Financeiro

A rede de Correspondentes Mais Banco do Brasil é formada por diversos


estabelecimentos comerciais como supermercados, drogarias, lojas, cartórios e
cooperativas de crédito, que oferecem a conveniência de estarem mais próximos de
você e com horário de atendimento diferenciado.

ATENÇÃO

Encerramento do convênio com as lotéricas

Importante: Em 18/11/2020, a parceria do Banco do Brasil com a Caixa Econômica


Federal para utilização das lotéricas e caixas eletrônicos compartilhados foi encerrada,
fato divulgado em 15/10/2020, por meio de Comunicado ao Mercado.
Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

Dois importantes fenômenos têm chamado atenção no setor financeiro nos anos
recentes. O primeiro corresponde ao desenvolvimento dos mercados de
microfinanças e ao crescente número de operações de microcrédito. O segundo está
relacionado ao enorme crescimento verificado no uso dos correspondentes bancários
como canal de atendimento dos bancos. Adaptado de: DINIZ, E. Correspondentes
bancários e microcrédito no Brasil: tecnologia bancária e ampliação dos serviços
financeiros para a população de baixa renda. Relatório FGV Pesquisa. 2010.

O crescimento das operações de microcrédito e dos correspondentes bancários no


Brasil são explicadas, respectivamente, pelo(a):

a) ampliação do acesso às redes de telecomunicação e democratização do acesso a


serviços bancários;

b) crescimento extensivo das cidades e diminuição da informalidade no mercado de


trabalho;

c) crescimento do número de bancos públicos e aumento da renda média da


Atualidades do Mercado Financeiro

população;

d) ampliação do número de agências bancárias em cidades pequenas e ampliação da


inadimplência;

e) aumento do número de bancos transnacionais e maior concentração da renda pelos


responsáveis por domicílios.

Gabarito: A
Atualidades do Mercado Financeiro

Funções da Moeda

Define-se moeda como um bem que combina três funções básicas:

• meio de troca;

• reserva de valor;

• unidade de conta.

RESUMO

Cada pessoa tem diferentes decisões sobre o que fazer com a moeda (dinheiro) que
possui. Portanto é neste momento que os movimentos econômicos começam a
aparecer.

COLOQUE EM PRÁTICA

Resumindo, a moeda tem três funções, sendo correto dizer que uma dessas funções
é a de:

a) Meio de troca: intermediário entre as mercadorias;

b) Moeda com unidade de conta: poder de compra que se mantém no tempo, ou seja,
forma de se medir a riqueza.

c) Moeda como reserva de valor: ser o referencial das trocas, o instrumento pelo qual
as mercadorias são cotadas;

d) Moeda-mercadoria (sal, animais, etc).

e) Nenhuma das opções.

Gabarito: A

CURIOSIDADE

Ao longo do tempo, a moeda evoluiu, primeiramente tínhamos a moeda-mercadoria


(sal, animais, etc), passando pela moeda metálica (ouro, prata, metais preciosos) até
chegarmos ao que temos hoje, o papel-moeda ou moeda fiduciária, para o qual não
existe qualquer tipo de lastro. Isto é, não existe a garantia física sustentando o valor
da moeda, e sua aceitação se deve à imposição legal do Governo.
Atualidades do Mercado Financeiro

Marketplace

CONCEITO

O marketplace é uma plataforma que conecta oferta e demanda de produtos ou


serviços. Ou seja, ela reúne vendedores ou prestadores de serviço em um só ambiente
online. Resumindo, um marketplace funciona como um shopping virtual.

Dessa forma, as vantagens desse modelo de negócio atingem todos os envolvidos. Os


clientes podem comparar os orçamentos e avaliações de vários profissionais. Já os
vendedores e prestadores de serviço podem divulgar seu trabalho nesta “vitrine
online” e conquistar mais clientes. Por fim, quem é dono do marketplace consegue
intermediar negócios e lucrar com as conexões estabelecidas.

O que tornou os marketplaces tão populares


Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

O marketplace é um modelo de negócio que surgiu no Brasil em 2012, também é


conhecido como uma espécie de shopping center virtual. É considerado vantajoso
para o consumidor, visto que reúne diversas marcas e lojas em um só lugar, facilita a
procura pelo melhor produto e melhor preço. São exemplos de marketplace, exceto:

a) Americanas;

b) Shoptime

c) Mercado Livre

d) OLX

e) Loja 1,99

Gabarito: E
Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

O marketplace é um tipo de negócio que gerou grandes mudanças no mercado


digital. Esse modelo conecta oferta e demanda em uma plataforma online, gerando
benefícios tanto aos empreendedores quanto aos clientes. As startups de maior
sucesso na atualidade, como Uber, Apple e Airbnb, utilizam esse tipo de plataforma.
Sobre o tema é correto dizer:

a) reúne vendedores ou prestadores de serviço em um só ambiente físico.

b) um marketplace funciona como um shopping virtual.

c) O marketplace é uma plataforma que conecta oferta e demanda de produtos de


supermercado apenas.

d) o marketplace é um tipo de negócio conservador que revolucionou o e-commerce.

e) o(a) administrador(a) de um marketplace precisa se preocupar com fabricação,


estoque ou entregas.

Gabarito: B
Atualidades do Mercado Financeiro

O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin, e demais


criptomoedas

• Governo da China cria sua própria moeda digital

• Povo indígena desenvolve sua moeda digital para ajudar na economia de povos
tradicionais em Rondônia

• Banco central no Brasil pretende iniciar o Real Digital

AS TRÊS FASES DO DINHEIRO DIGITAL

Inspirado nas palavras de Marco Nitti, quando falamos em digitalização do dinheiro,


temos três claras fases:

• Dinheiro digitalizado com controle centralizado;

• Dinheiro digitalizado com controle centralizado utilizando a Blockchain;

• Dinheiro digitalizado descentralizado utilizando a Blockchain.


Atualidades do Mercado Financeiro

APROFUNDAMENTO

As transformações recentes no modelo de negócios são um elemento-chave para


compreender a importância do processo de digitalização do sistema financeiro. Esse
setor tem se tornado um segmento cada vez mais baseado em informação e em
tecnologia. Assim, quanto maior a disponibilidade de informação, mais eficiente se
torna o processo de intermediação financeira.

Pontos-chave

• No século 21, novas tecnologias prometem acabar com o dinheiro físico. A


tendência é que, nos próximos anos, a sociedade caminhe para um mundo em
que não haverá circulação de dinheiro físico e que sejam usadas cada vez mais
transações eletrônicas e moedas virtuais.

• O Bitcoin é uma moeda virtual que ganha cada vez mais popularidade. Em vez
de existir uma instituição financeira responsável pelas transações, todas as
trocas monetárias ficam no livro de registro virtual Blockchain.

• Por representar riscos ao controle de fluxos financeiros, países estão tentando


criar barreiras para a circulação desse tipo de moeda.
Atualidades do Mercado Financeiro

A escalada do Bitcoin

ATENÇÃO

O modelo Bitcoin permite realizar transações financeiras de forma direta, sem a


necessidade de um intermediário. Um sistema que pode acabar de vez com o banco
físico.

CURIOSIDADE

O sistema de bitcoins não é controlado por nenhum Banco Central ou instituição


bancária, mas por criptografia. É por isso que essa invenção também pode ser
chamada de “criptomoeda”. Desde então, outras moedas similares surgiram no
mercado.

OLHA A QUESTÃO AÍ

A Blockchain grava todas as transações realizadas com Bitcoins e garante que uma
unidade da moeda não seja utilizada duas vezes. Isso faz com que a moeda virtual não
seja falsificada. Cada moeda digital está numerada e todas as transações são públicas
e podem ser visualizadas pela comunidade. Na prática, a Blockchain funciona como
um livro público, que regula o envio e o recebimento da moeda.

O que é o blockchain?

A tecnologia Blockchain nada mais é do que um livro de razão pública (ou livro
contábil) que faz o registro de uma transação de moeda virtual (a mais popular delas
é o Bitcoin), de forma que esse registro seja confiável e imutável.

ATENÇÃO

É esse sistema que permite o funcionamento e transação das chamadas criptomoedas,


ou moedas digitais.
Atualidades do Mercado Financeiro

Como funciona a tecnologia blockchain?

Em termos técnicos:

• Os trilhos espalhados pelo mundo e que possibilitam que os trens viagem por
aí são a computação em nuvem (ou cloud computing): uma tecnologia que
torna possível processar uma grande quantidade de informações na internet.

• Cada vagão do trenzinho é um bloco com uma hash: uma função matemática
que pega uma mensagem ou arquivo e gera um código com letras e números
que representa os dados enviados (que podem ser mensagens ou arquivos).

• Já o livro onde todos os envios dos trenzinhos são registrados é o ledger (que
pode ser traduzido como livro-razão): uma espécie de documento onde todas
as transações são gravadas. Essas informações não podem ser apagadas e
qualquer pessoa pode acessá-las.

• As pessoas que ligam um vagão no outro para formar o trenzinho são as


chamadas mineradoras: responsáveis por calcular o “hash” certo de cada bloco
para formar a ligação entre eles.

• Por fim, os trenzinhos são as cadeias de blocos – ou, em inglês, blockchain.

Resumindo: o que é e como funciona a blockchain?

• Blockchain é uma cadeia de blocos onde cada um contém um arquivo e um


hash, o que garante que as informações desse bloco de dados não foram
violadas.

• Todo bloco criado contém sua hash e a do bloco anterior, criando uma conexão
entre os blocos. É dessa ligação que surge o nome blockchain (corrente de
blocos, em português).

O que é criptomoeda?

CONCEITO

Criptomoeda é o nome genérico para moedas digitais descentralizadas, criadas em


uma rede blockchain a partir de sistemas avançados de criptografia que protegem as
transações, suas informações e os dados de quem transaciona.
Atualidades do Mercado Financeiro

ATENÇÃO

Descentralizadas porque não existe um órgão ou governo responsável por controlar,


intermediar e autorizar emissões de moedas, transferências e outras operações. Quem
faz isso são os próprios usuários.

Quais são as principais criptomoedas?

• Bitcoin;

• Ethereum;

• Ripple;

• Litecoin;

• Bitcoin Cash;

• EOS;

• Binance Coin.

COLOQUE EM PRÁTICA

As criptomoedas são moedas virtuais, utilizadas para a realização de pagamentos em


transações comerciais. Além de serem completamente virtuais, existem três
características que as diferenciam das moedas regulares: descentralização, anonimato
e baixo custo de transação (Fonte: Politize!).

Qual das moedas abaixo não é uma criptomoeda?

a) peso

b) petro

c) bitcoin

d) monero

e) dogecoin

Gabarito: A
Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

Com base nas características e nas possíveis aplicações para a blockchain, assinale a
alternativa correta.

a) A blockchain é uma lista de tamanho fixo de registros interligados a partir de


criptografia, em que cada bloco contém dados relativos à transação, um timestamp e
um hash criptográfico do próximo bloco.

b) A blockchain é uma espécie de base de dados pública e centralizada, que é usada


para registrar transações na nuvem, de forma que qualquer registro envolvido não
possa ser alterado retroativamente sem a alteração de todos os blocos subsequentes.

c) Mesmo que fosse possível atacar e controlar mais de 50% de uma rede verificadora
de transações blockchain, não seria possível reverter transações já realizadas ou
realizar gastos duplos.

d) A invenção da blockchain para uso no bitcoin tornou-o a primeira moeda digital a


resolver o problema do gasto duplo sem a necessidade de envolver uma autoridade
confiável ou servidor central como mediador. A blockchain remove a característica de
reprodutibilidade infinita de um ativo digital

e) A blockchain demonstrou potencial apenas como base tecnológica para as


criptomoedas, sendo, portanto, improvável que outras indústrias encontrem novas
aplicações em razão das diversas limitações que apresentam.

Gabarito: D

Acerca dos riscos ligados às chamadas criptomoedas ou moedas virtuais, o Banco


Central do Brasil,, alertou para questões relacionadas à conversibilidade e ao lastro de
tais ativos, destacando que não é responsável por regular, autorizar ou supervisionar
o seu uso.

Assim, é correto afirmar que seu valor:

a) decorre da garantia de conversão em moedas soberanas;

b) decorre da emissão e garantia por conta de autoridades monetárias;

c) decorre de um lastro em ativos reais;

d) é associado ao tamanho da base monetária;

e) decorre exclusivamente da confiança conferida pelos indivíduos ao seu emissor.

Gabarito: E
Atualidades do Mercado Financeiro

Sistemas de bancos-sombra (Shadow banking)

“Armas de destruição em massa”.

Warren Buffet, sobre os derivativos de crédito

CONCEITO

O Sistema de bancos-sombra (Shadow banking), também conhecido como sistema


bancário paralelo, é um sistema financeiro não bancário que fornecem serviços
parecidos aos dos bancos comerciais e também são supervisionados, mas tem
regulação própria e mais simples que as dos bancos tradicionais.

ATENÇÃO

Bancos de investimentos, factoring (antecipação de receitas), fundos Hedge (fundos


de investimentos mais arriscados), companhias de seguros e fundos de capital privado
são alguns exemplos de bancos-sombra.

DE OLHO NA DICA AMOROSA

O Sistema de bancos-sombra (Shadow banking) também são formados por


instituições que fornecem crédito para pessoas que normalmente não conseguem
crédito em instituições financeiras regulares.

COLOQUE EM PRÁTICA

O que é shadow banking?

a) é um conjunto de operações e intermediários de serviços que fornecem crédito em


um país.

b) é um conjunto de operações e intermediários financeiros que fornecem crédito em


todo o sistema financeiro global de forma “informal”.

c) é um conjunto de operações e intermediários financeiros que fornecem crédito em


todo o sistema financeiro global de maneira formal.
Atualidades do Mercado Financeiro

d) é um conjunto de operações e intermediários financeiros que fornecem crédito em


todo o sistema financeiro nacional de forma “informal”.

e) é um conjunto de operações e intermediários financeiros que fornecem crédito em


todo o sistema financeiro nacional de maneira formal.

Gabarito: B

Dentre os intermediários não-regulamentados que podem fazer parte do shadow


banking estão os, EXCETO:

a) Bancos de investimento;

b) Fundos de hedge;

c) Operações com derivativos e títulos securitizados;

d) Fundos do mercado monetário;

e) Bancos nacionais.

Gabarito: E

Sobre o shadow banking é correto dizer que:

a) Instituições que praticam o shadow banking geralmente servem como receptores


de empréstimos;

b) Como essas instituições são bancárias, elas recebem depósitos tradicionais como
um banco tradicional.

c) Muitas operações feitas por essas instituições possuem maiores riscos de mercado,
de crédito e de liquidez, além de não possuir uma reserva de capital para servir como
garantia.

d) Com o desenvolvimento dos mercados globais e a estruturação de operações cada


vez mais complexas, o shadow banking passou a desempenhar um papel cada vez
menos revelante em todo o sistema financeiro.

e) Devido a atuação desse sistema bancário paralelo aumentar a eficiência econômica,


sua operação não gera preocupações quanto ao risco sistêmico de sistema financeiro.

Gabarito: C
Atualidades do Mercado Financeiro

Regulação e limitações propostas ao shadow banking

CURIOSIDADE

A China é o país onde os bancos na sombra mais crescem nos últimos anos.
Estimativas mostram que a participação da China na atividade financeira não regulada
global cresceu mais de seis vezes desde 2007 e o país já responde por 4% desse
mercado mundial
Atualidades do Mercado Financeiro

Arranjos de Pagamentos

CONCEITO

Arranjo de Pagamento: o conjunto de regras e procedimentos que disciplina a


prestação de determinado serviço de pagamento ao público aceito por mais de um
recebedor, mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores.

Lei nº 12.865/2013

Principais pontos da Lei nº 12865 de 9 de outubro de 2013 e demais Circulares


vinculadas.

Definições

Art. 6o Para os efeitos das normas aplicáveis aos arranjos e às instituições de


pagamento que passam a integrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), nos
termos desta Lei, considera-se:

I - arranjo de pagamento - conjunto de regras e procedimentos que disciplina


a prestação de determinado serviço de pagamento ao público aceito por mais
de um recebedor, mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e
recebedores;

II - instituidor de arranjo de pagamento - pessoa jurídica responsável pelo


arranjo de pagamento e, quando for o caso, pelo uso da marca associada ao
arranjo de pagamento;

III - instituição de pagamento - pessoa jurídica que, aderindo a um ou mais


arranjos de pagamento, tenha como atividade principal ou acessória, alternativa
ou cumulativamente:
Atualidades do Mercado Financeiro

Todo arranjo de pagamento precisa ser regulados pelo Bacen?

Quem são os participantes de um arranjo de pagamentos?

Outras envolvidas nessa modalidade são:

• as instituições financeiras: que atuam como uma ponte entre as pessoas e certos
serviços do mercado financeiro, como aportes, empréstimos, financiamentos,
conversão de moeda física em eletrônica, execução de remessa de fundos,
gestão de contas de pagamentos, entre outros.
Atualidades do Mercado Financeiro

• as instituições de pagamento: que atuam na emissão de instrumentos de


pagamento como cartão de crédito e de débito. As empresas adquirentes são
um exemplo de instituições de pagamento. É válido enfatizar que esses
modelos, no geral, não detêm a tecnologia do arranjo de pagamento para
efetuar suas transações. Logo, fazem uso das soluções de terceiro

Quais são os tipos de arranjos de pagamentos?

Há dois tipos de arranjos de pagamentos, são eles:

• os abertos: um exemplo de arranjo de pagamento aberto é quando um cartão


de crédito é emitido por um banco e ele pode ser amplamente utilizado em
qualquer estabelecimento, desde que a sua bandeira não apresente restrições;

• os fechados: são aqueles em que o cartão é emitido por um estabelecimento


específico e só pode ser utilizado por redes conveniadas ou que possuam uma
Atualidades do Mercado Financeiro

parceria com ele.

Qual a relação dos arranjos de pagamentos com o marketplace?

RESUMO

• Um arranjo de pagamento é o conjunto de regras e procedimentos que


disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público. As
regras do arranjo facilitam as transações financeiras que usam dinheiro
eletrônico.

• Diferentemente da compra com dinheiro vivo entre duas pessoas que se


conhecem, o arranjo conecta todas as pessoas que a ele aderem. É o que
acontece quando o cliente usa uma bandeira de cartão de crédito numa compra
que só é possível porque o vendedor aceita receber daquela bandeira.

• Os arranjos podem se referir, por exemplo, aos procedimentos utilizados para


realizar compras com cartões de crédito, débito e pré-pago, em moeda nacional
ou estrangeira. Os serviços de transferência e remessas de recursos também são
arranjos de pagamentos.

• As pessoas jurídicas não financeiras que executam os serviços de pagamento


no arranjo são chamadas de instituições de pagamento e são responsáveis pelo
relacionamento com os usuários finais do serviço. Instituições financeiras
também podem operar com pagamentos.

• Alguns tipos de arranjo de pagamentos não estão sujeitos à regulação do BCB,


tais como os cartões private label – emitidos por grandes varejistas e que só
podem ser usados no estabelecimento que o emitiu ou em redes conveniadas.
Também não são sujeitos à supervisão do BC os arranjos para pagamento de
serviços públicos (como provisão de água, energia elétrica e gás) ou
carregamento de cartões pré-pagos de bilhete de transporte. Incluem-se nessa
categoria, ainda, os cartões de vale-refeição e vale-alimentação.

• A legislação proíbe que instituições de pagamento prestem serviços privativos


de instituições financeiras, como a concessão de empréstimos e financiamentos
ou a disponibilização de conta bancária e de poupança.
Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

De acordo com a Lei 12.865/2013, arranjo de pagamento é:

a) o conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado


serviço de pagamento ao público, aceito por mais de um recebedor, mediante acesso
direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores.

b) o conjunto de leis que disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento


ao público, aceito por apenas um recebedor, mediante acesso direto pelos usuários
finais, pagadores e recebedores.

c) o conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado


serviço de pagamento ao público, aceito por mais de um recebedor, mediante acesso
indireto pelos usuários finais, pagadores e recebedores.

d) o conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado


serviço de pagamento ao público, aceito por mais de um recebedor, mediante acesso
direto pelos recebedores exclusivamente

e) o conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado


serviço de pagamento às empresas, aceito por mais de um recebedor, mediante
acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores

Gabarito: E
Atualidades do Mercado Financeiro

Sobre arranjos de pagamentos é incorreto dizer:

a) o arranjo de pagamento determina as regras para facilitar as transações,


conectando os integrantes na cadeia de pagamentos;

b) são os procedimentos para efetuar compras, seja fazendo transferências ou


pagando por cartões de crédito, débito e pré-pago;

c) em um arranjo de pagamento aberto, o cartão de crédito é emitido por uma


instituição de pagamento, podendo ser utilizado em qualquer estabelecimento, desde
que não haja restrições impostas pela bandeira.

d) em um arranjo de pagamento fechado, o cartão de crédito é emitido por um


estabelecimento, como uma empresa de varejo, e só pode ser utilizado para compras
nele ou em parceiros.

e) definem as regras e os procedimentos relacionados a serviços de pagamento, como


compras e pagamentos com cartões de crédito, débito e pré-pago, seja em moeda
nacional ou em moeda estrangeira. Contudo, os serviços de transferência e remessas
de recursos não são considerados arranjos de pagamentos.

Gabarito: E
Atualidades do Mercado Financeiro

Segmentação e Interações digitais

“Se eu tivesse X de dinheiro na conta, o banco não me trataria dessa forma.”


Atualidades do Mercado Financeiro

CONCEITO

Segmentar clientes nada mais é que separar em diferentes grupos pessoas com
características parecidas para, assim, pensar em ações estratégicas para se comunicar
melhor com cada uma delas. Tais agrupamentos podem ser norteados pelas mais
variadas características, como idade, gênero, localidade, classe socioeconômica ou
mesmo hábitos

O futuro da customização
Segmentação demográfica

Aquela que leva em consideração algumas informações mais básicas sobre os clientes,
capazes de os dividir em grupos mais amplos, como:

• gênero;

• estado civil;

• faixa etária;

• profissão;

• formação;

• classe social, entre outras.


Atualidades do Mercado Financeiro

Esse tipo de segmentação leva em consideração aspectos geográficos das pessoas. É


muito utilizada quando essas informações são passíveis de determinar o ato da
compra. Por exemplo:

• bairro onde mora;

• cidade;

• estado;

• região;

• país e continente.

Segmentação psicográfica

É norteada por informações um pouco mais subjetivas, como:

• estilo de vida;

• valores;

• ideologias;

• personalidade, entre outros.

