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LIVRO TEXTO
INTRODUÇÃO AO DIREITO
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
TEMA 01
PARTE 01
1. DEFINIÇÕES DE DIREITO
O direito é uma ciência social, que se preocupa com o estudo das normas que disciplinam
a conduta do homem em sociedade. É o conjunto de regras, leis criadas diretamente pela
sociedade ou por seus órgãos especializados, para impor a ordem a sociedade (direito objetivo).
O direito tem o poder de fazer valer os interesses individuais sobre pessoas e coisas, dentro do
campo de ação, o qual se divide em objetivo e subjetivo. O primeiro refere-se ao conjunto de
normas jurídicas, enquanto que o segundo, seria o interesse juridicamente protegido, conjugado
a vontade de agir ou deixar de agir do agente. Por exemplo: a lei impõe ao devedor a obrigação
de pagar a dívida ao credor. É o direito objetivo. Ao mesmo tempo faculta ao credor o poder de
cobrar a dívida ao devedor. É o direito subjetivo.
Fonte: https://bit.ly/2YoxgGB
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
I. Princípio da Igualdade
I. homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
ART.5º, II, CF/88 – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;
IV. Princípio livre a locomoção no território nacional em tempo de paz -ART.5º, XV, CF/88 – “é
livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”;
V. Princípio da livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão- ART. 5º, XIII, CF/88;
Fontes são meios que servem de origem do direito. São formas de manifestações do
direito, são divididas em: Fontes estatais: leis e jurisprudências, princípios gerais do direito,
tratados internacionais; e Fontes não-estatais: costume jurídico e doutrina.
As fontes estatais do direito também são chamadas de fontes diretas, as quais destacam-
se as leis e os costumes; enquanto que, as fontes não-estatais também conhecidas como fontes
indiretas, se referem as doutrinas e jurisprudências. Além das fontes mencionadas, existem ainda
as fontes de explicitação ou de integração que são: analogia (semelhança) e os princípios gerais
do direito. A jurisprudência como fonte do direito, define-se, como sendo os julgados prolatados
pelos tribunais de Primeiro Grau.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
1.3 A LEI
A lei é uma regra e medida dos atos, pela qual todos são levados à ação ou dela impedidos.
São normas solenemente formuladas e promulgadas pelo poder competente, sobre relações de
ordem interna e de interesse geral.
A lei pode ser geral, ou seja, deve ser obedecida por todos, bilateral porque tem efeito para
ambas as partes, imperativa, a qual expressa uma ordem do poder que emana a lei, logo, deve
ser cumprida por todos. Pode ser também coercitiva, visto que exige uma imposição limitativa à
vontade das partes e abstrata que diz respeito às ações, que imputam uma sanção a conduta
descrita definida em lei.
O Poder Legislativo é o órgão competente para elaboração da lei, mas antes de entrar em
vigor, a lei passa pelos trâmites seguintes abaixo:
➢ Quanto à duração
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
✓ Gerais: são normas que se destinam a todas as pessoas. Ex. código nacional de
trânsito;
✓ Especiais: são as que se destinam a certas pessoas. Ex. Clt, Lei militar;
✓ Singulares: são leis que se destinam a uma única pessoa ou a um número restrito
de pessoas. Ex. crimes de responsabilidade do Presidente da República.
Define-se como um comando, uma ordem imperativa dirigida as ações dos indivíduos. É
uma regra que regula a conduta social do homem, da sociedade. Conceitua-se ainda, como sendo
um instrumento de definição da conduta exigida pelo Estado, esclarecendo ao indivíduo como e
quando agir.
A lei continua vigente até ser revogada por outra lei. A sua eficácia corresponde ao seu
vigor e abrangência no tempo e no espaço. Destina-se ao cumprimento imediato e geral em todo
o território da nação. E, sua legitimidade significa dizer que ela é criada pelo poder competente.
Porém, existe diferença entre NORMA e LEI. A primeira corresponde ao gênero, tudo que é
definido pelo Estado e juridicamente exigível o seu cumprimento. Já a segunda é uma espécie de
norma que é criada pelo poder legislativo (federal, estadual ou municipal).
A Constituição Federal é a lei maior do país. Nenhuma lei criada poderá ser contra a
constituição federal, caso seja, será considerada inconstitucional. A Carta Magna, também
conhecida como Constituição Federal, foi promulgada pela Assembleia Nacional Constituinte, em
Brasília, no dia 5 de outubro de 1988. Apresenta como princípios fundamentais a união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituindo-se a República em
Estado democrático fundado na soberania, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e no pluralismo político.
Estabelece que todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio de
representantes eleitos. A Constituição Federal estuda vários temas dos direitos, dentre eles os
direitos sociais tais como: a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
V - o pluralismo político.
§único. “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos...”
O princípio da soberania do Estado, diz que o Estado é soberano para tomar decisões, o
da cidadania, diz respeito ao direito absoluto do Estado, na tomada de decisões e aplicação
relativa da lei no Estado Democrático de Direito brasileiro. O da dignidade da pessoa humana tem
por objetivo garantir uma vida digna para cada cidadão que vive em um Estado Democrático de
Direito.
Já o princípio dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, significa dizer que todos
são livres para escolher qualquer trabalho ou oficio licito, tendo em vista, ser um direito social
previsto no texto constitucional. Enquanto que o princípio da livre iniciativa, versa sobre a
liberdade do empresário de escolher uma atividade econômica para a produção ou circulação de
bens ou serviços, constituindo a base sobre a qual se constrói a ordem econômica, cabendo ao
Estado apenas uma função supletiva pois a Constituição Federal determina que a ele cabe apenas
a exploração direta da atividade econômica quando necessária a segurança nacional ou
relevante interesse econômico (CF, art. 173).
