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ESTADO DE SANTA CATARINA

SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SUSTENTÁVEL


INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE DE SANTA CATARINA

LICENÇA AMBIENTAL DE OPERAÇÃO


N° 2543/2022

O Instituto do Meio Ambiente - IMA, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pelo inciso I do artigo 7° da
Lei Estadual N° 14.675 de 2009, com base no processo de licenciamento ambiental n° DIV/00262/CRN e parecer
técnico n° 3095/2022, concede a presente LICENÇA AMBIENTAL DE OPERAÇÃO à:

Empreendedor
NOME: PAVIPLAN PAVIMENTAÇÃO LTDA
ENDEREÇO: RUA ANÉLIO NICOCELLI , 1720, FIGUEIRINHA, CAIXA POSTAL 71
CEP: 89270-000 MUNICÍPIO: GUARAMIRIM ESTADO: SC

O original deste documento é eletrônico e foi assinado utilizando Assinatura Digital IMA por Daniel Vinicius Netto em 12/05/2022 18:44:55
CPF/CNPJ: 03.620.927/0001-12

Para Atividade de
ATIVIDADE: 30.20.00 - USINAS DE PRODUÇÃO DE CONCRETO ASFÁLTICO

EMPREENDIMENTO: PAVIPLAN PAVIMENTAÇÃO LTDA

Localizada em
ENDEREÇO: RUA: ANÁLIO NICOCELLI, S/N, FIGUEIRINHA

CEP: 89270-000 MUNICÍPIO: GUARAMIRIM ESTADO: SC

COORDENADA PLANA: UTM X 697702.9828664134 - UTM Y 7066875.912491903

Da operação
A presente Licença, concebida com base nas informações apresentadas pelo interessado, declara a viabilidade de operação do
empreendimento, equipamento ou atividade, quanto aos aspectos ambientais, e não dispensa nem substitui alvarás ou certidões de
qualquer natureza, exigidas pela Legislação Federal, Estadual ou Municipal.

Condições gerais

I. Quaisquer alterações nas especificações dos elementos apresentados no procedimento de licenciamento ambiental deverão ser
precedidas de anuência do IMA.
II. O IMA, mediante decisão motivada, poderá modificar as condições de validade, suspender ou cancelar a presente licença, caso
ocorra:
· Omissão ou falsa descrição de informações que subsidiaram a expedição da presente licença;
· A superveniência de graves riscos ambientais e/ou de saúde pública;
· Violação ou inadequação de quaisquer condições de validade da licença ou normas legais.
III. A publicidade desta licença deve ocorrer conforme Lei Estadual 14.675/09, artigo 42.
IV. Retificações e recurso administrativo relativos a presente licença devem ser encaminhados ao IMA no prazo de 20 (vinte) dias
contados da data de comunicação de expedição da presente licença.
conforme portaria FATMA Nº 135/2017.

Prazo de validade
(48) meses, a contar da data da assinatura digital.

Verifique a veracidade das informações usando o QRcode ao lado ou acessando o endereço


web abaixo:

http://consultas.ima.sc.gov.br/licenca/lic_digital_form

FCEI: 603257 CÓDIGO: 262045


Condições de validade
Descrição do empreendimento

O empreendimento realiza a atividade de produção de concreto asfáltico. Encontra-se instalado em Zona de


Equipamentos Especiais (ZEE), conforme zoneamento urbano do município, Lei Municipal nº 3.453/2008. Conta
atualmente com cerca de 110 colaboradores e horário de funcionamento das 7:30 - 17:18, de segunda a sexta-feira.
Basicamente a usina é composta por: processadora de asfalto, silos de material pétreo, tanques de combustíveis, CAP,
dosador, secador, misturador, filtro manga, caldeira, compresso de ar, queimador e acessórios. Sendo o fluxograma
produtivo: recebimento/descarga (derivados de pedra em galpão e asfalto em tanque), os derivados de pedra são
transportados com pá carregadeira até os silos que encaminham a matéria-prima para secador e depois segue para o
CAP para ser misturada com o asfalto. Implementos: brita, pó de pedra, pedrisco, CAP 20 (cimento asfáltico de
petróleo), areia e filler. A capacidade de produção máxima por dia é 400 ton/dia. No processo produtivo o combustível
empregado de acordo com o documento SGPe 28294/2020 deixou de ser utilizado gás GLP e passou a ser utilizado o
combustível de Xisto.
A empresa possui dois tanques de diesel. No empreendimento ha um galpão onde são realizadas as manutenções dos
equipamentos e veículos, sendo que foi executado canaletas que direcionam os óleos para o SSAO. O
empreendimento possui também um compressor. Os resíduos sólidos contaminados são armazenados em tambores e
assim como os e produtos perigosos são armazenados em local adequado (ou no galpão destinado ao almoxarifado ou

