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Críticas à Reparação

- Descaracterização local.

Já o distrito que está tomando forma conta com imóveis maiores e de padrão
construtivo mais elevado, cercados por muros, alguns com churrasqueiras e
piscinas, que dão ares de um condomínio urbano e se distanciam da paisagem
de uma comunidade rural. “Não se garantiu a preservação do modo de vida das
famílias. Era uma comunidade rural e agora eles não terão nem água bruta para
plantar suas hortas e para criar pequenos animais. Irão viver em um loteamento
urbano. Como é que o pessoal vai se reativar economicamente?”, questiona
Rodrigo Pires Vieira, coordenador da Cáritas em Mariana, entidade que presta
assessoria técnica aos atingidos.

- Questão temporal.

A Fundação Renova sustenta que o caráter participativo e o desenvolvimento de


projetos customizados tornam o processo mais lento. Também aponta que a
pandemia de covid-19 causou desaceleração dos trabalhos. “É muito tempo. São
mais de sete anos. Fazendo uma autocrítica, a Fundação Renova, em alguns
momentos, poderia ter feito melhor. Mas também devemos reconhecer que o
processo foi desenhado de maneira que privilegiou outras questões e não a
temporal”, disse André de Freiras.

“Essas primeiras famílias vão se mudar para um canteiro de obras. Porque a


Fundação Renova não tem a mesma tratativa com todos, não dá isonomia no
tratamento. Até a presente data, a minha família não tem o projeto sequer
finalizado. Não é porque eu não quis terminar. E não há previsão. Ninguém sabe
quando a Fundação Renova vai se sentar com as famílias que ainda não têm
projeto ou terreno”.

Apesar dos números robustos divulgados pela Fundação Renova sobre os


reassentamentos, a maioria das casas construídas ainda passam por mudanças
e ajustes. No geral, o processo de entrega das casas se mostra lento - a
celeridade do processo é também uma pauta de luta para as famílias atingidas.
O momento é de celebração pelas conquistas derivadas da organização coletiva,
mas o processo em prol da reparação integral para todas as vítimas continua.
- Reconhecimento de municípios listados no CIF.

A Justiça Federal determinou que Vale e BHP depositem judicialmente R$ 10,3


bilhões para garantir que todos os programas, projetos e ações em execução
pela Fundação Renova, para a reparação dos danos causados pelo rompimento
da barragem da Samarco em Mariana, incluam os municípios indicados na
Deliberação nº 58/2017 do Comitê Interfederativo (CIF).

"Ao longo dos anos, as empresas e a Fundação Renova simplesmente


desconsideraram os municípios litorâneos de seus programas. Passados sete
anos do rompimento da Barragem de Fundão, a área costeira/litorânea nunca foi
atendida por ações de recuperação

- Não aderência a audiências.

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Cada um tira a sua responsabilidade e não se compromete.

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