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Índice

1. Introdução............................................................................................................................................2
1.1.1 Objectivo Geral...........................................................................................................................3
1.1.2 Objectivo específico...................................................................................................................3
1.2 Metodologia.......................................................................................................................................3
2. Revisão da literatura................................................................................................................................4
3. Princípios do Direito Civil.......................................................................................................................4
3.1.1 Os princípios fundamentais de Direito............................................................................................5
3.1.2 Princípio da personificação jurídica do homem..............................................................................5
3.1.3 Princípio do reconhecimento dos direitos de personalidade............................................................6
3.1.4 Princípio da igualdade dos homens perante a lei.............................................................................6
3.1.5 Princípio do reconhecimento da família como instrumento fundamental.......................................6
3.1.6 Princípio da personalidade colectiva...............................................................................................7
4. Fontes de direito civil..............................................................................................................................7
4.1 Subdivisões das fontes formais..........................................................................................................8
4.2 Lei:....................................................................................................................................................8
4.3 Classificação das fontes de direito.........................................................................................................8
5. Conclusão..............................................................................................................................................10
6. Revisão bibliográfica.............................................................................................................................11

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1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa visa debruçar sobre Direito Civil e Fontes do Direito Civil.
A sua pertinência é indubitável, por se tratar do problema de saber a origem das normas
jurídicas, ou seja, a questão de saber o modo como certas normas ascendem a categoria de norma
jurídica. Problema esse, que para quem queira ter as noções gerais de direito, importa reflectir de
forma a conhecer as fontes do direito e as fontes de direito civil.

Assim sendo, analisar e expor as fontes do direito civil e o direito civil, ainda que de forma
singela, constitui o objectivo principal do presente trabalho.

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1.1.1 Objectivo Geral
MARCONI e LAKATOS (2001:102) referem que os objectivos gerais "estão ligados a uma
visão global e abrangente do tema, relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos
e eventos, quer das ideias estudadas vincula-se directamente a própria significação da tese
proposta pelo projecto."

Assim o trabalho tem como objectivo geral:


Fazer um estudo sobre os princípios do Direito Civil e Fontes do Direito Civil.

1.1.2 Objectivo específico


 Descrever o conceito de princípios do Direito Civil e Fontes do Direito Civil;
 Enumerar os princípios fundamentais de Direito Civil;
 Analisar as Fontes de direito civil.

1.2 Metodologia
Para o presente trabalho, iremos fazer o uso da pesquisa documental.
Segundo Lakatos e Marconi (2001), a pesquisa documental é a coleta de dados em fontes
primárias, como documentos escritos ou não, pertencentes a arquivos públicos; arquivos
particulares de instituições e domicílios, e fontes estatísticas

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2. Revisão da literatura
3. Princípios do Direito Civil
As normas de Direito Civil estão fundamentalmente contidas no Código Civil Português de
1966, revisto em 1977.
Os problemas de Direito Civil podem encontrar a sua solução numa norma que não é de Direito
Civil, mas de Direito Constitucional.
A Constituição contém, na verdade, uma “força geradora” de Direito Privado. As suas normas
não são meras directivas programáticas de carácter indicativo, mas normas vinculativas que
devem ser acatadas pelo legislador, pelo juiz e demais órgãos estaduais.

O legislador deve emitir normas de Direito Civil não contrárias à Constituição; o juiz e os órgãos
administrativos não devem aplicar normas inconstitucionais.
As normas constitucionais, designadamente as que reconhecem Direitos Fundamentais, têm
também, eficácia no domínio das relações entre particulares, impondo-se, por exemplo, à
vontade dos sujeitos jurídico-privados nas suas convenções.
O reconhecimento e tutela destes direitos fundamentais e princípios valorativos constitucionais
no domínio das relações de Direito Privado processa-se mediante os meios de produção próprios
deste ramo de direito, nulidade, por ser contra a ordem pública (art. 280º CC).

A aplicação das normas constitucionais à actividade privada faz-se:


a) Através de normas de Direito Privado que reproduzem o seu conteúdo, por ex. o art. 72º CC e
art. 26º CRP;
b) Através de cláusulas gerais e conceitos indeterminados, cujo o conteúdo é preenchido com
valores constitucionalmente consagrados;
c) Em casos absolutamente excepcionais, por não existir cláusula geral ou conceito
indeterminado adequado a uma norma constitucional reconhecedora de um direito fundamental
aplica-se independentemente da mediação de uma regra de Direito Privado.
Sem esta atenuação a vida jurídico-privada, para além das incertezas derivadas do carácter muito
genérico dos preceitos constitucionais, conheceria uma estrema rigidez, inautenticidade e
irrealismo, de todo o ponto indesejáveis.

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Os preceitos constitucionais na sua aplicação às relações de Direito Privado não podem aspirar a
uma consideração rígida, devendo, pelo contrário, conciliar o seu alcance com o de certos
princípios fundamentais do Direito Privado – eles próprios conforme à Constituição.

