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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável PU 0775822/2018


Superintendência Regional de Meio Ambiente Jequitinhonha 26/11/2018
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PARECER ÚNICO

PARECER ÚNICO Nº 0775822/2018


INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO:
Licenciamento Ambiental 11022/2010/004/2016 Sugestão pelo deferimento
FASE DO LICENCIAMENTO: LAC 1 (LP+LI+LO) VALIDADE DA LICENÇA: 10 anos

PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: Documento/Protocolo SITUAÇÃO:


Cadastro de Uso Insignificante Certidão n° 30365/2014 Captação autorizada
Reserva Legal Doc. 1008940/2016 CAR apresentado

EMPREENDEDOR: Gransena Exportação e Comércio Ltda. CNPJ: 24.042.913/0001-39


Gransena Exportação e Comércio Ltda.
EMPREENDIMENTO: CNPJ: 24.042.913/0009-96
Fazenda Córrego do Gato
MUNICÍPIO: Padre Paraíso – MG ZONA: Rural
COORDENADAS GEOGRÁFICA
LAT/Y 17°04’20”S LONG/X 41°34”02”O
(DATUM): WGS84
LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:
INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO

BACIA FEDERAL: Rio Jequitinhonha BACIA ESTADUAL: Ribeirão São João


UPGRH: JQ3 SUB-BACIA: Ribeirão São João
CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 217/2017): CLASSE
A-02-06-2 Lavra a céu aberto com ou sem tratamento – rochas ornamentais e de revestimento
A-05-04-6 Pilhas de rejeito/estéril 3
A-05-05-3 Estradas para transporte de minério/estéril
CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO:
Ricardo de Souza Santana – Biólogo CRBio 44729/04-D
Coordenador do EIA/RIMA, PCA e Mastofauna – Nativa
Roberto Dayrell Ribeiro da Glória – Engenheiro Florestal CREA MG/TO: 95.668
Programa de Manejo da Flora e PRAD – Nativa
Cledson Jones Ribeiro – Engenheiro Ambiental CREA MG 176.958-D
Programas de Gestão – Nativa
Deborah Dayrell Ribeiro da Glória – Engenheira Florestal CREA MG 141.007
Análise Ambiental Integrada e Impactos Ambientais - Nativa
Adriano Marques de Souza – Biólogo CRBio 37451/04
Diagnóstico de Herpetofauna – Nativa
Eduardo de Carvalho Dutra – Biólogo CRBio 093164/04
Diagnóstico Avifauna – Nativa

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Cristiane Castañeda – Geóloga CREA MG 61.700-D


Estudos do Meio Físico e Espeleologia – Nativa
Angélica Tatiana Estevam – Geógrafa CREA MG 156.658-D
Estudos do Meio Físico – Nativa
Sabrina Marcelino de Souza – Letras e Administração Não informado
Coordenadora do Diagnóstico Socioeconômico – Nativa
Junior Mendes – Arqueólogo Não informado
Estudos para Portaria do IPHAN – Nativa
Márcia Alkmin – Redação e Diagnostico Socioeconômico Não informado
Redação e Diagnóstico de Socioeconomia – Nativa
Relatório de Vistoria: Auto de Fiscalização n° 133827/2017 e DATA: 29/08/2017 e
Auto de Fiscalização n° 133836/2018 17/08/2018

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA


Stênio Abdanur Porfírio Franco – Gestor Ambiental (Gestor) 1364357-2
De acordo: Gilmar dos Reis Martins – Diretor Regional de 1353484-7
Regularização Ambiental / SUPRAM Jequitinhonha
De acordo: Wesley Alexandre de Paula – Diretor de Controle 1107056-2
Processual / SUPRAM Jequitinhonha

1. Introdução
Com intuito de promover a adequação ambiental, o empreendimento Gransena
Exportação e Comércio Ltda. – Fazenda Córrego do Gato – protocolizou o Formulário Integrado
de Caracterização do Empreendimento (FCEI) em 07/07/2016, por meio do qual foi gerado o
Formulário de Orientação Básica (FOBI) nº 0522500/2016 que instruiu o processo
administrativo de Licença Prévia concomitante com Licença de Instalação – LP+LI, conforme
Deliberação Normativa n° 74/2004. Em 02/09/2016, por meio da entrega de documentos, foi
formalizado o processo de nº 11022/2010/004/2016 referente à atividade principal de lavra a
céu aberto com ou sem tratamento – rochas ornamentais e de revestimento (código da
atividade A-02-06-2, produção nominal de 9.000 m³/ano).
Em 31/01/2018 foi publicada no Diário Oficial de Minas Gerais a reorientação do
processo para a fase de Licença de Operação para Pesquisa – LOP, uma vez que o
empreendimento ainda não possuía o Plano de Aproveitamento Econômico – PAE considerado
satisfatório (apreciado) pelo DNPM. Com o advento da Deliberação Normativa COPAM n°
217/2017, e consequentemente, revogação da norma que regulamentava as Licenças de
Operação para Pesquisa – LOP, em 27/06/2018, o processo foi reorientado para a modalidade
de Licença Ambiental Concomitante 1 – LAC 1 (LP+LI+LO), sob Protocolo Regional COPAM n°
R0115485/2018, sendo gerado o FOBI n° 0522500/2016-D. Desta forma, considerando as

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sucessivas reorientações, trata-se de um empreendimento classe 3, de médio porte e com


médio potencial poluidor/degradador, segundo a Deliberação Normativa COPAM nº 217/2017.
O empreendimento possui autorizados 6.000 m³/ano de extração de granito na AAF nº
02297/2016, P.A. nº 11022/2010/003/2016, e solicita ampliação de 3.000 m³/ano no atual
processo de licenciamento ambiental, totalizando uma capacidade nominal a ser licenciada de
9.000 m³/ano, substância granito, classe 3 conforme DN 74/04. Também está sendo solicitada a
ampliação da área de pilha de estéril, de 0,9 hectare para 4,9 hectares totais; ampliação da área
de pátios e oficinas para 4,0 hectares totais e abertura de estradas compreendendo 4,0
hectares totais. O polígono do DNPM relativo ao empreendimento é o de n° 831.529/2009.
Em 16/04/2015, o empreendimento foi autuado pelo Núcleo Regional de Fiscalização
Ambiental Jequitinhonha – NUFIS, sediado em Diamantina/MG, pelo cometimento de infrações
ambientais previstas no Decreto estadual n° 44.844/2008, gerando os Autos de Infração n°
4350/2015, 6351/2015 e 6352/2015. A partir da lavratura dos autos foram suspensas as
atividades de operação de pilhas de rejeito/estéril e supressão de vegetação, além do
cancelamento do registro de uso insignificante de recurso hídrico. Objetivando regularizar a
situação ambiental da empresa foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC entre
a SEMAD e empreendedor (TAC n° 009/2015), assinado em 20/01/2016, prevendo a
apresentação de PRAD e PTRF para um local suprimido irregularmente (273 m² em Floresta
Estacional Semidecidual), entre outras exigências. O local recebeu conformação topográfica e a
revegetação já foi realizada, sendo que o empreendedor deverá apresentar relatórios
semestrais de acompanhamento da recuperação da área (PTRF) ao longo de cinco anos. Os
primeiros relatórios de acompanhamento da recuperação/revegetação foram apresentados à
contento. O TAC foi dado com cumprido em 12/08/2016, sendo emitido o Ofício SUPRAM JEQ
n° 533/2016 com o referido comunicado. À época do cometimento das infrações, o
empreendimento possuía Autorização Ambiental de Funcionamento – AAF n° 01482/2015, com
vencimento em 15/04/2019, conforme P.A. n° 11022/2010/002/2015. O processo de
licenciamento ambiental foi formalizado somente em 02/09/2016.
Os estudos ambientais apresentados (Estudo e Relatório de Impactos Ambientais –
EIA/RIMA; Plano de Controle Ambiental – PCA e Projeto de Compensação) foram elaborados
sob a responsabilidade técnica de vários profissionais vinculados a empresa de consultoria
ambiental NATIVA Serviços Ambientais Ltda. Foi requerida intervenção ambiental (Autorização
para Intervenção Ambiental – AIA n° 08230/2016) mediante supressão de vegetação nativa,
com destoca, em 3,67 hectares; e supressão de 111 indivíduos isolados (0,62 hectare) para
exploração mineral.
Para prosseguimento da análise do processo de licenciamento ambiental foi realizada
fiscalização no empreendimento no dia 29 de agosto de 2017, sendo gerado o Auto de
Fiscalização № 133827/2017. Nos dias 13 e 14 de agosto de 2018 foi realizada outra vistoria
técnica (Auto de Fiscalização n° 133836/2018), objetivando a verificação das áreas propostas

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para compensação ambiental. Em complementação à análise do processo foi elaborado um


ofício de solicitação de informações complementares, que se encontra detalhado adiante.
Após análise do processo e realização de fiscalização inicial, no dia 11/09/2017 foram
solicitadas informações complementares ao empreendedor, por meio do Ofício SUPRAM JEQ
№ 983/2017. As informações complementares solicitadas foram apresentadas em 11/01/2018,
sob protocolo regional R0007237/2018 e consideradas satisfatórias. Também foram feitas
algumas solicitações via e-mail, sendo atendidas dentro do prazo estabelecido.
O empreendedor informa por meio de declaração (Protocolo Regional COPAM
R0007237/2018 de 11/01/2018) que o empreendimento não representa impacto ou qualquer
interferência social em terra indígena, em terra quilombola, em bem cultural acautelado, em
zona de proteção de aeródromo, em área de proteção ambiental municipal e em área onde
ocorra a necessidade de remoção de população atingida; não sendo necessária a apresentação
de informações e documentos aos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, detentores
das atribuições e competência para análise, em consonância com o artigo 27 da Lei Estadual n°
21.972/2016.
Assim, esse parecer tem o objetivo de avaliar tecnicamente as informações referentes à
solicitação de Licença Ambiental Concomitante 1 – LAC 1 (LP+LI+LO) do empreendimento
Gransena Exportação e Comércio Ltda. para a atividade principal de lavra a céu aberto com ou
sem tratamento – rochas ornamentais e de revestimento, código A-02-06-2, com capacidade
nominal requerida de 9.000 m³/ano.

2. Caracterização do empreendimento
O empreendimento Gransena Exportação e Comércio Ltda. (Fazenda Córrego do Gato),
titular do processo DNPM n° 831.529/2009, localizado no município de Padre Paraíso – MG,
possui área destinada a extração de granito na forma de blocos. A área possui afloramentos de
granito passíveis de aproveitamento para exploração comercial (fins de revestimento),
destacando-se o aspecto da rigidez locacional das jazidas minerais, para as quais não há a
possibilidade de substituir o local de extração do bem mineral.
O empreendimento em questão possui Autorização Ambiental de Funcionamento – AAF
n° 02297/2016, com capacidade bruta para extração de 6.000 m³/ano de granito. O presente
licenciamento ambiental solicita ampliação da capacidade nominal de extração em 3.000
m³/ano, totalizando 9.000 m³/ano brutos a serem licenciados. Também está sendo solicitada
ampliação das áreas de pilhas de estéril, perfazendo-se um total de 4,9 hectares; 4,0 hectares
totais para infraestrutura e 4,0 hectares totais para estradas. Conforme informações prestadas
nos estudos ambientais, a mina/jazida possui vida útil de até 17 anos, considerando-se a
produção bruta a ser licenciada (9.000 m³/ano).
O acesso à área do empreendimento pode ser feito partindo-se da zona urbana de
Padre Paraíso - MG, em sentido à região rural denominada Córrego o Gato, percorrendo-se

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aproximadamente 12 km. A seguir é apresentada uma figura representante do uso e ocupação


do solo (solicitada) referente ao empreendimento.

Figura 01 – Uso e ocupação do solo solicitada no licenciamento ambiental. Fonte – EIA/RIMA.

O projeto em tela é denominado Siena Beige, com produção bruta estimada de até
9.000 m³/ano e aproveitamento líquido médio de 25%. A lavra está sendo desenvolvida a céu
aberto sobre o maciço granítico em encosta, com acentuada declividade. A rocha a ser
explorada encontra-se em grande parte aflorante em forma de matacões, dependendo da
remoção de frações de estéril para o desenvolvimento da cava de lavra. Os pátios das frentes
de lavra são construídos com material terroso obtido na própria área da lavra.
Inicia-se o processo com o decapeamento do afloramento rochoso, que consiste na
remoção de solo e de porções de rocha intemperizada e fraturada presentes sobre o bloco de

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interesse na lavra. Este processo de remoção da camada estéril é realizado de forma gradativa,
à medida que ocorre o avanço das frentes de lavra.
A exploração granítica é feita por meio de cortes no maciço rochoso em forma de
bancadas, com taludes verticais com altura entre 4 e 10 metros. A proposta metodológica de
lavra envolve a utilização de perfuratrizes pneumáticas e máquina de fio diamantado,
combinada com o uso de detonações e/ou argamassa expansiva. Foi informado que as
detonações são feitas somente na cominuição do estéril gerado para posterior deposição na
pilha de rejeitos. Os paióis de armazenamento dos materiais explosivos encontram-se
adequadamente instalados conforme exigência do Exército brasileiro. Atualmente o
empreendimento possui duas frentes de lavra ou bancadas, com projeção de abertura de novas
frentes para atender a ampliação da produção solicitada.
As atividades de lavra desenvolvidas sobre o maciço rochoso foram iniciadas com a
formação da primeira bancada e preparação dos espaços necessários para o posicionamento da
máquina de fio diamantado. Esta etapa é realizada por meio da execução de cortes verticais,
em dois planos paralelos ou perpendiculares entre si, com a realização de um terceiro corte em
plano horizontal, perpendicular aos dois primeiros. Após a realização dos cortes nos planos
principais passa-se ao seccionamento do bloco de rocha isolado do maciço, produzindo
pranchas com larguras médias de aproximadamente 1,8 metros. O tombamento da prancha
pode ser feito com macaco hidráulico ou com a utilização de bolsas de ar próprias para esta
atividade. Sobre o local de queda da prancha é necessário colocar uma camada de terra de
aproximadamente 1,0 metro de espessura, impedindo a ruptura da prancha por impacto
brusco contra o solo. Posteriormente ao tombamento, a prancha é desdobrada em blocos com
dimensões comerciais por meio da realização de cortes verticais com fio diamantado. Em
seguida é necessário realizar o acabamento dos blocos, com acerto de suas faces (canteragem),
adequando cada bloco ao volume máximo de aproveitamento.
O seccionamento da rocha e formação das pranchas são feitos por meio da abertura de
uma sequência de furos alinhados, verticais, com espaçamento de cerca de 15 centímetros,
com a utilização de perfuratrizes pneumáticas.
O material estéril removido, juntamente com o material rochoso não aproveitado (sem
valor comercial), é disposto em depósitos/pilhas de estéril, situados próximos às frentes de
lavra. O material estéril é classificado, segundo as especificações da norma técnica da ABNT
NBR 10.004/2004, como resíduo de classe II B – não perigoso, inerte, uma vez que não
representa riscos à saúde humana.
O transporte dos blocos já individualizados, do local onde são confeccionados até o pau-
de-carga, é realizado com auxílio da carregadeira para posterior carregamento no caminhão, ou
para o pátio de blocos, onde são estocados. O carregamento dos blocos destinados ao mercado
consumidor é realizado por pau-de-carga, onde o bloco é amarrado com cabos-de-aço e içado
lentamente, para posteriormente ser disposto sobre o caminhão. Em seguida retira-se o cabo-
de-aço do bloco, que segue para sua destinação final. As dimensões dos blocos são:
comprimento de 2,6 a 3,0 metros; altura de 1,2 a 1,8 metros; largura entre 1,2 e 1,8 metros.
O empreendimento conta com uma estrutura de apoio aos funcionários, edificada em
alvenaria, coberta, com piso de concreto, contendo sanitários ligados à fossa séptica (filtros

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anaeróbios e sumidouro), vestiário, refeitório (caixa de gordura), almoxarifado e depósito


temporário de resíduos oleosos ligado a caixa SAO. No entorno da área de apoio aos
funcionários existe um tanque aéreo de combustível diesel com capacidade para armazenar 15
m³ e pátio de abastecimento; um lavador de veículos e máquinas com piso impermeabilizado e
sistema separador de água e óleo – SAO. O empreendimento realiza captação hídrica
subterrânea em poço tubular (cadastro de uso insignificante) e conta com um reservatório de
água com capacidade de 5.000 litros para atender a sede e um tanque de 15.000 litros para
atender as frentes de lavra. Próximo às frentes de lavra foi edificada uma área de convivência
para os funcionários contendo sanitários ligados à fossa séptica e refeitório.
O regime de operação é de apenas um turno, de segunda à sexta-feira, das 07:00 às
11:00 e de 12:00 às 17:00, sendo uma hora de almoço. Aos sábados, normalmente não há
expedientes de trabalho na mineração. Para ampliação e operacionalização do projeto será
demandado o seguinte quadro de funcionários: 01 engenheiro de minas que trabalha no
escritório central em Medina-MG; 01 encarregado geral; 03 operadores de máquina de fio –
nível 1; 03 operadores de máquina de fio – nível 2; 04 operadores de máquina de fio – nível 3;
06 operadores de máquina banqueadora; 02 operadores de máquinas carregadeira; 01
operador de máquina escavadeira; 01 cozinheira; totalizando de forma geral, 22 empregados
diretos.
Os equipamentos e máquinas utilizados na mineração compreendem: 02 escavadeiras
hidráulicas; 02 pás carregadeiras hidráulicas; 04 máquinas de fio diamantado; 02 compressores
de ar; 02 grupos geradores; 02 macacos hidráulicos; 02 banqueadores; 02 perfuratrizes tipo
fundo de furo; 04 marteletes; 02 caminhões-tanque; 01 caminhonete (apoio operacional); 01
micro-ônibus para transporte dos funcionários.

