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Teoria Constitucional
Método Auto-Coach® de Estudo
1a Edição
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Índice:
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Resumo
A primeira etapa desse método de estudo é a elaboração de resumos do
conteúdo estudado. Muitos concurseiros acham que eles são perda de tempo, mas
estão enganados.
De fato, somente a leitura do conteúdo será bem mais rápida que ler e
resumir. Porém, a taxa de retenção das informações que você leu e, logo em
seguida, resumiu é consideravelmente maior.
Revisão
Para se dar bem na prova, é fundamental que você consiga guardar na
memória uma grande quantidade detalhes sobre várias matérias. Para isso, não é
suficiente apenas o resumo estruturado do conteúdo. É preciso "refrescá-lo"
frequentemente na memória por meio das revisões.
Não tem outro jeito: o cérebro humano somente é capaz de guardar uma
grande quantidade de informações se estiver frequentemente em contato com elas.
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Exercícios
A última etapa do método para um estudo realmente eficiente para
concursos exige a resolução de exercícios. Mais especificamente, de questões de
provas de concursos públicos passados, que frequentemente se repetem, às vezes
com ligeiras alterações, em várias outras provas.
É resolvendo questões de concurso, por exemplo, que você não cairá nos
famoso "pegas" ou "cascas de banana" das provas, colocadas lá com apenas um
objetivo: te fazer errar a questão!
Uma notícia boa e uma ruim quanto isso. A ruim é que a grande maioria dos
candidatos realmente caem nos "pegas" e erram essas questões. A boa é que, se
você resolver uma quantidade suficiente de questões durante seus estudos, vai
fugir dessas "armadilhas" e acertar as questões mais difíceis, e que a maioria erra.
É assim que você vai disparar na classificação, deixando um mar de candidatos
para trás.
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A distribuição das fichas pelo cronograma sugerido foi feita de forma que
você não gaste mais do que 15 a 20 minutos por dia para estudar o conteúdo
deste manual. O restante do tempo você utiliza para estudar as outras matérias,
que não são poucas.
Risque as fichas no cronograma à medida que for lendo (L1) e revisando (R1, R2 e R3)
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O autor1.
1 Gustavo Sousa é graduado em Ciência da Computação e Direito pela Universidade de Brasília. Foi
aprovado em vários concursos públicos, tendo exercido os cargos de técnico em informática do
SERPRO, técnico judiciário do Superior Tribunal de Justiça e analista do Banco Central do Brasil.
Hoje é Perito Criminal Federal e se encontra em preparação para concursos das carreiras jurídicas
(juiz, procurador, promotor, dentre outros). É usuário e criador do método Auto-Coach® de
estudo.
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Cronograma sugerido
Imprima, anote as datas e risque as fichas estudadas e revisadas.
Semana 2
Dia 8 Dia 9 Dia 10 Dia 11 Dia 12 Dia 13 Dia 14
__ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso
F17 F13 F19 F17 F22 F19 F25 F22 F28 F25
F18 F14 F20 F18 F23 F20 F26 F23 F29 F26
F15 F21 F24 F21 F27 F24 F30 F27
F16 F31 023
R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 a
F01 - F05 - F07 - F10 - F13 - 044
F02 F06 F08 F11 F14
F03 F09 F12 F15
F04 F16
Semana 3
Dia 15 Dia 16 Dia 17 Dia 18 Dia 19 Dia 20 Dia 21
__ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso
F32 F28 F35 F32 F39 F35 F43 F39 F46 F43
F33 F29 F36 F33 F40 F36 F44 F40 F47 F44
F34 F30 F37 F34 F41 F37 F45 F41 F48 F45
F31 F38 F42 F38 F42 045
R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 a
F17 - F19 - F22 - F25 - F28 - 066
F18 F20 F23 F26 F29
F21 F24 F27 F30
F31
Semana 4
Dia 22 Dia 23 Dia 24 Dia 25 Dia 26 Dia 27 Dia 28
__ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso
F50 F46 F53 F50 F56 F53 F59 F56 F62 F59
F51 F47 F54 F51 F57 F54 F60 F57 F63 F60
F52 F48 F55 F52 F58 F55 F61 F58 F64 F61 067
R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 a
F32 - F35 - F39 - F43 - F46 - 087
F33 F36 F40 F44 F47
F34 F37 F41 F45 F48
F38 F42
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Semana 5
Dia 29 Dia 30 Dia 31 Dia 32 Dia 33 Dia 34 Dia 35
__ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso
F62 - - - - - - - -
F63
F64 088
R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 a
F50 F01 F53 F05 F56 F07 F59 F10 F62 F13 109
F51 F02 F54 F06 F57 F08 F60 F11 F63 F14
F52 F03 F55 F58 F09 F61 F12 F64 F15
F04 F16
Semana 6
Dia 36 Dia 37 Dia 38 Dia 39 Dia 40 Dia 41 Dia 42
__ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso
- - - - - - - - - -
110
R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 a
- F17 - F19 - F22 - F25 - F28 130
F18 F20 F23 F26 F29
F21 F24 F27 F30
F31
Semana 7
Dia 43 Dia 44 Dia 45 Dia 46 Dia 47 Dia 48 Dia 49
__ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso
- - - - - - - - - -
131
R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 a
- F32 - F35 - F39 - F43 - F46 151
F33 F36 F40 F44 F47
F34 F37 F41 F45 F48
F38 F42
Semana 8
Dia 50 Dia 51 Dia 52 Dia 53 Dia 54 Dia 55 Dia 56
__ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso
- - - - - - - - - -
152
R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 a
- F50 - F53 - F56 - F59 - F62 173
F51 F54 F57 F60 F63
F52 F55 F58 F61 F64
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Cronograma livre
Imprima para montar seu próprio cronograma de estudo, com as fichas a serem
estudas e revisadas a cada dia.
______
a
R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3
______
Semana ____
Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___
__ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso
______
a
R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3
______
Semana ____
Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___
__ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso
______
a
R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3
______
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1. Constitucionalismo
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a) um movimento histórico
b) uma teoria normativo-política
Fundamento do constitucionalismo:
a) Entre os hebreus:
o Estado teocrático limitava atos dos governantes que extrapolassem
os desígnios divinos
b) Na Grécia antiga:
o Cidades-estados regidas por democracias diretas plenas, sem
diferenças entre governantes e governados
Na Idade Média:
Na Idade Moderna:
Destacam-se também:
o Contratos de colonização na América do Norte (próprios
colonizadores estabeleciam a regras de organização e governo das
colônias).
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Ficha 2 – Constitucionalismo
Moderno e Contemporâneo
Constitucionalismo Moderno:
Constitucionalismo contemporâneo:
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Teoria em que:
Atividade legislativa (e leis): voltadas apenas para seu significado
simbólico
Simbolismo: ofusca sua instrumentalidade na solução concreta de conflitos
sociais.
Tipos de simbolismo:
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Ficha 4 – Constitucionalização
simbólica
Base da teoria:
Constituição deve:
Constitucionalização simbólica:
a) Negativa:
texto constitucional é insuficiente para a concretização de seus
preceitos.
b) Positiva:
texto constitucional desempenha mero papel político-ideológico
encobre problemas sociais, impedindo sua solução e, em último caso, a
transformação social.
