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Direito Do Trabalho II

Profa. Andreia Ribeiro


2º Semestre
SEMANA 3
Tema: Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho

FONTE: ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do trabalho


esquematizado. Coord. Pedro Lenza. 3.ed. São Paulo: Saraiva,
2015.
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho

1.1 - Introdução
- O efeito do tempo nas relações jurídicas institui o requisito de
validade de alguns direitos, que somente podem ser exercidos
dentro de um certo prazo, sob pena de extinção da ação vinculada
ao direito (prescrição) ou do próprio direito (decadência).

- Consequência do tempo aliada à inércia do titular do direito.

- Fundamento: Segurança Jurídica; Praz Social.


Prescrição Decadência
- Extingue a ação vinculada ao direito; - Extingue o próprio direito.
extingue a pretensão para o exercício do
direito.
- Dirige-se aos direitos subjetivos. - Dirige-se de preferência aos direitos
potestativos.
- A ação nasce depois do direito, após - São simultâneos o nascimento do
sua violação. direito e o da ação.
- Flui desde o momento em que a - Começa a fluir no momento em que
pretensão é descumprida. nasce o direito.
- Prazo prescricional é fixado por lei. - Prazo decadencial pode ser fixado em
Não pode ser alterado por acordo das lei, em normas coletivas, em
partes (art. 192, CC). regulamentos de empresa.
- Prazo prescricional pode ser - Prazo decadencial corre
interrompido ou suspenso. continuamente, sem interrupção ou
suspensão.
- No Direito do Trabalho, deve ser - Pode ser decretada em face de alegação
arguida pela parte. da parte, do Ministério Público ou de
ofício pelo juiz.
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.2 – Prescrição – Evolução Histórica

- A prescrição no Direito do Trabalho estava regulada apenas pelo art. 11 da CLT


(inicialmente: 2 anos).
- A CF/88 trouxe previsão expressa sobre a prescrição trabalhista no art. 7º, XXIX,
alíneas “a” (5 anos para o trabalhador urbano; 2 anos contados da extinção do
contrato e “b” (trabalhador rural, 2 anos, contados da extinção do contrato de
trabalho), e no art. 233 (direito do empregador comprovar perante a Justiça do
Trabalho, de 5 em 5 anos, o cumprimento de suas obrigações.
- A EC nº 28/2000 alterou a redação do inciso XXIX, do art. 7º e revogou o art. 233,
passando a prescrição trabalhista a ser de 5 anos para trabalhadores urbanos e rurais,
até o limite de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho.
- SÚMULA 308, TST: “I – Respeitado o biênio subsequente á cessação contratual, a
prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a 5
anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao
quinquênio da data da extinção do contrato.
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.3 – Normas gerais sobre prescrição.
- ALCANCE: Corre tanto contra pessoas físicas como contra pessoas jurídicas.
 Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou
representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente (art. 195,
CC).
 A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu herdeiro ou sucessor (art.
196, CC). Logo, na sucessão do empregado falecido, a prescrição iniciada contra o sucedido
continua a correr contra os seus sucessores quanto aos créditos resultantes da extinta relação de
emprego.
- IMPRESCRITIBILIDADE: Alguns interesses são imprescritíveis, porque destituídos de
pretensão contra o sujeito que com o interessado manteve relação jurídica (ex.: declaração de
existência de vínculo de emprego apenas para fins de aposentadoria – interesse meramente
declaratório).
 Contra menores de 18 anos não corre nenhum prazo prescricional (art. 440, CLT).
 1ª corrente: só quando o menor for o trabalhador;.
 2ª corrente: também quando o menor for sucessor do trabalhador falecido (salvo se no momento da
morte já tivesse se consumado a prescrição total).
 Indivisibilidade e universalidade de direitos: havendo um herdeiro menor, o benefício do art. 440,
CLT, se estende a todos os demais herdeiros.
 Quando o menor trabalhador falece, não se aplica o art. 440, CLT aos suces. maiores.
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.3 – Normas gerais sobre prescrição.
- LEGITIMIDADE PARA ARGUIÇÃO: é daquela a quem ela aproveita (art. 193, CC).
 Responsável subsidiário (desde que esteja no polo passivo: interesse econômico)
 OJ SDI-1 130, TST: “Ao exarar o parecer na remessa de ofício, na qualidade de custus legis, o
Ministério Público não tem legitimidade para arguir a prescrição em favor de entidade de direito
público, em matéria de direito patrimonial”.