O princípio da igualdade que caracteriza, em termos gerais, a posição dos particulares em face do
Estado, não pode, no domínio das convenções entre particulares, sobrepor-se à liberdade
contratual, salvo se o tratamento desigual implica violação de um direito de personalidade de
outrem, como acontece se assenta discriminações raciais, religiosas, etc.

3.1.1 Os princípios fundamentais de Direito


Existem nove princípios base para as normas do Direito Civil (sete no manual):
1º. Personificação jurídica do Homem;
2º. Reconhecimento do Direitos de personalidade;
3º. Igualdade dos Homens perante a lei;
4º. Reconhecimento da família como instrumento fundamental;
5º. Personalidade colectiva;
6º. Autonomia privada;
7º. Responsabilidade civil;
8º. Propriedade privada;
9º. Reconhecimento do fenómeno sucessório.

3.1.2 Princípio da personificação jurídica do homem


O Homem é a figura central de todo o direito. No Direito Civil há uma tendência humanista e aí
o Homem e os seus direitos constituem o ponto mais importante do tratamento dos conflitos de
interesse que são regidos pelo Direito Civil Português.

Todos os Homens são iguais perante a lei. A Personalidade Jurídica do Homem é imposta ao
Direito como um conjunto de fundamentos de vária ordem, como sendo um valor irrecusável. O
art. 1º da CRP é quem reconhece este princípio. No art. 12º CRP é também frisado. Este
princípio ganha mais importância quando no art. 16º/2 CRP diz que os preceitos constitucionais e
legais relativos aos direitos fundamentais devem ser interpretados e integrados de harmonia com
a Declaração Universal dos Direitos do Homem. O art. 66º CC diz que, a personalidade adquire-
se no momento do nascimento completo e com vida. A própria Personalidade Jurídica é

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indispensável. No art. 69º, ninguém pode renunciar, no todo ou em parte, à sua Capacidade
Jurídica. A Personalidade Jurídica é uma qualidade imposta ao Direito e que encontra projecção
na dignidade humana.

3.1.3 Princípio do reconhecimento dos direitos de personalidade


Reconhecimento de um círculo fundamental de direitos de personalidade. Têm um conteúdo útil
e de total protecção para o Homem.
Personificar o Homem envolve um conjunto máximo de direitos de conteúdo não patrimonial.

3.1.4 Princípio da igualdade dos homens perante a lei


O Princípio da Igualdade dos Homens Perante a Lei encontra-se na Constituição no seu art. 13º.
Não se deixa de referir na Constituição o princípio de tratar desigual aquilo que é desigual.
A Lei Constitucional proíbe todas as formas de discriminação.

3.1.5 Princípio do reconhecimento da família como instrumento fundamental


A Constituição reconhece a família como elemento fundamental da sociedade. Esta qualidade é
pressuposto da protecção que a sociedade e o Estado devem à família. O art. 67º/1 CRP diz que
“a Família, como elemento fundamental da sociedade, tem direito à protecção da sociedade e
do Estado e à efectivação de todas as condições que permitam a realização pessoal dos seus
membros”.
Esta tutela é assegurada à família pela Constituição, assente num conjunto de linhas
fundamentais:
 Reconhecimento da família como elemento fundamental da sociedade com a inerente
consagração do direito de todos os cidadãos a contraírem casamento e a constituírem
família, conforme o art. 36º/1 CRP;
 Afirmação da liberdade de constituir família sem dependência do casamento. Princípio da
igualdade de tratamento da família constituída deste modo ou por via do casamento;
 A afirmação do carácter essencialmente laico do casamento e a possibilidade de
dissolução do mesmo por divórcio, independentemente da forma de celebração (art. 36º/2
CRP);

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 A maternidade e paternidade constituem valores sociais imanentes, art. 68º/2 CRP;
 Reconhecimento do carácter insubstituível dos progenitores em relação à pessoa dos seus
filhos no que toca à sua integral realização como homens, arts. 68º/2, 36º/5/6 CRP.

3.1.6 Princípio da personalidade colectiva


As Pessoas Colectivas jurídicas criadas pelo efeito do Direito demarcam-se das pessoas jurídicas
singulares, embora funcionem também com centros autónomos de imputação de direitos e
deveres, art. 12º/2 CRP, as Pessoas Colectivas gozam de direitos e estão sujeitas aos deveres
compatíveis com a sua natureza. Este artigo reconhece uma individualidade própria às Pessoas
Colectivas quando afirma que elas gozam de direitos que são compatíveis à sua natureza.

4. Fontes de direito civil


Fonte do Direito é de onde provêm o direito, a origem, nascente, motivação, a causa das várias
manifestações do direito. Nas palavras de Miguel Reale (2003), Fontes do Direito são
“processos ou meios em virtude dos quais as regras jurídicas se positivam com legítima força
obrigatória”. Já para Hans Kelsen (2009) é “o fundamento de validade da norma jurídica, decorre
de uma norma superior, válida.”

Classificação das Fontes do Direito: Diante disso, classifica-se as fontes do direito em fontes
históricas, materiais e formais.

