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Colaboradores:
Novos paradigmas
da Teoria Geral do Direito
A e e açã ........................................................................................................ 15
– Ricardo Maurício Freire Soares
– Flora Augusta Varela Aranha
– João Francisco Liberato de Mattos Carvalho Filho
Ca í l I
O princípio da proporcionalidade e o julgamento
de prestação de contas de campanha pela justiça eleitoral ....... 19
– Adonai Araújo Cardoso
1. Introdução.......................................................................................................... 19
2. Princípio da proporcionalidade ................................................................ 21
2.1. Adequação ................................................................................................ 23
2.2. Necessidade ............................................................................................. 23
2.3. Proporcionalidade em sentido estrito.......................................... 23
3. Prestação de contas de campanha eleitoral ........................................ 24
3.1. Julgamento de contas de campanha pela justiça eleitoral ... 26
4. Conclusão ........................................................................................................... 31
Ca í l II
Negociação no processo civil de improbidade administrativa... 33
– Analu Paim Cirne Pelegrine
1. Introdução.......................................................................................................... 33
2. “Microssistema normativo de combate à corrupção”
e critérios para obtenção de coerência entre seus elementos
constitutivos............................................................................................................ 33
3. Consolidação da convencionalidade no direito público
e transação de direitos (in)disponíveis ................................................. 43
. Considerações finais ...................................................................................... 48
8 Orgs.: Ricardo Soares, Flora Aranha e João Francisco Liberato
Ca í l III
Autonomia privada na arbitragem: análise à luz
da pós-modernidade ......................................................................................... 51
– Cássio Pitangueira Dias Icó Ribeiro
1. Introdução.......................................................................................................... 51
2. Autonomia privada: conceito, evolução e espécies .......................... 52
3. Função social do contrato, boa-fé objetiva na arbitragem
e a relativização da autonomia privada na pós-modernidade..... 55
4. Teoria da desconsideração da personalidade jurídica
e a mitigação da autonomia privada ....................................................... 57
5. Autonomia privada na pós-modernidade e seus impactos
na arbitragem: relativização e limites .................................................... 60
5.1. Requisitos formais da arbitragem: releitura à luz
da pós-modernidade ........................................................................... 60
5.2. Função da jurisprudência na pós-modernidade ..................... 69
Considerações finais ............................................................................................. 70
Ca í l IV
O papel do direito no contexto da sociedade de riscos ................. 73
– Dalila Rodrigues Prates
– Introdução.......................................................................................................... 73
1. Delineamentos acerca da sociedade de risco...................................... 74
1.1. A percepção social dos riscos .......................................................... 77
2. O domínio do conhecimento frente ao risco ....................................... 78
. Os desafios do direito .................................................................................... 82
3.1. Direito como um sistema autopoiético em Teubner
e a necessidade de comunicação social ....................................... 85
4. Um papel ao intérprete do direito ........................................................... 89
5. Conclusão ........................................................................................................... 92
Ca í l V
Do plano de recuperação judicial na teoria do fato jurídico:
uma primeira reflexão ..................................................................................... 93
– Felipe Vieira Batista
1. Introdução.......................................................................................................... 93
2. Do conceito de fato jurídico na teoria geral do direito ................... 93
. nremissas utilizadas na classificação das diferentes espécies
de fatos jurídicos lícitos................................................................................ 96
Sumário 9
Ca í l VI
Tolerância como direito, tolerância como justiça: uma breve
comparação entre os liberais Locke e Rawls....................................... 113
– Gilton Batista Brito
Como introdução: roupas, religião e intolerância .................................... 113
1. A visão liberal do direito em locke: estado da natureza,
contrato social e direito natural ............................................................... 115
2. A tolerância como direito em Locke ...................................................... 118
3. A visão liberal de justiça em rawls: posição original,