- RENÚNCIA À PRESCRIÇÃO: Pode ser expressa ou tácita (art. 191, CC). Por tratar-se de
instituto de ordem pública, criado para estabilizar as relações jurídicas:
 Não deve implicar em prejuízo para terceiros;
 Deve ser feito após consumado o prazo prescricional;

- PRESCRIÇÃO DO ACESSÓRIO: a prescrição do direito principal leva à prescrição dos direitos


acessórios.
 O TST adotou posicionamento já pacificado no sentido de que os recolhimentos do FGTS, por
serem acessórios à verba principal, sofrem a incidência da prescrição daquela verba, não se
aplicando nesse caso a prescrição trintenária (art. 23, §5º lei 8.036/90).
 SÚMULA 206, TST: “A prescrição da pretensão relativa às parcelas remuneratórias alcança o
respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS”.
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.3 – Normas gerais sobre prescrição.
- Contagem do prazo prescricional: os prazos são contados em anos (5 e 2)
 Lei nº 810/49 – define o ano civil como sendo o período de 12 meses contados do dia do início ao
dia e mês correspondentes do ano seguinte.
 Art. 132, § 3º, CC: os prazos se meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no
imediato, se falar exata correspondência.
 Exemplos:
 contrato de trabalho extinto em 05 de março de 2014, o prazo prescricional extinguir-se-á em
05 de março de 2016.
 Empregador não efetuou o pagamento de um direito, cujo vencimento era dia 15 de abril de
2011. O empregado terá até o dia 15 de abril de 2016 para ajuizar a ação (desde que o
contrato ainda esteja vigente até esta data).
 Empregado ajuíza, em 07 de junho de 2011, ação trabalhista pleiteando direitos não
cumpridos durante a vigência do contrato de trabalho. O prazo de 5 anos retroage até 07 de
junho de 2006.

- Quando o dies ad quem do prazo prescricional cai em sábados, domingos ou feriados, ocorre a
prorrogação para o 1º dia útil seguinte (art. 132,§1º, CC; art 184, §1º, I, CPC e art. 775, CLT).
- Quanto ao dies a quo – é preciso ter ciência da violação do direito. VEJAMOS:
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1.3 – Normas gerais sobre prescrição.
- Contagem do prazo prescricional: DIES A QUO
 SUM 156, TST: “Da extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional
do direito de ação em que se objetiva a soma dos períodos descontínuos de trabalho”.
 OJ SDI – 1 83, TST: “A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso
prévio. Art. 487,§1º, CLT”.
 SUM 380, TST: “Aplica-se a regra prevista no ‘caput’ do art. 132, do CC/2002 à
contagem do aviso prévio, excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento”.
 SUM 350, TST: “O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento de decisão
normativa flui apenas da data de seu trânsito em julgado”.
 OJ SID-1 129, TST: “A prescrição extintiva para pleitear judicialmente o pagamento da
complementação de pensão e do auxílio-funeral é de 2 anos, contados a partir do óbito
do empregado”.
 OJ SDI-1 401, TST:” O marco inicial da contagem do prazo prescricional para o
ajuizamento de ação condenatória, quando advém a dispensa do empregado no curso de
ação declaratória que possua a mesma causa de pedir remota é o trânsito em julgado da
decisão proferida na ação declaratória e não a data da extinção do contrato de
trabalho.”.
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.4 – Prescrição parcial e prescrição total

 TOTAL: Quando afeta o próprio direito, que não mais poderá ser pleiteado em juízo
(ex.: após o decurso de 2 anos da extinção do contrato de trabalho, sem a propositura da
ação).

 PARCIAL: Quando afeta apenas as partes ainda não prescritas. Incide em relação às
prestações periódicas decorrentes do contrato de trabalho. A cada violação de uma
prestação devida em decorrência do contrato, nasce para o titular o direito de reclamar
seu cumprimento, devendo tal direito ser exercido no prazo máximo de 5 anos.
- SUM 452, TST: “Tratando-se de pedido de pagamento de diferenças salariais
decorrentes da inobservância dos critérios de promoção estabelecidos em Plano de
Cargos e Salários criado pela empresa, a prescrição aplicável é a parcial, pois a lesão é
sucessiva e se renova mês a mês”.

 O TST adotou inúmeros entendimentos com o objetivo de pacificar a discussão sobre


