Você está na página 1de 54

Resolução CONAMA 420/2009

Geól. Ademar Alfonso Mombach


Engª. Sanit. e Amb. Vanessa G. Machado
Novembro/2014
SUMÁRIO
I - Introdução

II - Conceitos Básicos

III - Legislação

IV - Resolução CONAMA 420

V - Estudo de Casos
I - Introdução
Resolução CONAMA 420/2009
Dispõe sobre critérios e valores orientadores de
qualidade do solo quanto à presença de
substâncias químicas e estabelece diretrizes para
o gerenciamento ambiental de áreas
contaminadas por essas substâncias em
decorrência de atividades antrópicas.
I - Introdução
� Razões para a elaboração da resolução:
� Áreas contaminadas podem configurar sério risco à
saúde pública e ao meio ambiente
� Necessidade de prevenir a contaminação do subsolo e
das águas subterrâneas (reservas estratégicas para o
abastecimento)
� Estabelecer critérios para definição de valores
orientadores para a prevenção da contaminação dos
solos e definir diretrizes para o Gerenciamento de Áreas
Contaminadas (GAC)
� Estabelecimento de procedimentos e critérios integrados
entre os órgãos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios em conjunto com a sociedade
civil organizada, para o uso sustentável do solo
I - Introdução
� CONAMA 420
� Propõe a padronização de conceitos,
procedimentos, objetivos e metodologia para os
Estados e Municípios

� Apresenta três principais aspectos

� Critérios e valores orientadores para o solo

� Prevenção e controle da qualidade do solo

� Diretrizes para o GAC


II – Conceitos Básicos
�CONAMA 420/09
� Contaminação: presença de substância(s)
química(s) no ar, água ou solo, decorrentes
de atividades antrópicas, em concentrações
tais que restrinjam a utilização desse
recurso ambiental para os usos atual
ou pretendido, definidas com base em avaliação
de risco à saúde humana

� Área Contaminada: área, região ou local onde há


comprovadamente contaminação do solo e das águas
subterrâneas
Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC)
� Conjunto de medidas tomadas com o intuito de minimizar o
risco proveniente da existência de áreas contaminadas, à
população e ao meio ambiente, proporcionando os
instrumentos necessários à caracterização da área
contaminada e à tomada de decisão quanto às formas de
intervenção mais adequadas (FEAM/2008, in FIEMG; NBR16209/13)

� Constituído por etapas sequênciais

� Possibilita a priorização de áreas a


sofrerem intervenções, maximizando
os recursos disponíveis
Solos
� Origem e Formação dos Solos

Rocha Atmosfera

Físicos
Químicos
Rochas Intemperismo Solos
Físico-químicos
Biológicos
� Solo (CONAMA 420): solo e o subsolo, com todos seus
componentes sólidos, líquidos e gasosos
Solos
� Perfil típico de solos residuais

Basalto
Granito
DER/SP, 1991

www.ebah.com.br profwelgeo.blogspot.com www.pedologiafacil.com.br www.soscuesta.org.br


Distribuição de Água e Ar no Solo
Aquíferos e Classificação
� Aquífero: materiais porosos, saturados, que armazenam
água e permitem sua circulação
Classificação simplificada de aquíferos
� Granular, fraturado, � Livre (freático), confinado
cárstico
Granular

Fonte:www.abas.org/educacao.php Fonte:www.abas.org/educacao.php
Vulnerabilidade de aquíferos

Fonte: ppegeo.igc.usp.br (modificado)

