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Introdução

Visto que o nosso tema é o impacto das reservas estratégicas em


Angola. Vamos salientar o que são Reservas Estratégicas Alimentares
(REA), é o mecanismo cujo objetivo passa por regular o mercado e
influenciar a baixa de preço dos produtos alimentares essenciais.
A (REA) intervém para que todos os angolanos tenham acesso aos
alimentos básicos da sua alimentação a preços justos, evitando a escassez
e especulação de preços, afirma a gestão de mecanismo.

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Desenvolvimento
A REA começou a operar no dia 21 de Dezembro, em luanda e foi até a 1º
fase, colocar no mercado angolano até 354 mil toneladas de alimentos,
com previsão de alimentar até chegar aos 520.000 toneladas.
A iniciativa do executivo angolano, visou regular o mercado e influenciar a
baixa de preço de produtos alimentares essenciais que integram cesta
básica, parceria com a empresa GECESTA, Entidade Gestora de projetos.
A REA garantiu a aquisição, armazenamento e distribuição de mais de 520
toneladas de produtos alimentares, parte deles já produzidos e
transformados localmente, em indústrias geradoras de emprego,
prevendo-se um impacto na redução dos preços em até 5% para o
consumidor final.
Açúcar em sacos de 50kg, arroz em sacos de 25 kg, coxa de frango em
caixa de 10 kg, por enquanto os produtos que foram disponibilizados de
imediato na REA.
A GECESTA é a empresa responsável pela gestão do processo que envolve
a participação de muitas outras entidades, e que se responsabiliza pela
aquisição, receção, armazenamento e distribuição destes produtos, para
os diferentes agentes do mercado (armazenistas, retalhistas e grossistas),
em resultado de um concurso internacional e das necessárias garantias de
capacidade operacional e financeira.
Uma das vantagens da REA, vai garantir em 1º lugar, a existência de um
“stock” para a intervenção necessária do governo no mercado em situação
de calamidade, crise generalizada ou fecho dos canais internacionais de
importação. A nota refere que vários fatores impossíveis de controlar,
como a Covid-19, e outros, do conhecimento geral, tiveram efeitos muito
negativos nas cadeias de produção e sistemas logísticos dos produtos
alimentares básicos, em todo o mundo, resultando na escassez e aumento
significativo dos preços.
Cita que, pelas circunstâncias, o Governo de Angola tem tomado
importantes medidas para proteger e melhorar a vida das famílias e
empresas, como a aceleração da industrialização do país, o aumento da
produção nacional, tais como esta da Reserva Estratégica Alimentar, bem
como das ações de fiscalização da Autoridade Nacional de inspeção

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Económica e Segurança Alimentar (ANIESA), confiando que os angolanos
vão começar a sentir de imediato os efeitos benéficos destas medidas.
Com a atuação da Reserva Estratégica Alimentar, os diversos agentes da
distribuição alimentar do mercado nacional vão, finalmente, poder
adquirir e disponibilizar produtos da cesta básica aos preços de referência
do mercado internacional, melhorando, assim, o nível de vida das famílias
A Reserva Estratégica Alimentar foi criada, através do Despacho
Presidencial n.º 102/18, de 31 de angolanas.
Julho, para contribuir para a estabilidade da oferta de bens alimentares da
cesta básica em quantidade e preço, mitigando assim possíveis
perturbações de mercado fora do seu funcionamento normal, garantindo
preventivamente o aos produtos essenciais a preços não acesso
especulativos nos centros de consumo rural e urbano, bem como
estimular a escala da produção nacional, na sua condição de compradora
de uma parcela da mesma, suavizando o peso das importações; Havendo
necessidade de regulamentar a organização, funcionamento e operação da
Reserva Estratégica Alimentar, bem como os critérios qualitativos e
quantitativos dos bens que constituem a Reserva, conforme o disposto no
ponto 2.º de referido Despacho Presidencial; Em conformidade com os
poderes delegados pelo Presidente da República.

(Fins e propósito da Reserva Estratégica Alimentar) A Reserva Estratégica


Alimentar tem como fins:
a) Restabelecer condições de estabilidade de quantidade e preço dos
produtos pré-definidos, quando se verifiquem fenómenos de distúrbio do
normal funcionamento do mercado;
b) Estabilização da oferta, através da garantia do fluxo de oferta para
determinados produtos de forma a proporcionar um melhor equilíbrio
entre a oferta e a procura, dentro de um intervalo de preços dinâmicos,
que permita à população o acesso aos mesmos;
c) Atender à insuficiência da produção ou oferta local das mercadorias e
produtos que compõem a Reserva;
d) Auxílio de emergência, complementar aos outros meios do Estado, em
casos pontuais e imprevisíveis à população afetada.

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“A Reserva Estratégica Alimentar (REA) tem disponível um stock superior
a 200 mil toneladas, suficiente para um período de até seis meses de
consumo, bem como para regular o mercado e influenciar a baixa dos
preços de alimentos de cesta básica”.
Estes dados foram revelados, dia 19 de Março de 2022, em luanda pelo
coordenador da REA, Eduardo Machado, durante o segundo CAFÉ\CIFRA,
realizado sob o tema do “Fomento da produção nacional e a
sustentabilidade da Reserva Estratégica Alimentar” contando, também,
com as intervenções dos ministros da Agricultura e Pescas, António Assis, e
Indústria e Comércio, Victor Fernandes. Eduardo Machado adiantou que
estão em armazenamento 70 mil toneladas de arroz, 88 mil toneladas de
milho, seis mil toneladas de soja, 80 mil toneladas e açúcar e 3.700
toneladas de frango.
Também acrescentou-se que esta esgotada a capacidade de
armazenamento de produtos alimentares nos entrepostos de luanda e
benguela, com o que a Reserva Alimentar concretiza o potencial de
complementar oferta do mercado.
“Os operadores do mercado não devem ter receio da Reserva Alimentar,
uma vez que ela existe para os ajudar a eliminar a concorrência desleal e
práticas inconfessas da atividade comercial”, declarou o gestor. Sobre a
sustentabilidade da REA, esclareceu que não tem nenhuma ligação com
votalidade do preço do petróleo, nem foi feito recurso ao Orçamento Geral
Do Estado (OGE).
“Temos um conforto do Tesouro no Ministério das finanças, mas é o
mercado que essencialmente está a financiar o “stock” da reserva”.