Por fim, o princípio do pluralismo político, reconhece que a sociedade é formada por
vários grupos, portanto, composta pela multiplicidade de vários centros de poder em diferentes
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
II. Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei;
III. São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;
IV. A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
Os direitos e garantias fundamentais estão previstos no art. 5º, CF/88, e são considerados
como princípios absolutos que asseguram a todos os cidadãos brasileiros direitos e garantias
tuteladas e protegidas no ordenamento jurídico.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
TEMA 01
PARTE 02
Atos jurídicos são aqueles que dependem da vontade do homem, quando praticados
geram efeitos jurídicos. Ex. ato de querer casar, adotar. Enquanto que os Fatos jurídicos são os
acontecimentos, que de forma direta ou indireta ocasionam efeitos jurídicos, através da criação,
modificação, extinção. Ex. casamento, testamento, adoção. Os Fatos jurídicos dividem-se em:
fatos jurídicos naturais (ex: nascimento, morte, terremoto); e fatos jurídicos humanos. Ex. atos
lícitos e atos ilícitos, negócios jurídicos.
Para que os negócios jurídicos tenham validade jurídica deverão apresentar os seguintes
requisitos presentes no artigo 104 do Código Civil:
III. forma prescrita ou não defesa em lei (negócios jurídicos que não sejam proibidos
por lei).
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
É o vínculo jurídico que une duas ou mais pessoas, cuja relação se estabelece por fato
jurídico, cuja amplitude relacional é regulada por normas jurídicas, que operam e permitem uma
série de efeitos jurídicos.
Os negócios jurídicos são fatos oriundos da vontade do homem, essa vontade deve ser
manifestada normalmente e não de forma defeituosa. Se houver defeito na manifestação de
vontade, o negócio jurídico que dela emana pode não ser válido.
✓ Fraude contra credores. Ex. Devedor que age maliciosamente querendo prejudicar
terceiros;
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
São atos ilícitos aqueles violadores da lei, e que produzem obrigações para os
agentes/partes. Caracterizam-se por serem atos provindo do comportamento do homem, mas
que se opõem a lei, moral, e aos bons costumes. (art.186, cc)
Previsão legal dos atos ilícitos está prevista nos artigos do Código Civil Brasileiro, senão
vejamos:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes.
Serão considerados nulos os atos viciados na sua substância e que de pleno direito, não
podem produzir efeitos. Exemplo: bem imóvel alienado por menor.
A Previsão legal da nulidade dos atos jurídicos está descrita no art. 166 Código Civil
Brasileiro:
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
V. for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VII. a lei taxativamente o declarar nulo, o proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
São os atos viciados apenas na sua forma ou de maneira a não atingir seriamente a sua
substância. Ex. casamento de menor de 16 anos sem consentimento dos pais.
A Previsão legal da anulação dos atos jurídicos está descrita no art. 171 Código Civil
Brasileiro:
II. por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra
credores”.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
TEMA 02
PARTE 01
A lei tem força obrigatória, está condicionada à sua vigência. Quando uma lei está sendo
elaborada, após a sanção do projeto por parte do Chefe do Poder Executivo, vem a sua publicação
no jornal oficial para dar conhecimento a todos do texto legislativo. Sua força obrigatória está
condicionada a sua vigência, ou seja, quando ela começa a vigorar, ou quando ela produz efeitos
jurídicos. Todos são obrigados a cumprir as leis. Esse princípio serve para colocar ordem nas
relações sociais, ou seja, para dar uma segurança jurídica.
Revogar uma lei, é o ato pelo qual se dá a extinção da vigência e eficácia da lei. É o ato pelo
qual a lei é retirada de circulação, visto que uma lei só é revogada por outra. Enquanto não for
publicada a lei nova, a lei antiga continua em vigor. A lei nova não adquire a sua força obrigatória
efetiva, e imperativa, enquanto não modificar, derrogar ou revogar a lei antiga.
A lei começa a vigorar em todo o Estado Brasileiro quarenta e cinco dias depois de
oficialmente publicada, a não ser que o legislador estipule no seu texto constitucional, outro
prazo de “vacatio legis”, ou desde que disponha que ela entre em vigor na data da sua publicação.
Se a lei brasileira tiver eficácia admitida em estados estrangeiros, a sua obrigatoriedade iniciará
três meses depois de oficialmente publicada. O período que vai da publicação da lei até a data de
início da vigência, chama-se Vacatio legis (vacância da lei), tem a finalidade de permitir que a lei
seja melhor conhecida pelos seus destinatários.
Art. 1º - Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 (quarenta e
cinco) dias depois de oficialmente publicada.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
§2º - A vigência das leis, que os governos estaduais elaborem por autorização do Governo
Federal, depende da aprovação deste e começará no prazo que a legislação estadual fixar.
§3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a
correção, o prazo deste Artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
A eficácia de uma lei tem relação com a vigência, mas com ela não se confunde. A primeira
atua tanto do presente para o futuro quanto para o passado, é aplicação concreta da norma
jurídica. É emanada de acordo com o ordenamento jurídico, tornar-se obrigatória, e todos devem
obedecer.
➢ Quanto à origem
➢ Quanto à duração
✓ Temporárias e Permanentes.
➢ Quanto à natureza
✓ Adjetiva: normas de direito formal, ex. código de processo civil, código de processo
penal.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
➢ Quanto ao alcance
✓ Imperativa: todos devem cumprir, ex.art.5º da cf-88 “Todos são iguais perante a
lei”.
As leis possuem hierarquia entre si. A mais importante das leis é a Constituição Federal,
que não pode ser contrariada por nenhuma outra norma. Abaixo da Constituição vem a lei
ordinária (que é a lei propriamente dita, ex: código penal) e leis complementares. Depois vem o
decreto e, em seguida, o regulamento.
Em relação aos três âmbitos em que se divide a nação, a lei federal prevalece sobre a lei
estadual e ambos prevalecem sobre a municipal, guardadas as respectivas esferas de
competência. Exemplo de hierarquia das leis: Constituição federal, Leis ordinárias, Leis
complementares.