neocontratualismo e equidade.................................................................. 122
4. A tolerância como justiça em Rawls........................................................ 126
Como conclusão: bandeiras, política e tolerância .................................... 130
Ca í l VII
O novo código de processo civil e a Teoria Geral do Direito ....... 133
– João Francisco Liberato de Mattos Carvalho Filho
1. Considerações iniciais................................................................................... 133
2. O direito como fenômeno ............................................................................ 134
3. Teoria geral do direito e teoria geral do processo ............................ 138
4. Interações com NCPC .................................................................................... 142
Conclusões ................................................................................................................ 145
10 Orgs.: Ricardo Soares, Flora Aranha e João Francisco Liberato
Ca í l VIII
A importância de um microssistema jurídico de tutela
da coisa pública para plena eficácia do direito fundamental
ao governo honesto ............................................................................................ 147
– Júlia Lordêlo dos Reis Travessa
Introdução................................................................................................................. 147
1. Distinção entre normas jurídicas e demais, e o ordenamento
jurídico ................................................................................................................ 148
2. Importância de estruturar um conjunto ordenado
e sistematizado de normas jurídicas, notadamente da tutela
da coisa pública................................................................................................ 156
3. Ética como valor fonte (e bem jurídico) no trato com a coisa
pública: o direito fundamental ao governo honesto garantido
pelo microssistema de tutela da coisa pública ................................... 160
Conclusão .................................................................................................................. 165
Ca í l IX
As convergências e divergências entre as normas
do incidente de resolução de demandas repetitivas
e as normas constitucionais ......................................................................... 167
– Marcelo Tadeu Freitas de Azevedo
1. Introdução ......................................................................................................... 167
2. As normas e suas abordagens .................................................................. 168
3. As normas do incidente de resolução de demandas repetitivas.... 176
4. Convergencia e divergência das normas do IRDR
e da constitução ............................................................................................... 180
5. Conclusão ........................................................................................................... 188
Ca í l X
A colisão entre os princípios da liberdade econômica
e da defesa do meio ambiente na Constituição Federal
de 1 : reflexões sob o enfoque do pós-positivismo ................... 191
– Rafael Gomes Wanderley
1. Introdução ......................................................................................................... 191
. A ordem econômica brasileira: desafios interpretaivos................. 196
3. Colisão de princípios expressos na ordem econômica
brasileira ............................................................................................................. 202
. Considerações finais ...................................................................................... 207
Sumário 11
Ca í l XI
A necessária ressignificação da sanção na área criminal
conduzida por uma racionalidade ao avesso ...................................... 211
– Renato Sigisfried Sigismund Schindler Filho
1. Introdução ......................................................................................................... 211
2. Racionalidade ao avesso – da delimitação do sentido .................... 213
3. Da sanção como elemento da relação jurídica e a teoria
agnóstica da pena ........................................................................................... 215
4. A racionalidade moderna: uma lógica para a sanção penal.......... 220
. O fenômeno pós-moderno e o reflexo no controle das massas:
a permanência da racionalidade penal moderna .............................. 224
6. Racionalidade ao avesso e sanção penal ............................................... 227
7. Conclusão ........................................................................................................... 228
Ca í l XII
Uma (re)leitura pós-positivista do princípio da dignidade
da pessoa humana .............................................................................................. 231
– Ricardo Maurício Freire Soares
1. Introdução ........................................................................................................ 231
2. A crise do positivismo jurídico ................................................................ 233
3. Pós-positivismo e direito principiológico ........................................... 240
4. Caracteres da principiologia jurídica .................................................... 249
5. A funcionalidade dos princípios jurídicos .......................................... 251
