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1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
2 CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO E OBJETO DE CONSTITUIÇÃO .......................... 6
3 QUANTO AO CONTEÚDO ...................................................................................... 8
3.1 Constituição formal ................................................................................................ 8
3.2 Constituição material ............................................................................................. 8
4 QUANTO À FORMA DAS CONSTITUIÇÕES ....................................................... 10
4.1 Constituição escrita (ou instrumental) e não escrita (ou costumeira ou
consuetudinária) ........................................................................................................ 10
5 QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES ...................... 11
5.1 Constituição dogmática ....................................................................................... 11
5.2 Constituição histórica .......................................................................................... 12
6 QUANTO À ORIGEM DAS CONSTITUIÇÕES ...................................................... 12
6.1 Promulgada (ou de estabelecimento democrático) ............................................. 12
6.2 Outorgada (ou carta constitucional) .................................................................... 13
6.3 Cesarista (ou bonapartista) ................................................................................. 13
6.4 Pactuada (ou dualista) ........................................................................................ 14
7 QUANTO À EXTENSÃO DAS CONSTITUIÇÕES ................................................. 15
7.1 Sintética............................................................................................................... 15
7.2 Analítica............................................................................................................... 15
8 QUANTO À FUNÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES ..................................................... 16
8.1 Garantia (funcional) ............................................................................................. 16
8.2 Dirigente (aspiracional) ....................................................................................... 17
9 QUANTO À ESSÊNCIA DAS CONSTITUIÇÕES .................................................. 18
9.1 Semântica18
9.2 Nominal (ou nominalista) ..................................................................................... 18
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9.3 Normativa 19
10 QUANTO À SISTEMATIZAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES................................... 19
10.1 Unitária (codificada ou unitextual) ..................................................................... 20
10.2 Variada (ou dispersa) ........................................................................................ 20
11 QUANTO AO SISTEMA: PRINCIPIOLÓGICA E PRECEITUAL ......................... 22
11.1 Principiológica ................................................................................................... 22
11.2 Preceitual 23
12 QUANTO À ORIGEM DE SUA DECRETAÇÃO .................................................. 24
12.1 Autoconstituição (constituição autônoma ou homoconstituição) ....................... 24
12.2 Heteroconstituição (heterônoma) ...................................................................... 24
13 QUANTO À IDEOLOGIA DAS CONSTITUIÇÕES: ORTODOXAS,
HETERODOXAS OU ECLÉTICAS ........................................................................... 25
14 QUANTO À ATIVIDADE LEGISLATIVA ............................................................. 25
14.1 Constituição-lei .................................................................................................. 25
14.2 Constituição-fundamento (ou total ou ubiquidade constitucional) ..................... 26
14.3 Constituição-moldura (ou constituição-quadro) ................................................. 26
15 QUANTO AO PERÍODO DE DURAÇÃO ............................................................. 27
15.1 Constituição provisória (pré-constituição).......................................................... 27
15.2 Constituição definitiva ....................................................................................... 27
16 QUANTO AO CONTEÚDO IDEOLÓGICO DAS CONSTITUIÇÕES.................... 28
16.1 Constituição liberal ............................................................................................ 28
16.2 Constituição social ............................................................................................ 28
17 OUTROS TIPOS DE CONSTITUIÇÃO ................................................................ 29
17.1 Constituição em branco ..................................................................................... 29
17.2 Constituição aberta ........................................................................................... 29
17.3 Constituição biomédica ..................................................................................... 30
17.4 Constituição oral ................................................................................................ 30
3
17.5 Constituição econômica .................................................................................... 31
18 QUANTO AO MÉTODO INTERPRETATIVO DAS CONSTITUIÇÕES ................ 31
18.1 Constituição estrita (strict constitution) .............................................................. 31
18.2 Constituição viva (living constitution) ................................................................. 32
19 QUANTO À CONCENTRAÇÃO DO PODER: TOTALITÁRIAS, AUTORITÁRIAS
E DE PODER MODERADO ...................................................................................... 32
20 QUANTO À EFICÁCIA DAS CONSTITUIÇÕES: RETRATISTA, CONTRATO E
PROMESSA .............................................................................................................. 33
21 QUANTO À ORIGINALIDADE DAS CONSTITUIÇÕES ...................................... 33
21.1 Original (ou originária) ....................................................................................... 33
21.2 Derivada 33
22 QUANTO AO CONTEÚDO IDEOLÓGICO DAS CONSTITUIÇÕES:
IDEOLÓGICO-PROGRAMÁTICA E UNITÁRIA ....................................................... 34
23 QUANTO À RIGIDEZ DAS CONSTITUIÇÕES .................................................... 34
23.1 Imutável 34
23.2 Rígida 34
23.3 Flexível 35
23.4 Semirrígida ou semiflexível ............................................................................... 35
23.5 Transitoriamente flexível ................................................................................... 35
24 AS CLÁUSULAS PÉTREAS ................................................................................ 36
25 FORMA FEDERATIVA DO ESTADO .................................................................. 38
26 VOTO DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL E PERIÓDICO .................................. 40
27 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 42
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
Bons estudos!
