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Tipo de processo:
1. Identificação
Empreendimento (Razão Social): CNPJ / CPF:
Posto Barreira Ltda 03.953.196/0001-27
Empreendimento (Nome Fantasia)
Posto Barreira
Município:
Juiz de Fora
Atividade predominante:
Comércio varejista de combustíveis e lubrificantes derivados de petróleo
Código da DN e Parâmetro
F-06-01-7 / Capacidade de armazenagem: 120 m³
Porte do Empreendimento Potencial Poluidor
1( ) 2( ) 3(X) 4( ) 5( ) 6( )
( X ) Não ( ) Sim
2. Histórico
o
Inspeção/Vistoria/fiscalização Auto de Fiscalização N : Data:
3. Controle processual:
Consta dos autos, que após a análise inicial do RCA/PCA, bem assim vistoria técnica, esta equipe
membros desta equipe verificaram o não atendimento dos requisitos mínimos estabelecidos pela lei
para a continuação válida da atividade.
Em hipóteses tais, o empreendimento, em que pese não ter o início de suas atividades passado
pelas Licenças Prévia e de Instalação, predispõe-se à correção de tal irregularidade, com a
regularização ambiental perante o Estado, daí, a Licença de Operação Corretiva.
Contudo, há de se perquirir se a manutenção de sua atividade não contraria a lei, nem pode, dentro
de um juízo de valoração técnica/jurídica, ser tão suficientemente incapaz de conter eventual
impacto ambiental que a sua permanência é imprópria aos fins que ambientais a que ela se destina.
Ora, não tendo sequer demonstrado o cumprimento do mínimo exigido pela legislação, como ficou
patente na análise técnica/jurídica dos autos, eis que o prosseguimento desta atividade econômica
não poderá dar-se validamente.
Portanto, o processo deu conta da não adequação do empreendimento aos termos das exigências
então vigentes na DN COPAM 050/2001, bem assim no que consta na Resolução CONAMA 273,
c/c DN COPAM 108/07.
Portanto, não estando devidamente formalizado para os termos da lei, o seu pedido de licença não
merece prosperar.
4. Introdução:
O empreendimento Posto Barreira Ltda, com CNPJ Nº 03.953.196/0001-27, opera com a bandeira
da Ipiranga Produtos de Petróleo S/A., localizando-se em zona urbana do município de Juiz de
Fora, possuindo área total de 23.000 m² dos quais 283 m² correspondem à área construída. O
empreendimento opera em três turnos, contando com um quadro de 17 funcionários.
O posto possui Autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP) número MG 0001184, com data
de publicação de 15/09/2000.
De acordo com a classificação da norma técnica NBR 13.786/2001, que define a seleção dos
equipamentos e sistemas a serem utilizados para o armazenamento subterrâneo de combustíveis, o
empreendimento foi classificado ambientalmente como sendo CLASSE 3 devido à presença do rio
Paraibuna em seu entorno.
Este parecer sugere o indeferimento da Licença de Operação, de caráter corretivo, requerida pelo
empreendimento Posto Barreira ltda, tendo em vista que o mesmo encontra-se em desacordo com
a Resolução CONAMA nº. 273/2000, com as diretrizes definidas pela DN COPAM nº. 050/2001,
alterada pela DN COPAM 108/2007 e com as normas técnicas da ABNT.
5 .Caracterização do Empreendimento
Foi verificada ainda a existência de um tanque aéreo de 15m³, bipartido (7,5 x 7,5) o qual era
destinado ao armazenamento de óleo lubrificante. Segundo o informado durante a vistoria, a ANP –
Agência Nacional de Petróleo determinou a desativação deste tanque, visto que é vedada a
utilização de tanques aéreos em postos revendedores.
Além dos tanques mencionados foi verificado, durante a realização da vistoria técnica, a existência
de dois tanques subterrâneos de 15 m³ cada, os quais encontram-se desativados a cerca de dois
anos e meio, conforme informado. Estes tanques são ligados a uma pista de abastecimento que
encontra-se também desativada, sendo que esta informação não consta dentro do processo de
licenciamento ambiental.
Todos os tanques ativos são jaquetados, de parede dupla, tendo sido instalados no ano de 2.000,
data da inauguração do posto, porém as notas fiscais que comprovem a idade dos referidos
equipamentos não constam no processo formalizado. As tubulações do SASC são em Polietileno
de Alta Densidade – PEAD, para as partes enterradas e em aço galvanizado as partes aéreas,
conforme o estabelecido pela NBR 13.786.
