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APARELHOS
Compre eletrodomésticos de alta eficiência energética (A+, A++, A+++)... [-600 reais por ano]
Evite deixar aparelhos em “repouso” (Stand-by) ... [5-10% do gasto anual de um lar]
Lavadeira: a baixa temperatura; encher ao máximo de roupa; centrifugar e pendurar... [- 80%]
Adquira o essencial: ‘realmente preciso disto?’
Não use e jogue fora = Reutiliza, conserta, doa, troca, adquire de segunda mão.
Geladeira = 30% do gasto do lar. Não descer menos de 5ºC nem mais de 18ºC no congelador; não
colocar produtos quentes; não encostar alimentos na parede do fundo; abrir a porta menos vezes.
ALIMENTOS
Consuma alimentos “do tempo” e “da terra” (a menos de 100 km.): mais baratos e frescos, evitando
o transporte internacional e incentivando a economia local.
Evite ao máximo comer carne animal = Para produzir apenas um hambúrguer, se gasta mais água da
que você consome tomando banho durante 2 meses! / A pecuária (gado) é responsável por 80-91%
da destruição da Amazônia brasileira / A pecuária no mundo produz mais gases de efeito estufa (51%)
do que as emissões de todos os carros, caminhões, trens, barcos e aviões!!!
Nunca desperdice comida = não deixar no prato e jogar fora; não exceder-se na lista de compras para
os produtos não caducarem.
Usa café moído e não em cápsulas... [4 vezes menos gasto; lixo não reciclável]
Menos pratos pré-cozinhados e mais caseiros = saudáveis, saborosos, ecológicos e econômicos.
Cultive o seu próprio canteiro urbano... [4 a 5 m2 poupa 60-70% dos vegetais e hortaliças]
ÁGUA
Não abuse da água engarrafada... [pelo que paga pela garrafa pode beber 120 litros da torneira!];
garrafas reutilizáveis para evitar lixo de impacto ambiental.
O lava-pratos poupa 30,6 litros por dia (ver a eficiência A+++).
Sistema eficiente em casa = torneiras mono-mando, redutores de caudal, descargas com dois botões,
evitar fugas, não deixar torneira pingando quando lavo os dentes ou os pratos.
TRANSPORTE
Desloque-se a pé ou de bicicleta = O carro é o principal poluidor atmosférico!... [pode poupar-se até
1.500 reais anuais (combustível, estacionamento, mantimento)]
Viaje em transporte público = bus, metrô... [pode poupar-lhe 6.000 reais anuais]
Partilhe o carro e dirija eficientemente = com a marcha mais larga possível; a mais de 100 km/h o
consumo dispara; não abrir as janelas; não sobrecarregar.
ENERGIA
Isolamento térmico em paredes, janelas e tetos... [poupa até 2/3 da energia para aquecer!]
Use lâmpadas ‘Ledes’... [poupa 70 a 90% duma incandescente!]
Utilize energias renováveis e não fósseis (carvão, petróleo) = placas solares, gás metano; contratar a
uma empresa de eletricidade de origem renovável [o custo é similar ou menor]
Instale sistemas inteligentes = sensores para apagar e acender luzes... [poupa até 20% da fatura
elétrica]
Empregue pilhas recarregáveis... [custam 4 vezes mais que as alcalinas, mas com 5 cargas se
amortiza, e pode recarregar umas 1000 vezes!]
Reduza o uso do ar-condicionado = aparelhos eficientes; não baixar de 24º [cada grau a mais
incrementa 8% do consumo]; use ventiladores, roupa fresca, beba água e coma alimentos
refrescantes; evite entradas de calor e apague aparelhos que não use.
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Não se exceda na calefação [a cada grau a mais o gasto aumenta 7%] = use roupa quente, coberta;
fechar janelas e cortinas antes de dormir, tampar frestas; colocar tapetes.
Não use ao mesmo tempo aparelhos de maior potência (ex. ferro e forno elétrico).
LIXO
Recicle mais e melhor = separação do lixo... [ex.: reciclar 3 garrafas equivale a estar um dia inteiro
com o móvil]
Evite o máximo possível usar “descartáveis” = copos e pratos, talheres, guardanapos, bandejas,
sacolas de plástico ou papel, garrafas, cápsulas o vasilhames não recicláveis, etc.