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2 CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO E OBJETO DE CONSTITUIÇÃO
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da Constituição, do Estado e das Instituições Democráticas e; os fins
socioeconômicos do Estado.
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3 QUANTO AO CONTEÚDO
Não trata apenas de matéria constitucional, pois também pode tratar de outros
assuntos, importando apenas que seja solene de aprovação. Essa classificação de
“formal” é pelo fato de não importar o seu conteúdo, mas sim a forma solene através
da qual ela for aprovada. Alguns doutrinadores entendem que o conceito de
constituição formal é “plurívoco”, ou seja, alguns autores usam essa expressão de
constituição formal para se referir às constituições escritas. Contudo, a maior parte,
estima que o conceito formal de Constituição requer uma referência indispensável ao
processo de elaboração de suas normas, que precisa ser distinto ao das leis.
Basicamente pode-se afirmar que toda norma jurídica que possua conteúdo
constitucional pode se considerar integrando a Constituição em sentido material.
Geralmente, assim ocorrerá com as disposições da Constituição formal que, por seu
conteúdo, formarão parte da Constituição material. Mas, por exemplo as leis
ordinárias, são exemplos de normas que não integram a Constituição em sentido
formal, por isso, devem considerar-se parte da Constituição material, por conter
conteúdos ou matérias constitucionais.
Pode ocorrer o contrário também, sendo possível que algumas normas que
integram a constituição em sentido formal, não devem ser consideradas formando
parte da constituição em sentido material, um exemplo é o caso de disposições que
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por falta de técnica na formulação da Constituição, se incluíram nesta, mesmo quando
a sua matéria e o tema que regulam, não são de índole constitucional. No Brasil, o
exemplo é o artigo que trata do Colégio Pedro II, art. 242, § 2º:
Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais
oficiais criadas por lei estadual ou municipal e existentes na data da
promulgação desta Constituição, que não sejam total ou preponderantemente
mantidas com recursos públicos.
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Constitucional n. 45/2004, entende que alguns tratados internacionais sobre direitos
humanos podem introduzir-se no direito brasileiro, com força de norma constitucional.
Consequentemente, chega-se à conclusão de que a Constituição brasileira não se
resume ao texto constitucional aprovado em 88 (com as supervenientes emendas).
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Assim, é o caso da Constituição Federal de 1988 e todas as outras
constituições brasileiras. Isso porque é tradição do direito brasileiro, em que a principal
fonte do direito é a lei. As Constituições anteriores: 1824, 1891, 1934, 1937, 1946,
1967 (e a Emenda Constitucional n. 1, de 1969) todas foram escritas.
A fonte do direito principal nesse sistema não é a lei, mas sim a jurisprudência
e o costume. Na Inglaterra por exemplo, embora haja inúmeras leis escritas, muitas
delas sendo sobre a organização do Estado e, sobre os direitos fundamentais, a
maioria das regras que regem o Estado (e as organizações públicas) não são escritas.
Por exemplo, enquanto na Inglaterra não há dispositivos legais estabelecendo um rol
de atribuições da Rainha ou do Primeiro Ministro, a Constituição brasileira prevê em
um artigo específico as atribuições do Presidente da República, no art. 84 que
determina um rol de incisos, bem extenso.
