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1.

Se uma pessoa, por meio de escritura pública devidamente registrada no cartório de registro de
imóveis, conceder a outra o direito de construir em seu terreno, caracteriza-se o direito de

Alternativas:

A usufruto.

B habitação.

C superfície.

D uso.

E Servidão

2. Vinícius comprou de Rejane um apartamento em um condomínio edilício, mas depois da imissão


na posse e transcrição no registro veio a descobrir que a antiga proprietária deixou inadimplidas
obrigações antigas relativas à taxa condominial, as quais o condomínio está agora exigindo de
Vinícius.
Sobre o caso, é correto afirmar que Vinícius:
Alternativas:

A não é responsável pelo adimplemento dessas obrigações, que são de responsabilidade do proprietário ao
tempo de seu vencimento, cabendo ao condomínio exigi-las diretamente de Rejane;

B é responsável pelo adimplemento dessas obrigações, mas não pode o próprio apartamento ser penhorado
em caso de inadimplemento, nem tem direito de regresso em face de Rejane;

C é responsável pelo adimplemento dessas obrigações, mas não pode o próprio apartamento ser penhorado
em caso de inadimplemento, e ele tem direito de regresso em face de Rejane;

D é responsável pelo adimplemento dessas obrigações, podendo inclusive ter o próprio apartamento penhorado
em caso de inadimplemento, mas tem direito de regresso em face de Rejane;

E é responsável pelo adimplemento dessas obrigações, podendo inclusive ter o próprio apartamento penhorado
em caso de inadimplemento, e não tem direito de regresso em face de Rejane.

3. Enquanto estava fora do Brasil, Artur permitiu que Dulcineia ocupasse sua casa de veraneio.
Quando retornou, descobriu que ela realizou uma obra que removeu uma coluna que,
desnecessária à sustentação, ocupava uma parte da garagem e, agora liberada, permite o
estacionamento de mais um automóvel.
Diante disso, Dulcineia:
Alternativas:

A não tem qualquer direito em face de Artur; 

B tem direito ao ressarcimento do valor da obra, se estava de boa-fé, sem a faculdade de reter o imóvel até seu
pagamento;

C tem direito ao ressarcimento do valor da obra, independentemente de estar de boa-fé ou má-fé, sem a
faculdade de reter o imóvel até seu pagamento;

D tem direito ao ressarcimento do valor da obra, com a faculdade de reter o imóvel até o seu pagamento, se
estava de boa-fé; 

E tem direito ao ressarcimento do valor da obra, com a faculdade de reter o imóvel até o seu pagamento,
independentemente de estar de boa-fé ou má-fé.
4. A respeito da alienação fiduciária, considere as assertivas a seguir.

I. A alienação fiduciária constitui espécie de garantia pessoal de uma dívida ou crédito decorrente do
financiamento de um bem móvel ou imóvel.

II. O bem alienado fiduciariamente está sob o domínio do credor, enquanto o devedor fica somente com a sua
posse.

III. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, a proteção ao bem de família não se aplica quanto ao
inadimplemento de parcelas de um contrato de financiamento de um imóvel dado em alienação fiduciária do
utilizado para fins de moradia familiar.

IV. De acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a teoria do adimplemento substancial não é
prevista expressamente em lei e decorre de interpretação extensiva de dispositivos do Código Civil, de modo
que não pode se sobrepor à lei especial que rege a alienação fiduciária, por violação à regra de que lei especial
prevalece sobre lei geral.

Está correto o que se afirma em:  

Alternativas:

A II e III, apenas.

B I, II, III e IV. 

C I, II e III, apenas. 

D II, III e IV, apenas. 