Estimulação de produção
A REA, notou, tem potencial para alavancar a capacidade produtiva do
sector Agro-indutrial angolano, com a produção nacional a ser
tendencialmente prioriza face à importação de bens alimentares
processados.
Estabilização de preços e garantia de fornecimento de bens da cesta básica
a preços não especulativos ao mercado interno, assegurar um stock físico
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permanente de bens alimentares essenciais em caso de situações de
emergência nacional, garantir a gradual substituição da importação pela
oferta da produção nacional, bem como mitigar riscos e impactos da
votalidade nos mercados internacionais agro-alimentares constam
também das motivações do projeto.
Eduardo Machado adiantou que o fomento agrícola no âmbito da REA,
tem subjacente a implementação imediata de uma articulação e
alavancagem de programas como o Plano Integrado de aceleração de
agricultura e Pesca Familiar (PIAAPF) e o Programa de Apoio à produção,
diversificação, das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).
O programa também teve como objetivo fomentar e capacitar, em
articulação com os Ministérios da Agricultura e Pescas e da Economia e
Planeamento, cerca de 52 mil famílias e um número ainda não identificado
de agricultores comercias, através do fornecimento de kits de apoio
agrícola que incluem fertilizantes, sementes, pesticidas e pulverizadores,
visando a melhoria do processo produtivo e aumento de culturas.
À luz de decisões institucionais, a REA passa a ter, também, o papel
fundamental de assegurar a oferta e acesso aos fertilizantes a crédito, bem
como o da garantia da compra dos excedentes da produção familiar e
comercial no âmbito do programa de fomento à produção nacional.
Antecipação do Governo
O Ministro da indústria e Comércio considerou que, com a constituição de
tão importantes reservas, algo que, em determinada altura, decorreu em
ritmo acelerado, o Executivo antecipou aos efeitos do conflito na Ucrânia
sobre a queda da oferta e o aumento dos preços dos bens essenciais. “Não
temos a capacidade para prever quanto tempo vai durar a guerra, mas
devemos olhar para o cenário e perceber as implicações no que toca à
produção alimentar”.
O país considera que, apesar de o conflito envolver dois países produtores
globais do topo da cadeia do trigo, o mundo não vai parar de produzir esta
matéria-prima, prevendo-se pressões altistas sobre os preços, seguidas
por um período de estabilização.

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O Ministro notou que, durante o período mais frenético da pandemia da
Covid-19, “praticamente em quase todo mundo e Angola não teve falta de
alimentos”.
“Se percorremos as principais zonas produtivas do país, vamos encontrar
muita produção agrícola com frequência e facilidade” apesar de
reconhecer que essa oferta ainda não é suficiente para atender as
necessidades internas.
António Assis indicou, igualmente, que existem três fatores que ainda
dificultam o maior progresso da agricultura no país, nomeadamente a falta
do conhecimento, fatores de produção e mercado para o escoamento da
produção.
Referiu-se uma evolução contrasta com um crescimento médio, registado
naquela época, dos preços desses mesmos produtos de 25% face a
Novembro de 2021, oque é atribuído ao impacto da guerra na Ucrânia,
indicam dados passados pela REA às redações.
Descrição de produtos e preços de NOVEMBRO DE 2021
Naquele período, o preço do saco de 25k de farinha de trigo passou para
8.200kzs, diante dos 23.000kzs de Novembro, e a mesma quantidade de
fuba de milho para 6.025, face às 13.800.
O valor de 50k de açúcar teve uma inflação de 24.200 para 18.325kzs 25k
de arroz THAI de 11.737 para 7.000kzs, 12L de óleo de soja custavam
11.300kzs, menos de 1000L.
O preço da caixa de coxas de frango de 10k desceu de 10.190 para
7.500kzs e o do saco de 25k de feijão PINTO baixou de 24.000 para
17.000kzs para todo território nacional.
Ao contrário de Angola, no mercado angolano internacional, verificou-se
um aumento médio de 2,55% dos preços comparativamente à outros
períodos.
A contracção dos preços, no mercado angolano, coincide com um
ambiente de negócios caracterizado pela desaceleração da inflação que,
em Maio, registou um crescimento de 0,93%, marcando a primeira vez que
se regista uma taxa mensal inferior a 1,0% em vários anos.

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Os números de Maio (de 2021), os últimos publicados pelo Instituto
Nacional de Estratégica, declaram que a inflação caiu em termos
homólogos (a 12 meses), situando-se em 24,42%, um decréscimo de
0,52% em relação à observada em igual período do ano anterior (Maio de
2021 e menos 1,37 que a variação homólogo de Abril.

CONCLUSÃO
Concluindo o nosso trabalho podemos afirmar que a REA ou Reserva
Estratégica Alimentar em Angola é uma forma de minimizar os custos
altos para que todas as famílias possam ter o poder de compra a menos
preços. Visar também que a REA tem como objetivo além de minimizar os
custos das famílias, garantir um “stock“ em caso de calamidade ou outras
situações desconfortantes para o país.

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