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DIREITO CIVIL –

PARTE GERAL

Instituição: Centro Universitário do Norte – UNINORTE


Professor: Fernando Lourenço Matos Lima
Disciplina: Direito Civil – Parte geral
Data: Julho/2022
UNIDADE 6 FATO, ATO E
NEGÓCIO JURÍDICO
(art. 13º a 30º)
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FATOS JURÍDICOS
Conceitos
• Todos os eventos, causados por atividade humana ou
decorrente de fatos naturais, que têm influencia na
órbita do direito
• Acontecimento, dependente ou não da vontade, capaz
de produzir consequências jurídicas
A primeira diferenciação a ser feita é entre fato e fato jurídico

• qualquer acontecimento do mundo é um fato


• se o acontecimento do mundo for relevante para o
direito, então o fato irá se transformar em fato
jurídico.
a segunda diferenciação a ser feita é entre
fato jurídico natural e fato jurídico humano
• se o acontecimento do mundo foi causado pela
natureza e for relevante para o direito, então o fato
jurídico será natural

• mas se o acontecimento do mundo foi causado pelo ser


humano e foi relevante para o direito então o fato
jurídico será humano
fatos naturais os ordinários e os
extraordinários
• os acontecimentos do mundo causados pela natureza
podem ser de dois tipos:
• aqueles que acontecem de forma constante, tal como o
tempo

• se for relevante ao direito será um fato jurídico natural


ordinário

• por outro lado há aqueles que acontecem de forma


esporádica como as catástrofes, se for relevante ao direito
será um fato jurídico natural extraordinario
quarta diferenciação importante a ser feita nos fatos
jurídicos humanos, ou seja, aqueles lícitos e aqueles ilícitos

• os acontecimentos do mundo causados pela ação livre do


ser humano também podem ser de dois tipos:

• se a ação livre do ser humano no mundo for relevante ao


direito e estiver de acordo com o direito então será uma
ação lícita classificada como fato jurídico humano lícito

• Mas se a ação livre do ser humano no mundo for relevante


ao direito e estiver em desacordo como direito então será
uma ação ilícita classificada como fato jurídico humano
ilícito bom
Negócio jurídico
• se a ação livre do ser humano encontrar outra
ação livre de outro ser humano, e se essas ações
forem relevantes ao direito e se essas ações
estiverem de acordo com o direito, então o fato
jurídico humano ilícito será um negócio jurídico

• Assim Aos olhos do direito civil por exemplo o


casamento o contrato e o testamento são negócios
jurídicos, pois são fatos jurídicos humanos lícitos
o negócio jurídico é diferenciado do ato jurídico e do ato-fato
jurídico

• o ato jurídico é unilateral o ato-fato jurídico é um


ato sem vontade quase como se fosse um fato
natural

• A diferença do ato jurídico com relação ao negócio


jurídico é a quantidade de partes envolvidas

• No ato há apenas uma unilateral no negócio duas


bilateral
o negócio jurídico é diferenciado do ato jurídico e do ato-fato
jurídico

• já a diferença do ato fato jurídico com relação ao


negócio jurídico é a liberdade

• no ato fato a liberdade não é manifestada na


vontade não há a presença de vontade

• já não negócio há liberdade há manifestação das


vontades e elas entram em acordo
Conclusão
• A conclusão é que o jurista sempre estará
lidando com fatos jurídicos, ou seja, aqueles
fatos do mundo que são relevantes ao direito

• no entanto a partir daí vários são os tipos de


fatos jurídicos que podem ser naturais humanos
lícitos e ilícitos negócios ou atos
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Ordinários

Fatos Naturais
ou fatos
jurídicos (stricto
sensu)

Extraordinários

Fatos Ato jurídico em


Jurídicos(em sentido estrito
sentido amplo) ou meramente
lícito

Lícitos Negócio Jurídico

Fatos Humanos
ou atos jurídicos
(lato sensu)

Ilícitos Ato-fato jurídico


liberdade manifestada na vontade
• 1. quanto a liberdade manifestada na vontade o negócio jurídico
pode ser composto de apenas uma, duas ou mais de duas vontades
q
• quando apenas uma vontade estiver presente no negócio ele será
unilateral como a promessa de recompensa por exemplo

• quando duas vontades estiverem presentes no negócio será


bilateral como num contrato casamento ou Testamento por
exemplo

• por fim quando mais de duas vontades estiverem presentes no


negócio será plurilateral como no Consórcio ou na criação de uma
sociedade por exemplo
2.quanto ao patrimônio
• 2. quanto ao patrimônio o negócio jurídico pode
ser gratuito ou oneroso.