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2. Conceitos de Constituição
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Conceito Sociológico:
Constituição:
Decorre da soma dos fatores reais de poder dentro de uma sociedade.
É a representação das forças sociais que constituem o verdadeiro
poder dentro de uma sociedade.
o Essas forças são a base da legitimidade da Constituição.
Conceito Político:
Constituição:
o Decisão política fundamental de uma nação referente:
forma de organização do Estado e de suas instituições
direitos a serem garantidos constitucionalmente
o Não se confunde com as leis constitucionais:
demais aspectos inseridos no texto constitucional não
relacionados à decisão política fundamental
Distinção entre:
o Constituição material:
Regra estruturais de uma sociedade
Independe da forma legislativa em que são materializadas
no ordenamento jurídico.
o Constituição formal:
Toda a matéria tratada pelo legislador constituinte original e
estabelecida na Constituição
Matérias que o legislador constitucional escolheu
tratar no momento da promulgação da Constituição
Independe do conteúdo tratado
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Conceito jurídico:
Constituição:
o Fruto de uma mera decisão humana, sem qualquer relação com
concepções filosóficas, políticas, sociológicas ou culturais.
o Constituição pertence ao mundo do “dever-ser” (mundo das leis),
não do “ser” (mundo natural).
o Desconsidera a existência de uma “matéria constitucional”
Não há temas que sejam próprios de uma Constituição
Aproxima-se do conceito de Constituição formal.
Outros conceitos:
Constituição cultural:
o Norma fundamental que é condicionada e condiciona determinada
cultura (relação de via dupla).
o Fruto não somente de fatores históricos, sociais e espirituais, mas
também da vontade humana (tudo combinado).
Constituição aberta:
o Traz a ideia de flexibilidade material da ordem constitucional.
o Objetivo: manter a compatibilidade da constituição com as
mudanças sociais ao longo do tempo
Reduz o risco da perda de sua força normativa.
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Constituição outorgada:
Constituição cesarista:
Constituição pactuada:
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Quanto ao conteúdo:
Constituição material:
o Abrange apenas conteúdo relacionado à:
Estrutura e organização do Estado
Direitos e garantias fundamentais.
o Exemplo único (no Brasil): Constituição do Império de 1824
Somente constitucional: dispositivos a respeito dos “limites
e atribuições respectivas dos Poderes Políticos, e aos Direitos
Políticos, e individuais dos Cidadãos“.
Demais dispositivos NÃO eram considerados matéria
constitucional (mesmo estando em seu texto).
Alteráveis pelo processo legislativo ordinário.
Conteúdo do dispositivo o definia como constitucional (não
sua forma).
Constituição formal
o Inclui toda e qualquer matéria disposta em seu texto, lá colocada
pelo legislador constitucional (independente do seu conteúdo).
o Exemplo: Constituição Brasileira de 1988
Todos os dispositivos: formalmente matéria constitucional
(mesmo quando não tratam de organização do Estado ou de
direitos fundamentais)
Quanto à forma:
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Constituição rígida:
o Exige, para alteração de seus dispositivos, um processo legislativo
mais difícil e solene em relação ao processo de alteração das
normas infraconstitucionais.
o Exemplo: Constituição de 1988
Constituição semirrígida:
o Para determinados dispositivos é exigido um processo mais difícil de
alteração. Para outros, a alteração se dá pelo procedimento comum
de alteração da legislação não constitucional.
Constituição flexível:
o Os dispositivos, indistintamente, podem ser alterados pelo mesmo
procedimento da legislação ordinária, não exigindo qualquer
procedimento especial e diferenciado.
Constituição fixa:
o Somente pode ser alterada pelo poder constituinte originário,
vedada qualquer modificação pelo poder constituinte
reformador.
Constituição “super-rígida”:
o exigir procedimento legislativo mais difícil de alteração, e alguns de
seus dispositivos são absolutamente imutáveis, mesmo por meio
desse procedimento.
Quanto à extensão:
Constituição sintética:
o Conteúdo é resumido, conciso, dispondo apenas de forma geral
sobre a estrutura básica do Estado e seus princípios fundamentais.
o Tende a se prolongar ao longo do tempo (já que se adapta mais
facilmente a novas interpretações).
o Exemplo: Constituição dos EUA (promulgada em 1787 e vigente até
hoje)
Constituição analítica:
o Documento extenso que trata de forma detalhada tanto de matéria
propriamente constitucional quanto de qualquer assunto que o
legislador constituinte decidiu nela incluir.
o Exemplo: Constituição brasileira de 1988
Nela foram colocados os mais variados institutos para maior
garantia de eficácia e concretização
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Quanto à sistemática:
Quanto ao sistema:
Constituição principiológica:
o Prevalência de princípios: normas constitucionais com alto grau de
abstração, focadas em valores, e cuja concretização carece de
normatização regulamentadora.
Constituição preceitual:
o Predominam as regras: normas constitucionais menos abstratas,
voltadas para a concretização dos princípios, e de aplicação mais
imediata, prescindindo de regulamentação.
Quanto à função:
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Constituição dogmática:
o Elaborada a partir de dogmas, ideologias e teorias pré-concebidas
e aceitas contemporaneamente.
o Surge em momento determinado no tempo, por intermédio de uma
assembleia constituinte, sendo necessariamente escrita.
o Exemplo: Constituição Brasileira de 1988
Constituição histórica:
o Elaborada de forma gradual, por meio de um processo contínuo
em que são reunidos, ao longo do tempo, aspectos históricos e
tradicionais de uma nação.
Constituição heterônoma:
o Decretada por outro Estado que não o próprio Estado por ela
regido, ou ainda por organizações internacionais.
o Constituição que vem de fora do Estado em que tem vigência.
o Exemplos históricos:
Primeiras constituições das ex-colônias britânicas quando da
independência (aprovadas pelo Parlamento britânico)
Constituições impostas pela ONU a alguns países africanos.
Constituição autônoma:
o Elaborada dentro do próprio Estado, quando do seu surgimento,
restauração ou transformação, sem interferências externas.
o Exemplo: Constituição Federal de 1988.
Quanto à dogmática:
Constituição ortodoxa:
o Conteúdo é baseado em apenas uma ideologia.
o Exemplo: Constituição da União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas, de 1917 (baseada exclusivamente na ideologia
socialista).
Constituição eclética:
o Elaborada a partir da conjunção de várias ideologias, procurando
conciliá-las entre si.
o Aproxima-se da constituição compromissória: resultado de um
compromisso entre as forças políticas e sociais.
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4. Elementos da Constituição
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Elementos orgânicos:
Elementos limitativos:
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Elementos socioideológicos:
Elementos de estabilização:
Elementos de aplicabilidade:
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Constituição: semirrígida
Outorgada pelo: Imperador D. Pedro I (25 de março de 1824).
