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PARTE GERAL
FATOS JURÍDICOS
Conceitos
• Todos os eventos, causados por atividade humana ou
decorrente de fatos naturais, que têm influencia na
órbita do direito
• Acontecimento, dependente ou não da vontade, capaz
de produzir consequências jurídicas
A primeira diferenciação a ser feita é entre fato e fato jurídico
Fatos Naturais
ou fatos
jurídicos (stricto
sensu)
Extraordinários
Fatos Humanos
ou atos jurídicos
(lato sensu)
• quando ele for consensual isso significa que basta o acordo de vontades para
que já Produza efeitos tal como na compra e venda
• quando o negócio é real quer dizer que não basta simplesmente o acordo de
vontades para que haja a produção de efeitos dependendo também da entrega
efetiva da coisa tal como o acontece no empréstimo
• Condição:
• Suspensiva: Evento futuro e incerto – Não é possível acontecer
sem o futuro incerto acontecer
• Resolutiva: Evento futuro e incerto – O negócio é vigente até que
se produza algo que coloque fim nele
• Termo: Futuro e certo – Termo inicial e termo final com prazo
• Encargo: Não impede a aquisição nem exercício do direito
(ex.: doador que limita sua doação a um ônus- Restrição da
liberdade).
Condição, termo e encargo
• Encargo = É uma cláusula acessória de um ato jurídico que
consiste em um ônus para o beneficiário. Também é
admissível nas declarações unilaterais de vontade como,
por exemplo, na promessa de recompensa. É comum nas
doações feitas ao Município como obrigação de construir
escolas, hospitais e creches.
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ENCARGO
Os Elementos da Relação
Jurídica no CC
• Conceitos:
▫ É uma limitação trazida a uma liberalidade,
quer por dar destino ao seu objeto, quer por
impor ao beneficiário uma contraprestação
▫ É uma obrigação, mas é característico de uma
liberalidade
Negócios jurídicos condicionais
• Condição: Art. 121. Considera-se condição a cláusula que,
derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina
o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
• Suspensiva: Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio
jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não
verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.
• Resolutiva: Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto
esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo
exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele
estabelecido.
• Termo = Futuro e certo.
▫ Ex.: Pai que doa para o filho um
carro no dia de natal (Data certa).
• Condição = Futuro e incerto
▫ Suspensiva = Efeitos do ato não
ocorrem quando se celebra o ato.
▫ Resolutiva = Efeitos já acontecem
no momento que se celebra o ato,
mas pode ser resolvido por conta
de uma condição.
condição suspensiva e a resolutiva:
▫ Suspensiva: Carlos assina um
contrato se comprometendo a doar um
imóvel de sua propriedade a Bernardo,
caso este último faça o filho de Carlos
(Marcelo) passar num concurso
público.
PLANO DA EXISTÊNCIA: relativo ao ser, isto é, sua estruturação, de acordo com a presença de
elementos básicos, fundamentais para que possa ser admitido.
Escada Ponteana
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Jurídica no CC
ERRO
• Erro = Art. 138 até 144
• Engano sozinho
• Ignorância e engano sobre a causam essencial do negócio jurídico
• Desconhecimento de algo que leva a pessoa a realizar o negócio
jurídico.
• Erro da própria pessoa.
• Ex.: Comprou uma bijuteria achando que era ouro
• João pensa que comprou o lote nº 2 da quadra A, quando na
verdade adquiriu o lote nº 2 da quadra B. Trata-se de erro
substancial, mas antes de anular o Negócio jurídico, o vendedor
entrega-lhe o outro lote.
• Quando for o erro conhecido torna o negócio anulável no prazo
de 4 anos
• Homem médio
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Jurídica no CC
ERRO
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ERRO
• Características (deve ser):
▫ Escusável: justificável e sem negligência
▫ Substancial
▫ Real: deve causar prejuízo ao interessado
▫ Principal: o erro deve ser a razão do ato
▫ Praticado com boa-fé
▫ Erro acidental não anula o ato
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DOLO
• Dolo = 145 até 150
• Engano provocado
• Artifício ardiloso e malicioso utilizado por uma
pessoa para enganar a outra no negócio jurídica.
• Similar ao estelionato
• Pessoa quer enganar a outra
• Deve estar relacionado com a causa essencial
do negócio jurídico o tornando anulável.