6. O neoconstitucionalismo e a valorizaçâo da principiologia
constitucional .................................................................................................. 254
7. A positivação constitucional do princípio da dignidade
da pessoa humana ......................................................................................... 259
8. A plurivocidade do princípio da dignidade da pessoa humana:
abertura semântica e usos pragmáticos .............................................. 262
9. As modalidades de eficácia do princípio da dignidade
da pessoa humana ......................................................................................... 265
. Considerações finais..................................................................................... 268
Ca í l XIII
Uma justiça supranacional efetiva para uma ética
com pretensão à universalização na América Latina ..................... 275
– Simone Thay Wey Lee
12 Orgs.: Ricardo Soares, Flora Aranha e João Francisco Liberato
Capítulo XIV
O papel das cotas na Faculdade de Direito da UFBA
e o resgate da responsabilidade social da universidade .............. 297
– Tainan Maria Guimarães Silva e Silva
Introdução................................................................................................................. 297
1. Faculdade de Direito da UFBA: construção e identidade............... 298
2. A responsabilidade social da Universidade
à luz de Boaventura de Sousa Santos ..................................................... 301
2.1. As crises na universidade como instituição de ensino .......... 303
2.2. A inserção das cotas na UFBA e na FDUFBA .............................. 306
3. As cotas universitárias e a justiça social de John Rawls ................. 309
Conclusão .................................................................................................................. 312
Ca í l XV
O conceito de pessoa e a Teoria dos Direitos Fundamentais
aplicados ao indivíduo psicopata no sistema jurídico-penal .... 315
– Vanessa Miceli de Oliveira Pimentel
Introdução................................................................................................................. 315
1. O Conceito de Pessoa e a Dignidade Humana ..................................... 316
1.1. Breve evolução histórica sobre o Conceito de Pessoa ........... 316
1.2. A Importância do Conceito sobre cuja Dignidade
se proclama .............................................................................................. 317
1.3. O Direito Penal do Inimigo e a destituição do status
de Pessoa................................................................................................... 318
2. A Teoria dos Direitos Fundamentais e o respeito
à condição humana......................................................................................... 321
Sumário 13
As convergências e divergências
entre as normas do incidente
de resolução de de a das repeiivas
e as or as co situcio ais
Marcelo Tadeu Freitas de Azevedo*
1. INTRODUÇÃO
O Código de Processo Civil (CPC-2015) fundou um instituto que visa
mitigar as demandas repetitivas que são iniciadas nas diversas varas e
nos tribunais de todo o país.
Este instituto, conhecido como Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas (IRDR), inaugurou algumas normas jurídicas que até então
não existiam no ordenamento e, por outro lado, aprimorou outras nor-
mas de institutos análogos.
Neste contexto, o que se pretende buscar neste ensaio é identificar
as convergências e divergências entre as normas do Incidente de Resolu-
ção de Demandas Repetitivas e as normas da Constituição Federal, com o
objetivo de enfrentar os seguintes questionamentos:
1) O que é norma jurídica e quais são seus principais elementos?
2) Quais as principais normas jurídicas que compõe o instituto do
Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas?
3) Quais as convergências e divergências adotadas pela doutrina
e jurisprudência, quando tratamos das normas do Incidente de
(*) Mestrando em Direito Processual pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Espe-
cialista em Direito Processual pela Faculdade Baiana de Direito. Graduado em Direito
na Faculdade Ruy Barbosa. Advogado.
168 Marcelo Tadeu Freitas de Azevedo
1. BOBBIO, Norberto. Teoria Geral do Direito. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2011,
p.15.
2. BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. 22a edição, Editora Saraiva.
2016, V. 01, p.506.
3. BOBBIO, Norberto. Teoria Geral do Direito. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2011,
p.18.
170 Marcelo Tadeu Freitas de Azevedo
4. SOARES, Ricardo Maurí�cio Freire. Elementos de Teoria Geral do Direito. São Paulo:
Editora Saraiva, 2013, p. 18.
5. ALEXY, Robert. Teoria dos Direitos Fundamentais. 2a Edição. Malheiros Editora. São
Paulo, 2015, p. 52.
6. A� V)LA, (umberto. Teoria dos Princípios da definição à aplicação dos princípios
jurídicos. 16a Edição. Malheiros Editora. São Paulo, 2015, p. 50.
As convergências e divergências entre as normas do incidente de resolução... 171
10. A� V)LA, (umberto. Teoria dos Princípios da definição à aplicação dos princípios
jurídicos. a Edição. Malheiros Editora. São Paulo, , p. – Os princí�pios são
normas imediatamente finalisticas. Elas estabelecem um fim a ser atingido. Um fim é
a ideia que exprime uma orientação prática. Elemento constitutive do fim é a fixação
de um conteúdo como pretendido.
