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PROCESSO CIVIL 3

2020/2021
07/10/2020

LAP – Licenciados em direito inscritos na AO


Licenciados inscritos na OSAE

Atos próprios – mandato forense e consulta jurídica

1157º - mandato forense

Mandante – cliente
Mandatário – advogado ou solicitador

1178º
1157º - por conta do mandante
1178º - por conta do mandante em nome do mandatário

Mandato judicial:

• Instrumento público
• Documento particular
• Declaração verbal

Mandato = contrato bilateral sinalagmático


Procuração = ato unilateral (262º CC)
Procuração
Ana Catarina Malainho da Cunha, solteira, mair, natural da freguesia de Póvoa de
Santo Adrião, concelho de Odivelas, titular do cartão de cidadão nº 0000000 3YZ4,
válido até 25/05/2028, contribuinte fiscal nº 236341342, residente na Avenida 25 de
Abril, nº1, 5370-000 Mirandela, constituiu sua procuradora a Sra. Dra. Anabela Mota,
solicitadora titula da cédula profissional nº 0000, com escritório na rua Vale da Azenha,
nº5, 5370-000 Mirandela, a quem confere poderes forenses gerais em direito permitido
e ainda poderes para transigir, desistir e confessar.
Mirandela, 7 de outubro de 2020

08/10/2020

• Procuração
875º CC remeter para o 262º CC + 116º CN e 46º CN

• Substabelecimento
Eu, abaixo assinado, Lia Araujo, advogada titular da cédula profissional nº 5626P, com
escritório na rua do Tabelião, nº 35, r/c em Chaves, _____________________
substabeleço no meu ilustre colega Sr. Dr. Abílio Varandas, advogado titular da cédula
profissional nº 0000P com escritório na Rua 25 de Abril, nº 20 em Mirandela os
poderes que me foram conferidos por Catarina Malainho, no processo nº 20/19.8
TBCHV que corre termos no Juízo Local Cível de Chaves – Juíz 1.

Chaves, 8 de outubro de 2020


15/10/2020
Art. 1º CPC
Art. 2º CPC
Art. 20º CRP

Princípio da tutela jurisdicional efetiva

Lei 34/2004 de 29 de julho

Artigos a ter em conta:


Lei 34/2004, de 29 de julho
Artigos 4º e 5º, artigos 6º e 13º, artigos 14º e 15 e artigos 16º e 18º

21/10/2020
20º CRP
1º + 2º CPC

Proibição da autodefesa
Garantia de acesso aos tribunais

Princípio da tutela jurisdicional efetiva

Lei Acesso ao Direito e aos Tribunais – Lei 34/2004 de 29 de julho

Sistema Acesso Direito Tribunais


• Lei Acesso 34/2004

Informação jurídico 4º Proteção jurídica 6º

Estado (campanhas de sensibilização)

Consulta jurídica 14º e 15º

Apoio jurídico 16º a 18º

Lei 53-B/2006, 29 de dezembro – cria IAS (indexante apoios sociais)

28/10/2020
Ficha de avaliação formativa
Caso 1
António Rodrigues foi citado para contestar a ação n.º 1720/20.1T8CHV, que corre
termos pelo Juízo Local de Chaves, Juiz 2, e que Bernardo Xavier intentou contra
ele. António, que é solteiro, aufere apenas uma pensão mensal de 420,00 € e não
tem possibilidades económicas para pagar as despesas de tribunal nem os
honorários de um advogado, por isso vai pedir apoio judiciário.
a) Preencha o Mod.PJ1-DGSS versãowww.seg-social.pt em conformidade com as
pretensões de António.
b) Esclareça qual o efeito do pedido sobre a instância.
R: cruzamento do processo civil.
24º/4 – lei 34/2004
A nomeação de patrono tem de ser comunicada no processo – interrompe-se o prazo,
caso contrário a segurança social não o faz.

c) O efeito seria o mesmo se António tivesse constituído um advogado e apenas


quisesse apoio na modalidade de dispensa de taxa de justiça e demais encargos
com o processo?
R: não suspende, o advogado continua a ter os 30 dias para contestar. 552º CPC+24º
lei 34
Caso 2
Ana Maria pretende instaurar ação executiva contra Berta, com vista à penhora de
bens desta. Como Ana Maria aufere 350,00 € por mês, pretende pedir o apoio
judiciário em todas as modalidades aplicáveis ao seu caso, incluindo a nomeação de
patrono.
a) Preencha o Mod.PJ1-DGSS versãowww.seg-social.pt em conformidade com as
pretensões de Ana Maria.
b) Esclareça qual o efeito do pedido sobre a instância.
R: não há instância, só com a petição inicial. Ana Maria só pode intentar a ação
quando tiver advogado.