3. Definição das áreas de influência


3.1. Área Diretamente Afetada – ADA (Meios Físico e Biótico)
A Área Diretamente Afetada corresponde aos locais efetivamente ocupados pelo
empreendimento e foi determinada com base na localização das estruturas já instaladas e
eventuais estruturas que venham a ser implantadas futuramente.
A configuração atual possui 5,03 hectares e apresenta uma ADA composta por frentes
de lavra, pilha de rejeito/estéril, pátio de blocos, local de carga de blocos (pau de carga),
alojamento, oficina de manutenções e pátio de abastecimento com tanque aéreo de
combustíveis. Com a ampliação solicitada, o projeto chegará a 12,14 hectares, contando com o
aumento da área de cava, pilha de rejeitos/estéril, praça de blocos e estradas. A seguir é
apresentado um quadro (Quadro 1) com a especificação em área da ADA Atual e futura,
contemplando a ampliação solicitada.

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Quadro 1 – Descrição quantitativa do uso do solo atual e projetado da ADA do projeto

Fonte: Estudos ambientais apresentados.

3.2. Área de Influência Direta – AID (Meios Físico e Biótico)


A área de influência direta do empreendimento corresponde aos locais afetados pelos
impactos indiretos ou secundários, decorrentes dos impactos de primeira ordem da mineração.
A AID abrange o entorno imediato da ADA, representada por um buffer de 100 metros
projetado a partir dos limites da ADA (poligonal convexa). Os impactos, tanto na ADA quanto na
AID, devem ser tratados da mesma forma, considerando que os impactos previstos para a ADA
poderão ocorrer com a mesma magnitude na AID, graças a declividades natural do terreno.

3.3. Área de Influência Indireta – AII (Meios Físico e Biótico)


A definição das áreas de influência indireta (AII) baseou-se em temas como inserção
paisagística, ruídos, efeitos atmosféricos e microbacia hidrográfica. Os limites descritos para a
AII compreendem a microbacia onde o empreendimento está inserido e abrange todo o
compartimento ambiental potencialmente afetado pela mineração nos aspectos físicos e
bióticos, sobretudo nos paisagísticos e de drenagem.

3.4. Área Diretamente Afetada e de Influência Direta – ADA e AID (Meio Socioeconômico)
Para o meio socioeconômico, a ADA e AID correspondem ao território do imóvel rural
onde está inserido o empreendimento de mineração. A propriedade é denominada Fazenda do
Gato em encontra-se localizada na zona rural do município de Padre Paraíso – MG. A área
abrange um total de 87,12 hectares. Todas as residências inseridas num raio de 1500 metros do
empreendimento foram incluídas nas temáticas relacionadas à AID, tendo em vista que
impactos diretos e indiretos da atividade de mineração poderão ocorrer nessas propriedades,
sobretudo ruídos e impactos paisagísticos.

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3.5. Área de Influência Indireta – AII para o meio socioeconômico


Apesar de o número de colaboradores do empreendimento não passar de 20 pessoas, a
atividade possui influência no tema socioeconômico da cidade de Padre Paraiso. A influência
indireta está relacionada a compra de insumos primários para a mineração, como óleos
lubrificantes, combustíveis, alimentação, equipamentos e manutenção de veículos menores. A
atividade de mineração ainda gera impostos repassados ao município, como o CFEM.

4. Caracterização ambiental
4.1. Meio socioeconômico
Para a distinção das áreas de influência do empreendimento em relação ao meio
socioeconômico foram consideradas as possíveis interações entre o empreendimento e aquele
meio e vice-versa. Essas áreas foram estabelecidas no diagnóstico a partir da disponibilização
de informações existentes sobre a área onde está localizado o empreendimento minerário e,
posteriormente, nos resultados e conclusões dos estudos diagnósticos temáticos e dos
prognósticos ambientais integrados e, em especial daqueles advindos da identificação,
caracterização e avaliação dos impactos gerados pelo empreendimento.
O Projeto Siena Beige está estruturado na Fazenda Córrego do Gato, na comunidade de
mesmo nome, zona rural do município de Padre Paraíso – MG. Próximo da lavra encontra-se a
casa da fazenda sede, na qual mora um dos donos do imóvel, e outras residências no entorno,
que fazem parte da AID do empreendimento. A área de influência indireta – AII para o meio
socioeconômico é composta pela área urbana do município de Padre Paraíso, distante de 12 km
da Fazenda Córrego do Gato, que também foi objeto do estudo/diagnóstico.
O município de Padre Paraíso localiza-se na região nordeste do Estado de Minas Gerais,
no médio vale do rio Jequitinhonha, a 930 metros de altitude, limitando-se com os municípios
de Caraí, Araçuaí e Pontos dos Volantes. Padre Paraíso é cortado pela BR 116 e localiza-se a 546
km da capital do estado. Sua área territorial é de 544,37 km², sua população é de 18.849
habitantes (Censo IBGE, 2010), apresentando densidade demográfica de 35,63 habitantes por
km². O município está inserido na Microrregião de Araçuaí, que se insere na microrregião do
Jequitinhonha/Mucuri.
Dados do INGE revelam que em 1991 o município de Padre Paraiso detinha uma
população total de 17.327 habitantes. No ano de 2000, a população tinha aumentado muito
pouco, 0,85%. Na UF, esta taxa foi de 1,43%, enquanto no Brasil foi de 1,63% no mesmo
período. Em 2010 registrou-se uma população total de 18.849 habitantes, ou seja, em dez anos
o crescimento foi de 7,28%, índice este, que ficou abaixo do índice de crescimento da
população do estado, que ficou em 8,7%. Entre 2000 e 2010, a população de Padre Paraíso
cresceu a uma taxa média anual de 076%, enquanto no Brasil foi de 1,17% no mesmo período.
Nesta década, a taxa de urbanização do município passou de 61,16% para 61,12%. Em 2010

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vivam 18.849 pessoas no município, sendo 7.329 pessoas na zona rural e 11.520 pessoas na
zona urbana.
No município de Padre Paraíso, de acordo com o censo de 2010, registraram-se 4.989
domicílios particulares permanentes, sendo 4.871 imóveis com instalação elétrica e 118
residências não possuem esse serviço instalado.
De acordo com o IBGE (2010), em relação à destinação do lixo desses domicílios, os
resíduos sólidos são coletados pelo serviço de limpeza municipal em apenas 1990 habitações; e
em 1065 residências a coleta é feita por caçambas de limpeza, totalizando 3055 domicílios que
possuem algum tipo de coleta. Ainda segundo IBGE, 1935 domicílios têm outros destinos, que
não foram especificados/determinados.
No que concerne ao abastecimento de água, 3.177 domicílios são abastecidos pela rede
geral de água (Copasa) e 1812 domicílios adquirem água por meio de poço ou nascente na
propriedade, armazenada por meio de cisterna ou outro dispositivo.
Em 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Padre Paraíso é 0,596, o que
situa este município na faixa de baixo desenvolvimento humano (entre 0,500 a 0,599). A
dimensão que mais contribui para o IDH do município é “longevidade”, com índice de 0,797,
seguida de “renda” com índice de 0,556, e “educação” com índice de 0,478.

4.2. Meio físico


Clima – A caracterização climática regional da área de inserção do empreendimento foi
subsidiada pelas normais climatológicas de precipitação e temperatura da série histórica 1991-
2014 da estação de Araçuaí. O climograma desta estação evidencia a existência de duas
estações bem demarcadas: uma seca e outra chuvosa, sendo a primeira associada a
temperaturas médias amenas e a segunda a temperaturas mais elevadas. Essas características
classificam o clima da área de inserção da empresa como “Tropical Semiúmido”.
A pluviosidade na região é baixa, com índices anuais médios inferiores a 1000 mm. De
acordo com a estação de Araçuaí, o índice médio anual de precipitação é de 707,4 mm,
enquanto que as estações de Padre Paraíso e São João Grande indicam 975,9 e 703,2 mm
respectivamente.
Na estação de Araçuaí, os dados de temperatura média oscilam ao longo do ano entre
22,1°C (menor média de temperatura registrada em julho) e 27,1 (média de temperatura mais
elevada registrada em fevereiro). A temperatura máxima registrada ao longo do ano atinge
35°C e a mínima podendo atingir 14°C.
Em relação aos ventos, predomina a calmaria na maior parte do ano, conforme estação
de Araçuaí. No entanto, nos meses de janeiro, setembro e outubro predomina a entrada de
vento NE. Na maior parte do ano, a velocidade média dos ventos registrada é inferior a 1m/s.
As exceções são os meses de agosto a outubro, onde a velocidade do vento gira entre 1 e 1,1
m/s.

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Geologia – A área de inserção do empreendimento relaciona-se à zona fisiográfica do


Médio Jequitinhonha, inserida dentro dos limites do município de Padre Paraíso e engloba,
principalmente, rochas graníticas Neoproterozóicas do Orógeno do Araçuaí. Nesta região
ocorre preferencialmente o magmatismo tardo a pós colisional, assim como sin a
tarditectônicos, onde foi gerada grande quantidade de rochas graníticas originadas em diversos
estágios da Orogênese Brasiliana.
Os granitos presentes na ADA do empreendimento constituem um único tipo
petrográficos: monzogranitos, denominado Leucogranito, apresentando coloração clara, nas
tonalidades esbranquiçadas a cinza claro, esverdeados e róseo. Localmente é reconhecido por
Leucogranito Itaipé, segundo Moraes-Filho (2000).
As principais rochas da AID e AII, de acordo com a Carta Geológica da Folha SE-24-V-C-I
Novo Cruzeiro, são representadas por granitoides sin a tarditectônicos correlatos das suítes G2-
G5 e denominados na área por Leucogranito Itaipé em contato com granitos tardi a pós-
tectônicos da suíte intrusiva Aimorés.

Hidrogeologia – As Áreas de Influência Direta (AID) e Diretamente Afetada (ADA) do


projeto em questão, por constituir a área de extração e de entorno imediato, abrange as altas e
medias vertentes de um afloramento granítico correspondente a um divisor de águas local, não
abrangendo nenhuma drenagem. Em relação à ADA do empreendimento, apesar de não
abranger nenhuma drenagem, vertem suas águas para o afluente do córrego São Joãozinho,
situado próximo ao limite oeste da AII.
Em um contexto regional, o domínio hidrogeológico das áreas de influência do
empreendimento está inserido no médio curso do rio Jequitinhonha. Neste trecho, os recursos
hídricos estão comprometidos nos aspectos qualitativos e quantitativos da água, tanto pelo
clima semiárido, como pela estruturação dos aquíferos. Esta é uma região constituída
predominantemente por granitos muito pouco fraturados, com solos de espessuras variadas e
rochas aflorantes. Tal litologia predominante, associada à ocorrência de regimes torrenciais de
escoamento superficial não favorece os processos de infiltração e recarga para formação de
aquíferos, o que resulta em um potencial hidrogeológico extremamente reduzido.

Geomorfologia – A área de inserção do empreendimento em relação a sua


geomorfologia situa-se, regionalmente, na unidade Planaltos dissecados do centro-sul e do
leste de Minas Gerais, modelada sobre o Complexo Granítico-Gnáissico, conforme
Mapeamento Geomorfológico de Minas Gerais. Nesta unidade de relevo predominam formas
de relevo de dissecação fluvial, com a formação de feições em colinas, com vales de fundo
chato. O modelado do relevo em colinas é proveniente, sobretudo, do embasamento granito-
gnáissico. O intemperismo esferoidal deste tipo de rocha contribui na formação de superfícies
arredondadas, cujas vertentes geralmente afloram rochas dessa litologia.

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O relevo na Área de Influência Indireta – AII reflete as características do relevo regional.


Predominam nessa área, colinas de topos arredondados, entremeados por vales de fundo
chato, que formam uma planície fluvial. O relevo possui altitude máxima nos topos entre 900 e
1000 metros de altitude e minima nos fundos dos vales entre 800 e 750 metros. As colinas
possuem vertentes retilíneas e alongadas com a exposição pontual de afloramentos rochosos.
As vertentes, devido a sua morfologia, possuem baixa declividade, caracterizando o relevo
como ondulado.

Pedologia – Nas áreas de estudo do empreendimento existem duas classes de solo


segundo Sistema Brasileiro de Classificação do Solo: Latossolo Vermelho Amarelo e Podzólico
Vermelho Amarelo. De acordo com o Zoneamento Ecológico Econômico de Minas Gerais –
ZEE/MG, o empreendimento encontra-se localizado e áreas com predominância de Latossolos e
Podssolos. Apesar do mapa pedológico indicar que existe solos Podzólicos vermelho Amarelo
em grande parte da ADA, este se restringe às porções mais baixas do terreno, sendo
encontrado apenas na área do refeitório, e distribuído ao longo da drenagem pluvial da
comunidade Córrego do Gato.