vários termos, no tocante à prescrição parcial e total. VEJAMOS:
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.4 – Prescrição parcial e prescrição total
 SUM 326, TST: “A pretensão à complementação de aposentadoria jamais recebida
prescreve em 2 anos contados da cessação do contrato de trabalho”.
 SUM 327, TST: “A pretensão a diferenças de complementação de aposentadoria
sujeita-se à prescrição parcial e quinquenal, salvo se o pretenso direito decorrer de
verbas não recebidas no curso da relação de emprego e já alcançadas pela prescrição, à
época da propositura da ação”.
 SUM 6, TST: “(...) IX – Na ação de equiparação salarial, a prescrição é parcial e só
alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 anos que precedeu o
ajuizamento”.
 SUM 275, TST: “I- Na ação que objetive corrigir desvio funcional, a prescrição só
alcança as diferenças salariais vencidas no período de 5 anos que precedeu o
ajuizamento. II – Em se tratando de pedido de reenquadramento, a prescrição é total,
contada da data do enquadramento do empregado”.
 SUM 199, TST: “(...) II – Em se tratando de horas extras pré-contratadas, opera-se a
prescrição total se a ação não for ajuizada no prazo de 5 anos, a partir da data em que
foram suprimidas.
 OJ SDI-1 242 TST: não incorporação de h.e. ao salário = prescrição total.
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.4. 1 - Férias
 A cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho o empregado terá
direito a férias (período aquisitivo), devendo ser concedidas pelo empregador nos 12
meses subsequentes à aquisição do direito (período concessivo) – art. 130 a 134 CLT
 Expirado o período concessivo sem que o empregador tenha oportunizado o descanso,
surge para o empregado o direito de ação, visando repara o direito violado.
PORTANTO, somente a partir do término do período concessivo é que começa a fluir o
prazo prescricional.
1.4.2 – Alterações Contratuais
OJ SDI-1 175, TST: “a supressão das comissões, ou alteração quanto à forma ou ao
percentual, em prejuízo do empregado, é suscetível de operar a prescrição total da ação,
nos termos da Súmula 294, do TST, em virtude de cuidar-se de parcela não assegurada por
preceito de lei”.
1.4.3 – Ato Nulo
Passados 2 anos do término do contrato de trabalho, ou 5 anos contados retroativamente a
partir do ajuizamento da ação trabalhista, estará prescrito o direito do trabalhador de
pleitear direitos decorrentes de ato nulo praticado pelo empregado (ex. reintegração de
empregado estável).
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.5 – Prazo Prescricional no direito do trabalho - Situações especiais decorrentes da
ampliação da competência da Justiça do Trabalho
 EC 45/2005 – definiu a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar
ações de indenizações de dano moral decorrentes da relação de trabalho.
 ACIDENTE DE TRABALHO:
- 1ª corrente: danos materiais e morais decorrentes de acidentes de trabalho =
responsabilidade civil do tipo contratual = prescrição quinquenal. Em se tratando de
acidente envolvendo trabalhador autônomo, vítima de ato culposo do tomador, a
competência para julgar eventual pedido de indenização seria do Justiça do Trabalho.
Assim: se a lesão fosse anterior à EC 45/2005, aplicar-se-ia o prazo prescricional
previsto no art. 206, §3º, V, CC. Se a lesão for posterior À referida emenda, prazo
prescricional trabalhista, art. 7º, XXIX, CF. (POSIÇÃO ADOTADA PELO TST).
- 2ª corrente: sempre será aplicável a regra prescricional do D. Civil. Art. 206, §3º, inciso
V: 3 anos.
 INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS:
- 1ª corrente: entende que a competência absoluta sempre fora da Justiça Especializada,
em razão de o dano decorrer da relação de trabalho. Prescrição quinquenal.
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.5 – Prazo Prescricional no direito do trabalho - Situações especiais decorrentes da
ampliação da competência da Justiça do Trabalho
 INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS:
- 2ª corrente: entende que somente após a EC nº 45/2004 é são aplicáveis os prazos
prescricionais previstos no art. 7º, XXXIX, da CF ( 5 anos e 2 anos). Antes disso,
aplicar-se-ia o prazo prescricional civil, em respeito aos princípios da segurança jurídica
e do direito adquirido (ENTENDIMENTO DO TST).
- 3ª corrente: Embora o dano moral trabalhista encontre matrizes específicos no Direito
do Trabalho, a indenização propriamente dita resulta de normas de Direito Civil,
ostentando, portanto, natureza de crédito não trabalhista.

