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Casos práticos legitimidade

Processo civil I (Universidade de Lisboa)

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CASOS PRÁTICOS VII1

1. A celebra com B um contrato de compra e venda de um queque. B não paga.

a. Pode C, amigo de A, constituir advogado e propor acção de cumprimento


contra B?

Primeiramente, e como se referem o art 30/1 e 30/2 CPC, há a aferir, em regra, um


interesse direto em demandar, exprimido pela vantagem jurídica que resultará para o
autor da procedência da ação. Neste caso, não vejo que C tenha, efetivamente, um
interesse direto, sendo que o autor é parte legítima sempre que a procedência da ação
(previsivelmente) lhe venha a conferir (PARA SI E NÃO PARA OUTRÉM) uma
vantagem ou utilidade (não me parece que C obtenha qualquer vantagem ao interpor
uma ação de cumprimento contra B).

b. Pode A propor a acção contra os pais de B, se B for menor?

Como pressupostos relativamente às partes temos a personalidade judiciária,


capacidade judiciária e a legitimidade.

Da conjugação do art 123 CC com o CPC art 15/2 resulta que o menor não tem
capacidade judiciária. Assim, para poder litigar, o menor deve estar representado pelos
seus progenitores ou por um tutor (CC art 124 + CPC art 16).

Contudo, e como parece ser o que se aplica neste caso, o art 127 CC, a título
excecional, reconhece validade a certos atos e negócios jurídicos praticados pelo
menor (como negócios da vida corrente deste, o que parece ser o caso, visto que
estamos a falar da compra e venda de um queque). Tendo capacidade jurídica para a
prática destes atos e negócios, pode então o menor litigar por si próprio em ações que
os tenham por objeto.

Podemos dizer que o réu é parte legítima sempre que se vislumbre que tal
procedência lhe venha a causar ( a si e não a outrem) uma desvantagem, logo, neste
caso, não me parece que A possa propor a ação contra os pais de B, mas sim ao
próprio B.

c. Pode E, credor a quem A deve aquele valor, constituir advogado e propor


acção de cumprimento contra B?

1 Os casos 2 a 7 são retirados de SILVA, Paula Costa e; Paula Meira Lourenço; e Sofia Henriques, Direito
Processual Civil I – Elementos de Trabalho, Vol. I, AAFDL, Lisboa, 2006, pp. 25 e 26, casos 47 a 53.

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2. A, B e C são comproprietários do prédio urbano X, arrendado a Dionísio. Este


último foi viver para o estrangeiro e deixou um seu amigo, E, a habitar no
referido prédio. A intenta uma acção de reivindicação contra E.

a. Terá A legitimidade para intentar tal acção judicial?

Parece estarmos perante a matéria de litisconsórcio voluntário. O litisconsórcio é


voluntário quando e lei material deixa na disponibilidade das partes a sua constituição.
Se não se constituir, por a ação ter sido proposta por um autor singular, A, em vez de
vários, depende da lei material ou do negócio jurídico a aplicação do nº1 ou nº2 do art
32. Neste caso, parece aplicar -se o art 32/2: se a lei ou o negócio permitir que o
direito comum seja exercido por um só dos interessados (como pode acontecer), pode
conhecer -se da totalidade do seu objeto. Logo, A tem legitimidade para intentar essa
ação judicial, devido ao disposto no art 1405/2 CC.

b. Poderá B. intervir nessa acção?

Intervenção espontânea, CPC art 311.

A intervenção principal espontânea é facultada:

a) ao terceiro que a lei, o negócio ou a natureza da relação jurídica impunha


que com o autor movesse a ação ou que com o réu fosse demandado, nos termos do
art 32 (litisconsórcio necessário)

b) ao terceiro que podia, sem tal ser imposto, ter movido a ação juntamente
com o autor ou ter sido demandado juntamente com o réu, nos termos do art 33
(litisconsórcio voluntário)

c) como caso especial de litisconsórcio ao cônjuge que devia ter movido a ação
juntamente com o o autor ou devia ou podia ter sido demandado juntamente com o
réu, nos termos do art 34.

c. Poderá B chamar C a intervir na mesma acção?