Espeleologia – A ocorrência de cavidades naturais subterrâneas em granitos é incomum


devido à alta resistência desses litotipos, no entanto, a presença de água nas estruturas dúcteis
e rúpteis, como falhas, fraturas e planos de estratificação, podem favorecer a formação de
cavernas nestas rochas.
De acordo com o mapa de potencialidade de ocorrência de cavernas no Brasil elaborado
pelo Centro Nacional de Estudo e Manejo de Cavernas – CECAV/ICMBIO, as regiões mais
próximas ao empreendimento, que apresentam alto potencial de ocorrência de cavernas
encontram-se localizados na sub-bacia do rio Araçuaí, rio Salinas e parte baixa do rio
Jequitinhonha, todas em litoestratigrafia distintas da área de estudo.
O relatório espeleológico objetivou apresentar os resultados da investigação
espeleológica realizada na área do empreendimento (ADA), acrescida de um raio de 250 metros
a partir da ADA (poligonal convexa), bem como fazer uma análise regional da geologia e das
possíveis cavernas existentes na região.
A metodologia utilizada no diagnóstico espeleológico baseou-se em levantamentos
bibliográficos, verificação de imagens aéreas obtidas por drones, verificação de imagens aéreas
fornecidas pela Google (2015), além de prospecção em campo por meio da realização de
caminhamentos prospectivos na ADA e no buffer de 250 metros a partir desta.
Para elaboração do mapa de potencialidade de ocorrência de cavernas foi utilizado o
critério de Jansen (2011), que relaciona o tipo de litologia com o potencial espeleológico. Como
a metodologia do referido autor foi elaborado para trabalhos de escalas de trabalho de
1:2.500.000, foi necessário adequar a análise para escala de trabalho. Para a etapa de
adequação do mapa de potencialidade para a escala local foram consideradas as informações

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de declividade, rede hidrográfica local, hipsometria e visita técnica para prospecção de áreas de
afloramento rochoso.
Na etapa de ajustes de metodologia de Jansen (2011) para escalas locais, foram feitas
adequações utilizando informações dos estudos de campo, que definiram in loco a seguinte
classificação: a) áreas com afloramentos graníticos (particularmente na ADA) em áreas de
drenagem pluvial ou fluvial; e b) áreas com afloramentos graníticos escarpados. Desta forma,
pode-se estruturar mapas de potencialidade de Jansen baseados nas informações macro
(litologia) e também em informações locais (adequação local de Jansen), conforme figuras
apresentadas a seguir.
Em se tratando somente de litologia, a região de inserção do empreendimento é
classificada como de baixo potencial espeleológico, como pode-se verificar pelo mapa de
potencial relacionado. Já em termos de ADA e AID, ou seja, escala local, o mapa de
potencialidade construído indica que o afloramento rochoso em extração é classificado como
de alta potencialidade, segundo os atributos adotados para sua definição.

Figura 02 – Mapas de potencialidade espeleológicas de Jansen (2011), considerando a litologia


regional, e respectivamente, a adequação da metodologia para a realidade local (ADA e AID).

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Conforme informações prestadas, mesmo na escala local, a geomorfologia da área


estudada não apresenta feições características do relevo cárstico. Não foram observadas
fraturas abertas por dissolução e abrigos sob rocha. Informam ainda que o contexto
espeleológico da área é praticamente nulo, já que a litologia não possui características que
propiciam a formação e desenvolvimento de cavernas e outas feições espeleológicas.
A seguir é apresentado o mapa confeccionado a partir do caminhamento ou prospecção
espeleológica realizado na ADA do empreendimento e no seu entorno (buffer de 250 metros a
partir da ADA), considerando as variáveis de potencialidades elencadas.

Figura 03 – Mapa confeccionado a partir do caminhamento ou prospecção espeleológica


realizado na ADA do empreendimento bem como em seu entorno (buffer de 250 metros partir
da ADA), considerando as variáveis de potencialidade elencadas no estudo.

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De acordo com os resultados da prospecção espeleológica, nenhuma cavidade natural


foi subterrânea foi encontrada na área diretamente afetada – ADA e em seu entorno de 250
metros de raio, portanto, não haverá impacto no patrimônio espeleológico a partir da
ampliação e operacionalização do empreendimento.
Durante realização de fiscalização/vistoria no empreendimento foram realizados
caminhamentos na ADA e parte do entorno, sendo que não foram verificadas ou avistadas
cavidades naturais subterrâneas caracterizadas como cavernas.

4.3. Meio biótico


4.3.1. Flora
A região de inserção do empreendimento encontra-se localizada nos domínios do bioma
Mata Atlântica e predominam fitofisionomias de Floresta Estacional Semidecidual, Floresta
Estacional Decidual (mosaico de fragmentos), formações campestres e rupestres.
Aspectos relacionados ao desenvolvimento e ocupação do solo na região do
empreendimento têm definido a paisagem e qualidade ambiental. Predominam ambientes de
pastagens, encontrando-se florestas fragmentadas e distribuídas em regiões planas e
acidentadas, marginalmente às drenagens pluviais, bem como em encostas e topos de serras.
Os fragmentos de floresta remanescentes apresentam-se com diferentes graus de preservação
e abarcam desde o estágio inicial de regeneração natural até trechos florestais em estágio
avançado de regeneração.
Para levantamento e caracterização da vegetação presente na ADA e AID do projeto
foram utilizadas três metodologias, sendo: a) inventário florestal por meio de amostragem; b)
censo florestal; e c) caminhamento florístico. As metododlogias de amostragem e censo
florestal foram realizadas na ADA e o caminhamento/identificação florística foi realizado na AID
e AII do empreendimento.
Na metodologia de inventário florestal por amostragem, foram alocadas 13 (treze)
parcelas amostrais, distribuídas numa área total de 3,67 hectares, baseando-se no princípio da
amostragem casual estratificada (dois estratos definidos). As parcelas utilizadas na amostragem
apresentavam formato circular e raio de 7,98 metros (aproximadamente 200 m² cada uma).
Para coleta de dados foram utilizados fita graduada para medição da circunferência à altura do
peito – CAP e vara telescópica graduada para medição das alturas totais. A coleta de dados foi
realizada para todos os indivíduos arbóreos com CAP ≥ 15,7 cm. O material botânico não
identificado em campo foi coletado durante as campanhas e herborizados para posterior
identificação. Os dados obtidos na amostragem foram analisados por meio do software Mata
Nativa 2. Por meio desta metodologia foram registrados 312 indivíduos, pertencentes a 47
espécies florestais.
A metodologia de censo florestal, baseada na medição de todos os indivíduos florestais
adultos isolados, foi realizada numa área total de 0,67 hectares, e baseou-se em premissas

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descritas na Deliberação Normativa COPAM n° 114/2008. Também foram utilizados fita


graduada e vara telescópica para mensuração dos indivíduos incluídos no censo florestal. Por
meio desta metodologia foram registrados 111 indivíduos florestais adultos isolados,
pertencentes 20 espécies florestais distintas. Foram identificados indivíduos representantes das
espécies Handroanthus serratifolius e Handroanthus ochraceus, considerada imunes de corte,
que deverão ser compensadas ambientalmente.
A metodologia de caminhamento e levantamento florístico serviu como ferramenta
auxiliar na identificação de espécies não contempladas pelas outras duas metodologias
utilizadas. Os estudos ambientais apresentados não elucidaram a identificação de novas
espécies por meio desta metodologia.
A partir das metodologias aplicadas no diagnóstico da flora local e regional em relação
ao empreendimento, foi possível identificar um total de 54 espécies, distribuídas em 23 famílias
distintas. As espécies que mais foram registradas no levantamento foram: Machaerium hirtum
e Piptadenia gonoacantha.
Em relação às espécies ameaçadas de extinção, foram identificados indivíduos de
Melanoxilon brauna, espécie considerada vulnerável – VU pela Portaria MMA n° 443/2014; e
indivíduos de Astronium fraxinifolium, removido da lista em questão (Portaria MMA 443/2014),
mas relacionado na lista vermelha como ‘menos preocupante’. Foram apresentadas propostas
de compensação ambiental pela supressão de tais indivíduos.

4.3.2. Fauna
Mastofauna
O trabalho para levantamento de dados para diagnóstico da mastofauna foi realizado
em duas campanhas, de acordo com os preceitos da IN 146/2004 do IBAMA. A primeira
campanha iniciou-se em julho de 2015, momento em que foram instaladas as armadilhas
fotográficas. Nessa campanha também foi executada a metodologia de busca por vestígios
diretos. As armadilhas foram retiradas em janeiro de 2016 e novamente instaladas em abril de
2016 e retiradas em julho de 2016. Da mesma forma que ocorreu na primeira campanha, as
metodologias de bisca por vestígios foram replicadas para buscar dados para a análise de
semestralidade. As metodologias utilizadas no levantamento basearam-se em busca por
evidências indiretas, busca por evidências diretas, entrevistas e armadilhas fotográficas –
câmera Trapp.
Contexto Regional (AII) – Em estudos realizados na região do Jequitinhonha/Mucuri e
também em regiões próximas do empreendimento, foram identificadas 30 espécies de
mamíferos de médio e grande porte, representantes de nove ordens e vinte famílias distintas.
Das espécies encontradas, 14 encontram-se sob ameaça de extinção em Minas Gerais, no Brasil
ou no mundo. Foi apresentada a listagem das espécies levantadas por meio de dados
secundários (literatura). Entre as espécies ameaçadas de extinção ocorrentes na região (listas
estaduais, nacionais e mundiais), destacam-se a preguiça de coleira, tatu canastra, bugio ruivo,

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muriqui do Norte, sagui de wied, guigó, macaco prego de crista, macaco prego do peito
amarelo, gato do mato pequeno, gato do mato, onça parda, jupará, cateto e anta.
Contexto Local (AID e ADA) – Durante as campanhas realizadas foram registradas 10
espécies de mamíferos de médio e grande porte, por meio das metodologias de observação de
vestígios, registro fotográfico e visualização direta dos animais. Os estimadores de número de
espécies Bootstrap e Jackknife estimaram 11,6 e 14 espécies respectivamente, inferindo que o
esforço amostral foi suficiente para caracterizar a fauna local, mas que ainda podem existir um
número maior de espécies na região, sobretudo espécies crípticas ou com baixa densidade
populacional. Das espécies encontradas no trabalho, a espécie Leopardus pardalis encontra-se
com vulnerável nas listas estadual, nacional e global; Puma concolor com mesmo status. Pecari
tajacu é considerada como uma espécie sensível, sobretudo em relação à caça predatória no
estado de Minas Gerais.

Avifauna
Os estudos de diagnóstico da avifauna foram realizados em duas campanhas, seguindo
as diretrizes descritas na IN 146/2004. A primeira campanha ocorreu no início da estação
chuvosa da região, entre os dias 14 e 18 de dezembro de 2015, e na estação seca entre os dias
6 e 10 de julho de 2016. Para amostragem da avifauna foram utilizadas as técnicas de
levantamento qualitativo: observações ocasionais, busca exaustiva, playback e busca ativa; e de
técnicas de levantamento quantitativo (transeção em linha).
Foram definidos 18 pontos amostrais (entre pontos de escuta e transectos). As
transecções foram realizadas de forma a contemplar as diferentes fitofisionomias presentes na
área, bem como locais com notória antropização, com intuito de se obter registro de espécies
generalistas e especialistas. As amostragens noturnas forma realizadas nas estradas
secundárias que cortam a área, bem como no interior dos fragmentos de mata e cerrado. De
forma geral forma amostrados: fragmentos de mata; áreas de vegetação herbácea; áreas com
vegetação arbustiva/arbórea; áreas abertas antropizadas; áreas alagadas e áreas brejosas.
Contexto Regional (AII) – Foram levantadas 162 espécies de aves, registradas nas bases
de dados científicos do Museu de História Natural da PUC Minas e dados catalogados no
Wikiaves para os municípios de Ponto dos Volantes e Itaobim – MG. Foi apresentada a listagem
das espécies levantadas na literatura para a região de inserção do empreendimento (dados
secundários).
Contexto Local (AID e ADA) – Foram registradas 117 espécies, pertencentes a 33
famílias, distribuídas entre a ADA e AID do empreendimento. De acordo com os resultados
apresentados, as famílias com maior número de espécies registradas foram: Tyrannidae (N=22)
e Thraupidae (N=15). As espécies de aves registradas foram classificadas de acordo com a
dependência de ambientes florestais, sendo divididos em 3 categorias: independentes;
semidependentes e dependentes. De forma geral, parte da avifauna diagnosticada nesse
estudo correlaciona-se diretamente com a antropização existente na área de estudo, bem

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como com áreas mais preservadas, típicas de ambientes de cerrado, sendo possível registrar
espécies generalistas e especialistas. O esforço amostral para a metodologia de transecção foi
de 12 horas (3 horas/dia, 2 biólogos, 2 dias); para a busca ativa foi de 16 horas (4 horas/dia, 2
biólogos, 2 dias); e para a amostragem noturna foi de 4 horas (1 hora/dia, 2 biólogos, 2 dias);
totalizando 32 horas de amostragem. Não foram registradas espécies ameaçadas de extinção.

Herpetofauna
Os estudos da herpetofauna foram realizados em duas campanhas, de acordo com IN
146/2004. A primeira campanha ocorreu no início da estação chuvosa da região, entre os dias
14 e 18 de dezembro de 2015, e a segunda campanha na estação seca, entre os dias 6 e 10 de
julho de 2016.
Para realização do inventariamento foram analisadas as formações vegetacionais
significativas encontradas na área de abrangência do empreendimento, que proporcionassem
maior probabilidade de encontro com integrantes da herpetofauna local. Os pontos de
amostragem foram alocados em áreas de cerrado, brejos, lagos, fragmentos de mata, poças
temporárias e permanentes, abrigos naturais, estradas secundárias e áreas antropizadas.
Para a caracterização da composição da herpetofauna local foi utilizada uma
metodologia sistemática (busca ativa limitada por tempo) para a realização das análises
estatísticas e metodologias complementares para a composição qualitativa da taxocenose. A
coleta de informações para efeito de levantamento e diagnostico foi realizada na área de
influência direta do empreendimento. O levantamento dos anuros foi feito por meio de buscas
por ninhos de espumas, girinos, jovens e adultos em todos microambientes potencialmente
ocupados por estes animais. A amostragem de répteis foi realizada por meio da metodologia de
procura ativa dos animais e amostragem em estradas, sendo que os transectos foram
percorridos de forma sistemática. Relação das metodologias utilizadas: procura ativa limitada
por tempo; Audio Strip Transect; Road Sampling; encontros ocasionais; e consultas a dados
previamente publicados na literatura.
Contexto Regional (AII) – Para a região de inserção do empreendimento foram
registradas, por mio de dados secundários, 47 espécies entre répteis e anfíbios. Foram usados
os dados constantes no laboratório de herpetologia do Museu de História Natural da PUC
Minas e no EIA/RIMA Cemig (2010). Foi apresentada a listagem de répteis e anfíbios compilada
das fontes de dados secundários consultadas. Das 47 espécies elencadas, 46 encontram-se fora
de perigo de extinção e apenas uma espécie foi caracterizada (caracterização global) como
pouco ameaçada, a Eurolophosaurus nanuze. De acordo com informações prestadas, o
resultado dos dados secundários mostra que a herpetofauna regional é composta tanto por
espécies de hábitos generalistas e típicas de áreas antropizadas, bem como especialistas,
endêmicas e/ou carentes de dados científicos.
Contexto Local (AID e ADA) – Foram registradas 15 espécies, destas, 13 foram espécies
de anfíbios anuros pertencentes a 4 famílias, sendo elas: Bufonidae (N=1), Leptodactylidae

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(N=3), Odontophrynidae (N=1), Hylidae (N=8); e 2 registros foram de espécies de répteis


pertencentes a duas famílias: Dipsadidae (N=1) e Tropiduridae (N=1). O esforço amostral
dispendido foi de 96 horas (48 horas x 2 biólogos) de busca ativa, considerando-se a primeira e
segunda campanha realizada. De acordo com os estimadores Bootstrap e Jackknife, o resultado
aproximou-se bastante das estimativas de cada um, de 16 e 19 espécies respectivamente,
podendo-se inferir que o esforço amostral foi suficiente para avaliar as espécies ocorrentes
localmente. Não foram identificadas espécies constantes em listas estaduais, nacionais ou
globais de ameaças de extinção, endêmicas, carentes de dados científicos e/ou com algum grau
de ameaça.
De acordo com as informações do Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE/MG,
Fundação Biodiversitas e do Sistema de Informações Ambientais de Minas Gerais (SIAM-MG), o
empreendimento está situado em área potencial para a conservação da herpetofauna (Área 7 –
Ladainha/Novo Cruzeiro), sendo carente de investigações científicas.