Auxiliam na comunicação correta com cada perfil de cliente


Atualidades do Mercado Financeiro

COLOQUE EM PRÁTICA

Sobre a segmentação e as interações digitais nos bancos é correto dizer:

a) O setor bancário, o qual é responsável por dar suporte ao sistema financeiro e


econômico de qualquer país, ficou de fora dessa revolução tecnológica.

b) Os maiores bancos brasileiros são instituições que têm como características a


ausência de ambientes físicos e a possibilidade de realizar, de forma totalmente online,
operações que vão desde investimentos até abertura de contas o que, na maioria das
vezes, são realizadas por meio de aplicativos .c) se os bancos digitais não evoluírem
rapidamente serão substituídos pelos tradicionais, os quais já são uma tendência para
um futuro próximo.

d) permite a prestação de um serviço de maior qualidade, pois os bancos podem se


utilizar do estudo demográfico, por meio do qual conseguem segmentar os
consumidores em grupos específicos e assim aumentar a eficácia das estratégias de
marketing.

e) A lenta ascensão dos bancos digitais fez com que os bancos tradicionais não
precisassem se reinventar e a migrar para o ambiente online.

Gabarito: D
Atualidades do Mercado Financeiro

Transformação digital no Sistema Financeiro

ATENÇÃO

Bancos ao redor do mundo têm percebido que investimentos em tecnologias digitais


são uma das formas de beneficiar a aquisição de novos clientes, bem como conquistar
a satisfação. O setor bancário está em desenvolvimento de melhorias de suas
capacidades digitais em atividades front office e para muitas instituições de varejo, os
canais virtuais e móveis se tornaram tão importantes quanto agências e caixas
eletrônicos.

PARE E PENSE

Com a adesão de tecnologias em atividades cotidianas, consumidores de todo o


mundo esperam que os bancos interajam de forma mais assídua por meio de
plataformas digitais.

NOTE

As startups chamam a atenção das instituições financeiras tradicionais por criarem


modelos de negócios, produtos e serviços inovadores com forte apoio da tecnologia.
Os bancos acompanham com interesse o desenvolvimento das fintechs, porque
inovações tecnológicas capazes de trazer benefícios ao consumidor mantendo a
solidez e a confiabilidade dos serviços contribuem para a expansão e aumento da da
qualidade do serviço bancário.
Atualidades do Mercado Financeiro

O Sistema Financeiro viveu muitas alterações pode-se citar:

• o open bank;

• PIX;

• fintechs;

• internet bank;

• móbile Bank;

• Blockchain;

• dentre outras

PRESTE ATENÇÃO

Das agências tradicionais ao Open Banking, empresas financeiras e bancos precisam


se ajustar para estarem conectados a um novo ecossistema, em uma atmosfera
sustentável, integrada e convidativa, com eficiência para atender todas as pessoas de
forma muito mais proativa, completa e integrada. Quem antes investir em tecnologia
e em serviços de TI conseguirá acelerar a jornada de transformação e de geração de
receitas, posicionando-se muito à frente da concorrência.

COLOQUE EM PRÁTICA

Sobre a transformação digital no sistema financeiro é correto afirmar:

a) as mudanças se restringem apenas à adoção de novos recursos tecnológicos

b) as mudanças se restringem apenas à uma mudança de comportamento de


consumo

c) os bancos tradicionais, as fintechs ou os bancos digitais, as instituições que não


acompanharem a revolução promovida pela transformação digital no mercado
financeiro tendem a ficar para trás na corrida por novos clientes.

d) transformação digital é a incorporação do uso da tecnologia digital às soluções


somente de problemas no universo digital

e) a transformação digital está atrelada apenas à forma como as empresas operam.

Gabarito: C
Atualidades do Mercado Financeiro

Os bancos na Era Digital: Atualidades, tendências e desafios

Na atualidade é praticamente mandatório que as instituições bancárias invistam em


sua transformação digital. Cada vez mais os clientes procuram por experiências
digitais e, embora isso possa oferecer comodidade e praticidade aos usuários, já que
a maioria das operações podem ser feitas de forma digital, para os bancos é uma
grande vantagem, pois investindo em plataformas digitais é possível a redução do
número de agências físicas em operação, reduzindo consideravelmente seus custos.

A internet facilitou muito o dia-a-dia dos clientes bancários. Há alguns anos, pagar
contas exigia uma caminhada à agência bancária mais próxima - hoje, alguns cliques
resolvem as principais transações sem sair de casa.

Os smartphones e computadores modificaram muito mais do que o atendimento dos


bancos, a transformação chegou aos escritórios e à dinâmica de trabalho dos
colaboradores.

A disponibilidade dos serviços bancários 24h por dia através da internet e telefone
obrigou as instituições a se desfazerem de uma das principais características do
passado: a burocracia.

Os bancos na era digital precisam encontrar soluções, criar ferramentas e atualizá-las


praticamente em tempo real. A interação de dez anos atrás, que ocorria entre times
via agendamento por e-mail, deu lugar a interação imediata.

As equipes precisam se encontrar rapidamente e desenvolver seu trabalho de forma


ágil, pois uma tecnologia ou solução que é definida hoje, dentro de algumas semanas
já pode estar desatualizada perante o cliente, mercado e concorrentes.

O que é um banco digital?

ATENÇÃO

Mais cognitivo e tecnológico, o banco digital é capaz de atender as necessidades dos


clientes, através de inovações tecnológicas que permitem estabelecer uma relação
mais personalizada, ágil e consultiva.

Cada vez mais exigentes, os clientes de instituições bancárias buscam novas


alternativas de atendimento personalizado, agilidade e segurança em suas transações
financeiras, reforçando a necessidade de um banco digital.
Atualidades do Mercado Financeiro

Muito além de oferecer serviços por internet banking ou mobile banking que auxiliem
clientes a realizar suas transações financeiras, o banco digital se caracteriza por
oferecer serviços de forma totalmente digital.

Diferente dos bancos digitalizados, que oferecem plataformas digitais e canais


interativos, esse tipo de banco (digital) dispensa a necessidade de presença do cliente
na agência bancária.

Eles surgiram da necessidade de desburocratizar os processos dos grandes bancos


com tecnologia focando na experiência do cliente com segurança, transparência e
agilidade. Além disso, por resolverem todas as necessidades dos clientes pelo
computador ou aplicativos, esses bancos possibilitam a inclusão bancária de milhões
de pessoas ao viabilizar a utilização simplificada do dinheiro.

Atualidades

Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)


Atualidades do Mercado Financeiro

A LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados é a Lei nº 13.709 de 2018. Ela originou-se
da GDPR – General Data Protection Regulation, que foi adotada na Europa a partir de
2018. A GDPR teve origem em diversos escândalos de vazamentos de dados de
clientes pela ação de hackers em bancos e instituições financeiras do mundo. Esses
problemas evidenciaram a necessidade de atualização e reforço da regra então
existente na Europa. O Brasil, seguindo os passos GDPR, criou então a LGPD.

OLHA A QUESTÃO AÍ

A LGPD estabelece um padrão de como deve ser feita a coleta, o armazenamento e o


compartilhamento de dados pessoais de clientes e usuários pelas instituições que têm
acesso a eles, seja pelos meios físicos ou digitais, independentemente do tamanho ou
segmento de atuação.

Bancos brasileiros estão pisando no acelerador para garantir conformidade das


operações financeiras com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e assegurar os
direitos de privacidade dos clientes. A regulamentação da Lei nº 13.709/2018
disciplina o tratamento de dados pessoais dos cidadãos, pelas organizações que
ofertam produtos e serviços no país.

A nova lei estabelece como coletar, armazenar e compartilhar os dados pessoais e


sensíveis de clientes e consumidores, tanto por meios físicos quanto digitais. Estão
sujeitas às normas da LGPD empresas públicas e privadas, independentemente de
tamanho e segmento da economia, que atuam no país e usam dados pessoais em
suas operações. O objetivo é proteger os direitos fundamentais de liberdade e
privacidade das pessoas físicas.

PRESTE ATENÇÃO

Atualmente, o Brasil conta com uma legislação específica no que diz respeito à
proteção das informações pessoais de seus cidadãos. No entanto, a realidade nem
sempre foi assim. Antes da Lei de Proteção de Dados, sancionada em meados de 2019,
os brasileiros não eram considerados como proprietários dos dados pessoais que
forneciam a empresas.

O que muda para os bancos com a nova lei de proteção de dados?

Com a LGPD, os clientes ou usuários dos serviços bancários passam a ser considerados
Atualidades do Mercado Financeiro

pela Lei como proprietários de todos os dados pessoais que decidirem fornecer, e não
mais a organização que os coletou.

Assim, eles passam a ter mais controle sobre os próprios dados e como eles poderão
ser usados. Isso permite que os indivíduos fiquem menos vulneráveis a casos de
comercialização, uso indevido, ou vazamento de informações pessoais por entidades
e empresas, assegurando o direito à privacidade de cada um.

As principais alterações que a aplicação da LGPD trazem para o setor financeiro


são:

• Consentimento do cliente: a empresa deverá solicitar autorização


explicitamente, sem opção de adesão automática, e expressar claramente como
serão tratados os dados do cliente;

• Direito à eliminação das informações: as instituições financeiras devem eliminar


seus dados se você quiser, a não ser que haja alguma outra lei restringindo essa
ação que sirva como justificativa válida;

• Efeitos de uma violação de dados: as instituições financeiras devem notificar a


autoridade supervisora responsável, caso tenha havido qualquer violação de
dados em seus arquivos;

• Gestão do fluxo de dados.

O que são dados financeiros?

Para a LGPD, esses dados são aqueles originados a partir de transações financeiras e
outros serviços oferecidos por bancos e instituições financeiras.

Os dados financeiros podem ter em seu escopo informações sobre usuários


específicos ou mesmo sobre empresas, assim como valores envolvidos nas operações,
datas das transações financeiras, entre outros.

PRESTE ATENÇÃO

Para a LGPD, informações bancárias são dados sensíveis. Portanto, só podem ser
tratados pelas empresas se tiverem o consentimento do usuário.
Atualidades do Mercado Financeiro

Para ter uma ideia do impacto que uma regulamentação do uso de dados pode ter,
em 2018, o Brasil perdeu $ 10 bilhões de dólares por causa de crimes virtuais.

Assim, somos um dos principais “mercados” para crimes virtuais, ao lado de Rússia,
Coreia do Norte, Índia e Vietnã. E os principais alvos dos ataques são bancos,
principalmente com sites falsos, malwares, cartões clonados e roubos de dados.

Ao contrário do que se possa imaginar, a maioria desses ataques é feita aqui mesmo
no país. A grande quantidade de ataques se deve, em parte, às inúmeras brechas na
legislação brasileira quanto ao uso da internet e à segurança de dados.

Portanto, as instituições bancárias precisarão adotar diferentes processos de gestão,


controle e operação de dados para assegurar a rastreabilidade da informação e a
segurança de dados, principalmente aqueles considerados sensíveis. A instituição que
ficará responsável pela fiscalização da aplicação da LGPD é a ANPD – Agência Nacional
de Proteção de Dados.

Dessa forma, a LGPD, integra o Brasil às tendências mundiais de criações de políticas


e regulamentações mais robustas, à exemplo da GDPR europeia. A entrada em vigor
dessa lei é essencial na luta para retirar o país da infame classificação de um dos países
mais favoráveis a crimes cibernéticos.

Como a lei de proteção de dados afeta os bancos digitais?

Bancos e instituições financeiras também serão afetados pela Lei Geral de Proteção
de Dados. Afinal, essas entidades lidam diretamente com uma série de dados pessoais
Atualidades do Mercado Financeiro

e financeiros de seus clientes.

Como a LGPD estabelece novas diretrizes para o tratamento dos dados, que agora são
propriedade dos próprios usuários, será preciso fazer algumas adaptações no que diz
respeito a isso.

Entretanto, o processo não deve ser difícil, uma vez que o setor bancário já é
reconhecido pela preocupação com a segurança da informação e pela realização de
amplos investimentos nessa área.

O primeiro ponto que deve trazer mudanças são os contratos feitos com os clientes,
a partir de agora é preciso conter cláusulas especificando os processos de tratamento
dos dados para a ciência do usuário, que precisa consentir com o que for proposto.

A responsabilidade por efetuar essas alterações é das instituições e, caso haja alguma
parceria com outros bancos, o dever passa a ser de ambos.

As mudanças trazidas pela Lei de Proteção de Dados não afetam apenas o uso de
dados, mas também a relação entre clientes e instituição, uma vez que determina que
o usuário é dono de seus dados pessoais e financeiros, fazendo com que ele tenha
mais autonomia.

Essa diferença se aplica principalmente por meio do chamado direito de exclusão ou


direito de esquecimento, em que o cliente pode solicitar que a instituição financeira
exclua os seus dados da base cadastral após o encerramento de uma conta, por
exemplo.

Outra mudança que vem com a nova Lei de Proteção de Dados é a possibilidade de o
cliente exercer o direito de oposição, ou seja, exigir que o banco não utilize os seus
dados para fazer ofertas de produtos que não são do seu interesse.

Na prática, é como se o usuário colocasse um aviso de “não perturbe”, não sendo


necessária a exclusão dos dados pela entidade. A lei permite, contudo, que os bancos
possam usar os dados essenciais desde que preservem o anonimato do cliente.

Além de dar aos usuários os direitos sobre seus dados, a LGPD busca ainda estimular
que bancos e fintechs ofereçam melhores soluções de segurança, além de estimular a
concorrência entre eles.

Os bancos na Era Digital: Tendência

O perfil do cliente de serviços bancários mudou. Bancos tradicionais já não conseguem


suprir as necessidades de clientes que nasceram mergulhados na era digital, como a
Atualidades do Mercado Financeiro

geração Y.

Por isso, a fim de oferecer um relacionamento mais personalizado, é essencial


compreender quais são os interesses e necessidades dessa nova geração de
consumidores, assim como o que eles esperam dos serviços financeiros.

A geração digital deseja ser localizada por seus interesses específicos e características
peculiares e não ser somente um número em amplos dados demográficos. Ela é
composta por clientes participativos e que desejam ser questionados sobre os
produtos e serviços que o banco oferece.

São consumidores que esperam que o banco tenha uma visão ampla de seu
relacionamento, atuando de forma antecipatória, observando possíveis problemas e
criando soluções. Eles querem ser surpreendidos com serviços especiais em
momentos inesperados e esperam que a instituição financeira esteja ao seu lado no
longo prazo, nos diversos momentos da sua vida.

Estes clientes também esperam que o banco tenha caráter informativo e orientador.
Além de terem interesse em assuntos financeiros, querem que a instituição os eduque
através de dicas e canais on-line, assim como os informe sobre o atual cenário
econômico, alertando-os sobre mudanças financeiras.

Os bancos na Era Digital: Desafios

O Banco digital é composto de interações através de canais virtuais, mas


principalmente, da automação e digitalização dos processos para sustentar as
expectativas do cliente e promover a melhor experiência possível.

Para atender a estas expectativas, um banco digital deve construir uma nova forma de
se relacionar com o cliente, baseando-se na análise do seu comportamento e
necessidades, através de dados oferecidos por suas transações financeiras, interações
com canais digitais e atividades de mídia social.

Trabalhar dados a fim de extrair informações relevantes, ter visão ampla do


relacionamento com o cliente, simplificar processos, agir de maneira informativa e
proativa são alguns dos desafios do banco digital. Eles podem ser alcançados com
ações baseadas na análise de Big Data, associação com FinTechs e disponibilidade de
canais alternativos.

Transações bancárias e interações com canais de mídia social fornecem dados e


informações aos bancos. É preciso saber cruzar e analisar esses dados a fim de criar
Atualidades do Mercado Financeiro

uma experiência mais personalizada para o cliente. Visualizar clientes através de dados
analíticos possibilita aos bancos descobrir novos segmentos baseados em
comunidades ou estilos de vida, criando conexão emocional com o cliente. Também
é possível conhecer, orientar e informar de acordo com seus problemas e
necessidades, assim como surpreendê-los com estratégias preventivas.

A abertura de canais de relacionamento mais intuitivos e que melhorem a experiência


do cliente, também cria uma relação mais próxima, baseada na troca de informações.

ATUALIDADES: Por que os bancos estão demitindo tanto no Brasil e no mundo?

Em 8 de julho de 2019, o Deutsche Bank anunciou o corte de 18 mil empregos pelo


mundo, em um movimento que representou a maior demissão em massa no setor
financeiro desde que mais de 25 mil pessoas foram dispensadas pelo Lehman Brothers
durante a crise de 2008, em setembro daquele ano.

Em maio de 2019, a Caixa Econômica Federal apresentou um PDV (Programa de


Demissão Voluntária) para cortar 3,5 mil postos de trabalho.
Atualidades do Mercado Financeiro

Pouco mais de dois meses depois, o Banco do Brasil abriu um programa de demissão
e reestruturação de cargos que resultou no desligamento de 2.300 pessoas. A ação
integrou o plano de transformação digital do banco.

Quais fatores influenciam a alta nas demissões nos bancos brasileiros? E no resto
do mundo?

Primeiro que isso não é um movimento novo. Há uma matéria da, que traz no título:
Atualidades do Mercado Financeiro

"Computadores provocam a demissão de 349 mil bancários em apenas sete anos;


bancos consideram que a diminuição do número de funcionários não terminou".

Folha de 1° de maio de 1998

E não terminou mesmo. Estamos vendo, 23 anos depois, que essa tendência ainda se
mantém.

Com o desenvolvimento tecnológico, o setor bancário tem sido transformado, como


tantos outros (automobilístico, manufatureiro de forma geral), passando pela
transição de deixar de ser intensivo em mão de obra e começar a ser intensivo em
capital. E é isso que estamos vendo.

Temos ainda um agravante no setor bancário, que é o surgimento das fintechs.


Entramos para a era digital, em uma transformação que aumenta ainda mais o
investimento em capital, em tecnologia, reduzindo o capital humano no setor.

Os bancos aqui no Brasil são muito adiantados na revolução digital. Mas acho que a
temos ainda um grande desafio para disseminar o acesso digital no Brasil. O país tem
dimensões continentais, o que é diferente da Europa. Temos a presença ainda muito
Atualidades do Mercado Financeiro

grande da agência bancária, com o gerente, com o cafezinho. Em vários lugares do


Brasil, ainda é o gerente que auxilia o rentista a tomar decisões.

O que esperar do mercado de trabalho nos bancos nos próximos anos?

As demissões vão continuar de forma paulatina, acompanhando a tendência de


intensificação do acesso digital.

Isso vai reduzir o capital humano não qualificado no setor. As pessoas vão precisar ter
qualificação para atuar, seja como assessor de investimentos ou desenvolvedor de
tecnologia – esse é o tipo de profissional que os bancos vão absorver. O trabalho não
qualificado provavelmente vai ser reduzido.

NA PRÁTICA

Os bancos na Era Digital trabalham de forma direta ou indireta com dados pessoais
de clientes. Em algumas dezenas de milhares, esses dados são vitais para o
funcionamento do próprio negócio. Assim, a segurança das informações dos clientes:

a) é uma opção dos bancos em se adequarem às questões relativas a proteção de


dados pessoais.

b) é essencial para todas as transações realizadas pelos bancos.

c) está cada vez mais segura visto que é cada vez menos frequente a exposição de
dados em larga escala.

d) estão seguras, pois pela falta de competências digitais os bancos brasileiros não se
digitalizaram.

e) não são consideradas pelos bancos, pois são eles os proprietários dos dados
pessoais que os clientes fornecem à instituição.

Gabarito: B

A LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados é um conjunto de regras jurídicas para


ordenar a coleta, o armazenamento, o processamento e uso comercial de dados
pessoais de pessoas físicas, jurídicas e organizações governamentais. Conforme o que
está escrito na própria lei, seu objetivo é “proteger os direitos fundamentais de
liberdade e privacidade o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.”
Para a LGPD dados sensíveis são, EXCETO:
Atualidades do Mercado Financeiro

a) Dados relacionados à saúde

b) Posicionamento político

c) Orientação sexual

d) Dados bancários

e) Curriculares.

Gabarito: E

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais define regras para tratamento de dados
pessoais por pessoas físicas, instituições públicas e empresas privadas. O objetivo da
LGPD é proteger os direitos fundamentais de:

a) segurança e de propriedade

b) vida e de liberdade

c) liberdade e de privacidade.

d) ir e vir.

e) sigilo bancário.

Gabarito: C
Atualidades do Mercado Financeiro

Os bancos na Era Digital: Atualidades, tendências e desafios

Na atualidade é praticamente mandatório que as instituições bancárias invistam em


sua transformação digital. Cada vez mais os clientes procuram por experiências
digitais e, embora isso possa oferecer comodidade e praticidade aos usuários, já que
a maioria das operações podem ser feitas de forma digital, para os bancos é uma
grande vantagem, pois investindo em plataformas digitais é possível a redução do
número de agências físicas em operação, reduzindo consideravelmente seus custos.

A internet facilitou muito o dia-a-dia dos clientes bancários. Há alguns anos, pagar
contas exigia uma caminhada à agência bancária mais próxima - hoje, alguns cliques
resolvem as principais transações sem sair de casa.

Os smartphones e computadores modificaram muito mais do que o atendimento dos


bancos, a transformação chegou aos escritórios e à dinâmica de trabalho dos
colaboradores.

A disponibilidade dos serviços bancários 24h por dia através da internet e telefone
obrigou as instituições a se desfazerem de uma das principais características do
passado: a burocracia.

Os bancos na era digital precisam encontrar soluções, criar ferramentas e atualizá-las


praticamente em tempo real. A interação de dez anos atrás, que ocorria entre times
via agendamento por e-mail, deu lugar a interação imediata.

As equipes precisam se encontrar rapidamente e desenvolver seu trabalho de forma


ágil, pois uma tecnologia ou solução que é definida hoje, dentro de algumas semanas
já pode estar desatualizada perante o cliente, mercado e concorrentes.

O que é um banco digital?

ATENÇÃO

Mais cognitivo e tecnológico, o banco digital é capaz de atender as necessidades dos


clientes, através de inovações tecnológicas que permitem estabelecer uma relação
mais personalizada, ágil e consultiva.

Cada vez mais exigentes, os clientes de instituições bancárias buscam novas


alternativas de atendimento personalizado, agilidade e segurança em suas transações
financeiras, reforçando a necessidade de um banco digital.
Atualidades do Mercado Financeiro

Muito além de oferecer serviços por internet banking ou mobile banking que auxiliem
clientes a realizar suas transações financeiras, o banco digital se caracteriza por
oferecer serviços de forma totalmente digital.

Diferente dos bancos digitalizados, que oferecem plataformas digitais e canais


interativos, esse tipo de banco (digital) dispensa a necessidade de presença do cliente
na agência bancária.

Eles surgiram da necessidade de desburocratizar os processos dos grandes bancos


com tecnologia focando na experiência do cliente com segurança, transparência e
agilidade. Além disso, por resolverem todas as necessidades dos clientes pelo
computador ou aplicativos, esses bancos possibilitam a inclusão bancária de milhões
de pessoas ao viabilizar a utilização simplificada do dinheiro.

Atualidades

Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)


Atualidades do Mercado Financeiro

A LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados é a Lei nº 13.709 de 2018. Ela originou-se
da GDPR – General Data Protection Regulation, que foi adotada na Europa a partir de
2018. A GDPR teve origem em diversos escândalos de vazamentos de dados de
clientes pela ação de hackers em bancos e instituições financeiras do mundo. Esses
problemas evidenciaram a necessidade de atualização e reforço da regra então
existente na Europa. O Brasil, seguindo os passos GDPR, criou então a LGPD.

