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Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

1\ Teoria Geral do Direito Civil I

Regente: Prof doutor José Alberto Vieira


Professores assistentes:
 Professora Doutora Catarina Monteiro Pires
 Doutora Ana Alves Leal
Dia 16/09:
 Não houve aula
Dia 20/09:
 Não é preciso levantar
 Aula de apresentação
 Avaliação contínua- daqui a 1 semana (aulas práticas)
 Começamos pelo Negócio Jurídico (Facto jurídico)
 Manuais de TGDC I:
 Tratado do Direito Civil, prof António Menezes Cordeiro (800
Páginas) ler
 Consulta:
 Prof Oliveira Ascensão,
 prof João de Castro Mendes
 Coimbra: prof Castro Mota Pinto, Pinto Coelho
 Negócio jurídico- anotações (José Alberto Vieira), o
 Final da próxima semana: aulas práticas
 Teórica: o prof expõe a matéria (CALA E OUVE)
 Estudar 5h por dia
Dia 23/09:
 Já há subturmas distribuídas
 Começa na segunda aula semanal
 José Alves de Brito: subturma 18

 Começamos pelo negócio jurídico


 Direito público do Direito privado (vamos dar este)
 Direito Romano “fonte inspiração” do direito moderno
 Sistema romanista
 TGDC- parte do direito privado (domínio de liberdade)
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 Direito privado: 2 princípios:


 Igualdade perante todos
 Liberdade

 Direito público: 2 princípios antagónicos


 Competência
 Autoridade
Até ao século XIX (19) disputa entre o Direito Romano e fontes vulgares
 1ºCÓDIGO CIVIL FRANCÊS:1804 (envolve um pouco de Direito
Nacional Francês)

1867: (código civil de Seabra) - (inspirado no código civil, francês)


1900:1ºcódigo civil alemão
 Inspira a 2º “Onda” de inspiração
1966: divisão do código civil em 5 partes:
 Sistematização germânica de 1900 + o código civil de 1966 português
1ªParte geral
2ª Direito das obrigações
3ª Direito das coisas/Reais/Bens
4ª Direito da família
5ª Direito das sucessões
Direito privado
- Direito privado comum ou geral: Direito civil
- Direito privado especial – Direito comercial
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 Direito Civil:
4 partes:
-Parte geral – vamos estudar este!
-Obrigações
-Coisas/Reais/Bens
-Família
-Sucessões

Diploma da Assembleia da república- lei

Lei do governo- decreto de lei

TGDC- parte geral do código civil

Escola pandectista do século 19- Alemã


 Estudavam a pandecta romana?
 Conceito de relação jurídica: regula a matéria na parte geral
 4 elementos da relação jurídica.
1-Pessoas
2-Bens/objeto
3-Fatos jurídicos
4-Garantia

Negócio jurídico: artigo 217 para a frente

27/09
 Pandectista alemã- Abstração e conceptualização do Direito- Direito
civil
 Reduzir as matérias mais relevantes

 Parte geral- sistematização, arrumação das matérias:


Relações de extrema importância

Direito internacional privado: situações de pluri?? Conjunto de normas;


artigo 14-65

Parte Geral artigo nº 66 e seguintes:


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Conceito de relação jurídica: direito é um fenómeno relacional entre


pessoas

1-Pessoas
2-Coisas/ bens
3-factos 202º - dinâmica ex: compro um jornal; mudança de pessoa-
comprador; desencadeia efeitos jurídicos;
4-garantias (cumprimento de obrigações)

Começamos pelo facto jurídico

O que são factos?


 Todo o facto jurídico é um facto/ acontecimento que produz efeitos
jurídicos

Factos jurídicos:
Efeitos jurídicos:
-Constituição …
-Transmissão …
-Modificação …
-Extinção … (renúncia / extinção / rescisão/ do contrato por parte de um
senhorio
 De situações jurídicas – direito subjetivo
Ex: direito comercial: compra e venda de transmissão de propriedade:
Página 202 artigo 879º - alínea A (CC)
Ocupação: aquisição de uma coisa móvel sem dono
 Ex: O Professor regente uma vez foi ao Cinema Londres e viu um cão
abandonado. O cão não tinha dono e se o prof ficasse com ele, a este
processo chama-se ocupação
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Contrato: negócio jurídico (exemplo: testamento: deixa ao seu sucessor


determinado bens)
 Negócio jurídico: unilateral?

Doutrina /terminologia subjetiva: que distingue aquisição e extinção

Artigo nº 217 do CC
Facto jurídico e negócio jurídico?
Facto jurídico:

acontecimento que produz efeitos jurídicos (abrange muito factos)


Dentro do facto jurídico há:

 Facto jurídico em sentido escrito: acontecimento da natureza que


produz efeitos jurídicos; (não tem acontecimentos humanos)
Ex: Um leão mata um homem: o ANIMAL (natureza) mata um homem e
isto e desencadeia efeitos jurídicos pois o homem que faleceu tem
testamento

 Atos jurídico: um conjunto de pessoas que produzem efeitos jurídicos


 O CC não regula o facto jurídico em sentido escrito

- Negócio jurídico artigo nº 217 e seguintes


Um facto que resulta de um comportamento humano voluntário

-Ato jurídico simples ou em sentido escrito- artigo nº 295


Comportamento vulgar, os efeitos jurídicos pela ordem jurídica
independente da intenção do seu autor (não está no CC)

1.Unilateral: uma pessoa por detrás (testamento)


Pode haver rescisão do contrato (de um lado)
2.Bilateral ou multilateral (contratos)
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Bilateral:
 Nós temos autonomia privada: não podemos fazer aquilo que
entendemos;
 É necessário ter todos os requisitos
 O negócio jurídico só dá pessoas os efeitos, se os requisitos das
cláusulas, por escritura ou documento público; senão é nulo ou eficaz
Apenas os Factos Jurídicos a que a lei reconhece a sua eficácia, senão
há sanções (ineficácia): não reconhecimento da ordem jurídica, da falha
de alguns requisitos de eficácia para a validade e eficácia;

Ex: da hipoteca

Menezes Cordeiro- negócio onde haja apenas liberdade de


celebração, não há liberdade de estipulação:
ex: casamento – as pessoas só casam com o consentimento dos dois

Prof José Alberto Vieira


 Produção de efeito jurídico (o negócio e o ato); mas há factos em
declarações negociáveis
 E o ato simples assenta em comportamentos não declarativos
NEGÓCIO JURÍDICO: DECLARAÇÃO NEGOCIAL: artigo Nº 217
 Eficácia jurídica

direito privado

Princípio da autonomia privada:

liberdade contratual
 permite as pessoas a produção de efeitos jurídicos de acordo
com a sua vontade – artigo 405º

 Tenho o livre arbítrio de tomar a minha decisão


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Autonomia privada: uma liberdade que se conhece com exercícios


jurídicos: (espetro de liberdade no Direito Civil)
Negociação, estipulação (obrigar), celebração

Resumo da aula:

 Negócio jurídico

 Factos jurídicos

 Efeitos jurídicos

 Factos jurídicos tem duas partes:


 Em sentido escrito/ato jurídico simples

 Atos jurídicos

 Efeitos jurídico:
 Constituição
 Transmissão
 Modificação
 Extinção (exemplo: rescisão do contrato)

30/09
 Negócio jurídico: comportamento humano intencional
 Modalidades mais importantes: Artigos número 217-227º Código civil
(CC)
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Classificações do negócio jurídico


 Negócio jurídico Gratuitos e Onerosos
 Toda a classificação tem um critério;
 Onoroso: há sacrifícios patrimoniais para ambas as partes
o Ex: compra e venda – Oneroso – alguém “abdica” da propriedade e o
outro paga;
Arrendamento – Oneroso – há um sacrifício de ambas as partes;

 Gratuito/doação: Apenas uma das partes sacrifica patrimónios;


o Doação – Gratuito – só um é que é sacrificado
o Testamento é um negócio gratuito “espírito de liberdade” mortis
causa;
Negócios são intervivos e mortis causa atuação humana
 Todos os negócios são intervivos;
 Os mortos não praticam negócios;
 Os negócios jurídicos são feitos em vida e desencadeiam-se após a
morte – mortis causa

 Negócios jurídicos formais e informais: (solenes e não


solenes)
o Todos os Negócios jurídicos têm uma forma
 Formal/solene: (Tem uma forma diferente/ específica, senão é
inválido)
o Um negócio é sempre formal, mas no Negócio Jurídico a lei exige uma
forma específica (Artigo nº 875 do CC), senão pode ser inválido

o Ex: Compra e venda, escritura de venda pública, documento particular,


autenticado (875º do CC);

 Não Formal/Não solene:


o Quando a lei se contenta com qualquer forma;
o compra e venda de bens móveis: Artigo 292º do Código Civil
(Compra de um livro, declaração oral basta);
o Depende do regime jurídico que a lei implica;
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Negócio Jurídico efeitos que produze:


 Obrigacionais e real

 Negócio Jurídico efeitos obrigacionais


o O efeito que comporta as obrigações
o Invulga a natureza que os negócios têm como efeito

 Negócio Reais: duas formas à eficiência


o Compra e venda, desencadeia a “transferência” de efeitos
o Negócio reais: (879ºCC) contrato de compra e venda

 Sucessório: testamento

- Constituição:
Penhor: direito real de garantia:
 contrato real quanto à constituição. É Necessário que a coisa seja
entregue para que o contrato seja válido; para ter validade depende
ou não da entrega do “bem”;

 Negócio Jurídico Real:


-Efeitos: transferência direta real do bem
- Ex: compra e venda alínea A art 879º
((Princípio da consensualidade: França, Espanha; o Bem transmite-se
imediatamente))

Contraposição de negócios causais e abstratos


 O Negócio Jurídico deve ser válido (aceite pela Ordem jurídica), tem de
satisfazer todos os requisitos da Ordem jurídico;

 Causal: se o Negócio Jurídico for válido; validade do negócio;


o É aquele que requer a validade do mesmo, para a produção dos seus
efeitos;
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 Abstrato: a Ordem Jurídica permite que o NJ produza os seus efeitos,


mesmo sendo inválido

 Declarante e Tráfico/ tráfego Jurídico:

é a ideia do movimento da dinâmica comercial entre as pessoas;


 É necessário acautelar terceiros, mesmo que estes não celebram o
negócio. Pode afetar terceiros; isto é posto em causa para assegurar a
“segurança” de terceiros
 Princípio causalidade: Negócio causal
 Princípio da aparência: Negócio abstrato,
 Ex: cheque falso, o banco deve dar?
Como não existe nenhuma obrigação jurídica, este deve ser pago, mas
não é obrigatório;

Negócios Jurídicos típicos ou atípicos:

Típicos(nominado): consagrado na lei – compra e venda


Atípicos (inominado): não são consagrados na lei – não estão na lei
A lei portuguesa permite contratos que não estejam previstos pela lei

Negócios Inominados(atípico) e nominado (típico)


Estrutura do negócio jurídico
 Elementos em que se descompõe:
 Pandectistica alemã
 Afirmação de 1 ou 2 elementos:
 Dupla estrutura
Declaração negocial e vontade (é a causa, a produção do NJ);
 Alguns só consideram a declaração negocial:
Produção dos efeitos: forma de as partes prosseguir a sua vontade

Séc XIX:
 Teorias objetivista/ declarativista (na sua base) e a teoria … (vontade
para a produção de efeitos jurídicos)
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 A vontade é estruturante (estruturante, é meramente teórico depende


da interpretação das pessoas)
Não há NJ, se não houver vontade;
Ex: leilão, um homem põe involuntariamente a mão no ar, para obter
aquele objeto leiloado (há vontade, não) Será que é válido, depende
da interpretação?