E I e IV, apenas

5. Diego adquiriu recentemente uma motocicleta zero quilômetro, viabilizada por meio de
financiamento contratado junto à instituição financeira Nosso Banco S/A. Nos termos do
contrato, que foi garantido pela alienação fiduciária do próprio veículo em favor da instituição
credora, o valor financiado, acrescido dos devidos juros, será pago por Diego em 24 parcelas
mensais. Após adimplir pontualmente as cinco primeiras parcelas, Diego deixou de pagar a
sexta parcela na data de vencimento. Diante disso, a instituição financeira credora ajuizou ação
de busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente com pedido liminar, como a autoriza o
Decreto-Lei nº 911/1969.
Nesse caso, é correto afirmar que:
Alternativas:

A a concessão liminar da busca e apreensão do bem independe de qualquer prévia comunicação ou notificação
a Diego, pois a mora, neste caso, é ex re;

B a concessão liminar da busca e apreensão do bem não pode ocorrer sem que antes se oportunize a Diego a
purga da sua mora no prazo de quinze dias contados de sua intimação;

C a propriedade sobre o veículo se consolidou no patrimônio do banco no momento do inadimplemento da


sexta parcela do financiamento por Diego;

D Diego poderá evitar a consolidação da propriedade do veículo no patrimônio do banco se pagar o valor em
aberto das parcelas vencidas no prazo de trinta dias a contar da concessão da medida liminar; 

E executada a medida de busca e apreensão, Diego ainda poderá reaver o bem livre de ônus se pagar a
integralidade da dívida pendente, tal como apresentada na petição inicial, no prazo de cinco dias a contar da
execução da medida.
6. Fernanda é uma arquiteta bem-sucedida, proprietária de três imóveis residenciais na cidade de
Recife. Como um dos imóveis se encontrava desocupado, ela decidiu emprestá-lo à sua prima
Isadora, esteticista, que estava desempregada e havia sido despejada do apartamento alugado
em que morava. As duas formalizaram o contrato de comodato pelo prazo de um ano,
estipulando que Isadora apenas poderia utilizar o apartamento para sua própria moradia.
Durante os doze meses seguintes, Fernanda permaneceu sem notícias de Isadora. Findo o prazo
do contrato, Fernanda visitou o imóvel para pedir sua devolução. Somente nesse momento
descobriu que sua prima havia morado no local apenas nos dois primeiros meses, tendo depois
convertido o apartamento em uma clínica de estética. Durante a visita, Isadora comunicou a
Fernanda que não sairia dali e, diante da indignação da prima, expulsou-a do local. Fernanda
acionou seu advogado imediatamente e ajuizou ação de reintegração da posse em face da prima
para reaver a posse do imóvel.
Sobre esse caso, é correto afirmar que:

Alternativas:

A a posse de Isadora era clandestina e tornou-se injusta no momento em que venceu o prazo do contrato de
comodato;

B Isadora nunca foi possuidora do imóvel, pois o ato de mera permissão ou tolerância de Fernanda não induz
posse;

C a pretensão deduzida em juízo por Fernanda apenas poderia ser satisfeita no âmbito de ação de interdito
proibitório;

D o juiz deverá determinar a reintegração de Fernanda na posse do imóvel porque ela é a legítima proprietária
do bem;

E a posse de Isadora qualifica-se como precária e não convalescerá com o mero decurso do tempo. 

7. A respeito da servidão ambiental, dos recursos hídricos, da reserva legal, do Sistema Nacional
de Unidades de Conservação da Natureza, do usucapião especial e da Mata Atlântica, julgue o
item seguinte.

Para fins de usucapião especial de imóvel urbano, poderá o possuidor acrescentar sua posse à de seu
antecessor se elas forem contínuas.  

Alternativas:

( ) Certo

( ) Errado
8. Gustavo de Souza e sua esposa apossaram-se de determinado terreno situado na Avenida
Afonso Pena, n.º 2.800, Savassi/MG. No referido terreno foram realizadas acessões e benfeitorias
com o propósito de viabilizar-se a moradia. Acontece que Gustavo foi citado em determinada
demanda possessória ajuizada pelo Estado de Minas Gerais, uma vez que o referido terreno é
considerado bem público. Dessa forma, é correto afirmar que Gustavo é considerado:
Alternativas:

A possuidor, fazendo jus à indenização pelas acessões e não pelas benfeitorias.


 
B detentor, não tendo direito de retenção e não fazendo jus à indenização pelas acessões ou benfeitorias.

C possuidor, fazendo jus à indenização somente pelas benfeitorias.

D detentor, tendo direito de retenção e indenização somente pelas acessões. 

E detentor, tendo direito de retenção e indenização somente pelas benfeitorias.

9. Considerando o Código Civil de 2002, é correto afirmar que as normas sobre Aquisição de
propriedade de imóveis estão contidas no Livro:  
Alternativas:

A do Direito das Coisas.

