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Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Minerários

Pablo Pereira Quaresma

 Pauta da 70ª Reunião Extraordinária da Câmara de Atividades Minerárias


(CMI) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).

 Data: 12 de fevereiro de 2021, às 9h.

 Endereço virtual da reunião:


https://www.youtube.com/channel/UChU1iAb462m8py3C1jsJl4w

 Item 5: Processo Administrativo para exame de Licença Prévia


concomitante com a Licença de Instalação e a Licença de Operação.

 5.1: Vale S.A. - Complexo Itabira (Mina Cauê / PDE CONVAP) - Pilhas de
Rejeito/Estéril - minério de Ferro - Itabira/MG - PA/Nº 00119/1986/119/2018 -
ANM: 143/1996; 930.641/1989 - Classe 4 (conforme Lei nº 21.972/2016, art. 14,
inc. III, alínea b).
Caracterização do empreendimento

 Código e atividade objeto do licenciamento (DN COPAM 217/17): A-05-04-7


- Pilhas de rejeito/estéril - minério de ferro.

 O empreendimento ocupa uma Área Diretamente Afetada (ADA) de


aproximadamente 70 ha, dos quais 50 ha correspondem a um
contrapilhamento sobre a pilha homônima.

 O arranjo final da pilha contempla seus acessos operacionais e sistema de


drenagem periférico, dos quais apenas 18,82 hectares estão localizados
numa área fora dos limites da atual PDE CONVAP. A supressão florestal será
de 11,57 ha e ocorrerá em área com predomínio de reflorestamento.

 Localizado dentro de unidades de conservação e/ou zona de


amortecimento: Parque Municipal Mata do Intelecto (Unidade de
Conservação de Proteção Integral) e APA Municipal Santo Antônio e APA
Municipal Piracicaba (Unidades de Conservação de Uso Sustentável).
Caracterização do empreendimento

 Bacia Federal: Rio Doce; Bacia Estadual: Rio Santo Antônio; Sub-bacia:
Córrego Santana/Jirau; UPGRH: DO3.
Enquadramento da atividade

 O empreendimento é enquadrado conforme Deliberação Normativa


nº 217/2017 na classe 4, por seu Médio potencial poluidor e porte
Grande (Área útil > 40,0 ha). A regularização ambiental da estrutura
ocorrerá por meio da modalidade Licença Prévia (LP), Licença de
Instalação (LI) e Licença de Operação - LO concomitantes (LAC1).

 Critério locacional:
- Localização prevista em Unidade de Conservação de Proteção Integral, nas
hipóteses previstas em Lei (PESO 2).
- Localização prevista em área de alto ou muito alto grau de potencialidade de
ocorrência de cavidades, conforme dados oficiais do CECAV-ICMBio (PESO 1).
Obs.: O empreendedor solicitou por meio do ofício Vale Corredor Sudeste EXT 103/2018
(SIAM 0463397/18) a dispensa de ambos estudos. As justificativas foram avaliadas e
deferidas conforme Relatório Técnico SUPPRI nº 1/SEMAD/SUPPRI/DAT/2021.
Impactos ambientais

 Meio Físico:
- Assoreamento dos corpos hídricos.
- Alteração da qualidade das águas superficiais.
- Alteração dos níveis de ruído ambiental.
- Alteração da qualidade do ar.
- Indução de erosão e deslizamento.
Impactos ambientais

 Meio Biótico:

- Perda de indivíduos da vegetação e da biodiversidade associada.

 Meio Socioeconômico:

- Geração temporária de impostos.


- Manutenção dos níveis de emprego.
- Geração de incômodos à população.
- Perturbação do cenário habitual da paisagem.
Etapas processuais

 Documentos apresentados no Processo de Licenciamento e DAIA -


Assoreamento dos corpos hídricos:
a) Recibo de entrega de documentos nº 0843508/2018 - Formalização do
processo: 14 de dezembro de 2018: fls. 02.
b) Formulário de Caracterização do Empreendimento – FCE - nº
R102982/2018, assinado por Daniela Faria Scherer (gerência de estudos
ambientais) e João Carlos Coelho Henriques (gerência de espeleologia):
fls. 05/12.
c) Formulário de Orientação Básica – FOB, sob o nº 0407449/2018 A: fls.
54/55.
d) Procuração (Outorgados - Daniela Faria Scherer e João Carlos Coelho
Henriques): fls. 15/19.
e) Estatuto Social (Informações Complementares).
Etapas processuais