OLHA A QUESTÃO AÍ

A LGPD estabelece um padrão de como deve ser feita a coleta, o armazenamento e o


compartilhamento de dados pessoais de clientes e usuários pelas instituições que têm
acesso a eles, seja pelos meios físicos ou digitais, independentemente do tamanho ou
segmento de atuação.

Bancos brasileiros estão pisando no acelerador para garantir conformidade das


operações financeiras com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e assegurar os
direitos de privacidade dos clientes. A regulamentação da Lei nº 13.709/2018
disciplina o tratamento de dados pessoais dos cidadãos, pelas organizações que
ofertam produtos e serviços no país.

A nova lei estabelece como coletar, armazenar e compartilhar os dados pessoais e


sensíveis de clientes e consumidores, tanto por meios físicos quanto digitais. Estão
sujeitas às normas da LGPD empresas públicas e privadas, independentemente de
tamanho e segmento da economia, que atuam no país e usam dados pessoais em
suas operações. O objetivo é proteger os direitos fundamentais de liberdade e
privacidade das pessoas físicas.

PRESTE ATENÇÃO

Atualmente, o Brasil conta com uma legislação específica no que diz respeito à
proteção das informações pessoais de seus cidadãos. No entanto, a realidade nem
sempre foi assim. Antes da Lei de Proteção de Dados, sancionada em meados de 2019,
os brasileiros não eram considerados como proprietários dos dados pessoais que
forneciam a empresas.

O que muda para os bancos com a nova lei de proteção de dados?

Com a LGPD, os clientes ou usuários dos serviços bancários passam a ser considerados
Atualidades do Mercado Financeiro

pela Lei como proprietários de todos os dados pessoais que decidirem fornecer, e não
mais a organização que os coletou.

Assim, eles passam a ter mais controle sobre os próprios dados e como eles poderão
ser usados. Isso permite que os indivíduos fiquem menos vulneráveis a casos de
comercialização, uso indevido, ou vazamento de informações pessoais por entidades
e empresas, assegurando o direito à privacidade de cada um.

As principais alterações que a aplicação da LGPD trazem para o setor financeiro


são:

• Consentimento do cliente: a empresa deverá solicitar autorização


explicitamente, sem opção de adesão automática, e expressar claramente como
serão tratados os dados do cliente;

• Direito à eliminação das informações: as instituições financeiras devem eliminar


seus dados se você quiser, a não ser que haja alguma outra lei restringindo essa
ação que sirva como justificativa válida;

• Efeitos de uma violação de dados: as instituições financeiras devem notificar a


autoridade supervisora responsável, caso tenha havido qualquer violação de
dados em seus arquivos;

• Gestão do fluxo de dados.

O que são dados financeiros?

Para a LGPD, esses dados são aqueles originados a partir de transações financeiras e
outros serviços oferecidos por bancos e instituições financeiras.

Os dados financeiros podem ter em seu escopo informações sobre usuários


específicos ou mesmo sobre empresas, assim como valores envolvidos nas operações,
datas das transações financeiras, entre outros.

PRESTE ATENÇÃO

Para a LGPD, informações bancárias são dados sensíveis. Portanto, só podem ser
tratados pelas empresas se tiverem o consentimento do usuário.
Atualidades do Mercado Financeiro

Para ter uma ideia do impacto que uma regulamentação do uso de dados pode ter,
em 2018, o Brasil perdeu $ 10 bilhões de dólares por causa de crimes virtuais.

Assim, somos um dos principais “mercados” para crimes virtuais, ao lado de Rússia,
Coreia do Norte, Índia e Vietnã. E os principais alvos dos ataques são bancos,
principalmente com sites falsos, malwares, cartões clonados e roubos de dados.

Ao contrário do que se possa imaginar, a maioria desses ataques é feita aqui mesmo
no país. A grande quantidade de ataques se deve, em parte, às inúmeras brechas na
legislação brasileira quanto ao uso da internet e à segurança de dados.

Portanto, as instituições bancárias precisarão adotar diferentes processos de gestão,


controle e operação de dados para assegurar a rastreabilidade da informação e a
segurança de dados, principalmente aqueles considerados sensíveis. A instituição que
ficará responsável pela fiscalização da aplicação da LGPD é a ANPD – Agência Nacional
de Proteção de Dados.

Dessa forma, a LGPD, integra o Brasil às tendências mundiais de criações de políticas


e regulamentações mais robustas, à exemplo da GDPR europeia. A entrada em vigor
dessa lei é essencial na luta para retirar o país da infame classificação de um dos países
mais favoráveis a crimes cibernéticos.

Como a lei de proteção de dados afeta os bancos digitais?

Bancos e instituições financeiras também serão afetados pela Lei Geral de Proteção
de Dados. Afinal, essas entidades lidam diretamente com uma série de dados pessoais
Atualidades do Mercado Financeiro

e financeiros de seus clientes.

Como a LGPD estabelece novas diretrizes para o tratamento dos dados, que agora são
propriedade dos próprios usuários, será preciso fazer algumas adaptações no que diz
respeito a isso.

Entretanto, o processo não deve ser difícil, uma vez que o setor bancário já é
reconhecido pela preocupação com a segurança da informação e pela realização de
amplos investimentos nessa área.

O primeiro ponto que deve trazer mudanças são os contratos feitos com os clientes,
a partir de agora é preciso conter cláusulas especificando os processos de tratamento
dos dados para a ciência do usuário, que precisa consentir com o que for proposto.

A responsabilidade por efetuar essas alterações é das instituições e, caso haja alguma
parceria com outros bancos, o dever passa a ser de ambos.

As mudanças trazidas pela Lei de Proteção de Dados não afetam apenas o uso de
dados, mas também a relação entre clientes e instituição, uma vez que determina que
o usuário é dono de seus dados pessoais e financeiros, fazendo com que ele tenha
mais autonomia.

Essa diferença se aplica principalmente por meio do chamado direito de exclusão ou


direito de esquecimento, em que o cliente pode solicitar que a instituição financeira
exclua os seus dados da base cadastral após o encerramento de uma conta, por
exemplo.

Outra mudança que vem com a nova Lei de Proteção de Dados é a possibilidade de o
cliente exercer o direito de oposição, ou seja, exigir que o banco não utilize os seus
dados para fazer ofertas de produtos que não são do seu interesse.

Na prática, é como se o usuário colocasse um aviso de “não perturbe”, não sendo


necessária a exclusão dos dados pela entidade. A lei permite, contudo, que os bancos
possam usar os dados essenciais desde que preservem o anonimato do cliente.

Além de dar aos usuários os direitos sobre seus dados, a LGPD busca ainda estimular
que bancos e fintechs ofereçam melhores soluções de segurança, além de estimular a
concorrência entre eles.

Os bancos na Era Digital: Tendência

O perfil do cliente de serviços bancários mudou. Bancos tradicionais já não conseguem


suprir as necessidades de clientes que nasceram mergulhados na era digital, como a
Atualidades do Mercado Financeiro

geração Y.

Por isso, a fim de oferecer um relacionamento mais personalizado, é essencial


compreender quais são os interesses e necessidades dessa nova geração de
consumidores, assim como o que eles esperam dos serviços financeiros.

A geração digital deseja ser localizada por seus interesses específicos e características
peculiares e não ser somente um número em amplos dados demográficos. Ela é
composta por clientes participativos e que desejam ser questionados sobre os
produtos e serviços que o banco oferece.

São consumidores que esperam que o banco tenha uma visão ampla de seu
relacionamento, atuando de forma antecipatória, observando possíveis problemas e
criando soluções. Eles querem ser surpreendidos com serviços especiais em
momentos inesperados e esperam que a instituição financeira esteja ao seu lado no
longo prazo, nos diversos momentos da sua vida.

Estes clientes também esperam que o banco tenha caráter informativo e orientador.
Além de terem interesse em assuntos financeiros, querem que a instituição os eduque
através de dicas e canais on-line, assim como os informe sobre o atual cenário
econômico, alertando-os sobre mudanças financeiras.

Os bancos na Era Digital: Desafios

O Banco digital é composto de interações através de canais virtuais, mas


principalmente, da automação e digitalização dos processos para sustentar as
expectativas do cliente e promover a melhor experiência possível.

Para atender a estas expectativas, um banco digital deve construir uma nova forma de
se relacionar com o cliente, baseando-se na análise do seu comportamento e
necessidades, através de dados oferecidos por suas transações financeiras, interações
com canais digitais e atividades de mídia social.

Trabalhar dados a fim de extrair informações relevantes, ter visão ampla do


relacionamento com o cliente, simplificar processos, agir de maneira informativa e
proativa são alguns dos desafios do banco digital. Eles podem ser alcançados com
ações baseadas na análise de Big Data, associação com FinTechs e disponibilidade de
canais alternativos.

Transações bancárias e interações com canais de mídia social fornecem dados e


informações aos bancos. É preciso saber cruzar e analisar esses dados a fim de criar
Atualidades do Mercado Financeiro

uma experiência mais personalizada para o cliente. Visualizar clientes através de dados
analíticos possibilita aos bancos descobrir novos segmentos baseados em
comunidades ou estilos de vida, criando conexão emocional com o cliente. Também
é possível conhecer, orientar e informar de acordo com seus problemas e
necessidades, assim como surpreendê-los com estratégias preventivas.

A abertura de canais de relacionamento mais intuitivos e que melhorem a experiência


do cliente, também cria uma relação mais próxima, baseada na troca de informações.

ATUALIDADES: Por que os bancos estão demitindo tanto no Brasil e no mundo?

Em 8 de julho de 2019, o Deutsche Bank anunciou o corte de 18 mil empregos pelo


mundo, em um movimento que representou a maior demissão em massa no setor
financeiro desde que mais de 25 mil pessoas foram dispensadas pelo Lehman Brothers
durante a crise de 2008, em setembro daquele ano.

Em maio de 2019, a Caixa Econômica Federal apresentou um PDV (Programa de


Demissão Voluntária) para cortar 3,5 mil postos de trabalho.
Atualidades do Mercado Financeiro

Pouco mais de dois meses depois, o Banco do Brasil abriu um programa de demissão
e reestruturação de cargos que resultou no desligamento de 2.300 pessoas. A ação
integrou o plano de transformação digital do banco.

Quais fatores influenciam a alta nas demissões nos bancos brasileiros? E no resto
do mundo?

Primeiro que isso não é um movimento novo. Há uma matéria da, que traz no título:
Atualidades do Mercado Financeiro

"Computadores provocam a demissão de 349 mil bancários em apenas sete anos;


bancos consideram que a diminuição do número de funcionários não terminou".

Folha de 1° de maio de 1998

E não terminou mesmo. Estamos vendo, 23 anos depois, que essa tendência ainda se
mantém.

Com o desenvolvimento tecnológico, o setor bancário tem sido transformado, como


tantos outros (automobilístico, manufatureiro de forma geral), passando pela
transição de deixar de ser intensivo em mão de obra e começar a ser intensivo em
capital. E é isso que estamos vendo.

Temos ainda um agravante no setor bancário, que é o surgimento das fintechs.


Entramos para a era digital, em uma transformação que aumenta ainda mais o
investimento em capital, em tecnologia, reduzindo o capital humano no setor.

Os bancos aqui no Brasil são muito adiantados na revolução digital. Mas acho que a
temos ainda um grande desafio para disseminar o acesso digital no Brasil. O país tem
dimensões continentais, o que é diferente da Europa. Temos a presença ainda muito
Atualidades do Mercado Financeiro

grande da agência bancária, com o gerente, com o cafezinho. Em vários lugares do


Brasil, ainda é o gerente que auxilia o rentista a tomar decisões.

O que esperar do mercado de trabalho nos bancos nos próximos anos?

As demissões vão continuar de forma paulatina, acompanhando a tendência de


intensificação do acesso digital.

Isso vai reduzir o capital humano não qualificado no setor. As pessoas vão precisar ter
qualificação para atuar, seja como assessor de investimentos ou desenvolvedor de
tecnologia – esse é o tipo de profissional que os bancos vão absorver. O trabalho não
qualificado provavelmente vai ser reduzido.

NA PRÁTICA

Os bancos na Era Digital trabalham de forma direta ou indireta com dados pessoais
de clientes. Em algumas dezenas de milhares, esses dados são vitais para o
funcionamento do próprio negócio. Assim, a segurança das informações dos clientes:

a) é uma opção dos bancos em se adequarem às questões relativas a proteção de


dados pessoais.

b) é essencial para todas as transações realizadas pelos bancos.

c) está cada vez mais segura visto que é cada vez menos frequente a exposição de
dados em larga escala.

d) estão seguras, pois pela falta de competências digitais os bancos brasileiros não se
digitalizaram.

e) não são consideradas pelos bancos, pois são eles os proprietários dos dados
pessoais que os clientes fornecem à instituição.

Gabarito: B

A LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados é um conjunto de regras jurídicas para


ordenar a coleta, o armazenamento, o processamento e uso comercial de dados
pessoais de pessoas físicas, jurídicas e organizações governamentais. Conforme o que
está escrito na própria lei, seu objetivo é “proteger os direitos fundamentais de
liberdade e privacidade o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.”
Para a LGPD dados sensíveis são, EXCETO:
Atualidades do Mercado Financeiro

a) Dados relacionados à saúde

b) Posicionamento político

c) Orientação sexual

d) Dados bancários

e) Curriculares.

Gabarito: E

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais define regras para tratamento de dados
pessoais por pessoas físicas, instituições públicas e empresas privadas. O objetivo da
LGPD é proteger os direitos fundamentais de:

a) segurança e de propriedade

b) vida e de liberdade

c) liberdade e de privacidade.

d) ir e vir.

e) sigilo bancário.

Gabarito: C
Atualidades do Mercado Financeiro

Sistemas de Pagamentos Instantâneos PIX


CONCEITO

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco


Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a
qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro. O Pix pode ser realizado a partir de
uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga.

BANCO CENTRAL

Além de aumentar a velocidade em que pagamentos ou transferências são feitos


e recebidos, o Pix tem o potencial de:

• alavancar a competitividade e a eficiência do mercado;

• baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes;

• incentivar a eletronização do mercado de pagamentos de varejo;

• promover a inclusão financeira; e

• preencher uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de


pagamentos disponíveis atualmente à população.
Atualidades do Mercado Financeiro
Atualidades do Mercado Financeiro

Com quem é possível fazer um Pix?

Em 2020, o Banco Central lançou um novo meio de pagamentos: o Pix. Ele começou
a funcionar no dia 16 de novembro e permite transferências e pagamentos
instantâneos, concluídos em até dez segundos, 24 horas por dia, 7 dias da semana.

Pix é um novo meio de pagamentos que permite fazer transferências e pagamentos


de forma instantânea em qualquer dia e horário. Com ele, é possível tanto transferir
dinheiro para outras pessoas quanto fazer pagamentos a lojas e prestadores de
serviço.

O Pix pode ser utilizado para:

• transferências entre pessoas;

• pagamento em estabelecimentos comerciais, incluindo lojas físicas e comércio


eletrônico;

• pagamento de prestadores de serviços;

• pagamento entre empresas, como pagamentos de fornecedores, por exemplo;

• recolhimento de receitas de Órgãos Públicos Federais como taxas (custas


judiciais, emissão de passaporte etc.), aluguéis de imóveis públicos, serviços
administrativos e educacionais, multas, entre outros (esses recolhimentos
poderão ser feitos por meio do PagTesouro);

• pagamento de cobranças;

• pagamento de faturas de serviços públicos, como energia elétrica,


telecomunicações (telefone celular, internet, TV a cabo, telefone fixo) e
abastecimento de água; e

• recolhimento de contribuições do FGTS e da Contribuição Social (a partir de


2021).

Com o Pix, pagamentos e transferências são concluídos em até 10 segundos e podem


ser feitos em qualquer horário e dia, incluindo finais de semana e feriados. Ou seja: o
Pix facilita e agiliza as transferências de valores entre pessoas, o pagamento de contas
e até recolhimento de impostos e taxas de serviços, entre outras possibilidades.

Vale dizer que, para enviar ou receber um Pix, não é necessário fazer nenhum cadastro
Atualidades do Mercado Financeiro

nem baixar um aplicativo – ele pode ser usado diretamente no aplicativo de sua
instituição; é necessário somente que ela ofereça esse meio de pagamento.

Como funciona o Pix?

O Pix funciona 24 horas por dia, 7 dias da semana, em todos os dias do ano. Além
disso, as transações são realizadas em segundos e podem ser feitas entre pessoas,
entre pessoas e estabelecimentos comerciais, entre empresas e para entes
governamentais – no caso de impostos e taxas.

É isso mesmo: as transações do Pix são realizadas em tempo real. Elas acontecem sem
intermediação de terceiros: o dinheiro sai de uma conta e vai diretamente para a conta
de quem vai receber os valores.

De acordo com o Banco Central, o novo meio de pagamentos foi batizado com o
nome Pix porque o termo lembra tecnologia, transações e pixels (os pontos luminosos
de uma tela). Ou seja: Pix não é uma sigla.

Limite de valor nas transações

ATENÇÃO

O Pix é gratuito para pessoas físicas na maioria dos casos, mas pode ser pago em
algumas situações (quando uma pessoa escolhe fazer um Pix por meio físico em vez
de digital, por exemplo). Pessoas jurídicas também podem ter que pagar para usar,
dependendo da instituição.

Não há limite mínimo para pagamentos ou transferências via Pix. Isso quer dizer que
você pode fazer transações a partir de R$0,01. Em geral, também não há limite máximo
de valores.

Entretanto, as instituições que ofertam o Pix poderão estabelecer limites máximos de


valor baseados em critérios de mitigação de riscos de fraude e de critérios de
prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Os usuários
podem solicitar ajustes nos limites estabelecidos, devendo a instituição acatar
imediatamente a solicitação caso o pedido seja para redução de valor.
Atualidades do Mercado Financeiro

É BOM SABER

Na definição do Banco Central, a chave Pix é como um “apelido” utilizado para


identificar a conta de uma pessoa nas transações instantâneas. Podem ser adicionados
quatro tipos de chave Pix a uma conta: CPF ou CNPJ, e-mail, número de telefone
celular ou a chamada chave aleatória.

O Pix foi criado para ser um meio de pagamento bastante amplo. Qualquer
pagamento ou transferência que hoje é feito usando diferentes meios (TED, cartão,
boleto etc.), poderá ser feito com o Pix, simplesmente com o uso do aparelho celular.

As transferências tradicionais no Brasil são entre contas da mesma instituição


(transferência simples) ou entre contas de instituições diferentes (TED e DOC). O Pix é
mais uma opção disponível à população que convive com os tipos tradicionais. A
diferença é que, com o Pix, não é necessário saber onde a outra pessoa tem conta.

Você realiza a transferência a partir, por exemplo, de um telefone na sua lista de


contatos, usando a Chave Pix. Outra diferença é que o Pix não tem limite de horário,
nem de dia da semana e os recursos são disponibilizados ao recebedor em poucos
segundos. O Pix funciona 24 horas, 7 dias por semana, entre quaisquer bancos, de
banco para fintech, de fintech para instituição de pagamento, entre outros.

Em outras palavras, a chave Pix é a informação que o usuário pode usar para fazer um
Pix a alguém. Em vez de informar o banco, CPF, nome completo, número da agência
e da conta, por exemplo, basta usar uma chave Pix.

Mas, atenção: não é obrigatório registrar uma chave Pix para usar o meio de
Atualidades do Mercado Financeiro

pagamentos, apesar de ser recomendado para ter a melhor experiência com as


transações instantâneas.

Pessoas físicas podem registrar até cinco chaves do Pix por conta da qual sejam titular;
pessoas jurídicas, até 20 chaves, também por conta. Não existe um limite total de
chaves que cada pessoa pode cadastrar.

Não é possível, entretanto, adicionar uma mesma chave em mais de uma conta. Por
exemplo: se você adicionar seu CPF como chave do Pix em uma conta, não poderá
adicioná-lo também em outra; será necessário fazer a portabilidade de chaves para
mudar o vínculo para outra instituição.

As transações de pagamento por meio de boleto exigem a leitura de código de barras,


enquanto o Pix pode fazer a leitura de um QR Code. A diferença é que, no Pix a
liquidação é em tempo real, o pagador e o recebedor são notificados a respeito da
conclusão da transação e o pagamento pode ser feito em qualquer dia e horário.

As transações de pagamento utilizando cartão de débito exigem uso de maquininhas


ou instrumento similar. Com Pix, as transações podem ser iniciadas por meio do
telefone celular, sem a necessidade de qualquer outro instrumento.

O Pix tende a ter um custo de aceitação menor por sua estrutura ter menos
intermediários.

Qual a diferença entre o Pix e outros meios de pagamentos?

A diferença entre os outros meios e o Pix é a rapidez e a disponibilidade: enquanto


existem restrições de dias e horários para transferir por meio de TED e DOC e realizar
pagamentos de contas, por exemplo, o Pix permite que elas sejam realizadas em
qualquer dia e horário.

ATENÇÃO

O Pix começou a funcionar oficialmente no dia 16 de novembro e todos os bancos e


fintechs com mais de 500 mil contas ativas devem oferecer esse serviço.
Atualidades do Mercado Financeiro
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COLOQUE EM PRÁTICA

O Pix é é um meio de pagamentos instantâneos que, exceto:

a) demora até 10 segundos para ser processado;

b) é gratuito para pessoas físicas;

c) é necessária a apresentação de muitos dados;

d) fica disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana;

e) fica disponível madrugadas e feriados.

Gabarito: C
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A moeda na Era Digital


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O que são criptomoedas?


• Moedas Digitais

• Criadas para funcionar em rede própria

• Bitcoin – criptomoeda mais famosa

• Moeda: Meio de troca. Facilita o processo de trocas. Possui escassez


programada

• Cripto: criptografia – garantias matemáticas


Atualidades do Mercado Financeiro

• Criptografia: matemática para proteger / esconder informações

• Escrever por enigmas / escondido

• Recursos básicos de criptografia

• HASH: Resumo numérico

• Assinatura digital: autenticação das transações

HASH

• CPF: 879.235.177

• Dígitos verificadores: 43

• HASH: garante integridade da mensagem enviada

• Mensagem original – cálculo fácil de realizar – HASH

• HASH: Função matemática unidirecional

• Ex. Resto da divisão de 298 por 14

• HASH

• Qual o número que dividido por 14 gera um resto 4?

• Mensagens de texto – 0 e 1

• Qualquer mínima alteração em um texto - altera o HASH

• Função do HASH

• Resume informações digitais para garantir o seu conteúdo

• Função matemática unidirecional (não é possível revertê-la)

• Extremamente sensível a alterações

• Confirmar o HASH é o mesmo que confirmar a mensagem em si.