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5.2 Constituição histórica
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6.2 Outorgada (ou carta constitucional)
Alguns poderiam até afirmar que, a Constituição de 1967 foi promulgada, isso
porque foi submetido à apreciação da Assembleia Legislativa o anteprojeto elaborado
pelos militares. Porém, essa Assembleia teve tempos extremamente limitado, pois o
Parlamento estava dilacerado pela cassação de mandatos e, extinção de direitos
políticos, inexistindo garantias parlamentares.
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momento da consulta popular. Enquanto no plebiscito a consulta popular é anterior ao
ato administrativo ou legislativo, no referendo a consulta popular é posterior ao ato
administrativo ou legislativo. Sendo assim, trata-se de referendo na constituição
cesarista, visto que, o povo se manifesta após a elaboração do ato constitucional.
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7 QUANTO À EXTENSÃO DAS CONSTITUIÇÕES
7.1 Sintética
7.2 Analítica
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legislação infraconstitucional. Um exemplo é a nossa Constituição Federal de 1988,
pois ela entra nos detalhes de muitos órgãos, instituições, etc. E esse cenário é
comum nas Constituições dos países que saíram de regimes ditatoriais, pois, o
constituinte tem a falsa impressão de que colocando vários assuntos (temas) no texto
constitucional, haverá uma segurança jurídica maior contra eventual novo arbítrio por
causa da sua rigidez.
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8.2 Dirigente (aspiracional)
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constitucional diminui a chamada “vontade de constituição” (utilizando-se a expressão
de Konrad Hesse), culminando na perda da sua força normativa.
9.1 Semântica
Diz respeito a Constituição que não reflete a realidade atual do país, por ter
como objetivo se preocupar com o futuro, ou seja, são as cartas políticas que estão
alinhadas com a realidade política. É a Constituição trata apenas dos objetivos futuros,
e deixando de lado a realidade presente.
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9.3 Normativa
É a Constituição que reflete a atual realidade do país, que embora tenham sido
criadas com a finalidade de regulamentar a vida política do Estado, não conseguem
desempenhar (implementar) este papel, por estar em descompasso com a realidade
política atual.
Embora parte da doutrina entenda que a normatividade não é plena, por isso a
Constituição Federal de 1988 estaria num estágio intermediário entre a Constituição
nominal e a constituição normativa.
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10.1 Unitária (codificada ou unitextual)
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
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aprovados em dois turnos, pelas duas casas do Congresso Nacional, por 3/5 dos seus
membros.
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Ainda é bastante polêmica tal classificação, e por isso alguns doutrinadores não
a adotaram. Nos termos do art. 5º, § 3º, da Constituição Federal já citado acima, é a
teoria do bloco da Constitucionalidade. Através do qual, não é constitucional apenas
o que está na Constituição, mas, toda e qualquer regra de natureza constitucional.
Assim sendo, para alguns o nosso sistema é o misto.
11.1 Principiológica
Diz que é a Constituição que possui mais princípios do que regras. Ou seja, os
princípios é que predominam. Tratando-se de um movimento crescente, com o
advento do: neoconstitucionalismo e, do pós-positivismo.
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O pós-positivismo nas décadas finais do século XX, começou a ser identificado,
constatando-se acentuação da hegemonia axiológica dos princípios pelas novas
Constituições que eram promulgadas, convertendo-os em pedestal normativo. A
confirmação da normatividade dos princípios os fez ser colocados no sistema jurídico
com hegemonia na construção normativa, de maneira que passaram à centralidade
da norma constitucional, como regentes da ordem jurídica. Os princípios são, pois, as
vigas mestras do texto constitucional.
11.2 Preceitual
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Após diferenciar cada um, fica a dúvida: afinal de contas a Constituição Federal
é principiológica ou preceitual? Pois bem, prevalece o entendimento de que a
Constituição brasileira é principiológica, por ter um número considerável de princípios
constitucionais, principalmente se entendermos que as normas definidoras dos
direitos fundamentais, em regra, são princípios constitucionais: amplos, vagos,
abstratos, abrangentes.
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13 QUANTO À IDEOLOGIA DAS CONSTITUIÇÕES: ORTODOXAS,
HETERODOXAS OU ECLÉTICAS
Essa classificação tem como finalidade verificar o grau de liberdade dado pela
Constituição ao legislador ordinário.
14.1 Constituição-lei
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constituição. E o legislador ordinário, com esse tipo de constituição, tem ampla
liberdade.