Intervenção principal provocada.

3. A e B celebraram um contrato de mútuo, pelo qual o primeiro mutuou ao


segundo a quantia de 3500€, sendo C o fiador deste último. Como B se recusa
agora a pagar a quantia mutuada, A propôs acção judicial contra B.

a. Aprecie a legitimidade activa e passiva.

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A pluralidade de partes pode ser ativa (vários autores) ou passiva (vários réus).

A tem legitimidade ativa para propor a ação e B pode ter esta ação proposta contra si,
CPC art 30/3.

b. Poderá C intervir nessa acção?

O fiador fica “pessoalmente obrigado perante o credor”, art 627/1 CC + CPC art 30/1.

c. Quid iuris se o A colocar a acção só contra C?

CC art 641: podem ser réus ambos, só um deles ou só o outro.

4. A celebrou um contrato de mútuo com B e C, mediante o qual lhes mutuou a


quantia de 10.000€. Nenhum pagou no prazo acordado. A intentou uma acção
contra B.

a. Aprecie a legitimidade activa e passiva.

Quando é cumprimento de obrigações e quase sempre litisconsórcio voluntário, exceto


na obrigação indivisível, CC art 595.

Se a obrigação for solidária posso logo pedir os 10.000

Se for parciaria, há mesmo uma questão financeira.

Logo, e conveniente (arranjou se a vantagem financeira)

Dívida é civil, logo, é parciária.

Quanto à motivação: exemplo do título executivo, não me parece

A pluralidade de partes pode ser ativa (vários autores) ou passiva (vários réus).

Relativamente à legitimidade ativa, sendo A credor tem legitimidade ativa pois tem
interesse direto em demandar, CPC art 30/1.

Quanto à legitimidade passiva: CPC art 32, trata se de um litisconsórcio voluntário:

(Litisconsórcio voluntário pode ser comum ou conveniente)

1) comum: o autor só coloca a ação em litisconsórcio com o objetivo de ter mais


pessoas na sentença, quer para o título executivo ser efetivado por mais autores ou
contra mais réus. Assim, o litisconsórcio voluntário é comum quando essa vontade
de que haja litisconsórcio seja motivada apenas por essa razão (há apenas 1

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vantagem). Seria comum se a única vantagem fosse ter B e C na ação e fosse


melhor do que ter só um.

2) conveniente: o autor coloca a ação em litisconsórcio por haver mais do que uma
vantagem nisso, uma vantagem para além daquela enunciados no litisconsórcio
comum (vantagem financeira)

5. A, B e C são comproprietários de um prédio. A propõe contra B acção de


divisão de coisa comum. Aprecie a legitimidade activa e passiva.

A apenas pode propor uma ação da divisão de coisa comum se for contra todos os
outros comproprietários (faltaria C)

A ação especial de divisão de coisa comum deve ser proposta contra todos os
comproprietários, sendo um caso típico de litisconsórcio necessário, cuja omissão
importa a ilegitimidade dos requeridos e a consequente absolvição da instância.

Não podemos falar em litisconsórcio necessário legal pq não se aplica o art 1405/1,
não está aqui em causa os direitos de compropriedade.

Nota: CC art 1412/1, sendo que nenhum dos comproprietários é obrigado a


permanecer na indivisao, salvo se tiver sido convencionado (o que não parece ter
acontecido), podemos estar perante litisconsórcio voluntário.

Litisconsórcio recíproco: ao mesmo tempo que as partes estão do mesmo lado,


também estão uma contra a outra.

5.1. D, que vendeu a casa a A, B e C entende que o contrato que


celebraram é nulo por falta de forma e propõe ação de nulidade contra A.
Aprecie a legitimidade activa e passiva.

Legitimidade ativa de D: CPC art 30/1, existe interesse direto em demandar

Quanto à legitimidade passiva : parece estarmos perante litisconsórcio necessário.