Fontes históricas: Para Paulo Nader e Pablo Stolze as fontes históricas são fontes do Direito.
Segundo Paulo Nader (2004) as fontes históricas são “conjuntos de fatos ou elementos das
modernas instituições jurídicas: á época, local, as razões que determinaram a sua formação”. Em
contrapartida Miguel Reale (2003), não considera as fontes históricas como fontes do direito,
pois trata-se de um estudo filosófico e sociológico dos motivos éticos ou dos fatos econômicos,
estudo de outra ciência.

Fontes Materiais: As fontes materiais do Direito são todas as autoridade, pessoas, grupos e
situações que influenciam na criação do direito em determinada sociedade. Ou seja, fonte
material é aquilo que acontece no âmbito social, nas relações comunitárias, familiares, religiosas,
políticas, que servem de fundamento para a formação do Direito. Assim, fonte material é de
ONDE vem o direito (GARCIA 2015).

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Fontes formais: Por outro lado, as fontes formais, o meio pelo qual as normas jurídicas se
exteriorizam, tornam-se conhecidas. São, portanto, os canais por onde se manifestam as fontes
materiais (GARCIA 2015).

4.1 Subdivisões das fontes formais


Existem diversas classificações para as fontes formais, quais sejam, estatais: são produzidas pelo
poder público e correspondem à lei e à jurisprudência E NÃO ESTATAIS: decorrem diretamente
da sociedade ou de seus grupos e segmentos, sendo representadas pelo costume, doutrina e os
negócios jurídicos; escritas: codificadas, não escritas: decorrentes do comportamento, nacionais:
são as criadas no brasil e internacionais: as que tem origem na norma estrangeira (garcia 2015).

A classificação mais utilizada é a que classifica as fontes formais em diretas, imediatas ou


primárias e indiretas, mediatas ou secundárias.

4.2 Lei:
Leis são preceitos (normas de conduta) normalmente de caráter geral e abstrato, ou seja, voltam-
se “a todos os membros da coletividade”. Sendo esta a fonte mais importante para o nosso
ordenamento jurídico. Podendo se classificar em Lei em sentido amplo: que é uma referência
genérica que atinge à lei propriamente, à medida provisória e ao decreto e em Lei em sentido
estrito: Emanada do poder legislativo no âmbito de sua competência – lei ordinária, lei
complementar e lei delegada (GARCIA 2015).

4.3 Classificação das fontes de direito


São várias as classificações das fontes de direito, essa variedade resulta do facto de competir a
cada direito positivo a definição das suas próprias fontes.
Em Moçambique, o legislador estabeleceu nos artigos 1º a 4º do Código Civil disposições sobre Fontes de
Direito. Segundo os referidos dispositivos do Código Civil são fontes imediatas do direito apenas as leis e
as normas corporativas que não contrariem as disposições legais de carácter imperativo.
No artigo 2º, o legislador reconhece ao poder judicial a competência para, nos casos declarados na lei,
fixar por meio de assentos doutrina com força obrigatória geral. Esta competência é exercida pelo
Tribunal Supremo.

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E no artigo 3º, o costume é reconhecido como fonte mediata de direito, quando não contrarie os princípios
da boa fé. Por sua vez, no artigo 4.º ainda do Código Civil, os tribunais podem recorrer à equidade
quando haja disposição legal que o permita, quando exista acordo das partes e a relação jurídica não seja
indisponível, ou ainda quando as partes tenham convencionado o recurso à equidade numa cláusula
compromissória.
De todo o exposto, é de referir que são fontes do nosso direito a lei, o costume, a jurisprudência e a
doutrina. Sendo que, a lei é indiscutivelmente a principal fonte do direito. Vejamos cada uma daquelas
fontes de direito.

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5. Conclusão
Fontes do Direito são de suma importância para a aplicação do direito no caso em concreto, sendo a Lei
insuficiente, é possível a busca de outras fontes para a solução do caso.
De todo o exposto, torna-se mester referir que fontes de direito são modos de criação e revelação de
normas jurídicas. E o problema da sua determinação releva para sabermos como é que determinados
conteúdos normativos ascendem a juridicidade. Nesta senda, são fontes de direito a lei, o costume, a
jurisprudência e a doutrina.
A lei é a principal fonte de direito. Sendo que, o termo lei deve ser entendido como toda disposição
provinda de uma autoridade competente.
O direito é criado e revelado através da lei, costume, jurisprudência e doutrina. O seu conhecimento
torna-se, assim, peculiar para quem pretende ter alguma noção do direito.

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6. Revisão bibliográfica
MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de
pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração e interpretação de dados. 3.ed. São
Paulo: Atlas, 1996.
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 8.ed. São Paulo: Martins fontes, 2009.
NADER, Paulo, Introdução ao estudo do direito, 24 ed. atual. Rio de Janeiro: Forense, 2004.
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa Introdução ao estudo do direito: teoria geral do direito – 3. ed.
rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: MÉTODO,2015

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