Retroatividade das leis é a possibilidade de a norma jurídica atingir situação pretérita, ter
efeitos sobre o passado. A legislação brasileira e a doutrina não admitem que as leis retroajam
ilimitadamente. A norma jurídica pode retroagir, mas não atinge certas garantias.
As normas jurídicas não podem retroagir atingindo o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada. O direito adquirido, torna-se adquirido por consequência concreta e
direta da norma jurídica ou pela ocorrência, em conexão com a imputação normativa, de fato
idôneo, que gera a incorporação ao patrimônio ou a personalidade do sujeito ou pessoa.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
Exemplo: trabalhador que tem adquirido o direito de aposentar após 35 anos de serviço, surge lei
nova dizendo que a aposentadoria só será possível aos 40 anos de serviço efetivo. Nesse caso ele
não será atingido pela lei nova.
O Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, nos seus art. 4o, 5 o, informam que:
“Art.4o.Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito”.
“Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às
exigências do bem comum”.
Os dispositivos legais acima citados informam que quando a lei apresenta lacuna,
omissão, significa dizer que houve falha para achar respostas na lei para julgamento dos casos
em concreto. A lacuna da lei é uma omissão involuntária, detectada no texto de uma lei, da
regulamentação de determinada espécie de caso. Tal omissão é resolvida mediante técnicas de
integração, ou seja, na falta da lei, caberá ao juiz recorrer as outras fontes do direito tais como:
analogia, costumes e aos princípios gerais do direito.
São exemplos de vigência das leis o Código Civil/2002, a Lei de defesa do consumidor, a
Lei Maria da penha, a CLT e o ECA - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
TEMA 02
PARTE 02
Direito administrativo
Direito financeiro
direito penal
direito do trabalho
O direito administrativo, estuda as atividades do Estado para o alcance de seus fins, tais
como a administração pública e a execução das leis. O direito financeiro estuda a estrutura
jurídica da atividade financeira do Estado, em seu aspecto econômico. Direito penal, é o estudo
das normas pelas quais o Estado mantém a ordem jurídica, prevendo os delitos e as penas para
os atos infracionais. Exemplo: código penal O direito processual visa a forma pela qual o Estado
cumpre a sua função de distribuir justiça. Estuda os processos de natureza criminal e civil.
Exemplos: código de processo penal e código de processo civil.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
internacional público. Nos casos, que visam a solução dos conflitos de leis que interessam a
cidadãos pertencentes a Estados diversos, trata-se de direito internacional privado.
Marítimo
Aeronáutico
O direito civil estuda as relações entre pessoas e entre estas e os bens de que se servem.
Exemplos de bens civis: bens materiais (móveis); bens imóveis (terrenos, apartamentos); bens
imateriais (direitos autorais, nome comercial, marcas, invenção, etc); bens públicos (Art. 99.
Código civil cc. rios, mares, estradas, ruas e praças).
O direito comercial estuda as atividades dos comerciantes. Sua lei básica é o velho código
comercial brasileiro, promulgado em 25 de junho de 1850. O direito comercial subdivide-se em
direito comercial terrestre, marítimo e aeronáutico. O primeiro trata dos atos de comércio
comum; o segundo e o terceiro dos atos de comercio em que intervêm embarcações marítimas
ou fluviais e aeronaves, respectivamente, com as implicações jurídicas inerentes, inclusive
quanto a frete, avarias, seguro e outros.
As constituições podem ser divididas em: formais, que podem ser escritas (são aquelas
resultantes de textos de leis) ou costumeiras (são baseadas em costumes); rígidas (não admitem
mudanças no seu texto constitucional) ou flexíveis (admitem mudanças); históricas; dogmáticas
(são aquelas elaboradas pelas assembleias constituintes), outorgadas (são aquelas impostas ao
povo).
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I. a soberania;
II. a cidadania;
V. o pluralismo político.
§único. “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos...”
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada
pela EC n. 19/1998).
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
I. os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação
dada pela EC n. 19/1998).
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
TEMA 03
PARTE 01
5. DIREITO DO TRABALHO
1. Constituição federal
2. Leis - CLT
5. Jurisprudência
8. Usos e costumes
9. Regulamentos de empresa
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
favorável (havendo diversas normas sobre a relação de emprego, aplica-se a mais benéfica ao
empregado), princípio da condição mais benéfica (assegura ao empregado a manutenção de
direitos mais vantajosos).
De acordo com o art. 3º, CLT, “considera-se empregado, toda pessoa física que prestar
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.
A doutrina acrescenta a essa definição um outro requisito: a prestação pessoal do serviço, a qual
tem como requisitos imprescindíveis para a caracterização do empregado a pessoalidade
(natureza personalíssima), a habitualidade (o contrato de trabalho é de prestação sucessiva), a
subordinação, o salário e a pessoa física (a CLT não considera empregado pessoas jurídicas).
O ART. 2º, CLT dispõe, “considera-se empregador, a empresa individual ou coletiva, que,
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de
serviços” (art. 2º). E, o ART. 2°§1°, CLT, preconiza, “equiparam-se ao empregador, para os efeitos
exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as
associações recreativas e outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores
como empregados” Deste modo, deve haver a identificação profissional pela empresa através da
carteira de trabalho e previdência social (ctps)-art.13, clt, livro ou ficha de registro de
empregados-art.41, clt.
O Art. 442, CLT, estabelece que “contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou
expresso, correspondente à relação de emprego”. Assim, a natureza jurídica do contrato de
trabalho, como doutrina predominante, entende que o contrato de trabalho tem natureza
contratual.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
Para tanto, exige requisitos para o contrato de trabalho como pessoa natural (empregado
sempre é pessoa física), pessoalidade (prestação de serviços pelo próprio empregado), não
eventualidade (trabalho habitual), subordinação (prestação de serviços é feita de forma dirigida
pelo empregador), onerosidade (os serviços prestados têm como contraprestação o recebimento
da remuneração).