• quando o negócio jurídico é gratuito ele envolve


uma liberalidade de uma das partes sem a
obrigação de contraprestação da outra parte

• quando o negócio jurídico é oneroso ele envolve a


prestação e a contraprestação de ambas as partes
envolvidas no negócio
3.quanto ao tempo
• 3. quanto ao tempo o negócio jurídico pode ser dividido em
Inter vivos ou Mortis causa ou causa Mortis

• quando o negócio jurídico for intervivos isso significa que foi


feito entre duas partes vivas e seus efeitos são imediatos
durante o tempo de vida delas tal como por exemplo os
contratos em geral

• quando o negócio jurídico é Mortis causa, Isso significa que


seus efeitos somente serão produzidos depois da morte de
uma das partes, tal como no testamento ou no seguro de vida
4.quanto à forma
• 4. quanto à forma o negócio jurídico pode ser formal ou
informal

• quando o negócio jurídico é formal isso quer dizer que sua


validade Depende de uma forma imposta pela lei tal como no
casamento ou no Testamento

• quando o negócio jurídico for informal Isso significa que sua


validade não depende de nenhuma forma imposta pela lei
sendo livre de formalidades dando concretude ao princípio da
operabilidade do direito civil tal como na locação ou na
prestação de serviços por exemplo
5.Quanto à independência
• 5. Quanto à independência o negócio jurídico pode ser
principal e independente ou acessório e dependente

• quando o negócio é principal sua existência e validade


não dependem de nenhum outro tal como por exemplo
na locação

• quando o negócio jurídico é acessório sua existência e


validade dependem de outro negócio jurídico principal
tal como acontece na fiança
6.quanto a fungibilidade
• 6. quanto a fungibilidade o negócio jurídico Pode ser impessoal ou
pessoal

• quando o negócio jurídico é impessoal ou fungível é porque não


envolve condições especiais quanto ao seu cumprimento, podendo
ser realizado pelo Obrigado diretamente ou por um terceiro
indiretamente, tal como acontece por exemplo em uma pintura
simples de uma casa

• já quando o negócio jurídico é pessoal ou infungível é porque


envolve condições especiais quanto ao seu cumprimento, devendo
ser realizado única e exclusivamente pelo Obrigado tal como a
pintura de uma obra de artes por exemplo
7.quanto aos efeitos
• 7. quanto aos efeitos o negócio jurídico pode ser: consensual, real constitutivo
ou declarativo

• quando ele for consensual isso significa que basta o acordo de vontades para
que já Produza efeitos tal como na compra e venda

• quando o negócio é real quer dizer que não basta simplesmente o acordo de
vontades para que haja a produção de efeitos dependendo também da entrega
efetiva da coisa tal como o acontece no empréstimo

• quando o negócio jurídico é constitutivo seus efeitos valem daquele momento


em diante ou seja seus efeitos são ex nunc como na compra e venda

• quando o negócio jurídico é declarativo seus efeitos retroagem a data do fato


Ou seja são ex tunc como na partilha de bens no inventário
elementos essenciais, estruturais,
substanciais, fundamentais ou mínimos
• os elementos de todo e qualquer negócio jurídico são encontrados na
chamada teoria dos planos ou escada ponteana que vem de Pontes de
Miranda

• assim todo negócio jurídico começa no plano da existência quando


perguntamos se ele existe

• em seguida todo negócio jurídico vai ao plano da validade Quando


perguntamos vale? tem valor? é válido?

• por fim o negócio jurídico será analisado no plano da eficácia quando


perguntaremos: tem ou produz efeitos? assim é possível que um negócio
exista, seja válido, mas não Produza efeitos como uma condição
suspensiva por exemplo
elementos essenciais, estruturais,
substanciais, fundamentais ou mínimos
• outra possibilidade é a de que um negócio exista, seja
inválido, mas mesmo assim Produza efeitos como um
contrato que seja anulável mas que ainda não foi

• no entanto é impossível que um negócio não exista,


seja válido e Produza efeitos, pois a condição do plano
da existência sempre deve estar presente

• em resumo o negócio deve sempre ser analisado dentro


desses 3 planos? Existir, valer, ser efetivo e eficaz.
elementos essenciais, estruturais,
substanciais, fundamentais ou mínimos
• Existente: Precisa ter agente, vontade, objeto e forma.