Neste exemplo, pede se a declaração de nulidade (o que se diz se o contrato está a


vigorar ou se o contrato não está a vigorar). Lei nao diz nada, partes não dizem nada.

Logo, temos de ir ao litisconsórcio necessário natural.

Imaginar uma primas ação onde estava só A e D, onde o juiz decide por exemplo que
é inválido e declara a nulidade.

B e C por sua iniciativa propõem uma segunda ação, juiz agora decide noutro sentido.

Do ponto de vista prático pode o mesmo contrato vigorar e não vigorar? Depende, do
fundamento da invalidade.

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Aqui, o litisconsórcio será natural, senão o contrato não vigora (contrato, numa ordem
jurídica, não pode vigorar e não vigorar em simultâneo)

Quando a sentença anula, diz que o contrato não produz nada.

Neste caso, o fundamento afetava todas as pessoas (é difícil encontrar um contrato


que vigore para uns e não para outros).

6. A arrendou um imóvel a B e C, casados em regime de comunhão de


adquiridos, no qual estabeleceram a sua casa de morada de família. A vende o
referido imóvel a D, casado com E em regime de separação de bens, sem no
entanto dar o direito de preferência a B e C. B colocou então acção de
preferência contra A. Aprecie a legitimidade activa e passiva. Ver ação de
preferência nas obrigações, legitimidade.

A ação de preferência é o mecanismo de reação


reconhecido ao titular do direito de preferência com eficácia
real perante a violação da obrigação de dar preferência.
Consiste numa ação judicial proposta pelo preferente legal,
ou pelo preferente convencional com eficácia real, com
vista a requerer para si a coisa transmitida a terceiro
relativamente à qual tinha direito de preferência.
CC art 1091/4 prevê o direito de preferência do
arrendatário.
Por vezes a lei concede a certos titulares de direitos reais
ou pessoais de gozo sobre determinada
coisa a preferência na venda ou dação em cumprimento da
coisa objecto desse direito. É o caso, por
exemplo, do comproprietário (art. 1409.º), do arrendatário,
e do proprietário de solo (art. 1535.º). Nessa
situação, estamos perante o que se denomina de
preferências legais, as quais se caracterizam por terem
sempre eficácia real, permitindo aos que dela disfrutam
exercer o seu direito de preferência, mesmo
perante o terceiro adquirente.
A lei regula genericamente o regime da obrigação de
preferência nos arts. 416.º a 418.º. Esse
regime é também aplicável em relação aos direitos legais
de preferência (O que é este o caso, visto que estamos
perante um arrendatário)
Relativamente à legitimidade:

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Uma dúvida que se colocou na doutrina diz respeito à


legitimidade passiva para a acção de
preferência:
Menezes Cordeiro: o obrigado à preferência não seria,
enquanto tal, parte legítima para a acção de
preferência, só o sendo caso o titular da preferência
decida simultaneamente exigir uma indemnização.
Assim, nesta perspetiva de MC: B podia somente
propor contra um dos conjuges, assumindo que não
era a casa de morada de família, pois aí tinha de ser
contra ambos (litisconsorcio necessário legal) A
fundamentação apresentada para esta solução é a de que
na acção de preferência se discute unicamente se
o bem é atribuído ao titular da preferência ou permanece
na propriedade já recebeu o preço que lhe era
devido, nada mais tendo a ganhar ou a perder.
A n t u n e s Va r e l a e M e n e z e s L e i t ã o e M T S :
Efectivamente, o que dá causa à acção de
preferência é o incumprimento da obrigação de
preferência por parte do obrigado, não fazendo sentido
que essa questão fosse apreciada sem que ele seja
chamado à acção (art. 3º do C.P.C.).
(Era necessário ir ao CC art 1682/a), não basta ir para o regime de separacao de
bens.

7. A e B, casados em comunhão de adquiridos, compraram a C mercadoria no


valor de 500€, a qual não pagaram. C colocou acção de condenação contra A.

a. Aprecie a legitimidade activa e passiva.