11. LARENZ, Karl. Metodologia da ciência do direito. 6a Ed. Fundação Calouste
Gulbenkian, São Paulo, 1991, p.474.
As convergências e divergências entre as normas do incidente de resolução... 173
12. SOARES, Ricardo Maurí�cio Freire. Elementos de Teoria Geral do Direito. São Paulo:
Editora Saraiva, 2013, p. 45
13. BOUCALT, Carlos Eduardo de Abreu. RODRIGUEZ José Rodrigo. Hermenêutica Plural
possibilidades jusfilosóficas em contextos imperfeitos. Editora Martins Fontes,
São Paulo, 2002, p.384.
14. LARENZ, Karl. Metodologia da ciência do direito. 6a Ed. Fundação Calouste Gulben-
kian, São Paulo, 1991, p.28.
174 Marcelo Tadeu Freitas de Azevedo
15. LARENZ, Karl. Metodologia da ciência do direito. 6a Ed. Fundação Calouste Gulben-
kian, São Paulo, 1991, p. 197.
16. NEVES, Marcelo. Entre Hidra e Hercule. Editora WMF Martins Fintes, São Paulo,
2013, p. 18.
As convergências e divergências entre as normas do incidente de resolução... 175
17. NEVES, Marcelo. Entre Hidra e Hercule. Editora WMF Martins Fintes, São Paulo,
2013, p. 19.
18. A� V)LA, (umberto. Teoria dos Princípios da definição à aplicação dos princípios
jurídicos. 16a Edição. Malheiros Editora. São Paulo, 2015, p. 163-164.
19. A� V)LA, (umberto. Teoria dos Princípios da definição à aplicação dos princípios
jurídicos. 16a Edição. Malheiros Editora. São Paulo, 2015, p. 164-165 - Nestes termos
distingue entre postulados inespecí�ficos, que são aplicáveis independentemente de
elementos que serão objeto de relacionamento (ponderação, concordância prática,
proibição de excesso , e postulados especí�ficos cuja aplicação já depende da existên-
cia de determinados elementos e é pautado por determinados critérios (igualdade,
razoabilidade e proposcionalidade).
20. BRAS)L. Superior Tribunal Federal. Recurso Extraordinário. municí�pios câmera de ve-
readores. Composição. Autonomia municipal. Limites constitucionais. Número de ve-
readores proporcional a população. CF, artigo 29, IV. Aplicação do critério aritmético
rí�gido. )novação dos princí�pios da isonomia e da razoabilidade. )ncompatibilidade en-
tre a população e o número de vereadores. Inconstitucionalidade, incidenter tantum,
da norma municipal. Efeito para o futuro. Situação excepcional. RE no 197.917. Recor-
rente: Ministério Público Estadual de São Paulo, Recorrido: Câmara Municipal de Mira
Estrela e outros. Relator: Min. Maurí�cio Corrêa. São Paulo julgado em / / ,
publicado TP.DJ. 07/05/2004.
176 Marcelo Tadeu Freitas de Azevedo
21. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 37a Ed. Malheiros Edito-
ra. São Paulo, 2011, p. 90
As convergências e divergências entre as normas do incidente de resolução... 177
22. DIDIER Jr., Fredie; OLIVEIRA, Rafael; BRAGA, Paula Sarno. Curso de Direito Processual
Civil. 11ª ed. Salvador: Editora Jus Podivm, 2016, v. 2, p.593
23. DIDIER Jr., Fredie; OLIVEIRA, Rafael; BRAGA, Paula Sarno. Curso de Direito Processual
Civil. 11ª ed. Salvador: Editora Jus Podivm, 2016, v. 2, p.593
24. MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas
a luta contra a dispersão jurisdicional excessiva. São Paulo: RT, 2016, p. 260.
