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ARTESENATO DE FRALDAS DESCARTÁVEIS

COMPONENTES: Ana Paula


Darlene...........
Edfran Cruz
Rute Frazão
RESUMO

O maior consumo de fraldas descartáveis vem contribuindo para a degradação do meio ambiente. A
reutilização é uma forma de aproveitamento dos resíduos sem sua transformação biológica, físico ou
físico-químico, observado as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do
SISNAMA Lei nº 12.305, de 02 de Agosto de 2010. O Presente trabalho foi incentivar a reutilização das
fraldas descartáveis com presença de urina onde são esterilizados e separados dos plásticos para a
confecção de produtos artesanais. Constatou-se a transformação de um lixo em um novo produto que
pode ser utilizado. As fraldas descartáveis representam uma grande ameaça ao meio ambiente, pois de sua
produção até o seu descarte, o uso desse item tão comum já virou alvo de críticas e motivos não faltam.
Para a fabricação de uma fralda, além do uso de muita água e energia, é preciso, basicamente, plástico e
papel, o que significa que a produção envolve a derrubada de árvores e o uso de um recurso não-
renovável: o petróleo estima-se que, em um ano, uma única criança seja responsável pelo uso de 130
quilos de plástico, contando também as embalagens, além de algo entre 200 a 400 quilos de pasta de
papel. Se estes números já servem de alerta e estão relacionados ao consumo de um único bebê durante o
período de 12 meses, o fato de que até os dois anos de idade uma criança pode usar seis mil fraldas
mostra o quanto é necessário repensar a necessidade de se manter as fraldas descartáveis como única
opção.

Palavra – Chave: Fraldas descartáveis, Reutilização, Meio ambiente


INTRODUÇÃO

A necessidade de um material que cumpra a função de reter a urina e as fezes dos bebês
existia desde a Antiguidade - folhas de plantas e peles de animais eram usadas em diferentes
culturas. Em algumas regiões de clima mais quente, ao longo dos séculos posteriores, era
comum deixar os filhos passearem nus enquanto as mães ficavam assistindo de perto, na
tentativa de antecipar os movimentos do intestino, para evitar a sujeira. No século XIX, após a
Revolução Industrial, a fralda de pano nasceu e se popularizou no ocidente, confeccionada com
material de algodão.

As fraldas descartáveis surgiram apenas em meados da década de 40 do século XX,


quando, ao final da Segunda Guerra Mundial, o algodão se tornara um produto escasso, levando
uma empresa sueca de papel a criar fraldas usando folhas de papel tissue colocadas dentro de
uma película plástica. Na mesma década, uma moradora dos Estados Unidos utilizou restos de
cortina de banheiro para criar uma capa protetora impermeável que, colocada dentro
da fralda convencional de pano, impedia o vazamento do xixi da fralda do seu filho.

Nos anos 50, grandes empresas começaram a entrar no ramo das fraldas descartáveis e
foram aperfeiçoando-as, porém, as fraldas produzidas eram muito caras e sua distribuição estava
limitada a poucos países. Nas décadas sequentes as fraldas descartáveis foram aprimoradas e se
tornaram um pouco mais acessíveis. O papel (tissue) foi substituído por fibra de celulose e a
descoberta do polímero superabsorvente (PSA), nos anos 80, deixou as fraldas mais finas e
diminuiu problemas relacionados a vazamentos e assaduras.

Em média, seis mil fraldas são utilizadas e descartadas nos três primeiros anos de vida de
um bebê e cada uma delas leva cerca de 500 anos para se decompor no meio ambiente. No
Brasil, o consumo de fraldas descartáveis vem aumentando nos últimos anos. Segundo dados da
Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec),
foram 5,6 bilhões de fraldas vendidas ao consumidor no mercado brasileiro no ano de 2009 e
7,9 bilhões no ano de 2014, o que levou o país ao patamar de terceiro maior consumidor
de fraldas descartáveis do mundo.

Tendo em vista o ciclo de vida da fralda descartável, além da sua persistência no meu
ambiente pós-uso, o produto tem diferentes impactos relacionados a sua produção. Esse ciclo
pode ser dividido nas seguintes fases: extração da matéria-prima, fabricação dos materiais,
manufatura do produto e disposição final. O Presente trabalho foi incentivar fazer, a reutilização
das fraldas descartáveis com presença de urina onde são esterilizados e separados dos plásticos
para a confecção de produtos artesanais. Constatou-se a transformação de um lixo em um novo
produto que pode ser utilizado.

