Você está na página 1de 2

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ....

VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE CAMPOS – RJ.
 
Lauro, já qualificado nos autos da ação penal nº ….. que lhe move a
Justiça Pública, vem respeitosamente, por meio de seu advogado que esta
subscreve à presença de Vossa Excelência apresentar ALEGAÇÕES FINAIS
NA FORMA DE MEMORIAIS com fulcro no artigo 403, §3º do Código de
Processo Penal pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
 
I - DOS FATOS
Breve relato dos fatos trazidos na proposta
 
II - DO DIREITO
a. DAS PRELIMINARES
Ante o mencionado, como foi demonstrado que o magistrado na
ausência do réu, que não compareceu a audiência de instrução por falta de
intimação, realizou mesmo assim a instrução processual. Portanto, como é
mencionado, é demonstrado que ocorreu a violação do direito
constitucional ao contraditório e à ampla defesa, e sendo assim, requer
que seja decretado a nulidade absoluta, e assim a audiência seja também
decretada como nula, bem como todas as provas que desta derivaram,
diante do exposto no art. 564, Inciso IV, do CPP, e art. 5, do LV, da CF.

b. DO MÉRITO
Como já mencionado, ocorrer que em regra os atos preparatórios
não são puníveis e como dispostos no caso acima, não cabe punição para
o presente acusado, portanto e requerido a vossa excelência que este seja
absorvido por disposição do art. 386, inciso III, do CPP.

Diante disso, não existe aplicabilidade da presente tentativa


imputada na presente denuncia, da que os atos preparatórios não são
puníveis, sendo assim o réu deve ser absorvido pelo que foi exposto.

Caso não seja acatado a presente argumentação mencionada,


requer que o acusado seja afastado a qualificadora do art. 2013, § 1,
do CP, já que não existiu nenhum exame pericial realizado que conste nos
autos do processo, e como também não foi juntado nenhum documento
apto a comprovar a sua idade alegada no âmbito da sede policial e no
âmbito do processo, não cabe presunção nenhuma de que esta tem os
seus 17 anos como alegado, e, portanto, assim, deve a mesmo ser
afastada. Necessário afastar o reconhecimento da agravante do Art. 61,
inciso II, alínea f, do CP, descrita na denúncia, isso porque, apesar de a
vítima ser mulher, não há que se falar em violência na forma da Lei
nº 11.340/06, já que não existia relação familiar, de coabitação ou
qualquer outro relacionamento anterior entre as partes.

Caso mesmo assim, vossa excelência não considere o mencionado,


que seja concebido a pena base, como o mínimo legal disposto no
artigo 59, do cp, pelo delito constado na denúncia, sendo conjuntamente
fixado o cumprimento inicial da pena, no regime semiaberto, por forca do
art. 33, § 2, alínea b, do CP, com o reconhecimento da redução máxima
da tentativa, disposta no art. 14, inciso II, e § único, do CP.

III - DOS PEDIDOS


Ante o exposto, requer assim a Vossa Excelência, que seja
reconhecida:

1. A nulidade da audiência de instrução, e de todas as demais provas


derivadas desta, por violar o direito constitucional do contraditório e da
ampla defesa, assim como disposto no art. 5, inciso LV, da CF, e art. 564,
inciso IV, do CPP.
2. Caso não entenda assim cabível, que assim seja o acusado absorvido por
forca do art. 386, inciso III, do CPP, uma vez que os atos preparatórios,
em regra não são puníveis no nosso ordenamento.
3. Caso também não reconhecido o mencionado, que seja qualificado a
aplicabilidade da qualificadora, uma vez que não se pode presumir a idade
da vítima, já que esta não apresentou documentos legíveis e legais, pra se
comprovar sua presente idade.
4. Se não acatado o mencionado, que vossa excelência, reconheça a
aplicação da pena mínima legal, com a aplicação do regime inicial de
cumprimento de pena o semiaberto, com aplicação conjunta da redução da
tentativa no máximo, ou seja, 2/3, de acordo com os presentes
fundamentos, art. 14, inciso II, § único, 33,§ 2, alínea B, e art. 59, caput,
ambos mencionados do código penal.
5. Reconheça assim também a atenuante, disposta do art. 65, inciso II,
alínea, d, do CP, e seja desqualificado aplicabilidade da agravante disposta
Art. 61, inciso II, alínea f, do CP, não havendo no que se falar em violência
na forma da Lei nº 11.340/06, já que não existia relação familiar, de
coabitação ou qualquer outro relacionamento anterior entre as partes.

Termos que, pede deferimento.


LOCAL, DATA
ADVOGADO, OAB Nº

Você também pode gostar