178 Marcelo Tadeu Freitas de Azevedo
29. Notí�cias STF – AD) questiona dispositivos no código de processo civil. Disponí�vel em:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=313873, aces-
so em 15 mar. 2017.
As convergências e divergências entre as normas do incidente de resolução... 181
Além disso, o 985, §2o, dispõe sobre: “art. 985- Julgado o incidente,
a tese jurídica será aplicada: § 2o Se o incidente tiver por objeto ques-
tão relativa a prestação de serviço concedido, permitido ou autorizado, o
resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou à agência
reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte
dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada”.
Em resumo, os principais argumentos defendidos para a incons-
titucionalidade desse dispositivo é que a submissão da Administração
Pública à tese resultante de julgamentos de casos repetitivos, com o
dever de fiscalizar a efetiva aplicação no campo dos serviços públicos
(artigos 985, parágrafo 2º, e 1.040, inciso IV), ofende, de acordo com a
ADI, a garantia do contraditório e o devido processo legal. Para o governo
fluminense, deve-se atribuir ao enunciado interpretação conforme a
Constituição, no sentido de retirar qualquer grau de imperatividade e
vinculação da Administração Pública para a “efetiva aplicação” da tese
quando não tenha figurado como parte no procedimento de formação do
precedente30.
Além disso, o ADI no 5.534 ajuizado pelo governador do Estado do
Pará questiona o item II, do §3o e 4o ambos do artigo 535 do CPC/2015.
Contudo, não trata sobre as regras do incidente de resolução de deman-
das repetitivas31. Por conseguinte, o objetivo deste ensaio não é conjec-
turar se as ADIs são admissíveis ou não, mas de evidenciar as questões
normativas contestadas judicialmente entre o IRDR à luz da Constituição
Federal.
Além disso, esta parte do trabalho busca sistematizar a relação de
convergências e divergências entre as normas do Incidente de Resolu-
ção de Demandas Repetitivas à luz CPC-2015 e a Constituição Federal de
1988. Ressaltando que, este ensaio não tem a pretensão de esgotar todas
30. Notí�cias STF – AD) questiona dispositivos no código de processo civil. Disponí�vel em:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=313873, aces-
so em 15 mar. 2017.
31. Notí�cias STF – AD) questiona dispositivos no código de processo civil. Disponí�vel em:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=313873, aces-
so em 15 mar. 2017
182 Marcelo Tadeu Freitas de Azevedo
32. RAWS, John. Uma Teoria da Justiça. 2a Ed. São Paulo. Editora Martins Fontes. 2002, p. 5.
33. RAWS, John. Uma Teoria da Justiça. 2a Ed. São Paulo. Editora Martins Fontes. 2002, p.
11.
34. RAWS, John. Uma Teoria da Justiça. 2a Ed. São Paulo. Editora Martins Fontes. 2002, p.
10.
As convergências e divergências entre as normas do incidente de resolução... 183
35. MORAIS, Alexandre de. Direito Constitucional. 17a Ed. São Paulo. Editora Atlas.
2005, p. 32.
36. MORAIS, Alexandre de. Direito Constitucional. 17a Ed. São Paulo. Editora Atlas. 2005,
p. 32 – Neste sentido a intensão do legislador constituinte ao prever o recurso extraor-
dinário ao Supremo Tribunal Federal (uniformização na interpretação da Constitui-
ção Federal) e o recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça (uniformização na
interpretação da legislação federal . Além disso sempre em respeito ao princí�pio da
igualdade, a legislação processual deverá estabelecer mecanismos de uniformização
da jurisprudência a todos os Tribunais.
184 Marcelo Tadeu Freitas de Azevedo
37. TEMER, Sofia. Incidente de resolução de demandas repetitivas. Salvador: Editora Jus
Podivm, 2016, p. 40
38. MENDES, Gilmar Ferreira. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitu-
cional. 9a Ed. São Paulo. Editora Atlas. 2014, p.394.