• Validade: Precisa ter agente capaz, vontade livre, objeto


lícito e possível e forma adequada, então será válido.

• Nulidade absoluta: Não há a possibilidade de convalidação


• Nulidade relativa: Há a possibilidade de convalidação e é
anulável.

• Eficácia: Se passar pela existência, validade e estiver


dentro dos termos e encargos acordados serão eficazes.
Elementos acidentais
• Condição, termo e encargo são elementos acidentais do negócio
jurídico.

• Condição:
• Suspensiva: Evento futuro e incerto – Não é possível acontecer
sem o futuro incerto acontecer
• Resolutiva: Evento futuro e incerto – O negócio é vigente até que
se produza algo que coloque fim nele
• Termo: Futuro e certo – Termo inicial e termo final com prazo
• Encargo: Não impede a aquisição nem exercício do direito
(ex.: doador que limita sua doação a um ônus- Restrição da
liberdade).
Condição, termo e encargo
• Encargo = É uma cláusula acessória de um ato jurídico que
consiste em um ônus para o beneficiário. Também é
admissível nas declarações unilaterais de vontade como,
por exemplo, na promessa de recompensa. É comum nas
doações feitas ao Município como obrigação de construir
escolas, hospitais e creches.
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ENCARGO
Os Elementos da Relação
Jurídica no CC

• Conceitos:
▫ É uma limitação trazida a uma liberalidade,
quer por dar destino ao seu objeto, quer por
impor ao beneficiário uma contraprestação
▫ É uma obrigação, mas é característico de uma
liberalidade
Negócios jurídicos condicionais
• Condição: Art. 121. Considera-se condição a cláusula que,
derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina
o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
• Suspensiva: Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio
jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não
verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.
• Resolutiva: Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto
esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo
exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele
estabelecido.
• Termo = Futuro e certo.
▫ Ex.: Pai que doa para o filho um
carro no dia de natal (Data certa).
• Condição = Futuro e incerto
▫ Suspensiva = Efeitos do ato não
ocorrem quando se celebra o ato.
▫ Resolutiva = Efeitos já acontecem
no momento que se celebra o ato,
mas pode ser resolvido por conta
de uma condição.
condição suspensiva e a resolutiva:
▫ Suspensiva: Carlos assina um
contrato se comprometendo a doar um
imóvel de sua propriedade a Bernardo,
caso este último faça o filho de Carlos
(Marcelo) passar num concurso
público.

 O fato gerador do ITCD só ocorre com o


implemento da condição, pois, embora a
assinatura do contrato seja um fato
jurídico, não é suficiente para o
surgimento da obrigação.
condição suspensiva e a resolutiva:
▫ Resolutiva: Se Jorge assinar um
contrato doando uma casa de sua
propriedade ao genro na condição
de que este permaneça casado com
sua filha, o fato gerador do ITD
ocorre imediatamente.

 Se no futuro o genro se separar da filha


de Jorge, perderá o imóvel, mas o
imposto já ocorrido não será afetado.
ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

PLANO DA EXISTÊNCIA: relativo ao ser, isto é, sua estruturação, de acordo com a presença de
elementos básicos, fundamentais para que possa ser admitido.
Escada Ponteana

- MANIFESTAÇÃO OU DECLARAÇÃO DE VONTADE;


- PARTES OU AGENTE EMISSOR DA VONTADE;
- OBJETO;
- FORMA (Via de regra, é livre);
PLANO DA VALIDADE: diz respeito à análise dos requisitos em conformidade com a ordem
jurídica, para afirmar a aptidão do negócio para produzir efeitos Os mesmos do plano da
existência, acrescidos de adjetivos (art. 104 CC)
– VONTADE: livre e de boa-fé;
– AGENTE: capaz;
– OBJETO: lícito, possível ou determinado/determinável;
– FORMA: lei (Ver art. 107 e 108 do CC – Revogação do art. 227 do CC)
PLANO DA EFICÁCIA: pode ser imediata ou aguardar a realização de um dos elementos
acidentais:
-CONDIÇÃO: evento futuro e incerto.
- TERMO evento futuro e certo.
- MODO OU ENCARGOautolimitação da vontade.
Teoria da interpretação dos negócios
jurídicos:
• Teoria subjetiva da interpretação = A intenção das
partes deve prevalecer sobre qualquer
interpretação das partes – Boa-fé subjetiva
• Teoria objetiva da interpretação = Devem ser
interpretados conforme o uso, costumes e práticas
do local – Boa-fé objetiva