2.0 -REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

As fraldas apresentam uma ameaça ao ambiente, enquanto ao seu descarte. Contudo, há


como reutilizar esse produto. Ele é composto por uma camada exterior de polietileno sintético,
além de ter em sua composição papel e poliacrialato de sódio. Em um ano estima-se um
descarte de 130 kg de plástico além de 200-400 kg de papel, o que contribui e muito para o
aumento de resíduos sem destino (APARECIDA, 2004).

Os destinos das fraldas são descartados no lixo, tornando assim o aterro sanitário o destino,
dessa forma, cerca de 2% de um único lixão é composto por fraldas, que podem demorar até
500 anos para sofrerem processo de decomposição. Existem novos tipos de fraldas que se
assemelham a absorventes, eles são recobertos por uma parte de plásticos e preenchidos com
material orgânico descartável dessa forma a parte externa seriam reaproveitadas. As
reutilizações deste material além de benefícios para meio ambiente, também podem ser criado
produtos artesanais tais como: tapetes, bolsas. (ADRIANO, 2004).

Os polímeros são macromoléculas caracterizadas por seu tamanho, sua estrutura


química e interações intra e intermoleculares. Possuem unidades químicas que são unidas por
ligações covalentes, que se repetem ao longo da cadeia. Eles podem ser naturais, como a seda, a
celulose, as fibras de algodão etc., ou sintéticos, como o polipropileno (PP), o poli (tereftalato
de etileno) (PET), o polietileno (PE), o poli (cloreto de vinila) (PVC), etc. Os polímeros são
classificados como termoplásticos (plásticos), termo fixos, borrachas e fibras. O termo plástico
vem do grego, plásticos, que significa material adequado à moldagem. (SPINACÉ E PAOLI,
2005).
Os plásticos são materiais que, embora sólidos à temperatura ambiente em seu estado
final, quando aquecidos acima da temperatura de “amolecimento” tornam-se fluidos e passíveis
de serem moldados por ação isolada ou conjunta de calor e pressão. Alguns exemplos de
termoplásticos são o PP, o PE, o PET, o PVC e o poliestireno (PS). Os termoplásticos são
moldáveis a quente e possuem baixa densidade, boa aparência, são isolantes térmico e elétricos,
são resistentes ao impacto e possuem baixo custo, portanto, apresentam uma larga faixa de
aplicações. Devido a estas propriedades o consumo dos polímeros vem crescendo no Brasil e no
mundo. No Brasil em 1998 o consumo de termoplásticos era de cerca de 3×106 t, em 2000
foram produzidos cerca de 850 e 660 mil t de PP e de PVC; em 2002 a produção de PET, de
polietileno de alta densidade (PEAD) e de PS foi cerca de 350, 800 e 314 milt, respectivamente
(MARCONATO E FRANCHETTI, 2002).
“lixo” na década de 60 recebeu a definição dos sanitaristas a denominação de resíduos
sólidos, resultado de qualquer atividade natural quer seja ela de origem humana ou animal.
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (1989), a Norma Brasileira
Registrada – NBR 10.004, os resíduos sólidos são definidos como: “Resíduos nos estados
sólidos e semissólidos que resultam de atividades da comunidade de origem industrial,
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.
Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de
água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como
determinados líquidos cujas particularidades tornem viáveis seu lançamento na rede pública de
esgotos ou corpos d água ou exija para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis, em
face à melhor tecnologia disponível.”
Schalch etal. (1990), classifica os resíduos de acordo com a sua procedência, ou seja,
residencial, comercial, industrial, hospitalar, especial de feira, varrição e outros.
As fraldas descartáveis, absorventes higiênicos e papel higiênico estão incluídos na
classe dos resíduos infectantes, pois se apresentam impregnados de fezes, sangue, secreções,
excreções ou outros líquidos orgânicos patogênicos, já na classificação dos resíduos
domiciliares os mesmos resíduos são
Denominados comuns. A preocupação se volta para o volume que estes resíduos representam,
pois dentro da instituição de saúde estes resíduos também são gerados pelos profissionais
atuantes, visitantes, familiares e demais pessoas que circulam no hospital (MENDES E
CINTRÃO, 2004).
Ao trabalharmos o “lixo”, sabemos que ele é mal acondicionado nos lixões,
permanecendo livre no ambiente, ele contamina o solo e os lençóis subterrâneos de água, além
de contribuir para a proliferação de insetos e ratos transmissores de doenças, qualquer lugar em
que o lixo esteja acumulado inadequadamente é propicio à disseminação das mais diversas e
graves doenças, exemplo, dengue, febre amarela, disenteria cólera, etc. Portanto, faz-se
necessário a preservação do ambiente reduzindo ao máximo a produção de lixo, fazendo uso de
medida que reduzam a exposição de materiais descartáveis e de longevidade, através de
incentivos como aterros sanitários, produção de biogás, incineração e não esquecendo
reciclagem, ou seja, reduzir, reutilizar, reciclar e reeducar (SARDELLA, 2000).