Projeto: elaborado por um Conselho de Estado instituído pelo Imperador
o Assembleia Constituinte prévia:
Dissolvida por ter elaborado projeto de caráter liberal,
contrário às pretensões totalitárias do Imperador.
Organização político-administrativa:
Governo:
o Monárquico;
o Hereditário;
o Constitucional; e
o Representativo.
Províncias:
o Criadas a partir das capitanias hereditárias:
o Totalmente subordinadas ao poder central.
o Coordenadas por “presidentes” nomeados pelo Imperador.
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Divisão de poderes:
Quadripartite: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador
Poder Moderador:
Exercido privativamente pelo Imperador.
Responsável pela longevidade do Império (durou mais de 60 anos).
Imperador: legitimidade para intervenção direta em qualquer dos demais
poderes
o Nomeava senadores, convocava assembleia geral extraordinária,
sancionava e vetava proposições legislativas, dissolvia a Câmara dos
Deputados, nomeava e demitia ministros e suspendia magistrados
Poder Legislativo:
Formado: pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.
Deputados: eleitos para mandatos temporários, por meio de eleições
indiretas e voto censitário.
Senadores: eram vitalícios e nomeados pelo Imperador.
Poder Executivo:
Exercido pelo Imperador, por meio de seus Ministros de Estado.
Durante 2o Reinado: criado o cargo de Presidente do Conselho de
Ministros
o Nomeado pelo Imperador (espécie de "primeiro-ministro"
parlamentarista).
o Responsável por escolher os Ministros de Estado (necessariamente
de confiança dos Deputados e do próprio Imperador).
Poder Judiciário:
Juízes: aplicavam a lei
o Vitalícios
o Não gozavam de inamovibilidade.
Jurados: pronunciavam os fatos.
Relações: julgavam causas em 2a e última instância nas províncias.
Supremo Tribunal de Justiça: órgão de cúpula (composto do juízes
provenientes dessas “Relações”).
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Organização político-administrativa:
Forma de Estado: federativa.
Sistema de governo: presidencialista.
Forma de governo: república, sob regime representativo
União indissolúvel e perpétua das antigas províncias imperiais (que
passaram a constituir os Estados Unidos do Brasil).
Município neutro do Rio de Janeiro (sede do Império):
o Transformado em Distrito Federal e capital da União, mantendo a
natureza de município neutro.
Atribuída à União: propriedade de área a ser demarcada futuramente, e
para onde seria transferida a Capital Federal.
o Território só foi demarcado anos mais tarde, com a construção de
Brasília.
Separação: Estado da igreja
o País leigo, laico e não-confessional.
o Retirou o efeito civil do casamento religioso
o Proibiu o ensino religioso nas escolas públicas.
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Poder Legislativo:
Bicameralismo federativo:
o Câmara dos Deputados: composta por deputados federais,
representantes do povo, eleitos pelo voto direto, mandato de 3
anos.
o Senado Federal: composto por senadores, representantes dos
Estados e do DF, eleitos para mandato de 9 anos, com renovação
trienal de 1/3 de sua composição.
Bicameralismo também adotado em âmbito estadual por alguns Estados
o Exemplo: São Paulo e Pernambuco (possuíam um Senado Estadual)
Poder executivo:
Exercido pelo Presidente da República, eleito por voto direto (com o
Vice), para mandato de 4 anos, vedada a reeleição.
o Assessorado pelos Ministros de Estado, nomeados e demitidos
livremente por ele (ad nutum).
Primeiro Presidente: M.al Deodoro da Fonseca (Vice: M.al Floriano Peixoto)
o Eleitos indiretamente, por determinação da Constituição
(disposições transitórias)
Poder judiciário:
Órgão máximo: Supremo Tribunal Federal (composto por 15 juízes).
Direitos e garantias:
Abolidas: penas de banimento e morte no país (esta última admitida
apenas em tempos de guerra)
Proteção a direitos individuais, civis e políticos.
o Não houve previsão de proteção a direitos trabalhistas.
Habeas corpus:
o Regulado pelo Código Criminal de 1830 (durante Império)
o Previsão constitucional expressa (pela primeira vez)
Reforma constitucional em 1926:
o HC: cabimento restrito à proteção da liberdade de locomoção.
o Hipóteses de intervenção federal: restringiu a autonomia dos
estados federados (centralização do poder central)
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Causas:
o Intensa fraude eleitoral em benefício das oligarquias dominantes;
o Crise econômica de 1929;
o Ascensão da uma nova burguesia no país;
o Surgimento de uma classe operária (processo de industrialização);
o Movimentos militares (como o Tenentismo).
Governo Provisório:
Instalado pela Revolução de 1930;
Liderado por Getúlio Vargas;
Medidas:
o Poder legislativo:
Todos os órgãos dissolvidos (federais, estaduais e
municipais)
Passou a ser exercido pelo executivo (por decretos)
o Estados:
dirigidos por interventores nomeados por Vargas
Movimentos:
o Surgimento (motivo): métodos arbitrários do governo provisório
o Pressionavam por promulgação de uma nova constituição federal
o Destaque: Revolução Constitucionalista (São Paulo, 1932)
Código Eleitoral (1932):
o Criou a Justiça Eleitoral
o Instituiu o voto feminino e o sufrágio universal, direto e secreto.
Constituição de 1934:
Vertente liberal;
Forte caráter social;
Influência: Constituição Alemã de Weimer (1919)
o Célebre pela sua proteção a direitos de segunda dimensão.
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Organização político-administrativa:
Preservou diversos princípios fundamentais estabelecidos pela
Constituição de 1891, mantendo:
o Tripartição de poderes
o Sistema presidencialista
o Regime representativo.
o República Federativa do Brasil:
Formada pela união indissolúvel e perpétua dos Estados,
Distrito Federal e Territórios, reunidos nos Estados Unidos
do Brasil.
o Distrito Federal como capital da República, com sede na cidade do
Rio de Janeiro, administrada por um prefeito.
Disposições transitórias: previu a transferência da capital da
União para a região central do Brasil
Localidade a ser definida por uma comissão que seria
nomeada pelo Presidente de República.
Após a transferência da Capital, o novo Distrito
Federal seria transformado em Estado.
Segunda Lei Orgânica do Distrito Federal (1936): ampliou a
sua autonomia e o equiparava aos Estados-membros.
o Separação entre o Estado e a igreja: país como leigo, laico e não
confessional.
Garantiu a liberdade de crença e o livre exercício de cultos.
Passou a admitir o efeito civil dos casamentos religiosos
(inovação em relação à Constituição anterior)
Direitos e garantias:
Manteve direitos clássicos já garantidos pela constituição anterior (caráter:
Constituição social);
Dispôs sobre a ordem econômica e social do estado, a família, a cultura e a
educação;
Abriu espaço para a legislação trabalhista e a representação de classes;
Proteção constitucional ao voto secreto e ao voto feminino com o mesmo
valor do masculino (instituídos pelo Código Eleitoral de 1932);
Previsão (pela primeira vez): ajuizamento de mandado de segurança e de
ação popular.