Como características, o contrato de trabalho deve ser bilateral, ou seja, produz obrigações
para as partes contratantes, oneroso porque contrato não é gratuito, comutativo visto que
produz prestações para as partes, consensual, pois contrato é amigável, oriundo da vontade das
partes, um contrato de trato sucessivo, uma vez que os contratos apresentam duração, um
contrato de atividade, já que tem como objeto a prestação de serviços.
Os contratos de trabalho também têm tempo de duração. Podem ser por prazo
determinado (art. 443, CLT) e por prazo indeterminado. Contratos por prazos determinados, são
aqueles que possuem prazo pré-estabelecido de vigência, prazos pré-fixados de duração. E, os
por prazo indeterminado, são aqueles que apresentam apenas prazo inicial, não apresentando
prazo de término. É importante ressaltar que a CLT fixa o prazo máximo de dois anos para os
contratos a prazo determinado em geral, e de noventa dias para os contratos de experiências
(arts. 445 e 451, clt).
O Art. 443, clt, define o contrato a prazo determinado como “o contrato de trabalho poderá
ser acordado tácita ou expressamente verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou
indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.” Assim, apresentam-se hipóteses
que autorizam celebração válida do contrato por prazo determinado, que são em caso de serviço
cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo, de atividades
empresariais de caráter transitório e de contrato de experiência” (art. 443, § 2º).
Sobre a alteração do contrato de trabalho, o Art. 468, CLT dispõe que “nos contratos
individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo
consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao
empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia”.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
INTERMITENTE - contrato realizado por tarefas, semana, meses, horas (art. 443, § 3º,
inserido pela lei 13.46714/2017).
São direitos dos trabalhadores previstos na Clt e no art. 7º, da Constituição Federal soa
eles: jornada de trabalho(8h diárias), salário, 13º salário, férias +1/3, FGTS +40, aviso prévio,
seguro-desemprego, horas extras, adicional noturno, adicional de insalubridade, adicional de
periculosidade, condições salubre de trabalho.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. (Redação dada pela Lei nº
13.467, de 2017) (Vigência)
§3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias,
para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de
interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017) (Vigência)
Art. 3º - Considera-se empregado, toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
§2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como
período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco
minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha
própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições
climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer
atividades particulares, entre outras:(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
VIII. troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca
na empresa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
Art. 5º - A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção de sexo.
Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação salvo quando fôr em cada caso,
expressamente determinado em contrário, não se aplicam: (Redação dada pelo Decreto-lei nº
8.079, 11.10.1945)
c. aos funcionários públicos da União, dos Estados e dos Municípios e aos respectivos
extranumerários em serviço nas próprias repartições;(Redação dada pelo Decreto-lei nº
8.079, 11. 10. 1945)
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
e. aos empregados das empresas de propriedade da União Federal, quando por esta ou pelos
Estados administradas, salvo em se tratando daquelas, cuja propriedade ou
administração resultem de circunstâncias transitórias.
§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. (Redação dada pela Lei
nº 13.467, de 2017) (Vigência)
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
TEMA 03
PARTE 02
Nas sociedades primitivas, os povos buscavam produzir os bens que necessitavam, tais
como: bens extraídos da natureza, através da caça, pesca, pecuária, ou cultivo agrícola e vegetal.
Com o passar dos tempos, na antiguidade, começou a permuta do excedente de produção entre
sociedades, quando elas tentavam suprir a carência na produção de certos artigos, ofertando
aquilo que tinha em abundância. No entanto, este tipo de comércio mostrou-se ineficaz, logo,
tornou-se então, imperiosa a criação de uma unidade comum de valor- a moeda. A moeda foi
fator determinante para o surgimento do comércio ou atividade comercial.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
O artigo Art. 966, diz, considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. De acordo com o
dispositivo legal, define-se comerciante como sendo toda pessoa capaz que pratica,
profissionalmente, atos de intermediação na troca, com intuito de lucro.
➢ Conceito de comércio
➢ Ato de comércio-conceito
“São atos praticados pelo comerciante ou não comerciante com finalidade lucrativa”. Por
exemplo, pessoa que emite um cheque, nota promissória, prestador de serviços.
O direito comercial constitui-se de duas fontes. As formais primárias como leis, código
comercial (1850), leis comerciais, regulamentos, tratados internacionais. E as formais
secundárias que são usos e costumes comerciais, jurisprudência, analogias, doutrina, princípios
gerais do direito comercial.
1. Princípio da Força Obrigatória dos Contratos: “pacta sunt servanda”; os contratos devem
ser cumpridos.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
4. Princípio da Função Social: engloba a ideia de que a empresa não deve visar somente o
lucro, mas também preocupar-se com os reflexos das decisões tomadas na sociedade de
modo que, traga realização social ao empresário e para todos aqueles que colaboraram
para alcançar tal fim.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
6. Direito Previdenciário: engloba normas jurídicas que cuidam da seguridade social, tais
como: benefícios: salário maternidade, auxílio-doença, aposentadoria, pensão, etc.
Fonte: https://bit.ly/2NlmR8b
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
TEMA 04
PARTE 01
7. NOÇÕES DE EMPRESÁRIO
O art. 966, CC, dispõe, “considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. O novo código
civil considera empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para
a produção ou a circulação de bens ou de serviços, conforme descrito no artigo 966, do código
Civil. A legislação civil, também enuncia no art. 966§ único do Código Civil, senão vejamos, art.
966, §único, cc, não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o
exercício da profissão constituir elemento de empresa”.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
De acordo com o Art. 1º, do código civil diz que: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres
na ordem civil.”. O dispositivo legal afirma que qualquer indivíduo, independente da sua idade,
saúde mental ou vícios possui capacidade civil plena para exercer todos os atos da vida civil, bem
como assumir obrigações nos contratos empresariais. O exercício da capacidade de acordo com
a lei pode ser restringido por algum fator genérico como o tempo (maioridade ou menoridade da
pessoa natural) ou ainda, devido a uma incapacidade mental da pessoa (deficiência mental).