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no galpão ao lado da rampa de lavação) e com contenção. A água utilizada no empreendimento é proveniente de
Águas de Guaramirim, poço tubular profundo e captação de água da chuva. Conforme informado, poço possui cadastro
na SDS (UTM 22J 697795.79 E 7067013.28 S, de acordo com a página 450 do processo).
Os efluentes sanitários são destinados para o sistema contendo fossa séptica, filtro anaeróbio e posteriormente são
enviados para rede de drenagem pluvial. Apesar de na matrícula de imóvel nº 2.869 - em nome de Empreendimentos
Imobiliários Marcatto LTDA - constar uma área de 146.250,00m², a área total considerada na análise deste processo foi
de 13.900m², sendo que tal área corresponde hoje a área útil da empresa.
Em resumo:
área total do empreendimento = 13.900m²
área útil = 13.900m²
área construída = 2.272,98m²

Aspectos florestais

Conforme apresentado nos estudos, não há recursos hídricos ou APP na área do imóvel. O córrego Ilha da Figueira
está distante do empreendimento cerca de 240m, e à 45m há um córrego sem denominação. Entretanto ao norte da
AID há a presença de remanescente florestal em estágio avançado de regeneração.
A área é provida de Cortina Vegetal, em desenvolvimento.

Controles ambientais

1. Implantar/manter no empreendimento os seguintes programas: Programa de Educação Ambiental, Plano de


Gerenciamento dos Resíduos Sólidos, Programa de Ação Emergencial, Programa de Monitoramento dos Controles
Ambientais Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar, Programa de Monitoramento da Qualidade da Água,
Programa de Monitoramento de Ruídos;
2. Controle intensivo de poeiras, nas vias de acesso e pátios, realizando a umectação das vias de acesso ao
empreendimento;
3. A atividade deverá atender a emissão de ruídos aos níveis aceitáveis pela NBR 10.151 - Avaliação do Ruído em
Áreas Habitadas visando o conforto da comunidade, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;
4. Atender o disposto na Lei Federal n° 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e do Código
conforme portaria FATMA Nº 135/2017.

Estadual de Meio Ambiente Lei n° 14.675/2009. A coleta, acondicionamento e destinação dos resíduos sólidos gerados
pelas obras de ampliação devem atender as diretrizes da Resolução CONAMA 307/2002;
5. Atender o disposto na Portaria FATMA 242/2014 e Portaria FATMA 013/2015 que dispõe sobre a obrigatoriedade de
utilização do Sistema de Controle de Movimentação de Resíduos e Rejeitos no Estado de Santa Catarina;
6. A ampliação e/ou alteração da operação da atividade no empreendimento depende de licenciamento/anuência do
órgão ambiental competente;
7. A concessão desta Licença não impedirá exigências futuras decorrentes do avanço tecnológico ou modificação nas
condições ambientais;
8. As emissões atmosféricas deverão atender aos padrões de emissão estabelecidos na Lei Estadual nº14.675/2009 e
Resolução CONAMA nº 436/2011 (ou sucessoras);
9. O lançamento de efluentes deverá atender aos padrões de lançamento estabelecidos na Lei Estadual nº14.675/2009