Lei portuguesa: muito errónea;

Reserva mental: alguém produz uma declaração, mas não tem


vontade; é valida, desconsidera a vontade;

Teoria da interpretação declaração negocial: nunca a vontade do


declarante, mas sim no sentido objetivado

Declaração negocial:
 é sempre um comportamento humano;
 Ação finalisticamente orientada: comunicação de efeitos jurídicos;
 Ato económico que visa exteorizar efeitos jurídicos;
 A declaração é negocial se produzir efeitos jurídicos
 A declaração dirige-se a terceiros para ser conhecido
 visa decorrer efeitos jurídicos

Declaração negocial expressa ou tácita, quando a lei diz que uma


declaração negocial tem de ser declarada de um tipo;
(artigo nº217 página 58)
É muito difícil que a lei diga que uma declaração seja tácita (página 103, art
413º 1)
(Art 421º 1)

4/10
Declaração negocial (217- 218º CC)
Todo o NJ tem uma declaração negocial:
 é o elemento mínimo e suficiente;
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3 notas:
- Uma Acão ou comportamento
- Comportamento de um conteúdo e informação dirigida a um destinatário
- Carácter jurídico

Art 217º
A formação normativa não é expressa
Declaração expressa ou tácita:
Expressa: representa um comportamento que tem como finalidade a
realização de efeitos jurídicos (feita por palavras, oral e gestual) visa
diretamente os seus efeitos jurídicos/declarativos
Tácita: Se deduz de um facto dirigida a um escombro diverso dos efeitos
jurídicos: alguém que vende um bem que pertence a sua herança
(expressa: compra e venda), (tácita: aceitação da herança)
 Escritura pública também é tácita;

 A direção dos efeitos dos comportamentos declarativos:


 Direta: declaração expressa
 Se o direito “retira ou d eduz” é tácita
Artigos nº413, 421 628 nº1 (lei exige declaração expressa, a declaração
tácita fica excluída
Exteriorização de um NJ pode ser feito através da declaração negocial e a
declaração tácita (princípio da equivalência)
Declaração tácita: muito difícil de provar

Liberdade declarativa: o declarante escolhe livremente o comportamento


declarativo que querem usar (valem o mesmo), exceto se a lei exige
declaração expressa;
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1-Declaração tácita e comportamento concludende


- Comportamento concludende:
doutrina alemã: situação não há declaração negocial,
mas há efeitos de negócios jurídicos;
Ex: o professor estacionou o carro numa zona com parquímetro, tem de
colocar moedas: é o comportamento concludente (pois não há declaração
negocial, mas há efeitos dos negócios jurídicos)
Outro exemplo: Art. 217º declaração tácita: oferta ao público do transporte
do metropolitano: aceito o contrato de transporte e ao colocar as moedinhas
“aceito o contrato”; (é a mesma coisa que o parquímetro)
 Comportamentos concludentes significam declarações tácitas (nem
sempre é assim, mas a grande maior parte é);

2- Declaração negocial recipiende e não recipiende Art 224º 1 CC


 Ato de comunicação
 Há declarações negocias que são destinadas a destinatários
determinados/recipiende:
Ex: Vou vender o meu carro, alguém em concreto

 Há declarações negociais que são destinadas a destinatários não


determinados/não recipiende:

Ex: generalidade indeterminada: quando vou andar de metro, é para


todos;
Pluralidade de destinatários indeterminados / propostas contratuais
que são dirigidas a ninguém em concreto (oferta ao público)
Art 224º- 1
 Teoria da emissão (o direito português omite esta)
 Teoria da expedição
 Teoria da receção
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 Teoria do conhecimento
Declaração negocial para se tornar eficaz “precisa de completa estas
etapas”
Ex: carta emitida que vai para a caixa de correio de outra pessoa, foi
emitida, mas não houve receção

Art 218º silêncio jurídico


 Ausência de comportamento, o destinatário de uma declaração
negocial, omite uma resposta
 Do silêncio não resulta efeitos jurídicos
 Mas, o silêncio, em algumas situações, pode ser uma declaração
negocial, quando esse valor lhe seja atribuído por:
 lei
 Uso- prática social reiterada (exemplo: comércio)
 Convenção: acordo das partes num contrato;

 É necessário que haja aceitação para haver um contrato

7/10:
O Direito não é o mundo que exija um documento escrito ou de forma solene
desde que o comportamento humano possa servir de forma apta para a lei;

NJ forma: modo como um comportamento jurídico se exterioriza


Art 413 nº1
Art 875º

Princípio da liberdade forma: para a celebração válida de um determinado


contrato, qualquer forma vale para o Direito Art 217º
O Declarante escolhe (se não houver uma forma que diga o contrário)
Art 219º - O negócio não vale para o Direito, quando as partes não olham
para a lei/ normas;
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 Forma escrita ou não escrita;


 Forma escrita: de vários graus; forma escrita qualquer; por vezes a lei
exige:
o escritura pública (perante o notário)
ou
o documento particular autenticado (forma intermédia, redigido e
assinado pelas partes, reconhecimento da letra ou assinatura)
o Se a lei não pedir nenhuma forma em específico, pode ser uma
qualquer;
o O excesso de forma não penaliza os efeitos jurídicos;

Distinção entre forma e formalidade art 687 (Registo)


Formalidade?
O registo (ou hipoteca), é posterior ao Negócio Jurídico – para haver
produção dos efeitos jurídicos;
A hipoteca é um requisito que a lei exige permite para haver contratos de
efeitos jurídicos;
Anulidade (não respeita a forma) A falta de cumprimento 220º
Diferença entre forma e formalidade
 Forma é quanto à exteriorização da declaração negocial para se
poder concretizar o negócio;
Ex: compra e venda de bens imobiliários tem de ser obrigatoriamente
na forma de escritura pública.

 Formalidade: é quando exige uma "condição" antes ou depois do


negócio, independentemente da forma. Por exemplo um negócio que
não exija qualquer forma (pode ser declarado por boca) mas exige
registo do objeto do negócio. Hipoteca?

11/10
 Formação do negócio jurídico: formação do contrato
 Duas formas voluntária e necessária?
 222º- assumem um vínculo jurídico por uma determinada forma:
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 Saber se era decomposto em declaração negocial ou declaração


negocial de vontade;
 Negócio Jurídico - plurilaterais:
 NJ- contratuais- negócio jurídico está concluído? – é o que importa;
Art. 224 até 236º do CC

 Contrato celebrado entre presentes e ausentes:

Presentes:
o Não há um intervalo de tempo jurídico relevante, na emissão da
declaração negocial das partes; (quase simultaneamente)

Modelo contratual clássico: formulação de uma emissão do contrato


por uma das partes e aceitação da outra parte a que o contrato se
dirige (uma proposta e uma aceitação)

Ex: proposta foi dirigida ao destinatário, mas não aceitou;


Foi dirigida, mas foi caducada;
Não aceitou, mas apresentou uma nova proposta

 Ausentes: há declarações negociais que não são levadas ao


conhecimento do destinatário, há um intervalo de tempo para
regular:
o Proposta + aceitação

Proposta contratual:
 dirige-se a celebração de um contrato;
 Declarada pelo preponente com destinatário (recipienda) e dirige-se a
uma parte determinada ou indeterminada;

 Têm requisitos de validade:


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1ºUma proposta deve ser completa!


- (deve ser concebida de forma a ser aceite pelo destinatário do
mesmo, e assim conclui-se o contrato);
- Quem propõe o contrato deve informar os elementos típicos da lei,
para existir o contrato);
- Proposta (vincula o preponente ao contrato aos efeitos jurídicos,
está sujeito ao contrato)

Convite à proposta: se o prepotente (emissor) não informar o


destinatário dos elementos típicos da lei - alguém quer celebrar o
contrato, mas não cumpre os requisitos de uma proposta – não
vincula o prepoente ao contrato;

2º Ela deve levar o propósito inequívoca de contratar tem subjacente


uma vontade negocial de o concluir;
Ex: Contratos não sérios, sem consciência (vou vender o meu
Ferrari por 5 $ ao meu amigo)

3º Relativamente à Forma da proposta


- Tem de ser realizado por escritura pública ou documento
particular autenticado sobre o contrato de compra e venda para
existir a validade do contrato

Ex: Vi um anúncio no jornal, se eu aceitar o contrato, não é válido,


pois precisa de um Documento particular autenticado ou escritura

Perguntas:
 Quando é que a proposta se torna eficaz (isto é, quando o
preponente fica vinculado à proposta?)

Art 224 nº1


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A proposta torna-se eficaz, quando o preponente fica sujeito/vinculado


ao contrato e o destinatário aceita-a;
 Teoria da receção
 Teoria do reconhecimento
Se não houver uma aceitação do contrato por parte do destinatário o
preponente não fica vinculado;

Até quando o preponente fica sujeito à proposta?