4.4. Análise de Restrições Ambientais Utilizando a Plataforma IDE/SISEMA


De acordo com consulta à Plataforma IDE/SISEMA realizada em 27/08/2018 foram
constatados os seguintes fatos: a) o empreendimento encontra-se localizado no bioma Mata
Atlântica; b) existe predominância de fitofisionomias de Cerrado; c) baixo potencial para
ocorrência de cavidades naturais subterrâneas; d) localizado fora das Reservas da Biosfera da
Mata Atlântica e da Serra do Espinhaço; e) localizado fora das áreas de Prioridade Para
Conservação – Biodiversitas; f) localizado fora das Áreas de Segurança Aeroportuária (Lei
12.725/2012); g) localizado fora dos domínios de terras indígenas e quilombolas.

5. Utilização e intervenção em recursos hídricos


O empreendimento possui Cadastro de Uso Insignificante de recursos hídricos –
Cadastro N° 30365/2014 – para captação de até 0,5 litros/segundo de água, durante 3 horas e
52 minutos diários, em poço tubular já existente, bacia federal do rio Jequitinhonha, UPGRH
JQ3. O cadastro foi concedido em 21/11/2014, com validade de 3 anos, para as finalidades de
consumo humano (20 pessoas, com tratamento) e consumo industrial (lavra a céu aberto de
granito). A captação ocorre nas coordenadas geográficas, WGS 1984, 24K, 17°04’09”/41°33’56”.

6. Autorização para Intervenção Ambiental (AIA)


Para ampliação da atividade de mineração do projeto em questão está sendo solicitada
intervenção em 7,11 hectares, sendo que 3,67 hectares são formados por maciço de vegetação
florestal (Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração); 0,62 hectare de
pastagens degradadas com árvores isoladas; 1,75 hectares de afloramentos rochosos, 0,31
hectare de cultivos agrícolas e 0,76 hectares de áreas antropizadas.

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Foi formalizado processo de intervenção ambiental – AIA n° 08230/2016 em


02/09/2016, solicitando supressão de cobertura vegetal nativa com destoca em 3,67 hectares e
o corte ou aproveitamento de 111 árvores isoladas nativas (0,62 hectare), totalizando
aproximadamente 318,20 m³ de material lenhoso a ser suprimido. A imagem aérea abaixo
apresenta as áreas solicitadas para intervenção, em relação à área atual da mineração.

Figura 04 – Imagem aérea (mapa) contendo as áreas solicitadas para intervenção ambiental em
relação à ADA atual. Fonte: Estudos ambientais apresentados.

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O empreendedor apresentou as propostas de medidas compensatórias pela supressão


de vegetação em estágio médio de regeneração no bioma Mata Atlântica; pela supressão de
indivíduos arbóreos adultos isolados em Mata Atlântica (DN COPAM 114/2008); pela supressão
de indivíduos imunes de corte (Lei 20.308/2012) e ameaçados de extinção (Portaria MMA n°
443/2014 e Lei Estadual n° 20.922/2013), detalhadas em tópico específico.

6.1. Abordagem acerca do Artigo 11° da Lei 11.428/2006


Conforme o disposto no artigo 11° da Lei 11.428/2006, que dispões sobre a utilização e
proteção da vegetação nativa do bioma Mata Atlântica, “o corte e a supressão de vegetação
primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração do Bioma Mata Atlântica ficam
vedados quando”:
I - a vegetação:
a) abrigar espécies da flora e da fauna silvestres ameaçadas de extinção, em território
nacional ou em âmbito estadual, assim declaradas pela União ou pelos Estados, e a intervenção
ou o parcelamento puserem em risco a sobrevivência dessas espécies;
 A conferência da existência de indivíduos representantes de espécies ameaçadas de
extinção, situados na ADA do projeto e com previsão para supressão, foi realizada recorrendo-
se à Portaria MMA n° 443, de 17 de dezembro de 2014, que tornou pública a lista oficial de
espécies da flora brasileira ameaçada de extinção.
Conforme verificação realizada, foram identificados indivíduos representantes de
apenas uma espécie considerada ameaçada de extinção, de acordo com a Portaria 443/2014, a
saber: Melanoxylon brauna.
Em termos de distribuição espacial, a espécie Melanoxylon brauna ocorre em todos os
estados do sudeste brasileiro e alguns estados do nordeste brasileiro, conforme consulta ao
site do Centro Nacional de Conservação da Flora – CNC Flora, do Instituto de Pesquisas Jardim
Botânico – RJ.
De acordo com o exposto verifica-se que a espécie florestal ameaçada de extinção, que
possui indivíduos previstos para supressão na ADA do empreendimento, apresenta ‘ampla’
distribuição espacial no país (presente em 9 estados), ocorrendo em diversas regiões
geográficas e condições ambientais. Devido à amplitude de distribuição de tais espécies, a
supressão de indivíduos na ADA do empreendimento não comprometerá a perpetuação da
espécie e do material genético relacionado.

b) exercer a função de proteção de mananciais ou de prevenção e controle de erosão;


 A área de inserção do empreendimento encontra-se inserida na bacia do rio
Jequitinhonha (JQ3), microbacia do ribeirão São João. De acordo com a Deliberação Normativa
Conjunta COPAM/CERH-MG nº 01/2008, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e

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diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões
de lançamento de efluentes, e dá outras providências, em seu artigo 37, “enquanto não
aprovados os respectivos enquadramentos, as águas doces serão consideradas Classe II, exceto
se as condições de qualidade atuais forem melhores, o que determinará a aplicação da classe
mais rigorosa correspondente”. Portanto, as águas superficiais na região do empreendimento
podem ser consideradas como classe 2.
De acordo com a Lei nº 10.793/1992, que dispõe sobre a proteção de mananciais
destinados ao abastecimento público em áreas remanescentes de Mata Atlântica no Estado,
em seu artigo 1º, mananciais são considerados, “aqueles situados a montante do ponto de
captação previsto ou existente, cujas águas estejam ou venham a estar classificadas na Classe
Especial e na Classe I da Resolução nº 20, de 18 de junho de 1986, do Conselho Nacional do
Meio Ambiente – CONAMA -, e na Deliberação Normativa nº 10, de 16 de dezembro de 1986,
do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM.”
Deste modo, a vedação da supressão de vegetação, prevista no Art. 11, inciso I, alínea b
da Lei 11482/2006, referente à proteção de mananciais, não se aplica a essa situação.
Toda e qualquer cobertura vegetal possui a função de prevenção e controle de erosão,
porém, está prevista a adoção de medidas mitigadoras por meio dos programas: Programa de
Contenção e Monitoramento de Processos Erosivos, Programa de Redução das Pilhas de Estéril
e Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, apresentados no EIA. Deverão ser adotadas
medidas de controle de erosão edáfica e, encerradas as atividades, toda a ADA deve ser alvo de
recomposição da flora.

c) formar corredores entre remanescentes de vegetação primária ou secundária em


estágio avançado de regeneração;
 Conforme inventário florestal apresentado e vistorias realizadas, não foram
verificados fragmentos de vegetação primária ou secundária em estágio avançado de
regeneração localizados na Área Diretamente Afetada – ADA do empreendimento e nem no
entorno imediato desta.

d) proteger o entorno das unidades de conservação; ou


 A área ocupada pelo empreendimento não se encontra localizada em Unidade de
Conservação, Zona de Amortecimento de Unidade de Conservação, ou em um raio de 3 km de
alguma UC, conforme Resolução CONAMA n° 428/2010 (UCs sem zona de amortecimento
definida). As atividades desenvolvidas pelo empreendimento não afetarão negativamente
nenhuma Unidade de Conservação ou área especialmente protegida.

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e) possuir excepcional valor paisagístico, reconhecido pelos órgãos executivos


competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA;
 A paisagem local, principalmente nas áreas de lavra, pilhas, pátios e acessos já se
encontra alterada pela implantação de algumas estruturas e pela operacionalização de parte do
empreendimento. A remoção da vegetação da ADA do projeto atual contribuirá para
descaracterização da paisagem local, entretanto, não se tem conhecimento de norma
específica, reconhecida pelos órgãos executivos do Sistema Nacional do Meio Ambiente,
declarando que a vegetação de ocorrência no local possui excepcional valor paisagístico.

II - o proprietário ou posseiro não cumprir os dispositivos da legislação ambiental, em


especial as exigências da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, no que respeita às Áreas de
Preservação Permanente e à Reserva Legal.
Parágrafo único. Verificada a ocorrência do previsto na alínea a do inciso I deste artigo,
os órgãos competentes do Poder Executivo adotarão as medidas necessárias para proteger as
espécies da flora e da fauna silvestres ameaçadas de extinção caso existam fatores que o
exijam, ou fomentarão e apoiarão as ações e os proprietários de áreas que estejam mantendo
ou sustentando a sobrevivência dessas espécies.

7. Reserva Legal
O empreendedor apresentou recibo de inscrição do imóvel rural no CAR quando da
formalização do processo de licenciamento ambiental, registrado sob número MG-3146305-
FA7922FCFDF04C919E8BE0693398FCE2, cadastrado em 19/08/2014. Conforme informações
prestadas no documento, a Fazenda Córrego do Gato possui área total de 87,12 hectares; a
reserva legal possui 18,19 hectares (20,87%) e existe 0,25 hectare em áreas de preservação
permanentes. O imóvel encontra-se localizado no município de Padre Paraíso – MG, com
coordenadas geográficas centrais 17°04’21”/41°33’56”.

8. Área de Preservação Permanente - APP


Não existem áreas de preservação permanentes – APPs na ADA do empreendimento. A
APP mais próxima encontra-se localizada a cerca de 650 metros da área útil do
empreendimento, sendo classificada como APP hídrica.

9. Unidades de Conservação
A área ocupada pelo empreendimento não se encontra localizada em Unidade de
Conservação, Zona de Amortecimento de Unidade de Conservação, ou em um raio de 3 km de
alguma UC, conforme Resolução CONAMA n° 428/2010 (UCs sem zona de amortecimento
definida). As atividades desenvolvidas pelo empreendimento não afetarão negativamente

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nenhuma Unidade de Conservação ou área especialmente protegida. A Área de Proteção


Ambiental – APA do Alto Mucuri, localizada nos municípios de Caraí, Catuji, Itaipé, Ladainha,
Novo Cruzeiro, Malacacheta, Poté e Teófilo Otoni é a UC mais próxima do empreendimento,
distando cerca de 9,3 km em linha reta da empresa.

10. Impactos ambientais e medidas mitigadoras


A avaliação e mensuração dos impactos ambientais previstos para as fases de
instalação/ampliação e operação do empreendimento foram feitas por meio da caracterização
da ação geradora; etapa ou fase (planejamento, implantação ou operação); natureza do
impacto (positiva ou negativa); magnitude (alta, média ou baixa); ocorrência (certa, provável ou
improvável); incidência (direta ou indireta); abrangência (local, pontual, regional ou supra
regional); prazo para manifestação (imediato, curto, médio ou longo prazo); temporalidade
(temporário, contínuo, permanente, periódica ou cíclica); e reversibilidade (reversível a
curto/longo prazo ou irreversível) destes impactos.
A seguir são apresentados e mensurados os impactos ambientais previstos para os
meios físico, biótico e socioeconômico, decorrentes das etapas de implantação das ampliações
e operacionalização do empreendimento como um todo.

10.1. Meio físico


10.1.1. Alteração estético-visual
A alteração paisagística local teve início em 2011, quando o empreendimento foi
efetivamente instalado e iniciaram-se as extrações minerais por meio de uma Autorização
Ambiental de Funcionamento – AAF n° 387/2011. O impacto é inerente às atividades
minerárias, de forma que as explorações vão expondo as jazidas, alterando a topografia e
relevo local, impactando diretamente na estética da paisagem. A etapa de ampliação e
continuidade das operações continuarão transformando o cenário atual e seu entorno.
A ação geradora do impacto é a própria atividade minerária, ocorrente nas etapas de
implantação e operação, natureza negativa, alta magnitude, ocorrência certa, incidência direta,
abrangência pontual, prazo curto para manifestação, temporalidade contínua ou permanente,
e irreversível.
Medidas mitigadoras: Implantação e manutenção dos seguintes programas: Programa
de Recuperação de áreas Degradadas e Contenção de Processos Erosivos – PRAD; Programa de
Redução do Volume da Pilha de Estéril; Controle da intervenção Antrópica; e programa de
Controle das emissões Atmosféricas.

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10.1.2. Alteração das propriedades do solo


Os solos registrados na ADA e AID do empreendimento, Podzólico vermelho amarelo e
Latossolo vermelho amarelo, tecnicamente atribuídos teoricamente como solos profundos e
com estabilidade por diversos manuais de classificação de solos, na ADA/AID do
empreendimento, são considerados frágeis do ponto de vista erosivo, atribuição devida à
condição topográfica local, classificada como acidentada.
As ações relacionadas à ampliação das extrações, obras de engenharia, ampliação das
pilhas de rejeito/estéril, operações auxiliares com máquinas, embarque e transporte de blocos,
geração de resíduos e efluentes e alocação de mão de obra representam potenciais focos de
alteração das propriedades do solo. O impacto está previsto para ocorrer nas etapas de
ampliação e operação, sendo classificado como negativo, de média magnitude, ocorrência
provável, incidência direta, abrangência pontual, curto prazo para manifestação, temporalidade
continua e reversível.
Medidas mitigadoras: Implantação e manutenção dos seguintes programas: Programa
de Recuperação de áreas Degradadas e Contenção de Processos Erosivos – PRAD; Programa de
Manutenção de Veículos; Programa de Gestão e Controle de Resíduos Sólidos; e Programa de
Educação Ambiental. Além dos programas foi citada a utilização de fossas sépticas, banheiros
químicos, e sistema separador de água e óleo – caixas SAO – para descarte e deposição de
efluentes contaminados por óleos.

10.1.3. Alteração da qualidade das águas superficiais


A presença de material particulado desagregado (sedimentos), ausência de sistema de
drenagem pluvial, geração de resíduos sólidos e efluentes são fatores potenciais para alteração
da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, provocando mudanças físicas e químicas,
sobretudo a turbidez dos recursos hídricos aflorados. O impacto poderá ocorrer nas etapas de
implantação da ampliação e operação do empreendimento, sendo classificado como de
natureza negativa, média magnitude, ocorrência provável, incidência direta, abrangência local,
médio a longo prazo para manifestação, temporalidade continua e reversível.
Medidas mitigadoras: Implantação e manutenção dos seguintes programas: Programa
de Recuperação de áreas Degradadas e Contenção de Processos Erosivos – PRAD; Programa de
Manutenção de Veículos; Programa de Gestão e Controle de Resíduos Sólidos. Além dos
programas foi citada a utilização de fossas sépticas, banheiros químicos, e sistema separador de
água e óleo – caixas SAO – para descarte e deposição de efluentes contaminados por óleos.