O lixo urbano é outro bom indicador das relações que o homem estabelece com a
natureza no processo produtivo. É necessária uma análise da quantidade do lixo produzido por
uma sociedade, de sua composição e do destino que lhe é dado, para uma correta mensuração da
quantidade de desperdício de materiais que ele envolve e dos prejuízos por ele causados ao meio
ambiente. Diante dessas definições, fica clara a preocupação da educação ambiental, focando
assim conhecermos os tipos de lixo e suas origens (DAMINELLI, 1993).

Desenvolvimento sustentável é o processo político-participativo que integra as


sustentabilidades econômica, ambiental e cultural, coletivas e individuais, tendo em vista o
alcance e a manutenção da qualidade de vida, seja nos momentos de disponibilização de
recursos, seja quando dos períodos de escassez, tendo como perspectivas a cooperação e a
solidariedade, entre os povos e as gerações (ICONS, 2003).
Numa sociedade na qual a troca de produtos é a principal atividade política, até mesmo
os operários, cotejados com “o dinheiro ou (com) proprietários de mercadorias” tornam-se
proprietários, “donos de sua força de trabalho”. É somente neste ponto que surge a famosa auto-
alienação de Marx, quando os homens são rebaixados a mercadorias; e esta degradação é
característica da situação do trabalho numa sociedade manufatureira, que julga os homens não
como pessoas, mas como produtores, segundo a qualidade de seus produtos (ARENDT, 1995).

O artesanato constitui-se uma prática fundamental no processo de aprendizado e


educativo de grupos sociais. O processo de aprendizagem por parte de um artesão ocorre
geralmente através da transmissão de conhecimento e informações de pais aos filhos, que, por
sua vez, aprenderam com seus pais e avós, transmitindo de geração a geração, todos
responsáveis pela tradição e inovação do produto que ao mesmo tempo é identidade, arte, lazer,
trabalho, profissão e subsistência. É interessante a preocupação de alguns antropólogos, dentre
eles Bronislaw Malinowski (1976), com o caráter educativo das práticas populares, como
lembra (Pureza, 1996).

Definida como separação prévia de materiais passíveis de reaproveitamento ou como


coleta de material reciclável previamente separado, a coleta seletiva teve um considerável
desenvolvimento em vários países, sendo iniciada nos Estados Unidos, no início do século
(CAMPOS, 1992).

A reciclagem pode trazer benefícios de ordem social, pois reduz a agressão ao meio
ambiente e cria consciência ecológica, econômico porque podem servir de fonte de renda para
creches, asilos, famílias e político ao estabelecer políticas de destinação de lixo (MOREIRA,
2008).
3. OBJETIVOS

3.1 Geral

Gerar um novo produto a partir da reutilização de fralda.

3.2 Específicos

Avaliar o produto gerado a partir de fraldas.

Incentivar a reutilização do plástico das fraldas.

Fazer análise econômica e financeira.

4 METODOLOGIA

4.1 Coletas de Dados

Inicialmente colocamos os equipamentos de proteção individual, foram utilizadas 500


fraldas descartáveis com presença de urina e colocado dentro de um recipiente de água, com três
copos de 300 ml de sabão em pó, uma copo de 300 ml de água sanitária, ¹/² xícara de vinagre de
álcool, os quais ficaram de pausar por uns 10 minutos.

Em seguida foi retirado o flocgel (policrilato de sódio) o qual absorve a urina, e feito à
secagem do plástico. Depois de cortar os plásticos das fraldas começar a fazer correntinhas, em
seguida voltamos fazer o ponto baixo. Para terminar fizemos 2 pontos baixos nos últimos 4
pontos, repete esse processo por 6 vezes para forma fundo da bolsa. Continuamos as carreiras
sem os aumentos das pontas para formar as bolsas. O número de carreiras será acordo com o
tamanho da bolsa. Fizemos as alças em ponto baixo e colocar o fecho.

4.2 Análises dos dados

Para a realização deste projeto, foram feitas pesquisas com relação a resíduos gerados
em residências com grande impacto ao meio ambiente e podemos verificar que um bebê gasta
cerca de 5500 fraldas durante os dois primeiros anos de vida. Para a fabricação de tantas fraldas,
cinco árvores são derrubadas e estas demoram cerca de 500 anos para se decompor, estima-se
que, em um ano, uma única criança seja responsável pelo uso de 130 quilos de plásticos,
contando também as embalagens, além de algo entre 200 a 400 quilos de pasta de papel.