Art 228 CC;
3 situações:
1ª O próprio preponente pode impor uma data (prazo de vinculação do
proponente)
2ª O proponente pode ter pressa numa resposta e então pede resposta
imediata, o problema está em depois interpretar o que é uma resposta
imediata: (alínea B art nº 228 – resposta imediata = deve adaptar-se ao meio
de comunicação usada)
 Pode fazê-lo (resposta mediata) através de SMS, mail

3ª ver alínea C do artigo nº228 A declaração negocial entre ausentes, a


vinculação mantém-se
O prazo da eficácia da duração da proposta, não à fixação da data e não
pede resposta imediata, a proposta fica vinculante durante o prazo de
comunicação + 5 dias = duração da proposta ;
Prazo de duração da proposta marca o tempo do qual o preponente no
estado de sujeição se não houver sujeição da proposta caduca e o
prepotente deixa de estar vinculado;

14/10
 Formação contrato: modelo mais simples: adapta-se a várias
situações, várias propostas e várias aceitações- tem de haver o
consentimento de ambas as partes;
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 Eficácia da proposta – Estado de sujeição do preponente – direito


potestativo à aceitação;
 Contrato = proposta + aceitação

Destinatário da proposta
 Recusar a proposta
 Rejeição: somos livres de aceitar ou recusar;
 Não tem de declarar a rejeição – extinção da proposta

 Aceitar a proposta:
dois requisitos:
 pura e simples: revestir a forma (aceno de cabeça) satisfazer forma de
(escritura pública – responder por SMS – não é contrato);
- Só gera validamente o contrato se satisfazer a forma legal;
Se a aceitação é feita de forma diferente da forma legal = não
é contrato; Art 224 nº1
Contrato entre ausentes;
Ex: seguradora emite uma proposta de um seguro com
máximo de 15 dias e o destinatário responde passado 30
dias = o contrato não se concretiza
Ex: enviar uma carta para um destinatário, chega mais tarde
e a proposta caducou, o preponente continua vinculado?
- Expedida (passa da validade): o contrato não se concluiu a
não ser que o preponente concorde:
- conclui-se e produz efeitos;
- não se conclui e não produz efeitos
-Art 229 do CC
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 Nada dizer ou fazer (silêncio):


 Não tem de responder, não havendo norma contratual: silêncio não
vale;
 Não tem valor declarativo

 Contraproposta:
 Quando um sujeito faz uma contraproposta, rejeita a proposta e
acrescenta algo;
 Inversão dos papéis;
 Destinatário tem de aceitar a proposta tal e qual como se
apresenta;
 Ex: alteração mínima = suficiente para a rejeição;
 Mas dirige-se ao ex-proponente com uma nova proposta
 224-234;

TPC
 Vamos estudar o decreto de lei 290/D99 sobre a legislação do
documento eletrónico
 Decreto de lei 7/2004: comércio eletrónico;

 Formação negocial não recipienda (destinatário indeterminado)


o Oferta ao público
o Art 230 nº 3 – feita uma pluralidade de destinatário não
determinados;
o Art 224º nº1
Ex: preço das coisas num supermercado (vale o da parteleira,
não o do panfleto)
Impede alterar a proposta

18/10/2019
 Declaração negocial eletrónica (emitida por meio de processamento
eletrónico / digital)
 Emergência dos meios eletrónicos justifica o aprofundamento;
 O Regime do CC: declaração negocial complementado por dois
diplomas avulsos: 290-DD = documento eletrónico e assinatura digital;
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 Decreto de lei 7/2004 = comércio eletrónico normas de contratação por


via eletrónica não estão completamente harmoniosos como no decreto
anterior;

Decreto lei nº290-D/99


Artigo 1º - objeto
 Regula a validade, eficácia e valor probatório dos documentos
eletrónicos e a assinatura digital;
Artigo 2º- Definições
 Alínea A): Documento eletrónico – processamento eletrónico de dados
(código binário)
 Comportamentos declarativos à frente dos aparelhos eletrónicos

Artigo nº3
 Alínea 1: Forma e força probatória;
 Satisfaz o requisito legal de forma escrita quando o seu conteúdo seja
suscetível de representação como declaração escrita – vale como
documento escrito equivalente a declaração negocial escrita;

 Mundo analógico (tradicional) e digital

 IMPORTANTE- contratos que a lei exige representação escrita podem


recorrer aos meios eletrónicos
 Para ser autenticada – é necessária uma assinatura digital que
ligue o titular ao certificado
 Criadas por entidades certificadoras = ASSINATURA DIGITAL
QUALIFICADA;
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Alínea g)

Art 3 nº2

Art 7 nº 1
Equiparação de validade jurídica em relação à forma analógica
(tradicional) / documento em suporte de papel;

- Imposição da assinatura eletrónica impede as modificações =


autenticidade e integridade da declaração negocial;

 Quando não se utiliza a assinatura digital/eletrónica – a lei não lhe dá


valor e força probatória plena
o Os outros dependem da prova que o juiz pedir;
o Mundo digital é mais propício à falsificação

 No comércio eletrónico: ainda não é muito usual a assinatura digital


(marcar viagens, bilhete de avião)

 Recurso à assinatura digital utilizando a carta registada

Art 6 nº 1
o Numa declaração eletrónica, assinatura digital faz equivaler ao
elemento registado (carta)

224º - torna-se eficaz

Art 6 nº4

 Ver a declaração negocial eletrónica!!!- folha à parte, Decreto de lei nº


290/D-99
Decreto-lei nº 7/2004
Contratação eletrónica: Art 24/34º
Art 24º:
 Contratação de civis e comerciais
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Contratação celebrada por via eletrónica


Tipos mistos = via analógica + via digital
 Quando ambas as declarações são eletrónicas = contratos por via
eletrónica;
Núcleo de contratos que possam ser invalidamente aceites por via eletrónica:
 Família;
 Intervenção dos tribunais
 Reais imobiliários (exceção do arrendamento)
 Caução e garantia – Prestar uma fiança;

Art 25º

Art 26º: diploma próprio – contraria decreto de lei nº2 D/99??


Processo de formação de contratação por via eletrónica tem o modelo entre
presentes e ausentes
 Ex do professor regente: entre presentes, no Skype
 Internet- ausentes
Art 32º nº1
 Proposta contratual e convite a contratar (já demos)
 Convite a contratar, não há um contrato!
 Clarificar que a oferta dos produtos em linha (diálogo com uma empresa
situada em qualquer parte do mundo) para ser proposta ou convite a
contratar;

 Ex: da Remax (há que certificar as assinaturas, logo é um convite a


contratar) - pois é necessário que haja escritura pública

TAP
 Vou comprar um bilhete na TAP, a lei portuguesa é a lei aplicada;
 Oliveira Ascensão- solução importada pela lei francesa, doutrina do
duplo clique- Art 29 nº 5 do decreto-lei nº7/2004
24
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

 Teoria do “duplo clique” na compra- Há uma proposta e a mesma é


aceite pelo cliente, a lei portuguesa denomina ordem de encomenda.
 E em vez de dar o contrato por celebrado, gera no destinatário, por
aquele que vende o serviço, um dever de aviso de receção após a
ordem de encomenda;
 A aceitação por parte do cliente não gera imediatamente o contrato,
gera o produtor dos serviços emitidos um aviso de receção, e este
contrato só se gera com a confirmação da ordem de encomenda por
parte do destinatário
 O contrato só estará concluído quanto tiver sido confirmada pelo
destinatário
 Segunda declaração que confirma a primeira = declara 2 vezes=
ordem de encomenda / confirmação da ordem de encomenda;
 Teoria do duplo clique = insuficiência do método tradicional de compra
e venda;
 Ordem da encomenda – ordem de recessão- confirmação da ordem
de recessão - a celebração do contrato é realizada desta maneira;
 Completamente desatualizado!!

 Condições do contrato de transporte- proposta;


 Ao clicarmos no concordo- aceitação;
 Contrato concluído;

Próxima aula: Cláusulas contratuais Gerais;

21/10
 Formação do contrato: via exclusivamente eletrónica e por via de
prestadores de serviços e vendedores de produtos que operam nas
redes digitais;
25
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Cláusulas Contratuais Gerais


 Forma alemã
 Abrange uma grande percentagem moderna;
 Sem que haja celebração, mas antes imposição de uma das partes;
 Contratação em massa- não há possibilidades de contratos individuais;
Ex: Passe- temos cláusulas impostas por uma das partes e nós,
obrigatoriamente, temos de aceitar;

 Problemas jurídicos:
 Potencial desequilíbrio de soluções a favor de uma das partes que os
labora em relação à outra;
 Elaborando um diploma específico onde as Cláusulas contratuais gerais se
regulam;

 CCG- não tira a autonomia privada, suprime-os (liberdade de


estipulação- de uma das partes)
Liberdade de estipulação- aceitar ou recusar;

Pela forma do fenómeno das CCG importam uma rigidez no


processo, que se reduz à declaração de aceitação do interessado (não
tem poder para adulterar o conteúdo)

 CCG- totais ou parciais permitia a negociação de alguns pontos;

 Ver diplomas. Procuradoria geral da república

 Decreto-lei 446/85- 25 de outubro- Edição


original
 Decreto-lei 323/2001 dezembro;- Última edição
atualizada
26
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

3 níveis:

 Condições Gerais: Art 7º das CCG


-Tem o repositório da regulação e são exaustivas;

 Especiais:
-Consagra as condições diferentes (conteúdo que acresce afastando as
condições gerais)
- Especiais prevalecem às gerais

 Particulares:
- Resíduo diretamente negociadas entre a parte que oferece as
condições gerais e as que aceitam;
- Particulares prevalecem sobre as especiais e gerais;

Particulares – especiais- gerais

Lei Geral- critério geral;


Lei especial- adapta o critério comum a situações diferentes, não a
contraria

CONTRATO ENTRE AUSENTES:


 A entidade que oferece a CCG é destinatária da proposta;

 Ex: seguradora oferece a proposta + condições contratuais que se


dispõe a aceitar e o interessado responde e remete à seguradora
(esta passa a destinatário pois fica de aceitar ou não do que foi
proposto pelo cliente); coloca-se na posição do destinatário;

 Concursos públicos: concurso é uma proposta que fica sujeito a


aceitação dos contratos dos interessados;
27
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Utilização das CCG:


 Conteúdo convencional do contrato- não deixa de ter a mesma
importância que cláusulas negociadas entre as partes;
CCG-ainda que predisposta por uma delas, …..
A lei impõe a quem utiliza as CCG (Cláusulas Contratuais Gerais)
 Dever de comunicação (levar o conhecimento) as CCG devem ser
entregues ao contraente antes da formação contrato;
Cláusulas não comunicadas (clá usula nula): não estão incluídas no contrato
 Dever da informação: (explicação das CCG):
Contraente = explicação dos sentidos das cláusulas, posso pedir
informação à entidade em causa; se não houver compreensão da
contrapartida = cláusula nula
323/2001 dezembro: tudo desta aula;
Art 8- cláusula geral nº 5;
Art.8- alínea d)
 Contrato: conhecimento prévio das CCG.
 Existem cláusulas proibidas as entidades que recorrem as CCG e devem
evitar que estas surgem nos clausulados;
 (Normas imperativas: não podem ser separadas?)

 Proibições absolutas: em caso algum (não) podem configurar nas CCG;
 Proibições Relativas: respeita apenas alguns tipos de contratos
 (a lei portuguesa não estabelece os alguns tipos de contratos, existem
algumas situações indeterminadas/padronizadas, e cabe ao intérprete
escolhê-las)
 A parte que recorre as CCG e insere na sua parte uma cláusula
proibida, o contrato celebrado é NULO (Nulidade).
 A lei deixa que a outra parte (que não usou as CCG decida se o
contrato é nulo ou não; (afeta parcialmente a nulidade)

 Ou pela via do tribunal, pode pedir a anulidade total do negócio.