10.1.4. Geração de materiais carreáveis e assoreamento de cursos d’água


Para ampliação da mina haverá continuidade dos trabalhos de corte e aterro, gerando
materiais carreáveis por ações dos ventos e das chuvas até as porções mais baixas do terreno,

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que coincide com a ocorrência de cursos d’água e poças temporárias/permanentes. O impacto


está associado ao processo de planificação do terreno e revolvimento da camada superficial do
solo para exposição da rocha a ser explorada. O impacto está previsto para as fases de
implantação e operação, sendo classificado como de natureza negativa, média magnitude,
ocorrência provável, incidência direta, abrangência regional, médio a longo prazo para
manifestação, temporalidade continua e reversível.
Medidas mitigadoras: Implantação e manutenção dos seguintes programas: Programa
de Recuperação de áreas Degradadas e Contenção de Processos Erosivos – PRAD; e Projetos de
Drenagem Pluvial.

10.1.5. Potencial alteração da qualidade das águas subterrâneas


Durante as fases de implantação e operacionalização do empreendimento pode-se
cogitar contaminações eventuais e/ou alterações no solo, as quais podem vir a contaminar os
recursos hídricos subterrâneos, principalmente por disposição inadequada de resíduos sólidos e
efluentes e ocorrência de acidentes ambientais. O impacto foi classificado com de natureza
negativa, baixa magnitude, ocorrência improvável, incidência indireta, abrangência local, médio
a longo prazo para manifestação, temporalidade continua e irreversível.
Medidas mitigadoras: Implantação e manutenção do Programa de Manutenção e Troca
de Óleo e Combustíveis; utilização de banheiros químicos e fossas sanitárias; utilização de
sistema separador de água e óleo – Caixas SAO.

10.1.6. Alteração da qualidade do ar


Na área do empreendimento haverá a necessidade de ajustes na conformação do
terreno, como obras de terraplanagem, onde a movimentação de terra e o transito de veículos
sobre o solo desagregado deverão provocar emissões de materiais particulados para atmosfera.
Estes eventos contribuirão para o aumento das emissões originadas das pistas de rolamento e
também das emissões de fumaça da operação dos motores a diesel e gasolina (máquinas,
tratores e veículos). O impacto pode ocorre nas etapas de instalação e operação do
empreendimento, sendo classificado com de natureza negativa, média magnitude, ocorrência
certa, incidência direta, abrangência local, médio a longo prazo para manifestação,
temporalidade continua e reversível.
Medidas mitigadoras: Implantação e manutenção dos seguintes programas: Programa
de Controle das Emissões Atmosféricas; Programa de Manutenção e Troca de Óleo e
Combustíveis dos Veículos; e Programa de Saúde e Segurança do Trabalhador. Além dos
programas foi citada o fornecimento e utilização de EPI’s pelos funcionários envolvidos.

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10.1.7. Alteração do nível de pressão sonora


A alteração de níveis de pressão sonora ocorrerá pelo aumento da circulação de
veículos, perfuração e corte da rocha, cominuição dos blocos rejeitados com explosivos e
manutenção dos equipamentos diversos dentro das áreas de mineração. De forma geral
permanecem válidos aqui, os fatores determinantes da abrangência, relevância e magnitude do
impacto ‘alteração da qualidade do ar’, abordado anteriormente. O impacto está previsto para
as fases de implantação e operação do empreendimento, sendo classificado como de natureza
negativa, média magnitude, ocorrência certa, incidência direta, abrangência local, longo prazo
para manifestação, temporalidade continua e reversível.
Medidas mitigadoras: Implantação e manutenção dos seguintes programas: Programa
de Manutenção e Troca de Óleo e Combustíveis dos Veículos; e Programa de Saúde e
Segurança do Trabalhador. Além dos programas foi citada o fornecimento e utilização de EPI’s
pelos funcionários envolvidos.

10.2. Meio socioeconômico


10.2.1. Insalubridade para os funcionários
Tal impacto está diretamente relacionado às atividades a serem desenvolvidas na
ampliação e operação do empreendimento, que possam gerar riscos para a integridade e física,
bem como a saúde dos funcionários. A mineração é classificada como de alta periculosidade,
dada a utilização de equipamentos pesados, explosivos, etc. Quanto à ocorrência de doenças
ocupacionais, trata-se de um impacto indireto, gerado principalmente pela emissão de
particulados, que está relacionado ao tempo de exposição e intensidade a que estão expostos
os funcionários. O impacto é caracterizado como de natureza negativa, média magnitude,
ocorrência provável, incidência direta, abrangência pontual, médio a longo prazo para
manifestação, temporalidade contínua e reversível.
Medidas mitigadoras: Implantação e manutenção dos Programas de Saúde e Segurança
do Trabalhador e Programa de Controle das Emissões Atmosféricas; além do uso de EPI’s pelos
funcionários.

10.2.2. Aumento da probabilidade de ocorrência de acidentes de trânsito


Nas fases de implantação e operação do empreendimento, os processos decorrentes da
execução das obras e transporte de pessoal e da produção proporcionarão um aumento
significativo do tráfego de máquinas e veículos, aumentando o risco de acidentes de transito na
AII e estradas de acesso. O impacto foi classificado como de natureza negativa, baixa
magnitude, ocorrência provável, incidência direta, abrangência regional, médio a longo prazo
para manifestação, temporalidade contínua e reversível.

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Medidas mitigadoras: Implantação e manutenção dos Programas de Saúde e Segurança


do Trabalhador e Programa de Educação Ambiental.

10.2.3. Aumento do conhecimento técnico-científico


No processo de elaboração do EIA é inicialmente levantado, sistematizado e analisado
todo o conhecimento técnico e cientifico de interesse já produzido a respeito da região onde se
pretende alocar o empreendimento. A partir deste levantamento, programa-se e executa-se
uma série de levantamentos de campo, de forma a se obter os elementos técnicos requeridos
para o desenvolvimento do empreendimento. Como resultado produzem-se estudos
topográficos, hidrológicos, geológicos e ambientais. O impacto foi classificado como de
natureza positiva, alta magnitude, ocorrência certa, incidência direta, abrangência regional,
médio a longo prazo para manifestação, temporalidade contínua e irreversível.

10.2.4. Continuidade na arrecadação de tributos


Caso seja concedida a licença para o empreendimento, a ampliação e operacionalização
do projeto permitirá a continuidade na arrecadação de tributos para o município de Padre
Paraíso. As principais fontes de recursos municipais são provenientes de transferências
governamentais, CFEM e ICMS. O incremento na arrecadação de tributos é classificado como
de natureza positiva, média magnitude, certa ocorrência, incidência direta, abrangência
regional, longo prazo para manifestação, temporalidade contínua e reversível.

10.2.5. Geração de empregos


O incremento em relação ao número de funcionários é pouco significativo, podendo
alcançar a absorção de mais 5 funcionários. Entretanto, o aumento da produção demandará um
aumento em 50% no uso dos maquinários, e desta forma, espera-se que o número de
terceirizados relacionados à manutenção dos equipamentos aumente. O impacto foi
classificado como de natureza positiva, média magnitude, ocorrência certa, incidência direta,
abrangência regional, longo prazo para manifestação, temporalidade contínua e reversível.

10.3. Meio biótico


10.3.1. Perda de diversidade da flora e da fauna
As atividades minerárias geram impactos correlacionados à perda de biodiversidade de
flora e fauna, por efeito de borda (flora) e efeito negativo da movimentação de máquinas e
equipamentos, que acabam por gerar recuos na distribuição das espécies e perda de habitat e
alimentos para a fauna. Para a ampliação do empreendimento será necessário suprimir 3,67
hectares de Floresta Estacional semidecidual em estágio médio de regeneração, coma presença
de espécie ameaçada de extinção (Melanoxylon brauna) e imunes de corte (Ipês amarelos).

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O impacto pode ocorrer nas fases de implantação e operação do empreendimento,


sobretudo na fase de implantação, e foi classificado como de natureza negativa, média
magnitude, ocorrência certa, incidência direta, abrangência regional, médio a longo prazo para
manifestação, temporalidade contínua e reversível.
Medidas mitigadoras: Implantação e manutenção dos seguintes programas: Programa
de Monitoramento da Fauna; e Programa de Monitoramento da Flora. Além dos programas foi
citado o controle da intervenção antrópica.

10.3.2. Afugentamento da fauna


Em função da supressão de vegetação projetada, da movimentação do maquinário, uso
de explosivos e da movimentação dos trabalhadores na área do empreendimento, o impacto
previsto é o deslocamento ou afugentamento da fauna. As alterações, quando agem
diretamente na área de ocorrência do animal, por efeito da supressão da vegetação, ou
indiretamente, por efeito de ruídos, poeira, movimentação de maquinários e pessoas, alteram
o comportamento dos animais, promovendo fugas e alterações nos padrões de movimentação
da fauna e no sucesso reprodutivo.
O impacto pode ocorrer nas fases de implantação e operação do empreendimento,
sobretudo na fase de implantação, e foi classificado como de natureza negativa, média
magnitude, ocorrência certa, incidência direta, abrangência regional, médio a longo prazo para
manifestação, temporalidade contínua e reversível.
Medidas mitigadoras: Implantação e manutenção do Programa de Monitoramento da
Fauna. Além do programa foi citado o controle da intervenção antrópica e determinação de
horários (diurno) para realização das atividades de supressão e explotação mineral.

10.3.3. Aumento de acidentes com animais peçonhentos


As perturbações no habitat, como o aumento da circulação de pessoas e máquinas na
área, desmatamentos, exploração mineral, e outras atividades aumentam consideravelmente
as chances de encontro com animais peçonhentos, o que pode acarretar em acidentes dessa
natureza, principalmente, os causados por serpentes e escorpiões.
O impacto pode ocorrer tanto na fase de implantação como na fase de operação do
empreendimento, sendo considerado como de natureza negativa, baixa magnitude, ocorrência
provável, incidência indireta, abrangência pontual, médio a longo prazo para manifestação,
temporalidade descontínua e reversível.
Medidas mitigadoras: Implantação e manutenção dos seguintes programas: Programa
de Educação Ambiental; e Programa de Saúde e Segurança do Trabalhador.

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10.3.4. Aumento da probabilidade de atropelamento da fauna


Outros impactos indiretos também podem afetar os grupos de vertebrados
diagnosticados na área de estudo, como por exemplo, atropelamento da fauna. A intensificação
do transito de veículos e maquinário poderão ocasionar atropelamentos, notadamente nas vias
de acesso, com consequente redução no número de indivíduos da taxocenose diagnosticada e,
juntamente com os impactos citados anteriormente, prejudicar a dinâmica populacional da
fauna. Durante as fases de implantação da ampliação e operação do empreendimento, o fluxo
nas vias de acesso tende a aumentar significativamente, aumentando a probabilidade de
ocorrência de atropelamentos de fauna. O impacto foi classificado como de natureza negativa,
baixa magnitude, ocorrência provável, incidência indireta, abrangência regional, médio a longo
prazo para manifestação, temporalidade descontínua e reversível.
Medidas mitigadoras: Implantação e manutenção dos seguintes programas: Programa
de Educação Ambiental; e Programa de Monitoramento da Fauna. Além dos programas foi
citada a implantação de placas sinalizadoras.

11. Programas Ambientais


11.1. Programas ambientais relativos ao meio físico
11.1.1. Programa de gestão de resíduos sólidos
Os principais objetivos do programa são: realizar o adequado e permanente
gerenciamento de todos os resíduos gerados pela instalação/ampliação e operação do
empreendimento. As atividades previstas para o programa são: manutenções periódicas nas
lixeiras de coleta seletiva implantadas nos alojamentos e manutenções das estruturas
destinadas para coletar e armazenar temporariamente os resíduos oleosos oriundos das
extrações minerais, apoio e manutenções veiculares.
Os resíduos domésticos, não perigosos, são levados até o município de Padre Paraíso ou
Medina para deposição em aterros ou reciclagem. Já os resíduos oleosos, classificados como
perigosos, são recolhidos por empresa devidamente autorizada para tal. Foi informado que
atualmente a empresa ProAmbiental realiza o recolhimento e destinação final dos resíduos
perigosos e esta continuará futuramente, tendo em vista a vigência do contrato firmado.
Foram especificados os resíduos gerados pelo empreendimento, tanto os domésticos
gerados nos alojamentos e escritórios, bem como os perigosos e contaminados por óleos e
combustíveis. Também foram detalhadas as estruturas destinadas ao armazenamento
temporário destes resíduos. O programa tem caráter continuo ao longo das instalações e
operação do empreendimento. A implementação e execução do programa é de
responsabilidade do próprio empreendedor.
A equipe técnica da Supram julga o programa satisfatório e suficiente para mitigar ou
atenuar os impactos associados à geração de resíduos pelo empreendimento. Asa ações devem

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ser mantidas ao longo de todas as fases prevista para ampliação e operação do


empreendimento.

11.1.2. Programa de adequação das estruturas de manutenção de veículos, equipamentos,


armazenamentos de combustíveis e controle de emissões atmosféricas
O programa objetiva realizar adequações em algumas estruturas, com intuito de
aumentar a eficiência dos dispositivos de controle ambiental implantados, a saber: adequar
sistema de abastecimento de combustível por meio da cobertura das estruturas associadas;
proceder a cobertura nas áreas destinadas às manutenções mecânicas e trocas de óleo; e
instalar estruturas metálicas nos compressores e geradores para contenção de possíveis
vazamentos. O objetivo principal do programa é realizar o adequado gerenciamento dos
resíduos oleosos e combustíveis na área da mineração.
As atividades e ações previstas para o programa foram minimamente detalhadas no
corpo do documento apresentado, bem como os prazos definidos no cronograma físico
executivo. A implementação do programa é de responsabilidade do próprio empreendedor.
A equipe técnica da SUPRAM JEQ responsável pela apreciação do programa considera as
ações previstas satisfatórias e suficientes para amenizar os impactos relacionados ao
gerenciamento de resíduos perigosos. Caso a licença venha a ser concedida, as ações previstas
no programa deverão ser executadas conforme cronograma apresentado.

11.1.3. Programa de recuperação de áreas degradadas e contenção de processos erosivos


O programa objetiva recuperar as áreas degradadas oriundas da implantação/ampliação
e operação do empreendimento (estradas, acessos, pilhas, áreas expostas, etc.) por meio de
técnicas adequadas para reconstituição dos ambientes antropizados. A execução do programa
é de responsabilidade da Gransena, a qual deverá seguir as etapas e procedimentos propostos
nos estudos. O PRAD justifica-se pela exigência do atendimento à legislação vigente, bem como
uma forma de demonstrar que o empreendedor se preocupa em mitigar e compensar os
impactos provocados pela atividade de extração mineral.
A metodologia para implantação e execução do programa foi dividida em etapas,
conforme descrito a seguir. Para a primeira etapa estão previstas as atividades de demarcação
e isolamento das áreas que serão recuperadas; implantação de placas informativas; adoção de
métodos de conservação de recursos hídricos; implantação de sistema de drenagem pluvial;
reconformação dos taludes e encostas existentes; e estabilização de processo erosivos. Para a
segunda etapa de execução do programa estão previstas a descompactação do solo; análise de
fertilidade dos solos; resgate do topsoil; controle de formigas; lançamento de coquetel de
sementes; e adoção de técnicas para integração da fauna. A terceira etapa baseia-se no
monitoramento da recuperação das áreas alvo. Foi apresentada a listagem das sementes a

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serem utilizadas no coquetel vegetativo, bem como o cronograma executivo das ações
previstas.
A equipe técnica responsável pela apreciação do programa considera o PRAD
satisfatório e suficiente para amenizar os impactos decorrentes da ampliação e
operacionalização do empreendimento. Caso a licença venha a ser concedida, as ações
previstas no programa deverão ser executadas conforme cronograma apresentado.

