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I. SÍNTESE FÁTICA
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Nesse contexto, vale lembrar que a administração pode anular seus próprios atos
quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade (Súmula 473 do STF), respeitados os direitos adquiridos
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Ainda, retrata o art. 54, da lei 9784/99 que a Administração Pública Federal, salvo
comprovada má-fé, nas hipóteses em que o ato administrativo ilegal gere efeitos patrimoniais aos
administrados, há prazo decadencial para que seja procedida a sua anulação de ofício, que é de 5 anos,
a contar da percepção do primeiro pagamento.
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Em face da Súmula 473 do STF, a Administração pode anular seus próprios atos,
quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial.
Essa hipótese acontece rotineiramente, uma vez que o INSS – Instituto Nacional do
Seguro Social gere e administra milhares de benefícios previdenciários em todo o pais, fazendo com
que as apurações de irregularidades sejam constantes e necessárias.
Porém, antes de decorridos 5 anos da citada lei, a matéria passou a ser tratada no
âmbito previdenciário pela MP 138, de 19.11.2003, convertida na Lei 10.839⁄2004, que acrescentou o
art. 103-A à Lei 8.213⁄91 (LBPS) e fixou em 10 anos o prazo decadencial para o INSS rever os seus
atos de que decorram efeitos favoráveis a seus beneficiários.
(...).
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Tal lapso, por se tratar de legislação inovadora na seara administrativa, uma vez
que antes da edição da Lei 9.784/99 a Administração podia rever seus atos a qualquer tempo (art. 114
da Lei 8.112/90), nos termos do entendimento consolidado do Colendo Superior Tribunal de Justiça,
somente pode ser aplicado a partir da edição da referida lei, em janeiro de 1999. Neste sentido, foi o
Recurso especial provido. (RESP 1282073/RN,DJe 02/02/2012)
Isso não quer dizer que, inexistente prazo decadencial na data do nascimento do
direito, sua possibilidade de exercício seja perpétua. Não, pois à "semelhança dos fatos jurídicos
complexos ou de formação continuada, a prescrição e a decadência subordinam-se à lei em vigor na
data do termo prescricional ou preclusivo." (BATALHA, Direito intertemporal, p. 241).
Assim, não há dúvidas de que a lei pode perfeitamente fixar prazo decadencial após
o nascimento do direito, com efeito imediato sobre as situações em curso. Porém, não deve, em
princípio, haver incidência retroativa, o que se evita computando o prazo, para direitos já existentes, a
partir da data de vigência da lei.
Não há que se falar em efeito retroativo na aplicação da lei a fatos ocorridos após a
sua entrada em vigor. Se o prazo decadencial for contado a partir da data em que a lei entrou em vigor,
e se for inteiramente consumado sob a vigência desta não há aplicação retroativa.
Por outro lado, ainda que fosse outro o entendimento de Vossa Excelência, o
impetrante faz jus a aposentadoria híbrida – instituto já consagrado pelo Superior Tribunal de Justiça –
que permite a soma do tempo laborado em atividades rurais e urbanas.
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Nesse sentido, em breve análise do processo administrativo juntado aos autos, bem
como do CNIS é possível notar que o impetrante laborou __________ anos em atividades rurais e
apenas os últimos ______ anos em atividades urbanas – fazendo jus a aposentadoria híbrida.
3 - DO PEDIDO LIMINAR
E ainda que fosse esta alegação trazida ao mérito, o impetrante fazia jus a
aposentadoria híbrida ao tempo a concessão – como também já explanado.
Por fim, prova-se de plano o periculum in mora para proferir a decisão, pois o
impetrante já teve seu benefício cessado, este de estrito caráter alimentar, sendo desnecessário mais
delongas quanto a este fato.
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4 - DOS PEDIDOS
P. deferimento.
Advogado,
OAB
Local, data.
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