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Plano de Aproveitamento Econômico - PAE

COMGEO MINERAÇÃO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÃO LTDA.

Local: Fazenda Feixe

Processo: DNPM’s nº 860.401/2017

Minério: CALCÁRIO

Reserva Medida:

Volume toneladas = 7.740.326,78 Toneladas

Município: Faina - GO

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1. INTRODUÇÃO

Este plano refere-se à explotação de Calcário e contempla as áreas com DNPM’s n°


860.401/2017 situadas na região da Fazenda Feixe, município de Faina - GO, mediante o
regime de Lavra, obedecendo-se ao disposto na Legislação Mineral.
É apresentado um projeto de lavra que produzirá minério calcário dolomítico para uma
usina produtora de corretivo de solo na agricultura, a usina será implantada.
O desenvolvimento de uma lavra tecnificada como se pretende para este projeto, deve
contemplar a implantação e desenvolvimento de cavas, cujo dimensionamento permita otimizar
a relação estéril/minério, os custos de lavra e minimizando os impactos ambientais.

2. DESCRIÇÃO DO CAMPO DA LAVRA

2.1 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO


A lavra será localizada na fazenda Feixe, município de Faina, estado de Goiás, em
terras pertencentes à requerente em região com coordenadas geográficas: -15°21'58''257de
latitude sul e a -50°34'01''690 de longitude oeste do meridiano de Greenwich, em posição sul
da linha do Equador.
O acesso à frente de lavra a partir de Goiânia (ponto A) é feito pela rodovia estadual
GO – 070 até a Cidade de Goiás, percorrendo aproximadamente 134 km. Em seguida, toma-se
a rodovia GO 164 por mais 68 km até Faina. De Faina, pega se estrada vicinal (sentido NW)
rumo ao vilarejo de Jeroaquara por mais 20 km. De Jeroaquara ainda em sentido NW, passando
pela Serra de Santa Rita em estrada vicinal, atinge se o limite sudoeste da área após percorrer
10 km, totalizando 235 km.

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2.2 MEMORIAL DESCRITIVO DAS ÁREAS

DNPM 860.401/2017;
A área da jazida é idêntica à área do alvará de pesquisa, com relatório final de pesquisa
aprovado, tem a superfície de 49,97ha, delimitada por um polígono com 13 vértices, que tem
um ponto de amarração coincidente com o primeiro vértice com coordenadas de latitude
15°21’58”257 S e longitude 50°34’01”690 W. O memorial apresentado em anexo é cópia da
folha DNPM 860407/2017 Cadastro Mineiro

3. SERVIDÕES

As servidões necessárias estão contidas na área pertencente ao titular. Não se fez


necessário o pedido de área de servidão.

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4. CUBAGEM DAS RESERVAS

O minério destas jazidas tem excelentes qualidades físicas e químicas. O relatório Final
de Pesquisa determinou as seguintes reservas, visando o aproveitamento na fabricação de
CORRETIVO AGRÍCOLA:
DNPM n° 860.401/2017
Reserva Massa (t)
Medida 7.740.326,78
Indicada 2.711.492,77
Inferida 8.169.200,00
Lavrável 7.740.326,78

5. ANÁLISE DE MERCADO

Os calcários existentes na região de Faina são de excelente qualidade para o


aproveitamento como corretivo agrícola. A região consta de grandes reservas de Calcário e
com a expansão da fronteira agrícola da Bacia do Rio Araguaia evidenciou se a necessidade da
abertura de empresas que possam contribuir com o crescimento agrícola da região. A demanda
definida para suprir as faltas e necessidades da região é de 250.000 t

6. PLANO DE APROVEITAMENTO ECONÔMICO

6.1. PLANO DE LAVRA

O plano de lavra foi desenvolvido visando cumprir os preceitos da boa prática de


desmonte a céu aberto, almejando uma exploração economicamente viável e que não venha a
causar danos ao meio ambiente, prevenindo o desgaste do solo, tornando-se necessário adotar
medidas mitigadoras, posteriormente citadas, para com isso obter uma exploração racional da
jazida, procurando o aperfeiçoamento dos conceitos e regras fundamentais para o equilíbrio da
exploração, tendo como objetivo o Desenvolvimento Sustentável.
A produção anual estimada para a indústria será de 100.000 toneladas de Minério, para
a produção de Calcário para Corretivo Agrícola. Serão feitos planejamentos anuais e mensais,
para manter a produção e qualidade, dentro das necessidades do projeto.
A morfologia e a topografia da área, conforme mostrado no Relatório final de pesquisa,
permite o início imediato e regular da lavra, com construção de estradas de acesso, e
desenvolvimento da mina, ou seja, elaboração de bancadas, praças e frentes de lavra, para
possibilitar a extração do minério de forma segura e regular.

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6.2. DESCRIÇÃO GERAL DA LAVRA

A lavra será conduzida em três etapas distintas e consecutivas. Na primeira etapa é feita
uma limpeza da área e retirada do solo orgânico, que será depositado na pilha de matéria
orgânica para uma posterior reutilização na recuperação das áreas degradadas.
A segunda etapa compreende a perfuração, detonação e transporte do minério até às
instalações de britagem ou ao depósito junto à unidade de beneficiamento. Finalmente a
terceira etapa será caracterizada pelo retorno do solo orgânico para a área das escavações, após
a conclusão da lavra segundo as recomendações do plano de recuperação da área degradada.
O método de lavra utilizado será o de bancadas, aproveitando a topografia do depósito
presente na área será feito em encosta (open pit)
A programação da lavra das minas obedecerá aos seguintes parâmetros:

Altura da Bancada 10m


Inclinação da face 15º
Largura mínima da praça 20m
Declive das praças para drenagem 3%
Aclive máximo das estradas 10%
Largura das estradas 7m

6.3. ESCALA DE PRODUÇÃO


Considerando que as áreas apresentam um grande potencial para serem lavradas e que a
exploração será feita em um período de 07 meses/ano tem-se que a produção seguirá o seguinte
ritmo de 100.000 toneladas ano com produção mensal liquida de 14.285,70 t./mês .
Para termos esta produção líquida de produto final comercializável precisamos de lavrar
28 a 30% a mais considerando-se o rejeito na britagem 20% e estéril na mina 9 a 10% . Desta
forma teremos uma lavra total de minério + rejeito de 20.000t/mês
A supervisão e planejamento da lavra e industrialização estarão a cargo de um
engenheiro de minas, para suprir as metas de produção traçadas serão projetados planos
mensais e anuais pela equipe técnica da empresa.
A perfuração será feita com o auxílio de perfuratriz Pwhp131LS685 acoplada a carreta
ROC601 da Atlas Copco (ou simulares). Será adotado um controle de qualidade do minério
lavrado, através de análise do pó coletado na perfuração e de amostras do minério moído.
A lavra do calcário será realizada através do desmonte por uso de explosivos. O
carregamento do minério na frente de lavra será feito com carregadeiras e escavadeiras e
posteriormente o calcário será encaminhado para a britagem em caminhões.

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7. PLANEJAMENTO DE LAVRA

O planejamento de lavra constitui no dimensionamento das operações de perfuração,


desmonte, carregamento e transporte, visando o maior rendimento da lavra com a qualidade
requerida.
Considerando que os equipamentos e as operações de lavra são comuns à todos as
minas (processos), tem-se que o planejamento será feito buscando dimensionar para todas as
áreas seus respectivos insumos (explosivos), números de furos, horas necessárias de
perfuração, carregamento e transporte, serão necessárias para cumprir com a produção mensal
da determinada área a ser lavrada.
Todas as operações têm por finalidade abastecer o beneficiamento de corretivo agrícola,
mantendo o padrão de qualidade exigido pelo mercado e característico da empresa.

7.1. PERFURAÇÃO
Inicialmente será efetuada a perfuração primária da rocha, através de perfuratriz
pneumática ligada ao compressor móvel. A perfuração obedece ao plano de fogo definido pelo
técnico responsável, vale ressaltar que se trata de parâmetros dinâmicos que variam de acordo
com a frente de lavra que estiver sendo desmontada, visando alcançar os menores valores
possíveis de vibração e sobre pressão atmosférica.
A perfuração primária será efetuada para todas as minas, com perfuratriz
Pwhp131LS685, acoplada a carreta ROC 601 da Atlas Copco, acionada por compressor com
capacidade máxima para 860pcm e uma pressão normal de trabalho de 07bar, modelo 900Q da
Chicago, (ou similar).
A velocidade média de perfuração em furos de 3.5” (polegadas), no minério da referida
jazida é de 10 metros por hora, já contabilizando o tempo de troca de hastes, mudança de lugar
para início de novo furo, geologia da rocha e eventuais paralisações.