• Formas de resolução alternativa de conflitos

RAL – Resolução Alternativa de Litígios

1. Negociação
Terceiro neutro pode ser juiz, árbitro, mediador – alguém que pende para
ambos.
Um advogado não é neutro.
Não é privativa de advogados ou solicitadores. As próprias partes podem
proceder à negociação.

2. Arbitragem
É indiferente o resultado da sua decisão.
Ao contrário da negociação aqui temos:
As partes representantes destes + árbitro ou painel de árbitros. Assume cariz
semelhante ao tribunal.
Ambas têm de assinar um protocolo para resolver através da arbitragem.
A decisão de mérito é vinculativa.

3. Conciliação
Terceiro neutro tenta que façam acordo.
594º CPC e 931º CPC – conciliação jurisdicional
Ou conciliação enquanto meio de RAL – art. 12º Lei 144/2015 8 de setembro

4. Mediação
Um terceiro neutro que assume papel de facilitador de acordo
12/11/2020

Caso prático
No âmbito de um incumprimento contratual de direito do consumo, Carlos e Damião
acordaram em submeter o seu conflito a um Tribunal Arbitral e, para o efeito,
assinaram uma convenção de arbitragem, onde nada acordaram quanto à
possibilidade de recurso. Decorrido o processo, de acordo com a Lei da Arbitragem,
foi proferida decisão que condena Carlos a pagar a Damião a quantia de 1200,00
€.Inconformado com a decisão, Carlos pretende recorrer da mesma.

R:
39º/4 LAV – para haver recurso as partes têm de outorgar na convenção de
arbitragem.

18/11/2020
Lei 23/2013
Artigos a ter em conta: 21º, 22º, 24º, 25º a 27º, 28º e 29º, 30º a 34º, 35º a 46º.

19/11/2020
Lei 23/2013
À luz da lei 23/2013, os interessados podiam reclamar a relação de bens no prazo de
20 dias, atualmente têm 30 dias para o fazer.
Nela podiam acusar a falta de bens, requerer a exclusão de bens indevidamente
relacionados e arguir inexatidão na descrição dos bens.

As reclamações contra a relação de bens são notificados ao cabeça de casal


(art.35º) para os relacionar no prazo de 10 dias.

A complexidade da matéria de facto ou de direito pode tornar inconveniente a


decisão incidental destas questões e por isso o notário pode abster-se de decidir e
remeter os interessados para os meios judiciais comuns – art. 36º/1.

As dívidas são suscetíveis de impugnação, sejam elas passivas ou ativas.


As dividas ativas representam créditos sobre terceiros ou interessados no inventário
e são relacionadas como bens da herança.
As dividas passivas representam débitos da herança – a herança responde pelo
pagamento das dívidas do falecido.

Os débitos da herança aprovados por unanimidade e por aqueles a quem compete


aprovação em representação menores ou equiparados consideram-se reconhecidos.
Exceto se a lei exigir prova documental especial para comprovar a sua existência.

Os momentos mais marcantes da tramitação são: conferencia preparatória,


conferencia de interessados, partilha.

!! Mapa de partilha pode sair em exame

27/11/2020

1097º, 1131º, 1137º


+ relacionar bens que constituem objeto de sucessão a servir de base eventual
liquidação da herança sempre que não haja que realizar a partilha da herança.
Ex: morre A, solteiro, não tem ascendentes nem descendentes, nem irmãos, tios ou
primos. Quem são os herdeiros? O Estado. Nesse caso não se partilha com ninguém,
há o processo de inventário para servir de base à liquidação da herança.