Transações

• Bitcoin: moeda digital que se baseia em criptografia

• Bitcoin: uma rede descentralizada de notarização de transações por meio da


internet.
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• Rede descentralizada: vários servidores com a mesma importância

• Transação: registro de transferência de valor

• Origem: de onde parte o valor

• Destino: para onde vai o valor

• Quantia: o valor em si

• Credenciais: dados que validam a transação

• Taxa: valor cobrado pela entidade que valida a transação

• Transação autoverificável
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Exemplo de transação

Confirmações para a Transação

O nó minerador
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• Transação gênese: gera “novo dinheiro’ para o endereço de destino

• Bloco: conjunto de transações devidamente confirmadas.

• Hash: Resumo matemático com os dados contidos naquele bloco

• Blockchain: “Livro razão” onde são registradas todas as transações do sistema


bitcoin. Totalmente aberta e auditável.

• Bloco gênese: primeiro bloco minerado pela rede Bitcoin em jan/2009 por
Satoshi Nakamoto, criador do Bitcoin
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Bitcoin: Confirmação da transação


Atualidades do Mercado Financeiro

Como acontece a mineração dos bitcoins?

• Mineração – competição

• Proof of work

• Cálculo do hash do bloco.

• Encontra o resultado e propaga na rede.

Proof of work
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Hash: possui 77 dígitos.

Cada bloco é verificável a cada 10 minutos

Regra alterada a cada 2.016 blocos

Proof of work: por que demora?


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O nó minerador
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Transações

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Exemplo de transação

Confirmações para a Transação

O nó minerador
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Atualidades do Mercado Financeiro

Ecossistema Bancário

A moeda digital

O Real Digital

• ênfase na possibilidade de desenvolvimento de modelos inovadores a


partir de evoluções tecnológicas, como contratos inteligentes (smart
contracts), internet das coisas (IoT) e dinheiro programável;

• previsão de uso em pagamentos de varejo;

• capacidade para realizar operações online e eventualmente operações


offline;

• emissão pelo BCB, como uma extensão da moeda física, com a


distribuição ao público intermediada por custodiantes do Sistema
Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB);

• ausência de remuneração;

• garantia da segurança jurídica em suas operações;

• aderência a todos os princípios e regras de privacidade e segurança


determinados, em especial, pela Lei Complementar nº 105, de 2001 (sigilo
bancário), e pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais;

• desenho tecnológico que permita integral atendimento às


recomendações internacionais e normas legais sobre prevenção à
lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento
da proliferação de armas de destruição em massa, inclusive em
cumprimento a ordens judiciais para rastrear operações ilícitas;

• adoção de solução que permita interoperabilidade e integração visando


à realização de pagamentos transfronteiriços; e

• adoção de padrões de resiliência e segurança cibernética equivalentes


aos aplicáveis a infraestruturas críticas do mercado financeiro.
Atualidades do Mercado Financeiro

Correspondentes Bancários

Atividades:

• Propostas de abertura de contas

• Movimentação de contas

• Recebimentos, pagamentos e transferências

• Execução de ordem de pagamento

• Propostas de Operações de crédito

• Propostas de cartões de crédito

• Operações de câmbio

• Serviços complementares

Vantagens

• Regualação

• Instituição Financeira

• Correspondente bancário

• Público

Exigências Contratuais:

• relação formalizada com as pessoas integrantes da sua equipe

• vedação à utilização de instalações similares às da instituição contratante.

• divulgação de sua condição de prestador de serviços.

• realização de acertos financeiros no máximo a cada dois dias úteis

• utilização exclusiva de padrões, normas e tabelas definidas pela


instituição contratante.

• vedação à realização de adiantamento a cliente, pelo correspondente.

• vedação à prestação de garantia.

• atendimento aos clientes e usuários relativo a demandas.


Atualidades do Mercado Financeiro

• permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos firmados.

• possibilidade de adoção de medidas pela instituição contratante.

• observância do plano de controle de qualidade do atendimento.

Arranjos de Pagamentos
Lei: 12.685/2013:
Art. 6º Para os efeitos das normas aplicáveis aos arranjos e às instituições de pagamento que
passam a integrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), nos termos desta Lei, considera-
se:
I - arranjo de pagamento - conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de
determinado serviço de pagamento ao público aceito por mais de um recebedor, mediante
acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores;
II - instituidor de arranjo de pagamento - pessoa jurídica responsável pelo arranjo de
pagamento e, quando for o caso, pelo uso da marca associada ao arranjo de pagamento;
III - instituição de pagamento - pessoa jurídica que, aderindo a um ou mais arranjos de
pagamento, tenha como atividade principal ou acessória, alternativa ou cumulativamente.
a) disponibilizar serviço de aporte ou saque de recursos mantidos em conta de pagamento;
b) executar ou facilitar a instrução de pagamento relacionada a determinado serviço de
pagamento, inclusive transferência originada de ou destinada a conta de pagamento;
c) gerir conta de pagamento;
d) emitir instrumento de pagamento;
e) credenciar a aceitação de instrumento de pagamento;
f) executar remessa de fundos;
g) converter moeda física ou escritural em moeda eletrônica, ou vice-versa, credenciar a
aceitação ou gerir o uso de moeda eletrônica; e
h) outras atividades relacionadas à prestação de serviço de pagamento, designadas pelo Banco
Central do Brasil;
IV - conta de pagamento - conta de registro detida em nome de usuário final de serviços de
pagamento utilizada para a execução de transações de pagamento;
V - instrumento de pagamento - dispositivo ou conjunto de procedimentos acordado entre o
usuário final e seu prestador de serviço de pagamento utilizado para iniciar uma transação de
pagamento; e
VI - moeda eletrônica - recursos armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que
permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento.
Art. 7º Os arranjos de pagamento e as instituições de pagamento observarão os seguintes
princípios, conforme parâmetros a serem estabelecidos pelo Banco Central do Brasil,
observadas as diretrizes do Conselho Monetário Nacional:
Atualidades do Mercado Financeiro

I - interoperabilidade ao arranjo de pagamento e entre arranjos de pagamento distintos;


II - solidez e eficiência dos arranjos de pagamento e das instituições de pagamento, promoção
da competição e previsão de transferência de saldos em moeda eletrônica, quando couber,
para outros arranjos ou instituições de pagamento;
III - acesso não discriminatório aos serviços e às infraestruturas necessários ao funcionamento
dos arranjos de pagamento;
IV - atendimento às necessidades dos usuários finais, em especial liberdade de escolha,
segurança, proteção de seus interesses econômicos, tratamento não discriminatório,
privacidade e proteção de dados pessoais, transparência e acesso a informações claras e
completas sobre as condições de prestação de serviços;
V - confiabilidade, qualidade e segurança dos serviços de pagamento; e
VI - inclusão financeira, observados os padrões de qualidade, segurança e transparência
equivalentes em todos os arranjos de pagamento.
Parágrafo único. A regulamentação deste artigo assegurará a capacidade de inovação e a
diversidade dos modelos de negócios das instituições de pagamento e dos arranjos de
pagamento.
Art. 9º Compete ao Banco Central do Brasil, conforme diretrizes estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional:
I - disciplinar os arranjos de pagamento;
II - disciplinar a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições de pagamento,
bem como a descontinuidade na prestação de seus serviços;
III - limitar o objeto social de instituições de pagamento;
IV - autorizar a instituição de arranjos de pagamento no País;
V - autorizar constituição, funcionamento, transferência de controle, fusão, cisão e
incorporação de instituição de pagamento, inclusive quando envolver participação de pessoa
física ou jurídica não residente;
VI - estabelecer condições e autorizar a posse e o exercício de cargos em órgãos estatutários
e contratuais em instituição de pagamento;
VII - exercer vigilância sobre os arranjos de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;
VIII - supervisionar as instituições de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;
IX - adotar medidas preventivas, com o objetivo de assegurar solidez, eficiência e regular
funcionamento dos arranjos de pagamento e das instituições de pagamento, podendo,
inclusive:
a) estabelecer limites operacionais mínimos;
b) fixar regras de operação, de gerenciamento de riscos, de controles internos e de governança,
inclusive quanto ao controle societário e aos mecanismos para assegurar a autonomia
deliberativa dos órgãos de direção e de controle; e
c) limitar ou suspender a venda de produtos, a prestação de serviços de pagamento e a
utilização de modalidades operacionais;
Atualidades do Mercado Financeiro

X - adotar medidas para promover competição, inclusão financeira e transparência na


prestação de serviços de pagamentos;
XI - cancelar, de ofício ou a pedido, as autorizações de que tratam os incisos IV, V e VI do caput ;
XII - coordenar e controlar os arranjos de pagamento e as atividades das instituições de
pagamento;
XIII - disciplinar a cobrança de tarifas, comissões e qualquer outra forma de remuneração
referentes a serviços de pagamento, inclusive entre integrantes do mesmo arranjo de
pagamento; e
XIV - dispor sobre as formas de aplicação dos recursos registrados em conta de pagamento.

Open Banking

É o processo de compartilhamento padronizado de dados, produtos e serviços por


meio da abertura e integração de sistemas das instituições participantes.

Fases de Implementação:

Fase 1:

• Canais de atendimento

• Produtos e serviços

Fase 2:

• Cadastrais

• Transacionais dos produtos e serviços de fase 1

Fase 3:

• Iniciação de transação de pagamentos

• Encaminhamento de proposta de operação de crédito

Fase 4: Outros dados

• Outros produtos e serviços

• Transacionais de produtos e serviços da fase 4.

Shadow Banking

Sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades fora do


sistema bancário tradicional.
Atualidades do Mercado Financeiro

A definição atualmente adotada por esses organismos estabelece o shadow banking


como um sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades
fora do sistema bancário tradicional.

...

Por outro lado, o shadow banking pode ser fonte de risco sistêmico, por envolver, sem
a devida supervisão e regulação, riscos tipicamente bancários, tais como alavancagem,
transformações de maturidade e de liquidez e transferência de risco de crédito.

• Passivos de longo prazo

• Ativos de curto prazo

• Atuação sem regulação e supervisão

• Não tem mecanismos oficiais mitigadores de risco

PIX

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Liquidação diferida líquida (LDL)

• Maior risco de liquidez

• Menor fluxo de recursos

Liquidação bruta em tempo real (LBTR)

• Menor risco de liquidez


Atualidades do Mercado Financeiro

• Maior fluxo de recursos

Híbrido

Características do PIX:

• Rápido

• Disponível

• Transações grauitas ou muito baratas

• Multitarefas

Formas de transferências:

• Chave PIX

• QR Code

• Dados bancários
Atualidades do Mercado Financeiro

Agenda PIX

• Conta salário no Pix

• Pix cobrança

• Mecanismo especial de devolução

• Pix saque e Pix troco

• Iniciador de pagamentos no Pix

• Pix por aproximação

• Pix Offline

• Pix Garantido

• Débito automático no Pix

Fintechs e Bigtechs

A Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) corresponde ao modelo Peer to Peer


Lending (empréstimo ponto a ponto), colocando em contato pessoas (ou empresas)
que estão buscando empréstimos a investidores buscando retornos acima da média.
Ou seja, trata-se de instituição que oferta uma plataforma de interação entre pessoas
Atualidades do Mercado Financeiro

em situação credora a outras em situação devedora, de modo que os credores possam


realizar empréstimos aos devedores.

Por sua vez, a Sociedade de Crédito Direto (SCD) corresponde ao modelo em que a
instituição financeira tem por objeto a realização de operações de empréstimo, de
financiamento e de aquisição de direitos creditórios exclusivamente por meio de
plataforma eletrônica, com utilização de recursos financeiros que tenham como única
origem capital próprio.

Startups e Modelos de Negócios

Startups:

• Jovens

• Escaláveis

• Ambientes de incerteza

• Repetíveis

Modelos de Negócios

• B2C

• B2B

• B2B2C

Marketplace

Marketplace Financeiro

• Fintechs de crédito SEP – Sociedades de Empréstimos entre Pessoas

• Open Banking

Marketplace participante de arranjo de pagamentos


Atualidades do Mercado Financeiro

Segmentações e Interações Digitais

1. A Resolução nº 4.553, de 2017, estabelece a segmentação do conjunto das


instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil para fins de aplicação proporcional da regulação prudencial,
considerando o porte e a atividade internacional das instituições que compõem cada
segmento (Res. 4.553/2017, art. 1º, caput).

2. As instituições devem se enquadrar em um dos seguintes segmentos (Res.


4.553/2017, art. 2º):

a) Segmento 1 (S1);

b) Segmento 2 (S2);

c) Segmento 3 (S3);

d) Segmento 4 (S4); ou

e) Segmento 5 (S5).
Atualidades do Mercado Financeiro

3. O S1 é composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de


investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que (Res. 4.553/2017, art. 2º, §
1º):

a) tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno
Bruto (PIB); ou

b) exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da


instituição.

4. O S2 é composto (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 2º):

a) pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos


de câmbio e caixas econômicas de porte inferior a 10% (dez por cento) e igual
ou superior a 1% (um por cento) do PIB; e

b) pelas demais instituições de porte igual ou superior a 1% (um por cento) do


PIB.

5. O S3 é composto pelas instituições de porte inferior a 1% (um por cento) e igual ou


superior a 0,1% (um décimo por cento) do PIB (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 3º).

6. O S4 é composto pelas instituições de porte inferior a 0,1% (um décimo por cento)
do PIB (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 4º).

7. O S5 é composto (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 5º):

a) pelas instituições de porte inferior a 0,1% (um décimo por cento) do PIB que
utilizem metodologia facultativa simplificada para apuração dos requerimentos
mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de Capital Principal,
exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de
câmbio e caixas econômicas; e

b) pelas instituições não sujeitas a apuração de PR.


Atualidades do Mercado Financeiro

Atualidades e desafios da economia digital

Segurança e Privacidade – LGPD:

• Respeito à privacidade

• Autodeterminação informativa

• Liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião

• Inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem

• Desenvolvimento econômico e tecnológico

• Inovação;

• Livre iniciativa,

• Livre concorrência

• Defesa do consumidor

• Direitos humanos liberdade e dignidade das pessoas.


Atualidades do Mercado Financeiro

Ecossistema Bancário

A moeda digital

O Real Digital

• ênfase na possibilidade de desenvolvimento de modelos inovadores a


partir de evoluções tecnológicas, como contratos inteligentes (smart
contracts), internet das coisas (IoT) e dinheiro programável;

• previsão de uso em pagamentos de varejo;

• capacidade para realizar operações online e eventualmente operações


offline;

• emissão pelo BCB, como uma extensão da moeda física, com a


distribuição ao público intermediada por custodiantes do Sistema
Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB);

• ausência de remuneração;

• garantia da segurança jurídica em suas operações;

• aderência a todos os princípios e regras de privacidade e segurança


determinados, em especial, pela Lei Complementar nº 105, de 2001 (sigilo
bancário), e pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais;

• desenho tecnológico que permita integral atendimento às


recomendações internacionais e normas legais sobre prevenção à
lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento
da proliferação de armas de destruição em massa, inclusive em
cumprimento a ordens judiciais para rastrear operações ilícitas;

• adoção de solução que permita interoperabilidade e integração visando


à realização de pagamentos transfronteiriços; e

• adoção de padrões de resiliência e segurança cibernética equivalentes


aos aplicáveis a infraestruturas críticas do mercado financeiro.
Atualidades do Mercado Financeiro

Correspondentes Bancários

Atividades:

• Propostas de abertura de contas

• Movimentação de contas

• Recebimentos, pagamentos e transferências

• Execução de ordem de pagamento

• Propostas de Operações de crédito

• Propostas de cartões de crédito

• Operações de câmbio

• Serviços complementares

Vantagens

• Regualação

• Instituição Financeira

• Correspondente bancário

• Público

Exigências Contratuais:

• relação formalizada com as pessoas integrantes da sua equipe

• vedação à utilização de instalações similares às da instituição contratante.

• divulgação de sua condição de prestador de serviços.

• realização de acertos financeiros no máximo a cada dois dias úteis

• utilização exclusiva de padrões, normas e tabelas definidas pela


instituição contratante.

• vedação à realização de adiantamento a cliente, pelo correspondente.

• vedação à prestação de garantia.

• atendimento aos clientes e usuários relativo a demandas.


Atualidades do Mercado Financeiro

• permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos firmados.

• possibilidade de adoção de medidas pela instituição contratante.

• observância do plano de controle de qualidade do atendimento.

Arranjos de Pagamentos
Lei: 12.685/2013:
Art. 6º Para os efeitos das normas aplicáveis aos arranjos e às instituições de pagamento que
passam a integrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), nos termos desta Lei, considera-
se:
I - arranjo de pagamento - conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de
determinado serviço de pagamento ao público aceito por mais de um recebedor, mediante
acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores;
II - instituidor de arranjo de pagamento - pessoa jurídica responsável pelo arranjo de
pagamento e, quando for o caso, pelo uso da marca associada ao arranjo de pagamento;
III - instituição de pagamento - pessoa jurídica que, aderindo a um ou mais arranjos de
pagamento, tenha como atividade principal ou acessória, alternativa ou cumulativamente.
a) disponibilizar serviço de aporte ou saque de recursos mantidos em conta de pagamento;
b) executar ou facilitar a instrução de pagamento relacionada a determinado serviço de
pagamento, inclusive transferência originada de ou destinada a conta de pagamento;
c) gerir conta de pagamento;
d) emitir instrumento de pagamento;
e) credenciar a aceitação de instrumento de pagamento;
f) executar remessa de fundos;
g) converter moeda física ou escritural em moeda eletrônica, ou vice-versa, credenciar a
aceitação ou gerir o uso de moeda eletrônica; e
h) outras atividades relacionadas à prestação de serviço de pagamento, designadas pelo Banco
Central do Brasil;
IV - conta de pagamento - conta de registro detida em nome de usuário final de serviços de
pagamento utilizada para a execução de transações de pagamento;
V - instrumento de pagamento - dispositivo ou conjunto de procedimentos acordado entre o
usuário final e seu prestador de serviço de pagamento utilizado para iniciar uma transação de
pagamento; e
VI - moeda eletrônica - recursos armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que
permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento.
Art. 7º Os arranjos de pagamento e as instituições de pagamento observarão os seguintes
princípios, conforme parâmetros a serem estabelecidos pelo Banco Central do Brasil,
observadas as diretrizes do Conselho Monetário Nacional:
Atualidades do Mercado Financeiro

I - interoperabilidade ao arranjo de pagamento e entre arranjos de pagamento distintos;


II - solidez e eficiência dos arranjos de pagamento e das instituições de pagamento, promoção
da competição e previsão de transferência de saldos em moeda eletrônica, quando couber,
para outros arranjos ou instituições de pagamento;
III - acesso não discriminatório aos serviços e às infraestruturas necessários ao funcionamento
dos arranjos de pagamento;
IV - atendimento às necessidades dos usuários finais, em especial liberdade de escolha,
segurança, proteção de seus interesses econômicos, tratamento não discriminatório,
privacidade e proteção de dados pessoais, transparência e acesso a informações claras e
completas sobre as condições de prestação de serviços;
V - confiabilidade, qualidade e segurança dos serviços de pagamento; e
VI - inclusão financeira, observados os padrões de qualidade, segurança e transparência
equivalentes em todos os arranjos de pagamento.
Parágrafo único. A regulamentação deste artigo assegurará a capacidade de inovação e a
diversidade dos modelos de negócios das instituições de pagamento e dos arranjos de
pagamento.
Art. 9º Compete ao Banco Central do Brasil, conforme diretrizes estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional:
I - disciplinar os arranjos de pagamento;
II - disciplinar a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições de pagamento,
bem como a descontinuidade na prestação de seus serviços;
III - limitar o objeto social de instituições de pagamento;
IV - autorizar a instituição de arranjos de pagamento no País;
V - autorizar constituição, funcionamento, transferência de controle, fusão, cisão e
incorporação de instituição de pagamento, inclusive quando envolver participação de pessoa
física ou jurídica não residente;
VI - estabelecer condições e autorizar a posse e o exercício de cargos em órgãos estatutários
e contratuais em instituição de pagamento;
VII - exercer vigilância sobre os arranjos de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;
VIII - supervisionar as instituições de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;
IX - adotar medidas preventivas, com o objetivo de assegurar solidez, eficiência e regular
funcionamento dos arranjos de pagamento e das instituições de pagamento, podendo,
inclusive:
a) estabelecer limites operacionais mínimos;
b) fixar regras de operação, de gerenciamento de riscos, de controles internos e de governança,
inclusive quanto ao controle societário e aos mecanismos para assegurar a autonomia
deliberativa dos órgãos de direção e de controle; e
c) limitar ou suspender a venda de produtos, a prestação de serviços de pagamento e a
utilização de modalidades operacionais;
Atualidades do Mercado Financeiro

X - adotar medidas para promover competição, inclusão financeira e transparência na


prestação de serviços de pagamentos;
XI - cancelar, de ofício ou a pedido, as autorizações de que tratam os incisos IV, V e VI do caput ;
XII - coordenar e controlar os arranjos de pagamento e as atividades das instituições de
pagamento;
XIII - disciplinar a cobrança de tarifas, comissões e qualquer outra forma de remuneração
referentes a serviços de pagamento, inclusive entre integrantes do mesmo arranjo de
pagamento; e
XIV - dispor sobre as formas de aplicação dos recursos registrados em conta de pagamento.

Open Banking

É o processo de compartilhamento padronizado de dados, produtos e serviços por


meio da abertura e integração de sistemas das instituições participantes.

Fases de Implementação:

Fase 1:

• Canais de atendimento

• Produtos e serviços

Fase 2:

• Cadastrais

• Transacionais dos produtos e serviços de fase 1

Fase 3:

• Iniciação de transação de pagamentos

• Encaminhamento de proposta de operação de crédito

Fase 4: Outros dados

• Outros produtos e serviços

• Transacionais de produtos e serviços da fase 4.

Shadow Banking

Sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades fora do


sistema bancário tradicional.
Atualidades do Mercado Financeiro

A definição atualmente adotada por esses organismos estabelece o shadow banking


como um sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades
fora do sistema bancário tradicional.

...

Por outro lado, o shadow banking pode ser fonte de risco sistêmico, por envolver, sem
a devida supervisão e regulação, riscos tipicamente bancários, tais como alavancagem,
transformações de maturidade e de liquidez e transferência de risco de crédito.

• Passivos de longo prazo

• Ativos de curto prazo

• Atuação sem regulação e supervisão

• Não tem mecanismos oficiais mitigadores de risco

PIX

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Liquidação diferida líquida (LDL)

• Maior risco de liquidez

• Menor fluxo de recursos

Liquidação bruta em tempo real (LBTR)

• Menor risco de liquidez


Atualidades do Mercado Financeiro

• Maior fluxo de recursos

Híbrido

Características do PIX:

• Rápido

• Disponível

• Transações grauitas ou muito baratas

• Multitarefas

Formas de transferências:

• Chave PIX

• QR Code

• Dados bancários
Atualidades do Mercado Financeiro

Agenda PIX

• Conta salário no Pix

• Pix cobrança

• Mecanismo especial de devolução

• Pix saque e Pix troco

• Iniciador de pagamentos no Pix

• Pix por aproximação

• Pix Offline

• Pix Garantido

• Débito automático no Pix

Fintechs e Bigtechs

A Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) corresponde ao modelo Peer to Peer


Lending (empréstimo ponto a ponto), colocando em contato pessoas (ou empresas)
que estão buscando empréstimos a investidores buscando retornos acima da média.
Ou seja, trata-se de instituição que oferta uma plataforma de interação entre pessoas
Atualidades do Mercado Financeiro

em situação credora a outras em situação devedora, de modo que os credores possam


realizar empréstimos aos devedores.