11.1.4. Programa de redução da pilha de estéril/rejeito


O programa tem por objetivo principal propor medidas técnicas de âmbito minerário
para reduzir o tamanho dos blocos de estéril e por consequência reduzir o tamanho das pilhas e
otimizar a conformação do material no empilhamento. A metodologia proposta baseia-se no
adequado planejamento da abertura da rocha e cominuição dos blocos a serem descartados,
reduzindo os espaços livres no empilhamento do material.
Foi informado que atualmente existem blocos de 4 a 12 m³ nas pilhas de estéril, sendo
que o objetivo é descartar blocos com até 1 m³, respeitando-se normas da ABNT e DNPM. O
empreendedor propõe compor sua pilha de estéril com blocos que nunca terão aceitação
comercial e com dimensões adequadas. Foi apresentado o detalhamento das ações previstas,
bem como o cronograma executivo para tais ações. O responsável pela implementação do
programa é próprio empreendedor.
A equipe técnica responsável pela apreciação do programa julga satisfatórias as medias
propostas e considera o programa suficiente para tentar reduzir as dimensões das pilhas de
estéril e otimizar a conformação topográfica das mesmas. O cronograma deverá ser cumprido
na íntegra caso a licença seja concedida.

11.2. Programas ambientais relativos ao meio biótico


11.2.1. Programa de monitoramento da flora
O programa justifica-se pela importância de se monitorar os efeitos de borda no
entorno do empreendimento e pelo registro de espécies ameaçadas de extinção e imunes de
corte. O objetivo geral é propor medidas técnicas de âmbito conservacionista, que permitam o
monitoramento da flora nas áreas de influência do empreendimento. De forma especifica, os
objetivos são: promoção do conhecimento da flora local; minimizar o impacto relativo à perda
de germosplasma; agregar conhecimento cientifico sobre as espécies ocorrentes e afetadas
pelo empreendimento; contribuir com o PRAD; instalação de parcelas permanentes; e
elaboração de relatórios anuais.
O monitoramento proposto será realizado por meio da alocação de parcelas e
subparcelas permanentes para acompanhamento da regeneração e estrutura florestal dos
fragmentos monitorados. Serão lançadas 10 parcelas retangulares de 200 m², a serem

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distribuídas em diferentes ambientes. Para as parcelas, serão mensurados os indivíduos com


DAP ≥ 5 cm e nas subparcelas serão mensurados os indivíduos com DAP ≤ 5 cm. Os dados
coletados nas amostragens serão analisados por meio do software Mata Nativa 2. Foi
apresentado o detalhamento das análises a serem realizadas, bem como o cronograma
executivo do programa. A implementação do programa será de responsabilidade do próprio
empreendedor.
A equipe técnica responsável pela apreciação do programa julga satisfatórias e
suficientes as ações propostas para o monitoramento da vegetação ocorrente na AID do
empreendimento. O programa deverá ser implementado conforme cronograma, caso a licença
ambiental seja concedida.

11.2.2. Programa de monitoramento da avifauna


O objetivo do programa é monitorar a avifauna em áreas de influência direta do
empreendimento, verificando padrões de distribuição sazonal em habitats sensíveis à influência
antrópica, visando identificar ações de mitigação e seu aperfeiçoamento para medidas de
manejo e conservação das espécies. Os objetivos específicos foram subdivididos em etapas, a
saber: Etapa I – conhecera diversidade e riqueza da fauna e flora dos fragmentos de floresta
nativa do imóvel rural, especialmente na AID do empreendimento; confirmar se a riqueza e
diversidade serão alcançadas analisando a curva do coletor, desvio padrão e estimadores de
diversidade; propor temas a serem abordados no programa de educação ambiental sobre
espécies endêmicas, ameaçadas ou de interesse para a manutenção dos serviços ambientais;
elaborar planilha com a presença dos táxons identificados. Etapa II – identificar áreas de vida
para espécies de relevante interesse para a conservação e para a manutenção dos serviços
ambientais; analisar o registro de fauna através da metodologia de krigagem de fauna e elabora
um mapa de sensibilidade ambiental; e propor mudanças na logística de transporte e operação
do empreendimento para adequar às áreas de fragilidade ambiental.
Para a amostragem da avifauna serão utilizadas técnicas de levantamento qualitativo
(observações ocasionais, busca exaustiva, playback e busca ativa) e de técnicas quantitativas
(transeção em linha). O monitoramento deverá apresentar esforço amostral detalhado,
incluindo dimensão das trilhas, período de amostragem, horários do dia, km percorridos,
distancias dos pontos amostrais, número de redes de neblina e dimensão, esforço amostral,
entre outros. A indicação da metodologia e esforço amostral deverá obter suficiência
estatística. Foi presentado o detalhamento das ações de monitoramento, bem como o
cronograma executivo das atividades.
A equipe técnica responsável pela análise e apreciação do programa julga satisfatórias e
suficientes as medidas propostas, sendo que o programa deverá ser executado conforme
cronograma caso a licença ambiental seja concedida.

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11.2.3. Programa de monitoramento da mastofauna


O monitoramento da mastofauna seguirá basicamente os mesmos princípios utilizados
no monitoramento da avifauna, sendo que os objetivos específicos também foram divididos em
etapas, a saber: Etapa I – conhecer a diversidade e a riqueza da fauna de fragmentos de floresta
nativa do imóvel rural, especialmente na AID; confirmar se a riqueza e diversidade serão
alcançados analisando a curva do coletor, desvio padrão e estimadores de diversidade; propor
temas a serem abordados no programa de educação ambiental sobre espécies endêmicas,
ameaçadas ou de interesse para a manutenção dos serviços ambientais; e elaborar uma
planilha sobre a presença dos táxons registrados. Etapa II – identificar áreas de vida para
espécies de relevante interesse para conservação; analisar os registros da mastofauna por meio
da metodologia de krigagem e elaborar um mapa de sensibilidade ambiental; e propor
mudanças na logística de transporte e operação do empreendimento para adequar às áreas de
fragilidade ambiental.
De forma a alcançar os objetivos propostos pelo programa serão adotadas as seguintes
metodologias de amostragem da mastofauna: censos (line transect); busca por vestígios ou
indícios e armadilhas fotográficas. Os relatórios técnicos a serem gerados deverão seguir os
padrões solicitados na IN 146/2007 (amostragens semestrais) e itens específicos solicitados. Foi
apresentado o detalhamento das ações previstas pelo programa, bem como o cronograma
executivo das atividades.
A equipe técnica responsável pela análise e apreciação do programa julga satisfatórias e
suficientes as medidas propostas, sendo que o programa deverá ser executado conforme
cronograma caso a licença ambiental seja concedida.

11.2.4. Programa de supressão de vegetação e afugentamento da fauna


O programa tem como objetivo principal minimizar as interferências geradas pela
implantação do empreendimento sobre a fauna e flora local e das áreas adjacentes, bem como
assegurar a execução dos procedimentos para a atividade de supressão vegetal e de
afugentamento da fauna. Os objetivos específicos são: estabelecer protocolos e requisitos para
acompanhamento das operações de supressão vegetal (3,67 hectares de FESD estágio médio);
ordenar e conduzir a supressão de forma a obter melhor aproveitamento dos produtos
madeireiros; reduzir riscos de acidentes de trabalho nas operações; facilitar a fuga de animais e
possibilitar a dispersão direcionada da fauna terrestre para as áreas florestais remanescentes;
minimizar os riscos de acidentes ou mortes de animais silvestres; e aproveitar a biomassa
vegetal e o decapeamento do solo orgânico para a reabilitação das áreas degradadas.
Os procedimentos metodológicos descritos no programa baseiam-se na capacitação da
mão de obra, marcação prévia das áreas a serem suprimidas, acompanhamento e

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afugentamento da fauna, limpeza prévia da área a ser suprimida; corte do material lenhoso; e
utilização e destino do material lenhoso. Foi apresentado o detalhamento das ações previstas
no programa, bem como o cronograma executivo das atividades.

11.3. Programas ambientais relativos ao meio socioeconômico


11.3.1. Programa de educação ambiental
O programa de educação ambiental apresentado seguiu o termo de referência
aprovado pela DN COPAM 110/2007 e as normas Lei 6938/1981, Lei 9795/1999, Lei 9394/1996
e Lei 9605/1998. O objetivo geral do programa é promover a conscientização e mudança de
comportamento da comunidade Córrego do Gato em relação à caça e instituições escolares
próximas do empreendimento, sobretudo a ser escolhida pela Secretaria de Educação do
município de Padre Paraiso. O projeto proposto constitui ação de controle dos seguintes
impactos identificados no EIA: destruição de sítios arqueológicos ou históricos; perda de
indivíduos da fauna e da flora; aumento de acidentes com animais peçonhentos; interferência
no cotidiano da população residente; aumento do número de queimadas e incêndios; e
supressão de bens culturais móveis. O público alvo do programa são os supervisores, técnicos,
trabalhadores administrativos e operários da mineração; escola municipal na área urbana; e
trabalhadores do Projeto Siena Beige.
Os procedimentos metodológicos escolhidos para implementar o programa foram
divididos em etapas a saber: Etapa I – criar uma equipe responsável pela elaboração e execução
das atividades previstas no PEA; definir preliminarmente os conteúdos temáticos e materiais
informativos a serem produzidos. Etapa II – implantação e execução do programa de educação
ambiental.
Para os prestadores de serviços, operários, encarregados e outros funcionários do
empreendimento serão abordados os seguintes temas: relação entre o meio ambiente e a
mineração; apresentação da lei de crimes ambientais (Lei 9605/1998); conscientização
ambiental a respeito da perda de diversidade biológica; e relação entre o meio ambiente e a
saúde dos trabalhadores. Já para os alunos e colaboradores das escolas municipais
contempladas estão previstas a abordagem dos seguintes temas: realização de oficinas de meio
ambiente; apresentação de técnicas de reciclagem; e promoção de palestras sobre higienização
bucal.
O empreendedor é o agente responsável pela implementação e execução do programa.
Foi apresentado o detalhamento das ações previstas pelo programa, bem como o cronograma
executivo das atividades. Será condicionada apresentação de um novo Programa de Educação
Ambiental conforme Deliberação Normativa COPAM n° 214 de 2017.

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12. Compensações Ambientais


12.1. Compensação Artigo 36 da Lei Federal N° 9.985/2000 – SNUC
Caracterizado como empreendimento causador de significativo impacto ambiental, com
fundamento no EIA/RIMA apresentado, incidirá a compensação ambiental prevista no artigo 36
da Lei Federal Nº 9.985 de 2000 (Lei do SNUC). O empreendedor deverá protocolar na Gerência
de Compensação Ambiental do Instituto Estadual de Florestas – GCA/IEF, solicitação para
abertura de processo para cumprimento da referida compensação. Tal solicitação será exigida
como condicionante deste processo de licenciamento ambiental.

12.2. Compensação por supressão de vegetação nativa no bioma Mata Atlântica


O projeto de ampliação do empreendimento prevê a supressão de 3,67 hectares de
Floresta Estacional Semidecidual – FESD em estágio médio de regeneração, passível de
compensação ambiental conforme legislação da Mata Atlântica. Anteriormente à formalização
do presente processo de licenciamento, o empreendimento já havia suprimido 1,0 hectare de
FESD considerado de estágio médio (DAIA n° 0012416-D), totalizando 4,67 hectares de
supressão vegetal com estas características.
Em 11/01/2018 foi protocolado na Regional Alto Jequitinhonha do IEF proposta de
compensação (Projeto Executivo de Compensação Florestal – PECF) florestal sob n°
14000000020/18. A proposta prevê a regularização fundiária de 9,34 hectares (proporção 2:1)
na Unidade de Conservação Reserva Biológica Mata Escura em Jequitinhonha – MG.
Posteriormente, a proposta de compensação foi complementada com a proposição de
recuperação de área equivalente à intervinda, na Fazenda Córrego do Gato, em atendimento
ao Artigo 32 da Lei 11.428/2006 e Instrução de Serviço SISEMA n° 02/217. A análise técnica da
proposta, bem com a vistoria foram realizadas por uma equipe da SUPRAM Jequitinhonha. A
proposta de compensação foi apreciada e aprovada na 25° Reunião Ordinária da Câmara de
Proteção à Biodiversidade e de Áreas Protegidas – CPB, realizada em 26/11/2018. O Termo de
Compromisso de Compensação Florestal – TCCF firmado entre o IEF e o empreendedor foi
assinado em 03/12/2018.

12.3. Compensação minerária – Artigo 75 da Lei estadual n° 20.922/2013


Como o empreendimento depende da supressão de vegetação nativa para sua
instalação/ampliação, deverá ser protocolado na Gerência de Compensação Ambiental do
Instituto Estadual de Florestas – IEF, solicitação para abertura de processo de cumprimento da
compensação por supressão de vegetação nativa para a implementação de atividade minerária,
nos termos do que exige a Lei Estadual n° 20.922, de 2013, em seu art. 75. A área total de
vegetação nativa a ser suprimida é de 4,67 há, sendo 3,67 solicitados e 1,0 hectare já
autorizado por meio DAIA.

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12.4. Compensação por supressão de indivíduos vegetais imunes de corte


Na área requerida para intervenção foram estimados 85 indivíduos de espécies
declaradas de preservação permanente, de interesse comum e imune de corte no estado de
Minas Gerais, segundo a Lei nº. 20.308/2012 pertencentes às espécies Handroanthus
serratifolius (N=71) e Handroanthus ochraceus (N=14).
Foi proposta medida compensatória por meio da introdução do mesmo número de
indivíduos a serem suprimidos (N=85), conforme legislação especifica, na Fazenda Córrego do
Gato (coordenadas geográficas 17°04’11”/41°34’00”), propriedade onde são desenvolvidas as
atividades minerárias. A proposta é que os indivíduos sejam introduzidos no espaçamento de
4x4 metros (16 m² por planta), ocupando-se um total de 1360 m², em pastagens degradadas na
porção norte da Fazenda Córrego do Gato.
Foi apresentado o detalhamento da proposta de compensação, contendo a metodologia
apresentada para a recomposição da flora local, baseada nas seguintes atividades: instalação
de placas informativas; controle de pragas; plantio; manutenção do plantio; coroamentos;
replantios; adubação/fertilização e monitoramento.
O local proposto para introdução das mudas foi visitado durante vistoria técnica
realizada em agosto de 2017, sendo passível de recuperação e recebimento dos indivíduos
florestais conforme proposta apresentada. Caso a licença seja concedida, o empreendedor
deverá implantar a medida compensatória prevista de forma imediata, com apresentação de
relatórios de acompanhamento semestral.

12.5. Compensação por supressão de indivíduos vegetais ameaçados de extinção


Na área requerida para intervenção foram estimados 57 indivíduos de Melanoxylon
brauna a serem suprimidos, espécie declarada como ameaçada de extinção, segundo Portaria
MMA n° 443/2014.
Foi proposta medida compensatória por meio da introdução do mesmo número de
indivíduos a serem suprimidos (N=57), na Fazenda Córrego do Gato (coordenadas geográficas
17°04’11”/41°33’59”), propriedade onde são desenvolvidas as atividades minerárias. A
proposta é que os indivíduos sejam introduzidos no espaçamento de 4x4 metros (16 m² por
planta), ocupando-se um total de 912 m², em pastagens degradadas na porção norte da
Fazenda Córrego do Gato. Como a metodologia para implantação da medida compensatória
pela supressão de indivíduos representantes de espécies ameaçadas de extinção não se
encontra estabelecida, recorreu-se à Lei n° 20.308/2012, relativa à supressão e compensação
de indivíduos de espécies imunes de corte.
Foi apresentado o detalhamento da proposta de compensação, contendo a metodologia
apresentada para a recomposição da flora local, baseada nas seguintes atividades: instalação

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de placas informativas; controle de pragas; plantio; manutenção do plantio; coroamentos;


replantios; adubação/fertilização e monitoramento.
O local proposto para introdução das mudas foi visitado durante vistoria técnica
realizada em agosto de 2017, sendo passível de recuperação e recebimento dos indivíduos
florestais conforme proposta apresentada. Caso a licença seja concedida, o empreendedor
deverá implantar a medida compensatória prevista de forma imediata, com apresentação de
relatórios de acompanhamento semestral.