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e Resolução CONAMA nº 430/2011 (ou sucessoras);
10. Os resíduos gerados no empreendimento deverão ser armazenados de acordo com as normas técnicas
relacionadas à classe de risco destes resíduos e encaminhados a destinação final ambientalmente adequada e
devidamente licenciada por órgão ambiental competente;
11. Mecanismos de contenção no entorno dos compressores, geradores, e áreas utilizadas para o armazenamento de
produtos e resíduos que possam gerar lixiviados;
12. Manter os produtos químicos, óleos, combustíveis e resíduos sólidos contaminados em locais equipados com piso
impermeável e com sistema de contenção contra vazamentos.
13. Manter o sistema de tratamento dos efluentes sanitários em conformidade com o número de colaboradores;
14. Garantir a manutenção preventiva dos veículos utilizados na atividade;
15. O armazenamento temporário de resíduos perigosos (classe I) não poderá ultrapassar o período máximo de120
(cento e vinte) dias e para os resíduos não perigosos (classe IIA e IIB) o período máximo de 180 (cento e oitenta) dias,
contados da data de sua geração (Lei Estadual n.º 15.251/2010);
16. Manter monitoramento referente Projeto de Cortina Vegetal, promovendo adequações necessárias;

Programas ambientais

Programa de Educação Ambiental;

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Programa de Ação Emergencial;
Programas de Monitoramento dos Controles Ambientais, entre eles: Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar,
Programa de Monitoramento da Qualidade da Água, Programa de Monitoramento de Ruídos;
Programa de Gestão dos Resíduos Sólidos, conforme a premissa da Lei nº 12.305/2010: não geração, redução,
reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Medidas compensatórias
Nada consta.

Condições específicas

Apresentar trimestralmente:
17. Laudo de análises conclusivo de emissões atmosféricas para o pátio do empreendimento, medindo o parâmetro
PTS, elaborado por laboratório reconhecido com base no Decreto Estadual nº 3.754/2010.2. Laudo de análises
conclusivo referente à eficiência do sistema SAO, considerando os parâmetros: vazão, pH,DBO5, DQO, fósforo total,
ferro total, substâncias tensoativas, sulfetos, cloretos, cromo, sólidos sedimentáveis, fenóis, chumbo, zinco, BTEX
(benzeno, etilbenzeno, tolueno e xileno) e PAH, óleos minerais, fenóis, e laudo de análise de ecotoxicidade em
atendimento a Resolução CONAMA nº 430/2011, Lei 14.675/2009 e Portaria FATMA nº17/2002, elaborado por
laboratório reconhecido com base no Decreto Estadual nº 3.754/2010.
Apresentar semestralmente:
18. Laudo de análise de emissões atmosféricas do secador rotativo e do forno ADVB considerando os seguintes
parâmetros: Ox, NOx, SOx, CO, MP; apresentar valores obtidos compará-los com os limites máximos permitidos na
Resolução nº 016/2014 - SEMA (art 39) e CONAMA 382/2006 (Anexo II), elaborado por laboratório reconhecido com
base no Decreto Estadual nº 3.754/2010.
19. Realizar supervisão do sistema de tratamento de gases por filtro manga e, havendo necessidade de troca das
mangas, as mesmas devem possuir revestimento de teflon. Apresentar relatório da inspeção realizada, acompanhado
de ART de responsável técnico habilitado.
Apresentar anualmente (citar neste documento, todos os números de protocolos SGPe gerados pela
apresentação da condicionantes trimestrais e semestrais):
20. Relatório referente à implantação e acompanhamento do Programa de Educação Ambiental junto aos
Colaboradores, o mesmo deve ser detalhado a nível executivo, abordando também: quais as palestras/atividades
realizadas, como foram estruturadas, relatório fotográfico dos treinamentos. Acompanhado de ART.
conforme portaria FATMA Nº 135/2017.