Competência – exclusiva dos tribunais: 2102º/2 al.b) e c), 1083º + quando constitui
dependência doutro processo (ex: processo de divorcio – inventário corre por apenso
ao divórcio)

2102º - maior acompanhado não pode comparecer numa escritura pública (incapaz) a
aceitação tem de passar pelos filtros do ministério público – chamado
automaticamente.
Ministério público entende que incapaz – aceitação beneficiário
O menor só aceita se houver benefício porque não pode pagar dívidas
Ex: A aceita herança, faz-se habilitação de herdeiros- ativo 100 mil€, passivo 200 mil€
Não dá para pagar as dívidas, herdeiro pode ter de as pagar – aceita a benefício de
inventário

É competente o tribunal do lugar da abertura da sucessão se não residirem em


Portugal será o último lugar onde residiu em território nacional
Se nunca viveu em Portugal, mas tem nacionalidade portuguesa – art. 75º-A

1083º
1090º
1094º

Requerimento – 1097º a 1099º


Fase inicial Fase inicial relação de bens – 1098º
Despacho liminar e citação – 1100º
Citação do cabeça de casal – 1102º

03/12/2020

Saneamento do processo:
Fase em que o juiz vai imitir um despacho onde resolver as questões suscetíveis de
influir na partilha - art.1110 CPP.

O que acontece na conferência de interessados? É presidida pelo juiz e interessados.


O juiz vai tentar que elas chegam a um acordo é que componham os seus quinhões.
❖ MAPA DE PARTILHA - art.1120 CPP
Quando chegamos à fase do mapa de partilha já aconteceu a conferência de
interessados no qual os herdeiros chegaram a um acordo ou não chegaram mas
houve licitação. A fase seguinte é fazer um mapa, esse mapa até 2013, o processo ia
ser trabalhado pelo senhor escrivão para ele fazer o mapa e depois mandava para os
advogados/solicitadores.

Agora o art.1120º diz que chegando a esta fase são notificados os interessados e o
MP(quando tenha intervenção principal), para, no prazo de 20 dias apresentarem
proposta de mapa de partilha.

NOTA -que temos de observar quando fazemos o mapa de partilha:

⁃ 1. somar o ativo (pegar na relação de bens e ver o valor do ativo),


somar os bens;

⁃ 2. vamos fazer essa soma, somam-se os valores de cada espécie de


bens conforme as avaliações efetuadas;

⁃ 3. Depois de deduzir as dívidas e legados vamos determinar o montante


da quota de cada interessado e a parte que lhe cabe em cada espécie de bens;

⁃ Em seguida, faz-se o preenchimento de cada quota com referência às


verbas ou lotes dos bens relacionados;

Caso prático:
A faleceu sem testamento, era casado com B no regime de comunhão geral de bens e
deixou 3 filhos, C, D, E.

b)
Primeira coisa que temos de fazer, saber se a pessoa que pediu o inventário tem ou
não legitimidade para pedir inventário - art.1097º e 1099º.

No caso, quem pediu o inventário foi o FILHO D. Tem legitimidade.


Nos termos do artigo 1099º vai indicar o regime de bens, juntar a certidão de óbito e
indicar todos os elementos que disponha já. Tem de dizer quem deve ser o cabeça de
casal.
Que fases seguirá? Temos o requerimento inicial, a seguir ao requerimento inicial, tem
de fazer um despacho ao juiz depois do cabeça de casal apresentar a relação de bens
acontece que são notificados nessa relação de bens os demais interessados e estes
podem deduzir oposição, impugnar ou reclamar (que faltam bens, que faltam herdeiros
que não, etc) é a fase de reclamação (art.1104º) passando essa fase o juiz vai proferir
uma decisão no sentido de dar razão a um ou a outro, aquele que deduzir incidente ou
responder. Dando o juiz uma decisão sobre o incidente a fase seguinte é que o juiz
pode determinar uma audiência prévia ou pode passar diretamente ao saneamento do
processo, seguidamente temos conferência de interessados que pode ser seguida de
licitações e seguidamente temos o mapa de partilha.

O QUE NÓS FAZEMOS NUM MAPA DE PARTILHA

Começar por colocar numa coluna as verbas que compõem o matrimónio.


Vamos somar os bens todos e verificamos que a herança tem um valor.
Em 400 dividimos por 2 e vai dar-nos 200 que são meação da viúva - que são dela.
Os outros 200 é a meação do falecido. Como vamos partilhar os 200? A viúva tem
nunca menos que a quarta parte.
São 3 filhos, então vamos dividir 200 por 4 que nos vai dar 50. A viúva tem que
receber 200 da sua meação mais 50 que é o seu quinhão hereditário ou seja, vai ter
de receber 250. Pertence à viúva 250.000.
Quanto pertence aos filhos?
Tem direito a 50 que é o seu quinhão hereditário de cada filho.