Baseado nessas informações verificou que poderíamos utilizar a parte externa no


plástico para reutilização confeccionando artesanato tais como: bolsas, tapetes, cortinas.
Enfatizando que isso contribuirá para diminuir o descarte como destino os aterros sanitários.
Produto
descartável
Recipiente com água
Sabão em pó

Água sanitária Vinagre de álcool

Retirada do Flocgel

Secagem dos plásticos

Corte do material

Crochê

5 RESULTADOS

 No âmbito social proporcionar melhor qualidade de vida para as pessoas, através das
melhorias ambientais, e ajuda na geração de muitos postos de trabalho e rendimento para
pessoas que vivem nas camadas mais pobres, através do artesanato gerando renda pela
comercialização do material reutilizado.
 Contribuir para diminuição de fraldas descartadas no meio ambiente, pois em uma única
bolsa são utilizadas cerca de 500 fraldas.
TABELA DE CUSTOS

Produto Valor

Fralda descartável 00,00

Sabão em Pó R$ 7,00

Água Sanitária R$ 4,00

Vinagre de Álcool R$ 2,00

Tesouras R$ 15,00

Agulha para crochê R$ 12,00

TOTAL R$ 40,00

CONCLUSÃO

O presente artigo científico cujo tema é “Artesanato de fraldas descartáveis’’ Um


Problema Global, Redução, Reutilização e Reciclagem como Educação Ambiental e Fonte de
Renda em Manaus, tem como objetivo proporcionar a diminuição dos problemas causados pelo
acúmulo de fraldas descartáveis, possibilitando assim uma melhoria na qualidade de vida, a
preservação do ambiente comum através da redução, reutilização da reciclagem , como também
podendo gerar renda para a população, por meio da transformação do que era inútil em algo útil,
gerando dividendos para mão de obra não qualificada tornando-se uma solução econômico-
social para muitos. Já que nesse caso é tão difícil reduzir o consumo e descarte, a reutilização do
plástico das fraldas descartáveis irá fazer redução de impactos causados ao meio ambiente.

Desenvolver atividades de reaproveitamento de componentes e periféricos em


atividades artesanais, através de oficinas periódicas, pode auxiliar na redução destes resíduos,
servindo principalmente para chamar a atenção a respeito da necessidade de um descarte mais
responsável deste material.
BIBLIOGRÁFIA

APARECIDA, M.S.P. AURÉLIO, M.P. A Tecnologia da Reciclagem de Polímero. Instituto de


Química- Universidade Estadual de Campinas.São Paulo.2004.65 pág.

CINTRÃO, A.M. ADRIANO, F,F. Os Serviços de Saúde RSS e a Questão Ambiental. Centro
Universitário de Araraquaia.São Paulo.2004.122 pág.

SPINACE M.A.DA.S. PAOLI, M.A. TECNOLOGIA DA RECICLAGEM DE POLÍMEROS.


Instituto de Química, Universidade Estadual de Campinas SP 2005 Vol. 28, 65-72 pág.

MARCONATO, M.S. RANCHETTI, FERRO.S. TECNOLOGIA DA CECICLAGEM DE


POLÍMEROS.INSTITUTO DE QUÍMICA, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
SP ,2002 71 pág.

MENDES, A.S. CINTRÃO, S.C. LIXO: Um Problema Global, Redução, Reutilização e


Reciclagem como Educação Ambiental SÁO Paulo.2004. 120 pág.

SARDELLA, A.M. Congresso brasileiro de polímeros,Gramado,Brasil.Centro universitário


Tiradentes Maceió, 2001.27 pág.

DAMINELLI, M. S Congresso brasileiro de polímeros, Gramado Brasil.Centro universitário


Tiradentes, 1993 105-106 Pág.

ICONS, S.A. Conferência Internacional sobre Indicadores de Desenvolvimento Sustentável e


Qualidade de Vida. Sustentabilidade e qualidade de vida: conceitos relacionados. Curitiba,
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ARENDT, D. H. A Condição Humana. 7. ed. Rio de Janeiro: Forenses Universitária, 1995.338


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PUREZA, A.J. Artesanato Quilombola: identidade e etnicidade na Amazônia. 1996.04 Pág.


CAMPOS, H. K.T. Estudos preliminares para seleção de alternativas de disposição de resíduos
sólidos urbanos. Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbano, Belo Horizonte, 1992. 1-12 pág

MOREIRA, V. C. S. Lixo urbano e a reciclagem. Um Problema Global Redução, Reutilização e


Reciclagem como Educação Ambiental. São Paulo,2008.45 Pág.

ANEXOS

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