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Governo do Distrito Federal

Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal


Superintendência de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água
Diretoria Regional de Unidades de Conservação II

Informação Técnica n.º 2/2024 - IBRAM/PRESI/SUCON/DIRUC-II Brasília-DF, 01 de março de 2024.

Processo: 00391-00019431/2017-11
Interessado: Jean da Silva Coelho
CPF: 399.646.551-34
Endereço da atividade: SMLN Trecho 3, chácara 144/9 Núcleo Rural Jerivá, Lago Norte
Endereço eletrônico: jeandasilvacoelho@hotmail.com
Telefone: 99633-4457
Coordenadas geográficas: (ZONA: 23S) (15° 43' 48.7297" S 47° 50' 25.7752" W)
Bacia hidrográfica: Lago Paranoá
Atividade licenciada: Execução de Plano de Recuperação de Área Degradada ou Alterada
Prazo de validade: 04 anos

1. INTRODUÇÃO
Trata a presente Informação Técnica sobre o processo 00391-00019431/2017-11
iniciado para acompanhamento de execução de Plano de Recuperação de Área Degradada ou Alterada
- PRADA e analisa o teor dos relatórios de monitoramento (88070898, 113960031 e 134373363).

2. LOCALIZAÇÃO E ZONEAMENTO
De acordo com o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - PDOT
(Lei Complementar n.º 803, de 25 de abril de 2009), atualizado pela Lei Complementar n.º 854, de 15
de outubro de 2012, a área está inserida na Macrozona Urbana, Zona Urbana de Uso Controlado I -
ZUUCI..
Segundo o Mapa Ambiental do Distrito Federal, a área em questão está inserida na Área
de Proteção Ambiental - APA do Planalto Central, Zona de Ocupação Especial, Subzona de Ocupação
Especial de Interesse Ambiental.
De acordo com o Mapa Hidrográfico do Distrito Federal, a área em questão está
inserida na Região Hidrográfica do Rio Paraná, Bacia Hidrográfica do Lago Paranoá e Unidade
Hidrográfica do Lago Paranoá.
Figura 1: croqui da localização da área em recuperação.

3. ANÁLISE
O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD (2229366) foi apresentado para
cumprimento de obrigação de reparar decorrente de acordo de suspensão condicional de processo
firmado entre o interessado e Ministério Público. Foi aprovado pelo IBRAM - Parecer Técnico 1
(35103922) e gerou a Autorização em Unidade de Conservação - AUC 5 (35239257).
Ao longo do processo foram apresentados os Relatório Implantação (61273132),
Relatório de Monitoramento (88070898), Relatório de Monitoramento (113960031), Relatório de
monitoramento (134373363). Essa análise visa a avaliar o conteúdo dos relatórios e as ações
realizadas para que os indicadores ecológicos constantes da Nota Técnica nº 01/2018 sejam a ngidos
e a área seja considerada não degradada. Pela dinâmica do trabalho, a indicação de sucesso das
ações realizadas se baseia na evolução dos indicadores ecológicos, devendo esses ser analisados em
conjunto, reunindo os dados apresentados em cada relatório de monitoramento.
Devido a caracterização da área, os indicadores a serem a ngidos são de recomposição
de vegetação nativa de formações florestais.

Indicadores ecológicos

1. Número de espécies nativas

Nesse ponto devem ser contabilizados apenas indivíduos lenhosos (árvores e arbustos
perenes) de espécies nativas do bioma Cerrado e para o indicador é estabelecido o valor mínimo de 20
espécies para áreas em recomposição de até 7 hectares e 30 espécies para áreas em recomposição
acima de 7 hectares.
No caso em análise, por se tratar de área de até 7 hectares, espera-se que sejam
encontradas 20 espécies. No terceiro relatório de monitoramento esse indicador apresenta 21
espécies, portanto atingindo a meta esperada.