 Contrato sem a cláusula viciada- aproveitamento do negócio jurídico


28
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Ex: seguradora: se houver violação (da norma imperativa) – cláusula nula


Acão inibitória: “terror” das sociedades que usam CCG
 Contra/Condena as sociedades que usam as CCG, e depois retira dos
contratos em que estão inseridas;
 Depois proíbe que essa empresa não use no futuro mais CCG;
 Entidade preponente
 Ex:
 Pacto de aforamento??
 crédito da habitação –

Art 12º das CCG- ler todas as cláusulas

Tipos de Invalidade:
- nulidade (não produz efeitos jurídicos)
-anulabilidade
-mistas

25/10-
“Culpa in contrahendo”- valor apenas tendencial.

 O direito evolui (desde o século XX) no sentido de crescentemente


consagram deveres de comportamento, na parte pré-negocial, as
pessoas podem fazer o que entendem;

 Exemplo nº1: Senhora que entra numa loja em Alvalade, cai nas escadas
do restaurante, a senhora parte o colo do fémur e quem é que a
indemniza?? É preciso indemnização?

 Exemplo nº2: Vinculismo do arrendamento:


- Regime muito severo- os senhorios não podiam desvincular o
arrendamento;
 Havia muita inflação;
 As rendas aumentavam a cada ano;
29
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

 Uma das regras: era necessário escritura pública (forma do contrato) e o


senhorio fez um contrato “escrito”/ particular; ( o senhorio sabia que era
necessário escritura pública);
 Então o senhorio, passado dois anos, declarava a invalidade do negócio,
por falta de forma (xico-esperto!)
Estes assuntos foram, ao longo dos anos, inseridos, no CC

Teoria da Culpa em Contrahendo (Culpa na formação dos contratos) Art.227º


 fixar na zona de negociação entre as partes - impor deveres de atuação
que tem por finalidade, e quem os violar, irá levar com as consequências
da responsabilidade civil;
 Princípio da boa fé- Apela à confiança das pessoas. Protege as pessoas
e atuações que violam a confiança existente, lhes causam danos
(conteúdo material, por via interpretativa)
3 deveres genéricos que estão ineridos no sentido material da boa fé (Art
221º do CC)
 Proteção;
 Informação;
 Lealdade;
Exemplo nº3: Pessoa que vai ao supermercado, a pessoa cai, pode pedir
indemnização?

 Proteção
 Quem entra no estabelecimento, para comprar algo, antes de comprar,
tem de haver condições de saneamento, segurança, limpeza,
prevenções de segurança (no supermercado, sinalizar as zonas de
perigo, de limpeza) -Se acontecer alguma coisa, há falta do dever da
atuação;

Exemplo nº3: Pessoa que vai ao supermercado e cai:


30
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Exemplo nº1: Senhora vai a uma loja e cai nas escadas do


restaurante

 Informação:
 não deve ocultar informações nem induzir um prejuízo a outra
parte, contra a boa fé (falta do dever de informação) -CULPA EM
CONTRAHENDO

 lealdade:
 Comportamento contra a boa fé, falta do dever de fidelidade, se
negoceia com uma parte (que não quer) mas traz benefícios e depois
anula o contrato – CULPA IN CONTRAHENDO
Custo do processo negocial:
- O contrato não chega a concluir-se
- O contrato chega a concluir-se

Exemplo nº4:
 Uma empresa que omite as suas dividas fiscais e foi vendida. E mais
tarde descobre-se
 Antes da formação do contrato;
 Responsabilidade civil- “responder pelos danos” Art.221º

 Culpa in contrahendo:
Remove danos, quando uma parte que atua contra a boa fé, causa na
outra parte;
 Não gera uma invalidade do negócio jurídico, só gera a
responsabilidade civil
 Zona da autonomia privada- durante as negociações impõe as pessoas
regras de conduta que sob pena de responsabilidade civil; Art. 221º
28/10
 Ver Art. 498º

 Conteúdo e objeto do Negócio Jurídico


31
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

 Art 280º: Requisitos do objeto negocial:


 Expressão incompleta
 Conteúdo Objetivo

 Conteúdo do N.J- referir a regulação a que o NJ está sujeito


 Ex: contrato de compra e venda = regulação a que esse contrato
está sujeito em 1ª linha pelo direito;
 Conteúdo normativo contrapõem-se ao voluntário (cláusulas
acordadas entre as partes) = normativa + voluntária;
Conteúdo Normativo:
-Injuntivas ou imperativas (impõe ou proíbe): são aquelas que impõem
comportamentos as partes ou proíbem dados comportamentos;
 Não estão sujeitas as vontades das partes, e aplicam-se ao NJ quer as
partes queiram não;
 Imposto pelo direito às partes;
 Integra-se no conteúdo dos contratos;
 CCG- são imperativas
 Ex: Art.809º;
 Art. 830º - nº2- Quando o contrato promessa não é cumprido, vai-se a
tribunal?
 Art. 830º- nº3

- Supletiva: Norma que prevê um determinado caso, permitindo o seu


afastamento por outro se as partes o quiserem;
 (Podem ser afastadas por vontades das partes)
 Quando as partes não convencionam nada em contrário à norma
supletiva - a norma supletiva integra-se no conteúdo, torna-se
imperativa a partir do momento em que as partes concluem o
contrato não se afastando;

Como se distinguem normas imperativas das normas supletivas??-

Art 830º nº1


32
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

 Algumas indiciam a sua origem- Art 830 nº1, (na falta de convenção
em contrário – supletiva- as partes podem estipulá-lo)
 Art 770º denúncia a supletividade

Regulação voluntária
 Cláusulas que são acordadas pelas partes;
 A cláusula passa a vigorar no conteúdo do contrato – convenção do
tempo da realização da prestação;
 Extensão dos contratos menores (romano-germânica) - há regime
legal que se aplica quando as partes não se afastam;
 Nós (portugueses) preferimos regular
874ºCC- Compra e venda (Tipo contratual em causa)- contrato translativo e
oneroso;
 Elementos típicos do contrato:
 contratos típicos (nominado): elementos necessários que contém:
Um ou mais efeitos jurídicos que permitam a caracterização do NJ, a
falta dessas características pode levar à falta de informação;
Carácter típico- dado pela cláusula das partes;
Ex:
- Compra e Venda: o dinheiro representa o valor do objeto;
Vendo o telemóvel por 25 euros- 1 compra venda e permuta =
formação legal dos efeitos;
879º- Não pode ser classificado como compra e venda, tem um
elemento de troca: neste caso, é um contrato atípico

 contratos atípicos (inominado):


 Mac Donalds, contrato franquia, que não existe na lei portuguesa
(franchising);
 Não são reconduzíveis a contratos regulador pela lei é atípico

Para distinguir estes dois tipos de contratos é necessário analisar os Efeitos


Jurídicos da compra e venda e ver onde se enquadra;

 Contrato de arrendamento: Art 1022º


33
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

 Só é típico: se satisfazer as condições do Art 1022º


Prestar uma coisa mediante uma retribuição- arrendamento;
As cláusulas determinam que uma preste o custo e algo o
pagamento de uma prestação em dinheiro (pecuniária)

 Cada Negócio Jurídico tem notas distintivas típicas que a lei


estabelece, a qualificação como contrato de certo tipo pressupõe nas
partes convencidas a presença dessas notas distintivas;

 Necessário:
o Cláusulas obrigatórias para identificar de que tipo é o contrato;

 Eventual (não obrigatório):


o Sem que a sua ausência se repercute na qualificação contrato;
o Cujo acordo ou não pode existir, a ausência destas não descaracterize
a qualificação do NJ

divide-se em:
 Em sentido estrito e Misto

4/11
 Requisitos de eficácia (mais amplo) do Negócio Jurídico;
 O Negócio Jurídico pode produzir efeitos mesmo não sendo
válido;
Eficácia vs Validade
 5 grandes categorias (requisitos gerais da eficácia jurídica)
34
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

1- Forma e Formalidade;
2- Objeto do NJ
3- Conteúdo do NJ
4- Declaração negocial
5- Vontade negocial

1.Forma e formalidade

 A Ordem Jurídica permite que os particulares do Negócio Jurídico por si


pretendido a Ordem Jurídica coloca requisitos gerais para o negócio
produzir os seus efeitos;

 Requisito gerais de eficácia


VS
 requisitos especiais de eficácia

Requisito gerais de eficácia: (vamos estudar estes)


-Respeitam todos os negócios jurídicos;

Requisitos Especiais de eficácia


-Mútuo, particular

Requisitos gerais de eficácia


 Ponto 2 e 3: objeto e conteúdo do NJ (a lei portuguesa não reconhece
esta diferença) – Art 280º do CC

2.Objeto do NJ:
 a realidade quid (realidade sobre a qual o Negócio Jurídico incide)
 Ex: contratos de imagem- o objeto negocial é a imagem
35
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

3.Conteúdo: pode ser normativo ou voluntário


Conteúdo voluntário: (acordado entre as partes)

Conteúdo normativo: quando celebramos um NJ, as partes ao celebrarem


um contrato celebram cláusulas
 Conteúdo legal: normas imperativas e supletivas (809 CC)
maioritariamente supletiva (oferece as partes algo que podem afastar)
 Conteúdo geral: (demos na última aula) supletiva e imperativas (ou
injuntivo)
o Imperativa
- Ver art 809 do CC

o Supletiva:

Técnica de regulação: que nosso sistema romano-germânico


 A maior parte das normas são supletivas (conteúdo de regulação que
podem ser afastadas)
 Se não afastarem as cláusulas, integram-se nas regras imperativas
(fazem parte do conteúdo do contrato celebrado pelas partes)

 Direito Anglo- saxónico?: as cláusulas são muitas (imperativas)


- O sistema romano-germânico é o nosso (mais reduzido)

 As partes não regulam o que já está integrado na lei;

Efeitos jurídicos que provoca


 Distinção entre o conteúdo atípico e típico (estabelecido pela lei)
(testamento, compra e venda)

 Conteúdo atípico:
- a lei não o regula: não tem regime jurídico específico
36
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

- Ex: MC não são sucursais, há apenas contratos de franquia (não


regulados pela lei)
- Também há conteúdo legal

 Conteúdo típico (estabelecidos pela lei)