Razão a qual, caso haja alguns desses fatores, o sujeito ficará impedido de exercer atividade
empresarial.
O artigo 5º, do Código Civil enuncia que: “a menoridade cessa aos dezoito anos completos,
quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil”. Isso significa dizer que,
ao completar dezoito anos completos, a pessoa fica habilitada a exercer todos os atos da vida
civil pessoalmente sem representação ou assistência de terceiros. No entanto, no mesmo
dispositivo legal, o seu parágrafo único traz a hipótese para aquisição da capacidade civil antes
da maioridade, quando estabelece:
I. pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se
o menor tiver dezesseis anos completos;
Os incisos do artigo acima citado, trata dos casos de emancipação, em que o menor
poderá exercer atividade empresarial se for emancipado de acordo com os motivos descritos.
36
INTRODUÇÃO AO DIREITO
“Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da
capacidade civil e não forem legalmente impedidos”. De acordo com o artigo, o exercício da
atividade empresarial é proibido aos empresários juridicamente incapazes. Para a lei civil, são
considerados pessoas incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: os
ébrios habituais e os viciados em tóxico; aqueles que, por causa transitória ou permanente, não
puderem exprimir sua vontade; os pródigos (art.4º, cc).
Ainda o artigo 3º, do Código Civil, também explicita que os absolutamente incapazes são
pessoas impedidas de exercer pessoalmente os atos da vida civil, em especial, os menores de 16
(dezesseis) anos, logo, eles são proibidos por lei de exercer atividade empresarial. De acordo com
entendimento da legislação civil, são considerados absolutamente incapazes os menores que
não possuem discernimento mental completo, ou seja, não respondem pelos seus atos. Todos os
atos praticados por esses menores deverão ser representados pelos seus pais, ou representante
legal.
A doutrina ainda informa que existem pessoas que são impedidas de exercer atividade
empresarial, no entanto, esse impedimento não tem nada a ver com a incapacidade prevista nos
artigos 3 º e 4 º do código civil, mas sim, pela circunstância em que se encontram, são eles:
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
A EIRELI é constituída por uma única pessoa titular, ou seja, a pessoa do próprio do
empresário, titular do negócio. Para constituição dessa empresa, o código civil exige um capital
mínimo de 100 vezes o maior salário mínimo vigente do país, devidamente integralizado no ato
da sua constituição.
A responsabilidade da EIRELI é limitada, ou seja, o titular não responderá com seus bens
pessoais pelas dívidas da empresa, em caso de inadimplência da empresa, apenas o patrimônio
social da empresa será passível de pagamento das dívidas, que poderão ser oferecidos como
pagamento, quando autorizados por processos judiciais, bens estes em nome da empresa, é que
responderão pelas dívidas da empresa.
De acordo com a lei o microemprendedor indivudual será pessoa natural capaz para
exercer atividade de empresa. A atividade exercida deverá ser realizada em caráter profissional,
ou seja, com a presença de todos os elementos de empresa (profissionalismo, lucro,atividade
organizada, produção de bens e serviços) conforme preceitua o artigo 966 do código civil
brasileiro.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
A Microempresa - ME: são empresas que admite um ou mais sócios, o seu faturamento
anual poderá chegar até R$ 360 mil/ano. Já a Empresa de Pequeno Porte - EPP: é aquela que tem
faturamento superior R$ 360 mil reais e que fica até R$ 4,8 milhões. Enquanto que Empresário
Individual: é titular da empresa; exerce atividade empresarial sob a sua pessoa física; seu
patrimônio pessoal responde por dívidas da empresa.
Toda empresa antes de iniciar suas atividades empresariais, primeiramente deve ser fazer
a sua inscrição na junta comercial, para que então tenha a tutela jurídica da lei, e possa
tranquilamente praticar atos de comércio. O artigo 967, do código civil, é bastante taxativo
quanto a inscrição do empresário senão vejamos: “é obrigatória a inscrição do empresário no
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade”.
➢ Estabelecimento Comercial
O estabelecimento comercial de acordo com o dispositivo acima, não pode ser entendido
como apenas o local onde se exerce a atividade. O estabelecimento não pode se confundir com a
coisa comercial, com local físico do exercício da atividade. O complexo de bens que se refere o
art. 1. 142, cc, necessariamente não precisa pertencer ao empresário que pode locar bens, ou seja,
39
INTRODUÇÃO AO DIREITO
sede da empresa locada. O importante é que esse complexo de bens seja organizado pelo
empresário para o bom exercício da atividade empresarial.
II. a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura
autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua
autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1 o do art. 4 o da Lei Complementar
n o 123, de 14 de dezembro de 2006 ; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de
2014)
III. o capital;
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da
capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e a
de eventual revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro Público de Empresas
Mercantis.
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma
única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será
inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. (Incluído pela Lei nº 12.441, de
2011) (Vigência)
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
TEMA 04
PARTE 02
8. SOCIEDADE
Sendo assim, a definição de sociedade deve ser atrelada sempre na ideia de mencionar a
sua composição de duas ou mais pessoas que se reúnem com a intenção de formar uma
sociedade seja ela empresarial ou simples. Portanto, os elementos de composição de uma
sociedade pressupõem a existência do consenso (vontade das partes), objeto licito e forma
prescrita em lei (pode decorrer de acordo expresso ou tácito).
A personalidade jurídica das sociedades define-se com: aptidão genérica para adquirir
direitos e contrair obrigações. No ordenamento jurídico brasileiro, significa dizer que a sociedade
adquire a sua personalidade jurídica a partir do momento em que ela é registrada, após este ato
ela está pronta para iniciar as suas atividades. Conforme o Art. 967, é obrigatória a inscrição do
empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua
atividade.
