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Da conjugação do art 123 CC com o CPC art 15/2 resulta que o menor não tem
capacidade judiciária. Assim, para poder litigar, o menor deve estar representado pelos
seus progenitores ou por um tutor (CC art 124 + CPC art 16).
Contudo, e como parece ser o que se aplica neste caso, o art 127 CC, a título
excecional, reconhece validade a certos atos e negócios jurídicos praticados pelo
menor (como negócios da vida corrente deste, o que parece ser o caso, visto que
estamos a falar da compra e venda de um queque). Tendo capacidade jurídica para a
prática destes atos e negócios, pode então o menor litigar por si próprio em ações que
os tenham por objeto.
Podemos dizer que o réu é parte legítima sempre que se vislumbre que tal
procedência lhe venha a causar ( a si e não a outrem) uma desvantagem, logo, neste
caso, não me parece que A possa propor a ação contra os pais de B, mas sim ao
próprio B.
1 Os casos 2 a 7 são retirados de SILVA, Paula Costa e; Paula Meira Lourenço; e Sofia Henriques, Direito
Processual Civil I – Elementos de Trabalho, Vol. I, AAFDL, Lisboa, 2006, pp. 25 e 26, casos 47 a 53.
b) ao terceiro que podia, sem tal ser imposto, ter movido a ação juntamente
com o autor ou ter sido demandado juntamente com o réu, nos termos do art 33
(litisconsórcio voluntário)
c) como caso especial de litisconsórcio ao cônjuge que devia ter movido a ação
juntamente com o o autor ou devia ou podia ter sido demandado juntamente com o
réu, nos termos do art 34.
A pluralidade de partes pode ser ativa (vários autores) ou passiva (vários réus).
A tem legitimidade ativa para propor a ação e B pode ter esta ação proposta contra si,
CPC art 30/3.
O fiador fica “pessoalmente obrigado perante o credor”, art 627/1 CC + CPC art 30/1.
A pluralidade de partes pode ser ativa (vários autores) ou passiva (vários réus).
Relativamente à legitimidade ativa, sendo A credor tem legitimidade ativa pois tem
interesse direto em demandar, CPC art 30/1.
2) conveniente: o autor coloca a ação em litisconsórcio por haver mais do que uma
vantagem nisso, uma vantagem para além daquela enunciados no litisconsórcio
comum (vantagem financeira)
A apenas pode propor uma ação da divisão de coisa comum se for contra todos os
outros comproprietários (faltaria C)
A ação especial de divisão de coisa comum deve ser proposta contra todos os
comproprietários, sendo um caso típico de litisconsórcio necessário, cuja omissão
importa a ilegitimidade dos requeridos e a consequente absolvição da instância.
Não podemos falar em litisconsórcio necessário legal pq não se aplica o art 1405/1,
não está aqui em causa os direitos de compropriedade.
Imaginar uma primas ação onde estava só A e D, onde o juiz decide por exemplo que
é inválido e declara a nulidade.
B e C por sua iniciativa propõem uma segunda ação, juiz agora decide noutro sentido.
Do ponto de vista prático pode o mesmo contrato vigorar e não vigorar? Depende, do
fundamento da invalidade.
Aqui, o litisconsórcio será natural, senão o contrato não vigora (contrato, numa ordem
jurídica, não pode vigorar e não vigorar em simultâneo)
Legitimidade ativa: CPC art 30/1, existe interesse direto em demandar, logo, C possui
legitimidade ativa para propor a ação.
Legitimidade passiva: CPC art 34/3 trata do litisconsórcio passivo dos cônjuges
(prevendo três hipóteses nesse mesmo artigo). Parece que, neste caso, estamos
perante a ações emergentes de facto praticado por ambos os cônjuges e, assim: CC
art 1691/1a) primeira parte, a comunicabilidade da dívida é manifesta e o litisconsórcio
impõe -se para se obter uma definição perante ambos. Logo, parece me que C tinha
de propor a ação contra ambos e não só contra A (litisconsorcio necessário legal)
Neste caso, só A, um dos cônjuges, é que contraiu a dívida. A ação só deve ser
proposta contra ambos os cônjuges quando se pretenda obter decisão suscetível de
ser executada sobre bens próprios do cônjuge que não praticou o ato que constitui a
causa de pedir. TEMOS DE IR SEMPRE PRIMEIRO PARA O 1695 E 1696.
Contudo, e conforme o art 34/1, a ação tem de ser instaurada contra ambos devido à
casa de morada de família (independentemente de serem casados em separação de
bens) litisconsórcio necessário legal
Aula prática
Não serve para nos garantirmos decisões judiciais consistentes (harmoniosas, que
fazem sentido do ponto de vista dos conceitos). Se há dois devedores, não nos choca
que para um a decisão seja uma e para outro seja diferente, a preocupação do
legislador não é que sejam iguais as decisões. A preocupação é que, na prática, os
efeitos se possam produzir.
Qual o raciocínio a seguir para o descobrir? Há que levantar uma hipótese, ponderar
coisas que não estão no caso prático. A hipótese e nos pensarmos que se houver uma
primeira ação em que um dos interessados ficou de fora + uma segunda ação em que
está aquele que faltou na primeira ação.
(Não sabendo nós como a primeira ação vai terminar, há que abrir outra hipótese)
Nenhuma sentença pode vincular alguém que não esteve na ação , logo, o que não
vai valer na segunda ação é invocar a primeira. Juiz sabe que vai ter de julgar,
podendo decidir de maneira diferente.
Ver se o resultado diferente da segunda ação coloca ou não uma produção de efeitos
na prática.
Aula prática
13/11/2019
Art 34: litisconsórcio necessário legal no n1 e n3 (um com lado ativo outro com
passivo)
Saber se esse bem podia ser alienado por ambos os cônjuges: problema de direito da
família, logo, analisar o CC.
Se a lei nada disser, a pessoa pode exercer o direito do bem de que é titular.
Raciocínio processual:
Importa a expectativa com que a parte se dirige ao processo (no art 34).
“Ações emergentes de facto praticado por um deles, mas em que se pretenda (...) o
segundo excerto: importa nos agora pensar o que pode acontecer na ação executiva.
Atenção, 2º excerto serve para quando um dos cônjuges tem uma divida. Agora ha
que descobrir quais os bens que podem ser executados (a partir dai, ao saber quais
os bens, determinamos se é contra um ou ambos os cônjuges; se responderem os
bens dos dois temos litisconsórcio necessário legal; se responder só bens de um só
esse é que tem de estar) CC art 1695 (para dividas comunicáveis) e 1696 (para
dividas incomunicáveis). Para saber se estes dois se aplicam é que imos para o 1691
(...).
MTS: se for o caso de 1695/1 o art 34/3 2 parte consagra o litisconsórcio necessário
legal.
MTS: 1695/2, por cada parte da divida responde os bens de cada um, logo, aqui nao
ha litisconsórcio necessário legal; litisconsórcio é meramente voluntário conveniente.
Lebre de Freitas: 1695/1. Olha para o art 34/3 segunda parte e sublinha a parte do
pretender: vai ao 1695/1 e diz que o art é disponível, ou seja, dá um beneficio ao
credor, mas se ele o quiser renunciar pode fazê lo. Diz que 34/3 segunda parte diz que
é um litisconsórcio voluntário.
Norma não pretende apenas proteger o credor mas também o devedor, através da
intervenção principal provocada. (o que prof Lebre de Freitas responde a MTS) .
P.osicao do lebre de Freitas leva a uma confusão que o direito da família pretende
evitar (mesmo que em termos processuais seja bem conseguidas).
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