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Poder Legislativo
o Rompimento com o bicameralismo paritário: 2 casas legislativas
(Câmara e Senado) exerciam as mesmas funções.
o Estabelecido ao bicameralismo desigual:
Senado: entidade colaboradora da Câmara dos Deputados.
Competência reduzida basicamente a matérias
relacionadas à Federação (exemplo: iniciativa de leis
de interesse de mais de um Estado da federação).
o Deputados federais: mandato passou a ser de 4 anos.
Parte eleita por sufrágio direto, igualitário e universal, e
sistema proporcional.
Outra parte eleita indiretamente por organizações
profissionais indicadas em lei (representação corporativa
ou profissional, de influência fascista).
o Senadores: mandato passou a ser de 8 anos.
Eleitos por sufrágio direto, igual e universal dentre
brasileiros natos com mais de 35 anos.
Cada Estado e o Distrito Federal: representados por 2
senadores, com renovação pela metade a cada 4 anos, em
eleição conjunta com a da Câmara dos Deputados.
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No período:
o Forte oposição política entre:
Direita: defendia um estado brasileiro autoritário (influência:
fascismo italiano)
Esquerda: a favor do socialismo e do comunismo.
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Organização político-administrativa:
Forma de governo republicana (povo é o titular do poder e o exerce por
meio de representantes eleitos)
Forma federativa de estado (formado pela união indissolúvel dos entes
federativos)
Regime federativo: enfraquecido pela ditadura de Vargas.
o Estados: governados por interventores
Nomeados por Vargas
Cumpriam as determinações do regime
o Resultado prático: Estado centralizado.
Município do Rio de Janeiro:
o Continuou sendo o Distrito Federal
o Sede do governo federal e a capital do país
o Administrado pela União
o Prefeito: também nomeado pelo Presidente da República.
Direitos e garantias:
Cerceados vários direitos garantidos constitucionalmente, dentre eles:
o Direito de livre manifestação do pensamento (restringido por
censura prévia dos meios de comunicação)
o Greve e lock-out (proibidos sob o argumento de nocividade às
relações de trabalho e à produção nacional).
o Pena de morte (admitida para crimes políticos e homicídios
cometidos por motivo fútil ou com perversidade excessiva).
o Omitidos:
Mandado de segurança e da ação popular
Princípios da reserva legal e o da irretroatividade das leis.
Tortura: utilizada como forma de repressão aos opositores políticos.
Avanços:
o Área trabalhista
o Expansão capitalista (fomentada pelo governo)
o Nacionalização da economia (controle de diversas áreas
estratégicas nos setores de produção, aço, mineração e petróleo).
o Criadas estatais, como a Companhia Vale do Rio Doce
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Restaurou:
o Forma republicana de governo;
o Forma federativa de estado:
Constavam do texto da Constituição anterior (1937), mas na
prática foram abolidas.
Direitos e garantias:
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Poder executivo:
o Presidente da República:
Eleito por voto direto (juntamente com Vice).
Mandato de 5 anos.
o Vice-presidente: acumulava a função de presidente do Senado
Federal.
o Período de regime parlamentarista:
Ocorreu por ocasião da renúncia do Presidente Jânio
Quadros, em 1961.
Os militares tentaram impedir a posse de João Goulart (Vice):
suspeito de ter ligações com o comunismo.
Congresso Nacional (para fazer frente ao militares): decidiu
instaurar o parlamentarismo:
Poder executivo exercido pelo Presidente da República
e por um Conselho de Ministros.
Referendo em 1963: decidiu-se pelo retorno ao
presidencialismo (perdurou até o golpe militar de 1964).
Poder legislativo:
o Volta ao bicameralismo federal:
Congresso Nacional dividido em Câmara dos Deputados e
Senado Federal.
o Câmara dos Deputados:
Composta pelos representantes do povo.
Eleitos pelo sistema proporcional para mandato de 4 anos.
o Senado Federal:
Formado por representantes dos Estados (3 para cada um).
Eleitos pelo sistema majoritário para mandato de 8 anos.
Renovação a cada 4 anos, na proporção alternada de 1/3 e
2/3 dos seus membros.
o Partidos políticos foram constitucionalizados.
Consagrando: pluripartidarismo.
Vedados: partidos com ideais contrários ao regime
democrático.
Poder judiciário:
o Justiça Eleitoral (criada e extinta na era Vargas): restabelecida.
o Órgãos do judiciário:
Supremo Tribunal Federal
Tribunal Federal de Recursos
Juízes e Tribunais Eleitorais, Militares e do Trabalho.
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Contexto histórico:
Outorgada pelo regime militar (na prática):
o Embora formalmente aprovada pelo Congresso Nacional
o Congresso:
Fechado no ano anterior (1966)
Reaberto apenas para aprovar a nova constituição
Não teve qualquer liberdade para alterar o projeto.
Do golpe militar em 1964 até outorga em 1967:
o País governado por meio de atos institucionais:
Decretos editados durante regime militar com força
normativa superior a todas as leis e à constituição.
o Constituição de 1946 (vigente): dispositivos suplantados pelos
atos institucionais.
Golpe militar (1964):
o Tirou do poder o presidente João Goulart (acusado de ligações
com o comunismo internacional)
o Militares baixaram o primeiro ato institucional (o AI-1/64)
Tomava medidas restritivas ao regime democrático.
o AI-2 e AI-3:
Estabelecidas: eleições indiretas para Presidente da
República e Governadores dos Estados.
o Primeiro Presidente da República do regime militar: o General
Humberto de Alencar Castelo Branco (um dos líderes do
golpe de 1964).
Organização político-administrativa:
Forte centralização de poder no executivo federal.
o Embora garantisse (no texto): forma republicada de governo e a
forma federativa de estado, sob o regime representativo
Semelhante a Estado unitário:
o Atribuiu amplos poderes ao Presidente da República
o Reduziu significativamente a autonomia dos Estados e
Municípios.
Capital da União: permaneceu sendo Brasília.
País: continuou leigo (sem religião oficial).
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Poder executivo:
o Presidente da República:
Eleito indiretamente: por Colégio Eleitoral
Mandato de 4 anos.
Poder de legislar por meio de decretos-lei.
o Decretos-Lei:
Editados em caso de urgência e interesse público relevante.
Deveriam ser aprovados ou rejeitados pelo Congresso
Nacional em até 60 dias (vedada emenda).
Caso não deliberados nesse período: automaticamente
aprovados por decurso de prazo.
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Objetivos:
o Endurecer regime e reprimir manifestações contrárias a ele.
Emenda Constitucional nº 1 de 1969 (de maior destaque):
o Editada por junta militar formada pelos Ministros das Forças
Armadas (determinação do AI-12):
Junta: exercia governo interino (Congresso Nacional:
fechado).
Presidente (Gal. Costa e Silva): afastado por motivos de saúde
o Manteve a validade de todos os AIs baixados e constitucionalizou o
seu uso.
o Mandato do Presidente de República aumentado de 4 para 5 anos
(mantida: eleição indireta)
o Operou muitas alterações na Constituição de 1967
Alguns doutrinadores: verdadeira manifestação de poder
constituinte originário.