1. Sociedades civis: são aquelas que tem por objeto atividade civil. Exemplo, atividades
de profissionais liberais, porque não apresentam elementos de empresa.
2. Sociedades empresariais: são aquelas que exercem atividades comerciais, que tem
como objeto a intenção de lucro.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
4. Sociedade simples: são sociedades simples aquelas que exercem as atividades não
empresariais ou atividades de empresário rural sem se registrar na junta comercial
(art.997 a 1. 038, cc).
5. Sociedade em nome coletivo: art.1. 039, cc, são sociedades de pessoas, que possuem
responsabilidade solidária e ilimitada.
6. Sociedade limitada: são aquelas onde os sócios são responsáveis apenas pelo valor
da sua quota social integralizada- art. 1. 052, cc.
A responsabilidade social dos sócios deverá está descrita no contrato social informando
qual tipo de responsabilidade recai sobre os sócios, elas se dividem em:
1. Solidária: todos os sócios são responsáveis pelo ativo (lucro) e passivo (dividas) da
empresa, de acordo com a quota integralizada no contrato social.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
De acordo com o art. 1. 033, cc, são hipóteses de dissolução total da sociedade:
I. o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não
entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo
indeterminado;
III. a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;
IV. a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias;
• Retirada de sócio;
• Exclusão de sócio.
O contrato social da empresa é resolúvel, ou seja, comporta uma solução jurídica, um fim.
Esta resolução diante do exposto acima poderá ser total ou parcial, no primeiro caso, gera
extinção da pessoa jurídica, da empresa; enquanto que no segundo caso implica na extinção de
alguns sócios, conservando o elo de ligação contratual entre os demais sócios. Conclui-se que
qualquer modalidade de dissolução da empresa, exige bastante atenção a regras precisas para
preservação da empresa e proteção da sociedade e de seus sócios. E quando houver
procedimentos de liquidação será feito conforme descreve o artigo abaixo:
Art. 1.038. Se não estiver designado no contrato social, o liquidante será eleito por
deliberação dos sócios, podendo a escolha recair em pessoa estranha à sociedade.
I. se eleito pela forma prevista neste artigo, mediante deliberação dos sócios;
II. em qualquer caso, por via judicial, a requerimento de um ou mais sócios, ocorrendo
justa causa.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
TEMA 05
PARTE 01
9. DIREITO DO CONSUMIDOR
O segundo, descortina sobre toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto
ou serviço como destinatário final(art.2º do código de defesa do consumidor-CDC), ao qual se
equipara a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações
de consumo(art.2º,parágrafo único). De acordo com o art.17 do CDC, equiparam-se também ao
consumidor todas as vítimas de evento danoso, bem como “todas as pessoas determináveis ou
não, expostas às práticas” comerciais (art. 29 do código de defesa do consumidor).
O terceiro, versa sobre “toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviços” (art.3º do código de defesa do
consumidor).
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
De acordo com o artigo 6º, inciso I do Código de Defesa do Consumidor considera como
direitos básicos do consumidor: "a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos
provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou
nocivos". Esses direitos também estão previstos no caput do artigo 4º do CDC. Cabe ao
fornecedor, alertar o consumidor na compra de um produto ou utilização de qualquer serviço, e
ainda de todos os possíveis riscos que podem oferecer à sua saúde ou segurança. Trata-se da
dignidade da pessoa humana, é garantia fundamental que respalda todos os demais princípios e
normas e refere-se àquela estabelecida pela Constituição Federal (art. 1º, III da CF).
De acordo como o artigo 6º, inciso II do CDC, todo consumidor tem o direito de ser
orientado sobre o uso dos produtos e serviços, o direito de escolher o produto ou serviço que
achar melhor, senão vejamos: “II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos
produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações”.
3. Direito à informação
O direito à informação está previsto também no art. 6º, inciso III do CDC:
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
A previsão legal quanto ao direito à reparação civil disciplinada no art. 6º, inciso VI do CDC,
resguarda o direito do consumidor de receber indenização pelos danos e prejuízos sofridos –seja
material ou moral – bem como ter caráter punitivo e pedagógico para que o fornecedor, evite
reincidências a outrem. O artigo é bem claro ao informar que caso o consumidor tenha sido
prejudicado por determinada situação, tem o direito de ser indenizado com a aplicação da
responsabilidade civil objetiva do fornecedor – o que significa dizer, que o fornecedor responderá
independentemente de culpa pelos danos causados ao consumidor.
Unânime o art. 6º, inciso VII do CDC, quando declara que é direito básico do consumidor
“acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica,
administrativa e técnica aos necessitados”. Conforme o artigo acima citado, o consumidor
quando tiver seus direitos violados, poderá ele recorrer aos órgãos judiciários para pedir
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
reparação pelos danos sofridos, ou ainda, prevenir ou reprimir qualquer insatisfação em relação
ao produto ou serviço, seja pela falsa expectativa, seja pela existência de vício ou defeito.
O artigo 6º, inciso VIII do CDC facilitou a defesa dos direitos do consumidor, permitindo a
inversão do ônus da prova, ou seja, a critério do Juiz, sendo identificadas a verossimilhança das
alegações e a hipossuficiência do consumidor, é possível determinar que o fornecedor produza
as provas. O código de defesa do consumidor, foi muito feliz em trazer essa proteção importante
para o consumidor, estabelecendo a igualdade e o equilíbrio da relação processual entre
consumidores e fornecedores.
O CDC traz normas que asseguram a qualidade de prestação de serviços públicos, bem
como o bom atendimento ao consumidor em serviços públicos – tanto os serviços da
Administração Pública, quanto por suas concessionárias.
Quanto às cláusulas contratuais, o art. 47, CDC, informa, “as cláusulas contratuais serão
interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor”. O artigo cita o princípio da
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
interpretação mais favorável ao consumidor. Esse princípio possibilita que o consumidor tome
prévio conhecimento do conteúdo do contrato, atuando conscientemente no mercado de
consumo. Se o fornecedor se vale de cláusula dúbia e mal redigida, a solução será interpretá-la
contra quem a estipulou, ou seja, favoravelmente ao consumidor.