- Art 879º do CC

Art 280º- Requisitos do conteúdo e objeto

5 requisitos do Negócio Jurídico quanto à validade


1. Possibilidade;
2. licitude;
3. Determinabilidade;
4. Conforme à ordem pública;
5. Conforme aos costumes.

1- Possibilidade:
 jurídica ou física
- Jurídica (é nulo, só é válido se for juridicamente possível)
- Física: (percorrer a distância de 100m em 4 segundos, impossível)
 Confecionam coisas possíveis no âmbito das partes, caso contrário o
Negócio Jurídico é nulo;
 Negócio nulo por impossibilidade legal (não cumpre os requisitos legais-
ex: escritura pública)
 Negócio é válido porque é possível, mas há um aspeto que o torna
impossível (contrato do jogador de um mês perde a perna- tem em
vista a possibilidade do momento) - foi válido e depois extingiu-se;

2-licitude (conformidade ao direito- imperativas que se impõe as


partes)
 Não resulta a violação de qualquer norma jurídica imperativa;
 Requisito de validade no NJ
 Conteúdo lícito- não há violação do NJ

3-Determinabilidade
37
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

 O direito português, permite a indeterminação inicial do objeto ou


conteúdo, não permite a indeterminabilidade,
 Ou há um critério legal ou convencional (é válido)
 Ou o negócio é indeterminável pelo seu objeto ou conteúdo
-(Art 280º do CC) o contrato não produz efeitos jurídicos;
 Isto é ((Indeterminado, mas determinado= não são aceites como
válidos os Negócios Jurídicos que não denuncie os efeitos jurídicos, ou
existe um critério legal que o valide ou é inválido))

4- Conformidade à ordem pública:


- Cláusulas gerais que a ordem jurídica postula em caso de lacuna de
regulação, um juiz possa em última análise apreciar a validade de um
contrato sem norma jurídica que o proíba
- Ex: futebolista nigeriano, muçulmano tem poligamia (várias
mulheres) - pretendeu celebrar um contato de arrendamento com uma
segunda pessoa (contra a monogamia da nossa ordem pública)
- Implica levado até ao fim uma violação da monogamia legal
portuguesa, preponderão dos princípios jurídicos estruturantes;

5-Conformidade aos costumes


-Representa hoje as valorações sexuais da parte dominante na sociedade
portuguesa, impôr as suas preferências
-Atentando a contrariedade aos bons costumes
Ex: Contratos que envolvem contratos práticas de proibição é
contrária a moral sexual dominante

 Norma jurídica- previsão e estatuição

Ver: Art 271, número 1 e 2 do CC (exceção condição resolutiva-


impossível o desvalor jurídico não é a nulidade, mas o vício da própria
cláusula)
38
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

8/11
- Conteúdo do NJ:
- normativo
 Geral;
 Legal;
- voluntário:
 Necessário
 Eventuais

Elementos voluntários não necessários ou eventuais

- 1-Condição
- 2-Termo
- 3-Novo
- 4-Sinal
- 5-Cláusula Penal

 Art 270º e 277º- regime da condição


 Art 278º e 279º - normas relativas ao termo

1-Condição: evento futuro e incerto a que as partes subordinam a


eficácia do NJ
- Condições impróprias: eventos passados e no presente
A condição é sempre um acontecimento incerto: não se sabe se a sua
verificação ocorrerá ou não, trata-se de ter a certeza de que não há certeza
de que o acontecimento acontecerá;
- exemplo: morte é certa quanto a sua verificação mas incerta quanto ao
momento em que ocorrerá;
39
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Tipos de condições:
- Condição suspensiva
- Condição resolutiva
CONDIÇÃO
Na verdade, aquando da contratação, as partes desconhecem, muitas vezes,
a evolução futura dos factos em que assentam;
Por isso, tem o maior interesse a possibilidade de subordinar a própria
eficácia negocial a esse desenrolar desses factos;
Além disso, a condição surge em tipos negociais complexos, seja de base
legal, seja de base social;
 Por exemplo: a compra com reserva de propriedade fica dependente ao
facto incerto e futuro da sua verificação:
- A condição também pode ser usada como garantia em obrigações
duradouras:
 por exemplo: pode-se condicionar um contrato de fornecimento à
boa qualidade dos bens fornecidos, ou até construir uma “condição do
cumprimento”
 Muito importante no mundo moderno

- Condição suspensiva
As partes não querem, isto é, não pretendem que os efeitos do NJ se
desencadeiem antes da verificação da mesma;
Ex: vendo um carro que custa 5000 por 2500, mas fica estabelecido que o
mesmo só produz efeitos quando me licenciar. A verificação deste facto é
incerta;
Ex: compra e venda (transmissão da propriedade da coisa, a obrigação da
entrega e a obrigação de pagar o preço, sujeito a condição)
Detém:
 a transmissão da propriedade da coisa;
 obrigação da entrega;
 obrigação de pagar o preço
40
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

– Há contrato, mas não há eficácia jurídica

Art 272º do CC Pendência da condição:


 Enquanto a condição tiver pendente, é aquele período da conclusão
do negócio condicionado e o momento da verificação ou não da
condição
 O comprador nem o vendedor não podem destruir o bem em causa;

 Atuação de boa fé, depois de celebrado não posso deteriorar e dispor


dela a favor de terceiro) - preservar a eficácia do negócio de acordo com
a condição
- Condição resolutiva:
 A verificação cessa (acaba) os efeitos dos negócios
 As partes pretendem que os Efeitos Jurídicos do Negócio Jurídico
comecem a produzir-se, estes se cessarão se ocorrer verificação;

 Ex: Eu dou um carro ao meu filho para ele andar na faculdade. Se ele
não acabar o curso em 4 anos, os efeitos não serão produzidos;

Existem mais condições, tenho de ver:


Modalidades dentro das suspensivas e resolutivas:

-Se um deles destruir o bem, o que acontece?


41
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Atos conservatórios: não posso comprometer os direitos da contraparte, caso


a verificação da condição se verifique ou se deixe de verificar, após a
conclusão do contrato de compra e venda;

Retroativo: modifica o que já foi feito (altera o passado):

 Condição da eficácia retroativa:


- O NJ se for condição suspensiva, não produz efeitos,
- O NJ se for condição resolutiva, destruídos à data da conclusão do
Negócio
Art 276º
O que acontece o Negócio se for?
- a retroatividade da condição retira a legitimidade ao donatário, afeta a
validade do Negócio; anulidade do NJ)

Art 274º- n º1:


 Se o donatário do NJ serve de condição resolutiva, deixa de ser
proprietário, a venda que celebrou com o terceiro, vai ser afetada na
sua eficácia (validade)
Art 275º
 Se tenho uma condição suspensiva e depois vendo a coisa, outra coisa e
a condição verifica-se. A compra e venda vai então produzir os seus
efeitos a data da sua conclusão; os efeitos ficam pendentes da
conclusão.

897º-
 incidência da eficácia do NJ condicionada projeta-se sobre o NJ
realizado com terceiro durante a pedência;
 Os efeitos desencadeiam se retroativamente- se se verificar,
 Contrato não chegara a produzir os seus efeitos;
Art 275 nº1-
42
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

 certeza de que não se vai verificar equivale a não sua não verificação
(não é necessário esperar até ao prazo) (não verificação, quando há
impossibilidade de verificação)
Condição: é produto puro da autonomia privada (as partes podem acordar,
se não houver algo que diga o contrário)
Não adotam condições!!!: Negócios da família 2229º
2230, 967º- Condições ou encargos impossíveis ou ilícitos
- Casamento;
- Adoção;
- Perfilhação;
NJ são convencionáveis (sejam elas resolutivas ou suspensivas)
Art 271 nº1 ilícitas- nulo

Cláusula acessória ou eventual;


Termo: representa um acontecimento futuro e certo a que as partes
subordinam a parte do NJ
- Verificação certa;
Ex: termo sempre certo
(a sua verificação pode ser certa e incerta)
Momento da verificação (certo ou incerto)
- Certo: Seja conhecido a esse momento
- Incerto: nas testantes hipóteses

Ocorre ele desencadeia a eficácia:


Termo Inicial ou (termo suspensivo):
 uma vez ocorrido produz efeitos jurídicos até a produção termo, isto é,
o momento a partir do qual o negócio considerado produz
efeitos;
 “dies a quo ou ex quo”
43
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Ou

Termo final ou (termo resolutivo):


 Eficácia extintiva (extinção do contrato por caducidade). Cessação
dos efeitos do Negócio;
 NÃO PREJUDICA O PASSADO – isto é, não tem efeitos de
retroatividade
 Aquele que marca o fim da eficácia
 “Dies ad quem”
Termo- para o futuro; o passado é respeitado;

Termo inicial (suspensivo) ou dilatário;


Termo final (resolutivo)ou perentório;

Termo: não tem efeitos de retroatividade (ao contrário da condição)


Pode ser expresso de forma expressa ou tácita (dedução)
Cômputo do termo: as partes podem fixar:
- Um momento claro e preciso; (ex: 15 de agosto)
- Um momento mais vago; (ex: final do mês)
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Outras condições: (fui ver ao MC)


Distinção entre condições causais e potestativas: (vi no livro do MC, não é
muito importante)
 Condições causais:
 conforme o evento incerto de que dependam se traduza num facto alheio
aos participantes ou, pelo contrário, emerja da vontade de um deles;

 Pode ainda depender de um facto natural, como chover ou não chover


num certo dia, de um ato terceiro, como a concessão de uma fiança ou um
ato social ou administrativo, como a autorização para construir;

 Condições potestativas:
 O participante em causa recebe o direito potestativo de deter ou
desencadear a eficácia do negócio, consoante seja resolutiva ou
suspensiva;
 Levantou muitas dúvidas;
 Ex: venda a contento (art 923º)

Distinção entre condições de momento certo e condições de momento


incerto (vi no livro do MC, não é importante)
 Condições de momento certo:
 Consoante ocorram numa ocasião prefixada, ainda que incerta
 Por exemplo: “quando o beneficiário fizer 30 anos”
- O que poderá suceder ou não, consoante ele sobreviva até essa
idade;

 Condições de momento incerto:


 Ocasião indeterminada;
 Por exemplo: “quando ele casar”: não se sabe bem nem se casa
ou nem quando casa;
45
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Distinção entre condições automáticas e condições exercitáveis (fui ver ao


MC, não demos em aula)
 Condições automáticas:
- De acordo com desnecessidade, para a sua eficácia, de qualquer
manifestação de vontade a ou, pelo contrário, com essa necessidade;
- Em regra, as condições são automáticas! (segundo o regime da boa fé)
 Condições exercitáveis:
- Pode ser aproximada de um misto da condição entre a condição causal
e a condição potestativa, uma vez que requer uma vontade do agente;

Há muitos mais critérios!!!!