• A função interpretativa da boa-fé relativizou o


princípio da pacta sunt servanda que faz lei entre
as partes.
UNIDADE 7 VÍCIOS DO NEGÓCIO
JURÍDICO
(art. 13º a 30º)
Defeitos dos negócios jurídicos
• Vícios do negócio jurídico maculam o plano da
validade e são encontrados no CC

• Os vícios redibitórios atacam o plano da eficácia


e são encontrados nos arts. 441 até 446

• Vícios do produto são do plano da eficácia e são


encontrados no cdc arts. 18 a 26
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Os Elementos da Relação
Jurídica no CC

ERRO
• Erro = Art. 138 até 144
• Engano sozinho
• Ignorância e engano sobre a causam essencial do negócio jurídico
• Desconhecimento de algo que leva a pessoa a realizar o negócio
jurídico.
• Erro da própria pessoa.
• Ex.: Comprou uma bijuteria achando que era ouro
• João pensa que comprou o lote nº 2 da quadra A, quando na
verdade adquiriu o lote nº 2 da quadra B. Trata-se de erro
substancial, mas antes de anular o Negócio jurídico, o vendedor
entrega-lhe o outro lote.
• Quando for o erro conhecido torna o negócio anulável no prazo
de 4 anos
• Homem médio
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Os Elementos da Relação
Jurídica no CC

ERRO

• Defeito do conhecimento do verdadeiro


estado das coisas
• Idéia falsa de realidade, provocando no
declarante uma manifestação da vontade de
maneira diversa da que realmente gostaria
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Os Elementos da Relação
Jurídica no CC

ERRO
• Características (deve ser):
▫ Escusável: justificável e sem negligência
▫ Substancial
▫ Real: deve causar prejuízo ao interessado
▫ Principal: o erro deve ser a razão do ato
▫ Praticado com boa-fé
▫ Erro acidental não anula o ato
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Os Elementos da Relação
Jurídica no CC

DOLO
• Dolo = 145 até 150
• Engano provocado
• Artifício ardiloso e malicioso utilizado por uma
pessoa para enganar a outra no negócio jurídica.
• Similar ao estelionato
• Pessoa quer enganar a outra
• Deve estar relacionado com a causa essencial
do negócio jurídico o tornando anulável.
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Os Elementos da Relação
Jurídica no CC

DOLO
• Artifício ou expediente empregado para
induzir alguém a prática de um ato
• No dolo o engano é provocado
• Prejudica alguém e aproveita ao autor do dolo
ou a terceiro
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Os Elementos da Relação
Jurídica no CC

DOLO
• Características:
▫ Principal: dá causa ao negócio jurídico. Anula-
se o negócio jurídico
▫ Acidental: influi mas não diretamente no
negócio jurídico. O negócio não é anulado
▫ Dolo bonus: comportamento lícito e tolerante
▫ Dolo malus: consiste num vício. É anulável
▫ Dolo positivo: realizado por um ação
▫ Dolo negativo: Realizado por uma omissão
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Os Elementos da Relação
Jurídica no CC

COAÇÃO
• Coação = 151 até 155
• Situação provocada
• É uma pressão relevante exercida de uma pessoa a outra
• Coator = quem exerce a pressão relevante
• Coagido = Quem recebe a coação
• Juiz deve avaliar, sexo, idade, condições, saúde e relação do
coator e coagido
• Não é coação o temor reverencial
• Coação física: nulidade absoluta – Espancamento para
assinatura de um contrato.
• Coação moral: Vis compulsiva – nulidade relativa com prazo
decadencial de 4 anos – Ex.: Pastores que fazem pressão para
pessoas com problemas psicológicos.
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Os Elementos da Relação
Jurídica no CC

