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Eutrofização
Fator envolvido: água e ar.
Problema: a presença excessiva de nutrientes (nitrogênio – N, fósforo – P e potássio –
K) provoca desequilíbrio no ecossistema do local no qual é despejado a água tratada. O
fito plâncton (organismos fotossintetizantes) alimentam-se desses nutrientes e como
consequência há um aumento na população só que devido a competição desenfreada a
taxa de mortalidade também aumenta. Visualmente, na superfície aparece uma camada
verde. Os seres decompositores (seres anaeróbicos irão degradar os fito plânctons
mortos), no entanto nesse processo há a diminuição de oxigênio na água. Esse fato
acarreta na morte de organismos aeróbicos, crustáceos e peixes por exemplo. O mal
cheiro característico advém do metano e enxofre produzido pelos micro-organismos
anaeróbicos durante o processo de decomposição.
Medidas mitigadoras: a solução preventiva está presente no controle de nutrientes do
produto final. Isso pode ser feito na etapa de biorreatores da ETE, as bactérias
conseguem a retirada de grande quantidade de fosfato da massa [7]. Já o método
corretivo consiste na biomanipulação ao aumentar a comunidade zoo planctônica, a
população fito planctônica é reduzida [8].
Tipo de ação: preventiva e corretiva.
Órgão responsável: prefeitura e Secretária do Meio Ambiente.
Biomagnificação
Fator envolvido: água e solo.
Problema: a biomagnificação (magnificação trófica) está relaciona à presença de metais
pesados (Prata – Ag, Arsênio – As, Cádmio – Cd, Cobalto – Co, Cromo – Cr, Cobre –
Cu, Mercúrio – Hg, Níquel – Ni, Chumbo – Pb, Antimônio – Sb, Selênio – Se, Zinco –
Zn) no corpo d`água final que ao serem ingeridos pelos animais aquáticos contamina
toda a cadeia alimentar [9].
Medidas mitigadoras: os efluentes industriais, de lavouras e de mineração contém
concentrações mais alarmantes dessas substâncias. Novamente, o correto seria que esses
despejos fossem direcionados para uma unidade de tratamento preliminar antes de
adentrar na estação pois necessitam de um tratamento especial. Os métodos mais
comuns utilizados para a eliminação de metais pesados são: osmose reversa,
oxirredução, adsorção em carvão ativado ou alumina e precipitação por via química
[10].
Tipo de ação: preventiva.
Órgão responsável: setor industrial.
Poluentes voláteis
Fator envolvido: ar.
Problema: durante o processo de tratamento do esgoto ocorre geração de odores,
aerossóis, organismos patogênicos, liberação de gases do efeito estufa (metano, óxido
nitroso e materiais particulados). Os fenômenos de transportes atuantes nos compostos
voláteis são a difusão (a direção é da região mais concentrada para a de menor
concentração) e convecção (correntes de ar sobre a amostra).
Medidas mitigadoras: unidades de gradeamento fechado com dispositivos que permitam
a exaustação controlada e disposição adequada dos gases. A área dos reatores biológicos
apresenta grande formação de odores, portanto o recomendado é que haja cobertura.
Além disso, é necessário cobrir os sistemas de saída de forma que o gás seja recolhido e
descartado em local adequado. O ideal é que tenha um sistema de tratamento de gases
atuando em conjunto com o ETE [2].
Tipo de ação: preventiva.
Órgão responsável: prefeitura e a Secretária de Meio Ambiente.
Bioaerossóis
Fator envolvido: ar.
Problema: nos tanques de aeração ocorre dispersão considerável de bactérias e fungos
pelo ar, principalmente quando o tanque de aeração recebe oxigenação via agitação
mecânica do esgoto. Esse fato é prejudicial à saúde dos trabalhadores devido a inalação
de microrganismos aerolizados.
Medida mitigativa: instalação de um sistema de aeração difusa.
Órgão responsável: prefeitura.
Instalação do flotador
Fator envolvido: água.
Problema: qualidade do lodo que passa por essa etapa.
Medidas mitigadoras: cálculo apropriado da massa de lodo em função da vazão e evitar
a contaminação do corpo receptor.
Órgão responsável: prefeitura e setor de obras.
Qualidade da produção
Fator envolvido: água.
Problema: garantia que a transformação da matéria prima (esgoto) esteja de acordo com
as leis ambientais.
Medidas mitigadoras: instalação de dois pontos de amostragens na entrada e saída da
estação e definição da periodicidade das coletas.
Órgão responsável: prefeitura e Secretária do Meio Ambiente.
Bibliografia
[1] PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE APERIBÉ – Tomo I:
Relatório Síntese
[2] LINS, GUSTAVO – Impactos Ambientais em Estações de Tratamento de Esgotos
(ETEs)
[3] MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, CONSELHO NACIONAL DO MEIO
AMBIENTE – Resolução N°430, de 13 de maio de 2011
Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646
Acessado em: 20 de outubro de 2020
[4] ACQUA EXPERT – PH você sabe para que serve este monitoramento na sua ETE?
Disponível em: https://acquaexpert.com.br/voce-sabe-para-que-serve-o-monitoramento-
do-ph-na-sua-ete/
Acessado em: 20 de outubro de 2020
[5] ÁGUAS CLARAS ENGENHARIA – Estação de tratamento de efluente industrial:
saiba como funciona
Disponível em: https://aguasclarasengenharia.com.br/como-funciona-uma-estacao-de-
tratamento-de-efluente-industrial/
Acessado em: 20 de outubro de 2020
[6] SAMPAIO, NILO; LUCENA, SAMUEL – Controle automático de PH de
estações de tratamento de água para abastecimento humano
Disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos05/26_SEGET2005-
ARTIGONILO.pdf
Acessado em: 20 de outubro de 2020
[7] ALMEIDA, LUIZ – Eutrofização
Disponível em: https://microbiologia.icb.usp.br/cultura-e-extensao/textos-de-
divulgacao/bacteriologia/microbiologia-ambiental/eutrofizacao/
Acessado em: 21 de outubro de 2020