Condições impróprias: (não demos em aula)


 termos formalmente condicionais, mas não são verdadeiramente
condicionais;
 Falta algum dos requisitos das verdadeiras condições,
designadamente:
- Ou natureza futuro do evento, ou a sua incerteza ou a voluntariedade
da própria cláusula em si;
Condições impróprias:
- As condições passadas ou presentes;
- Condições impossíveis:
Nunca poderá ocorrer, por exemplo vender um bem a um cão)
- Condições necessárias;
Irão decerto ocorrer, mesmo que em momento incerto;
Condição necessária: termo incerto;
- Condições legais ou “coditio iuris”
Abrange factos eventuais e futuros a que a própria lei (e não as partes)
subordine a sua eficácia;
Por exemplo: As convenções ante-nupciais produze efeito depois do (se
houver) casamento;
46
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

11/11/2019
 Cláusulas eventuais ou acidentais:
- Cláusula modal;
- Sinal;
- Cláusula Penal;

O professor vai saltar na matéria (vamos para os vícios da declaração


negocial e da vontade negocial)

1-Cláusula modal
 Declaração Típica dos Negócios jurídicos (doação ou testamento)
 O autor do benefício tem uma obrigação de realizar uma determinada
prestação ao beneficiado;
Ex: testamento;
Doação: 940º
Art 963º- cláusulas modais
Ou aceita a sucessão (fica obrigado a cumprir) ou não aceita

2-Sinal:
contrato promessa (Art 441º)
- Negociado em qualquer contrato (de compra e venda)

2 funções:
- Confirmação do negócio;
- Sanção para uma das partes, no caso de uma delas, não cumprir a
celebração do contrato prometido
Sinal: imposta ao promitente que não cumpre o que se vinculou;
- Consiste na entrega de uma coisa corpórea (normalmente é em dinheiro,
mas pode não ser) à outra parte;
47
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Sanção: incumprimento contratual: no âmbito Penal;


ou no âmbito civil;

3-Cláusula Penal;
- As partes ficam obrigadas a indemnizar em caso de incumprimento
contratual (montante fixado pelas partes);
- Pode ser superior ao real valor do bem;
- Acordo de boa-fé (o pagamento da indemnização);
- Nunca é fixado pela lei;

Isto tudo são requisitos de eficácia do NJ (deve cumprir os mínimos da Ordem


Jurídica que a lei estabelece)
 Senão, não há produção de Efeitos Jurídicos

Vícios da declaração negocial e da vontade negocial


 Não há declaração negocial, alguns casos:
 Para o professor doutor José Alberto Vieira (regente): se não houver
declaração negocial, não há negócio;

Visão do Professor Doutor Menezes cordeiro:


 Elemento central do NJ: declaração Negocial: exteriorização do
comportamento ao que o Direito que produz Efeitos Jurídicos;

1- Declarações não sérias Art 245º


2- Falta de consciência da declaração Art 246 nº1
3- Coação física Art 246 nº2

1- Declaração não séria


 Comportamentos gerados em contexto contrário as declarações
negociais, não é de esperar a emissão da declaração negocial;
 Ex: casamento das novelas, não há produção de Efeitos Jurídicos;
48
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

2-Falta de consciência da declaração


 Falta de consciência de declaração, carece de qualquer efeito (não
tem qualquer efeito jurídico);
 Art 246º- não produz efeitos, se não o declarante não tiver
consciência;
Ex: Leilão: Num leilão, uma pessoa levanta o braço e, sem querer, licita e
fica com um bem;
- Mas este queria acenar e não queria comprar (o agente não tinha essa
intenção)
- Afasta a qualificação de declaração negocial, o agente não queria
emiti-la;
- Um Negócio Jurídico apto a produzir os seus efeitos;

3-Coação Física- Art 246 nº2


Coação física da coação psicológica e moral;
 Uma pessoa é obrigada a colocar um indivíduo no seu testamento;
 É coação física ou coação psicológica (muito duvidoso)
 É coação psicológica – pois a pessoa que realizou o testamento, tinha
MEDO

Coação física: o autor da declaração, a pessoa é instrumentalizada por


outra pessoa, e exterioriza um comportamento que não era seu;
- Falta de comportamento declarativo;
Coação psicológica: ainda havia “manobra de ação” (tenho vontade de
fazer, pois tenho medo)

 Às vezes, (declaração negocial): Comportamento declarativo não


corresponde a vontade negocial
Vontade negocial e declaração negocial (pode haver divergências)
2 hipóteses:
49
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

- Reserva Mental (Art 244º): (enganar o declaratário) é emitida uma


Declaração Negocial que não corresponde a vontade do autor da
declaração
- Qual é o valor jurídico que tem o Negócio?
- O Negócio é válido, mesmo contra vontade do declarante;( o NJ
continua válido)
- Quem atua com reserva mental, não é causa da ineficácia do NJ

- Incapacidade acidental: Art 257 do CC


Ex: Doença súbita: Embriagado, vou celebrar um Negócio (afeta-me o uso
da Razão), e pareço estar sóbrio;
- Se contrai obrigações com terceiros, a lei pondera:
- A lei permite a anulação do NJ se o facto (incapacidade acidental) fosse
notória ou conhecida pelo destinatário. Caso contrário, a lei vincula o
declarante ao NJ;
- Se o outro souber, pode ser anulável;

15/11/19-
Toda a matéria do NJ, menos a interpretação e integração do NJ
Estrutura: 1h30 mim
2 hipóteses sem perguntas diretas
CASOS PRÁTICOS
 Ver testes anteriores: Turma A (no ano passado)
 Vícios da Vontade Negocial;
 A deficiência de formação da vontade negocial; (Matéria do erro)
(Art 247º a 254º do CC)

 Erro
-Erro-vício ou erro de vontade- ocorre no processo na formação negocial
-Erro obstáculo ou erro na declaração ocorre no processo de
exteriorização (deficiente exteriorizada)
Art 247º- 250 do CC
50
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

- Erro vício
- Coação psicológica

Vícios da formação da Vontade Negocial


(Erro- vício na formação da vontade) – Art 251, 252º do CC
- Constitui uma falsa representação da realidade;
- O declarante a formar a sua vontade negocial e engana-se sobre um
ou vários elementos que estão na vontade negocial;
- Declarante assume ser uma em relação ao objeto, conteúdo das
condições que condicionam o NJ
 Ex: cavalos de 500 CC mas não dá mais que 250 cc (vontade viciado
em erro)
o Arts 247-254º

Vontade negocial - o declarante assume uma e na verdade é diferente


relativamente ao objeto, conteúdo ou circunstância
Art 251- 2 espécies
Art 252º- 2 espécies
1- Erro sobre a pessoa do declaratário Art 251º do CC
2- Erro sobre o Objeto ou conteúdo do Objeto
- Objeto do NJ
- Conteúdo do NJ
3- Erro sobre a base do negócio
4- Erro sobre os motivos (252 2) (as vezes 437) Art 252º do CC

Art 251º (regime comum da pessoa do declaratário, objeto do conteúdo do


CC) – a lei portuguesa trata da mesma maneira
Art 252º (Erro sobre os motivos)
Art 247º (aplica-se quando se vê o Art 251 do CC)
 Erro sobre a pessoa do declaratário –
- Ex: contratar o Cristiano Ronaldo mas não é o jogador de futebol;
 Erro do objeto (incide o negócio- exemplo do carro )/conteúdo
(resolução a ele aplicada- cláusulas com determinado teor de
resolução do contrato
= causa a anulabilidade do NJ
51
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

2 requisitos para haver a anulação do NJ


 Essencialidade- relevância do erro para a conclusão do NJ - Quando o
erro do declarante, e se o declarante tivesse conhecimento da
realidade, tinha realizado de outra forma ou não o tinha realizado;
Isto é: relevância do erro para a conclusão do negócio, quando o erro em
que lavrou o declarante foi causa da celebração do negócio e que se o
declarante tivesse o conhecimento da realidade não teria celebrado o
NJ ou celebrado de forma diferente
- Exprime um juízo de valor, relativamente à parte do negócio;
- O erro é “essencial”;
- A Ordem jurídica confere ao declarante a anulabilidade e;
• Faz relevar a essência do negócio para realizar a sua celebração,
vontade incorretamente formado por virtude do erro
• Erro quando é irrelevante= faz-se o NJ da mesma forma

 Cognoscibilidade (possibilidade de conhecimento) - Se o declaratário


conhecesse a essencialidade ou tivesse o dever de conhecer, a lei
reconhece em haver cognoscibilidade do erro;
- Isto é, não conhece, mas devia conhecer, quando há cognoscibilidade o
direito à anulação é negado (não pode anular) apesar do erro do
declarante-
- ((Quando falta a cognoscibilidade, o declaratário não pode anular o NJ))
Ex: vir estudar a Lisboa e arrendar uma casa, mas não entra o arrendatário
não conhece os motivos (cognoscibilidade) o negócio não é anulado o
estudante fica vinculado;

O erro não concede a anulação do NJ, se um destes requisitos não se


verificar – PROCESSO VINCULATIVO

Art 252º- nº1 (erro sobre os motivos): lei menos generosa


52
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

 Protege o declaratário;
 Ex: vendo um quadro com a imagem dos meus pais;
 Posso chegar ao pé do vendedor e dizer que não quero esse
contrato;
Versão da Filipa
 Art 252º- lei menos generosa
 Ex: comprar um quadro com um retrato dos meus pais, mas não são
eles (motivo da comprar ser o retrato dos pais);
- Não havia essencialidade do motivo logo o contrato não é
anulável
 Protege o declaratário!!!!
 Essencialidade do motivo
 Acordo entre declarante e declaratário sobre a essencialidade do
motivo
o Declarante houver explicado a celebração do NJ
o Necessário o acordo= declaratário assente no contrato
o Só assim se pode anular o contrato

Erro sobre os motivos:


 Compro um quadro pensando ter a foto dos meus pais, não comunico ao
vendedor, mais tarde venho a descobrir que não são pessoas.
 No entanto neste caso, apesar da vontade estar em erro, não haveria
volta a dar, pois não preenche os requisitos (da anulação)
Art 252 nº1
2 requisitos
- Essencialidade;
- Acordo sobre a essencialidade entre as partes:
- Expresso;
- Tácito;

 Erro sobre a base do negócio jurídico- circunstância que não


existia no momento em que o negócio foi celebrado
 Elemento que fundou a vontade de ambas as partes, mas que já não
existe
53
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

 Ex: guerra elemento base do negócio (exterior às duas e comum a


ambas) logo estão as duas em erro
 Base do negócio (objetivo)= Exterior às partes e vontades comuns
 Art 437- Alteração das circunstâncias
 252/2= erro sobre o passado não do futuro
Admite a possibilidade de alteração, pode continuar com o
negócio, pedindo ao tribunal que o altere = conteúdo diferente
Não destruir o negócio, mas alterá-lo
 Resolução através da boa fé