12.6. Compensação por supressão de indivíduos arbóreos isolados na Mata Atlântica


Para ampliação do empreendimento está prevista a supressão de 111 indivíduos
florestais adultos isolados, localizados em uma área de 0,62 hectares, ocupados por pastagens
degradadas. Para compensação por supressão de indivíduos arbóreos isolados, o
empreendedor apresentou proposta de compensação de acordo com a Deliberação Normativa
COPAM nº 114/2008, Artigo 6°, parágrafos 2° e 3°, prevendo a regeneração natural induzida de
uma área três vezes maior que aquela que seria utilizada para plantio, considerando-se o
espaçamento de 3x3 metros.
Considerando-se que a compensação deve ser realizada na proporção de 25:1, seriam
plantados 2775 indivíduos, ocupando-se uma área de 2,49 hectares (espaçamento 3x3 metros).
Como a medida proposta deve contemplar uma área 3 vezes superior à de plantio, serão
recuperados 7,49 hectares de áreas degradadas no imóvel denominado Fazenda São Pedro,
localizada no município de Cachoeira do Pajeú – MG. A propriedade onde se dará a
compensação encontra-se situada na mesma bacia (Jequitinhonha) e sub-bacia hidrográfica
(JQ3) da área de intervenção.
Como justificativa para escolha da metodologia de recuperação (regeneração natural), o
empreendedor afirma que existem fontes de propágulos; que serão adotadas medidas de
proteção adequadas à sua recomposição; que a área se encontra próxima a outros
remanescentes florestais e que já existem indivíduos regenerante na área, inferindo-se que
existe potencial para regeneração natural. Será condicionada a apresentação de relatório
fotográfico comprovando o cercamento da área para evitar o pisoteamento dos indivíduos
regenerantes por animais domesticados.
O local de execução da medida compensatória foi visitado durante vistoria técnica
realizada em 13/08/2018 e encontra-se apta a ser recuperada pela metodologia de isolamento
e regeneração natural. Será condicionada a apresentação de relatórios anuais comprovando a
evolução da recomposição vegetal da área.

13. Controle Processual


Primeiramente cumpre destacar, que após reorientações, o presente empreendimento
está sendo analisado como Licenciamento Ambiental Concomitante – LAC1, que engloba as três

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fases (LP+LI+LO) em um único licenciamento, enquadrado na classe 3, como de médio porte e


médio potencial poluidor, nos termos dos parâmetros estabelecidos pela Deliberação
Normativa COPAM nº 217, de 2017, e conforme FOB nº 0522500/2016 D (fls.677/680). Este
tipo de licenciamento ambiental, atualmente, encontra previsão legal no art.14, inciso II e § 1º,
incisos I e II do Decreto Estadual nº 47.383, de 2018.
Ressalta-se que o presente licenciamento trata de ampliação de atividade minerária,
que já possui uma Autorização Ambiental de Funcionamento, AAF nº 02297/2016, conforme PA
nº 11022/2010/003/2016.
Assim, passamos a analisar os principais tópicos que compõem o presente
licenciamento.

Da Publicidade do Requerimento de Licença


Nota-se pelas publicações de fls. 400/401, fl.404, fls.431/432 e fl.437, que foi dado
publicidade ao requerimento de licença, tanto, em jornal de grande circulação, como no órgão
de imprensa oficial, o que atendia à época ao disposto na Deliberação Normativa COPAM nº 13,
de 1995, e atende ao disposto nos artigos 31 e 31 da Deliberação Normativa COPAM nº 217, de
2017.

Da Audiência Pública
Em atendimento ao disposto no inciso IV do § 1º do art.225 da CF/88 veio o
procedimento de licenciamento ambiental instruído com EIA/RIMA, ao qual foi dado
publicidade, nos termos das Deliberações Normativas COPAM nº. 12, de 1994, vigente à época
da formalização do presente processo.
Mesmo diante da publicidade dada ao EIA/RIMA, não houve solicitação de realização de
audiência pública por qualquer interessado.

Da Declaração de Conformidade do Município


Foi apresentada a declaração de conformidade do município de Padre Paraíso/MG
(fl.10), local do empreendimento, nos termos do disposto no § 1º do art.10 da Resolução
CONAMA nº. 237, de 1997.

Dos Direitos Minerários - DNPM


O empreendedor comprovou a titularidade do direito minerário nº 831.529/2009
(fl.443). O empreendedor, também, apresentou nos autos do Processo de Intervenção
Ambiental nº 08230/2016, vinculado ao presente processo, cópia da Guia de Utilização nº
100/2016, com vigência até 20/04/2020 (fl.159).
Ressalta-se, que foi apresentado pelo empreendedor cópia de “ Termo de Ajuste para
Exploração Mineral” com os superficiários/proprietários do imóvel rural onde ocorre a
atividade minerária em licenciamento.

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Do Cadastro Técnico Federal - CTF


Em consulta ao sítio do IBAMA na internet foi verificado que o empreendimento possui
no Cadastro Técnico Federal – CTF, Certificado de Regularidade válido até 12/02/2019 para o
CNPJ nº 24.042.913/0009-96 do empreendimento informado no presente licenciamento. Tal
exigência encontra amparo legal no art.9º, inciso VIII da Lei Federal nº 6.938, de 1981. Cumpre
destacar que o Certificado de Regularidade tem validade apenas de 03 (três) meses, nos termos
das disposições do § 2º do art.38 da Instrução Normativa IBAMA nº 06, de 2013.

Do Patrimônio Cultural Arqueológico e Imaterial – IPHAN e IEPHA


Conforme consta no presente parecer, o empreendedor informou que o
empreendimento não causará nenhum impacto a bens acautelados pela União ou Estado.
Também informou que não haverá impacto em terras indígenas ou territórios
quilombolas.

Da Intervenção no Bioma Mata Atlântica


Nota-se que o empreendimento intervirá no Bioma Mata Atlântica, em área de
vegetação secundária em estágio médio de regeneração.
A supressão de vegetação secundária em estágio médio de regeneração necessária a
implantação de atividades minerarias está disciplinada pelo art.32 da Lei Federal nº.
11.428/2006, sujeitando tais empreendimentos à apresentação do EIA/RIMA e à adoção da
medida compensatória regulamentada pelo art.26 do Decreto Federal nº. 6.660/2008.
Observa-se ainda, que houve no presente parecer manifestação quanto às vedações
dispostas no art.11 da Lei Federal nº 11.428, de 2006.

Da Compensação por intervenção no Bioma Atlântica


A compensação prevista pelo art.32 da Lei Federal nº 11.428, de 2006 c/c art.26 do
Decreto Federal nº 6.660, de 2008 foi aprovada pela Câmara Temática de Proteção à
Biodiversidade e Áreas Protegidas – CPB, conforme competência disposta pelo art.18, inciso IX
do Decreto Estadual nº 44.667, de 2007, quando da realização da 25ª Reunião Ordinária,
ocorrida no dia 26/11/2018.
A decisão foi publicada no “ Minas Gerais” do dia 29/11/2018, no Diário do Executivo,
na página 71.
Nota-se ainda, que no dia 03/12/2018 foi celebrado com a Unidade Regional de
Florestas e Biodiversidade – URFbio Nordeste do IEF/MG, Termo de Compromisso de
Compensação Florestal – TCCF, com as obrigações atinentes à compensação estabelecida pela
Lei Federal nº 11.428, de 2006 e Decreto Federal nº 6.660, de 2008.

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Da Anuência do IBAMA
Dispensa a anuência do IBAMA, vez que a supressão de vegetação nativa do Bioma Mata
Atlântica no estágio médio de regeneração não ultrapassa o quantitativo do art.19, inciso I do
Decreto Federal nº 6.660, de 2008.

Da Intervenção em APP
Nota-se da leitura do presente parecer que não haverá intervenção em Área de
Preservação Permanente – APP.

Da Compensação e Supressão de indivíduos de espécies ameaçadas de extinção


Nota-se no presente parecer, que haverá a supressão de indivíduos ameaçados de
extinção, conforme lista constante da Portaria MMA nº 443, de 2014.
A supressão de vegetação que abrigue espécie da flora ameaçada de extinção é
autorizada nos termos do art.67 da Lei Estadual nº 20.922, de 2013, e condicionada à adoção
de medidas compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação da espécie.
Assim, observa-se no parecer, que foi exigida à adoção de medida compensatória.

Da Compensação por Supressão de árvores isoladas


Nota-se pela leitura do presente parecer, que haverá a supressão de árvores isoladas, o
que fez incidir a compensação prevista pela Deliberação Normativa COPAM nº 114, de 2008. O
corte de árvores isoladas é autorizado nos termos da Resolução Conjunta SEMAD/IEF nº 1.905,
de 2013.

Da Compensação por supressão de indivíduos vegetais imunes de corte


Observa-se que haverá supressão de espécies imunes de corte (Handroanthus
serratifolius e Handroanthus ochraceus. A supressão de indivíduos desta espécie é autorizada
por se tratar o presente licenciamento de atividade considerada de utilidade pública, nos
termos do art.2º do Decreto Federal nº 9.406, de 2018 c/c o art.2º, inciso I da Lei Estadual nº
9.743, de 1988, alterada pela Lei Estadual nº 20.308, de 2012.
Nota-se ainda, que foi exigida a medida compensatória prevista no § 1º do art.2º da
norma estadual acima citada.

Da Inscrição dos Imóveis Rurais no CAR


Foi apresentado pelo empreendimento a inscrição do imóvel rural onde ocorre a
atividade minerária, junto ao Cadastro Ambiental Rural – CAR. Tal documento se encontra
acostado às fls.18/20 dos autos do Processo de Intervenção Ambiental nº 08230/2016,
vinculado ao presente licenciamento. A intervenção na cobertura vegetal nativa no Estado
para uso alternativo do solo, tanto de domínio público como de domínio privado, dependerá do

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cadastramento do imóvel no CAR e de autorização prévia do órgão estadual competente,


conforme disposto no art.63 da Lei Estadual nº 20.922, de 2013.

Da Intervenção em Cavidade Natural Subterrânea e sua Compensação


Quanto a este tema, de acordo com os estudos apresentados, não foi identificada
nenhuma cavidade natural subterrânea na ADA do empreendimento e em seu entorno de 250
metros de raio. Tal fato foi confirmado e validado em vistoria realizada no empreendimento,
conforme consta do presente parecer. Os procedimentos de análise tiveram como fundamento
a Instrução de Serviço Sisema nº 08/2017.

Dos Recursos Hídricos


No item 5 do presente parecer consta que o uso do recurso hídrico está regularizado
mediante Cadastros de Uso Insignificante. Dessa forma, atende-se ao disposto na Lei Estadual
nº 13.199, de 1999 e Portaria IGAM nº 49, de 2010.

Da Compensação Ambiental – Art.36 da Lei do SNUC


Caracterizado o significativo impacto ambiental do empreendimento, com base no
EIA/RIMA apresentado, ensejará a incidência da compensação ambiental prevista no art.36 da
Lei Federal nº. 9.985/2000 (Lei do SNUC), que deverá ser julgada pela
URC/COPAM/Jequitinhonha, conforme disposto no art.11, VI do Decreto Estadual nº.
44.667/2007.

Da compensação prevista pelo art. 75 da Lei nº 20.922, de 2013


Por se tratar de empreendimento minerário que irá suprimir vegetação nativa, deverá
incidir a compensação prevista pelo art.75 da norma citada. A Portaria IEF nº 27, de 2017,
estabelece os procedimentos para o cumprimento dessa medida compensatória.

Dos Custos de análise


Os custos de análise e/ou taxa de expediente deverão ser integralmente quitados,
conforme procedimentos estabelecidos pelo Comunicado SUGER nº 02/2018. O
encaminhamento do presente processo para deliberação da autoridade competente, somente
ocorrerá, após a comprovação da quitação integral das despesas pertinentes ao processo de
licenciamentos, nos termos do art.34 da Deliberação Normativa COPAM nº 217, de 2017.

Diante das alterações promovidas pela Lei Estadual nº 21.972, de 2015, e regulamentadas
pelo Decreto Estadual nº 47.383, de 2018, a competência para decidir sobre processos de
licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos de médio porte e médio potencial
poluidor (art.3º, V), segundo parâmetros da Deliberação Normativa COPAM nº 217, de 2017, é
da SEMAD, por meio das Superintendências Regionais de Meio Ambiente – SUPRAM’s.

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Dessa forma, encerra-se o presente controle processual.

14. Conclusão
A equipe interdisciplinar da Supram JEQ manifesta pelo deferimento desta Licença
Ambiental na fase de Licença Ambiental Concomitante 1 – LAC 1 (LP+LI+LO), para o
empreendimento Gransena Exportação e Comércio Ltda. para a atividade principal de “lavra a
céu aberto com ou sem tratamento – rochas ornamentais e de revestimento”, no município de
Padre Paraíso – MG, pelo prazo de 10 anos, vinculada ao cumprimento das condicionantes e
programas propostos.
As orientações descritas em estudos, e as recomendações técnicas e jurídicas descritas
neste parecer, através das condicionantes listadas em anexo, devem ser apreciadas pelo
Superintendente da SUPRAM Jequitinhonha, conforme decretos regulamentadores da Lei
Estadual n° 21972/2016.
Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer
condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração,
modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a Supram Jequitinhonha, tornam
o empreendimento em questão passível de autuação.
Cabe esclarecer que a Superintendência Regional de Meio Ambiente do Jequitinhonha,
não possui responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais apresentados nesta
licença, sendo a elaboração, instalação e operação, assim como a comprovação quanto a
eficiência destes de inteira responsabilidade da(s) empresa(s) responsável (is) e/ou seu(s)
responsável (is) técnico(s).
Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção,
pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima
conste do certificado de licenciamento a ser emitido.

15. Anexos
Anexo I. Condicionantes para Licença Ambiental Concomitante 1 – LAC 1 (LP+LI+LO) do
empreendimento Gransena Exportação e Comércio Ltda. – Fazenda Córrego do Gato.
Anexo II. Programa de Automonitoramento da Licença Ambiental Concomitante 1 – LAC 1
(LP+LI+LO) do empreendimento Gransena Exportação e Comércio Ltda. – Fazenda Córrego do
Gato.
Anexo III. Autorização para Intervenção Ambiental do empreendimento Gransena exportação e
Comércio Ltda. – Fazenda Córrego do Gato.
Anexo IV. Relatório fotográfico do empreendimento Gransena exportação e Comércio Ltda. –
Fazenda Córrego do Gato.