f) Termo de Posse/Ata de Posse dos diretores Luiz Eduardo Froes do Amaral


Osório e Alexandre Gomes Pereira: (Informações Complementares).
g) CNPJ (Informações Complementares).
h) Cópias dos documentos dos responsáveis pela assinatura do FCE: fls.
273/277.
i) Declarações da Prefeitura de Itabira: fls. 30/42 e Informações
Complementares.
j) Declaração de correspondência entre conteúdo digital e
documentação impressa: fls. 20.
k) Declaração do Empreendedor acerca dos órgãos intervenientes:
(Informações Complementares).
Etapas processuais

l) Recibos de Pagamento – DAE e Emolumentos: 21/26 e Informações


Complementares.
m) Cadastro Técnico Federal – CTF APP: (Informações Complementares).
n) Publicação em Periódico de Grande Circulação Regional: fls. 39.
o) Publicação no Diário Oficial: fls. 53.
p) Solicitação de dispensa do enquadramento em critérios locacionais
para o projeto ampliação PDE/CONVAP, estudo e ART: fls. 43/52.
Etapas processuais

 No processo de Intervenção Ambiental (PA n. 05426/2018),


integrante do licenciamento o empreendedor apresentou:
a) Requerimento para Intervenção Ambiental: fls. 238/243.
b) Recibo de Entrega de Documentos – n° 083509/2018: (Informações
Complementares).
c) Recibo de Inscrição do Imóvel Rural no CAR: fls. 245/246.
d) Matrícula do imóvel que sofrerá intervenção: fls. 247/271.
e) Requerimento de Colheita e Comercialização de Florestas Plantadas:
fls. 272.
f) Procuração e Documentos dos outorgados (Daniela Faria – Gerente de
Estudos Ambientais e Marco Antônio Cardoso da Silva – Gerente de
Gestão Integrada): fls. 273/285.
Etapas processuais

 Foram apresentados ainda, os seguintes estudos:


a) Plano de Controle Ambiental – PCA: fls. 56/96.
b) Programa de Educação Ambiental: fls. 97/217.
c) Plantas Planimétricas: fls. 231/237.
d) Plano de Utilização Pretendida – PUP: fls. 236/400.
e) Relatório de Controle Ambiental – RCA: fls. 403/665.
Principais critérios que subsidiaram o parecer único

 Publicidade do requerimento de licença.


 Audiência Pública.
 Declaração de Conformidade do Município, manifestação dos Órgãos
Intervenientes e Unidades de Conservação.
 A expansão requerida ocorrerá dentro da mesma área do
empreendimento principal que já se encontra em operação.
 Reserva Legal averbada em CAR.
 Apresentado requerimento para Intervenção Ambiental visando
intervenção em florestas plantadas com espécies exóticas e nativas.
 Não há fatos geradores para compensação Ambiental.
 Não há interferência em cavidades.
 O empreendimento não necessitará de intervenções em recursos hídricos,
pois o empreendimento já licenciado possui as outorgas devidas.
Relato de Vista

 Associação para Proteção Ambiental do Vale do Mutuca –


PROMUTUCA
- Tendo como base o princípio da precaução, trouxe a tona, em especial,
a disponibilidade hídrica e a estabilidade das diversas barragens e pilhas
existentes no complexo.

 Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais –


SINDIEXTRA, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais –
FIEMG e Representante da Sociedade Mineira de Engenheiros –
SME fundamentaram-se nos itens mencionados descritos no
parecer único (Slide 12).
Reunião de deliberação

 Representante da PROMUTUCA declinou a votação, alegando não ter


conhecimento do relato de vista.

 Representante da Fundação Relictos de Apoio ao Parque Florestal Estadual do


Rio Doce – RELICTOS apoia a PROMUTUCA e enfatiza sobre o processo de
descaracterização e descomissionamento de barragens, além do
beneficiamento do minério. Também declinou voto.

 Representante da Sociedade Mineira de Engenheiros – SME ressalta a


importância econômica do empreendimento, impostos, exportação, PIB,
empregabilidade.

 Empreendedor alega baixo impacto ambiental, diz que os drenos existentes


estão outorgados, reforça os programas de monitoramentos, mostra que a PDE
elimina a destinação de rejeitos em barragens e pontua que empreendimento
segue conforme legislação ambiental vigente.

 01 ausente durante votação.


Decisão favorável (com condicionantes)

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