Aquífero livre

Poço cacimba

professormarciosantos3.blogspot.com
Exs. de Contaminantes
� Nutriente, carga orgânica, patôgenos: P, K, Nitratos,
coliformes fecais, Escherichia coli
� Salinidade: Na, Cl
� Compostos orgânicos sintéticos
� Compostos derivados do petróleo: VOCs (BTEX),
PAHs (benzo-a-pireno, naftaleno, pirileno etc.)...
� Solventes Clorados: PCE, TCE, VC; PCBs; Pesticidas
clorados / fosforados (DDT, aldrin, pentaclorofenol etc.)
� Metais: As, Cd, Cr, Pb, Ni, Zn, Hg etc.
� Elementos radioativos: U, Th, Ra, Césio-137, Co
� Fonte
Local onde estão
os potencias
contaminantes. D
Ex.: fossa negra,
lixão, tanque de
armazenamento,
oleodutos, lavoura
(agroquímicos) etc.
P
• Tipos de fontes
� Primária
Origem contaminação
� Secundária
Solo, água
� Pontual / Difusa Fonte: Corseuil et al., 2006 (mod.)
Fontes Contaminação – Solo e Água Subterrânea
� Área Urbana
� Vazamentos tanques de combustíveis – postos abastecimento
� Cemitérios, oficinas mecânicas
� Fossas e vazamento de esgotos (tubulação)
� Drenagem urbana
� Lixiviado de aterros sanitários / lixões
� Área Industrial
� Vazamento produto químico tanque/tubulação
� Derramamento acidental
� Lagoas de infiltração de efluentes
� Lixiviado de resíduos sólidos
� Drenos de pátios
� Infiltração de efluentes em poços
Fontes Contaminação – Solo e Água Subterrânea
� Área Agrícola
� Aplicação de agroquímicos (ex. “drins”)
� Irrigação com águas residuais
� Lagoas de efluentes
� Área de Mineração
� Desmonte hidráulico
� Descarga de água de drenagem
� Lagoas de decantação
� Barragem de rejeitos
� Poços
� Abandonados
� Mal construídos
� Cunha salina www.geocities.ws/cesol999/AquiferoCosteiro
Distribuição Contaminantes - Fases
� Fase vapor
� Fase Retida
� Residual

� Adsorvida

� Fase livre
� Fase dissolvida

Fonte: Rev. Bras. Geof. vol.24 no.4 São Paulo Out./Dec. 2006
Pluma
e Migração
de Plumas de
Contaminação

Pluma: extensão da
contaminação em
um determinado
compartimento do
meio físico (água
subterrânea, água
superficial, solo,
sedimento e ar)

EPA, 1990
Fase Livre
Ocorrência de substância ou produto imiscível (fase separada
da água) ou parcialmente miscível. Apresenta mobilidade no
meio poroso. Risco de explosão e incêndio (situação
emergencial). É uma fonte de contaminação
Comportamento hidráulico da fase livre

LNAPL DNAPL
Densidade do produto < 1,0 Densidade do produto > 1,0
Light non-aqueous phase liquid Dense non-aqueous phase liquid
Benzeno, tolueno Tricloroeteno (TCE)
Combustíveis e óleos contendo Percloroeteno (PCE)
hidrocarbonetos PCBs
� Perigo: situação em que estejam ameaçadas a vida
humana, o meio ambiente, em razão da presença de
agentes tóxicos, patogênicos, reativos, corrosivos ou
inflamáveis no solo ou em águas subterrâneas
� Em áreas contaminadas, o perigo está associado ao perfil
de toxicidade da substância química
Situação de perigo requer ação emergencial

noticias.uol.com.br Cidade dos Meninos, RJ (www.agsolve.com.br)


Avaliação de Risco
Processo pelo qual são identificados, avaliados e
quantificados os riscos à saúde humana
� Risco: é a probabilidade de que uma substância
produza efeito tóxico a algum ser vivo
� Fonte: local onde estão os potencias contaminantes
� Receptor: qualquer ser humano
potencialmente exposto, a curto ou
longo prazo, a certas SQIs
Ex.: trabalhadores do site e fora dele;
residentes adultos e crianças da
vizinhança
� Exposição: vias que ligam os contaminantes ao
receptor no presente e no futuro
Avaliação de Risco
� Ingresso diário tolerável: é o aporte diário tolerável a
seres humanos de uma substância química ao longo da
vida, sem efeito deletério comprovado à saúde humana
� Nível Tolerável de Risco à Saúde Humana, para
Substâncias Carcinogênicas: probabilidade de ocorrência
de um caso adicional de câncer em uma população exposta
de 100.000 (10-5) indivíduos
� Nível Tolerável de Risco à Saúde Humana, para
Substâncias Não Carcinogênicas: aquele associado ao
ingresso diário de contaminantes que seja igual ou inferior
ao ingresso diário tolerável a que uma pessoa possa estar
exposta por toda a sua vida
Avaliação de Risco
� Substância Química de Interesse (SQI): substância
detectada no meio físico, que está relacionada à fonte
primária ou secundária de contaminação
Ex.: benzeno na água; chumbo ou metilmercúrio
no solo; gás amônia no ar atmosférico
� Ponto de Exposição (POE): localização do Metilmercúrio