Governo do General Emílio Médice:
o Período de crescimento econômico
General Ernesto Geisel (governo seguinte)
o Forte crise econômica
Consequência: expressiva derrota do governo nas eleições
legislativas de 1974
o Lei Falcão: restringiu propaganda política (prejudicando oposição)
o Pacote de Abril de 1977 (medidas para fortalecer executivo federal):
Dissolveu: Congresso Nacional.
Mandato do Presidente da República: aumentado para 6
anos.
O quórum para aprovação de emendas constitucionais:
reduzido de 2/3 para maioria absoluta
Possibilidade de avocação de causas de qualquer juízo ou
Tribunal (a pedido do PGR) para suspensão de efeitos.
Emenda Constitucional nº 8 de 1977:
o 1/3 dos senadores: eleito por colégios eleitorais estaduais.
o Partido do governo (ARENA): maioria em quase todos os Estados
o Resultado: nomeação de senadores pelo executivo (“senadores
biônicos”)
Pacote de Julho de 1978:
o Inicia: processo de redemocratização do país.
o Revogou o AI-5.
o Suspendeu: cassação de direitos políticos.
o Extinguiu: poder do Presidente de suspender do Congresso Nacional
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Contexto histórico:
Transição gradual do regime militar para a democracia:
o Iniciada com edição do Pacote de Julho (em 1978)
Dentre outras medidas: extinguiu o Ato Institucional nº 5
o Lei de Anistia (em 1979):
Concedeu perdão aos crimes políticos do regime militar.
o Reforma eleitoral (também em 1979):
Extinguiu bipartidarismo e oficializou
pluripartidarismo.
Voto direto: governadores de Estado
Eleição de Tancredo Neves:
o Primeiro Presidente civil após regime militar.
o Realizada por voto indireto (resquício do regime militar)
Voto direto para Presidente: somente em 1989 (com
eleição de Fernando Collor de Mello).
o Morte antes da posse:
Sarney (eleito Vice-Presidente): assumiu a presidência.
Processo de elaboração:
Decreto (1985): José Sarney instituiu Comissão Afonso Arinos:
o Comissão provisória (objetivo): realizar pesquisas e estudos
para auxiliar e embasar a elaboração da nova constituição.
Anteprojeto da Comissão (1986): rejeitado por Sarney
o Principal motivo: opção pelo sistema parlamentarista (reduzia
poderes do Presidente da República).
Assembleia Nacional Constituição:
o Convocada pela Emenda Constitucional nº 26 de 1985.
o Iniciou elaboração do zero (sem projeto).
o Composição: diversas comissões e subcomissões
Cada uma: tema específico;
Elaboravam anteprojetos parciais (encaminhados a
uma comissão de sistematização).
o Processo de elaboração:
Intenso lobby: diversos grupos da sociedade civil
(procurando garantia constitucional de seus interesses).
o Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988.
o Falta de coordenação entre comissões e grande abrangência dos
temas:
Resultado: Constituição extensa, detalhista e prolixa.
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Organização político-administrativa
Forma de governo: republicana
Sistema de governo presidencialista.
o Opções foram confirmadas pela população (plebiscito em 1993):
Monarquia constitucional e parlamentarismo: derrotados.
Forma federativa de estado: mantida e ampliada
o Aumento da autonomia: Estados, Municípios e Distrito Federal.
Criado: Estado do Tocantins.
Territórios:
o Amapá e Roraima transformados em Estados.
o Fernando de Noronha incorporado ao Estado de Pernambuco.
Distrito Federal: deixou de ser simples autarquia federal
o Passou a ter status de ente federativo (com autonomia e
competências tanto estaduais como municipais)
Capital Federal: Brasília.
País permaneceu leigo, laico e não confessional: sem religião oficial
o Embora com menção a Deus no seu preâmbulo.
Direitos e garantias:
Ampliação significativa: direitos individuais e coletivos com garantia
constitucional.
Ampliou os remédios constitucionais, com criação de:
o Ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF)
o Mandado de segurança coletivo
o Habeas data
o Mandado de injunção
o Ação declaratória de inconstitucionalidade por omissão.
Ampliou: direitos trabalhistas.
Tortura e racismo: crimes inafiançáveis.
o Racismo: imprescritível.
Proteção ao Meio Ambiente: tratada em capítulo próprio
Ministério Público (competência):
o Instauração de ação civil pública em defesa do patrimônio público,
do meio ambiente, do interesse dos índios e demais interesses
difusos e coletivos.
Criada: Defensoria Pública.
o Orientar e defender juridicamente os necessitados.
Ordem social e ordem economia:
o Tratadas em separado (ordem econômica inserida no capítulo sobre
o sistema financeiro nacional)
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Poder executivo:
o Exercido pelo Presidente da República (auxílio: Ministros de Estado).
Mandato: alterado de 5 para 4 anos (Emenda Constitucional
de revisão).
Permitida uma reeleição subsequente.
Poder legislativo:
o Exercido pelo Congresso Nacional dividido em:
Câmara dos Deputados (casa dos representantes do povo).
Senado Federal (casa dos representantes dos Estados).
o Deputados federais:
Voto direto, secreto e universal (sistema proporcional).
Mandato: 4 anos.
o Senadores:
Voto direto, secreto e universal (sistema majoritário).
Mandatos: 8 anos (renovação alternada de 1/3 e 2/3 de seus
membros, de 4 em 4 anos).
Poder judiciário:
o Criados:
Superior Tribunal de Justiça (responsável por zelar pelo
cumprimento das leis federais).
Supremo Tribunal Federal: passou a tratar apenas de
temas constitucionais.
Conselho Nacional de Justiça, por Emenda (responsável
pelo controle administrativo dos demais órgão do judiciário).
o Extinto: Tribunal Federal de Recursos.
o Órgãos:
Supremo Tribunal Federal;
Superior Tribunal de Justiça;
Conselho Nacional de Justiça;
Tribunais Regionais Federais e os Juízes Federais;
Tribunais e Juízes Eleitorais, Militares e do Trabalho;
Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal.
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6. Hermenêutica constitucional
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Dworkin:
o Sistema composto de regras e de princípios: fundamental para ideia
de justiça.
Sistema aberto e permeável a valores jurídicos.
o Regra: descrição de conduta que se enquadra em hipótese de fato.
Regra em conflito: apenas uma prevalece (“tudo ou nada”).
Só não pode ser aplicada quando: inválida, não vigente,
houver regra mais específica.
o Princípios: descrição abstrata de conduta considerada correta.
Aplicação ao caso precisa de mediação interpretativa.
Princípios em conflito: devem ser ponderados
Aplicação: graduada conforme as circunstância do caso
particular.
Alexy:
o Avança teoria de Dworkin (discordando em alguns pontos)
o Regras: normas que, se válidas, são satisfeitas ou não.
o Princípios: “mandamentos de otimização”.
Realização ocorre na maior medida possível (conforme
possibilidades fáticas e jurídicas)
São satisfeitos em graus variados, diferentemente das
regras.
o Não admite a existência de apenas 1 resposta correta para
determinado caso (ao contrário de Dworkin).