COAÇÃO
• Pressão física ou moral exercida sobre a
pessoa, seus bens, sua honra, sua família
• Induz ou obriga a pessoa a efetivar o negócio
jurídico
• Classificação:
▫ Coação justa: Quando ocorrer uma
ameaça do exercício normal do direito
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Os Elementos da Relação
Jurídica no CC

COAÇÃO
• Classificação:
▫ Coação injusta:
 Física ou absoluta: a vítima não tem
possibilidade de escolha. É um ato nulo
 Moral ou relativa: a vítima pode escolher
entre realizar o ato ou suportar um
possível dano. É um ato anulável
Estado de perigo
• Estado de perigo = 156
• Situação aproveitada
• 2 elementos:
• - Subjetivo: conhecimento de outra parte
• - Objetivo: onerosidade do negócio
• Ex.: Uma pessoa que foi sequestrada com o
resgate estipulado em 10 mil, um amigo conhece
da situação e oferece os 10 mil para comprar
uma joia da família que vale 200 mil.
Lesão
• Lesão = 157
• Desproporcionalidade
• 2 elementos:
• - Subjetivo: necessidade ou inexperiência que a levam a
prática de atos jurídicos
• Hipossuficiência, falta de habilidade, vulnerabilidade e etc.
• Lembra o erro não sozinho
• - Objetivo: o negócio devem ser desproporcionais
• Juros abusivos ou lesão usurária
• Difícil não ter contratos que não sejam desproporcionais.
• Lembra o dolo, mas não com a má-fé
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Os Elementos da Relação

SIMULAÇÃO
Jurídica no CC

• Simulação = 167
• Conluio
• Desacordo entre a vontade declarada e a essência da
vontade interna.
• Exige o conluio das partes envolvidas para lesionar
terceiros e o enriquecimento sem causa.
• Gera um dano social
• Conhecida de ofício pelo juiz
• Gera a nulidade absoluta e não anulabilidade
• Ex.: Empréstimo que é uma locação para burlar o
fisco.
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Os Elementos da Relação

SIMULAÇÃO
Jurídica no CC

• Declaração enganosa da vontade, visando


produzir efeito diverso do ostensivamente
indicado
• Oferece uma aparência diversa do efetivo
querer das partes
• As partes fingem um negócio que na realidade
não desejam
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Os Elementos da Relação

SIMULAÇÃO
Jurídica no CC

• Simulação inocente: não visa prejudicar


terceiros ou violar disposições em lei
• Simulação maliciosa: visa prejudicar terceiros
ou violar disposições em lei
▫ Absoluta: não há na verdade negócio jurídico
▫ Relativa: pode recair sobre a natureza do
negócio, sobre o conteúdo do negócio (objeto),
sobre a pessoa participante do negócio
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FRAUDE CONTRA Os Elementos da Relação


Jurídica no CC

CREDORES
• Fraude contra credores = 158 até 165
• Conluio de terceiros
• 2 elementos
• - Subjetivo: ação ardilosa e maliciosa do devedor que já está ou quase está
em insolvência em conjunto com um ou mais terceiros
• - Objetivo: disposição do patrimônio para afastar a responsabilidade perante
credores
• Ofício pelo juiz
• Vício social
• Anulável com prazo prescricional de 4 anos e a ação é a pauliana ou
revocatória.
• Fraude a credores: Antes do processo e anulável e está no plano da validade
• Fraudes à execução: CPC ocorre em um processo e é ineficaz – plano da
eficácia.
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FRAUDE CONTRA Os Elementos da Relação


Jurídica no CC

CREDORES
• Praticada por devedor insolvente, que pratica
atos suscetíveis de diminuir seu patrimônio
• Assim reduz a garantia que seu patrimônio
representa para um possível resgate de suas
dívidas
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FRAUDE CONTRA Os Elementos da Relação


Jurídica no CC

CREDORES
• A ação revocatória ou pauliana tem por efeito
anular os atos praticados em fraude
• Os credores quirografários podem intentar a
ação pauliana quando forem lesados e, dessa
forma, pleitear a anulação do ato
• Credor com garantia real: fica com um bem
de quem deve, desde que garantido por lei
UNIDADE 8 EXTINÇÃO DO
DIREITO
(art. 13º a 30º)
Decadência
Obrigado por sua atenção!

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