Parâmetros de perfuração
Diâmetro do furo 3.1/2”
Afastamento 2 metros
Espaçamento 4 metros
Altura média da bancada 10 metros
Densidade da rocha 2,4 t/m³
Massa detonada por furo 192 toneladas
Velocidade média de perfuração 10 m/h

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Com a velocidade de perfuração pré-estabelecida é possível chegar à produtividade
horária (m³/h) conforme a equação a seguir:

V d x R h x Rg
P= , onde:
T p x Fa
P - produção horária (/h)
Vd - volume desmontável de rocha por furo = 192 toneladas
Rh - fator de rendimento horário = 0,85
Rg - fator de rendimento geral = 0,80
Tp - tempo de perfuração = 1 horas
Fa - fator de operações auxiliares = 1,00
Dessa forma, substituindo os valores na equação, tem-se a capacidade de produção
horária da perfuratriz de 130 t/h.
A produção mensal requerida e o respectivo tempo para cumprir com a produção de
acordo com a produção horária do equipamento, para cada processo, são demonstrados nas
tabelas a seguir:

Perfuração processo
Produção(t/mês) 20.000
N° de furos por mês 154
Capacidade de produção horária 130
Horas necessárias de trabalho/mês 154
Dimensionamento da Perfuratriz
Os trabalhos com a carreta perfuratriz e o compressor serão responsáveis por cumprir
com a meta mensal de 14.285,71 toneladas/mês, o dimensionamento da perfuratriz é
demonstrado na tabela a seguir:
Dimensionamento da Perfuratriz
Trabalho horário mensal 176
Disponibilidade (%) 90%
Horas disponíveis de trabalho/mês 158 h
Capacidade de produção horária 130 t/h
Capacidade máxima de produção mensal 20.680 toneladas
Meta de produção mensal 20.000 toneladas
Horas necessária de trabalho/mês 154 h
Quantidade de perfuratriz necessária 0,98 und.

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Portanto, será necessário 01 (um) conjunto carreta perfuratriz e compressor para
conseguir cumprir com a meta de produção mensal, considerando que apenas uma perfuratriz é
capaz de produzir 20.680 toneladas/mês e a produção requerida é de 20.000 toneladas/mês.
Considerando índices de disponibilidade e utilização, os trabalhos de perfuração contam
com 158 horas disponíveis, das quais, 154 horas estarão a cargo dos trabalhos de perfuração, o
restante das horas serão aproveitadas na abertura de frentes e construção de rampas, pois nestas
operações a malha e o comprimento do furo são menores, o que demanda um maior tempo de
manobra do equipamento em relação ao tempo efetivo de perfuração.
A COMGEO conta atualmente, com 02 (dois) conjuntos de carreta perfuratriz e
compressor (conforme descrito na tabela de investimentos na lavra), estando disponível para
atender um possível aumento de produção.

7.1.2 Custos de Perfuração


Discriminação Custo (R$/t)
Óleo diesel 0,60
Manutenção (compressor perfuratriz) 0,30
Óleo lubrificante 0,10
Jogo de hastes + broca 0,10
Total da perfuração: 1,10
Obtendo para a perfuração um custo de R$1,10 a tonelada de minério.

7.2. DESMONTE

7.2.1. Especificações do desmonte


Geometria dos furos:
Seerá utilizando o princípio de número linhas tendo como exemplo o seguinte arranjo
dos furos:

3ªLinha

2ªLinha
2,0m
0m
1ªLinha 4,0m

Carregamento dos furos

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Carga de fundo = 1 bananas = 3,197kg/0,6096m = 5,24 kg/m
Carga de Coluna = Anfo (Nitrato + óleo diesel) + 1 banana = 37,329 kg/8,81m = 4,23kg/m
Obs: Cada caixa possui 8 bananas de 3” x 24” e cada saco de ANFO possui 25kg.
Altura da Carga de Fundo
A Carga de Fundo é composta por 2 bananas, logo:
Hcf = 1 x 24” = 24” = 24 x 0,0254 = 0,6096m
Considerando 10% de confinamento: Hcf = 0,6096x 0,9 Hcf = 0,54m
Altura da Carga de Coluna
Hcc = Lfuro – Ltampão - Lfundo Hcc = 10,85 – 1,50 – 0,54 Hcc = 8,81 m

# Características do Explosivo
Banana
Diâmetro = 3” = 3 x 2,54 = 7,62 cm
Área =  R2 = 3,1416 x (3,81)2 = 45,60 cm2
Comprimento = 24” = 24 x 2,54 = 60,96 cm
Vol. = área x comprimento = 45,60x 60,96 Vol. = 2780 cm3
M = Vol. x d = 2780 x 1,15 = 3197g M = 3,197kg (por banana)
ANFO (Nitrato + Óleo diesel)
Diâmetro = 3,5” = 3,5 x 2,54 = 8,89 cm
Área =  R2 = 3,14 x (4,44)2 = 45,58 cm2
Vol = área x Hcc = 45,58 x (881) Vol = 40155,98 cm3
M = Vol x d = 40155.98 x 0, 85 = 34132,50 M = 34,132 kg
Quantidade de Kg por Furo:
Qpf = Mbanana + MANFO Qpf = (3,197 x 2) + 34,132 Qpf = 40,52 kg
Parâmetros de plano de fogo
Afastamento(m) 2,00
Espaçamento (m) 4,00
Altura da bancada (m) 10,00
Inclinação do furo 15°
Diâmetro do furo (pol) 3,50
Área desmonte por furo (m²) 8,00
Volume por furo (m³) 80,00
Densidade in situ (t/m³) 2,40
Comprimento do furo (m) 10,85
Tampão (m) 1,70
Sub-Furação (m) 0,50

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Os demais dados variam em função da produção mensal, o número de furos, razão de
carga, produção mensal entre outros, é demonstrado nas tabelas a seguir:

Plano de fogo
Número de furos por mês 154
Produção por furo (t) 192
Produção por mês (t) 20.000
Carga explosiva por furo (kg) 35,5
Carga explosiva por mês (kg) 2.641
Razão de Carga (g/t) 185

7.2.2. Custo de Explosivos

Nas detonações serão utilizados explosivos do tipo ANFO, sendo usado o Nitrato de
Amônio com 04% de óleo diesel as cargas serão reforçadas e iniciadas por explosivos
industriais de potência média, Dinamites, em cartuchos de 3”x24” . Cada furo recebe uma
carga de acordo com o plano de fogo calculado para se obter um desmonte e granulometria da
rocha, compatíveis com o equipamento utilizado no carregamento, transporte e britagem do
minério.
A iniciação será feita com espoleta e cordel detonante, sendo usados retardos para se
obter uma melhor fragmentação da rocha desmontada. Afim de se limitarem às vibrações nas
propriedades vizinhas, será feito um controle da quantidade de explosivo detonado por cada
tempo fazendo o uso de retardos.
O custo com acessórios foi avaliado conforme parâmetros usuais na mineração. O
iniciador (conjunto espoleta/estopim) é consumido em um total de dois, por desmonte efetuado.
Os retardos são consumidos conforme o número de linhas (afastamento) contidas na malha,
atualmente, usa-se duas linhas e para cada linha são gastos dois retardos, portanto, cada
desmonte efetuado consome um total de quatro retardos.

Discriminação Custo (R$/t)


Explosivo 1,30
Cordel 0,20
Iniciador 0,06
Retardo 0,04
Total do desmonte: 1,60

Obteve-se um custo total com explosivos, por tonelada, de R$1,60

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7.3 CARREGAMENTO E TRANSPORTE

O carregamento do minério na frente de lavra e o decapeamento será realizado por


escavadeira Hidráulica 36 toneladas, equipada com motor com potência de 190 KW e volume
de caçamba igual a 2,1 m3.

Equipamento: Escavadeira 36 toneladas


Local de trabalho: Minério
Densidade In situ (t/m³) 2,4
Escavabilidade do material Difícil
Fator de Enchimento 90%
Fator de eficiência da operação 80%
Densidade Empolada (t/m³) 1,60
Capacidade Caçamba (m³) 2,00
Capacidade operacional (t) 3,00
Ciclo de carregamento (s) 30
Ciclos por hora 100

Para a escavadeira foi feito a estimativa do desempenho em m³/h. Para chegar a valores
do desempenho horário efetuou-se a multiplicação da densidade empolada em t/m³ ( ρe ) pela
capacidade da caçambado equipamento em m³ (C c); número de ciclos em uma hora ( N c ); fator
de enchimento ( F enc) e o fator de eficiência operacional ( F e. op), divididos pela densidade in situ

ρ e x C c x N c x F enc x F e .op
(ρr). Dm =
ρr

Substituindo os valores na equação anterior tem-se o rendimento médio do


carregamento em m³/h.
1,60 x 2,10 x 10 0 x 0,90 x 0,80
Dm =
2,40

Dm = 100 m³/h

Para ter-se o desempenho em t/h ( D h), basta multiplicar o desempenho em m³/h ( Dm)
pela densidade empolada (t/m³), resultando em um valor em toneladas por hora.