Legitimidade ativa: CPC art 30/1, existe interesse direto em demandar, logo, C possui
legitimidade ativa para propor a ação.

Legitimidade passiva: CPC art 34/3 trata do litisconsórcio passivo dos cônjuges
(prevendo três hipóteses nesse mesmo artigo). Parece que, neste caso, estamos
perante a ações emergentes de facto praticado por ambos os cônjuges e, assim: CC
art 1691/1a) primeira parte, a comunicabilidade da dívida é manifesta e o litisconsórcio

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impõe -se para se obter uma definição perante ambos. Logo, parece me que C tinha
de propor a ação contra ambos e não só contra A (litisconsorcio necessário legal)

b. E se a dívida tivesse sido contraída apenas por A e se destinasse a


ocorrer aos encargos normais da vida familiar?

Neste caso, só A, um dos cônjuges, é que contraiu a dívida. A ação só deve ser
proposta contra ambos os cônjuges quando se pretenda obter decisão suscetível de
ser executada sobre bens próprios do cônjuge que não praticou o ato que constitui a
causa de pedir. TEMOS DE IR SEMPRE PRIMEIRO PARA O 1695 E 1696.

MTS litisconsórcio necessario legal. Lebre de Freitas litisconsórcio voluntário.

Contudo, e como se verifica no CC art 1691/1b), são dívidas que responsabilizam


ambos os cônjuges aquelas contraídas por qualquer um deles, antes o depois do
casamento, para ocorrer aos encargos normais da vida familiar (o que aconteceu,
neste caso). Assim, era necessário, talvez, propor a ação contra A e B + CC art 1692/
a) última parte.

8. A instaura contra B e C, casados em separação de bens, acção de despejo da


sua casa de morada de família.

a. Aprecie a legitimidade activa e passiva.

Relativamente à legitimidade ativa: não há informação no caso quanto ao seu


interesse direto em demandar, por parte de A, mas vamos assumir que este interesse
existe.

Legitimidade passiva: vigora aqui o princípio da separação de bens, logo,


supostamente, as dívidas não responsabilizam ambos os cônjuges (sendo que no
regime de separação de bens, a responsabilidade dos cônjuges não é solidária). No
regime de separação de bens, os bens adquiridos conjuntamente são -nos em
compropriedade. Podia aqui remeter -se ao regime da compropriedade e, por isso,
falar -se em litisconsórcio necessário ??

Primeiro ir para o 34/3 que remete para o 34/1.

Contudo, e conforme o art 34/1, a ação tem de ser instaurada contra ambos devido à
casa de morada de família (independentemente de serem casados em separação de
bens) litisconsórcio necessário legal

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b. Quid iuris se o A não constituir advogado?

O pressuposto do patrocínio judiciário obrigatório implica que, em determinadas


ações, as partes estejam representadas por advogado. (Atenção que o patrocínio
judiciário só constitui um pressuposto processual quando é obrigatório, ou seja,
quando é imposto por lei, o que permite concluir a existência de causas em que as
partes podem litigar por si)

Os casos de constituição obrigatória de advogado encontram -se presentes no CPC


art 40/1, sendo estes casos os seguintes:

1) nas causas de competência de tribunais com alçada em que seja admissível


recurso ordinário: nos termos do CPC art 629/1, o critério base para a admissibilidade
de recurso ordinário resulta do confronto entre o valor da causa e a alçada do tribunal
que proferiu a decisão (a alçada do tribunal é o valor limite até ao qual o tribunal
decide sem admissibilidade de recurso). A alçada da 1ª instância é de 5.000 euros e a
da Relação é de 30.000 euros.

Assim, para as ações propostas em 1ª instância, o que corresponde à regra, é


obrigatória a constituição de advogado sempre que a ação tenha valor a 5.000 euros,
pois tais ações admitem recurso ordinário.

Neste caso, não sabemos o valor da ação.