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ANEXO I
Condicionantes para Licença Ambiental Concomitante 1 – LAC 1 (LP+LI+LO) do
empreendimento Gransena Exportação e Comércio Ltda. – Fazenda Córrego do Gato
Empreendedor: Gransena Exportação e Comércio Ltda.
Empreendimento: Gransena Exportação e Comércio Ltda. – Fazenda Córrego do Gato
CNPJ: 24.042.913/0009-96
Município: Padre Paraíso – MG
Atividade(s): Lavra a céu aberto com ou sem tratamento – rochas ornamentais e de
revestimento; Pilha de rejeito/estéril; e Estradas para transporte de minério e estéril
Código(s) DN 217/2017: A-02-06-2; A-05-04-6; e A-05-05-3
Processo: 11022/2010/004/2016
Validade: 10 anos
Item Descrição da Condicionante Prazo*
Comprovar a implantação de recipientes destinados à coleta 60 (sessenta) dias a
01 seletiva e armazenamento temporário de resíduos sólidos partir da concessão da
conforme proposto no Plano de Controle Ambiental (PCA). Licença.
Apresentar comprovação da implantação/adequação de placas
02 90 dias a partir da
de sinalização e segurança em toda área de extração mineral,
concessão da Licença.
áreas de apoio ao empreendimento e acessos próximos.
Comprovar a realização de manutenções nas caixas de
contenção e deposição de sedimentos particulados (sistema de Anualmente durante a
03
drenagem e decantação) existentes na ADA e AID do vigência da licença.
empreendimento.
Apresentar contrato firmado com a empresa que recebe os
04 30 dias a partir da
resíduos sólidos perigosos gerados durante a
concessão da licença.
ampliação/operação do empreendimento.
Protocolar na Gerência de Compensação Ambiental do
Instituto Estadual de Florestas – GCA/IEF, solicitação para
90 dias a partir da
05 abertura de processo para cumprimento da compensação
concessão da licença.
ambiental prevista no art. 36 da Lei Federal nº 9.985/2000 (Lei
do SNUC), considerando a ampliação do empreendimento.
Apresentar comprovante de formalização do projeto de
compensação ambiental nos termos do que exige a Lei
Estadual n° 20.922/2013, em seu art. 75, junto a GCA do IEF, 90 dias a partir da
06
referente à área de ampliação do empreendimento. O concessão da licença.
empreendedor deverá realizar a compensação nos prazos
estabelecidos pelo IEF.
Apresentar anualmente tabela contendo a área e volumetria
bruta explorada, assim como indicação do volume de Anualmente durante a
07
estéril/rejeito e material retirado da frente de serviço vigência da licença.
encaminhado para comercialização durante o ano.
90 (noventa) dias a
08 Apresentar programa de segurança no trânsito e sinalização
partir da concessão da
das vias de acesso próximas ao empreendimento.
licença.

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Apresentar certificados de treinamentos/capacitações de


09 90 dias após a
todos os funcionários do empreendimento envolvidos na
concessão da licença.
extração mineral.

10 Apresentar comprovação da absorção/contratação de mão-de- 60 dias após a


obra local ou regional. concessão da licença.
Comprovar a implantação e/ou adequação sistema de
11 120 dias a partir da
drenagem superficial de águas pluviais (vias de acesso, praças
concessão da licença.
de trabalho, pátios de estocagem de blocos e pilhas de estéril).
Apresentar relatório anual comprovando a destinação
12 Durante a vigência da
adequada dos produtos e subprodutos oriundos da supressão
licença.
da vegetação.
Informar sobre a necessidade de utilização de banheiros
13 químicos no interior da mina (frentes de trabalho) e quando 60 dias a partir da
for o caso, apresentar contrato com a empresa responsável concessão da licença.
pelo recolhimento e destinação final dos efluentes sanitários.
Apresentar comprovação da edificação de cobertura na
14 120 dias a partir da
estrutura de pátio de abastecimento de combustível, afim de
concessão da licença.
se evitar a saturação do sistema SAO por aguas pluviais.
Apresentar relatório fotográfico e descritivo do
acompanhamento das áreas em recuperação por meio de
Semestralmente,
15 PTRF (Projeto Técnico de Recomposição da Flora), a saber:
durante a vigência da
proposta compensatória pela supressão de indivíduos
licença.
ameaçados de extinção e imunes de corte (0,2272 hectares em
recuperação na Fazenda Córrego do Gato).
Apresentar novo Programa de Educação Ambiental – PEA
16 90 dias partir da
conforme diretrizes estabelecidas na Deliberação Normativa n°
concessão da licença.
214 de 2017.
Comprovar por meio de relatório fotográfico o cercamento da
área de 7,49 hectares destinados à recomposição florestal na
17 90 dias a partir da
Fazenda São Pedro, em Cachoeira do Pajeú, alvo de medida
concessão da licença.
compensatória pela supressão de indivíduos isolados adultos
em Mata Atlântica.
Apresentar relatórios fotográficos anuais comprovando a
evolução da recuperação/recomposição florestal da área de
18 Anualmente durante a
7,49 hectares na Fazenda São Pedro; local alvo de media
vigência da licença.
compensatória pela supressão de indivíduos florestais nativos
isolados em Mata Atlântica.
Proceder a cobertura das estruturas destinadas à realização de
19 manutenções mecânicas e lavagem de veículos/máquinas, 120 dias a partir da
afim de se evitar a saturação do sistema SAO por águas concessão da licença.
pluviais.

20 Cadastrar o empreendimento e disponibilizar integralmente os 90 dias contados da


dados da solicitação da intervenção ambiental no Sinaflor. concessão da licença.

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* Salvo especificações, os prazos são contados a partir da data de publicação da Licença na


Imprensa Oficial do Estado.

O empreendedor deverá executar as condicionantes nº 3, 7, 12, 15, 18; os programas de


controle ambiental e de automonitoramento de acordo com os cronogramas e prazos
estabelecidos, porém, a comprovação da execução deverá ser feita através de protocolo único
de um relatório analítico consolidado, contendo análises e considerações a respeito do
cumprimento das condicionantes, abrangendo as ações realizadas no período do ano anterior,
tendo como base os dias 1 de janeiro a 31 de dezembro do ano anterior, sendo que o envio do
relatório ocorrerá até o dia 15 de fevereiro do ano subsequente às ações.
Para o ano de 2018 o relatório deverá considerar o período entre a publicação da
licença até a data de 31/12/2018.

Obs. Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes


estabelecidas nos anexos deste parecer poderão ser resolvidos junto à própria Supram
Jequitinhonha, mediante análise técnica e jurídica, desde que não altere o seu
mérito/conteúdo.

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ANEXO II
Programa de Automonitoramento da Licença Ambiental Concomitante 1 – LAC 1 (LP+LI+LO)
do empreendimento Gransena Exportação e Comércio Ltda. – Fazenda Córrego do Gato
Empreendedor: Gransena Exportação e Comércio Ltda.
Empreendimento: Gransena Exportação e Comércio Ltda. – Fazenda Córrego do Gato
CNPJ: 24.042.913/0009-96
Município: Padre Paraíso – MG
Atividade(s): Lavra a céu aberto com ou sem tratamento – rochas ornamentais e de
revestimento; Pilha de rejeito/estéril; e Estradas para transporte de minério e estéril
Código(s) DN 217/2017: A-02-06-2; A-05-04-6; e A-05-05-3
Processo: 11022/2010/004/2016
Validade: 10 anos

1. Efluentes Líquidos/oleosos

Local de amostragem Parâmetro Frequência de Análise


DBO, DQO, pH, óleos e graxas,
Entrada dos sistemas
detergentes, vazão média, sólidos
separadores de água e Semestral
sedimentáveis e sólidos em
óleo (Caixas SAO)
suspensão.
DBO, DQO, pH, óleos e graxas,
Saídas dos sistemas
detergentes, vazão média, sólidos
separadores de água e Semestral
sedimentáveis e sólidos em
óleo (Caixas SAO)
suspensão.

Entrada do sistema séptico


DBO, DQO, substâncias tensoativas,
de tratamento de
sólidos em suspensão totais, óleos Semestral
efluentes sanitários (Fossa
vegetais, pH, materiais sedimentáveis
Séptica)
Saída do sistema séptico
DBO, DQO, substâncias tensoativas,
de tratamento de
sólidos em suspensão totais, óleos Semestral
efluentes sanitários (Fossa
vegetais, pH, materiais sedimentáveis
Séptica)

Relatórios: Enviar anualmente a Supram Jequitinhonha os resultados das análises


efetuadas. O relatório deverá ser de laboratórios em conformidade com a DN COPAM nº
167/2011 e deve conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável
técnico pelas análises.
Na ocorrência de qualquer anormalidade nos resultados nas análises realizadas durante
o ano, o órgão ambiental deverá ser imediatamente informado.

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Método de análise: Normas aprovadas pelo INMETRO ou, na ausência delas no


Standard Methods for Examination of Water and Waste water, APHA-AWWA, última edição.

2. Resíduos Sólidos e Oleosos


Enviar anualmente a Supram Jequitinhonha, os relatórios de controle e disposição dos
resíduos sólidos gerados contendo, no mínimo os dados do modelo abaixo, bem como a
identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações.

Resíduo Transportador Obs.


Disposição final
Denominação Origem Classe Taxa de Razão Endereço Form Empresa responsável (**)
NBR geração social completo a Razão Endereço
10.004 kg/mês (*) social completo
(*)
(*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la.
(**) Tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem industrial
1- Reutilização
2 - Reciclagem
3 - Aterro sanitário
4 - Aterro industrial
5 - Incineração
6 - Co-Processamento
7 - Aplicação no solo
8 - Estocagem temporária (informar quantidade estocada)
9 - Outras (especificar)

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá


comunicar previamente a Supram Jequitinhonha, para verificação da necessidade de
licenciamento específico.
As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo
empreendedor. Fica proibida a destinação dos resíduos Classe I, considerados como Resíduos
Perigosos segundo a NBR 10.004/04, em lixões, bota-fora e/ou aterros sanitários, devendo o
empreendedor cumprir as diretrizes fixadas pela legislação vigente.
Comprovar a destinação adequada dos resíduos sólidos de construção civil que deverão
ser gerenciados em conformidade com as Resoluções CONAMA nº 307/2002 e 348/2004.
As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as
doações de resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização,
deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor.

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3. Emissões Atmosféricas
A geração de emissões atmosféricas pelo empreendimento compreende somente os
resíduos gasosos provenientes da queima de combustíveis pelos veículos, máquinas, geradores
e outros equipamentos. A equipe técnica responsável pela análise do processo considera que a
execução dos programas previstos no PCA apresentado é suficiente para mitigar tal impacto.
Caso seja detectada alguma anormalidade no parâmetro em questão, o órgão responsável pelo
licenciamento ambiental da empresa determinará a execução das análises necessárias ao
monitoramento contínuo.

4. Ruídos
Considerando que o empreendimento possui vizinhos relativamente próximos (cerca de
330 metros) será solicitado o monitoramento de ruídos conforme descrito a seguir.

Local de amostragem Parâmetros Frequência de análise


Nível de ruído em decibéis
Frentes de lavra, acessos internos,
durante operações Análises semestrais.
pátios e pilhas de estéril – ADA.
minerárias.

Enviar anualmente a Supram Jequitinhonha relatório contendo os resultados das


medições efetuadas; neste deverá conter a identificação, registro profissional e assinatura do
responsável técnico pelas amostragens.
As amostragens deverão verificar o atendimento às condições da Lei Estadual n°
10.100/1990 e Resolução CONAMA nº 01/1990.
O relatório deverá ser de laboratórios em conformidade com a DN COPAM nº 167/2011
e deve conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas
análises, acompanhado da respectiva anotação de responsabilidade técnica – ART.

IMPORTANTE

• Os parâmetros e frequências especificadas para o programa de Automonitoramento


poderão sofrer alterações a critério da área técnica da Supram Jequitinhonha, face ao
desempenho apresentado;
• A comprovação do atendimento aos itens deste programa deverá estar acompanhada
da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo(s) responsável(eis) técnico(s),
devidamente habilitado(s);

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Qualquer mudança promovida no empreendimento que venha a alterar a condição


original do projeto das instalações e causar interferência neste programa deverá ser
previamente informada e aprovada pelo órgão ambiental.

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ANEXO III – Tabela de Intervenção


Empreendedor: Gransena Exportação e Comércio Ltda.
Empreendimento: Gransena Exportação e Comércio Ltda. – Fazenda Córrego do Gato
CNPJ: 24.042.913/0009-96
Município: Padre Paraíso – MG
Atividade(s): Lavra a céu aberto com ou sem tratamento – rochas ornamentais e de revestimento; Pilha
de rejeito/estéril; e Estradas para transporte de minério e estéril
Código(s) DN 217/2017: A-02-06-2; A-05-04-6; e A-05-05-3
Processo: 11022/2010/004/2016
Validade: 10 anos
TIPOLOGIA FLORESTAL A SER SUPRIMIDA ÁREA (ha)
Floresta Estacional Semidecidual – estágio médio 3,67
TIPO DE EXPLORAÇÃO
NATIVA PLANTADA NATIVA PLANTADA
Corte raso com destoca 3,67 Corte de árvores 111 un
Intervenção em APP com
Corte raso sem destoca
supressão
Intervenção em APP sem
Corte seletivo em manejo
supressão
Corte seletivo/ outros
Uso de Máquina (X) Sim ( ) Não Uso de Fogo ( ) Sim (X) Não
RENDIMENTO PREVISTO POR PRODUTO/SUBPRODUTO P/ CÁLCULO DA TX. FLORESTAL
Código Especificações Unidade Valor Tab. 2017
Produtos e Subprodutos Florestais M³ R$
1,05 Lenha de Floresta Nativa 209,1912
1,05 Tocos e raízes 36,7
Madeiras em Toras M³ R$
2,09 Melanoxylon brauna 5,2387
2,18 Dalbergia densiflora 1,2257
2,18 Virola sebifera 2,1884

Outras Espécies de madeira de Lei M³ R$


2,18 Anathenanthera macrocarpa 13,0321
2,18 Anathenanthera columbrina 26,4794
2,18 Anathenanthera sp. 1 5,8015
2,18 Aspidosperma sp. 1,7204
2,10 Handroanthus serratifolius 14,0854
2,10 Handroanthus ochraceus 0,5530
2,12 Zeyheria tuberculosa 1,9748

Total 318,1906
DESTINAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DO MATERIAL LENHOSO (m³)
NATIVA PLANTADA NATIVA PLANTADA
Lenha para carvão Madeira para
72,2994
serraria
Lenha uso doméstico Madeira para
celulose
Lenha para outros fins 245,8912 Madeira para
outros fins

Avenida da Saudade, nº 335, Centro, Diamantina, MG, CEP: 39.100-000


Telefax: (38) 3532-6650
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
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ANEXO IV
Relatório fotográfico do empreendimento Gransena Exportação e Comércio Ltda. – Fazenda
Córrego do Gato
Empreendedor: Gransena Exportação e Comércio Ltda.
Empreendimento: Gransena Exportação e Comércio Ltda. – Fazenda Córrego do Gato
CNPJ: 24.042.913/0009-96
Município: Padre Paraíso – MG
Atividade(s): Lavra a céu aberto com ou sem tratamento – rochas ornamentais e de
revestimento; Pilha de rejeito/estéril; e Estradas para transporte de minério e estéril
Código(s) DN 217/2017: A-02-06-2; A-05-04-6; e A-05-05-3
Processo: 11022/2010/004/2016
Validade: 10 anos

Fotos 1 e 2: Vista geral da área de lavra do empreendimento.

Fotos 3 e 4: Local de apoio aos funcionários, deposito temporário de resíduos perigosos e não
perigosos, tanque aéreo de combustível diesel e pátio de abastecimento.

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Fotos 5 e 6: Modelo de gerador de energia utilizado e depósito de resíduos oleosos.

Fotos 7 e 8: Local em recuperação; autuação NUFIS Jequitinhonha.

Fotos 9 e 10: Apoio aos funcionários na área de lavra e fossa séptica.

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Fotos 11 e 12: Estruturas para armazenamento de explosivos – paióis.

Fotos 13 e 14: Fragmento de FESD estágio médio solicitado para supressão/intervenção.

Fotos: 15 e 16: sistema separador de água e óleo.

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Fotos 17 e 18: Fragmento florestal destinado à compensação por supressão de vegetação no


bioma Mata Atlântica (REBIO Mata Escura – Jequitinhonha/MG).

Fotos 19 e 20: Fragmento florestal destinado à compensação por supressão de vegetação no


bioma Mata Atlântica (REBIO Mata Escura – Jequitinhonha/MG).

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