Dh=D m x ρe
Ou seja:
D h=10 0 x 1,6 D h=¿ 160 t/h

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A produção mensal requerida e o respectivo tempo para cumprir com a produção de
acordo com a produção horária do equipamento, para cada processo, são demonstrados nas
tabelas a seguir:

Carregamento
Produção requerida (t/mês) 20.000
Capacidade de produção horária 160
Horas programadas/mês 125h

Dimensionamento do carregamento
Os trabalhos com o carregamento do minério na frente de lavra serão responsáveis por
cumprir com a meta mensal de 20.000 toneladas, o dimensionamento da escavadeira é
demonstrado na tabela a seguir:

Dimensionamento da Escavadeira
Trabalho horário mensal 176 h
Disponibilidade (%) 90%
Horas disponíveis de trabalho/mês 160 h
Capacidade de produção horária 160 t/h
Capacidade máxima de produção mensal 25,600 toneladas
Meta mensal de produção total 20.000 toneladas
Horas necessária de trabalho/mês 140 h
Quantidade de escavadeiras necessária 0,8 und

Portanto, será necessário 01 (uma) escavadeira 36 toneladas para conseguir cumprir


com a meta de produção mensal, considerando que apenas uma escavadeira é capaz de
produzir 25.600 toneladas/mês e a produção requerida é de 20.000 toneladas/mês.
Considerando índices de disponibilidade e utilização, os trabalhos com a escavadeira
contam com 160 horas disponíveis, das quais, 140 horas estarão a cargo dos trabalhos de
carregamento na frente de lavra, o restante das horas será aproveitado na abertura de frentes,
construção de rampas, remoção de estéril, deslocamento entre frentes de lavra, e reserva para
futuros aumentos de produção, entre outros.
A Comgeo conta com 01 (uma) escavadeiras 36 toneladas (conforme descrito na tabela
de investimentos na lavra), estando disponível para atender um possível aumento de produção.

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7.3.1. Transporte de Minério

A remoção do material da frente de lavra será feita por Dois caminhões Mercedes
MB2831. Os Mercedes são caminhões trucados, equipados com eixo duplo e caçamba
basculante reforçada, com capacidade de 18 m3.
A distância entre a frente de lavra e o britador é aproximadamente 500m de distância. A
velocidade média neste percurso é variada conforme a qualidade das vias de acesso.

Caminhões
Densidade in situ (t/m³) 2,4
14m³
Fator de Enchimento 85%
Densidade Empolada (t/m³) 1,6
Capacidade operacional (t) 19t

Com os ciclos dos caminhões foi possível calcular o desempenho médio (t/h)
relacionando o tempo de ciclo com as velocidades do caminhão vazio e carregado e a distância
percorrida, como mostra a equação a seguir:
Sendo:
Dcam- Desempenho médio do caminhão (t/h)
C } ¿¿ – Capacidade operacional do caminhão (t)
T DM – Tempo de descarga e manobra (h)
T CM – Tempo de carga e Manobra (h)
V vazio – Velocidade caminhão vazio (km/h)
V carregado- Velocidade caminhão carregado (km/h)
Dist – Distância média de transporte (km/h)
Nc = Número de caminhões (und)
O ciclo do caminhão é = 5 min para carga e descarga e 6 min para fazer o percurso entre
a frente de lavra e a britagem perfazendo 5 ciclos por hora para carga e descarga.

O desempenho médio do transporte foi calculado para cada processo, haja vista que a
distância implica na alteração do número de caminhões necessários para conseguir cumprir
com a produção requerida. O desempenho médio (t/h) e o respectivo tempo para cumprir com a
produção de acordo com a produção horária do equipamento, para cada processo, são
demonstrados nas tabelas e equações a seguir:

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Transporte
Capacidade operacional caminhão (t) 19t
Distância média de transporte (km) 0,5
Número de caminhões (und.) 2
Rendimento (t/h) caminhão 180
Rendimento (t/h) conjunto caminhão +
160
escavadeira
Produção requerida (t/mês) 20000
Horas de trabalho 140
Portanto para esse processo, será alcançando um rendimento horário de 160 toneladas
por hora, com dois caminhões e uma carregadeira trabalhando em conjunto
O número de caminhões foi calculado conforme a distância entre a mina, de tal forma
que alcance a sincronia com a produtividade da escavadeira.
Considerando índices de disponibilidade e utilização, o restante das horas será
aproveitada na abertura de frentes de lavra, desenvolvimento da mina e remoção de estéril,
entre outros e estando disponíveis para atender um possível aumento de produção.

7.3.2. Operações Auxiliares


Como forma de auxiliar o bom condicionamento das operações de lavra, a Comgeo
conta com os seguintes equipamentos:
- 01 (um) caminhões pipa para garantir a umidificação das vias de acesso;
- 01 (uma) carregadeira Volvo L120 para realizarem serviços de limpeza; alimentação
do britador e trabalhos de recuperação ambiental e carregamento do calcário vendido;
- 01 (uma) escavadeira Volvo EC210Blc adaptada com rompedor hidráulico para
garantir redução granulométrica dos blocos de rocha detonados mas com tamanhos excessivos
à abertura do britador.
- 01 (um) Trator Ford, auxiliando na locomoção do comboio de abastecimento,
transporte de explosivos, entre outros.

7.3.3. Custo das operações auxiliares


Trato
Ford 14000 Caminhão16 Escavad. EC 210 b
Discriminação r
Pipa (R$/t) 18 (R$/t) (RS/t)
(R$/t)
Combustível 0,06 0,02 0,04 0,28
Lubrificação 0,02 0,01 0,02- 0,07
Manutenção 0,06 0,02 0,03 0,27
Sub-Total 0,14 0,04 0,09 0,62
Total (R$/t) 0,89

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7.4 CUSTOS DE CARREGAMENTO E TRANSPORTE

7.4.1. Custo de Carregamento

Liebherr 944 Custo (R$/t)


Óleo diesel (30 Lt/h) 1,10
Lubrificação 0,16
Manutenção 0,54
Total: 1,80

Volvo L120 Custo(R$/t)


Óleo diesel 0,80
Lubrificação 0,17
Manutenção+ pneus 0,43
Total: 1,40

7.4.2. Custo de Transporte

Transporte Custo (R$/t)


Óleo diesel 1,30
Lubrificação 0,20
Manutenção + pneus 1,00
Total: 2,50

8. CUSTOS E CRONOGRAMA DE LAVRA


8.1. MÃO-DE-OBRA OPERACIONAL DA LAVRA
Os custos com mão de obra na lavra são apresentados .
 Mão de obra :

Nº de Salário Salário Total Total + Total


Funcionários
func. (R$) (R$) encargos Geral
4.320,0
Ajudante de Mineração 2 1200,00 1440,00 2160,00
0
Operador perfuratriz 1 2500,00 3000,00 4500,00 4.500,00
Encarregado mina 1 2500,00 3000,00 4500,00 4.500,00
10.800,0
Motorista 3 2000,00 2400,00 3600,00
0
4.500,0
Operador de Escavadeira 1 2500,00 3000,00 4500,00
0
4.500,0
Operador de Pá Carregadeira 1 2500,00 3000,00 4500,00
0
5.400,0
Mecânico de manutenção 1 3000,00 3600,00 5400,00
0

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2.160,0
Vigia 1 1200,00 1440,00 2160,00
0
Total 11 0
Total anual = 488.160,00
O custo de mão de obra correspondente à produção anual está calculado na tabela a seguir:

Custo(R$/t
Discriminação )
Mão de obra lavra 4,88

8.2. CUSTO TOTAL OPERACIONAL DE MINA


Discriminação Custo (R$/t)
Mão-de-Obra 4,88
Perfuração 1,10
Carregamento 3,20
Explosivo 1,60
Op. Auxiliares 0,89
Transporte 2,50
Ajustes 0,08
Total 0

8.3. CRONOGRAMA FÍSICO DA LAVRA

Discriminação Ano 01 Ano 02 Ano 03 Ano 04 Ano 05 Ano 06 Ano 07 Ano 08 Ano 09 Ano 10
Planejamento x x x x x x x x x x
Construções e Edificações x
Aquisição deEquipamentos x x
Preparação de Serviços x x
Implantaçã
Lavra Líquida (ton) 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000
o
Recuperação Ambiental x x x x x x
Discriminação Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
Planejamento x x x x x x x x x x
Construções e Edificações
Aquisição de
Equipamentos x x
Preparação de Serviços x x
Lavra Líquida (ton) 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000 100000
Recuperação Ambiental x x x x x x

16
9. ESCALA DE PRODUÇÃO

O minério destas jazidas será destinado para o uso como Calcário para Corretivo
Agrícola, abastecendo a usina de beneficiamento com uma produção mensal de
aproximadamente 20.000 toneladas/mês para obter uma produção líquida de 14300t/mês
durante um período de sete meses no ano.

9.1. VIDA ÚTIL

A somatória das Reserva Medida e de 7.740.326,78 toneladas, com uma vida útil
para esta jazida de aproximadamente 387 anos. Com o aumento de produção esperado
ao longo do funcionamento do empreendimento está vida útil poderá ser reduzida

9.2. DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO

O processo a ser implantado é semelhante ao utilizado em outras unidades de


mineração, com duas etapas principais: lavra e beneficiamento mineral
A escala de produção e a vida útil prevista são suficientes para os investimentos
em equipamentos e instalações do empreendimento e permitem manter custos
operacionais em níveis compatíveis com o valor de comercialização dos produtos finais.
Em função dos parâmetros acima citados, considerando-se 5 dias de trabalho por
semana, com 4 horas do Sábado para manutenções, utilizou-se os seguintes dados e
parâmetros nos estudos de lavra e o beneficiamento mineral da jazida:

Para Lavra:
Regime de trabalho por ano: 7 meses/ano
Regime de trabalho por mês: 22 dias/mês
Carga de trabalho diária: 8 horas
Minério lavrado por mês:
20.000

Para o beneficiamento:
Capacidade Britagem 8h/dia 160t/h
Capacidade Moagem 14.300t/mês
Regime de trabalho por ano 154 dias/ano
Regime de trabalho por mês 22 dias/mês
Carga de trabalho diária 8 horas
Caso a demanda pelos determinados produtos venha a aumentar e as condições
de mercado permitam, a escala de produção da lavra poderá aumentar sem maiores
investimentos.

10. INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS À LAVRA

Os equipamentos são bens adquiridos e necessários tanto para desenvolvimento


da lavra quanto para o processamento mineral.

Razão
Quant Valor Valor Total de Depreciação(
Discriminação
. (R$) (R$) Deprecia R$)
ção(%)
Carreta Perfuratriz PW 1 80000 80000 10% 8000
Compressor Chicago
1 110000 110000 10% 11000
900Q
Pá Carregadeira Cat
1 600000 600000 10% 60000
950 H
Escavadeiras Liebherr
1 740000 740000 10% 74000
944
Caminhões Mercedes
2 300000 600000 10% 60000
MB2831
Máquinas e
3 6000 18000 10% 1800
Ferramentas
Camionete 1 80000 80000 10% 8000
Construção de Paiós 4 10000 40000 10% 4000
Caçamba 1618 1 70000 70000 10% 7000
Trator Ford 4600 1 40000 40000 10% 4000
Ford 14000 Pipa 1 40000 40000 10% 4000
Total 0 10% 0

O custo de depreciação com os equipamentos de lavra foi de R$241.800,00


tendo sido este valor depreciado a uma taxa de 10%, com valor residual de 20% .
Depreciação = R$ 241.800,00 – 48360 = 193.440,00 por ano
Obtemos um custo de depreciação por tonelada equivalente a
R$193.440,00/100.000 toneladas produzidas por ano, sendo este valor = 1,94 R$/ t.
10.1 AMORTIZAÇÃO DA JAZIDA

A amortização do investimento para as jazidas foi calculada baseada no valor de


aquisição e de pesquisa, acrescidos das despesas com desenvolvimento e licenças.
Sendo o valor a ser amortizado de R$ 500.000,00, por um período de 20 anos.
AMORTIZAÇÃO ANUAL = 500.000,00/20ANOS, considerando juros reais de
10% aa. capitalizados no fim do ano, amortização anual de R$ 56.000,00 e produção de
100.000t ano, teremos um custo de amortização de R$ 56.000,00/100.000t = R$ 0,56/t

ANO OPERAÇÃO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

AMORTIZAÇÃO 56,000 56,000 56,000 56,000 56,000 56,000 56,000 56,000 56,000 56,000

VALOR RESIDUAL 500,000 488,400 475,640 461,604 446,164 429,181 410,499 389,949 367,344 342,478

ANO OPERAÇÃO 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

AMORTIZAÇÃO 56,000 56,000 56,000 56,000 56,000 56,000 56,000 56,000 56,000 5,809

VALOR RESIDUAL 315,126 285,038 251,942 215,537 175,490 131,439 82,983 29,681 -28,950 -38,235

CUSTO TOTAL DA LAVRA POR TONELADA

Discriminação Custo (R$/t)


Custo operacional 14,25
Depreciação 1,94
Amortização 0,56
Ambiental 0,23
Total 0

11. HIGIENE E SEGURANÇA

11.1. HIGIENE E ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Os trabalhos de lavra (perfuração, desmonte, carregamento e transporte) nas


minas em questão serão executados em 22 dias por mês, não sendo necessário a
construção de alojamentos, uma vez que a indústria a qual o minério irá abastecer fica
próxima da cidade de Faina, distando apenas 18 km. As instalações necessárias de
escritório, almoxarifado, oficina, refeitório, sanitários serão utilizadas na indústria, para
onde todo o material extraído será destinado. Os funcionários moram em cidades
próximas as indústrias. A água para consumo será captada de um córrego que passa
próximo às instalações industriais.
Os locais de trabalho e frentes de lavra serão mantidos devidamente limpos,
coletando-se os lixos e os rejeitos produzidos nas atividades em geral, removendo-os e
estocando o lixo em um aterro sanitário construído pela empresa e localizado na área da
indústria. O estéril das operações de lavra será todo colocado nos bota-foras, os quais
ficarão localizados a uma distância média de 1000m das frentes de lavra das minas.
Os funcionários terão à disposição um local para troca de roupa com banheiro e
sanitário, a estrutura sanitária é completa, dotada de fossa séptica, procedendo-se o
tratamento dos dejetos por uma empresa terceirizada, contratada para tratar e
transportar.

11.2. SEGURANÇA

A segurança do trabalhador é um item importante nas empresas e tem por


objetivo a sua proteção em local de trabalho, a qual envolve prevenção de riscos e de
acidentes nas atividades visando a sua integridade com o objetivo de obter um número
de acidentes zero com uma máxima produção possível.
Toda atividade mineira tem seus riscos e todo risco gera um perigo de acidente,
indesejável em qualquer profissão e em qualquer empresa, logo a implantação de uma
política de segurança, seguindo pelo cumprimento das exigências legais, proporciona a
Empresa uma maior segurança e satisfação dos funcionários e com isso melhora na
produção. Estes acidentes podem ser minimizados e até mesmo totalmente evitados com
o uso dos Equipamentos de proteção Individuais, conhecidos como EPI’S, e com a
prática diária da política de segurança passada aos funcionários através de treinamentos,
preenchimento de APR’s (análise preliminar de risco), capacitação e por meio de uma
constante fiscalização de suas atividades realizada por funcionários treinados e
supervisionada pelos gerentes. Serão adotados pela empresa os seguintes procedimentos
e normas:
 Inspecionar os trabalhos para corrigir condições e atos inseguros;
 Realizar análise preliminar de risco das atividades realizadas no trabalho para
determinação de seus pontos críticos;
 Investigar acidentes, suas causas, o que contribuiu para que ocorresse e tomar as
providências necessárias aos acidentes e para que eles não voltem a ocorrer;
 Manter arquivado registro de ocorrência de acidentes de trabalho e doenças
profissionais;
 Preparar normas regulamentadoras para cada setor da empresa;
 Instruir os funcionários no campo e em sala de aula sobre a prevenção de
acidentes;
 O manuseio de explosivos será feito apenas por funcionários treinados e
qualificados, tendo na gerência do carregamento um blaster autorizado. As
detonações serão feitas somente após isolamento da área de risco. Todas as
normas e procedimentos necessários ao uso e manuseio de explosivos adotados;
 O trabalho de perfuração será feito por pessoal qualificado, os locais de trabalho
devem ser mantidos limpos e desimpedidos. As estradas e vias de acesso serão
mantidas desimpedidas, livres de pedras e entulhos, caminhão pipa fará a
umidificação das estradas evitando a emissão de material particulado na
atmosfera;
 Os operários farão uso obrigatório dos equipamentos de proteção (EPI’S).
Capacetes, luvas, botinas e protetores auriculares, máscaras filtrantes para pó e
abafadores de ruído. Os equipamentos e mangueiras de ar comprimido, serão
revisados semanalmente e mantidos em boas condições de uso.

11.3. PREVENÇÃO DE ACIDENTE

Toda operação em mineração tem um risco iminente de acidente e para que seja
evitado tal acontecimento, serão tomadas medidas de segurança em todos os setores de
trabalho da empresa e rigorosamente fiscalizadas, sendo estas medidas citados a seguir:

11.3.1. Medidas de segurança na perfuração


É possível se fazer uma perfuração com segurança para que não tenha projeções
indevidas, e se obtenha o índice de segurança almejado. Para isso precisamos adotar
medidas a serem rigorosamente cumpridas, estas são:
 A perfuração deve ser cuidadosamente planejada e executada, a fim de evitar
furos fora do ângulo projetado, os quais poderão provocar concentrações de
carga de explosivos em locais indevidos;
 A perfuração deve obedecer a um plano de fogo e cumprir rigorosamente com os
valores estabelecidos para o afastamento, espaçamento e comprimento do furo.
Estes devem ser adequados ao tipo de rocha e homogêneos;
 Projetar e efetuar uma perfuração com o menor ângulo possível de inclinação,
para que haja estabilidade da bancada e se obtenha uma boa projeção dos blocos
de rocha;
 Planejar uma perfuração de bancada com direção e ângulo adequado a se evitar
lançamentos de pedregulhos em direção a máquinas, edificações ou pessoas;
 Se certificar que os furos estão devidamente limpos e com as profundidades
corretas antes de iniciar o carregamento;
 Os operadores de perfuratriz, marteleiros, ajudantes, enfim, todos os
funcionários envolvidos deverão estar usando todos os equipamentos de
proteção individual necessários a sua segurança. São estes:
São EPI’s cujo uso é obrigatório pelo funcionário, não devendo este estar em
sua atividade normal e na sua área de trabalho sem os seguintes EPI’s:
- Capacete de segurança;
- Óculos de segurança sem grau;
- Protetor auricular ou abafador;
- Máscara para pó;
- Luvas de proteção;
- Botinas com biqueiras.
OBS: Os EPI’s citados são de uso obrigatório tanto pelos funcionários das operações de
lavra como também pelos funcionários das operações de Beneficiamento mineral.