ponto de contato entre o receptor (organismo ou população


exposta) e a SQI
� Via de Exposição ou Via de Ingresso: modo como uma SQI
entra em contato com o receptor - ingestão, contato
dérmico, inalação
� Caminho de Exposição: percurso da SQI, da fonte ao
receptor, no ponto de exposição (POE)
Vias de Exposição
� Contato da pele (dérmico): do solo contaminado e água
superficial ou subterrânea (ex. durante o banho)
� Inalação: vapores em espaços abertos e fechados a
partir da volatilização dos compostos presentes no solo
e na água subterrânea
� Ingestão: de solo, água
subterrânea ou superficial,
alimento contaminado

www.campogrande.net
Avaliação de Risco (modelo conceitual)
� Fontes de contaminação e contaminantes (concentrações)
Ex. tanque subterrâneo (BTEX, solventes)
� Receptores sensíveis:
homem Receptores

� Mecanismos de
transporte – água,
ar/vento (volatilização)
� Vias de exposição
(ou de ingresso):
inalação, ingestão e Vias de exposição MT
contato dérmico

Fontes
Cenários de Exposição
Contaminantes Mecanismo Mecanismo
Meio Meio de
Fonte (SQIs) e de ou Via de Receptores
Impactado Exposição
Concentrações Transporte Exposição

Trabalhadores

Trabalh. Obra
Residentes
Inalação
X X
Benzeno Volatilização Solo Vapores
Solo
Depósito de resíduos

Tolueno Lixiviação Ar Ingestão X X


Xileno
Benzo (a) Contato
X X
dérmico
(Lixão)

pireno
Naftaleno
Arsênio
Chumbo
Cromo
Cádmio Água Inalação X X X
Ar
Mercúrio Água Subterrânea Água Ingestão X X X
Subterrânea Volatilização Subt.
Contato
X X X
dérmico
Caminho de Exposição
Gerenciamento do Risco
Risco aceitável Risco à saúde humana Perigo

Medidas de Intervenção
Técnicas de Remediação

Controle
Institucional

Monitoramento Contenção Tratamento Ação


para
Emergencial
Encerramento

Controle de
Engenharia
Monitoramento da Eficiência

Reabilitação para Uso Declarado

CETESB, DD nº103/2007/C/E
Recuperação
� Reabilitação: ações de intervenção
realizadas em uma área contaminada
visando atingir um risco tolerável,
para o uso declarado ou futuro da área
� Remediação: uma das ações de
intervenção para reabilitação de área contaminada, que
consiste em aplicação de técnicas, visando a remoção,
contenção ou redução das concentrações de
contaminantes
III - Legislação
� Leis e Resoluções
� Lei Federal 12.305/2010 – Pol. Nac. Resíduos Sólidos
� Lei 9847/99 – Fiscalização de Atividades de Abastecimento
Combustíveis (ANP)
� PL 2732/2011 - Estabelece diretrizes para a prevenção da
contaminação do solo... (www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=527624)
� Resolução CONAMA 273/2000 – Controles Ambientais Postos
Abastecimento
� Resoluções CONAMA 420/2009 e 460/2013
� Lei Estadual / SP 13.577/09 – Qualidade do solo e
Gerenciamento de Áreas Contaminadas – Decreto 59263/2013
Legislação em SC
� Lei 14.675/2009 (Código Ambiental SC) – Artigos
� 28, IV, XLIIId – Definições: áreas contaminadas, remediação
� 195, IV – Monitoramento de áreas contaminadas
� 229 – Uso de águas subterrâneas e salinização de aquíferos
� 230 e 231 - Aquíferos em condições críticas
� 238 - Proíbe disposição de poluentes em poços
� 239,§1º - Solo: Parâmetros e padrões e recuperação de áreas
degradadas
� 243 – Proíbe disposição de resíduos no solo que causem degradação da
qualidade ambiental
� Lei 14.954/2009 – Art. 10A – Monitoramento Intersticial (Postos)
� Resolução CONSEMA 13/2012 – Listagem Atividades Consideradas
Potencialmente Causadoras de Degradação Ambiental (Licenciáveis)
� Cód. 71.80.01 - Recuperação de áreas contaminadas
Legislação em SC
� Resolução CONSEMA 13/2012 – Lista atividades com
potencial de contaminação do solo e água subterrânea (Art.
14 – Res. CONAMA 420)
� 14 – Ind. de Mat. Transporte: 14.10.00 - Montagem e reparação
de embarcações e estruturas flutuantes, reparação de caldeiras,
máquinas, turbinas e motores. Pot. Poluidor: M
� 20 - Ind. Química: 20.60.00 - Fabricação de tintas, esmaltes,
lacas, vernizes, impermeabilizantes, solventes e secantes.
Pot. Poluidor: G
� 42 – Com. Varejista: 42.32.00 - Comércio de combustíveis
líquidos e gasosos em postos de abastecimento, postos de
revenda, postos flutuantes e instalações de sistema retalhista.
Pot. Poluidor: M
Licenciamento - estudos necessários
� Art. 34 (CONAMA 420/09) – Os responsáveis pela
contaminação devem submeter proposta para a ação
de intervenção, considerando
� Controle ou eliminação das fontes de contaminação
� Uso atual e futuro do solo da área objeto e entorno
� Investigação detalhada (adicional órgão amb.)
� Avaliação de risco à saúde humana
� Alternativas de intervenção, técnica e economicamente
viáveis, para atingir as metas estabelecidas
� Programa de monitoramento da eficácia das ações executadas
� Cronograma físico-financeiro
IV – Resolução CONAMA 420
� Na ocorrência comprovada de concentrações
naturais de substâncias químicas que possam causar
risco à saúde humana, os órgãos competentes
deverão desenvolver ações específicas para a
proteção da população exposta (Art. 1º, Parágrafo único)