Por sua vez, a Sociedade de Crédito Direto (SCD) corresponde ao modelo em que a
instituição financeira tem por objeto a realização de operações de empréstimo, de
financiamento e de aquisição de direitos creditórios exclusivamente por meio de
plataforma eletrônica, com utilização de recursos financeiros que tenham como única
origem capital próprio.

Startups e Modelos de Negócios

Startups:

• Jovens

• Escaláveis

• Ambientes de incerteza

• Repetíveis

Modelos de Negócios

• B2C

• B2B

• B2B2C

Marketplace

Marketplace Financeiro

• Fintechs de crédito SEP – Sociedades de Empréstimos entre Pessoas

• Open Banking

Marketplace participante de arranjo de pagamentos


Atualidades do Mercado Financeiro

Segmentações e Interações Digitais

1. A Resolução nº 4.553, de 2017, estabelece a segmentação do conjunto das


instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil para fins de aplicação proporcional da regulação prudencial,
considerando o porte e a atividade internacional das instituições que compõem cada
segmento (Res. 4.553/2017, art. 1º, caput).

2. As instituições devem se enquadrar em um dos seguintes segmentos (Res.


4.553/2017, art. 2º):

a) Segmento 1 (S1);

b) Segmento 2 (S2);

c) Segmento 3 (S3);

d) Segmento 4 (S4); ou

e) Segmento 5 (S5).
Atualidades do Mercado Financeiro

3. O S1 é composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de


investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que (Res. 4.553/2017, art. 2º, §
1º):

a) tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno
Bruto (PIB); ou

b) exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da


instituição.

4. O S2 é composto (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 2º):

a) pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos


de câmbio e caixas econômicas de porte inferior a 10% (dez por cento) e igual
ou superior a 1% (um por cento) do PIB; e

b) pelas demais instituições de porte igual ou superior a 1% (um por cento) do


PIB.

5. O S3 é composto pelas instituições de porte inferior a 1% (um por cento) e igual ou


superior a 0,1% (um décimo por cento) do PIB (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 3º).

6. O S4 é composto pelas instituições de porte inferior a 0,1% (um décimo por cento)
do PIB (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 4º).

7. O S5 é composto (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 5º):

a) pelas instituições de porte inferior a 0,1% (um décimo por cento) do PIB que
utilizem metodologia facultativa simplificada para apuração dos requerimentos
mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de Capital Principal,
exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de
câmbio e caixas econômicas; e

b) pelas instituições não sujeitas a apuração de PR.


Atualidades do Mercado Financeiro

Atualidades e desafios da economia digital

Segurança e Privacidade – LGPD:

• Respeito à privacidade

• Autodeterminação informativa

• Liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião

• Inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem

• Desenvolvimento econômico e tecnológico

• Inovação;

• Livre iniciativa,

• Livre concorrência

• Defesa do consumidor

• Direitos humanos liberdade e dignidade das pessoas.


Atualidades do Mercado Financeiro

Ecossistema Bancário

A moeda digital

O Real Digital

• ênfase na possibilidade de desenvolvimento de modelos inovadores a


partir de evoluções tecnológicas, como contratos inteligentes (smart
contracts), internet das coisas (IoT) e dinheiro programável;

• previsão de uso em pagamentos de varejo;

• capacidade para realizar operações online e eventualmente operações


offline;

• emissão pelo BCB, como uma extensão da moeda física, com a


distribuição ao público intermediada por custodiantes do Sistema
Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB);

• ausência de remuneração;

• garantia da segurança jurídica em suas operações;

• aderência a todos os princípios e regras de privacidade e segurança


determinados, em especial, pela Lei Complementar nº 105, de 2001 (sigilo
bancário), e pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais;

• desenho tecnológico que permita integral atendimento às


recomendações internacionais e normas legais sobre prevenção à
lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento
da proliferação de armas de destruição em massa, inclusive em
cumprimento a ordens judiciais para rastrear operações ilícitas;

• adoção de solução que permita interoperabilidade e integração visando


à realização de pagamentos transfronteiriços; e

• adoção de padrões de resiliência e segurança cibernética equivalentes


aos aplicáveis a infraestruturas críticas do mercado financeiro.
Atualidades do Mercado Financeiro

Correspondentes Bancários

Atividades:

• Propostas de abertura de contas

• Movimentação de contas

• Recebimentos, pagamentos e transferências

• Execução de ordem de pagamento

• Propostas de Operações de crédito

• Propostas de cartões de crédito

• Operações de câmbio

• Serviços complementares

Vantagens

• Regualação

• Instituição Financeira

• Correspondente bancário

• Público

Exigências Contratuais:

• relação formalizada com as pessoas integrantes da sua equipe

• vedação à utilização de instalações similares às da instituição contratante.

• divulgação de sua condição de prestador de serviços.

• realização de acertos financeiros no máximo a cada dois dias úteis

• utilização exclusiva de padrões, normas e tabelas definidas pela


instituição contratante.

• vedação à realização de adiantamento a cliente, pelo correspondente.

• vedação à prestação de garantia.

• atendimento aos clientes e usuários relativo a demandas.


Atualidades do Mercado Financeiro

• permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos firmados.

• possibilidade de adoção de medidas pela instituição contratante.

• observância do plano de controle de qualidade do atendimento.

Arranjos de Pagamentos
Lei: 12.685/2013:
Art. 6º Para os efeitos das normas aplicáveis aos arranjos e às instituições de pagamento que
passam a integrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), nos termos desta Lei, considera-
se:
I - arranjo de pagamento - conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de
determinado serviço de pagamento ao público aceito por mais de um recebedor, mediante
acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores;
II - instituidor de arranjo de pagamento - pessoa jurídica responsável pelo arranjo de
pagamento e, quando for o caso, pelo uso da marca associada ao arranjo de pagamento;
III - instituição de pagamento - pessoa jurídica que, aderindo a um ou mais arranjos de
pagamento, tenha como atividade principal ou acessória, alternativa ou cumulativamente.
a) disponibilizar serviço de aporte ou saque de recursos mantidos em conta de pagamento;
b) executar ou facilitar a instrução de pagamento relacionada a determinado serviço de
pagamento, inclusive transferência originada de ou destinada a conta de pagamento;
c) gerir conta de pagamento;
d) emitir instrumento de pagamento;
e) credenciar a aceitação de instrumento de pagamento;
f) executar remessa de fundos;
g) converter moeda física ou escritural em moeda eletrônica, ou vice-versa, credenciar a
aceitação ou gerir o uso de moeda eletrônica; e
h) outras atividades relacionadas à prestação de serviço de pagamento, designadas pelo Banco
Central do Brasil;
IV - conta de pagamento - conta de registro detida em nome de usuário final de serviços de
pagamento utilizada para a execução de transações de pagamento;
V - instrumento de pagamento - dispositivo ou conjunto de procedimentos acordado entre o
usuário final e seu prestador de serviço de pagamento utilizado para iniciar uma transação de
pagamento; e
VI - moeda eletrônica - recursos armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que
permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento.
Art. 7º Os arranjos de pagamento e as instituições de pagamento observarão os seguintes
princípios, conforme parâmetros a serem estabelecidos pelo Banco Central do Brasil,
observadas as diretrizes do Conselho Monetário Nacional:
Atualidades do Mercado Financeiro

I - interoperabilidade ao arranjo de pagamento e entre arranjos de pagamento distintos;


II - solidez e eficiência dos arranjos de pagamento e das instituições de pagamento, promoção
da competição e previsão de transferência de saldos em moeda eletrônica, quando couber,
para outros arranjos ou instituições de pagamento;
III - acesso não discriminatório aos serviços e às infraestruturas necessários ao funcionamento
dos arranjos de pagamento;
IV - atendimento às necessidades dos usuários finais, em especial liberdade de escolha,
segurança, proteção de seus interesses econômicos, tratamento não discriminatório,
privacidade e proteção de dados pessoais, transparência e acesso a informações claras e
completas sobre as condições de prestação de serviços;
V - confiabilidade, qualidade e segurança dos serviços de pagamento; e
VI - inclusão financeira, observados os padrões de qualidade, segurança e transparência
equivalentes em todos os arranjos de pagamento.
Parágrafo único. A regulamentação deste artigo assegurará a capacidade de inovação e a
diversidade dos modelos de negócios das instituições de pagamento e dos arranjos de
pagamento.
Art. 9º Compete ao Banco Central do Brasil, conforme diretrizes estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional:
I - disciplinar os arranjos de pagamento;
II - disciplinar a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições de pagamento,
bem como a descontinuidade na prestação de seus serviços;
III - limitar o objeto social de instituições de pagamento;
IV - autorizar a instituição de arranjos de pagamento no País;
V - autorizar constituição, funcionamento, transferência de controle, fusão, cisão e
incorporação de instituição de pagamento, inclusive quando envolver participação de pessoa
física ou jurídica não residente;
VI - estabelecer condições e autorizar a posse e o exercício de cargos em órgãos estatutários
e contratuais em instituição de pagamento;
VII - exercer vigilância sobre os arranjos de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;
VIII - supervisionar as instituições de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;
IX - adotar medidas preventivas, com o objetivo de assegurar solidez, eficiência e regular
funcionamento dos arranjos de pagamento e das instituições de pagamento, podendo,
inclusive:
a) estabelecer limites operacionais mínimos;
b) fixar regras de operação, de gerenciamento de riscos, de controles internos e de governança,
inclusive quanto ao controle societário e aos mecanismos para assegurar a autonomia
deliberativa dos órgãos de direção e de controle; e
c) limitar ou suspender a venda de produtos, a prestação de serviços de pagamento e a
utilização de modalidades operacionais;
Atualidades do Mercado Financeiro

X - adotar medidas para promover competição, inclusão financeira e transparência na


prestação de serviços de pagamentos;
XI - cancelar, de ofício ou a pedido, as autorizações de que tratam os incisos IV, V e VI do caput ;
XII - coordenar e controlar os arranjos de pagamento e as atividades das instituições de
pagamento;
XIII - disciplinar a cobrança de tarifas, comissões e qualquer outra forma de remuneração
referentes a serviços de pagamento, inclusive entre integrantes do mesmo arranjo de
pagamento; e
XIV - dispor sobre as formas de aplicação dos recursos registrados em conta de pagamento.

Open Banking

É o processo de compartilhamento padronizado de dados, produtos e serviços por


meio da abertura e integração de sistemas das instituições participantes.

Fases de Implementação:

Fase 1:

• Canais de atendimento

• Produtos e serviços

Fase 2:

• Cadastrais

• Transacionais dos produtos e serviços de fase 1

Fase 3:

• Iniciação de transação de pagamentos

• Encaminhamento de proposta de operação de crédito

Fase 4: Outros dados

• Outros produtos e serviços

• Transacionais de produtos e serviços da fase 4.

Shadow Banking

Sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades fora do


sistema bancário tradicional.
Atualidades do Mercado Financeiro

A definição atualmente adotada por esses organismos estabelece o shadow banking


como um sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades
fora do sistema bancário tradicional.

...

Por outro lado, o shadow banking pode ser fonte de risco sistêmico, por envolver, sem
a devida supervisão e regulação, riscos tipicamente bancários, tais como alavancagem,
transformações de maturidade e de liquidez e transferência de risco de crédito.

• Passivos de longo prazo

• Ativos de curto prazo

• Atuação sem regulação e supervisão

• Não tem mecanismos oficiais mitigadores de risco

PIX

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Liquidação diferida líquida (LDL)

• Maior risco de liquidez

• Menor fluxo de recursos

Liquidação bruta em tempo real (LBTR)

• Menor risco de liquidez


Atualidades do Mercado Financeiro

• Maior fluxo de recursos

Híbrido

Características do PIX:

• Rápido

• Disponível

• Transações grauitas ou muito baratas

• Multitarefas

Formas de transferências:

• Chave PIX

• QR Code

• Dados bancários
Atualidades do Mercado Financeiro

Agenda PIX

• Conta salário no Pix

• Pix cobrança

• Mecanismo especial de devolução

• Pix saque e Pix troco

• Iniciador de pagamentos no Pix

• Pix por aproximação

• Pix Offline

• Pix Garantido

• Débito automático no Pix

Fintechs e Bigtechs

A Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) corresponde ao modelo Peer to Peer


Lending (empréstimo ponto a ponto), colocando em contato pessoas (ou empresas)
que estão buscando empréstimos a investidores buscando retornos acima da média.
Ou seja, trata-se de instituição que oferta uma plataforma de interação entre pessoas
Atualidades do Mercado Financeiro

em situação credora a outras em situação devedora, de modo que os credores possam


realizar empréstimos aos devedores.

Por sua vez, a Sociedade de Crédito Direto (SCD) corresponde ao modelo em que a
instituição financeira tem por objeto a realização de operações de empréstimo, de
financiamento e de aquisição de direitos creditórios exclusivamente por meio de
plataforma eletrônica, com utilização de recursos financeiros que tenham como única
origem capital próprio.

Startups e Modelos de Negócios

Startups:

• Jovens

• Escaláveis

• Ambientes de incerteza

• Repetíveis

Modelos de Negócios

• B2C

• B2B

• B2B2C

Marketplace

Marketplace Financeiro

• Fintechs de crédito SEP – Sociedades de Empréstimos entre Pessoas

• Open Banking

Marketplace participante de arranjo de pagamentos


Atualidades do Mercado Financeiro

Segmentações e Interações Digitais

1. A Resolução nº 4.553, de 2017, estabelece a segmentação do conjunto das


instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil para fins de aplicação proporcional da regulação prudencial,
considerando o porte e a atividade internacional das instituições que compõem cada
segmento (Res. 4.553/2017, art. 1º, caput).

2. As instituições devem se enquadrar em um dos seguintes segmentos (Res.


4.553/2017, art. 2º):

a) Segmento 1 (S1);

b) Segmento 2 (S2);

c) Segmento 3 (S3);

d) Segmento 4 (S4); ou

e) Segmento 5 (S5).
Atualidades do Mercado Financeiro

3. O S1 é composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de


investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que (Res. 4.553/2017, art. 2º, §
1º):

a) tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno
Bruto (PIB); ou

b) exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da


instituição.

4. O S2 é composto (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 2º):

a) pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos


de câmbio e caixas econômicas de porte inferior a 10% (dez por cento) e igual
ou superior a 1% (um por cento) do PIB; e

b) pelas demais instituições de porte igual ou superior a 1% (um por cento) do


PIB.

5. O S3 é composto pelas instituições de porte inferior a 1% (um por cento) e igual ou


superior a 0,1% (um décimo por cento) do PIB (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 3º).

6. O S4 é composto pelas instituições de porte inferior a 0,1% (um décimo por cento)
do PIB (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 4º).

7. O S5 é composto (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 5º):

a) pelas instituições de porte inferior a 0,1% (um décimo por cento) do PIB que
utilizem metodologia facultativa simplificada para apuração dos requerimentos
mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de Capital Principal,
exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de
câmbio e caixas econômicas; e

b) pelas instituições não sujeitas a apuração de PR.


Atualidades do Mercado Financeiro

Atualidades e desafios da economia digital

Segurança e Privacidade – LGPD:

• Respeito à privacidade

• Autodeterminação informativa

• Liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião

• Inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem

• Desenvolvimento econômico e tecnológico

• Inovação;

• Livre iniciativa,

• Livre concorrência

• Defesa do consumidor

• Direitos humanos liberdade e dignidade das pessoas.


Atualidades do Mercado Financeiro

Ecossistema Bancário

A moeda digital

O Real Digital

• ênfase na possibilidade de desenvolvimento de modelos inovadores a


partir de evoluções tecnológicas, como contratos inteligentes (smart
contracts), internet das coisas (IoT) e dinheiro programável;

• previsão de uso em pagamentos de varejo;

• capacidade para realizar operações online e eventualmente operações


offline;

• emissão pelo BCB, como uma extensão da moeda física, com a


distribuição ao público intermediada por custodiantes do Sistema
Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB);

• ausência de remuneração;

• garantia da segurança jurídica em suas operações;

• aderência a todos os princípios e regras de privacidade e segurança


determinados, em especial, pela Lei Complementar nº 105, de 2001 (sigilo
bancário), e pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais;

• desenho tecnológico que permita integral atendimento às


recomendações internacionais e normas legais sobre prevenção à
lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento
da proliferação de armas de destruição em massa, inclusive em
cumprimento a ordens judiciais para rastrear operações ilícitas;

• adoção de solução que permita interoperabilidade e integração visando


à realização de pagamentos transfronteiriços; e

• adoção de padrões de resiliência e segurança cibernética equivalentes


aos aplicáveis a infraestruturas críticas do mercado financeiro.
Atualidades do Mercado Financeiro

Correspondentes Bancários

Atividades:

• Propostas de abertura de contas

• Movimentação de contas

• Recebimentos, pagamentos e transferências

• Execução de ordem de pagamento

• Propostas de Operações de crédito

• Propostas de cartões de crédito

• Operações de câmbio

• Serviços complementares

Vantagens

• Regualação

• Instituição Financeira

• Correspondente bancário

• Público

Exigências Contratuais:

• relação formalizada com as pessoas integrantes da sua equipe

• vedação à utilização de instalações similares às da instituição contratante.

• divulgação de sua condição de prestador de serviços.

• realização de acertos financeiros no máximo a cada dois dias úteis

• utilização exclusiva de padrões, normas e tabelas definidas pela


instituição contratante.

• vedação à realização de adiantamento a cliente, pelo correspondente.

• vedação à prestação de garantia.

• atendimento aos clientes e usuários relativo a demandas.


Atualidades do Mercado Financeiro

• permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos firmados.

• possibilidade de adoção de medidas pela instituição contratante.

• observância do plano de controle de qualidade do atendimento.

Arranjos de Pagamentos
Lei: 12.685/2013:
Art. 6º Para os efeitos das normas aplicáveis aos arranjos e às instituições de pagamento que
passam a integrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), nos termos desta Lei, considera-
se:
I - arranjo de pagamento - conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de
determinado serviço de pagamento ao público aceito por mais de um recebedor, mediante
acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores;
II - instituidor de arranjo de pagamento - pessoa jurídica responsável pelo arranjo de
pagamento e, quando for o caso, pelo uso da marca associada ao arranjo de pagamento;
III - instituição de pagamento - pessoa jurídica que, aderindo a um ou mais arranjos de
pagamento, tenha como atividade principal ou acessória, alternativa ou cumulativamente.
a) disponibilizar serviço de aporte ou saque de recursos mantidos em conta de pagamento;
b) executar ou facilitar a instrução de pagamento relacionada a determinado serviço de
pagamento, inclusive transferência originada de ou destinada a conta de pagamento;
c) gerir conta de pagamento;
d) emitir instrumento de pagamento;
e) credenciar a aceitação de instrumento de pagamento;
f) executar remessa de fundos;
g) converter moeda física ou escritural em moeda eletrônica, ou vice-versa, credenciar a
aceitação ou gerir o uso de moeda eletrônica; e
h) outras atividades relacionadas à prestação de serviço de pagamento, designadas pelo Banco
Central do Brasil;
IV - conta de pagamento - conta de registro detida em nome de usuário final de serviços de
pagamento utilizada para a execução de transações de pagamento;
V - instrumento de pagamento - dispositivo ou conjunto de procedimentos acordado entre o
usuário final e seu prestador de serviço de pagamento utilizado para iniciar uma transação de
pagamento; e
VI - moeda eletrônica - recursos armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que
permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento.
Art. 7º Os arranjos de pagamento e as instituições de pagamento observarão os seguintes
princípios, conforme parâmetros a serem estabelecidos pelo Banco Central do Brasil,
observadas as diretrizes do Conselho Monetário Nacional:
Atualidades do Mercado Financeiro

I - interoperabilidade ao arranjo de pagamento e entre arranjos de pagamento distintos;


II - solidez e eficiência dos arranjos de pagamento e das instituições de pagamento, promoção
da competição e previsão de transferência de saldos em moeda eletrônica, quando couber,
para outros arranjos ou instituições de pagamento;
III - acesso não discriminatório aos serviços e às infraestruturas necessários ao funcionamento
dos arranjos de pagamento;
IV - atendimento às necessidades dos usuários finais, em especial liberdade de escolha,
segurança, proteção de seus interesses econômicos, tratamento não discriminatório,
privacidade e proteção de dados pessoais, transparência e acesso a informações claras e
completas sobre as condições de prestação de serviços;
V - confiabilidade, qualidade e segurança dos serviços de pagamento; e
VI - inclusão financeira, observados os padrões de qualidade, segurança e transparência
equivalentes em todos os arranjos de pagamento.
Parágrafo único. A regulamentação deste artigo assegurará a capacidade de inovação e a
diversidade dos modelos de negócios das instituições de pagamento e dos arranjos de
pagamento.
Art. 9º Compete ao Banco Central do Brasil, conforme diretrizes estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional:
I - disciplinar os arranjos de pagamento;
II - disciplinar a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições de pagamento,
bem como a descontinuidade na prestação de seus serviços;
III - limitar o objeto social de instituições de pagamento;
IV - autorizar a instituição de arranjos de pagamento no País;
V - autorizar constituição, funcionamento, transferência de controle, fusão, cisão e
incorporação de instituição de pagamento, inclusive quando envolver participação de pessoa
física ou jurídica não residente;
VI - estabelecer condições e autorizar a posse e o exercício de cargos em órgãos estatutários
e contratuais em instituição de pagamento;
VII - exercer vigilância sobre os arranjos de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;
VIII - supervisionar as instituições de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;
IX - adotar medidas preventivas, com o objetivo de assegurar solidez, eficiência e regular
funcionamento dos arranjos de pagamento e das instituições de pagamento, podendo,
inclusive:
a) estabelecer limites operacionais mínimos;
b) fixar regras de operação, de gerenciamento de riscos, de controles internos e de governança,
inclusive quanto ao controle societário e aos mecanismos para assegurar a autonomia
deliberativa dos órgãos de direção e de controle; e
c) limitar ou suspender a venda de produtos, a prestação de serviços de pagamento e a
utilização de modalidades operacionais;
Atualidades do Mercado Financeiro

X - adotar medidas para promover competição, inclusão financeira e transparência na


prestação de serviços de pagamentos;
XI - cancelar, de ofício ou a pedido, as autorizações de que tratam os incisos IV, V e VI do caput ;
XII - coordenar e controlar os arranjos de pagamento e as atividades das instituições de
pagamento;
XIII - disciplinar a cobrança de tarifas, comissões e qualquer outra forma de remuneração
referentes a serviços de pagamento, inclusive entre integrantes do mesmo arranjo de
pagamento; e
XIV - dispor sobre as formas de aplicação dos recursos registrados em conta de pagamento.