11.3.2. Medidas de segurança no carregamento do fogo

As medidas de segurança a serem tomadas durante o carregamento do fogo são:


 É de responsabilidade do blaster ou encarregado de mina a verificação das
condições do furo e planejar seu carregamento;
 Somente os funcionários autorizados poderão manusear os explosivos para
carregamento dos furos, porém sempre sob a supervisão de um blaster;
 Os explosivos devem ser transportados para o local do fogo separadamente dos
iniciadores;
 Os explosivos, espoletas, cordel detonante e demais itens provenientes do paiol
para serem depositados para carregamento devem ser empilhados
cuidadosamente, separando-se os explosivos dosa iniciadores;
 O empilhamento anteriormente citado não deve ser feito em meio aos furos,
deve ser colocado em local afastado e protegido, não tendo neste local fogo
aberto, fios elétricos ou máquinas em funcionamento;
 É expressamente proibido o espalhamento das caixas de explosivo pelos
diversos pontos da área de fogo, a fim de evitar acidentes com detonações
prematuras, cuja consequência seria a propagação para as demais caixas ali
existentes;
 A bancada onde será carregado o fogo deverá estar limpa desimpedida antes de
iniciar o carregamento;
 Se for a necessário fazer escorva, fazê-lo em local isolado com todo
procedimento de segurança exigido para este fim;
 Deve-se ter todo cuidado necessário com a espoleta para evitar o contato com
partículas de areia ou materiais estranhos nesta, que a tornarão mais sensível a
detonação por fricção ou impacto;
 Todo o plano de fogo e seus parâmetros necessários, deve ser planejado com
antecedência pelo engenheiro de minas ou blaster, de modo que o fogo
planejado atinja os resultados esperados sem causar danos a propriedades ou
lesões aos funcionários bem como evitar ao máximo o impacto ambiental.
 Após carregados os furos, estes deverão ser apropriadamente tampados. Um
tampão mal feito ou trincas na borda do furo pode gerar o chamado efeito
cratera, o que projetará pedras a longa distância;
 Os explosivos restantes deverão retornar ao paiol antes da detonação. As caixas
vazias deverão ser recolhidas para posteriormente serem incineradas;
 É vedado o uso de espoletas elétricas em bancadas, seu uso é restrito a situações
específicas;
 É proibido a prática de carregamento em sequência logo após sua perfuração e
ainda quentes. Os furos devem estar totalmente frios e sem nenhuma máquina ou
equipamento nas proximidades. Nenhum furo com temperatura superior a 50ºC
poderá ser carregado;
 É extremamente proibido a permanência de visitantes ou pessoas não
autorizadas, nos locais de preparação do fogo.
11.3.3. Medidas de segurança no Desmonte

Durante a preparação para o desmonte é necessário tomar algumas medidas de


segurança, para o perigo iminente que existe de acidente seja minimizado ao máximo
nesta operação, estas medidas são:
 Estabelecer horários fixos de perfuração, para que as pessoas que rodeiam a área
fiquem habituadas a esses horários e evitem circular pela região durante os
referidos horários;
 Remoção de máquinas, equipamentos e pessoas para distâncias consideradas
seguras antes da detonação;
 Fechar vias de acesso e demais pontos estratégicos, paralisar veículos e tomar
todas as medidas necessárias ao isolamento completo da área da detonação para
se evitar acidentes;
 Sinalizar através de alarme de segurança (sirene) e por buzina do veículo
minutos antes de iniciar a detonação para que se evite a presença de pessoas em
regiões próximas e consideradas de risco durante a detonação;
 Após a detonação aguardar alguns minutos para que a fumaça tenha sido
dissipada e para que haja uma completa ausência de odores tóxicos
característicos dos gases que compõem os explosivos, o encarregado e o blaster
deverão inspecionar a área para verificação da existência de algum risco no local
gerado pela detonação, como por exemplo, uma pedra solta com risco de queda
ou a existência de explosivos não detonados;
 Em caso de ocorrência de alguma anormalidade gerada pela detonação a área
será imediatamente isolada, até eliminação de risco de acidentes e inspecionada
pelo gerente de mina, blaster e engenheiro de minas. Não existindo
anormalidades a área será liberada para os trabalhos de rotina;
 Caso ocorra furo não detonado este não poderão em hipótese alguma ser
descarregados, devendo ser detonados. Sendo este caso considerado como
anormalidade está também enquadrado no item anteriormente citado;
 Os gases gerados pela detonação são tóxicos, não podendo os funcionários voltar
a trabalhar no local enquanto houver vestígios dos mesmos;
 Somente um blaster é autorizado e tem autoridade para dar comando de fogo.
 É importantíssimo que antes da iniciação do estopim se verifique o automóvel
que levará o funcionário do local, este deverá ter uma pessoa ao volante já com o
veículo acionado e pronto para sair do local assim que o estopim for iniciado e o
blaster entrar no veículo.
É importantíssimo e estritamente obrigatório, que toda detonação seja
coordenada por um blaster devidamente autorizado e acompanhado pelo
encarregado de mina.

11.3.4. Medidas de segurança que devem ser observados nos veículos

Os veículos tanto de transporte como de carregamento, deverão ter programação


de manutenção fixada, como revisões globais periódicas. Os caminhões terão
verificações diárias, antes do início dos trabalhos, de seus freios, pneus, limpador de
para-brisa, direção, espelho retrovisor, sinaleiros e níveis de óleos dos cabos, das
esteiras e dos aparelhos de direção e acionamento. A revisão periódica será procedida
em oficina especializada, conforme especificação do fabricante.

12. SINALIZAÇÃO
A sinalização consistirá em instalação de placas e avisos para tráfego de
pedestres, cuidados com animais, funcionários e visitantes, velocidade máxima
permitida e veículos a fim de se ordenar o fluxo de serviços e mercadorias e otimizar a
segurança.

13. RESGATE E SALVAMENTO


Mesmo sendo tomadas todas as medidas necessárias a prevenção de acidentes, é
sempre impossível prever quando este irá ocorrer. Levando em consideração a possível
ocorrência de um acidente em qualquer ponto da empresa, a vítima deverá ser removida
adequadamente para local seguro, onde se procederão os primeiros socorros por uma
pessoa devidamente treinada. Casos mais sérios serão encaminhados ao hospital local e
de acordo com orientação médica, para Goiânia, Anápolis ou Brasília.
Em casos em que não se deva remover a vítima do local, esta receberá os
primeiros socorros no local e será imediatamente providenciada uma equipe de socorro
com ambulância e médico devidamente preparado para o pronto atendimento e
encaminhamento do indivíduo ao hospital.
14. GERENCIAMENTO DE RISCO
No presente projeto são contemplados os riscos físicos devido a natureza da
atividade desenvolvida, que são os seguintes:
 Prevenir a exposição dos trabalhadores aos ruídos mediante a utilização de
abafadores. Monitorar semestralmente os trabalhadores expostos com controle
médico.
 Quanto a proteção respiratória, uma vez que as atividades de lavra acontecem a
céu aberto, os operadores de perfuratriz usarão máscaras e abafadores não
havendo necessidade de cuidados adicionais.
 Investigação e Análise de acidentes de trabalho será realizada por uma equipe
técnica no início do trabalho, prevenindo acidentes e adotando procedimentos
seguros.
 Quanto a ergonomia e organização do trabalho, como temos dois funcionários
trabalhando na carreta de perfuratriz, o equipamento é desenvolvido para
proporcionar um bom manuseio, facilitando o desempenho e o conforto do
operador. Manter o ambiente e a área de trabalho sempre limpa e organizada.
 Os riscos em espaços confinados são minimizados com a proteção das partes
móveis dos motores do compressor e dispositivos de segurança na pá
carregadeira e caminhões.
 Máquinas e equipamentos terão utilização de forma segura com proteção a
possíveis acidentes
 Quanto ao plano de Emergência, em casos de acidentes prestar primeiros
socorros no local, em seguida remover para um hospital mais próximo, caso
necessário

15. IMPACTO AMBIENTAL CAUSADO PELA MINERAÇÃO E


MEDIDAS MITIGADORAS
As atividades de mineração são de certa forma degradante ao meio ambiente,
porém seu impacto ambiental pode ser minimizado através de medidas mitigadoras,
adotadas pela Mineração em questão e citadas a seguir. A explotação de calcário que
temos nesta propriedade é uma atividade modificadora do meio ambiente e está deverá
restringir-se àquelas partes onde atualmente constituem-se na elevação sustentada por
afloramentos de calcário e recoberta por vegetação arbustiva/arbórea onde as principais
espécies vegetais como aroeira, angicos, etc., em sua grande parte já foram retirados e
por pastos onde poucas espécies da vegetação original ainda podem ser encontradas.
Nesta área, o impacto ambiental ocorrido e de grande significância é
representado pelo desmatamento, bem como pela abertura de estradas de acesso a
jazida, de avanços ao minério, que tem como consequências serem modificadoras da
flora e da fauna local.
A lavra está localizada em área limitada com relação estéril/minério baixa em
comparação com outros tipos de mineração. É recomendado que a remoção do solo
necessária seja realizada logo após o decapeamento. O decapeamento consiste na
retirada de vegetação, do solo e rocha para alcançar o minério a explotar. O capeamento
existente é retirado de forma mecânica e direcionado ao bota-fora. As Operações
mecânicas de decapeamento deverão ser realizadas de preferência no período de
estiagem, nunca com o solo úmido ou molhado, para que o sistema de aproveitamento
do solo seja melhorado e para otimização do trabalho.
Há também, durante as atividades mineiras a poluição sonora causada pelo
trabalho com equipamentos de perfuração, e também a poluição provocada pela poeira
gerada na perfuração e pelos gases gerados nas detonações.
O rejeito gerado pela lavra constitui-se de areia e rejeito de rocha os quais serão
depositados em locais previamente estabelecidos pela empresa (bota-fora). A areia e o
solo serão estocados em locais separadamente em pilhas de até 5m de altura, com
taludes estabilizados, para posterior uso na recomposição e reconstituição das áreas
mineradas. Durante o armazenamento do material faz-se necessário proteger o solo
orgânico de ações erosivas provocadas pela água e pelo vento, e manter suas
características de fertilidade para ser aproveitado nos projetos de recuperação das áreas
degradadas. Os funcionários envolvidos nestas operações serão treinados e terão plena
consciência de como realizar seu trabalho preservando o solo para aproveitamento no
futuro. Este procedimento não acarretará aumento nos custos do processo de lavra,
calculado neste plano.