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DOLO
• Artifício ou expediente empregado para
induzir alguém a prática de um ato
• No dolo o engano é provocado
• Prejudica alguém e aproveita ao autor do dolo
ou a terceiro
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DOLO
• Características:
▫ Principal: dá causa ao negócio jurídico. Anula-
se o negócio jurídico
▫ Acidental: influi mas não diretamente no
negócio jurídico. O negócio não é anulado
▫ Dolo bonus: comportamento lícito e tolerante
▫ Dolo malus: consiste num vício. É anulável
▫ Dolo positivo: realizado por um ação
▫ Dolo negativo: Realizado por uma omissão
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COAÇÃO
• Coação = 151 até 155
• Situação provocada
• É uma pressão relevante exercida de uma pessoa a outra
• Coator = quem exerce a pressão relevante
• Coagido = Quem recebe a coação
• Juiz deve avaliar, sexo, idade, condições, saúde e relação do
coator e coagido
• Não é coação o temor reverencial
• Coação física: nulidade absoluta – Espancamento para
assinatura de um contrato.
• Coação moral: Vis compulsiva – nulidade relativa com prazo
decadencial de 4 anos – Ex.: Pastores que fazem pressão para
pessoas com problemas psicológicos.
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Os Elementos da Relação
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COAÇÃO
• Pressão física ou moral exercida sobre a
pessoa, seus bens, sua honra, sua família
• Induz ou obriga a pessoa a efetivar o negócio
jurídico
• Classificação:
▫ Coação justa: Quando ocorrer uma
ameaça do exercício normal do direito
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COAÇÃO
• Classificação:
▫ Coação injusta:
Física ou absoluta: a vítima não tem
possibilidade de escolha. É um ato nulo
Moral ou relativa: a vítima pode escolher
entre realizar o ato ou suportar um
possível dano. É um ato anulável
Estado de perigo
• Estado de perigo = 156
• Situação aproveitada
• 2 elementos:
• - Subjetivo: conhecimento de outra parte
• - Objetivo: onerosidade do negócio
• Ex.: Uma pessoa que foi sequestrada com o
resgate estipulado em 10 mil, um amigo conhece
da situação e oferece os 10 mil para comprar
uma joia da família que vale 200 mil.
Lesão
• Lesão = 157
• Desproporcionalidade
• 2 elementos:
• - Subjetivo: necessidade ou inexperiência que a levam a
prática de atos jurídicos
• Hipossuficiência, falta de habilidade, vulnerabilidade e etc.
• Lembra o erro não sozinho
• - Objetivo: o negócio devem ser desproporcionais
• Juros abusivos ou lesão usurária
• Difícil não ter contratos que não sejam desproporcionais.
• Lembra o dolo, mas não com a má-fé
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Os Elementos da Relação
SIMULAÇÃO
Jurídica no CC
• Simulação = 167
• Conluio
• Desacordo entre a vontade declarada e a essência da
vontade interna.
• Exige o conluio das partes envolvidas para lesionar
terceiros e o enriquecimento sem causa.
• Gera um dano social
• Conhecida de ofício pelo juiz
• Gera a nulidade absoluta e não anulabilidade
• Ex.: Empréstimo que é uma locação para burlar o
fisco.
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SIMULAÇÃO
Jurídica no CC
Os Elementos da Relação
SIMULAÇÃO
Jurídica no CC
CREDORES
• Fraude contra credores = 158 até 165
• Conluio de terceiros
• 2 elementos
• - Subjetivo: ação ardilosa e maliciosa do devedor que já está ou quase está
em insolvência em conjunto com um ou mais terceiros
• - Objetivo: disposição do patrimônio para afastar a responsabilidade perante
credores
• Ofício pelo juiz
• Vício social
• Anulável com prazo prescricional de 4 anos e a ação é a pauliana ou
revocatória.
• Fraude a credores: Antes do processo e anulável e está no plano da validade
• Fraudes à execução: CPC ocorre em um processo e é ineficaz – plano da
eficácia.
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CREDORES
• Praticada por devedor insolvente, que pratica
atos suscetíveis de diminuir seu patrimônio
• Assim reduz a garantia que seu patrimônio
representa para um possível resgate de suas
dívidas
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CREDORES
• A ação revocatória ou pauliana tem por efeito
anular os atos praticados em fraude
• Os credores quirografários podem intentar a
ação pauliana quando forem lesados e, dessa
forma, pleitear a anulação do ato
• Credor com garantia real: fica com um bem
de quem deve, desde que garantido por lei
UNIDADE 8 EXTINÇÃO DO
DIREITO
(art. 13º a 30º)
Decadência
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