Como ficaram os bens?


Suponha que no final do processo fizeram um acordo é que todos os bens foram
adjudicados ao filho c

Temos bens no valor de 400, e foram todos adjudicando ao filho C


Vamos pôr em cada parcela todo o património.
Vai ter de dar de torna a quem recebeu a menos. É o c que vai dar porque tinha de
receber 250 e recebeu 0. E o D que tinha de receber 50 e recebeu 0.

Ele levou 350 a mais, temos de verificar os que levam a menos.

Artigo (2139 CC) - fazer as contas e o mapa de acordo com este artigo.
Regime comunhão geral de bens também temos de ver.
Ou 2142
Sucessão do cônjuge e dos descendentes
Artigo 2139, 2140, 2141

Sucessão do cônjuge e dos ascendentes


Artigo 2142, 2143, 2144

Sucessão dos irmãos e dos seus descendentes


Artigo 2145, 2146

Sucessão dos outros colaterais


Artigo 2147, 2148, 2149, 2150, 2151

(Sai mais sobre as viúvas e filhos -)

Fazer um mapa de partilha

Verbas Valor B C D E F
1 2000 2000
2 1500 1500
3 42500 42500
-11500 -6625 -7125 +33875 -8625

Fazer as contas: se é viúva e filhos (2139º cc)


Como se faz a divisão: a dividir por 5, os 3 filhos, a mulher e neto (F)

Fazer a verificação- quanto pertence a cada um e quanto leva.


A partir de 3 filhos vamos dividir sempre por 4 para achar a parte da viúva.

Leva e pertence:
Nota: se levar a mais tem de fazer retorna.

2000 + 1500 + 42500 = 46000 – total da herança


460000 ¼ viúva = 11500 – casada na separação de bens 2139º

46000 – 11500 = 34500 (filhos)


34500 : 4 = 8625 – que tem de receber cada filho / o neto recebe aquilo que caberia
ao pai

09/12/2020
Resolução ficha 3-1

10/12/2020

Resolução ficha 4 (virtual)

Caso 1
Morre A. Herdeiros – viúva e mãe. Os bens são comuns, património 46.000€

VERBAS VALOR Viúva Mãe


1 40.000€ 40.000€
2 6000€ 6000€
Total 46000€
Pertence 38333,33€ 7666.67€
Leva 40.000€ 6000€
+1666,67€ -1666,67€

2142º CC
46.000€/2= 23.000€ meação da viúva
23.000€/3 = 7666,67€ (pertence à mae)
15333,33€(viúva)+ 23.000€ = 38333,33€
Caso 2
A morre, só deixa 2 irmaos, um germano e um uterino

VERBAS VALOR Germano Uterino


1 40.000€ 40.000€
2 6000€ 6000€
Total 46000€
Pertence 30666,67€ 15333,33€
Leva 40.000€ 6000€

2146º CC
46000€/3 = 15333,33€
Porque o irmão germano leva o dobro do uterino.

16/12/2020

Ação declarativa – AECOP 1º a 6º

Req. BNI
Notificação 15 dias p/pagar
Procedimento injunção Notificação
Notificação 15 dias p/deduzir oposição

Fórmula executória – título executivo

AECOP – prazo para contestar:


15 dias ou 20 dias

Até 5000€ - 3 testemunhas


Acima de 5000€ - 5 testemunhas
17/12/2020

Art. 1º a 6º (não é necessário articulados)

15 dias – até 5000€


Contestação
20 dias – superior a 5000€

Prova

3 até 5000€
Nº testemunhas
5 superior a 5000€

Petição
2 articulados
Contestação
(vai concluso ao juiz p/marcar julgamento nos 30 dias seguintes)

155º - não há aplicação deste artigo na injunção

Exceção: divida entre dois comerciantes, já não há limite de dívida no valor de 15.000€

O requerimento de injunção efetua-se pela via eletrónica, mais concretamente através


do CITIUS para injunções em que haja mandatário.
A constituição do mandatário não é obrigatória quando o valor for inferior a 5000€, e
nesses casos, o requerente intenta a injunção em suporte de papel – art. 8º

10º al. j) – referente a uma ação especial


Caso o requerido não deduza oposição, nem nada disser, o juiz confere-lhe um título
executivo.

269/98 – estabelece limite de 15000€, salvo se a transação for comercial 62/2013, isto
é, se ambas as partes forem empresas

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