15.1. MEDIDAS MITIGADORAS

Quanto à modificação ambiental causada pela extração de minério será realizado


um replantio de área degradada, através de plantação de árvores nativas em região
próxima. O reflorestamento será realizado formando um “cinturão verde” em todo o
entorno das instalações, que funcionará como barreira contra ruídos e disseminação de
poeiras, melhorando também o aspecto estético e visual da área.
A poluição sonora e emissão de poeira causada pelos equipamentos serão
minimizadas também através da utilização dos equipamentos de proteção individual
necessários as referidas atividades, pelos funcionários.
Os gases de detonação e provenientes de motores a combustão dissipam-se
rapidamente na atmosfera, não causando maiores problemas, ainda assim deverá ser
rigorosamente seguido um plano de diagnósticos para manutenção das máquinas e
equipamentos. Será realizado um balanceamento na carga explosiva onde será
misturados o Nitrato de Amônio com óleo diesel para que haja um equilíbrio nos gases
e ao detonar obtenha-se uma fumaça balanceada em oxigênio a qual terá melhor
dissipação na atmosfera.
- Deve-se adotar um plano de fogo adaptado às características geomecânicas das
rochas, de forma a evitar ultra lançamentos de pedras e reduzindo a emissão de poeiras.
Para um dimensionamento do plano de fogo evitando também excessos de energia,
emissão de gases, propagação de vibrações, sobre pressão de ar e ultra lançamentos
deve-se conhecer:
- As propriedades fundamentais dos explosivos (Velocidade de detonação, força,
formação de gases, sensibilidade, etc.).
- As características da rocha (fraturamento, densidade e presença de água, entre
outras).
- Abertura de canaletas circundando cavas de lavra, áreas de instalações e de
depósitos de estéril para captação de águas pluviais. Estas águas serão conduzidas para
bacias de decantação de sólidos.
- Deve-se implantar sistema de drenagem superficial e, se necessário, sub
superficial, os quais devem ser desobstruídos periodicamente, a fim de contribuir para a
proteção dos corpos de bota-fora da ação erosiva da água, bem como de possíveis
escorregamentos. Os taludes dos corpos de bota-fora precisam ser protegidos da ação
erosiva da água e escorregamentos, através de cobertura vegetal. Esta medida também
visa a proteção erosiva da ação do vento. Para possibilitar a implantação de cobertura
vegetal, é necessário recobrir os taludes com a camada de solo fértil, retirada a partir do
decapeamento. A avaliação periódica do desempenho da proteção vegetal é um fator
importante e, caso se mostre necessário, deve-se recorrer à utilização de adubos e
corretivos do solo.
16. MANUTENÇÃO DAS VIAS DE ACESSO E SEGURANÇA DO
TERRENO

O porte das vias de acesso deve ser restrito e compatível com o tráfego previsto
para o empreendimento. Os cortes e aterros, caso haja necessidade, devem ser
realizados segundo critérios técnicos específicos para cada condição de terreno,
levando-se em consideração a topografia e as características geológicas e geotécnicas do
solo. O corte executado em rocha e a face das bancadas de lavra terão inclinação entre
15º a 25º com a vertical (ângulo estável). O corte e aterro executados em terra terão
taludes de 45º. Os taludes de corte ou aterro devem ter proteção superficial contra
erosão, como por exemplo, cobertura vegetal e sistema de drenagem. A pista de
rolamento de estrada de terra deve possuir abanhamento transversal, proteção de laterais
e drenagem para reduzir os efeitos da erosão pluvial. A poeira gerada no carregamento e
na movimentação de caminhões e máquinas deve ser reduzida através da umidificação
das estradas e do material transportado.
O estéril gerado pela lavra consistirá de terra do capeamento e fragmentos de
rocha na proporção de 10m3. Parte deste material será usado no aterro das estradas de
acesso às bancadas e frentes de lavra e o restante deverá ser deslocado da frente de
trabalho para o bota-fora, retornando ao local de origem de acordo com a evolução da
lavra.

17. FECHAMENTO DE MINA


17.1. UTILIZAÇÃO ULTERIOR DA ÁREA

Como o potencial de uso da área do empreendimento pelo porte de suas reservas


é seguramente mais de 30 anos, propõe-se a recomposição original de pastagem e mata,
através do plantio de árvores nativas e frutíferas. O período total de geração de rejeitos e
retorno ao local original é previsto como de 10 anos, respeitando-se situações
específicas que poderão alterar este ciclo. O solo residual presente em volta e acima do
corpo do minério maciço será retirado com uso de pá carregadeira e estocado
proximamente para posterior recuperação da área.
Por ocasião do encerramento das atividades, as bancadas existentes terão suas
faces refeitas com taludes estabilizados recobrindo-se a área da mina com a terra
previamente estocada, em seguida será providenciado o replantio descrito, com espécies
nativas da região os trabalhos de recuperação devem ser conduzidos em concomitância
com os da fase de implantação e funcionamento da mineração, e não somente por
ocasião da sua desativação. É conveniente, ainda, que os objetivos da recuperação
estejam em consonância com aqueles previstos com o uso posterior da área recuperada.
O custo previsto na recuperação ambiental e Fechamento da Mina será o
correspondente a 200 horas por ano de trabalhos efetivos utilizando pá carregadeira
Volvo L120 com potência do motor de 180Kw e capacidade da concha de 3,5 m³,
totalizando custo anual R$ 40.000,00. Este custo será efetuado durante o período de
vida útil da mina para recuperação ambiental e Fechamento da Mina, totalizando um
custo de R$0,16 por tonelada. Além disso será criado um fundo, sendo depositado um
fundo de R$0,04 por tonelada para plantio e recomposição vegetal. Dessa forma,
conforme consta no memorial de cálculo de custos da lavra será destinado à recuperação
ambiental e fechamento de mina um custo de R$0,20 por tonelada.

17.2. FECHAMENTO DE ESTRADAS EM DESUSO

Estradas, bem como todas as áreas extremamente compactadas, receberão um


tratamento especial, antes de seu fechamento definitivo. Ao longo da mineração, muitas
destas vias recaem em desuso, outras ainda são usadas, mesmo que já obsoletas.
Recomenda-se antecipar o fechamento de áreas desta natureza, através de uma
racionalização do sistema viário interno e das áreas disponíveis, já durante a lavra. O
critério será o de quanto menos área ocupada por estradas, melhor.
O tratamento será primeiramente, uma subsolagem com grade dentada e após
despejo de rejeito por basculamento de caminhões, formando “montículos” de solo ao
lado do outro. Esta superfície, não será aplainada a posterior e sim, mantida com a
formação irregular. Em lugares declivosos, os “montículos” serão associados a
camalhões transversais à estrada, quase em curva de nível, com leve caimento para
liberação das águas de acumulação para o lado interno da mesma.
A rugosidade proporcionará um aumento da superfície ativa, como também a
capacidade de regeneração, muito acima do que em superfícies planas.
Assegurada à drenagem artificial, em bom estado de funcionamento, estas áreas
ficam sujeitas à sucessão espontânea.
17.3. REABILITAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA

Inicialmente a geometria dos taludes será alterada com a supressão das pontas
das bermas por meio de detonação. Esta medida tem dois objetivos principais: a
recomposição topográfica e paisagística (quebra da linearidade do perfil) e a criação de
grupos de blocos dos mais diversos tamanhos, muitas vezes sobrepostos, que formam
nichos ecologicamente importantes. O microclima formado, nestes grupos de pedras,
permite a fixação e o desenvolvimento de espécies animais e vegetais. É objetivo destas
detonações criar aspectos visuais bastante heterogêneos (reentrâncias, pontas, buracos,
micro cavernas etc.), buscando a maior diversificação de habitats possíveis e criando um
efeito de harmonia paisagística.
As detonações acontecerão paulatinamente de baixo para cima, e antecedendo
cada detonação será espalhada na berma imediatamente abaixo, uma camada de solo
matéria orgânica (galhos, folhas, troncos, etc.) previamente estocada quando do
decapeamento da área explorada. Esta camada será mais espessa (30cm) no encontro da
berma com o talude superior, diminuindo gradativamente sua espessura até 5,0cm a
1,5m do ponto inicial, onde deve terminar a faixa de solo recolocado. Assim os
fragmentos de rocha detonados cairão sobre a camada de terra espalhada. Esta camada
solo material orgânico visa favorecer a retenção de água e fornecer nutrientes para
vegetação que ali se instalar.