Várias respostas podem ser corretas: conforme grau de
satisfação do princípio exigido pela otimização.
Doutrina atual:
o Avança em relação às ideias desses dois autores
o Considera:
Possibilidade de ponderação na aplicação das regras
Aplicação biunívoca dos princípios (“tudo ou nada”): como
no caso da dignidade da pessoa humana (caráter absoluto).
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Método hermenêutico-concretizador:
o Parte da norma positivada na Constituição (não do caso concreto a
ser solucionado).
o Intérprete:
Usa pressupostos de interpretação subjetivos (pré-
concepções) e objetivos (norma, caso concreto e contexto
social)
Orbita por estes pressupostos para obter uma compreensão
definitiva da norma (circulo hermenêutico).
Método normativo-estruturante:
o Considera que texto constitucional é diferente da norma jurídica.
o Literalidade da norma: só pode ser analisada conforme realidade
concreta.
Texto da norma: ponta de um iceberg.
Norma em si: muito mais complexa.
o Norma constitucional:
Concretizada por: atividade do legislador (texto), do
judiciário e da administração pública.
Método científico-espiritual:
o Constituição: fenômeno cultural, concretizador de valores, de
caráter dinâmico (renova-se com as modificações sociais).
o Premissa de interpretação:
Realidade social;
Valores subjacentes ao texto constitucional.
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Origem:
o Suprema Corte americana (1819): McCulloch vs Maryland.
o McCulloch (funcionário de um banco americano):
Processado por fraude fiscal pelo estado de Maryland;
Apelou à Suprema Corte.
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Críticas doutrinárias:
o "Supremocracia" (STF):
Autoridade frente às demais instância judiciais (intérprete
final da Constituição);
Expansão da autoridade frente aos demais poderes (devido
ampliação de suas atribuições de Tribunal Constitucional);
Crítica: deveria limitar-se a proferir julgamentos mais
qualitativos (envolvendo somente grandes temas
constitucionais)
o “Pan-principiologismo”:
Julgador: cria pseudo-princípios (com base em orientações
pessoais) para servir de fundamentação para decisões.
Crítica: princípios devem ser legítimos (com fundamentação
histórica, política e jurídica).
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Preâmbulo (destaques):
o Estado Democrático (objetivo):
Assegurar, como valores supremos da sociedade, o exercício de
direitos individuais e sociais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e justiça.
o Características da sociedade:
Fraterna, pluralista e sem preconceitos.
o Fundamentos sociais:
Harmonia social e comprometimento interno e externo com a
solução pacífica de controvérsias.
Em resumo:
o Preâmbulo da Constituição de 1988:
Não tem: relevância jurídica;
Não tem: força normativa/obrigatória;
Não cria: direitos nem deveres;
Serve apenas de norte interpretativo das normas
constitucionais.
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Localização na Constituição:
o Destacadas do corpo principal: com nova numeração.
o Sem divisão em títulos, capítulos, seções e subseções.
Constituição de 1988:
o Vários dispositivos: acrescidos ou alterados ao ADCT.
o Legitimidade dessas alterações:
Normas com efeitos exauridos: doutrina não considera
razoável alterar o sentido já concretizado.
Normas não exauridas: alterações aceitas (desde que
observados os limites do poder de reforma).
o Caso paradigma (STF):
Emenda Constitucional que antecipou plebiscito do artigo 2º
do ADCT.
STF: não há imutabilidade da norma em razão de sua
transitoriedade.
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Característica marcante:
o Interpretação pluralista e democrática da Constituição (não
restrita à efetuada por órgãos estatais):
Supera modelo fechado onde apenas magistrados podem
interpretar a norma (procedimentos formais).
Atividade aberta a todos os destinatários da norma
(legítimos intérpretes).
o Intérpretes da Constituição:
Em sentido amplo(pré-intérpretes): opinião pública e
cidadão.
Jurisdição constitucional: última palavra quanto à
interpretação das normas constitucionais.
No direito brasileiro:
o Concretizada:
Amicus curiae ( “amigo da corte”)
Audiências públicas convocadas pelo STF.
o Regimento Interno do STF
Ministro relator do processo no STF:
Para esclarecimento de fatos ou quando insuficientes
as informações dos autos;
Pode designar: perito, audiência pública ou
depoimento de pessoa com notório conhecimento na
matéria discutida no processo.
Ministro Presidente:
Prerrogativa regimental de solicitar depoimento em
juízo de autoridade no assunto (pelo mesmo motivos).
o Oportunidades em que STF chamou sociedade civil para que
tomar parte na interpretação da Constituição:
Utilização de células-tronco humanas em pesquisas;
Aborto do anencéfalo;
Fornecimento de medicamentos de alto custo pelo Estado.
o Participação da sociedade na discussão: fundamental para maior
legitimidade às decisões judiciais.
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7. Poder constituinte
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Conceito:
Manifestação:
o Hiato constitucional:
Circunstâncias políticas em que ocorre conflito entre o conteúdo
da Constituição vigente e a realidade social.
Lacuna normativa, interrupção de continuidade da dinâmica
constitucional, e impossibilidade de se adaptar o texto da
norma aos novos valores da sociedade.
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Características:
o a) Inicial: inicia uma nova ordem jurídica (rompe por completo
com anterior).
o b) Autônomo: nova ordem jurídica determinada de forma autônoma
por quem está no exercício do poder.
o c) Ilimitado juridicamente: não encontra limites no direito
anterior.
Doutrina jusnaturalista: considera poder limitado pelo
direito natural.
Doutrina positivista (adotada no Brasil): considera o poder
pré-jurídico (não limitado por qualquer direito prévio).
Ilimitado juridicamente não significa absoluto ou arbitrário.
Doutrina: poder encontra limites em valores morais,
religiosos, históricos e sociais da comunidade política.
Deve obedecer a padrões de conduta da consciência
coletiva da sociedade ( “vontade do povo”).
Para ser legítimo: não pode afrontar valores refletidos
em princípios supralegais de justiça (exemplo:
direitos humanos e a autodeterminação dos povos).
o d) Poder de fato (pré-jurídico): nova ordem jurídica só se inicia
após a sua manifestação.
o e) Incondicionado e soberano em relação às suas decisões.
o f) Permanente: não se esgota após a nova Constituição.
É expressão da liberdade humana de rever suas decisões e
mudá-las a qualquer tempo.
Permanece latente até a superveniência de “momentos
constituintes” (situações que justificam a ruptura da ordem
jurídica vigente).
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Subdivisão:
Formas de manifestação:
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Limite material:
o O mesmo estabelecido para poder constituinte derivado
reformador.
o Outros limites (estabelecidos por Resolução do Congresso):
Votação em 2 turnos.
Vedadas:
Substituição integral do texto constitucional;
Alteração da forma republicada e do sistema
presidencialista.
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Poder jurídico:
o Derivado do poder constituinte originário (deve seguir as regras
estabelecidas por ele).