Art 437º-
Visa resolver ou modificar o contrato:
- por exemplo, bairro de Alvalade, contrato criado há 60 anos e ainda paga
10 euros ao mês; mas o senhorio, quer aumentar, porque atualmente vale tipo
400000 euros;
- Mas temos de aplicar isto ao regime do Erro!!!!
- Erro sobre a base do Negócio; (de ambas as partes)
- Tem de ter essencialidade ao declarante;
- Uma especificidade: remissão do art 252 nº2 para o art 437º
- Também confere o direito da anulação, mas há uma inovação:
modificação do negócio;
- O regime jurídico do erro vício Art 251, 252 – espontâneo do próprio
declarante;

Erro provocado intencionalmente: Dolo (Art 253, 254 do CC)

Erro simples
- Dolo: O declarante faz de propósito;
- Ação ou omissão tendente de criar erro
2 requisitos:
- Causalidade –falsa representação da realidade, produto da falsa do
declaratário ou terceiro
54
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

 O erro causa o dolo;


- Nova Causalidade – erro causado pelo dolo- dolo causa erro- elemento
sobre o qual incidiu o erro haja sido a causa do negócio = dupla
causalidade

(Aqui não há essencialidade- dolo é ilícito, depois há penalização)


Um terceiro também pode c ausar dolo;
Art 254 nº1- se a partes querem enganar-se: tem o direito da anulação do
NJ;
Art 254 nº2
- Se o dolo foi causado de um terceiro, a lei acrescenta a
cognoscibilidade, devia ter tido conhecimento do motivo? erro;
- Pode manter ou não a validade do NJ

Next aula:
- Coação psicológica;
- Erro obstáculo ou erro na declaração (deficientemente exterioriza)

18/11/2019
 2ª feira (dia 25/11): limite de matéria para os exames;
 Aula de dúvidas (anterior à frequência)
 Vai acrescentar matéria (não sai para a frequência, mas sai para o
exame escrito);
 O teste tem 2 casos práticos;

Falta da vontade negocial:


Relativamente ao erro-vício ou erro na formação
55
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Coação moral = coação psicológica; Art 255º


- Vício que incide sobre a formação de vontade do declarante e impede a
formação de vontade de uma forma livre;
- Vontade aparece corretamente formada, mas expressa por medo;
Problema: motivação da vontade negocial;
- Há declaração negocial, que forma corretamente a vontade porém a
mesma é determinada pelo medo da concretização de uma ameaça ilícita
por terceiro;

Requisitos:
1.Ameaça de prática ilícita
Ex: mato-te o cão se não me deres o carro
ameaça ilícita, causando o medo para obter a declaração negocial, declarante
tem a liberdade escolhida; realizada pelo próprio ou por um terceiro;
2- Receio da concretização dessa ameaça
3- Mal ameaçado seja extorquido a emissão da declaração negocial
(obtenção da declaração negocial)
Dupla causalidade: Ameaça gera o medo, o erro gera a declaração negocial;

Ameaça que provoca o medo varia de pessoa para pessoa:


Ex: Às vezes, pequenas ameaças são o suficiente, para desencadear a
sansão;
- Anulabilidade do NJ

2 tipos de coação psicológica realizada por:


 Declarante
- Basta que a ameaça tenha gerado medo;

 Terceiro
 Só confere o direito não apenas pela ameaça grave, mas para além disso
a lei exige que a hipótese real da concretização da ameaça (qualifica a
gravidade e real)
56
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

- Isto é, de gravidade e ainda exige que seja real o perigo da consumação


(tem de ser produzida)

Coação física: não há declaração negocial, alguém instrumentalizado pela


força para fazer algo art 246 nº2
Erro vício + coação psicológica:
Relativamente ao erro- obstáculo ou erro na declaração;
- Vontade formada, mas quando o faço, faço mal; (deficientemente
exteorizada)
-trata-se de ver quando é que o declarante é vinculado ou desvinculado do
NJ;
- Declaração negocial, mal exteriorizada,
- Art 253º, 254º: Dolo;
- Art 247º-250: erro obstáculo

Art 247 do CC:


- Não discrimina subespécies de erro na declaração;
- Erro da declaração de algum destes aspetos;
- Erro na declaração seja relevante:
- Essencialidade: se não fosse o erro teria resultado outro resultado do
negócio ou não tivesse realizado;
- Cognoscibilidade- conhecimento do erro pelo declaratário

Ex: vender o carro 1 a B e a C


Só é anulável se se provar a essencialidade;
Há vinculação do declaratário;
O direito torna-se irrelevante se faltar a essencialidade e a cognoscibilidade!!
(não é anulável)
Negócio vale mesmo independente da vontade do declarante;
57
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Regime do erro na declaração surge diferenciado do erro-vício, para além do


direito da anulação permite igualmente o direito à bonificação com
contrato (modificação)- Art. 248º do CC

2 modelos adicionais do regime de erro na declaração (diferente do art. 247)


 1 modelo (erro por cálculo ou escrita)
- A lei retira o direito de anulação permitindo o direito à retificação do
NJ
 2 modelo Art 247
- Núncio: vincula o comportamento, através da declaração negocial
- Mandatário: contraente que tem o dever contratual de cumprir aquele
comportamento;
- Indiferente que o erro ocorra de um terceiro ou do declarante o regime
é sempre o 247º- não pode ser anulado

Simulação (costuma sair na frequência) (Art 240-243º do CC)


 Erro é sempre espontâneo (lavra em erro, não é propositado)
 Apresenta uma hipótese de divergência intencional entre a vontade
negocial e a vontade declarada situação e que as partes do NJ
acordam entre si emitir uma declaração negocial que não está no
acordo com a sua vontade para enganar terceiros;
3 hipóteses:
- Acordo-simulação: dirigido a criar em terceiros a “situação de engano”
- As partes declaram um NJ que não querem celebrar;
- Para enganar terceiros:
- Ex: exteriorização do comportamento declarativo: para enganar o Estado;
- Fugir aos impostos, convencionam uma compra e venda num valor
inferior ao preço real para enganar o Estado;
Simulação quando não querem celebrar um NJ, apenas para exteriorizar para
enganar terceiros, celebram apenas o negócio simulado e não outro
- Simulação absoluta
Ex: Um pai é empresário, passa o seu património para os seus filhos
58
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

(simula uma passagem), realmente não ocorre

Celebrar um NJ diverso diferente do que estabelecem entre si = 2º negócio


para além do simulado, mas querem celebrar outro que fica ocultado pelas
declarações ao negócio simulado (simulado e dissimulado)
- Simulação Relativa;
Ex: venda de um bem a um filho, necessita do consentimento dos outros
filhos, contudo sabe que estes dirão que não, exterioriza uma doação o
negócio real é a compra venda;
Ex: regime o arrendamento:
- Cessação do contrato por iniciativa do senhorio;
- Acordando a renda a pagar (dissimulado, negócio real, disfarçado) -
exteriorizando usufruto (simulado)
22/11/2019
 Vícios da declaração
Anteriores: divergências intencionais e não intencionais:
Não intencionais: erro obstáculo ou na declaração

Simulação
 As partes acordam celebrar um NJ que não corresponde há vontade
exteriorizada, com intuito de enganar terceiros;
 Tratamento jurídico mais gravoso que os outros vícios;
 Sanção estabelecida para o negócio simulado art 240º;
Nulidade: forma de invalidade mais grave que a anulabilidade;

Pode haver simulação relativa: as partes celebram um NJ, que é diferente à


declaração exteriorizada,
- Simulado- exteriorizado;
- Dissimulado- negócio “oculto”, “disfarçado”
- Sai em frequência com assuntos direcionados em relação preço;
59
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Ex: de um pai que quer doar a um filho uma casa (mas simula uma compra e
venda)
- Porque para doar uma casa a um filho, é necessário a “autorização” /
conhecimento dos outros filhos;

Art 241º nº1: Simulação relativa


- A lei autoriza o negócio dissimulado (a sua validade depende do regime
jurídico que lhe for aprovado)
- Ex: salvar a eficácia dissimulado seja válido;
- A validade deste depende do regime jurídico aplicado;
Ex: Doação (compra e venda)
- Problema: temos de ver o Preço (a doação não tem)
- Neste caso, existe uma regra que cria a determinação (até
pode ser o tribunal)
Nº2 do 241: a forma do NJ dissimulado, tem de ser respeitado;
A nulidade do negócio simulado, não contagia a validade do negócio
dissimulado (sobre o regime jurídico do negócio dissimulado)
- A lei é tolerante com a prática do negócio dissimulado;
Qualquer das partes na relação contratual pode invocar a dissimulação;
- Art 242º
Qualquer interessado pode envolver a nulidade;
Quando houver um terceiro, a nulidade não é declarada;
- Para proteger o “terceiro de boa fé”

Ineficácia do NJ
Ineficácia irregularidade
NJ: autonomia privada;
Alguém exterioriza para ocorrer a produção de Efeitos jurídicos;
60
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Irregularidade:
 violação de uma norma legal quanto há celebração, essa nulidade não
afeta a produção de Efeitos Jurídicos;

Ineficácia:
 Um grupo de situações em que todo ou parte do NJ não produz os
efeitos que desencadearia em questões de eficácia;
- Ex: Punição da forma legal (220º) - nulidade

Espécies de ineficácia: (divergência doutrinária)


 Invalidade;
 Ineficácia em sentido estrito;

Outros autores como o professor Oliveira Ascensão (tem + 1 espécie: da


inexistência jurídica)
 Muito + grave (incumprimento gravoso das partes dos requisitos)
 Ex: divergência entre a vontade negocial e entre a declaração negocial
- Declaração não séria;
- Falta de consciência da declaração;
- Coação física;
- Não carece de qualquer feito (inexistência)

(art 285 e seguintes) Invalidade: tem três espécies


- Nulidade (tem regime jurídico específico)
- Anulabilidade (tem regime jurídico específico)
- Invalidades mistas ou atípicas (“mistura” da nulidade + anulabilidade,
não cria um regime jurídico específico)
Anulabilidade:
 Menos grave da invalidade
 Produz os seus feitos até a sua anulação
 A lei dá este “poder” a uma das partes do NJ
61
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

 Se nunca vier a ser anulado, irá convalidar-se e torna-se válido para


sempre;
 Prazo de caducidade de 1 ano, após o vício ter sido reconhecido;
 Quem agiu em erro, teve o prazo de um ano para anular, no final do
prazo o direito à anulação caduca e o NJ fica sanado (curado) ao vício
que podia anular;
Ocorre por 2 factos:
- Em primeiro lugar:
- Efeitos retroativos
- Em segundo lugar:
confirmação (288º): declaração negocial do titular do direito à
anulação;
Aquele que confirma prefere manter a validade do NJ, apesar de ter
o direito à anulação;
A legitimidade da anulação pertence a quem agiu em erro;
- É convalidado (por caducidade do prazo ou por confirmação)
25/11
Nulidade:
 + grave (não produz os seus efeitos jurídicos desde o início);
 Pode ser arguida por qualquer interessado
- “Interessado” Cuja posição jurídica é afetada pelo negócio jurídico
nulo (art 286º);

 Legitimidade para arguir o NJ;


 O tribunal pode/deve oficiosamente declarar, mesmo que as partes
não solicitaram;
- Por força do exercício da função
 JOGA COM INTERESSES DA TUTELA PÚBLICA;
 Não tem nenhum prazo;
 Não pode ser convalidado (não pode ser confirmado)
 Não há Sanação do vício

O negócio que é válido no momento da sua formação, no momento da


conclusão do negócio (é válido para sempre)
 Não gera a invalidade;
62
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

Se o contrato não é válido no momento do contrato (temos de ver se é


anulabilidade ou nulidade)
- Anulidade: pode-se convalidar;
 O negócio pode-se convalidar, sanado o vício (curar o vício);
- Nulidade: nulo uma vez, nulo sempre;
- Não há sanação do vício;

Pode sair na frequência, repetiu-se muito!!!!