Open Banking

É o processo de compartilhamento padronizado de dados, produtos e serviços por


meio da abertura e integração de sistemas das instituições participantes.

Fases de Implementação:

Fase 1:

• Canais de atendimento

• Produtos e serviços

Fase 2:

• Cadastrais

• Transacionais dos produtos e serviços de fase 1

Fase 3:

• Iniciação de transação de pagamentos

• Encaminhamento de proposta de operação de crédito

Fase 4: Outros dados

• Outros produtos e serviços

• Transacionais de produtos e serviços da fase 4.

Shadow Banking

Sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades fora do


sistema bancário tradicional.
Atualidades do Mercado Financeiro

A definição atualmente adotada por esses organismos estabelece o shadow banking


como um sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades
fora do sistema bancário tradicional.

...

Por outro lado, o shadow banking pode ser fonte de risco sistêmico, por envolver, sem
a devida supervisão e regulação, riscos tipicamente bancários, tais como alavancagem,
transformações de maturidade e de liquidez e transferência de risco de crédito.

• Passivos de longo prazo

• Ativos de curto prazo

• Atuação sem regulação e supervisão

• Não tem mecanismos oficiais mitigadores de risco

PIX

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Liquidação diferida líquida (LDL)

• Maior risco de liquidez

• Menor fluxo de recursos

Liquidação bruta em tempo real (LBTR)

• Menor risco de liquidez


Atualidades do Mercado Financeiro

• Maior fluxo de recursos

Híbrido

Características do PIX:

• Rápido

• Disponível

• Transações grauitas ou muito baratas

• Multitarefas

Formas de transferências:

• Chave PIX

• QR Code

• Dados bancários
Atualidades do Mercado Financeiro

Agenda PIX

• Conta salário no Pix

• Pix cobrança

• Mecanismo especial de devolução

• Pix saque e Pix troco

• Iniciador de pagamentos no Pix

• Pix por aproximação

• Pix Offline

• Pix Garantido

• Débito automático no Pix

Fintechs e Bigtechs

A Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) corresponde ao modelo Peer to Peer


Lending (empréstimo ponto a ponto), colocando em contato pessoas (ou empresas)
que estão buscando empréstimos a investidores buscando retornos acima da média.
Ou seja, trata-se de instituição que oferta uma plataforma de interação entre pessoas
Atualidades do Mercado Financeiro

em situação credora a outras em situação devedora, de modo que os credores possam


realizar empréstimos aos devedores.

Por sua vez, a Sociedade de Crédito Direto (SCD) corresponde ao modelo em que a
instituição financeira tem por objeto a realização de operações de empréstimo, de
financiamento e de aquisição de direitos creditórios exclusivamente por meio de
plataforma eletrônica, com utilização de recursos financeiros que tenham como única
origem capital próprio.

Startups e Modelos de Negócios

Startups:

• Jovens

• Escaláveis

• Ambientes de incerteza

• Repetíveis

Modelos de Negócios

• B2C

• B2B

• B2B2C

Marketplace

Marketplace Financeiro

• Fintechs de crédito SEP – Sociedades de Empréstimos entre Pessoas

• Open Banking

Marketplace participante de arranjo de pagamentos


Atualidades do Mercado Financeiro

Segmentações e Interações Digitais

1. A Resolução nº 4.553, de 2017, estabelece a segmentação do conjunto das


instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil para fins de aplicação proporcional da regulação prudencial,
considerando o porte e a atividade internacional das instituições que compõem cada
segmento (Res. 4.553/2017, art. 1º, caput).

2. As instituições devem se enquadrar em um dos seguintes segmentos (Res.


4.553/2017, art. 2º):

a) Segmento 1 (S1);

b) Segmento 2 (S2);

c) Segmento 3 (S3);

d) Segmento 4 (S4); ou

e) Segmento 5 (S5).
Atualidades do Mercado Financeiro

3. O S1 é composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de


investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que (Res. 4.553/2017, art. 2º, §
1º):

a) tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno
Bruto (PIB); ou

b) exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da


instituição.

4. O S2 é composto (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 2º):

a) pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos


de câmbio e caixas econômicas de porte inferior a 10% (dez por cento) e igual
ou superior a 1% (um por cento) do PIB; e

b) pelas demais instituições de porte igual ou superior a 1% (um por cento) do


PIB.

5. O S3 é composto pelas instituições de porte inferior a 1% (um por cento) e igual ou


superior a 0,1% (um décimo por cento) do PIB (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 3º).

6. O S4 é composto pelas instituições de porte inferior a 0,1% (um décimo por cento)
do PIB (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 4º).

7. O S5 é composto (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 5º):

a) pelas instituições de porte inferior a 0,1% (um décimo por cento) do PIB que
utilizem metodologia facultativa simplificada para apuração dos requerimentos
mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de Capital Principal,
exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de
câmbio e caixas econômicas; e

b) pelas instituições não sujeitas a apuração de PR.


Atualidades do Mercado Financeiro

Atualidades e desafios da economia digital

Segurança e Privacidade – LGPD:

• Respeito à privacidade

• Autodeterminação informativa

• Liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião

• Inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem

• Desenvolvimento econômico e tecnológico

• Inovação;

• Livre iniciativa,

• Livre concorrência

• Defesa do consumidor

• Direitos humanos liberdade e dignidade das pessoas.


Atualidades do Mercado Financeiro

Ecossistema Bancário

A moeda digital

O Real Digital

• ênfase na possibilidade de desenvolvimento de modelos inovadores a


partir de evoluções tecnológicas, como contratos inteligentes (smart
contracts), internet das coisas (IoT) e dinheiro programável;

• previsão de uso em pagamentos de varejo;

• capacidade para realizar operações online e eventualmente operações


offline;

• emissão pelo BCB, como uma extensão da moeda física, com a


distribuição ao público intermediada por custodiantes do Sistema
Financeiro Nacional (SFN) e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB);

• ausência de remuneração;

• garantia da segurança jurídica em suas operações;

• aderência a todos os princípios e regras de privacidade e segurança


determinados, em especial, pela Lei Complementar nº 105, de 2001 (sigilo
bancário), e pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais;

• desenho tecnológico que permita integral atendimento às


recomendações internacionais e normas legais sobre prevenção à
lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e ao financiamento
da proliferação de armas de destruição em massa, inclusive em
cumprimento a ordens judiciais para rastrear operações ilícitas;

• adoção de solução que permita interoperabilidade e integração visando


à realização de pagamentos transfronteiriços; e

• adoção de padrões de resiliência e segurança cibernética equivalentes


aos aplicáveis a infraestruturas críticas do mercado financeiro.
Atualidades do Mercado Financeiro

Correspondentes Bancários

Atividades:

• Propostas de abertura de contas

• Movimentação de contas

• Recebimentos, pagamentos e transferências

• Execução de ordem de pagamento

• Propostas de Operações de crédito

• Propostas de cartões de crédito

• Operações de câmbio

• Serviços complementares

Vantagens

• Regualação

• Instituição Financeira

• Correspondente bancário

• Público

Exigências Contratuais:

• relação formalizada com as pessoas integrantes da sua equipe

• vedação à utilização de instalações similares às da instituição contratante.

• divulgação de sua condição de prestador de serviços.

• realização de acertos financeiros no máximo a cada dois dias úteis

• utilização exclusiva de padrões, normas e tabelas definidas pela


instituição contratante.

• vedação à realização de adiantamento a cliente, pelo correspondente.

• vedação à prestação de garantia.

• atendimento aos clientes e usuários relativo a demandas.


Atualidades do Mercado Financeiro

• permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos firmados.

• possibilidade de adoção de medidas pela instituição contratante.

• observância do plano de controle de qualidade do atendimento.

Arranjos de Pagamentos
Lei: 12.685/2013:
Art. 6º Para os efeitos das normas aplicáveis aos arranjos e às instituições de pagamento que
passam a integrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), nos termos desta Lei, considera-
se:
I - arranjo de pagamento - conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de
determinado serviço de pagamento ao público aceito por mais de um recebedor, mediante
acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores;
II - instituidor de arranjo de pagamento - pessoa jurídica responsável pelo arranjo de
pagamento e, quando for o caso, pelo uso da marca associada ao arranjo de pagamento;
III - instituição de pagamento - pessoa jurídica que, aderindo a um ou mais arranjos de
pagamento, tenha como atividade principal ou acessória, alternativa ou cumulativamente.
a) disponibilizar serviço de aporte ou saque de recursos mantidos em conta de pagamento;
b) executar ou facilitar a instrução de pagamento relacionada a determinado serviço de
pagamento, inclusive transferência originada de ou destinada a conta de pagamento;
c) gerir conta de pagamento;
d) emitir instrumento de pagamento;
e) credenciar a aceitação de instrumento de pagamento;
f) executar remessa de fundos;
g) converter moeda física ou escritural em moeda eletrônica, ou vice-versa, credenciar a
aceitação ou gerir o uso de moeda eletrônica; e
h) outras atividades relacionadas à prestação de serviço de pagamento, designadas pelo Banco
Central do Brasil;
IV - conta de pagamento - conta de registro detida em nome de usuário final de serviços de
pagamento utilizada para a execução de transações de pagamento;
V - instrumento de pagamento - dispositivo ou conjunto de procedimentos acordado entre o
usuário final e seu prestador de serviço de pagamento utilizado para iniciar uma transação de
pagamento; e
VI - moeda eletrônica - recursos armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que
permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento.
Art. 7º Os arranjos de pagamento e as instituições de pagamento observarão os seguintes
princípios, conforme parâmetros a serem estabelecidos pelo Banco Central do Brasil,
observadas as diretrizes do Conselho Monetário Nacional:
Atualidades do Mercado Financeiro

I - interoperabilidade ao arranjo de pagamento e entre arranjos de pagamento distintos;


II - solidez e eficiência dos arranjos de pagamento e das instituições de pagamento, promoção
da competição e previsão de transferência de saldos em moeda eletrônica, quando couber,
para outros arranjos ou instituições de pagamento;
III - acesso não discriminatório aos serviços e às infraestruturas necessários ao funcionamento
dos arranjos de pagamento;
IV - atendimento às necessidades dos usuários finais, em especial liberdade de escolha,
segurança, proteção de seus interesses econômicos, tratamento não discriminatório,
privacidade e proteção de dados pessoais, transparência e acesso a informações claras e
completas sobre as condições de prestação de serviços;
V - confiabilidade, qualidade e segurança dos serviços de pagamento; e
VI - inclusão financeira, observados os padrões de qualidade, segurança e transparência
equivalentes em todos os arranjos de pagamento.
Parágrafo único. A regulamentação deste artigo assegurará a capacidade de inovação e a
diversidade dos modelos de negócios das instituições de pagamento e dos arranjos de
pagamento.
Art. 9º Compete ao Banco Central do Brasil, conforme diretrizes estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional:
I - disciplinar os arranjos de pagamento;
II - disciplinar a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições de pagamento,
bem como a descontinuidade na prestação de seus serviços;
III - limitar o objeto social de instituições de pagamento;
IV - autorizar a instituição de arranjos de pagamento no País;
V - autorizar constituição, funcionamento, transferência de controle, fusão, cisão e
incorporação de instituição de pagamento, inclusive quando envolver participação de pessoa
física ou jurídica não residente;
VI - estabelecer condições e autorizar a posse e o exercício de cargos em órgãos estatutários
e contratuais em instituição de pagamento;
VII - exercer vigilância sobre os arranjos de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;
VIII - supervisionar as instituições de pagamento e aplicar as sanções cabíveis;
IX - adotar medidas preventivas, com o objetivo de assegurar solidez, eficiência e regular
funcionamento dos arranjos de pagamento e das instituições de pagamento, podendo,
inclusive:
a) estabelecer limites operacionais mínimos;
b) fixar regras de operação, de gerenciamento de riscos, de controles internos e de governança,
inclusive quanto ao controle societário e aos mecanismos para assegurar a autonomia
deliberativa dos órgãos de direção e de controle; e
c) limitar ou suspender a venda de produtos, a prestação de serviços de pagamento e a
utilização de modalidades operacionais;
Atualidades do Mercado Financeiro

X - adotar medidas para promover competição, inclusão financeira e transparência na


prestação de serviços de pagamentos;
XI - cancelar, de ofício ou a pedido, as autorizações de que tratam os incisos IV, V e VI do caput ;
XII - coordenar e controlar os arranjos de pagamento e as atividades das instituições de
pagamento;
XIII - disciplinar a cobrança de tarifas, comissões e qualquer outra forma de remuneração
referentes a serviços de pagamento, inclusive entre integrantes do mesmo arranjo de
pagamento; e
XIV - dispor sobre as formas de aplicação dos recursos registrados em conta de pagamento.

Open Banking

É o processo de compartilhamento padronizado de dados, produtos e serviços por


meio da abertura e integração de sistemas das instituições participantes.

Fases de Implementação:

Fase 1:

• Canais de atendimento

• Produtos e serviços

Fase 2:

• Cadastrais

• Transacionais dos produtos e serviços de fase 1

Fase 3:

• Iniciação de transação de pagamentos

• Encaminhamento de proposta de operação de crédito

Fase 4: Outros dados

• Outros produtos e serviços

• Transacionais de produtos e serviços da fase 4.

Shadow Banking

Sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades fora do


sistema bancário tradicional.
Atualidades do Mercado Financeiro

A definição atualmente adotada por esses organismos estabelece o shadow banking


como um sistema de intermediação de crédito que envolve atividades e entidades
fora do sistema bancário tradicional.

...

Por outro lado, o shadow banking pode ser fonte de risco sistêmico, por envolver, sem
a devida supervisão e regulação, riscos tipicamente bancários, tais como alavancagem,
transformações de maturidade e de liquidez e transferência de risco de crédito.

• Passivos de longo prazo

• Ativos de curto prazo

• Atuação sem regulação e supervisão

• Não tem mecanismos oficiais mitigadores de risco

PIX

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Liquidação diferida líquida (LDL)

• Maior risco de liquidez

• Menor fluxo de recursos

Liquidação bruta em tempo real (LBTR)

• Menor risco de liquidez


Atualidades do Mercado Financeiro

• Maior fluxo de recursos

Híbrido

Características do PIX:

• Rápido

• Disponível

• Transações grauitas ou muito baratas

• Multitarefas

Formas de transferências:

• Chave PIX

• QR Code

• Dados bancários
Atualidades do Mercado Financeiro

Agenda PIX

• Conta salário no Pix

• Pix cobrança

• Mecanismo especial de devolução

• Pix saque e Pix troco

• Iniciador de pagamentos no Pix

• Pix por aproximação

• Pix Offline

• Pix Garantido

• Débito automático no Pix

Fintechs e Bigtechs

A Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) corresponde ao modelo Peer to Peer


Lending (empréstimo ponto a ponto), colocando em contato pessoas (ou empresas)
que estão buscando empréstimos a investidores buscando retornos acima da média.
Ou seja, trata-se de instituição que oferta uma plataforma de interação entre pessoas
Atualidades do Mercado Financeiro

em situação credora a outras em situação devedora, de modo que os credores possam


realizar empréstimos aos devedores.

Por sua vez, a Sociedade de Crédito Direto (SCD) corresponde ao modelo em que a
instituição financeira tem por objeto a realização de operações de empréstimo, de
financiamento e de aquisição de direitos creditórios exclusivamente por meio de
plataforma eletrônica, com utilização de recursos financeiros que tenham como única
origem capital próprio.

Startups e Modelos de Negócios

Startups:

• Jovens

• Escaláveis

• Ambientes de incerteza

• Repetíveis

Modelos de Negócios

• B2C

• B2B

• B2B2C

Marketplace

Marketplace Financeiro

• Fintechs de crédito SEP – Sociedades de Empréstimos entre Pessoas

• Open Banking

Marketplace participante de arranjo de pagamentos


Atualidades do Mercado Financeiro

Segmentações e Interações Digitais

1. A Resolução nº 4.553, de 2017, estabelece a segmentação do conjunto das


instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil para fins de aplicação proporcional da regulação prudencial,
considerando o porte e a atividade internacional das instituições que compõem cada
segmento (Res. 4.553/2017, art. 1º, caput).

2. As instituições devem se enquadrar em um dos seguintes segmentos (Res.


4.553/2017, art. 2º):

a) Segmento 1 (S1);

b) Segmento 2 (S2);

c) Segmento 3 (S3);

d) Segmento 4 (S4); ou

e) Segmento 5 (S5).
Atualidades do Mercado Financeiro

3. O S1 é composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de


investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que (Res. 4.553/2017, art. 2º, §
1º):

a) tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno
Bruto (PIB); ou

b) exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da


instituição.

4. O S2 é composto (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 2º):

a) pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos


de câmbio e caixas econômicas de porte inferior a 10% (dez por cento) e igual
ou superior a 1% (um por cento) do PIB; e

b) pelas demais instituições de porte igual ou superior a 1% (um por cento) do


PIB.

5. O S3 é composto pelas instituições de porte inferior a 1% (um por cento) e igual ou


superior a 0,1% (um décimo por cento) do PIB (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 3º).

6. O S4 é composto pelas instituições de porte inferior a 0,1% (um décimo por cento)
do PIB (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 4º).

7. O S5 é composto (Res. 4.553/2017, art. 2º, § 5º):

a) pelas instituições de porte inferior a 0,1% (um décimo por cento) do PIB que
utilizem metodologia facultativa simplificada para apuração dos requerimentos
mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de Capital Principal,
exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de
câmbio e caixas econômicas; e

b) pelas instituições não sujeitas a apuração de PR.


Atualidades do Mercado Financeiro

Atualidades e desafios da economia digital

Segurança e Privacidade – LGPD:

• Respeito à privacidade

• Autodeterminação informativa

• Liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião

• Inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem

• Desenvolvimento econômico e tecnológico

• Inovação;

• Livre iniciativa,

• Livre concorrência

• Defesa do consumidor

• Direitos humanos liberdade e dignidade das pessoas.


Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Produtos Bancários

Abertura e movimentação de contas


A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre
as partes – instituição financeira e cliente.

Desta forma, trata-se de ato voluntário. O banco não é obrigado a abrir ou manter
conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que
lhe apresente as condições mais adequadas para firmar tal contrato.

Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de


abertura de conta com a qualificação do depositante e apresentar os originais dos
seguintes documentos:

Pessoa Física:

Nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil,
nome do cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número,
data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF

Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz (adiante iremos
tratar deste tema), além de sua qualificação, também deverá ser identificado o
responsável que o assistir (para correntista entre 16 e 18 anos) ou o representar (para
correntista menor de 16 anos).

Pessoa Jurídica:

Razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo


as informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os
representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente
registrados, na forma da lei, na autoridade competente

Além dos referidos documentos, a ficha proposta deve conter também:

 Endereços residencial e comercial completos

 Número do telefone e código DDD;


Conhecimentos Bancários

 Fontes de referência consultadas;

 Data da abertura da conta e respectivo número;

 Assinatura do depositante

 A ficha-proposta relativa à conta de depósitos à vista deverá conter


cláusulas sobre:

Saldo exigido para manutenção da conta

Condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques

Obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre


qualquer alteração nos dados cadastrais e nos documentos referidos

Inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos


(CCF) – como o nome sugere, é o cadastro que reúne os emitentes de cheques sem
fundos –, nos termos da regulamentação em vigor informação de que os cheques
liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos

Procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de


depósitos

A pessoa física é definida como homens e mulheres aptos a titularizar direitos e


obrigações e autorizados à prática dos atos jurídicos em geral.

Atualmente homens e mulheres são pessoas físicas, pois o direito positivo lhes
concede aptidão para titularizarem direitos e deveres, bem como autorização para a
prática dos atos e negócios jurídicos em geral, salvo os expressamente proibidos.

Assim como concede, poderá vir a retirar tanto a aptidão como a autorização de
alguns deles.

Muito simples. O direito cria o conceito de que homens e mulheres, em regra, podem,
por si só, contraírem direitos e deveres, além de poderem praticar atos jurídicos em
geral. Da mesma forma, o direito pode retirar estas condições.

Atenção ao termo em regra. As exceções a esta regra resultam em casos em que os


indivíduos não possuem total independência para a contração de direitos e deveres,
necessitando de representantes para agirem desta forma.

Isto origina a ideia de que todas as pessoas naturais têm personalidade, mas nem
todas são capazes. Ou seja, nem todas possuem capacidade (autodeterminação) na
prática de seus atos de maneira independente.
Conhecimentos Bancários

Capacidade e Incapacidade Civil

As pessoas físicas, por outras palavras, dividem-se em capazes e incapazes. As capazes


podem praticar os atos e negócios jurídicos sem o auxílio ou a intervenção de
outra pessoa. Já as incapazes não podem praticar atos e negócios jurídicos a não
ser com o auxílio ou a intervenção de mais alguém.

Assim, a impossibilidade de a pessoa física agir de maneira independente a


contextualiza como incapaz.

A melhor definição de capacidade, é dada por Clóvis Beviláqua: “é a aptidão de alguém


para exercer por si os atos da vida civil”

A pessoa capaz pode praticar os atos e negócios jurídicos por si, isto é, diretamente,
independentemente de auxílio ou intervenção de outra pessoa.

Ela é considerada, pelo direito, como dotada de condições psíquico-físicas


suficientes à compreensão das consequências dos seus atos. Considera a lei, por
isso, que a pessoa natural capaz sabe sopesar convenientemente seus interesses e, em
função disso, nortear suas decisões. Tem maturidade, experiência de vida e hábeis
meios de comunicação que afastam, presumivelmente, a possibilidade de vir a praticar
ato ou negócio jurídico prejudicial aos seus direitos ou interesses.

O resultado é o seguinte: a pessoa capaz pode diretamente comprar, vender, contrair


dívidas, dar quitação, renunciar a direitos disponíveis, etc.;

A regra geral é a capacidade das pessoas físicas. Para que um homem ou mulher
seja considerado incapaz, é necessária expressa previsão legal.

As pessoas são, por princípio, capazes e podem, assim, praticar os atos e negócios por
si mesmas. A incapacidade é uma situação excepcional prevista expressamente em lei
com o objetivo de proteger determinadas pessoas. Os incapazes são considerados,
pela lei, não inteiramente preparados para dispor e administrar seus bens e interesses
sem a mediação de outra pessoa (representante ou assistente).

E a previsão da incapacidade no ordenamento legal não é algo sem sentido, pois se


destina a proteger a pessoa do incapaz.

Considera-se, por exemplo, que alguns, por não terem ainda alcançado certa idade,
não estão suficientemente amadurecidos para tomar decisões, por si mesmos,
atinentes à disponibilização ou administração de bens ou interesses.