Função: elaboração e alteração das Constituições Estaduais.
o Decorre: poderes de auto-organização, autogoverno e
autoadministração dos Estados (manifestação: autonomia
federativa).
Modalidades:
o 1) Inicial (ou instituidor): elabora a Constituição Estadual.
o 2) De revisão estadual: modifica texto da Constituição Estadual.
Procedimento estabelecido pela própria Constituição
Estadual.
Limites: princípios constitucionais (art. 25).
o 1) Sensíveis (expressos na Constituição);
o 2) Estabelecidos (extraídos das normas centrais): repartição de
competências e organização dos poderes;
o 3) Extensíveis (relacionados à estrutura federativa): processo
legislativo, investidura em cargos públicos e sistema orçamentário.
Titularidade:
o Estados: Assembleias Legislativas.
Art. 11 do ADCT: exercido até 1 ano da promulgação da CF.
o Distrito Federal: Câmara Legislativa.
Regido por Lei Orgânica (art. 32, CF): mesma natureza de
Constituição Estadual (jurisprudência).
Poder (para elaborar e alterar a sua Lei Orgânica): decorre
diretamente da Constituição.
o Municípios:
Poder constituinte derivado decorrente: não extensível a
eles.
Leis Orgânicas:
Funcionam como "Constituições Municipais".
Sujeitas: às Constituições Federal e Estadual.
Capacidade (de elaborar e alterar Leis Orgânicas):
manifestação de um poder de 3o grau.
Poder sujeito a 2 graus de imposição legislativa
constitucional: o federal e o estadual.
o Territórios: integram a União (não possui autonomia federativa).
Não são titulares de poder constituinte derivado decorrente.
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Ficha 58 – Repristinação,
desconstitucionalização e
recepção material
Repristinação:
o Fenômeno em que:
Norma (elaborada na vigência de uma Constituição): não é
recepcionada pela Constituição subsequente.
Volta a ter validade com o advento de uma terceira
Constituição (compatível com esta).
o STF: efeito repristinatório não é admitido pelo ordenamento
brasileiro (salvo determinação expressa na Constituição).
Descontitucionalização:
o Normas da Constituição anterior:
Permanecem válidas na vigência da nova Constituição;
Com status de normas infraconstitucionais.
o Fenômeno possibilita sobrevivência de dispositivos constitucionais.
Em regra: perdem a validade automaticamente com a nova
Constituição.
o No Brasil (em regra): não admitida!
Salvo: determinação expressa do poder constituinte
originário (juridicamente ilimitado).
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Ficha 59 – Retroatividade de
norma constitucional
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Aplicabilidade:
o Indireta;
o Mediata;
o Reduzida (ou diferida).
Tipos:
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Poder judiciário:
o Quando provocado: não poderá deixar de aplicar essas normas à
situação concreta regulada.
Direito deve ser conferido mesmo quando inexistir norma
integrativa (eficácia limitada),
o Remédios constitucionais contra não efetividade de normas com
eficácia limitada:
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão;
Mandado de Injunção.
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o 1) Normas de aplicação:
Aptas a produzirem todos os seus efeitos,
independentemente de legislação infraconstitucional.
Similar: normas de eficácia plena.
Subdivisão:
A) Normas de aplicação regulamentáveis:
o Permitem regulamentação, mas sem limitação
de conteúdo.
B) Normas de aplicação irregulamentáveis:
o Dispensam qualquer regulamentação.
o 2) Normas de integração:
Sentido é completado pela legislação infraconstitucional.
Subdivisão:
A) Normas de integração complementáveis:
o Exigem legislação integrativa para a completa
produção de seus efeitos.
o Similar: normas de eficácia limitada.
B) Normas de integração restringíveis:
o Passíveis de redução de sua abrangência pelo
legislador infraconstitucional.
o Similar: normas de eficácia contida.
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Questões de concurso
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Questão 019 (CESPE – CNJ – Técnico Judiciário): Constituição não escrita é aquela
que não é reunida em um documento único e solene, sendo composta de costumes,
jurisprudência e instrumentos escritos e dispersos, inclusive no tempo.
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Questão 022 (CESPE – TCU – Analista de Controle Externo): Por expressar apenas
as regras básicas de organização do Estado e os preceitos referentes aos direitos
fundamentais, a CF é considerada como uma constituição analítica.
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Questão 029 (CESPE – OAB – Primeira Fase): De acordo com a classificação das
constituições, denomina-se dogmática a constituição que
a) contém uma parte rígida e outra flexível e sistematiza os dogmas aceitos pelo
direito positivo internacional.
b) sistematiza os dogmas sedimentados pelos costumes sociais e, também
conhecida como costumeira, é modificável por normas de hierarquia
infraconstitucional, dada a rápida evolução da sociedade.
c) é elaborada, necessariamente, por um órgão com atribuições constituintes e,
somente existindo na forma escrita, sistematiza as ideias fundamentais
contemporâneas da teoria política e do direito.
d) somente pode ser alterada mediante decisão do poder constituinte derivado,
sendo também conhecida como histórica.
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Questão 059 (FCC – TRT 3ª Região – Analista Judiciário): Entre o conjunto de leis
criadas no período a que o texto se refere, destaca-se a Constituição de 1937, que
nos seus dispositivos trabalhistas, inspirados na “Carta del Lavoro” italiana,
a) dava somente ao sindicato reconhecido pelo Estado o direito de representar a
categoria, proibindo a greve e o lock-out.
b) ampliava a participação do trabalhador pelo sistema de representação classista
e pela adoção do voto secreto nas eleições.
c) garantia direitos aos trabalhadores como: jornada de oito horas,
regulamentação do trabalho feminino e do trabalho infantil.
d) definiu as regras a partir das quais o mercado de trabalho e as relações
trabalhistas poderiam livremente se desenvolver.
e) garantiu aos trabalhadores uma certa estabilidade no emprego e no salário por
meio do crescimento industrial do país.
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Questão 065 (CESPE – Câmara dos Deputados – Analista Legislativo): Até 1946 a
autonomia municipal foi apenas nominal, uma vez que, apesar de inscrita nos
textos constitucionais, passou a ser exercida de fato e de direito apenas com a
edição da Constituição de 1946.
Questão 069 (CESPE – Instituto Rio Branco – Diplomata): A reforma eleitoral que
extinguiu os partidos políticos então existentes e criou apenas dois, ARENA e MDB,
precedeu a Constituição de 1967.
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legal ao Poder Judiciário para reprimir todo aquele que se opusesse à política de
segurança nacional do Estado, durante esse período.
c) Leis Federais pelas quais o Poder Legislativo estabelecia normas que submetiam
o Poder Judiciário ao Poder Executivo, por meio da extinção de certas garantias,
como a da autonomia e liberdade de julgamento.
d) Decretos pelos quais o Poder Executivo estabelecia nova ordem política,
administrativa ou jurídica, com medidas que alteravam ou contrariavam a
Constituição, sem a devida aprovação do Poder Legislativo.
e) Emendas à Constituição vigente pelas quais os Órgãos de Segurança Nacional
garantiam a ordem social, econômica e política e as leis instituídas pela
Constituição Federal, aprovadas pelo Poder Executivo.