� Entretanto, esta área não será considerada


contaminada sob investigação (Art. 25, Parágrafo único)
� Ex.: Anomalia geoquímica
� Contaminação natural da água subterrânea por Arsênio – percolação
da água por rochas arseníferas
� As+3 (inorgânico) é a forma mais tóxica e é carcinogênico
CONAMA 420
� Art. 3º - Proteção do solo
� De maneira preventiva: controles ambientais, monitoramento,
boas práticas, ...
� Ou de maneira corretiva: reabiltação (usos previstos)

� Art. 5º - Critérios para prevenção, proteção e controle da


qualidade das águas subterrâneas observarão a
legislação específica
� Resolução CONAMA 396/2008 - enquadramento das AS

� Portaria MS 2914/2011 - potabilidade

� Lei 14675/09 - Das Águas Subterrâneas (Arts. 228 a 238),...


CONAMA 420
� Art. 7º - A qualidade do solos é determinada com base em
Valores de Referência de Qualidade (VRQs), de Prevenção
(VP) e de Investigação (VI)
� Para a água subterrânea: somente VI
� Como são obtidos estes valores
� VRQs (inorgânicos) são estabelecidos pelos órgãos ambientais
estaduais. Tratamento estatístico. Prazo: até dez/2014 (Art. 8º)
� Em SC projeto VRQs está pronto (FATMA/UDESC/EPAGRI), mas falta
verba para execução
� VPs – estabelecidos em ensaios de fitotoxicidade ou em
avaliação de risco ecológico (Art. 9º)
� VIs – derivados de avaliação de risco à saúde humana. Água:
padrões de potabilidade; Solo: agrícola, residencial e industrial
CONAMA 420
� Art. 13 - Classes de qualidade dos solos, segundo a
concentração (C) de substâncias químicas
� Classe 1: C ≤ VRQ
� Não requer ação (Art. 20)
� Classe 2: VRQ < C* ≤ VP eco-exata.blogspot.com

� Pode requerer avaliação órg. amb.; ações preventivas (Art. 20)


� Classe 3 - VP < C* ≤ VI
� Identificação e controle de fontes; identificação anomalias
naturais; monitoramento (Art. 20)
� Classe 4 - C* > VI
� Art. 20: Ações conforme Cap. IV (Diretrizes GAC)
→ C* – concentração de pelo menos uma substância química
CONAMA 420 – Cap. IV (Diretrizes GAC)
� Princípios básicos do GAC (Art. 21)

� (I) a geração e a disponibilização de informações

� (II) a articulação, a cooperação e integração


interinstitucional entre os órgãos da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios, os proprietários, os
usuários e demais beneficiados ou
afetados
� (V) a responsabilização do causador
pelo dano e suas consequências
� (VI) a comunicação de risco
CONAMA 420 – Cap. IV
� GAC objetiva (Art. 22)