Em resumo, a diferença entre ter ou não capacidade diz respeito à mediação dos atos
e negócios jurídicos. Só a pessoa capaz pode praticá-los imediatamente. O incapaz
Conhecimentos Bancários

só pode praticar o ato ou negócio por meio de seu representante ou mediante o


auxílio de seu assistente. Mesmo assim, nas hipóteses delimitadas em lei. Desta forma,
a prática de atos pelo incapaz é mediata, ou seja, é indireta (exige a participação de
terceiro para se concretizar).

Da mesma forma, incapacidade não se confunde com ilegitimidade. A pessoa física,


capaz ou incapaz, pode não ter legitimidade para realizar certo ato ou negócio jurídico
sem o concurso da vontade de outra pessoa, ou seja, sem a anuência ou concordância
de terceiros

Incapacidade absoluta
Considera-se o incapaz sem nenhuma condição para decidir se determinado ato ou
negócio jurídico lhe aproveita. Sua opinião é juridicamente irrelevante e a vontade do
sujeito de direito será formada exclusivamente pela manifestação exteriorizada por
outrem (o representante).

São absolutamente incapazes:

a) Homens e mulheres com menos de 16 anos de idade: Até alcançar 16 anos, os


humanos são considerados, pelo direito brasileiro, desprovidos de suficiente
maturidade intelectual ou psicológica para decidir sozinhos sobre o que lhes interessa
ou não. A pessoa física, até alcançar 16 anos de idade, é absolutamente incapaz.

Seguindo a alteração do artigo 3º do Código Civil pela lei n. 13.146/15, somente as


crianças, isto é, os menores de dezesseis anos, são absolutamente incapazes, sendo
representadas em atos jurídicos pelos pais ou, em sua ausência, por um tutor.

Incapacidade Relativa
Se reconhece no incapaz alguma aptidão psíquico-física para decidir sobre o que lhe
interessa. Sua opinião é relevante para o direito e sem sua vontade ou contra ela o
negócio jurídico não se constitui. Precisará, contudo, do auxílio juridicamente
indispensável de outra pessoa (o assistente).

São relativamente incapazes:

• Homens e mulheres com mais de 16 e menos de 18 anos de idade;

• Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos:


Conhecimentos Bancários

• Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir


sua vontade:

• Os pródigos:

Domicílio
O domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para exercer direitos e
responder por obrigações.

Quando se trata de pessoa física, regra geral é que o domicílio é o lugar em que
reside com ânimo definitivo.

Quem possui mais de uma residência, em que viva alternadamente, tem em qualquer
delas seu domicílio. Quem, por outro lado, não tiver residência habitual, tem o
domicílio no lugar em que for encontrada. Nas relações pertinentes à profissão, a
pessoa física é domiciliada onde a exerce.

Domicílio é o lugar em que a pessoa pode ser encontrada para responder por suas
obrigações ou exercer os direitos que titulariza. A regra geral para a definição do
domicílio é o da ampla liberdade. Ou seja, o indivíduo escolhe livremente o local do
seu domicílio.

Mas, como tudo em direito, há exceções à regra geral de ampla liberdade:

Além de autoexplicativas, são as seguintes:

 O incapaz tem o mesmo domicílio de seu representante ou


assistente.

 O servidor público é domiciliado no lugar em que exerce


suas funções permanentemente.

 O domicílio do militar depende da Força a que pertence;


sendo do Exército, será onde servir; sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, será o lugar do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado.

 O marítimo domicilia-se no navio em que for matriculado.

O preso, onde estiver cumprindo pena.


Conhecimentos Bancários

Pessoa Jurídica
A mais relevante consequência dessa conceituação das pessoas jurídicas é sintetizada
no princípio da autonomia. As pessoas jurídicas não se confundem com as pessoas
que a integram.

As pessoas jurídicas classificam-se de acordo com vários critérios. Três são os de maior
interesse:

a) Critério legal

b) Subdividem-se em pessoas jurídicas de direito público ou


de direito privado.

c) Quantidade de fundadores e de membros

d) Podem ser singulares ou coletivas, de acordo com a


quantidade de pessoas que as constituem.

e) Modo de constituição

f) Classificam-se em contratuais ou institucionais.

Agora, podemos passar aos tipos de pessoa jurídica existentes em nosso regime
jurídico:

Sociedade:

Configura-se como sociedade um conjunto de pessoas físicas que se unem para a


prática de determinada atividade, visando a obtenção de lucros que deverão ser
partilhados entre os membros.

Associação:

Em geral, contam com um grande número de pessoas, perseguindo fins não lucrativos,
como atividades artísticas, desportivas ou de lazer.

Fundação:

Em termos gerais, uma fundação consiste na reserva de determinado patrimônio para


o atingimento de um interesse humano.

Por isto, para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Conhecimentos Bancários

Em relação às formas de tributação, temos:

• Lucro Real

• Lucro Presumido

• Lucro Arbitrado

• Simples Nacional

Por fim, vamos finalizar nosso estudo de pessoa jurídica com o tema Mandatos e
Procurações.

O Código Civil conceitua o mandato como o negócio jurídico pelo qual uma pessoa,
chamada mandatário, recebe poderes de outra, chamada mandante, para, em nome
desta última, praticar atos ou administrar interesses.

Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome,
praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Bom, a partir das definições acima já fica claro que mandato é diferente de procuração.

O mandato é o contrato que “transfere” poderes de uma pessoa a outra, ou seja, é a


causa do vínculo jurídico que une dois sujeitos e disciplina a realização de uma
determinada conduta, de interesse de ambos, a saber, a prática de atos ou
administração de interesses.

Já a procuração é o documento que oficializa este ato, por meio do qual uma pessoa
estabelece quais são os poderes outorgados a outrem, para que possa praticar atos
ou administrar negócios, em seu interesse.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Sistema de Pagamentos Brasileiro

Princípios:
• Os participantes devem ter acesso a informações claras e objetivas, que lhes
permitam identificar os riscos em que incorram nos sistemas que utilizem;

• As regras e procedimentos devem possibilitar e incentivar o gerenciamento e a


contenção dos riscos de crédito e de liquidez, bem como estabelecer
claramente, para estes fins, as obrigações das câmaras e dos prestadores de
serviços de compensação e de liquidação e dos participantes;

• A liquidação de obrigação, em caráter irrevogável e incondicional, em conta


mantida no Banco Central do Brasil, deve ocorrer, o mais cedo possível, no dia
para o qual estipulada;

• A tradição do ativo negociado e a efetivação do correspondente pagamento


devem ser mutuamente condicionadas;

• A infraestrutura operacional das câmaras e dos prestadores de serviços de


compensação e de liquidação deve ter adequado nível de segurança e
confiabilidade, dispondo de planos de contingência e de recuperação capazes
de assegurar o processamento no próprio ciclo de liquidação;

• Os meios e procedimentos para a liquidação de obrigações devem satisfazer as


necessidades dos usuários e ser economicamente eficientes;

• Os critérios de acesso aos sistemas devem ser públicos, objetivos e claros,


possibilitando ampla participação, admitidas restrições com enfoque,
sobretudo, na contenção de riscos; e

• A estrutura organizacional e administrativa das câmaras e dos prestadores de


serviços de compensação e de liquidação deve ser efetiva e transparente, de
modo a possibilitar, inclusive, a avaliação do desempenho dos administradores
e contemplar os interesses dos participantes.

Organização
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foi organizado para, além de atender
os princípios acima dispostos, transferir os riscos do Banco Central aos participantes
em geral.
Conhecimentos Bancários

No sistema antigo, o Bacen assumia todos os riscos de insolvência, pois garantia a


todos os participantes créditos para pagamento das operações sem limites e sem
garantias. Assim, um participante poderia ficar exposto em posição de valor elevado,
mesmo sem possui recursos e/ou garantias para a operação. Como o Bacen assumia
este risco, as instituições estavam, de certa forma, incentivadas a “abusar da sorte”.

O gerenciamento dos riscos do atual SPB é feito através da implantação de sistema


centralizador de transferência de grandes valores com liquidação bruta e em
tempo real. Este sistema é chamado de Sistema de Transferências de Reservas –
STR.

As diretrizes do atual SPB são as seguintes:

 Definição do papel do Bacen


 Regulamentação da liquidação financeira da conta de reservas bancárias
 Exigências operacionais aos participantes
 Exigências operacionais às clearing houses
 Estabelecimento de regras de controle de riscos
 Redução do risco de crédito do Bacen
 Monitoramento em tempo real do saldo da conta de reservas bancárias de
cada participante
 Estabelecimento de horários a serem seguidos no lançamento dos resultados
financeiros obtidos
 Estabelecimento de contratos com deveres e responsabilidades entre o Bacen
e os demais participantes

Irrevogabilidade e incondicionalidade de pagamentos

Quando executadas através do STR e lançadas na conta de reservas bancárias, as


ordens de pagamento não poderão ser canceladas – são irrevogáveis e incondicionais.

Quando executadas por valores multilaterais e líquidos (veremos mais a frente este
conceito), via clearing houses, terão garantias de liquidação, também sendo
irrevogáveis e incondicionais

Conhecimento pleno dos participantes do SPB em relação aos riscos associados

Definição dos riscos de operar no SPB

Definição das responsabilidades individuais de cada participante

Mecanismo de repartição de perdas, caso ocorra inadimplência.


Conhecimentos Bancários

Redução da defasagem entre contratação da operação e liquidação

Como vimos, grande parte das operações são liquidadas com valores brutos e em
tempo real. Ou seja, a defasagem entre a contratação da operação e sua liquidação é
praticamente zero

Estruturação das clearing houses com mecanismos de redução de riscos

As clearing houses operam através do conceito delivery versus payment. Isto é, a


entrega dos ativos financeiros ali negociados é feita mutuamente com o pagamento
da operação, com a clearing house centralizando e intermediando (mais uma vez, cito
que os conceitos de clearing houses serão apresentados em tópico específico).

Estabelecimento de garantias e limites para operações envolvendo clearing houses.

Adoção de base legal adequada

O estabelecimento de base legal adequada serve para institucionalizar e normatiza as


regras, deveres e direitos dos participantes. O SPB é normatizado pela Lei 10.214/01
e atualizações.
Conhecimentos Bancários

O papel do BACEN
Cabe ao Bacen fazer o sistema funcionar sem maiores transtornos. Como já sabemos,
o risco de liquidez e, por conseguinte, o risco sistêmico devem estar muito bem
administrados e mitigados com o perfeito funcionamento do SPB.

Para tanto, o Bacen administra com muito cuidado a Conta de Reservas. Afinal, os
recursos das instituições participantes para garantir a liquidação diária estão ali
depositados.

Risco Privado ➔ Garantir que o risco do sistema é suportado por seus participantes
(e não pelo Bacen). Participantes não podem ter saldo negativo na conta de reservas
bancárias (disponibilidade de recursos reais ou títulos públicos federais). Para tanto, o
Bacen fiscaliza os saldos dos participantes em tempo real.

Pre funding ➔ Verificar os valores e adequação dos depósitos no início do dia pelas
instituições participantes. Em resumo, as instituições realizam depósitos diários, com
base em médias históricas de movimentação, que garantem, em média, a liquidação
dos pagamentos durante o dia.

Piloto de Reservas ➔ Fiscalizar o exercício de profissional especializado em garantir


a permanente disponibilidade de recursos. O Piloto é funcionário da instituição
correspondente que verifica o saldo das reservas possuídas. Adicionalmente, ele é o
responsável pelo redesconto intradia e afins.

Monitoramento ➔ Cabe ao Bacen monitorar as contas de reservas (de liquidação


bruta em tempo real, ou compensação líquida de saldos).

Redesconto Intradia ➔ Se faltar recursos, Bacen promove redesconto para


devolução no mesmo dia; a instituição deficitária entrega títulos públicos como
contrapartida, com o compromisso de recomprar no mesmo dia.

Operações irrevogáveis e irreversíveis ➔ o Bacen fiscaliza o cumprimento da


irrevogabilidade e irreversibilidade das operações. Há que comentar que erros são
corrigidos com estornos e lançamento correto.

Infraestruturas
Através do esquema acima apresentado, é possível visualizar a existência de sistemas
e clearing houses que, integrados, realizam a atividade fim do SPB.

Através do Sistema de Mensageria, as ordens deixam as instituições financeiras e


Conhecimentos Bancários

acessam os sistemas ou clearing houses.

O Sistema de Mensageria é a solução tecnológica desenvolvida pelas instituições


privadas para o processamento de ordens de transferência eletrônica de fundos.

A ideia por trás da concepção deste sistema é muito simples. Como há ordens de
pagamentos para diversos títulos ocorrendo a todo o tempo, houve a necessidade de
instalar um sistema que centralizasse, processasse e encaminhasse estas informações
ao sistema correto e correspondente para liquidação.

As infraestruturas do mercado financeiro, compostas pelos:

✓ Sistemas de Transferências de Fundos o STR

• o Compe

• o Siloc

• o Sitraf

✓ Sistemas de liquidação de títulos, valores mobiliários, derivativos e câmbio o


Selic

• o Cetip (atualmente B3 S.A.)

• o B3 S.A. - Câmara de ações

• o B3 S.A. - Câmara de ativos

• o B3 S.A. - Câmara de câmbio

✓ C3 - Central de Cessão de Crédito


Conhecimentos Bancários
Conhecimentos Bancários

CUSTÓDIA, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Compensação

Assim como a liquidação, a compensação das negociações com valores mobiliários


está inserida na etapa pós-negociação e, em resumo, é considerada como o sistema
de cálculo das obrigações ou direitos líquidos dos participantes do sistema, tanto dos
ativos quanto dos valores financeiros, que irão constituir os direitos ou obrigações
contra o sistema.

Em bom português, é a primeira etapa após a realização da negociação, através da


qual serão identificadas as partes, valores, direitos e deveres, todos calculados da
forma líquida, como já sabemos.

✓ Agentes de Compensação Plenos → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e investidores institucionais.

✓ Agentes de Compensação Próprios → oferecem seus serviços para seus clientes,


para carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

✓ Agentes de Compensação Específicos → oferecem seus serviços em relação aos


ativos de renda fixa emitidos por empresas não financeiras para seus clientes, para
carteira própria e para outros intermediários e para entidades ou investimentos
administrados pelo mesmo grupo econômico.

Liquidação

A liquidação é mais simples. Corresponde ao pagamento da operação e acontece após


a compensação. Assim, a compensação indica os responsáveis, seus direitos e deveres
(e os valores líquidos a serem pagos e/ou recebidos) e a liquidação corresponde à
etapa do pagamento si.

Custódia

Resumidamente, a custódia corresponde à guarda dos ativos.

Os seguintes agentes de custódia são admitidos à operação no mercado de valores


mobiliários:

✓ Agentes de Custódia Plenos → podem operar junto à depositária central sem


limites preestabelecidos. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido
superior a R$ 10 milhões, o que lhes confere porte suficiente para exercerem suas
atividades.
Conhecimentos Bancários

✓ Agentes de Custódia Próprios → possuem limite de custódia de até R$ 20 milhões


por cliente. Importante dizer que devem possuir patrimônio líquido superior a R$ 1,5
milhão e, se o PL estiver entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões, o valor custodiado total
não pode superar 10 vezes o valor do patrimônio líquido.

✓ Agentes de Custódia Especiais → não administram contas de custódia de terceiros,


mas apenas contas próprias.

DEPOSITÁRIO CENTRAL

Até a Instrução CVM 541/2013, as atividades relativas ao depositário central podiam


praticada de maneira descentralizada. Ou seja, existiam instituições diversas que
praticavam as funções citadas de maneira interdependente entre si, sem uma
“organização central”. A partir da Instrução, estas atividades consolidaram-se na figura
do Depositário Central, que figura como um centralizador delas, e realizadas pelos
seguintes participantes:

✓ Custodiantes → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços de


custódia de valores mobiliários, para investidores ou para emissores, nos termos da
regulamentação em vigor;

✓ Escrituradores → as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM a prestar os serviços


de escrituração de valores mobiliários, nos termos da regulamentação em vigor; e

✓ Sistemas de negociação, sistemas de compensação e liquidação de operações


e outros depositários centrais com os quais o depositário central mantenha vínculo
contratual.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.
Conhecimentos Bancários

Títulos de Crédito e Garantias


Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e
autônomo, nele mencionado. Em outros termos, o título prova a existência de uma
relação jurídica, especificamente de uma relação de crédito; ele constitui a prova de
que certa pessoa é credora de outra; ou de que duas ou mais pessoas são credoras de
outras.

» Características:

• Refere-se unicamente a relações creditícias.

• Há facilidade na cobrança do crédito em juízo. Ele é definido como título


executivo extrajudicial, pois possui executividade, quer dizer, dá ao credor o
direito de promover a execução judicial do seu direito.

• O título de crédito está sujeito a certa disciplina jurídica, que torna mais fácil a
circulação do crédito, a negociação do direito nele mencionado.

Princípios
Cartularidade: Como o título de crédito se revela, essencialmente, um instrumento de
circulação do crédito representado, o princípio da cartularidade é a garantia de que o
sujeito que postula a satisfação do direito é mesmo o seu titular. Cópias autênticas
não conferem a mesma garantia, porque quem as apresenta não se encontra
necessariamente na posse do documento original, e pode já tê-lo transferido a
terceiros.

Literalidade: Este princípio revela que somente produzem efeitos jurídicos os atos
lançados no próprio título de crédito. O princípio da literalidade projeta consequências
favoráveis e contrárias, tanto para o credor, como para o devedor: nenhum credor
pode pleitear mais direitos do que os resultantes exclusivamente do conteúdo do
título de crédito; isso corresponde, para o devedor, a garantia de que não será
obrigado a mais do que o mencionado no documento.. Se alguém deve mais do que
a quantia escrita na cambial, só poderá ser cobrado, com base no título, pelo valor do
documento.

Autonomia: As implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva


de circulabilidade do título de crédito. O terceiro descontador não precisa investigar
as condições em que o crédito transacionado teve origem, pois ainda que haja
irregularidade, invalidade ou ineficácia na relação fundamental, ele não terá o seu
direito prejudicado.
Conhecimentos Bancários

Nota Promissória

A nota promissória é uma promessa de pagamento. Sua emissão gera duas situações
jurídicas distintas: a de quem promete pagar (o sujeito que a emitiu); e a do
beneficiário da promessa (credor).

» Itens obrigatórios em uma nota promissória:

• a expressão “nota promissória”, inserta no texto do título, na mesma língua


utilizada para a sua redação; a promessa incondicional de pagar quantia
determinada; nome do tomador; data do saque; assinatura do subscritor; e
lugar do saque, ou menção de um lugar ao lado do nome do subscritor.

“aos trinta e um de janeiro de ..., pagarei, por essa única via de nota promissória, a
fulano ou à sua ordem, a importância de $ 100. Local e data do saque, assinatura do
subscritor”.

Duplicata

A duplicata é título de crédito criado pelo direito brasileiro. Trata-se de um título de


crédito causal, no sentido de que a sua emissão somente se pode dar para a
documentação de crédito nascido de compra e venda mercantil, e de vinculação
obrigatória, ou seja, o sacado, quando devedor do sacador, se obriga ao pagamento
da duplicata, ainda que não a assine.

» Elementos:

• a denominação “duplicata” e a cláusula “à ordem”, autorizando a circulação


do título por endosso;
• data de emissão, que deve ser igual à da fatura;
• os números da fatura e da duplicata, que podem ou não coincidir tendo em
vista a obrigatoriedade da primeira e a facultatividade da segunda;
• data de vencimento ou cláusula à vista, sendo vedadas as modalidades de
vencimento a certo termo;
• nome e domicílio do vendedor (sacador);
• nome, domicílio e número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do
comprador (sacado);
• importância a pagar, em algarismos e por extenso;
• local de pagamento;
• declaração de concordância, para ser assinada pelo sacado;
• assinatura do sacador.
Conhecimentos Bancários

Cheque

Cheque é ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, em razão de


provisão (valores depositados) que o emitente possui junto ao sacado (banco
pagador), proveniente essa de contrato de depósito bancário (conta corrente, por
exemplo) ou de abertura de crédito (limite de crédito, por exemplo).

O cheque é chamado de título de crédito de modelo vinculado, de modo que só pode


ser aceitos se emitido no papel fornecido pelo banco sacado (em talão ou avulso).

» são essenciais ao cheque:

• a palavra “cheque”, escrita no texto do título, na língua empregada para a sua


redação;

• a ordem incondicional de pagar quantia determinada;

• o nome do banco a quem a ordem é dirigida (sacado);

• data do saque;

• lugar do saque ou menção de um lugar junto ao nome do emitente;

• assinatura do emitente (também chamado de sacador).

1 (CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Segundo a Lei n.º 7.357/1985,


em relação à emissão existem requisitos imprescindíveis à validade do cheque.
Em contraposição, existe requisito que, mesmo ausente, não invalida o título.
Esse requisito é

a) a indicação do lugar de pagamento.

b) a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes


especiais.

c) a denominação “cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em


que o título estiver redigido.

d) a ordem incondicional de pagar quantia determinada.

e) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado).


Conhecimentos Bancários

Modalidades:

Visado: O cheque visado é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou


do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de
fundos suficientes para a liquidação do título. Somente pode receber visamento o
cheque nominativo ainda não endossado (adiante veremos este conceito). Ao visar o
cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário
bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito
correspondente.

Administrativo: O cheque administrativo é o emitido pelo banco sacado, para


liquidação por uma de suas agências. A instituição financeira ocupa, simultaneamente,
a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário.

Cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços


transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o
título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica
nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo
banco é identificado, por seu nome ou número no sistema financeiro, entre os
mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao
portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta
aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. Claro
que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da
obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. O cheque
com cruzamento geral somente pode ser pago a um banco. Desse modo, se o
tomador concordou em receber cheque cruzado, ou ele próprio o cruzou, deverá
encaminhá-lo ao banco no qual mantém conta de depósito, para que esse cobre o
título do sacado. Já, se for especial o cruzamento, o cheque somente poderá ser pago
ao banco mencionado no interior dos dois traços para se levar em conta.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O emitente ou o portador pode cruzar o cheque por meio da aposição de dois traços
paralelos no anverso do título.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:

O cruzamento é especial se, entre os dois traços, existir a indicação do nome do banco.

(CESPE/CEF/TECNICO BANCÁRIO NOVO/2010) Em relação ao cheque cruzado:


Conhecimentos Bancários

O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. Pode, entretanto, o
banco designado incumbir outro da cobrança.

As instituições financeiras levam em consideração fatores que mostrem a viabilidade


do crédito

• Valor liberado
• Prazo
• Encargos Financeiros

Garantias

• Comprometimento pessoal

• Comprometimento patrimonial

• Tipos de garantias:

– Pessoal ou fidejussória

» Aval

• Título de crédito

» Fiança

• Contrato

– Real

» Penhor

» Alienação Fiduciária

» Hipoteca

Garantia Real
Conhecimentos Bancários

» Penhor

– Tipo de bem: Móvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

» Alienação fiduciária

– Tipo de bem: Móvel ou imóvel

– Propriedade: do devedor

» Hipoteca

– Tipo de bem: imóvel

– Propriedade: do devedor ou de terceiro

Aval

O aval é a forma mais simples e direta das modalidades de garantia. Ao realizar aval,
determinada pessoa (chamada de avalista) se compromete a pagar um título de
crédito qualquer nas mesmas condições que o devedor (avalizado).