39. MENDES, Gilmar Ferreira. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitu-
cional. 9a Ed. São Paulo. Editora Atlas. 2014, p.393
40. DIDIER Jr., Fredie. “Sistema brasileiro de precedentes judiciais obrigatórios e os deveres
institucionais dos tribunais: uniformidade, estabilidade, integridade e coerência da juris-
dição”. In: DIDIER Jr., Fredie et al. (Coor.). Precedentes Coleção Grandes Temas do Novo
CPC. Salvador: Editora JusPodivm, 2015, v.3, pp. 383 – 397
41. DIDIER Jr., Fredie. “Sistema brasileiro de precedentes judiciais obrigatórios e os deve-
res institucionais dos tribunais: uniformidade, estabilidade, integridade e coerência da
As convergências e divergências entre as normas do incidente de resolução... 185
jurisdição”. In: DIDIER Jr., Fredie et al. (Coor.). Precedentes Coleção Grandes Temas do
Novo CPC. Salvador: Editora JusPodivm, , v. , pp. – – E� bem conhecida a
metáfora elaborada por Dworkin, de que a construção judicial do direito é um romance
em cadeia: cada julgador escreve um capí�tulo, mas não pode deixar de dialogar com o
capí�tulo anterior, para que a história possa resultar em algo coerente. A prática jurí�dica
precisa se preocupar com o que foi feito anteriormente – linha sequencial de decisões.
186 Marcelo Tadeu Freitas de Azevedo
42. MENDES, Gilmar Ferreira. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitu-
cional. 9a Ed. São Paulo. Editora Atlas. 2014, p.160 - A ordem constitucional brasileira
assegura, de forma expressa que a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário
lesão ou ameaça a direito (CF/88, art. 5o, XXXV) – Tutela jurisdicional efetiva, que ga-
rante a proteção judicial contra lesão ou ameaça a direito.
43. MARINONI, Luiz Guilherme. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas -
Decisão de questão idêntica x Precedente. São Paulo. RT. 2016, p.43.
As convergências e divergências entre as normas do incidente de resolução... 187
uma coerência no sistema jurídico de modo que um, não impeça a atu-
ação do outro, mas pelo contrário, se complementem e interajam, para
que possam atender ao interesse público e social.
5. CONCLUSÃO
Com o objetivo de resumir os assuntos abordados no presente traba-
lho, e, principalmente, as ideias centrais, impõe-se apresentar, ao final, as
seguintes conclusões:
1. As normas estão espalhadas em todo o comportamento humano,
no entanto as seguimos, mesmo involuntariamente. Existem nor-
mas jurídicas e não jurídicas, contudo, são as normas jurídicas
que foram objeto de análise deste trabalho, sobretudo à luz de
seus conceitos e qualificações de regras e princípios. Então assim,
regras são normas imediatamente descritivas, primariamente
retrospectivas e com pretensão de decidibilidade. Ao passo que,
os princípios são normas imediatamente finalísticas, primaria-
mente prospectivas e com pretensão de complementariedade e
parcialidade. Por fim, a de se destacar os postulados que consis-
tem em condições essenciais de aplicação, sendo divididos em
hermenêuticos e aplicativos, sendo este último considerados
metanormas ou normas de segundo grau.
2. O Código de Processo Civil (CPC-2015) trouxe um instituto novo,
o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas, na qual
foram estabelecido as principais normas referente a sua matéria,
sobretudo a regra de suspensão dos processos em sua origem e
a fixação de uma tese padrão a ser aplicada em todos os proces-
sos pendentes, no momento do julgamento do incidente e para os
futuros, sobre as questões em comum.
. Por fim, é estabelecido uma relação entre algumas normas do
Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas e as normas
Constitucionais, na qual foram constatadas como convergentes:
os princípios da segurança jurídica e o postulado da justiça, assim
como o da coerência e o da segurança jurídica. Como divergên-
cia; a doutrina está dividida, entretanto, há entendimento que o
direito ao acesso a justiça encontra-se mitigado por este instituto,
As convergências e divergências entre as normas do incidente de resolução... 189