Você está na página 1de 4

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

Art. 5° ao Art. 5º-B § 4º Título II


Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

ART. 5º AO ART. 5º-B § 4º TÍTULO II

TÍTULO II – DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, nos termos do art. 5º da
Constituição Federal: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 35, de 21.03.2006)

 Obs.: esse é o princípio da isonomia formal, que é direcionado ao legislador, para que todos
tenham o mesmo tratamento perante uma lei no momento em que esta é elaborada.

Contudo, a lei pode criar diferenciação entre as pessoas quando tem a missão de resta-
belecer a igualdade. Por exemplo: licença maternidade e licença paternidade, que exigem
diferentes espaços de tempo com a criança, pois a mulher precisa de mais tempo para se
recuperar do parto, além de que o recém-nascido depende mais da mãe do que do pai no
começo da vida.
5m

I – ninguém será privado do exercício de direito à saúde e à educação, ou por ele prejudicado, nem
dos serviços essenciais à saúde e à educação;
II – as autoridades competentes são obrigadas a tomar providências imediatas a pedido de quem
sofra ameaça à vida, à liberdade ou ao patrimônio, sob pena de responsabilidade;
III – as autoridade competentes garantirão a livre reunião e as manifestações pacíficas, individuais
e coletivas;

Deve-se ficar atento à literalidade do texto, que provavelmente será cobrada em prova.
Características do Direito de Reunião: Para fins pacíficos; sem armas; independe de
autorização; exige prévio aviso à autoridade competente.
No entanto, o STF julgou que o prévio aviso não é obrigatório. Esse prévio aviso existe
para que as autoridades competentes pudessem evitar que dois grupos marcassem reunião
no mesmo local, além de garantir a segurança de todos os envolvidos. Mas o STF entendeu
que as manifestações espontâneas também são legítimas, portanto não precisariam ser pre-
viamente avisadas e podem ser realizadas desde que não haja outra reunião marcada para
o mesmo dia, local e hora e que o lugar escolhido não ofereça risco.

 Obs.: o STF não proibiu o aviso prévio, apenas disse que o aviso formal não é mais obri-
gatório, mas ainda deve ser feito, mesmo que em redes sociais, sem a necessidade
de documentação.
10m
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 1
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL
Art. 5° ao Art. 5º-B § 4º Título II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

IV – ninguém será prejudicado, discriminado ou sofrerá restrição ao exercício de atividade ou prá-


tica de ato legítimo, em razão de litígio ou denúncia contra agentes do Poder Público;

Isso quer dizer que se um cidadão estiver processando ou houver denunciado um agente
público, tal cidadão não pode ser prejudicado ou discriminado de nenhuma forma pela Admi-
nistração Pública.

V – a proteção do consumidor será promovida pelo Estado, através da implantação de sistema de


defesa de seus direitos, na forma da lei;
VI – serão gratuitos para os comprovadamente pobres, na forma da lei:
a) os registros civis de nascimento e óbito, bem como as respectivas certidões;
b) a expedição de carteira de identidade.

Em relação à certidão de nascimento, a CF dispõe que ela é gratuita para os pobres,


porém o STF julgou que a primeira via da certidão de nascimento deveria ser gratuita para
todos, independente de ser pobre ou não. Essa lei foi objeto de questionamento, afirmando-
-se que seria inconstitucional. No entanto, o STF rebateu o argumento, uma vez que a própria
CF determina que os atos necessários para o exercício da cidadania devem ser gratuitos.
Portanto, a primeira via da certidão de nascimento ser gratuita para todos não ofenderia a CF.
15m

VII – cabe ao Estado propiciar assistência jurídica gratuita e defensor aos necessitados, na
forma da lei;
VIII – constitui infração disciplinar, punível com a pena de demissão a bem do serviço público, a
prática de violência, tortura ou coação contra o cidadão, pelos agentes do Poder Público;
IX – qualquer cidadão poderá apresentar queixa à autoridade policial civil, penal ou militar que
promover atos que atentem contra a integridade física ou moral das pessoas, sendo obrigatória a
apuração dos fatos e das responsabilidades decorrentes, no prazo de sessenta dias, a partir da
data da denúncia; (redação dada pela Emenda Constitucional n. 61, de 04.03.2020)
X – as delegacias, penitenciárias, estabelecimentos prisionais e casas de recolhimento compul-
sório, de qualquer natureza, sob pena de responsabilidade de seus diligentes, manterão livro de
registro, contendo integral relação dos internos;
XI – qualquer pessoa processada ou submetida à prisão terá o direito de:
a) comunicar-se com a família ou pessoa que indicar;
b) permanecer calado;
c) ter assistência da família e de advogado;
d) identificar os responsáveis pela sua condução
XII – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, indepen-
dentemente de censura e licença;
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 2
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL
Art. 5° ao Art. 5º-B § 4º Título II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