» Garantia pessoal, plena e solidária, que se dá de qualquer obrigado ou


coobrigado em título de crédito.

– Reforça a garantia de pagamento do título de crédito

– Declaração unilateral da vontade incondicional

» Obrigação cambiária, que só pode ser lançada no título (ou em folha de


alongue)

» Avalista:

– Assume obrigação autônoma

• Não é necessária a concordância do devedor

– Solidário com o devedor

– Não há importância da data.

» Avalista
Conhecimentos Bancários

» Avalizado

» Beneficiário

» Tipos de Aval

– Aval em preto: aponta avalizado

– Aval em branco: a favor do devedor principal

Avalista

– A natureza da obrigação é a mesma do avalizado

» Não toma lugar do devedor

– Devedor solidário cambiário

– Responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do avalizado seja nula.

– Assina no anverso ou verso do título.

» Características essenciais:

Autonomia: Por autonomia entende-se que a obrigação do avalista é independente


da obrigação do avalizado. A partir do momento que o avalista se constitui como tal,
ele passar necessariamente a garantir a operação, independentemente das condições
do avalizado. Assim, se credor encontra-se impossibilitado de exercer seu direito
contra o avalizado, por qualquer motivo, isto não se pode inferir contra o avalista.

A autonomia do aval também implica que o avalista, quando executado, não pode se
valer de características do avalizado para descumprir sua obrigação. Ele apenas pode
ser valer de suas características, como, por exemplo, o aval parcial.

Equivalência: A equivalência do aval significa que o avalista é devedor do título da


mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. Isto quer dizer que o credor do título
de crédito pode cobrar a obrigação do pagamento do avalista da mesma forma que
faz do avalizado. O que indica que ambos são equivalentes para o pagamento.

• Assim, o avalista pode se voltar contra o avalizado e dele cobrar os valores


pagos. Nesta situação, o credor já teve seu direito cumprido (o pagamento do
crédito já foi realizado pelo avalista), e o avalista se volta contra o avalizado para
recuperar o valor.
Conhecimentos Bancários

• O aval pode ser praticado das seguintes formas: (i) assinatura do avalista no
verso ou anverso do título sob a expressão “por aval”, ou outra do mesmo
sentido; (ii) assinatura do avalista no verso ou anverso do título sob a expressão
“por aval de João,” ou outra do mesmo sentido.

• A primeira situação é conhecida como aval em branco, pois ela não identifica o
devedor (avalizado). Neste caso, cabe à lei definir, para cada título de crédito,
quem é o avalizado na operação.

• A segunda situação é conhecida como aval em preto, pois o sujeito avalizado é


conhecido.

(CESGRANRIO – BB/2014) Um gerente participa de processo de treinamento


sobretítulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional. Durante a
avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco
aos estudos, responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,

a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.

b) é garantia típica dos contratos bancários.

c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.

d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.

e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.

Fiança

• O contrato de fiança é aquele em que um indivíduo garante ao credor


cumprir com a obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
Conhecimentos Bancários

• Obrigação acessória assumida por terceira pessoa, que se responsabiliza,


total ou parcialmente, pelo cumprimento da obrigação do devedor, caso
este não cumpra ou não possa cumpri-la.
• É uma obrigação escrita, firmada em contrato por meio do qual alguém,
chamado fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.
• Só é estabelecida em contratos.
• Fiador
• Afiançado
• A fiança deve ser dada por escrito e não admite interpretação extensiva.
Isto quer dizer, que é válido apenas o que está determinado explicitamente
no contrato de fiança. Ademais, o contrato de fiança deve ser formal, ou
seja, estabelecido por escrito para ter validade.
• A fiança pode ser instituída, ainda que sem o consentimento do devedor
ou contra a sua vontade. Diante dessa regra, percebemos a clara natureza
de garantia contratual da fiança.
• Outra regra é que as dívidas futuras podem ser objeto de fiança. É
necessária a existência de obrigação concreta entre o credor e o devedor,
para que o fiador, nesse caso de ter se comprometido num momento em
que não havia qualquer definição do que era devido, possa ser
demandado.
• Regra geral, o fiador é responsável pela obrigação principal (a dívida
principal) e pelas obrigações acessórias (que decorram da principal, como
multa, taxas judiciárias numa possível ação que busque o pagamento, entre
outras). Caso esta não seja a vontade das partes, deve estar formalmente
estabelecida no contrato de fiança.
• A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em
condições menos onerosas. Aqui há característica semelhante ao aval. Por
outro lado, não é permitido que a fiança exceda o valor da dívida ou seja
mais onerosa que ela. A obrigação não valerá senão até o limite da
obrigação afiançada.
• O credor não é obrigado a aceitar qualquer fiador. Caso o fiador
apresentado não (i) seja pessoa idônea, (ii) não tenha domicílio no
município onde tenha de prestar a fiança, (iii) não possua bens suficientes
para cumprir a obrigação e/ou (iv) se torne insolvente ou incapaz, poderá o
credor exigir que seja substituído.
• A fiança pode ser dividida entre alguns fiadores. Nesse caso, a fiança,
conjuntamente prestada, para o pagamento de uma só dívida por mais de
uma pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se não
houver declaração de que se beneficiam da divisão do débito.
Conhecimentos Bancários

• Todo o contrato de fiança deve ser estabelecido por tempo


determinado (não existe fiança para sempre). Caso contrário, o fiador
poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo
sempre que lhe for conveniente.

(CESGRANRIO – BNDES/2004) Com relação ao contrato de fiança, pode-se afirmar


corretamente que:

a) é um contrato bilateral.
b) tem como característica fundamental o caráter intuitu personae.
c) se trata de contrato principal, sempre garantido por um contrato
acessório.
d) pode ser tratado como sinônimo de aval, quando celebrado em
caráter oneroso.
e) pode ser celebrado por qualquer meio lícito, não havendo mais a exigência da
forma escrita, segundo o novo Código Civil.

Fianças Bancárias

A fiança bancária nada mais é do que uma espécie de fiança pela qual o banco se
coloca como fiador de seu cliente (o sujeito afiançado) em determinada operação de
crédito. Todas as observações feitas para a fiança são aqui aplicáveis. Contrato por
meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida.

• Garantia fidejussória
• Tem risco de crédito
• Não tem IOF

» Finalidades

• Execução de contratos

• Operações no exterior

• Operações em bolsa de valores e Futuros

• Processo Fiscal ou Judicial

• Locação

• Adiantamento por encomenda de bens


Conhecimentos Bancários

» Baixa:

• Término do prazo

• Devolução da carta

• Devolução do credor.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2011) Ao conceder uma fiança bancária a


determinado cliente, um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo
cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária

a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.

b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham
perfeita caracterização do valor em moeda nacional.

c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.

d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.

e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações


Financeiras (IOF).

(FCC - Escriturário (BB)/2011) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma


operação de crédito, implica

a) a impossibilidade de substituição do fiador.

b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do


fiador ao benefício de ordem.

c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.

d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.

e) a obrigatória cobertura integral da dívida.

Penhor Mercantil

1. Direito real que vincula coisa móvel ou mobilizável, a uma dívida, como garantia do
pagamento desta.
Conhecimentos Bancários

2. A coisa móvel ou mobilizável que constitui essa garantia, em geral é entregue ao


credor.

Penhor

• Transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a


quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel,
suscetível de alienação.
• Alienação: a propriedade pode ser transferida.
• O penhor mercantil é modalidade de direito de garantia real. Nesta há
vinculação de determinado bem à satisfação da obrigação do pagamento. Se
tratando de garantia real há a necessidade de indicação de um bem específico
para satisfazer a necessidade do credor.

• O penhor mercantil (também chamado de penhor industrial) é constituído pela


indicação de bem derivado da atividade industrial ou comercial – tais como
máquinas, aparelhos, instrumentos ou animais utilizados na indústria, sal e bens
destinados à exploração de salinas, animais destinados à industrialização de
carne e derivados – para garantir determinado crédito. Na realização de penhor
mercantil o bem onerado permanece na posse do devedor, ou seja, mesmo que
onerado como garantia da operação de crédito, ele permanece com o devedor.

» Penhor

• Contrato acessório e formal

• Direito de real de garantia

• Recai sobre coisa móvel do devedor ou de terceiro

• O devedor oferece um móvel ao credor

• Em regra, há entrega efetiva da coisa ao credor

• O credor é chamado de credor pignoratício

» Diretos do Credor Pignoratício

• Posse da coisa empenhada

• Retenção da coisa empenhada, até que o indenizem das despesas devidamente


justificadas
Conhecimentos Bancários

• Ao ressarcimento do prejuízo

• Promover execução judicial ou venda amigável

• Apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder.

• Promover venda antecipada

» Obrigações do credor pignoratício:

• Custódia da coisa

• Defesa da posse da coisa empenhada

• Imputar os valores dos frutos

• Restituir a coisa

• Entregar o que sobeje do preço

» Extinção do Penhor

» O penhor mercantil será extinto nas seguintes hipóteses:

• extinguindo-se a obrigação (por exemplo, como o pagamento do crédito);

• perecendo a coisa (por exemplo, se foi penhorado animal e o mesmo pereceu);

• renunciando o credor;

• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa;

• dando-se a adjudicação judicial (quando há a transferência de titularidade do


bem empenhado em favor do credor – o credor, além de possuidor, torna-se
proprietário do bem empenhado; neste caso houve a execução em juízo do bem
penhorado);

• a remissão (quando a dívida é perdoada pelo credor) ou a venda da coisa


empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada.

Além dessas hipóteses vistas que configuram a extinção do penhor mercantil, temos
ainda que a renúncia por parte do credor também determina o fim da garantia. São
formas de renúncia: (i) o consentimento do credor na venda particular do penhor sem
Conhecimentos Bancários

reserva de preço; (ii) a devolução da posse do bem ao devedor; e (iii) a anuência pelo
credor à substituição do bem empenhado por outra garantia.

» Objetos do penhor:

• Fungíveis ou infungíveis

• Coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas

» Contratos de penhor:

• Valor do crédito

• Prazo fixado para pagamento

• Taxa de juros

• Bem dado em garantia

(FCC - Escriturário (BB)/2013) O penhor mercantil é modalidade de garantia que


pode ser exigida por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de
operações de crédito em que

a) haja dispensa de fiel depositário.


b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.
c) esse direito recaia sobre bens móveis.
d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do
credor.
e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição
financeira.

Hipoteca

Hipoteca é modalidade de direito de garantia real que recai sobre bens imóveis e
outros de valor expressivo, como navios e aeronaves, cuja constituição se faz mediante
registro formal e não importa a transferência da posse do bem onerado para o titular
da garantia real.
Conhecimentos Bancários

Imóveis: Todo tipo de bem imóvel pode ser gravado por hipoteca, tais como
apartamentos, casas, escritórios, lojas, terrenos etc. Os acessórios do imóvel, como
suas benfeitorias, acessões, melhoramentos e construções, são também abrangidos
pelo ônus, salvo se o documento que dispõe sobre a hipoteca ressalvá-los. O contrato
de hipoteca é feito, na expressiva maioria das vezes, por escritura pública. O
instrumento público ou privado deve ser registrado no Registro de Imóveis do
município do bem gravado. Se mais de um imóvel for hipotecado no mesmo
instrumento, ele deve ser levado a registro em todos os cartórios competentes.
Qualquer dos interessados, tanto o credor, como o devedor hipotecário, tem
legitimidade para, exibindo o título, requerer o registro do direito real de garantia.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

Estradas de Ferro: Quando a hipoteca versar sobre vias férreas, será o Cartório do
Registro de Imóveis do Município em que se encontra a estação inicial da linha o
competente para registrar a garantia real. Portanto, se recorde: o registro é feito no
Registro de Imóveis do município que se localiza a estação inicial da linha férrea. Em
razão da importância do bem onerado para os usuários dos serviços de transporte
ferroviário, a lei impede que os credores hipotecários embaracem por qualquer modo
a exploração da linha. O devedor hipotecário não pode vender a estrada, suas linhas
ou ramais ou parte considerável do material de exploração do serviço ferroviário, nem
mesmo envolver-se em operação de fusão, incorporação ou cisão, se disso puder
decorrer enfraquecimento da garantia real. Para a prática desses atos é necessário
obter antes a anuência do credor hipotecário.

» Extingue-se a hipoteca pelos seguintes motivos:

• extinção da obrigação principal (motivada, por exemplo, pelo pagamento do


crédito)
Conhecimentos Bancários

• perecimento do bem hipotecado;


• renúncia do credor hipotecário;
• a remição (ato pelo qual o devedor paga ao credor o valor da obrigação
garantida, liberando o bem do ônus);
• arrematação (aquisição do bem hipotecado em leilão por quem oferece o
maior lance);
• adjudicação (entrega judicial do bem onerado ao credor, como forma de
satisfação do seu crédito); e
• averbação de cancelamento do registro, feita a pedido do devedor, com a
anuência expressa do credor hipotecário ou a prova da quitação da obrigação
garantida.

Alienação Fiduciária

• Trata-se de uma espécie de direito real em garantia. Apesar da diferença no


nome se dar apenas entre “de” e “em”, o significado dos dois direitos reais é
distinto e muito importante.
• Enquanto os direitos reais de garantia (penhor e hipoteca) garantem o crédito
através da oneração de bem da propriedade do devedor, os direitos reais em
garantia incidem sobre a propriedade resolúvel do credor.
• Entende-se como resolúvel aquilo que nasce com data de encerramento,
chamada de cláusula resolutiva. Desta forma, a propriedade do credor é
resolúvel pois assim permanece apenas por prazo determinado e conhecido.
Como estamos tratando de garantia, a propriedade do bem é de titularidade
do credor tão somente enquanto serve de garantia. Ocorrendo a extinção da
garantia, por exemplo através do pagamento do crédito, a titularidade passa
do credor ao devedor.
• Os direitos reais em garantia da forma que segue: espécie de direito sobre o
próprio bem, na medida em que conferem ao credor a titularidade da
propriedade resolúvel dele, com o objetivo de tornar mais eficiente a
recuperação do crédito.
• A alienação fiduciária em garantia é contrato pelo qual o devedor (chamado
de fiduciante) transfere ao credor (chamado de fiduciário) a propriedade
resolúvel de bem (pode ser móvel ou imóvel), conservando a posse direta. O
cumprimento da obrigação garantida pela alienação fiduciária reserva ao
devedor a possibilidade de recuperar o bem colocado em garantia; o
descumprimento transfere a posse direta do bem ao credor, que o vende e
satisfaz o cumprimento do crédito
Conhecimentos Bancários

• A alienação fiduciária pode ainda recair sobre bens imóveis e bens que já
pertencem ao devedor. Ou seja, ela não recai tão somente sobre bens
móveis e bens recentemente adquiridos pelo devedor. Adicionalmente, em
relação aos bens imóveis e aos bens móveis infungíveis (aqueles que não
podem ser substituídos por outros semelhantes, como no caso de veículos), a
alienação fiduciária pode ser feita por qualquer pessoa, física ou jurídica. Este
tipo de contrato não é apenas exercível apenas por instituição financeira.
• No entanto, no caso de bens móveis fungíveis (aqueles que podem ser
substituídos por semelhantes), apenas instituição financeira está autorizada a
realizar. É o caso, por exemplo, de empresa que contrata crédito com
determinado banco e aliena fiduciariamente determinada quantidade de
ações de outra companhia que possui. A rigor, como há alienação de bens
móveis fungíveis (ações), o contrato só pode ser realizado por instituição
financeira.

Por fim, necessitamos compreender as modalidades de extinção do contrato de


alienação fiduciária:

• extinção da obrigação;

• perecimento da coisa alienada fiduciariamente;

• renúncia do credor;

• adjudicação judicial;

• remição;

• arrematação ou venda extrajudicial.

(CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2015) Um cliente interessado na compra de um


imóvel próprio encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco
do Brasil:

• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos
seguintes valores: avaliação ou compra e venda;

• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;

• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);

• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria;


localizado em área urbana;
Conhecimentos Bancários

• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.

A garantia informada

a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em


cartório logo depois do pagamento da primeira prestação.
b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.
c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o
direito de reaver o imóvel em caso de inadimplência do devedor, depois de
finalizado o processo judicial.
d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob
garantia sem que seja necessário recorrer ao poder judiciário, caso o devedor
se torne irremediavelmente inadimplente.
e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de
inadimplência do devedor, ficando aquele obrigado a repassar à União
eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da
dívida.

Fundo Garantidor de Crédito

• O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação civil sem fins lucrativos,
com personalidade jurídica de direito privado.

• A principal finalidade do FGC é proteger os depositantes e investidores no


âmbito do sistema financeiro nacional (dentro dos limites previstos). No entanto
outras duas finalidades destacam-se: contribuir para a manutenção da
estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e contribuir para prevenção de
crise bancária sistêmica.

• Os seguintes eventos geram a obrigação do FGC prestar garantia aos


depositantes membros das instituições:

 decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da


associada; e
 reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência
da associada.

Com o objetivo de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema


Financeiro Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, podem ser
contratadas com o FGC operações de assistência ou de suporte financeiro, incluindo
operações de liquidez com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio
Conhecimentos Bancários

de empresas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.

» Não obstante, elas devem seguir os seguintes limites:

• não poderão exceder ao valor projetado para os instrumentos financeiros


garantidos de responsabilidade de cada associada ou associadas de um
mesmo conglomerado, na hipótese (i) de decretação, pelo Bacen, de
intervenção ou liquidação extrajudicial e (ii) de reconhecimento, pelo Bacen,
do estado de insolvência da instituição;
• observarão os seguintes limites em relação ao patrimônio líquido do FGC, nele
computado o valor das antecipações de contribuições devidas pelas
associadas, constantes do balancete mensal ou do balanço do exercício do
FGC:
 até 25% (vinte e cinco por cento) para o conjunto das operações
realizadas com cada instituição associada ou com todas as instituições
associadas de um mesmo conglomerado financeiro; e
 até 50% (cinquenta por cento) para o conjunto das referidas operações.

» São instituições associadas ao FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os


bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica
Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades
de crédito, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e
empréstimo, em funcionamento no País, que:

• recebam depósitos à vista, em contas de poupança ou depósitos a prazo;


• realizem aceite em letras de câmbio;
• captem recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, de
letras hipotecárias, de letras de crédito imobiliário ou de letras de crédito do
agronegócio; e
• captem recursos por meio de operações compromissadas tendo como objeto
títulos de emissão de empresa ligada.

Especificamente, os seguintes créditos são objeto de garantia desses depositários:


depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; depósitos de poupança; depósitos
a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não
movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos
referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras
hipotecárias; letras de crédito imobiliário; letras de crédito do agronegócio; e
Conhecimentos Bancários

operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 8 de março
de 2012 por empresa ligada.

» As normas relativas ao FGC também estabelecem os casos em que não há


garantia por parte do Fundo. São os seguintes:

• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou


levantados
• os depósitos captados de residentes no exterior;
• as operações relacionadas a programas de interesse governamental
instituídos;
• os depósitos judiciais;
• qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação,
autorizado ou não pelo Banco Central do Brasil a integrar o patrimônio de
referência de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pela referida Autarquia;
• os créditos:
 de titularidade de instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, de entidades de
previdência complementar, de sociedades seguradoras, de sociedades
de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de
investimento; e
 representados por cotas de fundos de investimento ou que representem
quaisquer participações nas entidades referidas na alínea “a” ou nos
instrumentos financeiros de sua titularidade.

» Atualmente, o valor garantido por CPF/Conta é de R$ 250 mil.


» Importante notar que o CMN aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração
promovida no Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que
estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, para garantias pagas
para cada CPF ou CNPJ.
» A contagem do período de 4 anos se inicia na data da liquidação ou intervenção
em instituição financeira onde o investidor detenha valor garantido pelo FGC,
sendo que permanece inalterado o limite da garantia de R$ 250 mil por
CPF/CNPJ e conglomerado financeiro.
» Aos investimentos contratados ou repactuados até 21 de dezembro de 2017,
data da aprovação do CMN, não se aplica o teto de R$ 1 milhão a cada período
de 4 anos.
» Assim, o total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada,
ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,
Conhecimentos Bancários

será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais),


limitado a R$ 1 milhão dentro de um período de 4 anos.
» Toda instituição associada ao FGC tem que contribuir com contribuição ordinária
de 0,0125% ao mês sobre os depósitos que captam e são garantidos pelo FGC.
» Além disso, devem fazer contribuições extras caso o nível de capitalização do
fundo (volume de dinheiro que ele tem guardado) seja menor que 2% do valor
das contas garantidas. De forma oposta, o FGC pode parar de requerer
contribuições, se autorizado pelo BACEN, caso a capitalização do fundo supere
os 2% das contas garantidas. Estas contribuições citadas são aplicadas aos casos
ordinários.
» Mas, o FGC também prevê garantia especial de até R$ 20 milhões, em relação a
depósitos a prazo sem emissão de certificados. Estes depósitos a prazo com
garantia especial do FGC são chamados de DPGE.
» Esta garantia especial é aplicável apenas nos casos de decretação da intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência da associada; e reconhecimento, pelo Banco
Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
» Como condição para dispor da garantia especial, as instituições associadas
devem recolher ao FGC contribuição especial equivalente ao somatório dos
seguintes valores:
• 0,0833% a.m. do montante dos saldos dos Depósitos a Prazo com Garantia
Especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional; e

• 0,8333% a.m. do montante dos saldos dos DPGE que exceder o limite fixado
pelo Conselho Monetário Nacional.

(FCC - Escriturário (BB)/2011) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o


mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando
garantia limitada a

a) Letras do Tesouro Nacional.

b) fundos de investimento.

c) depósitos à vista e a prazo.

d) debêntures.

e) depósitos judiciais.
Conhecimentos Bancários

(FCC - Escriturário (BB)/2011/ADAPTADA) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC)


garante créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas
as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro,

a) do total de depósitos à vista.

b) até o valor de R$ 250 mil.

c) somente de depósitos a prazo.

d) ilimitados, até o valor de suas cotas em fundos de investimento.

e) do total de depósitos à vista e de poupança.

(CESPE - Escriturário (BB)/2009) Julgue o próximo item, a respeito do Fundo


Garantidor de Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos
titulares de créditos com as instituições associadas nas hipóteses de decretação da
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.

A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é anual e incide sobre o


montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.

CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2012) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado


para, dentre outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação.

Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como

a) sociedade por ações

b) sociedade de economia mista

c) autarquia especial

d) associação civil

e) empresa financeira

(CESPE - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3 - Política Econômica e


Monetária/2013) Com relação às operações de captação e operações ativas
praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.
Conhecimentos Bancários

As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC)


contribuição especial de 0,0833% ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com
garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite fixado pelo Conselho
Monetário Nacional.

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