2. Densidade de regenerantes nativos

Consideram-se regenerantes os indivíduos lenhosos (árvores e arbustos perenes) de


espécies na vas do bioma Cerrado com altura entre 30 cm e 2 m e para o indicador é estabelecido o
valor mínimo de 3.000 indivíduos por hectare para todas as categorias.
O terceiro relatório de monitoramento aponta que haviam 92 indivíduos sobreviventes
desde a implantação do PRAD, tendo mortalidade de 8 %. Houve um adensamento de indivíduos com o
acréscimo de 60 novas mudas de espécies já existentes, passando a ter 152 indivíduos na área.
Entretanto, ainda carece de avaliar o sucesso ou mortalidade dessas novas mudas, que só poderão ser
avaliadas futuramente.
Assim, há no local 152 indivíduos em 455 m², podendo a densidade de indivíduos
regenerantes na vos alcançar o número de 3.340 ind/ha, a ngindo a meta esperada. Entretanto,
ainda é necessário avaliar a mortalidade desses novos indivíduos.

3. Cobertura de espécies exóticas perenes ou ciclo longo

Esse indicador prevê a porcentagem máxima de 50% apenas para as categorias “APP
com plan o intercalado de exó cas” e “RL com sistema agroflorestal” em atendimento às normas
específicas que regulamentam estas categorias.
O Relatório de monitoramento (134373363) traz informações divergentes neste tópico.
A conclusão indica que a cobertura total é composta somente por espécies na vas, mas as tabelas
com os dados coletados nas linhas não embasam essa afirmação. A tabela 7, que traz uma compilação
dos dados não apresenta na integralidade os dados que foram coletados nas linhas, com destaque
para a linha 3. Houve a afirmação de que indivíduos anteriormente categorizados como exó cos
seriam na vos, resultando em cobertura por espécies exó cas de 0 %, que não encontra respaldo nos
dados. A análise dos dados coletados mostra que a cobertura por espécies exó cas é de 13,85%,
ainda não atingindo a meta de 0%.
Assim, há que adequar esse tópico para que se os resultados sejam derivados dos
dados coletados e guardem pertinência com a análise.
Quadro 1: compilado do cálculo de indicadores ecológicos.

4. Cobertura total

Cobertura total se refere à cobertura de copas, a qual deverá ser quan ficada para
vegetação na va ou exó ca com altura superior a 2 metros e para o indicador é estabelecido o valor
mínimo de 80% para todas as categorias.
No que se refere à cobertura total, os dados indicam que o local apresenta 84,62%,
portanto atingindo a meta espera de 80%.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO


Considerando o exposto, solicita-se:
Adequação do resultado do indicador cobertura de espécies exó cas, que diverge dos
dados coletados;
Informar sobre ações de remoção de concreto depositado no solo da APP, conforme
condicionante nº 5 da Autorização em Unidade de Conservação - AUC 5. Ressalte-se que essa
informação já foi solicitada em outros documentos emitidos e segue sem resposta;
Encaminhar arquivos geoespaciais que delimitam a área em recuperação no formato
shapefile ou o conjunto dos dados espaciais organizados em Geopackage ou Geodatabase, na
projeção UTM, Datum SIRGAS 2000, Zona 23S.
Ademais, tem-se que o trabalho de recuperação em andamento apresenta evolução nos
indicadores rela vos à recomposição de vegetação, necessitando apenas de algumas adequações
quanto aos resultados apresentados, esclarecimentos sobre ações necessárias e nova avaliação para
fins de acompanhamento.

Documento assinado eletronicamente por PETRÔNIO DIEGO SILVA DE OLIVEIRA -


Matr.0184009-6, Analista de Planejamento Urbano e Infraestrutura, em 01/03/2024, às 18:11,
conforme art. 6º do Decreto n° 36.756, de 16 de setembro de 2015, publicado no Diário Oficial
do Distrito Federal nº 180, quinta-feira, 17 de setembro de 2015.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site:


http://sei.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
verificador= 134835045 código CRC= 07CA27FB.

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00391-00019431/2017-11 Doc. SEI/GDF 134835045

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