21. Relatório referente à implantação e acompanhamento dos Programas de Monitoramento dos Controles Ambientais
apresentados (Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar, Programa de Monitoramento da Qualidade da Água,
Programa de Monitoramento de Ruídos), abordando também indicadores de eficiência da gestão ambiental.
Acompanhado de ART.
22. Laudo de análises conclusivo referente à eficiência do sistema de tratamento do efluente sanitário,considerando os
parâmetros: pH, DBO5 (de entrada e saída), DQO, coliformes termotolerantes (de entrada e saída),óleos minerais,
óleos vegetais e gorduras animais, temperatura, nitrogênio amoniacal total, fósforo total (entrada e saída), tensoativos,
sólidos sedimentáveis, sólidos em suspensão total (de entrada e saída) e laudo de análise de ecotoxicidade, em
atendimento a Resolução CONAMA nº 357/2005 e 430/2011, Lei 14.675/2009 e Portaria FATMA nº 17/2002, elaborado
por laboratório reconhecido com base no Decreto Estadual nº 3.754/2010. (ou o Decreto que venha a lhe suceder).
23. Laudo de análises referente às águas superficiais, a montante e a jusante da atividade, considerando os

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parâmetros: pH, DBO5, DQO, fósforo total, ferro total, substâncias tensoativas, sulfetos, OD, nitrito, nitrato,
cloretos,óleos minerais, sólidos sedimentáveis, chumbo, zinco, BTEX e PAH; em atendimento a Resolução CONAMA
nº430/2011, Lei 14.675/2009 e Portaria FATMA nº 17/2002, elaborado por laboratório reconhecido com base no
Decreto Estadual nº 3.754/2010.
24. Certificado de Regularidade emitido pelo IBAMA.
25. Realização de limpeza no sistema de tratamento sanitário e caixa de gordura com apresentação da nota fiscal do
serviço de limpeza por empresa(s) detentora(s) de licença ambiental para operação, transporte e destinação final do
lodo coletado.
26. Inventário de resíduos nos moldes da Resolução CONAMA nº 313/02, anexando a cópia da licença ambiental dos
transportadores e destinatários, bem como, seus certificados. Apresentar nesta Fundação antes de findar o mês de
abril de cada ano, acompanhado de ART.
27. Laudo de Avaliação de Ruído Externo, acompanhado de Anotação de responsabilidade Técnica. O laudo deverá
ser realizado durante os períodos de plena atividade, sendo que tal fato deverá ser constatado no mesmo.

Todos os relatórios, análises e laudos laboratoriais deverão OBRIGATORIAMENTE atender as seguintes exigências:
a) As coletas e amostragens devem ser realizadas por empresa/profissional especializada(o);
b) As análises deverão ser realizadas em laboratório credenciado pelo INMETRO e com certificação ISO 17025/2005
para a metodologia aplicada;
c) Os laudos deverão ser CONCLUSIVOS;
d) Apresentar AFT (Anotação de Função Técnica) ou ART(Anotação de Responsabilidade Técnica) do profissional

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responsável pela coleta e aplicação das metodologias para análise dos resultados; e) Apresentar a(s) cópia(s) do(s)
atestado(s) de calibração dos equipamentos utilizados nas coletas/análises, bem como apresentar a cópia das
certificações e acreditações do INMETRO e ISO. Destaca-se que a ausência de um dos parâmetros solicitados em
cada análise, acarretará para o indeferimento do respectivo laudo de análise.
Na ocorrência de não atendimento aos padrões legais de lançamento de efluentes líquidos, emissões de ruídos,
emissões atmosféricas, o órgão ambiental deverá ser imediatamente comunicado, informando as medidas corretivas
adotadas.

Documentos em anexo
Nada consta

Observações
I. Aplicam-se as restrições contidas no procedimento de Licenciamento Ambiental e na Legislação Ambiental em vigor.
II. Aplicam-se as condições de validade expressas neste documento e seus anexos.
III. Esta licença não autoriza o corte ou supressão de árvores, florestas ou qualquer forma de vegetação da Mata
Atlântica.
IV. Cópia da presente licença deverá ser exposta em local visível do empreendimento.
V. De acordo com o artigo 40, Inciso III, parágrafo 4 da Lei Estadual 14.675/09, a renovação desta Licença Ambiental
de Operação - LAO deverá ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu
prazo de validade, fixado na respectiva licença ambiental.
VI. Havendo alteração dos atos constitutivos do empreendimento, cópia da documentação deve ser apresentada ao
IMA sob pena do empreendedor acima identificado continuar sendo responsável pela atividade / empreendimento
licenciado por este documento.
conforme portaria FATMA Nº 135/2017.

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