1.6 – Prescrição Intercorrente


- É o instituto que se verifica durante a tramitação na Justiça, incidindo sempre que esta
fique paralisada por negligência do autor, que deixa de praticar atos de sua
responsabilidade.
- SUM 114, TST: “É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente”
(AINDA HÁ DISCUSSÃO....).
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.7 – Interrupção e suspensão da prescrição
- CAUSAS IMPEDITIVAS DA PRESCIÇÃO: não permitem que o prazo prescricional
se inicie. Portanto, são anteriores ao início da prescrição. São causas impeditivas da
prescrição no Direito do Trabalho:
 Incapacidade absoluta (art. 198,I, CC) - art. 440 CLT (menoridade trabalhista)
 Ausência do país em serviço público da União, Estados ou Municípios (art. 198,
II, CC)
 Prestação de serviço militar em tempo de guerra (art. 198,III, CC).
 Pendência de condição suspensiva (art. 199, I, CC).
 Não vencimento do prazo (art. 199, II, CC).
- CAUSAS SUSPENSIVAS: paralisam o curso da prescrição já iniciada. Cessada a causa
que determinou a suspensão, o prazo prescricional faltante será adicional ao prazo já
transcorrido antes da suspensão.
- Exemplos: art. 198, I, II, III: sempre que a causa se der depois do início da prescrição.
Obstáculo legal (paralisação do Judiciário) ou obstáculo legal (art. 625-F CLT:
submissão de demanda à Comissão de Conciliação prévia).
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.7 – Interrupção e suspensão da prescrição
- CAUSAS INTERRUPTIVAS: decorrem de fatos provocados e determinados pelas
partes. Paralisam o curso prescricional já iniciado, sendo que o prazo será contado por
inteiro após o término da causa interruptiva. O período do prazo que já havia corrido
antes da interrupção é desprezado.
Exemplos:
- propositura da Ação trabalhista (na data da distribuição). Uma vez distribuída a
ação, a extinção do processo sem resolução do mérito não impede a ocorrência da
interrupção da prescrição.
SUM 268, TST: “A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente
em relação aos pedidos idênticos”.
- protesto judicial ou qualquer ato judicial que constitua o devedor em mora
(interpelações, notificações, medidas preventivas etc – art. 202, II e V, CC).
ATENÇÃO: a interrupção da prescrição somente poderá ocorrer uma única vez (art, 202,
caput, CC) . A interrupção feita por um dos credores não favorece os demais nem
prejudica os codevedores (exceção: obrigações solidárias, indivisíveis ou do fiador - art.
204, CC).
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho
1.8 – Arguição da prescrição
- É um direito do devedor oponível à pretensão do credor, que se conservou inerte por determinado
tempo em relação à cobrança da dívida.
- QUESTÃO: Precisa ser arguida por aquele a quem aproveita, ou se, em razão do interesse público
pode/deve ser declarada de ofício?
- Art. 194, CC – o juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se favorecer a
absolutamente incapaz.
- Art. 193, CC – a prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a
quem aproveita.
- COMO na lides trabalhistas os direitos envolvidos são, em sua maioria, de natureza
patrimonial, não seria possível o juiz conhecer a prescrição de ofício, sendo indispensável sua
invocação pela parte interessada, como matéria de defesa.
- Lei 11.280/2006 – conferiu nova redação ao art. 219, §5º, CPC e revogou o art. 194, CC,
estabelecendo que o juiz pronunciará, de ofício, a prescrição (norma cogente – imposição
legal). Parte da doutrina e jurisprudência adota esse entendimento no processo do trabalho
(princípio protetor refere-se somente às relações do direito material não podendo o juiz
invocar a hipossuficiência do trabalhador para deixar de decretar a prescrição de ofício.
OUTRA PARTE NEGA (prevalece no TST), justamente em razão da hipossuficiência do
trabalhador ou a dificuldade de acesso à Justiça (contra princípio da proteção e direitos
trabalhistas).
1) Prescrição e Decadência no Direito do Trabalho

1.8 – Arguição da prescrição

- Quanto ao MOMENTO: o art. 193 do CC afirma que pode ser alegada em qualquer grau de
jurisdição.

- Todavia, a SUM 282, do STF afirma ser inadmissível a arguição da prescrição em sede de
recurso extraordinário.
- SUM 153, TST: “Não se conhece da prescrição não arguida na instância ordinária”
(contestação e recurso ordinário, não sendo cabível no recurso de revista).
- HIPÓTESE: se a ação é julgada improcedente, sem que o juiz manifeste-se sobre a prescrição,
seria necessário o empregador alegar, em contrarrazões de recurso ordinário ou o Tribunal
Regional pode se pronunciar?
Entendimento de Alice Monteiro de Barros: A prescrição deve ser enfrentada nas contrarrazões.
Princípios da finalidade e utilidade processuais; Economia e celeridade.
2) Decadência no Direito do Trabalho
- No Direito do Trabalho, o exemplo mais claro de decadência é o inquérito para
apuração de falta grave que segue à suspensão do empregado detentor de estabilidade
no emprego (art. 853, CLT).

- O legislador estipulou o prazo de 30 dias para decadência do direito. Suspenso o


empregado, em 30 dias decai o empregador do seu direito de ingressar em juízo
com o referido inquérito. Note-se que é um prazo para o exercício de um direito
(o do empregador de ajuizar inquérito para poder dispensar empregado estável
infrator).
PRÓXIMA AULA:

DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

Referencial: DELGADO, Maurício Godinho. Curso de direito


do trabalho. 13. ed. São Paulo: Ltr, 2014. (CAPÍTULOS
XXXIII e XXXIV)
www.unifran.edu.br

Av. Dr. Armando Salles Oliveira, 201


14404 600
Franca SP Brasil
T 55 16 3711 8888
F 55 16 3711 8886

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