A invalidade negocial afeta o NJ no momento da sua conclusão


- É retroativa ao momento da conclusão do NJ
Ex: A vende a B o prédio X
Se a cognoscibilidade e a essencialidade estiverem presentes, poderá
ocorrer a anulidade da venda;
- Se houver anulação, destrói retroativamente até a data da conclusão do
negócio (apagar o negócio, como nunca tivesse sido concluído)

Art 289º
Alínea 1:
- Retroatividade: a data da conclusão do negócio;
- Quando o negócio é nulo, é como se nunca tivesse existido;
Pecuniário: dinheiro;
Espécie: tudo menos em dinheiro;
Quando a restituição em espécie não é possível, tem de devolver à
contraparte, o valor correspondente;
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Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

 Quando aquilo que foi recebido não pode ser entregue (exemplo:
espetáculo da Gulbenkian), tem de dar o respetivo valor;

 Ex: A vende o carro a B e B vende a C;


Se o primeiro negócio for nulo, o segundo negócio também é nulo (se
houvesse mais, era na mesma tudo nulo, afeta sempre a legitimidade)

- Se a compra e venda é nula, a propriedade ficam com o proprietário


Art 892º: Nulidade de venda; (venda de bens alheios)
Art 286º
Nulidade atípica ou mista (tem características de outro tipo)
- A lei retira a nulidade e introduz elementos de negócio anulável num
negócio nulo;
- Ex: “foge” ao regime 286º (regime específico)
Art 823º
Art 243º nº1
Art 410 nº3

Quadro da ineficácia
- Invalidades;
- Ineficácia em sentido restrito:
Ex: 686º do CC

A eficácia da mesma depende do registo


Hipoteca não registada: é válida para as partes, mas não produz efeitos
jurídicos;
- A validade não é posta em causa

Invalidade atípica (não consta na lei)


64
Aulas teóricas de TGDC I: 1ºC subturma 18, 1ºsemestre Rodrigo Espiñeira nº62816

 Só se considera a nulidade e a anulabilidade;

25/11/2019
 Diploma das CCG;
 Comércio eletrónico;
 Capítulo V do MC não saí!!!!
 Interpretação também não sai!!!!!
 Há matérias que não são dadas em IED e são dadas a TGDC I e vice-
versa;
Estamos a dar a ineficácia jurídica;
Não sai a redução e a reconversão do NJ

29/11/2019
Hoje vamos dar a Conversão e a redução do NJ
 Invalidade do NJ
 NJ anulado ou declarado nulo;
 As NJ ficam afetadas ou será impossível realizar ou salvaguardas
alguns Efeitos Jurídicos;

Art 292,293º do CC:


 Redução do NJ (292º do CC)
 Conversão do NJ (293º do CC)

Ex: Diploma das CCG


REDUÇÃO do NJ
- A violação de uma norma imperativa retira esta cláusula;
- O negócio é declarado nulo (mas se retirar a cláusula viciada, isto é, é
retirada a cláusula com invalidade, o resto do negócio tem validade!
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- Invalidade parcial (não afeta todo o NJ), só algumas cláusulas


SANÇÃO: retirar aquelas cláusulas do Conteúdo do NJ
 Antes esta matéria estava na interpretação e integração do NJ;
 Agora está nas invalidades
O negócio “pode sobreviver” com uma cláusula “amputada”

Art 292º- Redução


 O negócio vale na parte não afetada, este tem de ser concluído sem a
cláusula viciada)
- É necessário a determinação do objeto do NJ;
- Se não consigo determinar o objeto do NJ, o negócio “não sobrevive”

Amputação de uma parte do negócio, pode afetar um contraente;


Conflitos das partes: uma parte pode querer a “manutenção” do contrato e
outra pode querer a anulação (inteira) do contrato;

Demonstração que a declaração negocial para aquele negócio foi


exteriorizada em relação a todo o conteúdo das cláusulas
(Não teria sido realizado se a parte tivesse percebido que havia uma cláusula
viciada)
Vontade hipotética (A vontade hipotética da cláusula só viciada)
(a real foi dirigida a todo o contrato)

Art 293º- Conversão do NJ


Conversão anulidade ou anulação total do NJ;
- Subsistência de um negócio do mesmo tipo ou de tipo deferente;
Todo o NJ é afetado;mn
Se é nula as declarações podem valer para um contrato-promessa de compra
e venda?
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As declarações negocias são aproveitadas para a celebração de um negócio


do mesmo tipo ou de tipo diferente
Ex: Um contrato-promessa pode vir de uma declaração negocial nula?
PODE (quase sempre)
- De um tipo negocial nulo (contrato de arrendamento nulo) (contrato-
promessa de arrendamento)
O que é que não deixa a conversão de outro tipo:
Art 411º- também pode haver promessa unilateral (se uma parte não quiser)
- Apenas uma das partes se obriga a celebrar (unilateral ou monovinculante)

- Se as duas partes se obrigam a celebrar/reconversão (bilateral ou


bivinculante)

Redução: situações nulidade ou anulação parcial;

2/12/2019
Explicação de dúvidas;
Erro sobre os motivos é o mais comum;
-Pessoas do declaratário

Teoria da Emissão
Teoria da Expedição
Teoria da Receção
Teoria do Conhecimento

Pode-se usa estas últimas duas (estão certas)


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Marcar:
- Negócio da Usura;
- Ver simulação relativa e absoluta!

Erro vício
- Erro sobre os motivos
- Base do Negócio; (ambas as partes do negócio)
- Art 437º: Condições de admissibilidade (exterior)

“Culpa in contrahendo”: art 227º pré-contratual (gera responsabilidade civil)

9/12/2019
- Deveria dar a matéria da legitimidade e da representação (com mandato e
sem mandato)
- Vai ser dada no início do 2º Semestre

Resolução da frequência:

1ª pergunta:
- Contratação eletrónica!!
- Teoria do “duplo clique”
- Ordem de encomenda;

- Processo automático: a proposta só vincula o preponente se o cliente


confirmar
Exceções: TAP, CP
O professor queria para dizer é uma oferta ao público, aceitação da proposta;
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A proposta devia ter sido confirmada;


 Teoria do duplo clique do comércio eletrónico!
 O que importa não é a solução, mas sim uma fundamentação que
demonstre conhecimento;
- 3 declarações negociais:
- 1ªOferta ao público;
- 2ªDeclaração de receção;
- 3ªConfirmar a ordem de encomenda;
Art 29º nº5 da lei 2004

2ªSimulaçã relativa!!
Inoponibilidade de terceiros a boa fé!!!!

3ªErro na transmissão da declaração com erro doloso (dolo)!

16/12/2019
Interpretação e integração do NJ;
Art 236- 239º
236,237,238- Interpretação
239- Integração do Negócio
- Estudar pelo livrinho do professor e pelo MC

Interpretar: apurar o significado jurídico relevante, sobre vários


instrumentos (lei, negócio)
- Texto negocial (não tem de ser escrito, falar em conteúdo da mensagem)
- Cláusulas verbais ou podem ser escritas;
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O objeto: é a declaração negocial


- Não se interpretar negócios (mas sim a proposta e a aceitação);
Interprete-aplicador: Juiz: interpreta o litígio e aplica a lei;

Tarefa interpretativa: necessária e indispensável;


- Qual é que o significado juridicamente relevante;

- Significado mais simples: sentido literal;


- Temos de ver qual é o significado que prevalece
239- Integração
236-238º- interpretação

- Ver os conteúdos hermenêuticos (critérios interpretativos, regras da


interpretação)

Integração: Art 239º


não falamos da interpretação;
- É sempre posterior à inte rpretação do negócio;
- Critérios de integração de lacunas

Interpretação (significado juridicamente relevante) do negócio:


Tarefa prévia:
- Se aparecer um vício: temos de identificar;
- Há casos e que antes de vermos o erro, temos de ver o que é aquilo quer
dizer;
- Ex: dois irmãos chamarem a um aspirador “popó”; temos de ver os
vícios!! (pode haver códigos semânticos)
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Art 236º:
- Vamos fazer o percurso de um juíz;
- Distinção entre 236º 1, 236º 2

- Art 236 começamos pelo 2 e vamos para o art 236 nº2;


- Depois passamos para o 237º;
- Se não conseguir ver as respostas, temos de ver o artigo dos casos
duvidosos

Art 238º- negócios formais (formas específicas);


Ver a doutrina maioritária

Art 236 nº2: caso do “popó”


- Acordo real das partes (“falsa demonstratio non nocet”)
- A falsa declaração não vale;

Declaratário médio: fora das partes;


- Muito difícil provar em tribunal; não basta conhecer a vontade real, mas
também concordar!!!!!

Os antecedentes podem ajudar:


Aplicar o elemento sistemático:
Elemento histórico: o contexto;
Elemento teleológico: os elementos teleológico
- Microssistema revelatório
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Pacto simulatório: acordo entre as partes;


Art 236 nº1:
Declara normal colocado na posição do declaratário real (conceção
objetivista)
O que interessa: é o declaratário normal (é o médio)
Não interessa quem emite, mas sim quem recebe!!!!
Ex: juiz (se eu tivesse lá, interpretava desta maneira)
Declaratário médio: Razoabilidade, diligência e ao fé

Artigo 237º: equilíbrio

Ex: calçado: (um vende como ténis e outro compra como sapatos de ballet)
- erro sobre o objeto (art 251º)

Art 238º negócios formais (atenção)


Duas posições:
Falta de forma:
Tarefa interpretativa

Art 239º

Não há lacunas com normas supletivas


- Pode haver submissão;
Aqui não se aplica a integração por analogia!! (isso é para a lei, não para os
negócios)
-
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Critérios de integração de lacunas:


-Vontade hipotética das partes (o que queriam se tivessem previstoa s
lacunas)
- Boa-fé (critério objetivo)

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