Os tanques possuem câmaras de contenção (sump) nas bocas de visita e descarga, sistema de
descarga selada e respiros localizados em local aparente. Os tanques não possuem sistema de
monitoramento intersticial sendo o monitoramento do estoque de combustível contido nos tanques
realizado manualmente. Não foi possível verificar a existência de válvulas anti-transbordamento
instaladas nos tanques, não tendo sido apresentadas as notas fiscais que comprovem sua
existência.
O posto possui 08 bombas medidoras de combustível do tipo eletrônica comercial, equipadas com
câmara de contenção de vazamentos (sump) e válvulas de retenção (check valve) na prumada de
sucção. Os três filtros de diesel existentes não são equipados com câmara de contenção de
vazamentos (sump).
O efluente correspondente à fração oleosa gerada nas caixas separadoras de água e óleo é
coletado e acondicionado em tambores de 200 litros, até ser recolhido pela empresa Lwart
Lubrificantes Ltda, cadastrada na ANP e licenciada ambientalmente para realizar o re-refino de
óleo.
No processo formalizado não consta o Certificado de Vistoria emitido pelo Corpo de Bombeiros
Militar de MG atestando que o empreendimento obteve aprovação em vistoria final, por estar em
conformidade com as prescrições normativas e legislação em vigor, que dispõem sobre prevenção
contra incêndio e pânico.
6. Discussão
O empreendimento possui três unidades de filtragem de óleo diesel não tendo sido verificada a
instalação de câmara de contenção de umidade sob as mesmas.
O Posto Barreira Ltda enquadra-se na Classe 3, de acordo com a NBR 13.786, devido a existência
de curso d’água (rio Paraibuna) em um raio de 100m no entorno do empreendimento. Desta forma,
conforme estabelecido na DN COPAM 108/2007, o empreendimento deveria instalar o sistema de
monitoramento intersticial no SASC – Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustível em
um prazo de 24 meses, contados a partir da data de publicação da referida Deliberação Normativa.
O referido prazo extinguiu-se em 24 de maio de 2009, não tendo sido verificado, durante a vistoria
técnica realizada, a instalação do referido equipamento de monitoramento.
Foi verificada ainda a existência de uma pista de abastecimento desativada a qual era ligada a dois
tanques subterrâneos de 15m³ cada. Os referidos tanques não foram removidos e no processo de
licenciamento ambiental formalizado não consta qualquer documentação que comprove a limpeza e
desgaseificação dos mesmos bem como a destinação final dada aos resíduos provenientes da sua
limpeza.
Com relação ao funcionamento do Sistema Separador de Água e Óleo cabe informar que foi
anexado ao processo o laudo de análise dos efluentes da caixa SAO, estando os mesmos dentro
dos padrões estabelecidos. Porém, o referido laudo contempla um item denominado “resultados
do lavador” sendo que o empreendimento não realiza esta atividade e nem sequer possui local
destinado para este fim. Desta forma, infelizmente, os resultados apresentados no referido laudo
tornam-se questionáveis.
No que diz respeito ao consumo de água foi verificado que o empreendimento realiza captação em
poço tubular. Porém, embora esta modalidade de captação seja passível de outorga, no processo
formalizado consta uma Certidão de Registro de Uso da Água conforme processo de cadastro
000365/2010, protocolo 15400/2010.
6 – CONCLUSÃO:
Cabe esclarecer que a SUPRAM-ZM não possui responsabilidade técnica sobre os projetos de
sistemas de controle ambiental liberados para implantação, sendo a execução, operação e
comprovação de eficiência desses de inteira responsabilidade da própria empresa e seu projetista.
Este parecer sugere o indeferimento da Licença de Operação, de caráter corretivo, requerida pelo
empreendimento Posto Barreira ltda, tendo em vista que o mesmo encontra-se em desacordo com
a Resolução CONAMA nº. 273/2000, com as diretrizes definidas pela DN COPAM nº. 050/2001,
alterada pela DN COPAM 108/2007 e com as normas técnicas da ABNT.
7. Parecer Conclusivo
Favorável: ( X ) Não ( ) Sim
. Gestor: ____________________________________
Julia Abrantes Felicíssimo
(MASP – 1148369-0)
___________________________________
Wander José Torres de Azevedo
(MASP 1152595-3)
. Diretor Jurídico
____________________________________
Leonardo Sorbliny Schuchter
(MASP 1.150.545-0)
. Diretor Técnico:
_____________________________________
Gláucio Cristiano Cabral de Barros Nogueira
(MASP 1197093-6)