� Eliminar o perigo ou reduzir o risco à saúde humana

� Eliminar ou minimizar os riscos ao meio ambiente

� Evitar danos aos demais bens a


proteger (solo, água, fauna,
flora etc.)
� Possibilitar o uso declarado ou
futuro da área, observando o
planejamento de uso e ocupação
do solo
CONAMA 420
� Área Potencial (AP): é aquela onde estão
sendo ou foram desenvolvidas atividades
potencialmente contaminadoras.
Ex.: posto de combustível
� Área Suspeita (AS): aquela na qual, durante a etapa de
avalição preliminar, foram observados indícios
ou constatação de contaminação ou condição
de perigo. Ex.: manchas no solo; vegetação
estressada; coloração / odor água, fase livre
� Área Contaminada (AC): é aquela onde foi
constatada a presença de contaminação, confirmada por
meio de análise química . Pode ser uma AI ou ACI
GAC (Arts. 23 a 27, 35 e 36 – Conama 420/09 )
AS – Área suspeita de contaminação
AI – Área contaminada sob investigação
Área Potencialmente ACI – Área contaminada sob intervenção
AMR – Área em processo de monitoramento p/ reabilitação
Contaminada AR – Área reabilitada para o uso declarado
C - Concentração
VP – Valor de prevenção
VI – Valor de investigação

sem indícios
Avaliação Preliminar contaminação Encerra o caso
com indícios de contaminação após
AS monitoramento
AR
Investigação Solo (Classe 3): VP < Csolo ≤ VI
Confirmatória Água: C ≤ VI

Monitoramento
C > VI AI sem risco ou tolerável
AMR
Atingida meta
Investigação
Avaliação de Risco de remediação
Detalhada AMR

Identificação com risco


Diagnóstico ACI
Remediação
Intervenção
Ações Emergenciais (Arts. 27 e 28)
� Em condição de perigo, em qualquer etapa do
gerenciamento, executar ações emergenciais
para eliminação desta condição
� Comunicar: bombeiros, defesa civil, órgãos ambientais, órgãos
de saúde etc.
� Presença de fase livre requer ação emergencial - remoção
� Classifica o local como Área Contaminada sob Intervenção (ACI)
� Avaliação de risco deverá ser efetuada após a sua eliminação ou
redução a níveis mínimos estabelecidos a critério do órgão
ambiental competente (Art. 27, § 3º)
� Nível mínimo para remoção: fase livre com espessura aparente de até
5mm (arbitrado); < 5mm etapa de remediação
Ações (Arts. 29, 30 e 32)
� Após a declaração de AI ou ACI, o órgão ambiental
competente, em conjunto com os demais órgãos
envolvidos (por ex. a saúde), deverá adotar medidas
cabíveis para resguardar os receptores do risco já
identificados nestas etapas
� Os órgãos ambientais devem
1. Planejar suas ações, priorizando
� A população potencialmente exposta
� A proteção dos recursos hídricos
� Presença de áreas de interesse ambiental
2. Em conjunto com outros órgãos globocaxias.com

� Definir ações emergenciais, se identificada condição de perigo


� Avaliar as propostas de intervenção da área
� Acompanhar ações emergenciais, intervenção, monitoramento
Comunicação e publicidade
� Comunicação de risco para ACI (Art.32) - órgãos públicos
(municipais, estadual, federal); órgãos de saúde; órgão
responsável por outorgas de direito de uso de águas
subterrâneas na área sob influência da área
contaminada ; concessionária de água; proprietário...
� Área contaminada ou reabilitada
para o uso declarado (Art.37)
� Dar ampla publicidade população
(informação de fácil compreensão)
� Comunicar o Cartório de Registro de
Imóveis (averbação na matrícula do
imóvel), o cadastro imobiliário das
prefeituras, órgãos de saúde...
Publicidade
�Cadastro de áreas contaminadas - OAs competentes
deverão dar publicidade às informações sobre áreas
contaminadas identificadas (Art. 38)
� Ex. Áreas contaminadas e reabilitadas em SP
� CETESB, dez/2013: 4.771 áreas contaminadas, sendo
� 75% postos de combustíveis (3.597) CETESB, 2013
5000
� 16% indústrias (768) 4000
� 5% comércio (232) 3000
2000
� 3% resíduos (136) 1000
0
� 1% acidentes/fontes desconh. (38)
� 9% reabilitadas uso declarado (425)
� Principais grupos de contaminantes: combustíveis líquidos,
solventes aromáticos, PAHs, metais, solventes halogenados
• Fonte: Texto Explicativo – Relação de áreas contaminadas e reabilitadas no Estado de São Paulo,
dez/13 (http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/areas-contaminadas/2013/texto-explicativo.pdf
Valores Orientadores – Anexo 2, CONAMA 420
� Concentrações de Substâncias Químicas (CSQ) que fornecem
orientação sobre a qualidade do solo e da água subterrânea
� Valor de Referência de Qualidade (VRQ): CSQ que define a
qualidade natural do solo
� Valor de Prevenção (VP): concentração limite de substância
química no solo, capaz de sustentar as suas funções principais
� Valor de Investigação (VI): CSQ no solo ou na água subterrânea
acima da qual existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à
saúde humana, para um cenário de exposição padronizado
� As substâncias não listadas no Anexo II terão seus valores
orientadores definidos pelo OA competente (Art. 12)
� Normalmente são utilizadas as seguintes listas: US EPA
(Região 9), lista holandesa, lista alemã etc.
Resolução CONAMA 420/2009
Anexo II
VRQ
VP
VI