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15 QUANTO AO PERÍODO DE DURAÇÃO
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16 QUANTO AO CONTEÚDO IDEOLÓGICO DAS CONSTITUIÇÕES
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17 OUTROS TIPOS DE CONSTITUIÇÃO
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Sendo assim, o direito constitucional comunitário (que corresponde à ideia de
sociedade e, de constituição aberta) é natural que a própria interpretação da
Constituição deixe de representar monopólio dos agentes estatais ou, dos intérpretes
oficiais. Principalmente dos operadores orgânicos da ordem jurídica e juízes.
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17.5 Constituição econômica
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18.2 Constituição viva (living constitution)
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20 QUANTO À EFICÁCIA DAS CONSTITUIÇÕES: RETRATISTA, CONTRATO E
PROMESSA
21.2 Derivada
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22 QUANTO AO CONTEÚDO IDEOLÓGICO DAS CONSTITUIÇÕES:
IDEOLÓGICO-PROGRAMÁTICA E UNITÁRIA
23.1 Imutável
Trata das Constituições que não podem ser alteradas, nem modificadas. O
exemplo que temos é único na história brasileira, que é a Constituição de 1824. Não
podia ser alterada nos primeiros quatro anos, por força do art. 174 “se passados quatro
anos, depois de jurada a Constituição do Brasil, se conhecer que algum dos seus
artigos merece reforma, se fará a proposição por escrito, a qual deve ter origem na
Câmara dos Deputados, e ser apoiada pela terça parte deles”. (BRASIL, 1824)
23.2 Rígida
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23.3 Flexível
Diz respeito à constituição que tem uma parte rígida, difícil de ser modificada,
uma outra parte flexível, fácil de ser modificada, e já citamos como exemplo a
Constituição de 1824. No art. 178 daquela Constituição, alguns dispositivos poderiam
ser modificados mediante o mesmo procedimento destinado às leis ordinárias.
Enquanto outras normas constitucionais possuíam um procedimento mais rigoroso de
modificação.
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24 AS CLÁUSULAS PÉTREAS
Cláusulas pétreas são matérias que não podem ser suprimidas da Constituição,
apesar de precisarem ser modificadas, e geralmente é um erro bastante comum
entender que as cláusulas são inalteráveis. Então é certo que a alteração pode
ocorrer, e é oportuno que se faça. Vamos usar como exemplo o Brasil, que é possível
alterar a “separação dos Poderes”, embora ela seja uma cláusula pétrea.
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dos poderes desde que esteja dentro de certos parâmetros, para assim não ferir a
cláusula pétrea do art. 60, § 4º, III, da Constituição. Para melhor entendimento observe
todo teor do mencionado artigo:
II - do Presidente da República;
Vale destacar que nos termos do art. 60, § 4º, não se admite emendas
constitucionais tendentes a abolir cláusulas pétreas, ou seja, a expressão “tende a
abolir” significa “caminhar na direção de”, direcionar-se a um determinado lugar.
Assim, não será proibida apenas uma emenda constitucional que abole a Federação,
transformando o Brasil num Estado Unitário, mas também qualquer emenda
constitucional “tendente a abolir” a Federação.
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Observe o próximo esquema demonstrativo:
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membro tem autonomia e não independência, e que a união de Estados
independentes se chama confederação.
Há de se observar que no art. 60, § 4º, não consta que o sistema de governo
seja presidencialista, e como sabido por todos o sistema de governo adotado pela
Constituição de 88 é o presidencialismo. Portanto, entende-se ser possível uma
emenda constitucional alterando nosso sistema de governo para parlamentarista ou
semipresidencialista.
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26 VOTO DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL E PERIÓDICO
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Na nossa constituição o voto é universal e isso é uma cláusula pétrea. O voto
periódico é aquele que de tempos em tempos, o eleitor poderá escolher seu
representante.
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27 BIBLIOGRAFIA
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GÓES, Guilherme Sandoval; MORAES MELLO, Cleyson de. Direito constitucional.
Rio de Janeiro: Processo, 2018.
MESSA, Ana Flávia. Direito constitucional. 5 ed. São Paulo: Rideel, 2018.
SILVA, Jose Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 9 ed. São Paulo:
Malheiros, 1992.
VILLA, Marco Antonio. A história das constituições brasileiras. São Paulo: Leya,
2011.
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