B do Direito de Empresa. 

C do Direito de Família. 

D das Relações de parentesco.  

E das Pessoas. 

10. Sobre os efeitos da posse disciplinados pelo Código Civil, 


Alternativas:

A o possuidor de má-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa se forem acidentais, porquanto não
contribuiu com culpa ou dolo para tais eventos.

B o possuidor de má-fé tem direito à indenização das benfeitorias úteis, mas só poderá exercer o direito de
retenção sobre as benfeitorias necessárias.
 
C o possuidor de boa-fé poderá exercer o direito de retenção das benfeitorias necessárias e úteis. 

D as benfeitorias necessárias não podem ser compensadas com os danos causados no imóvel.

E o reivindicante, compelido a indenizar as benfeitorias ao possuidor de boa-fé, tem o direito de optar entre o
seu preço atual e o seu custo.
11. Tício, mediante ameaça, se apossou do terreno que era possuído por Caio de forma mansa,
pacífica e com animus domini há mais de 30 (trinta) anos. Caio, utilizando-se de sua própria
força, e apenas dos meios indispensáveis, imediatamente ao esbulho praticado por Tício,
restituiu-se na posse, expulsando-o do terreno. Tício, então, ajuizou uma ação possessória
contra Caio, alegando ter sido possuidor do terreno antes da posse de Caio, por 4 (quatro) anos
e possuir título de propriedade do terreno. Por fim, Tício compareceu à delegacia de polícia,
acusando Caio de ter praticado crime de exercício arbitrário das próprias razões. Acerca do caso
narrado, pode-se corretamente afirmar que

A não poderá Caio, na defesa da ação possessória, alegar que adquiriu a área pela usucapião em razão do
tempo e da natureza de sua posse.

B a conduta de Caio configura o crime de exercício arbitrário das próprias razões, pois a lei civil veda, de forma
expressa, ao possuidor esbulhado restituir-se na posse por sua própria força.

C a alegação de Tício de que é proprietário do terreno não poderia ser apresentada em ação possessória,
tendo em vista o acolhimento, pelo Código Civil, da absoluta separação entre os juízos possessório e petitório.

D quando mais de uma pessoa se disser possuidora, dever-se-á privilegiar o possuidor que primeiramente
possuiu a coisa, mesmo que esta não esteja na sua posse atual.

E a posse é um fato que não encontra guarida no ordenamento jurídico, salvo ao proprietário da coisa, razão
pela qual, se Tício comprovar sua propriedade, Caio deve sair do imóvel, independentemente do tempo de
posse.

12. Ao final do contrato, o comodatário, possuidor de boa-fé, que tiver realizado benfeitorias em bem
imóvel

A não será indenizado pelas referidas benfeitorias, sejam elas necessárias, úteis ou voluptuárias.

B deverá ser indenizado pelas benfeitorias necessárias ou úteis, e terá direito de levantar as benfeitorias
voluptuárias que não lhe forem pagas, desde que isso não gere prejuízo à coisa.

C deverá ser indenizado apenas pelas benfeitorias necessárias, e terá direito de levantar apenas as
benfeitorias úteis que não lhe forem pagas, desde que isso não gere prejuízo à coisa.

D deverá, obrigatoriamente, ser indenizado pelas benfeitorias necessárias, úteis e voluptuárias.

E deverá ser indenizado apenas pelas benfeitorias necessárias, e terá direito de levantar as benfeitorias úteis
ou voluptuárias que não lhe forem pagas, desde que isso não gere prejuízo à coisa.

13. Relativamente à posse, é INCORRETO afirmar que o Código Civil vigente

A determina que, até prova contrária, a posse do imóvel faz presumir a das coisas móveis que nele estiverem.

B possibilita a aquisição da posse por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.

C permite a aquisição da posse por meio de representante da própria pessoa que aquela pretende.

D não admite que atos de mera permissão ou tolerância induzam a posse.

E veda ao sucessor singular unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.
14. Assinale a alternativa errada quanto à posse.

A É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.

B É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.

C Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida.

D O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir
sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.

E O conceito de posse no direito brasileiro depende da prova da intenção de possuidor em agir como se fosse
dono, pois a regra do direito brasileiro é a adoção da teoria subjetiva da posse.

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