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II - Conceitos Básicos
III - Legislação
V - Estudo de Casos
I - Introdução
Resolução CONAMA 420/2009
Dispõe sobre critérios e valores orientadores de
qualidade do solo quanto à presença de
substâncias químicas e estabelece diretrizes para
o gerenciamento ambiental de áreas
contaminadas por essas substâncias em
decorrência de atividades antrópicas.
I - Introdução
� Razões para a elaboração da resolução:
� Áreas contaminadas podem configurar sério risco à
saúde pública e ao meio ambiente
� Necessidade de prevenir a contaminação do subsolo e
das águas subterrâneas (reservas estratégicas para o
abastecimento)
� Estabelecer critérios para definição de valores
orientadores para a prevenção da contaminação dos
solos e definir diretrizes para o Gerenciamento de Áreas
Contaminadas (GAC)
� Estabelecimento de procedimentos e critérios integrados
entre os órgãos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios em conjunto com a sociedade
civil organizada, para o uso sustentável do solo
I - Introdução
� CONAMA 420
� Propõe a padronização de conceitos,
procedimentos, objetivos e metodologia para os
Estados e Municípios
Rocha Atmosfera
Físicos
Químicos
Rochas Intemperismo Solos
Físico-químicos
Biológicos
� Solo (CONAMA 420): solo e o subsolo, com todos seus
componentes sólidos, líquidos e gasosos
Solos
� Perfil típico de solos residuais
Basalto
Granito
DER/SP, 1991
Fonte:www.abas.org/educacao.php Fonte:www.abas.org/educacao.php
Vulnerabilidade de aquíferos
Aquífero livre
Poço cacimba
professormarciosantos3.blogspot.com
Exs. de Contaminantes
� Nutriente, carga orgânica, patôgenos: P, K, Nitratos,
coliformes fecais, Escherichia coli
� Salinidade: Na, Cl
� Compostos orgânicos sintéticos
� Compostos derivados do petróleo: VOCs (BTEX),
PAHs (benzo-a-pireno, naftaleno, pirileno etc.)...
� Solventes Clorados: PCE, TCE, VC; PCBs; Pesticidas
clorados / fosforados (DDT, aldrin, pentaclorofenol etc.)
� Metais: As, Cd, Cr, Pb, Ni, Zn, Hg etc.
� Elementos radioativos: U, Th, Ra, Césio-137, Co
� Fonte
Local onde estão
os potencias
contaminantes. D
Ex.: fossa negra,
lixão, tanque de
armazenamento,
oleodutos, lavoura
(agroquímicos) etc.
P
• Tipos de fontes
� Primária
Origem contaminação
� Secundária
Solo, água
� Pontual / Difusa Fonte: Corseuil et al., 2006 (mod.)
Fontes Contaminação – Solo e Água Subterrânea
� Área Urbana
� Vazamentos tanques de combustíveis – postos abastecimento
� Cemitérios, oficinas mecânicas
� Fossas e vazamento de esgotos (tubulação)
� Drenagem urbana
� Lixiviado de aterros sanitários / lixões
� Área Industrial
� Vazamento produto químico tanque/tubulação
� Derramamento acidental
� Lagoas de infiltração de efluentes
� Lixiviado de resíduos sólidos
� Drenos de pátios
� Infiltração de efluentes em poços
Fontes Contaminação – Solo e Água Subterrânea
� Área Agrícola
� Aplicação de agroquímicos (ex. “drins”)
� Irrigação com águas residuais
� Lagoas de efluentes
� Área de Mineração
� Desmonte hidráulico
� Descarga de água de drenagem
� Lagoas de decantação
� Barragem de rejeitos
� Poços
� Abandonados
� Mal construídos
� Cunha salina www.geocities.ws/cesol999/AquiferoCosteiro
Distribuição Contaminantes - Fases
� Fase vapor
� Fase Retida
� Residual
� Adsorvida
� Fase livre
� Fase dissolvida
Fonte: Rev. Bras. Geof. vol.24 no.4 São Paulo Out./Dec. 2006
Pluma
e Migração
de Plumas de
Contaminação
Pluma: extensão da
contaminação em
um determinado
compartimento do
meio físico (água
subterrânea, água
superficial, solo,
sedimento e ar)
EPA, 1990
Fase Livre
Ocorrência de substância ou produto imiscível (fase separada
da água) ou parcialmente miscível. Apresenta mobilidade no
meio poroso. Risco de explosão e incêndio (situação
emergencial). É uma fonte de contaminação
Comportamento hidráulico da fase livre
LNAPL DNAPL
Densidade do produto < 1,0 Densidade do produto > 1,0
Light non-aqueous phase liquid Dense non-aqueous phase liquid
Benzeno, tolueno Tricloroeteno (TCE)
Combustíveis e óleos contendo Percloroeteno (PCE)
hidrocarbonetos PCBs
� Perigo: situação em que estejam ameaçadas a vida
humana, o meio ambiente, em razão da presença de
agentes tóxicos, patogênicos, reativos, corrosivos ou
inflamáveis no solo ou em águas subterrâneas
� Em áreas contaminadas, o perigo está associado ao perfil
de toxicidade da substância química
Situação de perigo requer ação emergencial
www.campogrande.net
Avaliação de Risco (modelo conceitual)
� Fontes de contaminação e contaminantes (concentrações)
Ex. tanque subterrâneo (BTEX, solventes)
� Receptores sensíveis:
homem Receptores
� Mecanismos de
transporte – água,
ar/vento (volatilização)
� Vias de exposição
(ou de ingresso):
inalação, ingestão e Vias de exposição MT
contato dérmico
Fontes
Cenários de Exposição
Contaminantes Mecanismo Mecanismo
Meio Meio de
Fonte (SQIs) e de ou Via de Receptores
Impactado Exposição
Concentrações Transporte Exposição
Trabalhadores
Trabalh. Obra
Residentes
Inalação
X X
Benzeno Volatilização Solo Vapores
Solo
Depósito de resíduos
pireno
Naftaleno
Arsênio
Chumbo
Cromo
Cádmio Água Inalação X X X
Ar
Mercúrio Água Subterrânea Água Ingestão X X X
Subterrânea Volatilização Subt.