PAPEL
Poupe papel = aproveitar folhas pelas duas caras; papel-rascunho; imprimir o imprescindível; receber
faturas em formato eletrônico; negar-se a receber propaganda; partilhar revistas e jornais; reutilizar
papel de presentes e bolsas de papel.
LIMPEZA E BELEZA
Ex.: água + vinagre + limão, elimina as gorduras e muito tipo de bactérias.
Ex.: creme hidratante = azeite de bebê + açúcar moreno (1/4 de xícara), aplicar um minuto, lavar e
secar / cabelo limpo e sedoso = lavar 20’ com: abacate + duas colheres de mel.
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D E S C A R T Á V E I S
[bem escrito, bem lembrado, na dose certa do humor, na emoção, enfim, tudo deu certo nestes dois
textos: leia, divirta-se, reflita as verdades]
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E a mim que me prepararam para viver com o mesmo número, a mesma mulher e o mesmo
nome (e vá que era um nome para trocar...), me educaram para guardar tudo. Tuuuudo! O que
servia e o que não servia. Porque, algum dia, as coisas poderiam voltar a servir.
Acreditávamos em tudo. Sim, já sei, tivemos um grande problema: nunca nos explicaram que
coisas poderiam servir e que coisas não. E no afã de guardar (por que éramos de acreditar),
guardávamos até o dente de leite de nosso primeiro filho, o dente de leite do segundo, os
cadernos do jardim de infância e não sei como não guardamos o primeiro cocô.
Como querem que entenda a essa gente que se descarta de seu celular a poucos meses de o
comprar? Será que quando as coisas são conseguidas tão facilmente, não se valorizam e se
tornam descartáveis com a mesma facilidade com que foram conseguidas?
Em casa tínhamos um móvel com quatro gavetas. A primeira gaveta era para as toalhas de
mesa e os panos de prato, a segunda para os talheres e a terceira e a quarta para tudo o que
não fosse toalha ou talheres. E guardávamos...
Como guardávamos!! Tuuuudo!!! Guardávamos as tampinhas dos refrescos!! Como, para
quê? Fazíamos limpadores de calçadas, para colocar diante da porta para tirar o barro.
Dobradas e enganchadas numa corda, se tornavam cortinas para os bares. Ao fim das aulas,
lhes tirávamos a cortiça, as martelávamos e as pregávamos em uma tabuinha para fazer
instrumentos para a festa de fim de ano da escola.
Tuuudo guardávamos! Enquanto o mundo espremia o cérebro para inventar acendedores
descartáveis ao término de seu tempo, inventávamos a recarga para acendedores descartáveis.
E as Gillette até partidas ao meio se transformavam em apontadores por todo o tempo escolar.
E nossas gavetas guardavam as chavezinhas das latas de sardinhas ou de corned-beef, na
possibilidade de que alguma lata viesse sem sua chave ou esta estivesse quebrada ou com
defeito.
E as pilhas! As pilhas das primeiras Spica passavam do congelador ao telhado da casa. Por
que não sabíamos bem se se devia dar calor ou frio para que durassem um pouco mais. Não
nos resignávamos que terminasse sua vida útil, não podíamos acreditar que algo vivesse
menos que um jasmim. As coisas não eram descartáveis. Eram guardáveis.
Os jornais!!! Serviam para tudo: para servir de forro para as botas de borracha, para pôr no
piso nos dias de chuva e para pôr sobre todas as coisas de vidro para enrolá-las e embalá-las.
Às vezes sabíamos alguma notícia lendo o jornal tirado de um pacote de alguma coisa!!! E
guardávamos o papel de alumínio dos chocolates e dos cigarros para fazer guias de enfeites de
natal, e as páginas dos almanaques para fazer quadros, e os conta-gotas dos remédios para
algum medicamento que não o trouxesse, e os fósforos usados por que podíamos acender uma
boca de fogão (Volcán era a marca de um fogão que funcionava com gás de querosene) desde
outra que estivesse acesa, e as caixas de sapatos se transformavam nos primeiros álbuns de
fotos e os baralhos se reutilizavam, mesmo que faltasse alguma carta, com a inscrição a mão
em um valete de espada que dizia "esta é um 4 de copas".
As gavetas guardavam pedaços esquerdos de prendedores de roupa e o ganchinho de metal.
Ao tempo esperavam somente pedaços direitos que esperavam a sua outra metade, para voltar
outra vez a ser um prendedor completo.