17.4. TRATAMENTO FINAL DA CAVA

A discussão sobre as formas de reabilitação de cavas e paredes de rocha sã á


antiga. WARTNER (1982), baseado em estudos de sucessão ecológica em ambientes
desta natureza, concluiu que paredes de rochas, remanescentes de mineração, abrigam
um potencial sucessional maior do que quando tratados com aplainamentos e posterior
cobertura de terra. Diz ainda, que a reintegração destas áreas, após a mineração, em um
contexto ambiental ecologicamente relevante é bastante promissor, principalmente
relativo a espécies raras de flora e fauna adaptados a situações extremas.
Por outro lado, isto não justifica a criação de novas estruturas de rocha artificiais,
uma vez que há critérios e impactos associados a este tipo de atividades que merecem
apreciação.
Entre os critérios, inclui-se cuidados na fiscalização da cava, a fim de imprimir
nas superfícies verticais remanescentes um aspecto natural. Trata-se de criar
irregularidades na rocha, fendilhamentos e fraturas, banquetas e degraus em diferentes
alturas, enfim, nichos próprios para o desenvolvimento espontâneo de flora e fauna.
Todas as reentrâncias e saliências representam um alto potencial de regeneração,
facilmente observável em antigas lavras.
Outro critério importante é referente ao fundo da cava no que segue o princípio
de quanto mais irregular melhor. No entanto, sugere-se a manutenção de pequenas
bacias para acúmulo de águas pluviais. Estas bacias enriquecem a diversificação da cava
permitindo a reprodução de vários insetos e anfíbios, dando início a uma cadeia
alimentar.
Além das bacias, haverá a reposição do solo decapeado, sobre as áreas mais
altas, de forma que a vegetação espontânea possa acontecer. Sobre este solo reposto,
haverá uma ligeira euforização com calcário e gesso, conforme descrito no item a
seguir. Após o abandono da área pelos mineradores continuará em vigor a necessidade
de cercamento, impedindo qualquer tipo de perturbação antrópica em especial, o
pisoteio de gado.

17.5. PRESERVAÇÃO DAS ÁREAS RELEVANTES

Conforme descrito na caracterização ambiental deste trabalho, há áreas de


relevância ecológica sobre o decreto de lavra (mata mesofítica de interflúvio). Como
estas, não serão atingidas pela mineração, recomenda-se a instalação de áreas de
preservação. Este gesto visa a manutenção da qualidade dos últimos recursos naturais na
região onde a própria empresa que, por um lado gera degradação, também por outro
lado, agirá como protetora ambiental.
17.6. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

Meio Atributo Ambiental Método de Avaliação Freqüência


Vibrações/Ruídos F.1
Poeiras F.2
Qual da
Físico F.3 Permanente
água/Assoreamento
Ultra lançamentos F.4
Erosões F.5
Fauna B.1
Biótico Permanente
Flora B.2
Incômodos A.1
Saúde Operacional A.2
Antrópico Segurança A.3 Permanente
Alteração da Paisagem A.4
Vetores de Doenças A.5

F.1 - Medição de Freqüência Hz


F.2 - Método do Frasco Coletor
F.3 - Análises Físico-químicas e Bacteriológicas
F.4 - Constatações “In loco”
F.5 - Verificação “In loco”
B.1 - Observação na Presença de Aves
B.2 - Deposição de material em folhagem (Inspeção)
A.1 - Entrevista/Questionário
A.2 - Exames Clínicos (médicos)
A.3 - Relatórios CIPA
A.4 - Observações Visuais/Questionários
A.5 - Observações “In loco”/Questionários
18. BENEFICIAMENTO

O beneficiamento é o processo posterior a extração e responsável pelo tratamento


(primário e secundário), classificação e moagem do produto final para comercialização.
Todo o minério lavrado será destinado a alimentar as plantas de produção nas usinas,
para comercialização de Corretivo Agrícola.
Os processos de beneficiamento são determinados de acordo com as
especificações dos produtos finais. Sendo o beneficiamento do calcário para os nossos
produtos finais realizados da seguinte forma, de acordo com o produto fabricado:
CORRETIVO: Britagem - Rebritagem - Classificação – Moagem
A seguir apresentamos o fluxograma da usina de britagem.

FLUXOGRAMA ESQUEMÁTICO DA BRITAGEM

JAZIDA PERFURAÇÃO DESMONTE CARREGAMENTO


Roc + comp Explosivos Escavadeiras

REBRITAGEM CLASSIFICAÇÃO BRITAGEM TRANSPORTE


Rebritadores peneiras e grelha Britador Caminhões

MOAGEM
PILHA ESTOQUE
Corretivo Corretivo

Venda - Expedição
18.1. BRITAGEM, REBRITAGEM, MOAGEM

A britagem é um processo de fragmentação dos blocos de rocha sendo realizado


na usina por um britador de mandíbulas com boca de tamanho 90x70cm, com
alimentação mecânica através de um alimentador AVG60400. O minério, passará por
uma rebritagem com a função de obter uma fragmentação dos blocos de rocha em
tamanhos ainda menores, sendo realizada em rebritador cônico METSO modelo HP200.
Na rebritagem o minério é reduzido a granulometria máxima de 50 mm. Após a
rebritagem o minério destinado a corretivo agrícola seguirá, através de correias
transportadoras para uma pilha pulmão de estoque e daí seguirá para a moagem e em
seguida será vendido.
A britagem trabalhará inicialmente em 1 turno diário de 8 horas, 5 dias por
semana, 22 dias por mês totalizando 176 horas mensais, em sincronia com o
carregamento e transporte do minério proveniente da frente de lavra na mina. O britador
apresenta produção horária média de 160 toneladas. Sendo assim, atendendo a produção
requerida de 20.000 toneladas por mês e 14.300t líquidas de corretivo e 100.000
toneladas anuais requeridas e planejadas no projeto atual.
Trabalhos britagem
N° de turnos 1
Horas por turno 8
Dias por mês 22
Produtividade britador (t/h) 160

A moagem do minério para produção de corretivo será executada por dois


moinhos de martelos Imetec, com capacidade para 28 toneladas por hora cada
abastecido por correia transportadora, transportando o material da pilha pulmão.
Os moinhos serão regulados para se ter uma granulometria no produto final,
compatível com a sua aplicação, sendo o corretivo moído em granulometria 80%
passante em 50 mesch. Após a moagem o Corretivo é estocado em pilhas ao ar livre.
A moagem trabalha em 2 turnos diários de 8 horas cada, 5 dias por semana, 22
dias por mês totalizando 352 horas mensais. Trabalhando com uma disponibilidade de
90% tem se 320 horas/mês de trabalho efetivo, cada moinho tem capacidade de 28t/h
trabalhando com 2 são 56t/h. Sendo assim, 320h/mês x 56 t/h que resulta em uma
capacidade de produção mensal de 17.920,00 toneladas que atende perfeitamente nossa
demanda mensal de aproximadamente 14.300,00 toneladas mês.
Trabalhos moagem
N° de turnos 2
Horas por turno 8
Dias por mês 22
Disponibilidade (%) 90%
Produtividade moinhos (t/h) 56

Regime de trabalho diário moinho 16 horas/dia


Regime de trabalho mensal 22 dias/mês
Regime de trabalho anual 7 meses/ano
Produção mensal ofertada 17.920 t
Produção mensal 14.300 t

18.1.2 Custos de Britagem e Moagem


São apresentados os custos de produção da britagem e moagem e os gastos com
energia elétrica.
Britagem
Custos de produção (R$/t) 0,50
Energia elétrica (R$/t) 1,00 
Moagem
Total 1,50
1,3
Custos de produção (R$/t)
0
3,5
Energia elétrica (R$/t)
0
4,8
Total
0

Os custos com mão de obra na britagem e moagem são apresentados a seguir:

Nº de Salário Salário + Total


Funcionários Total (R$)
func. (R$) vantag (R$) Geral (R$)

Operador Painel-moinho 2 1500,00 1800,00 3.600,00 7.200,00


Eletricista Industrial 1 2500,00 3000,00 3.000,00 3.000,00
Encarregado de Industria 1 3000.00 3600,00 3.600,00 3600,00
Mecânico de Máquinas 1 2500,00 3000,00 3.000,00 3.000,00
Aux. De Produção+
2 1200,00 1440,00 2.880,00 5.760,00
Balança
Op. De Britador 1 2000,00 2400,00 2.400,00 2.400,00
Op. Carregadeira 1 2500,00 3000,00 3.000,00 3.000,00
Total 9 0 0
Encargos = 50% = 41.940,00
Temos um total de 41.940,00 mensais = R$ 503.280,00 anuais
O custo unitário estimado para a mão de obra empregada na britagem e moagem
é demonstrado na tabela a seguir:
Discriminação Custo(R$/t)
Mão de obra 5,03

DEPRECIAÇÃO

Os Investimentos realizados em equipamentos de britagem e moagem é relatado


na tabela abaixo:

Valor Unit. Valor Total Depreciação


Discriminação Quan. Depreciação (%)
(R$) (R$) (R$)
Britador Furlan de
1 650.000,00 650.000,00 10,00% 65.000,00
90x70
Rebritador cônico
1 600.000,00 600.000,00 10,00% 60.000,00
HP200
Peneiras de 2 e 3 Decks 2 100.000,00 100000,00 10,00% 10.000,00
Transportadores de
7 300.000,00 300.000,00 10,00% 30.000,00
Correia
Ferramentas e
- 30.000,00 30.000,00 10,00% 3.000,00
Equipamentos
Instalações Elétricas 1 300.000,00 300.000,00 10,00% 30.000,00
Construções e
140.000,00 10,00% 14.000,00
terraplenagem
Alimentador Vibratório 1 50.000,00 50.000,00 10,00% 5.000,00
Calha Vibratória 1 30.000,00 30.000,00 10,00% 3.000,00
Transformadores 1 30.000,00 30.000,00 10,00% 3.000,00
Construção de
1 110.000,00 110.000,00 10,00% 11.000,00
galpões(500m²)
Moinhos de Martelo 2 280.000,00 560.000,00 10,00% 56.000,00
Total     0 0

O custo de depreciação com os equipamentos foi de R$290.000,00/ano tendo


sido este valor depreciado a uma taxa de 10%, com valor residual de 20%.
Obtemos um custo de depreciação por tonelada equivalente a R$290.000,00
-58.000,00 = 242.000,00 /100.000 toneladas de minério produzidos por ano, sendo este
valor igual a R$2,42/ t.
CUSTO OPERACIONAL DO MINÉRIO BRITADO E MOÍDO EM R$/T:

Discriminação Custo (R$/t)


Custo do Minério Rom of Mine 16,98
Custo da britagem 1,50
Custo da moagem 4,80
Custo mão de obra 5,03
Custo de depreciação 2,42
Custo Minério 0

18.3 EXPEDIÇÃO

Para garantir que o cliente receba o produto com eficiência existe uma operação
responsável pela expedição do produto final. Os colaboradores e equipamentos nessa
etapa cumprirão com carga horária segundo a tabela abaixo.
Expedição 8 horas/dia
Regime de trabalho mensal 22 dias/mês
Regime de trabalho anual 7 meses/ano
Calcário expedido 100000 t/ano

O calcário industrial e corretivo agrícola será expedido através de uma pá


carregadeira já especificada na descrição das operações de Beneficiamento. Os
funcionários que irão trabalhar na expedição já foi demostrado na moagem e britagem.

18.4 ADMINISTRATIVO E AUXILIAR E ALIMENTAÇÃO


Para que todos os setores acima descritos funcionem, é necessário todo um corpo
gerencial, técnico e auxiliar.
Salário +
Nº de
Funcionários Salário (R$) Encargos
func.
(R$)
Engenheiro de Minas 1 6.000,00 9.000,00
Supervisor Administrativo
1 3.000,00 4.500,00
faturista
Almoxarife 1 1.800,00 2.700,00
Cozinheiro 1 1.400,00 2.100,00
Tec. Segurança 1 1.800,00 2.700,00
Total 5 0 0
Total Anual= 252.000,00
Custo mão de obra administrativo
Discriminação Custo (R$/t)
Mão de obra 2,52
administrativo

18.5 CUSTOS COM ALIMENTAÇÃO

Discriminação Custo (R$/t)


Alimentação 0,31
Total 0,31

19. CUSTO FINAL DO PRODUTO


O produto final do calcário para corretivo agrícola é obtido no fim da moagem,
seu custo final de produção é relatado na tabela a seguir:

CUSTO TOTAL CALCÁRIO AGRÍCOLA


Custo R$/t
30,7
Custo minério moído
3
2,5
Custo M.O administrativa
2
0,3
Alimentação
1
33,5
Custo Total
6

Dessa forma, contabilizando as operações de lavra; britagem e moagem,


amortização, depreciação, mão de obra resultará em um custo unitário de produção de
R$ 33,56 por tonelada do corretivo agrícola.

20. ESTRUTURA DE APOIO OPERACIONAL


A estrutura de apoio operacional é importante para dar o apoio necessário aos
funcionários para que estes possam desenvolver melhor suas funções, esta estrutura para
as atividades de lavra e beneficiamento mineral é composta de:

 Oficina e Almoxarifado
 Escritório, portaria e balança
 Refeitório e Sanitários
 Sistema de energia elétrica
 Depósito de explosivos (Paiol)
 Sistema de água e Esgoto
 Sistema viário Interno

20.1. OFICINA E ALMOXARIFADO

Será utilizada para atendimento de manutenção e reparos em máquinas e


equipamentos mecânicos. A oficina e o almoxarifado têm área projetada de 400m 2, e
efetuará serviços eletrônicos de menor porte nos equipamentos industriais, soldagens
diversas e recuperação de máquinas.

20.2. ESCRITÓRIO, PORTARIA, BALANÇA, REFEITÓRIO E SANITÁRIOS

O escritório servirá para controle de pesagem e passagem de caminhões. Ao lado


deste escritório existirá uma balança com capacidade para 80,00 toneladas e
comprimento de 24 metros.
Para proporcionar melhor conforto e higiene aos funcionários, será construído
também um refeitório onde serão feitas as refeições diárias, e em atenção às normas de
higiene e saúde, banheiros e sanitários junto às unidades industriais.

20.3. DEPÓSITO DE EXPLOSIVO (PAIOL)

Será construído para guardar explosivos e acessórios a serem utilizados na lavra,


serão 4 depósitos, de acordo com as normas de segurança e com as normas de Inspeção
do Ministério do Exército e Corpo de bombeiros.

21. EFICIÊNCIA TÉCNICA E FINANCEIRA DO INVESTIMENTO

A máxima eficiência técnica de um investimento só se torna viável quando for


demonstrada a máxima eficiência financeira.
21.1. CUSTOS TOTAIS ANUAIS (R$/TON)
Capital de Giro
O capital de giro necessário ao empreendimento foi calculado tendo como base
os custos gerados pelos processos de produção de minérios, sendo o valor equivalente a;
produção de 40.000t, Temos o seguinte valor para capital de giro:
40000t Calcário x R$ 33,56/t = R$ 1.342.400,00

21.1.1. Custos sobre Venda


Despesas de Comercialização
As despesas com a comercialização, incluindo comissão de venda, foram
calculadas utilizando como base o faturamento bruto, tendo esta despesa o valor
correspondente a 3% do faturamento bruto.

PIS, COFINS e Cont. Social


De acordo com a legislação em vigor, e considerando a mineração como setor primário
com poucos créditos a compensar, as alíquotas relativas ao Programa Integração Social
e ao Fundo de Integração Social foram calculadas em 1,6% para o calcário industrial e
0% para calcário agrícola. A Contribuição social foi de 1,4%.

Imposto de Renda
Calculado através da aplicação de uma alíquota de 8% sobre 15% do
faturamento, totalizando 1,2% sobre o faturamento bruto.

CFEM
A compensação financeira foi calculada a partir do faturamento líquido do
Corretivo, e calcário industrial, contribuindo com 2% de alíquota neste faturamento.

ICMS
Este imposto não incide atualmente sobre a comercialização de calcário destinado
a agricultura.

TOTAL PERCENTUAL CUSTOS/VENDAS


Corretiv
Discriminação o
Taxa
Despesa de Comercialização 3%
PIS COFINS Contrib. Social 4,73%
CFEM 2%
Imposto de Renda 1,2%
ICMS 0%
TOTAL 11%

21.1.2. Fluxo de Caixa

É a apreciação das contribuições monetárias (entradas e saídas financeiras) ao


longo do tempo de um investimento já constituído. Este fluxo de caixa foi calculado
anualmente sendo constituído por entradas e saídas financeiras durante o período de 30
anos, no qual é baseado o nosso plano.
Considerando para efeitos de cálculo da projeção financeira do investimento,
necessários a implantação do projeto, que os recursos financeiros serão alocados com
capital próprio.
Para calcular as receitas, utilizamos como base o preço atual FOB-Mina de venda
dos produtos, praticados atualmente. O retorno do investimento é de 3 anos, e a TIR é
de 40%.
21.3. LUCRO ANUAL E RECEITA ANUAL ESTIMADA

Para o cálculo do lucro anual consideramos: a receita deduzindo-se os custos


calculados anteriormente. Assim teremos uma projeção estimada do lucro anual do
empreendimento.
Corretivo
Custo e Lucro especifico
agrícola
Discriminação R$ ou %
Custo total de produção/t 26,32
Preço de Venda 55,00
Impostos e CFEM % 11%
Impostos e CFEM R$ 6,05
Produção anual (t) 100000
Custo total/t 33,37
Lucro R$/t 22,63

Lucro Anual e receita


Corretivo
Anual
Discriminação R$
Receita anual 5.500.000,00
Custo total anual 3.337.000,00
Lucro anual 2.130.000,00

Portanto, ter-se-á um lucro anual de R$ 2.130.000,00. O lucro anual calculado neste


plano demonstra a viabilidade do aproveitamento econômico na lavra da mina.
22. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na análise deste plano destacamos os seguintes parâmetros:


- A JAZIDA apresenta ótima qualidade química e reservas suficientes para a produção
proposta no Plano de Aproveitamento Econômico por 77 anos.
O MERCADO abrangido pela indústria está em franco crescimento,
minimizando os riscos inerentes a implantação deste projeto.
O RETORNO DO INVESTIMENTO calculado é bastante atrativo para a
quantidade da produção anual planejada

RAIMUNDO VIANA DUTRA


Engenheiro de Minas
CREA 5957/D.

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