 Obs.: segundo o STF, é inconstitucional:

I – A exigência da ordem dos músicos, conselho que fiscaliza a profissão, da inscrição na entidade
de classe como condição do exercício da profissão. Isso se deu porque, no entendimento do Su-
premo, a arte é livre, independe de censura ou licença.
20m II – A exigência de nível superior para a carreira de jornalismo, visto se tratar de divulgação de infor-
mações, da comunicação. Isso não impede que uma empresa ou a banca de um concurso exijam
ensino superior, apenas que uma pessoa sem nível superior não seja condenada por exercício
ilegal da atividade.
III – A exigência de autorização prévia do biografado para a realização de uma biografia. O biogra-
fado, caso não goste do texto, pode tomar medidas legais contra o autor, mas a autoria do material
em si não pode ser impedida nem precisa ser autorizada.
XIII – ninguém será internado compulsoriamente, em razão de doença mental, salvo em casos
excepcionais definidos em parecer médico, e pelo prazo máximo de quarenta e oito horas, findo o
qual só se dará a permanência mediante a determinação judicial;
XV – é assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida à proteção aos locais de cultos
e às suas liturgias;
25m

 Obs.: o STF julgou que o ensino religioso confessional facultativo é constitucional. O ensino
religioso pode ser até mesmo direcionado a uma única fé, seja em escolas públicas
ou privadas, mas não pode ser obrigatório, nem para uma institucional, nem para um
estudante que não deseje fazer a aula. As escolas públicas e privadas que optarem
pelo ensino religioso facultativo devem abrir opções para todos os tipos de religião.

XVI – é livre o acesso de Ministros e de membros de confissão religiosa para a prestação de assis-
tência espiritual nas entidades civis e militares de internação coletiva, respeitada a proporcionalida-
de confessional, vedadas todas as formas de proselitismo e atos que possam incomodar os outros
internos. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 35, de 21.03.2006)

Da Soberania Popular

Art. 5º-A. A soberania popular, no âmbito do Estado do Amapá, será exercida pelo sufrágio univer-
sal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito, uma consulta prévia;
II – referendo, uma consulta posterior;
III – iniciativa popular, o cidadão propondo uma lei para ser aprovada mediante o recolhimento de
assinaturas.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 3
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL
Art. 5° ao Art. 5º-B § 4º Título II
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

Objeto do Plebiscito e do Referendo

Art. 5º-B. Através de plebiscito o eleitorado se manifestará, especificamente, sobre fato, medida,
decisão política, programa ou obra pública e, pelo referendo, sobre emenda à Constituição, sobre
lei e sobre projetos de emenda à Constituição e de lei.
30m § 1º Podem requerer plebiscito ou referendo:
I – um por cento do eleitorado estadual;
II – o Governador do Estado;
III – um terço, pelo menos, dos membros da Assembleia Legislativa.

Da Aprovação

§ 2º A realização de plebiscito ou referendo depende de aprovação da maioria absoluta dos mem-


bros da Assembleia Legislativa.
§ 3º A decisão do eleitorado, através de plebiscito ou referendo, será válida quando tomada por
maioria de votos, desde que tenha votado mais da metade do eleitorado estadual e, tratando-se
de emenda a esta Constituição, quando tomada por maioria absoluta de votos, não computados
os em branco e os nulos.

Da Comunicação à Justiça Eleitoral

§ 4º Convocado o plebiscito ou referendo, o Presidente da Assembleia Legislativa dará ciência à


Justiça Eleitoral, a qual caberá, nos limites de sua circunscrição, adotar as medidas necessárias
à sua realização.

Porque é a Justiça Eleitoral que vai organizar todo o processo de recolhimento das decisões.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Ricardo Blanco.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 4

Você também pode gostar