Eu sei o que nos acontecia: nos custava muito declarar a morte de nossos objetos. Assim
como hoje as novas gerações decidem matá-los tão logo aparentem deixar de ser úteis,
aqueles tempos eram de não se declarar nada morto: nem a Walt Disney!!!
E quando nos venderam sorvetes em copinhos, cuja tampa se convertia em base, e nos
disseram: Comam o sorvete e depois joguem o copinho fora, nós dizíamos que sim, mas,
imagina que a tirávamos fora!!! As colocávamos a viver na estante dos copos e das taças. As
latas de ervilhas e de pêssegos se transformavam em vasos e até telefones. As primeiras
garrafas de plástico se transformaram em enfeites de duvidosa beleza. As caixas de ovos se
converteram em depósitos de aguarelas, as tampas de garrafões em cinzeiros, as primeiras
latas de cerveja em porta-lápis e as cortiças esperaram encontrar-se com uma garrafa.
E me mordo para não fazer um paralelo entre os valores que se descartam e os que
preservávamos. Ah!!! Não vou fazer!!!
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Morro por dizer que hoje não só os eletrodomésticos são descartáveis; também o matrimónio,
os idosos doentes da família e até a amizade são descartáveis. Mas não cometerei a
imprudência de comparar objetos com pessoas.
Me mordo para não falar da identidade que se vai perdendo, da memória coletiva que se vai
descartando, do passado efémero. Não vou fazer.
Não vou misturar os temas, não vou dizer que ao eterno tornaram caduco e ao caduco fizeram
eterno.
Não vou dizer que aos velhos se declara a morte apenas começam a falhar em suas funções,
que aos cônjuges se trocam por modelos mais novos, que as pessoas a que lhes falta alguma
função se discrimina o que se valoriza aos mais bonitos, com brilhos, com brilhantina no cabelo
e glamour e a eterna juventude a qual ficamos todos obrigados.
Esta só é uma crónica que fala de fraldas e de celulares. Do contrário, se misturariam as
coisas, teria que pensar seriamente em entregar a bruxa, como parte do pagamento de uma
senhora com menos quilómetros e alguma função nova. Mas, como sou lento para transitar este
mundo da reposição e corro o risco de que a bruxa me ganhe a mão e seja eu o entregue...
Eduardo Galeano
- jornalista e escritor uruguaio -
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-
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FRASES PARA REFLETIR... PARTILHAR... E AGIR
Do ponto de vista do Planeta, não existe ‘jogar lixo fora’... Porque não existe ‘fora’!
“Na Natureza, nada se cria, nada se perde... tudo se transforma” (Lavoisier 1743-1794)
Para toda ação, há uma reação contrária de igual intensidade.
De nada adianta ao homem conquistar a Lua... se acaba por perder a Terra!
Não há passageiros na espaçonave ‘Terra’. Somos todos Tripulantes... Responsáveis!
Ao homem sensato, basta-lhe o necessário.
“No mundo há suficiente par satisfazer as necessidades de todos seus habitantes... mas não
suas ambições!” (Gandhi)
Faça do ‘Meio-ambiente’ o seu ‘Meio-vital’.
Comece despoluindo sua mente e evite o desperdiço.
Quando a necessidade do Meio-Ambiente superar a necessidade de consumo, a importância
da consciência ambiental surgirá no mundo.
As pessoas às vezes perdoamos... A Natureza, NUCA PERDOA!
A ‘crise’ é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque ela traz
progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura / É na crise
que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias / Quem supera a
crise, supera a si mesmo.
O paradigma que orienta atualmente a ciência, a tecnologia e a educação, e que fornece
respaldo econômico, é o paradigma cartesiano: Produzir mais, consumir mais. A partir da
revolução industrial, trata-se de produzir mais e criar necessidades artificiais para consumir!!!
2012: Brasil acumula 220.000 toneladas de lixo domiciliar por ano. 90% poderia ser
reaproveitado. Mas apenas 1% é reaproveitado!!! E, com isso, o Brasil deixa de ganhar 8
bilhões de reais por ano ao não reciclar!
Devemos mudar a mentalidade e passar: do “plebeu lixo”... ao “nobre resíduo”
do “imprestável”...para o “insumo essencial”
Os resíduos são um bem econômico de valor social (saúde e qualidade ambiental), gerador
de trabalho e renda e promotor da cidadania!!!