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d) Tribunais de Exceção.
e) Tribunais de Comércio.
Questão 081 (FCC – TRT1 – Juiz do Trabalho Substituto): Thomas Paine afirmou
“A vaidade e a presunção de governar para além do túmulo é a mais ridícula e
insolente das tiranias”. Partindo-se das premissas de que a Constituição é feita
para durar (estabilidade), mas que a imutabilidade absoluta é um risco à sua
legitimidade, especialmente perante as gerações futuras (adaptabilidade), tem-se
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Questão 088 (FEPESE – DPE/SC – Defensor Público): Em seu livro Teoria dos
Direitos Fundamentais , Robert Alexy afrma que é possível solucionar um confito
entre regras quando se introduz uma cláusula de exceção em uma das regras, a fm
de eliminar o confito, ou quando ao menos uma das regras for declarada inválida.
Isso porque, segundo o autor, os confitos entre regras ocorrem na dimensão da
validade jurídica, o que não é graduável. No que se refere à solução da colisão entre
princípios, Alexy entende que:
a) um dos princípios deve ser declarado inválido em uma determinada condição.
b) um dos princípios terá precedência em face do outro em determinadas
condições.
c) deve ser introduzida uma cláusula de exceção em um dos princípios
d) existem princípios que sempre têm precedência em face de outros.
e) deve ser resolvida na dimensão da validade jurídica.
Questão 089 (CESPE – TJ/AL – Juiz): Considerando que teorias relativas aos
princípios jurídicos sugerem que regras e princípios seriam espécies de normas
jurídicas, assinale a opção congruente com essa idéia.
a) As regras estabelecem o dever-ser mediante a imposição de deveres, proibições
e permissões; diferentemente, os princípios atuam tão-somente com função
hermenêutica, para possibilitar a escolha das regras que melhor se conformem ao
caso concreto.
b) O conteúdo das regras caracteriza-se por expressar determinações obrigatórias
mais completas e precisas; diferentemente, o conteúdo dos princípios se apresenta
com maior abstração e generalidade, afetando significativamente o modo de sua
implementação.
c) As regras restringem-se a regulamentar condutas em casos concretos;
diferentemente, os princípios precipuamente estruturam o sistema jurídico, o que
lhes confere caráter hierárquico superior às regras.
d) As regras são fundamentadas pelos princípios, sendo destes deduzidas;
diferentemente, os princípios só podem ser revelados pelas regras, extraindo-se
indutivamente de suas aplicações particulares os princípios implícitos ou
explícitos no ordenamento jurídico.
e) As regras podem estar em oposição tanto a princípios quanto a outras regras,
conflito este que causará ou sua validade, ou sua invalidade; diferentemente, os
princípios só podem estar em oposição a outros princípios, conflito que só poderá
se resolver pela técnica da ponderação.
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Questão 102 (CESPE – DPE/SE – Defensor Público): Com relação aos métodos de
interpretação das normas constitucionais, assinale a opção correta.
a) Segundo o método tópico-problemático, as normas constitucionais são fechadas
e determinadas, sem nenhum viés fragmentário.
b) Para cada caso concreto que envolva normas constitucionais, há um método de
interpretação adequado que se revela o correto.
c) De acordo com o método hermenêutico clássico, devem-se adotar os critérios
tradicionais relacionados por Savigny como forma de se preservar o conteúdo da
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Questão 108 (CESPE – BACEN – Procurador): Pela aplicação da teoria dos poderes
implícitos, o STF reconhece ao TCU a competência para conceder medidas
cautelares no exercício das atribuições que lhe foram fixadas na CF.
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Questão 122 (CESPE – AGU – Advogado da União): Dada a natureza jurídica das
normas prescritas no ADCT, por meio delas podem ser estabelecidas exceções às
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Questão 125 (CESPE – STF – Analista Judiciário): Para Peter Häberle, jurista
alemão cujo pensamento doutrinário tem influenciado o direito constitucional
brasileiro, a constituição deve corresponder ao resultado, temporário e
historicamente condicionado, de um processo de interpretação levado adiante na
esfera pública por parte dos cidadãos e cidadãs.
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Questão 133 (FCC – TRT da 16ª REGIÃO – Analista Judiciário): Em tema de Poder
Constituinte Originário, é INCORRETO afirmar que
a) é limitado pelas normas expressas e implícitas do texto constitucional vigente,
sob pena de inconstitucionalidade.
b) é incondicionado, porque não tem ele que seguir qualquer procedimento
determinado para realizar sua obra de constitucionalização.
c) é autônomo, pois não está sujeito a qualquer limitação ou forma prefixada para
manifestar sua vontade.
d) caracteriza-se por ser ilimitado, autônomo e incondicionado.
e) se diz inicial, pois seu objeto final, a Constituição, é a base da ordem jurídica.
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Questão 161 (FMP/RS – TCE/MT – Auditor Público Externo): Pode-se afirmar que
as normas de eficácia limitada
a) possuem efeitos desde sua edição.
b) possuem efeitos imediatos, mas seu campo de atuação é limitado por uma
norma infraconstitucional.
c) estabelecem princípios e programas a serem seguidos pela Administração
Pública.
d) possuem eficácia, contudo necessitam de uma norma infraconstitucional de
complementação para que produzam efeitos.
e) são destituídas de qualquer tipo de eficácia até o momento em que sua limitação
é superada.
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de sua promulgação.
c) de eficácia limitada são de aplicabilidade mediata e diferida, mas sem vinculação
com as normas infraconstitucionais subsequentes, ou seja, sem relevância jurídica
interpretativa e integrativa.
d) de eficácia plena e aplicabilidade direta, imediata e integral são aquelas normas
que, no momento em que a Constituição entra em vigor, já estão aptas a produzir
todos os seus efeitos, independentemente de norma integrativa
infraconstitucional.
e) declaratórias de princípios programáticos veiculam programas a serem
implementados pelos cidadãos, sem interferência estatal, visando à realização de
fins sociais e culturais.
Questão 165 (IBFC – SEPLAG/MG – Direito): Diz o inciso XIII, do artigo 5°, da
Constituição Federal: “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão,
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.” Quanto à
aplicabilidade, o artigo em questão, classifica-se como norma de:_______________ .
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
a) Eficácia limitada
b) Eficácia contida.
c) Eficácia plena.
d) Eficácia direta.
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Gabarito comentado
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jurídicas de direito público são civilmente responsáveis pelos danos que os seus
funcionários causarem a terceiros, desde que nesta qualidade, independentemente
de culpa.
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têm caráter vinculante, não apenas mera função hermenêutica. A letra C está
errada porque não há hierarquia entre regras e princípios. A letra D está errada
pois não há tais relações de interdependência entre regras e princípios. A letra E
está errada pois a invalidade de uma regra não se dá diretamente por oposição a
um princípio.
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competência, embora não expressa, é indispensável para que o TCU possa exercer
plenamente suas atribuições constitucionais.
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