2) nas causas em que seja sempre admissível recurso, independentemente do


valor, CPC art 629/3

3) nos recursos e nas causas propostas nos tribunais superiores

A intervenção em juízo do advogado depende de um mandato, conferido nos termos


do art 43, pelo qual a parte atribui ao mandatário poderes para a representar em todos
os atos e temos do processo.

Aquando da falta de constituição de advogado: CPC art 41.

Aula prática

Litisconsórcio necessário natural , art 33/2 e 33/3

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Não serve para nos garantirmos decisões judiciais consistentes (harmoniosas, que
fazem sentido do ponto de vista dos conceitos). Se há dois devedores, não nos choca
que para um a decisão seja uma e para outro seja diferente, a preocupação do
legislador não é que sejam iguais as decisões. A preocupação é que, na prática, os
efeitos se possam produzir.

Qual o raciocínio a seguir para o descobrir? Há que levantar uma hipótese, ponderar
coisas que não estão no caso prático. A hipótese e nos pensarmos que se houver uma
primeira ação em que um dos interessados ficou de fora + uma segunda ação em que
está aquele que faltou na primeira ação.

(Não sabendo nós como a primeira ação vai terminar, há que abrir outra hipótese)

Nenhuma sentença pode vincular alguém que não esteve na ação , logo, o que não
vai valer na segunda ação é invocar a primeira. Juiz sabe que vai ter de julgar,
podendo decidir de maneira diferente.

Ver se o resultado diferente da segunda ação coloca ou não uma produção de efeitos
na prática.

O que interessa é a decisão da sentença, não os fundamentos.

Aula prática

13/11/2019

Art 34: litisconsórcio necessário legal no n1 e n3 (um com lado ativo outro com
passivo)

Saber se a ação pode implicar a perda de um bem: questão processual

Saber se esse bem podia ser alienado por ambos os cônjuges: problema de direito da
família, logo, analisar o CC.

Se a lei nada disser, a pessoa pode exercer o direito do bem de que é titular.

Raciocínio processual:

Importa a expectativa com que a parte se dirige ao processo (no art 34).

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Praticamente todas as ações podem implicar a perda de um bem ou de um direito, por


isso e que é preciso completar com a segunda parte do artigo (principio da
instrumentalidade no art 34/1). Logo é importante ir ver no CC qual o regime daquele
bem ou direito.

Agora, na parte passiva:

“Ações emergentes de facto praticado por um deles, mas em que se pretenda (...) o
segundo excerto: importa nos agora pensar o que pode acontecer na ação executiva.
Atenção, 2º excerto serve para quando um dos cônjuges tem uma divida. Agora ha
que descobrir quais os bens que podem ser executados (a partir dai, ao saber quais
os bens, determinamos se é contra um ou ambos os cônjuges; se responderem os
bens dos dois temos litisconsórcio necessário legal; se responder só bens de um só
esse é que tem de estar) CC art 1695 (para dividas comunicáveis) e 1696 (para
dividas incomunicáveis). Para saber se estes dois se aplicam é que imos para o 1691
(...).

MTS: se for o caso de 1695/1 o art 34/3 2 parte consagra o litisconsórcio necessário
legal.

MTS: 1695/2, por cada parte da divida responde os bens de cada um, logo, aqui nao
ha litisconsórcio necessário legal; litisconsórcio é meramente voluntário conveniente.

1696 nao ha litisconsórcio nem necessário nem voluntário.

Lebre de Freitas: 1695/1. Olha para o art 34/3 segunda parte e sublinha a parte do
pretender: vai ao 1695/1 e diz que o art é disponível, ou seja, dá um beneficio ao
credor, mas se ele o quiser renunciar pode fazê lo. Diz que 34/3 segunda parte diz que
é um litisconsórcio voluntário.

Norma não pretende apenas proteger o credor mas também o devedor, através da
intervenção principal provocada. (o que prof Lebre de Freitas responde a MTS) .
P.osicao do lebre de Freitas leva a uma confusão que o direito da família pretende
evitar (mesmo que em termos processuais seja bem conseguidas).

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