VI
Áreas Contaminadas - Consequências
� Alteração das características naturais do solo, ar, águas
subterrânea e superficial
� Risco à saúde humana, ao meio ambiente, à segurança
dos indivíduos e da propriedade
� Redução do valor imobiliário da propriedade
� Restrições ao desenvolvimento urbano
� Restrições de uso – ex. águas subterrâneas e do solo
� Invasões por populações de baixa renda
� Deposição clandestina de resíduos
� Áreas órfãos (responsabilidade ambiental ainda não está definida)

Importante: Nem todas as áreas contaminadas representam


risco à saúde humana
Inovações introduzidas pela CONAMA 420
� Sistema de gerenciamento de áreas contaminadas
� Valores de Prevenção e de Investigação (nacional)
� Empreendimentos potencialmente contaminantes devem
monitorar água e solo como condição do licenciamento
� Remediação de acordo com o uso pretendido
� Metas de remediação definidas com base na avaliação de
risco (tomada de decisão com base no risco)
� Comunicação dos riscos - Princípio da informação
� Averbação da contaminação na matrícula imobiliária
� Publicidade para as AI, ACI, AMR e AR
Problemas no GAC
1. Identificação do responsável legal
� Poluidor: Art. 3º, inc. IV, Lei 6938/81
� Causador pelo dano: Art. 21 CONAMA 420
� Proprietário ou o adquirente da área
� Fonte geradora dos resíduos – art. 27, Lei 12.305/10
� Poder Público: Áreas órfãs – art. 41, Lei 12.305/10
� Responsabilidade solidária (distribuidoras, proprietárias
equipamentos e postos abastecimento) – art. 18, Lei
9847/1999
� Art. 13 (Lei SP 13577/2009): o causador da contaminação
e seus sucessores; o proprietário da área; o superficiário;
o detentor da posse efetiva; quem dela se beneficiar
direta ou indiretamente
Problemas no GAC
2. Quem paga a conta – investigação e remediação.
Criação de um fundo (superfund; Lei SP)?
3. Remediação X Princípio da reparação integral do
dano. Remediação (GAC) admite contaminação
residual
4. Definição dos valores de referência de qualidade do
solo (inorgânicos)
5. Banco de dados e publicidade das áreas contaminadas
6. Política de GAC – PL 2732/2011 (Comissão MA, acesso em 07/09/14)
7. Qualificação profissional: privado, público (órgãos
amb., MP etc.). Maior participação das universidades
GAC em SC
� Não há lei estadual ou resolução específica
� Publicidade
� Não temos cadastro de áreas contaminadas (IBAMA)

� Averbação na matrícula do imóvel de área contaminada (?)


� Projeto VRQs (+ planilhas de risco?)
� Procedimentos - FATMA
� IN-04 – Atividades Industriais: Avaliação preliminar (Anexo 7)

� IN- 01- Postos de combustíveis (em revisão)

� IN para áreas contaminadas – em elaboração (anexo


remediação em postos de combustíveis)
OBRIGADO !
geoademar@gmail.com
vanessa@fatma.sc.gov.br
���������������������������������������������������������������������������
���������������������������������������������������������������������������������
�����������������������������������������������������

Você também pode gostar