O art. 48, CDC, cita também que: “As declarações de vontade constantes de escritos
particulares, recibos e pré-contratos relativos às relações de consumo vinculam o fornecedor,
ensejando inclusive execução específica, nos termos do art. 84 e parágrafos”. Isto significa dizer,
que toda proposta ou declaração constante de escritos particulares, recibos ou pré-contratos, em
decorrência do princípio da vinculação imprimida pelo art. 30, CDC, faz com que o fornecedor seja
compelido ao dever de prestá-los, já que essas estipulações integrarão o contrato, podendo, por
isso, sofrer execução específica nos termos do art. 84 da lei do consumidor.
Em 1990, foi criada a Lei 8.078/90 que estabeleceu o Código de Defesa e Proteção do
Consumidor. Esta lei ordinária, nasceu da constatação da desigualdade de posição e de direitos
entre o consumidor e o fornecedor, fundamentado na proteção da dignidade humana.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
sociedade, mas sempre tendo como foco a vulnerabilidade do consumidor frente ao fornecedor,
assim como a sua condição de destinatário final de produtos e serviços.
Pode-se afirmar que as normas que compõem o direito do consumidor são de direito
privado, porém não são disponíveis, haja vista que são de ordem pública e interesse social,
conforme dita o art. 1º do CDC, consideradas normas cogentes, imperativas que não toleram
renúncia por convenções, nem mesmo afastamento por disposição particular.
“Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde
ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de
sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as
informações necessárias e adequadas a seu respeito.
➢ Jurisprudências
STJ - REsp 1.364.915 /Estado de Minas Gerais - 2.ª Turma - j. 14.05.2013 - v.u. - Rel.
Humberto Martins - DJe 24.05.2013 - Área do Direito: Consumidor. CONSUMIDOR - Vício de
quantidade - Ocorrência - Refrigerante que é vendido em volume menor que o habitual - Redução
informada em letras discretas na parte inferior do rótulo - Conduta que viola o dever positivo de
informar do fornecedor - Multa aplicada pelo Procon que se impõe.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
1. Ação declaratória de inexistência de débito c/c pedido de compensação por dano moral
ajuizada em 17/02/2016, da qual foi extraído o presente recurso especial, interposto em
11/04/2017 e atribuído ao gabinete em 20/10/2017.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
8. Recurso especial conhecido e provido. (REsp 1704002/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
TERCEIRA TURMA, julgado em 11/02/2020, DJe 13/02/2020)
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
VIII. a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova,
a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação
ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
IX. (Vetado);
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput deste artigo deve ser
acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em regulamento. (Incluído pela Lei nº
13.146, de 2015) (Vigência).
Fonte: https://bit.ly/31a4GKQ
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
TEMA 05
PARTE 02
Observação: A culpa está presente na conduta antijurídica(ilegal). A culpa lato sensu (dolo
e culpa) é o elemento essencial e caracterizador da responsabilidade subjetiva. É dividida em lato
sensu e strito sensu. A culpa lato sensu representa o dolo e a culpa, strito sensu.
O dolo seria a intenção de provocar o dano, enquanto, a culpa no sentido strito seria a não
intenção de causar dano, mas que ocorre em razão de imperícia (falta de habilidade especifica
para realização de atividade técnica), negligência (falta de cuidado, atenção) ou imprudência.
b) Dano: ocorre quando há uma lesão a um bem jurídico ou o prejuízo sofrido pela vítima
que pode ser patrimonial ou extrapatrimonial.
b. Nexo Causal
56
INTRODUÇÃO AO DIREITO
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
Embora tanto no fato quanto no vício haja responsabilidade civil do fornecedor, ambos
não se confundem no direito brasileiro. No fato há um dano ao consumidor, atingindo-o em sua
integridade física ou moral (elemento intrínseco). Enquanto que no vício, há um descompasso
entre o produto ou serviço oferecido e as legítimas expectativas do consumidor (elemento
extrínseco).
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
O Vício é a mera inadequação do produto ou do serviço para os fins a que se destina. Por
exemplo, o consumidor comprou uma televisão que não funciona. Já o Defeito, diz respeito à
insegurança do produto ou do serviço. Por exemplo, a televisão comprada explode e causa danos
à integridade do consumidor.
O Vício também pode ser oculto e aparente. O oculto é aquele em que o defeito surge
repentinamente, com a utilização do produto, como por exemplo: um problema no motor,
enquanto que o aparente é o produto em que o defeito pode ser constatado facilmente, como a
superfície riscada de um freezer.
Existem ainda os produtos duráveis e não duráveis, o primeiro tipo, são aqueles que
deveriam ter vida útil longa, exemplos: aparelhos eletrônicos, enquanto que os produtos não
duráveis, são aqueles consumidos em prazos curtos, como por exemplo: os alimentos.
O Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha:
O dispositivo legal confirma que, no caso de o produto ter defeito, o consumidor pode
reclamar tanto ao fabricante quanto à loja onde comprou a mercadoria. Logo, a responsabilidade
solidária é devida por lei.
Produto defeituoso é aquele que não oferece a segurança que dele legitimamente se
espera. Observam-se a informação do produto, a sua apresentação, os riscos que ele pode causar,
levando-se em consideração a época em que foi colocado em circulação. Trata-se da teoria do
risco do desenvolvimento.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
O art. 88 do CDC é claro em afirmar que o comerciante poderá exercer o direito de regresso
contra o produtor, fabricante ou importador em ação autônoma ou na mesma ação, desde que já
tenha reparado os danos ao consumidor.