Contato
X X X
dérmico
Caminho de Exposição
Gerenciamento do Risco
Risco aceitável Risco à saúde humana Perigo
Medidas de Intervenção
Técnicas de Remediação
Controle
Institucional
Controle de
Engenharia
Monitoramento da Eficiência
CETESB, DD nº103/2007/C/E
Recuperação
� Reabilitação: ações de intervenção
realizadas em uma área contaminada
visando atingir um risco tolerável,
para o uso declarado ou futuro da área
� Remediação: uma das ações de
intervenção para reabilitação de área contaminada, que
consiste em aplicação de técnicas, visando a remoção,
contenção ou redução das concentrações de
contaminantes
III - Legislação
� Leis e Resoluções
� Lei Federal 12.305/2010 – Pol. Nac. Resíduos Sólidos
� Lei 9847/99 – Fiscalização de Atividades de Abastecimento
Combustíveis (ANP)
� PL 2732/2011 - Estabelece diretrizes para a prevenção da
contaminação do solo... (www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=527624)
� Resolução CONAMA 273/2000 – Controles Ambientais Postos
Abastecimento
� Resoluções CONAMA 420/2009 e 460/2013
� Lei Estadual / SP 13.577/09 – Qualidade do solo e
Gerenciamento de Áreas Contaminadas – Decreto 59263/2013
Legislação em SC
� Lei 14.675/2009 (Código Ambiental SC) – Artigos
� 28, IV, XLIIId – Definições: áreas contaminadas, remediação
� 195, IV – Monitoramento de áreas contaminadas
� 229 – Uso de águas subterrâneas e salinização de aquíferos
� 230 e 231 - Aquíferos em condições críticas
� 238 - Proíbe disposição de poluentes em poços
� 239,§1º - Solo: Parâmetros e padrões e recuperação de áreas
degradadas
� 243 – Proíbe disposição de resíduos no solo que causem degradação da
qualidade ambiental
� Lei 14.954/2009 – Art. 10A – Monitoramento Intersticial (Postos)
� Resolução CONSEMA 13/2012 – Listagem Atividades Consideradas
Potencialmente Causadoras de Degradação Ambiental (Licenciáveis)
� Cód. 71.80.01 - Recuperação de áreas contaminadas
Legislação em SC
� Resolução CONSEMA 13/2012 – Lista atividades com
potencial de contaminação do solo e água subterrânea (Art.
14 – Res. CONAMA 420)
� 14 – Ind. de Mat. Transporte: 14.10.00 - Montagem e reparação
de embarcações e estruturas flutuantes, reparação de caldeiras,
máquinas, turbinas e motores. Pot. Poluidor: M
� 20 - Ind. Química: 20.60.00 - Fabricação de tintas, esmaltes,
lacas, vernizes, impermeabilizantes, solventes e secantes.
Pot. Poluidor: G
� 42 – Com. Varejista: 42.32.00 - Comércio de combustíveis
líquidos e gasosos em postos de abastecimento, postos de
revenda, postos flutuantes e instalações de sistema retalhista.
Pot. Poluidor: M
Licenciamento - estudos necessários
� Art. 34 (CONAMA 420/09) – Os responsáveis pela
contaminação devem submeter proposta para a ação
de intervenção, considerando
� Controle ou eliminação das fontes de contaminação
� Uso atual e futuro do solo da área objeto e entorno
� Investigação detalhada (adicional órgão amb.)
� Avaliação de risco à saúde humana
� Alternativas de intervenção, técnica e economicamente
viáveis, para atingir as metas estabelecidas
� Programa de monitoramento da eficácia das ações executadas
� Cronograma físico-financeiro
IV – Resolução CONAMA 420
� Na ocorrência comprovada de concentrações
naturais de substâncias químicas que possam causar
risco à saúde humana, os órgãos competentes
deverão desenvolver ações específicas para a
proteção da população exposta (Art. 1º, Parágrafo único)
sem indícios
Avaliação Preliminar contaminação Encerra o caso
com indícios de contaminação após
AS monitoramento
AR
Investigação Solo (Classe 3): VP < Csolo ≤ VI
Confirmatória Água: C ≤ VI
Monitoramento
C > VI AI sem risco ou tolerável
AMR
Atingida meta
Investigação
Avaliação de Risco de remediação
Detalhada AMR
VI
Áreas Contaminadas - Consequências
� Alteração das características naturais do solo, ar, águas
subterrânea e superficial
� Risco à saúde humana, ao meio ambiente, à segurança
dos indivíduos e da propriedade
� Redução do valor imobiliário da propriedade
� Restrições ao desenvolvimento urbano
� Restrições de uso – ex. águas subterrâneas e do solo
� Invasões por populações de baixa renda
� Deposição clandestina de resíduos
� Áreas órfãos (responsabilidade ambiental ainda não está definida)