I. que não colocaram o produto no mercado: o produto, por exemplo, tem outro
fabricante;
II. que, muito embora o produto tenha sido colocado no mercado, o defeito inexiste:
o produto foi colocado perfeito no mercado;
Diante do fato, tanto o fornecedor, ainda que através de seus prepostos, quanto o
consumidor concorreram para a ocorrência do dano. Neste caso, trata-se de excludente de
responsabilidade descrito no Código de Defesa do Consumidor.
a) Terceiro: Entende-se por terceiro, no caso da culpa exclusiva de terceiro, aquela pessoa
completamente estranha ao ciclo de produção (que começa com a fabricação do produto ou a
concepção do serviço e termina com o escoamento dos produtos ou com a prestação dos
serviços) ou à relação de consumo.
Contudo, se a pessoa que causou o dano pertence ao ciclo de produção, não pode ser
invocada a sua condição de terceiro, pois o fornecedor é responsável por seus prepostos nos
termos do art. 34 do CDC.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
Por fim, vale informar que as excludentes de responsabilidade do art. 12, §3º se
apresentam em “numerus clausus”, ou seja, são em rol taxativo, representado pela expressão “só
não será responsabilizado quando provar”. Em todas as demais hipóteses, o fabricante, o
produtor, o construtor e o importador responderão de forma objetiva.
b) O caso fortuito e a força maior: Caso fortuito e força maior são considerados expressões
sinônimas, embora a rigor não o sejam. Defendem alguns doutrinadores que o caso fortuito se
funda na imprevisibilidade, enquanto que a força maior se baseia na irresistibilidade. Outros
juristas, no entanto, sustentam que a força maior exprime a idéia de um acidente da natureza (o
raio, o ciclone), enquanto que o caso fortuito indica um fato do homem, como por exemplo, a
guerra ou a greve. De fato o que interessa aqui seria afirmar: NÃO CONFIGURAM EXCLUDENTES
DE RESPONSABILIDADE DO FATO DO PRODUTO O CASO FORTUITO E A FORÇA MAIOR. Ambos são
absorvidos pelo risco da atividade do fornecedor, quando provocam o acidente de consumo.
A responsabilidade civil no CDC, para Cláudia Lima Marques (2009), tem natureza jurídica
mista, já que, descumprido o dever de qualidade do produto ou serviço “surgirão efeitos
contratuais - inadimplemento contratual ou ônus de suportar os efeitos da garantia por vício - e
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
extracontratuais - obrigação de substituir o bem viciado, mesmo que não haja vínculo contratual,
de reparar os danos causados pelo produto ou serviço defeituosos.” (MARQUES, 2009, p.115)
Em consonância com o dispositivo acima, o prazo de troca dos produtos são direitos
garantidos a todos os consumidores. A lei é clara, quando diz que o consumidor tem o prazo de
30 dias para reclamar de vícios aparentes, e a partir da reclamação, os fornecedores são
responsáveis solidariamente pelo produto e tem por obrigação de sanar o problema do produto.
Após este período, o consumidor de acordo com a lei, deve-se exigir um produto similar, a
restituição imediata da quantia paga ou o abatimento proporcional do preço. A lei permite ainda
que estas exigências possam ser feitas antes dos 30 dias se a substituição das partes com defeito
puder comprometer as características do produto, diminuir-lhe o valor, ou quando se tratar de
um “produto essencial” (como a geladeira, por exemplo).
63
INTRODUÇÃO AO DIREITO
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das
necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de
seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e
harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº
9.008, de 21.3.1995)
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que
sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou
segurança.
Tais artigos descrevem claramente, que a qualidade dos produtos e serviços colocados no
mercado de consumo, e da prevenção e da reparação dos danos que estes possam vir a causar
nos consumidores devem ser divulgadas de forma protetiva, e segura ao conhecimento dos
consumidores.
10.11.1 Da Oferta
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
10.11.2 Da Publicidade
66
INTRODUÇÃO AO DIREITO
Enquanto que a publicidade abusiva, prevista no art. 37, § 1° do CDC é definida como
sendo: “dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à
violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e
experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o
consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança”.
Os artigos 39,40 e 41 do CDC estabelece uma série de práticas comerciais que o legislador
considera como abusivas, são elas:
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
III. enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer
qualquer serviço, inclusive às amostras grátis;
IV. prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
VII. repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício
de seus direitos;
IX. deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu
termo inicial a seu exclusivo critério;
XII. deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu
termo inicial a seu exclusivo critério.
O art. 39, II do CDC, proíbe a venda casada, que é aquela que consiste no fornecimento de
o produto ou serviço sempre condicionado à venda de outro produto ou serviço. Essa prática está
expressamente vedada pelo de forma que o consumidor não está obrigado a adquirir um produto
ou serviço imposto pelo fornecedor para que possa receber o que realmente deseja.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
SEÇÃO IV
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
(Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
III. enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer
qualquer serviço;
IV. prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
VII. repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício
de seus direitos;
IX. deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu
termo inicial a seu exclusivo critério;
X. (Vetado).
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
X. elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. (Incluído pela Lei nº 8.884, de
11.6.1994)
XI. Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999, transformado em inciso XIII,
quando da conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999
XII. deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu
termo inicial a seu exclusivo critério. (Incluído pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévio
discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as
condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos serviços.
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez dias,
contado de seu recebimento pelo consumidor.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
SEÇÃO V
➢ Da Cobrança de Dívidas
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo,
nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
SEÇÃO VI
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações
existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele,
bem como sobre as suas respectivas fontes.
§ 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá
exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis, comunicar a
alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
§ 6º Todas as informações de que trata o caput deste artigo devem ser disponibilizadas em
formatos acessíveis, inclusive para a pessoa com deficiência, mediante solicitação do
consumidor. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
CAPÍTULO VI
Da Proteção Contratual
SEÇÃO I
➢ Disposições Gerais
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua
assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de
fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente
por telefone ou a domicílio.
Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo
escrito.
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INTRODUÇÃO AO DIREITO
REFERÊNCIAS
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