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R: Existem dois principais fatores que explicam esse crescimento: a alta nas exportações
e a safra recorde, esse crescimento da produção agropecuária nacional, foram
impulsionados pelo mercado interno, a demanda internacional (exportações) e os
ganhos de produtividade (Brasil, 2021).
O forte crescimento do PIB do segmento primário agrícola decorreu especialmente do
alto patamar real dos preços, tendo em vista as expressivas quebras de produção para
importantes culturas, devido ao clima desfavorável. Ressalta-se que o avanço da renda
nesse segmento não foi ainda maior por conta do também expressivo incremento dos
custos de produção – o que pode ser verificado no avanço do PIB dos insumos
agrícolas. Esse crescimento refletiu, em grande medida, a alta importante dos preços de
fertilizantes e de máquinas agrícolas (mas o aumento da produção nacional de
fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas também impulsionou os resultados).
Pesquisadores destacam a importante desaceleração da agroindústria ao longo do
segundo semestre de 2021, após sucessivas recuperações observadas ao longo do
primeiro semestre. Ainda assim, sobretudo devido ao avanço real dos preços, a indústria
agrícola finalizou 2021 com alta no PIB. E com os bons resultados nos segmentos a
montante, os agros serviços prestados ao ramo também avançaram no ano passado.
Diante do bom desempenho do PIB agregado do agronegócio em 2021, o setor alcançou
participação de 27,4% no PIB brasileiro, a maior desde 2004 (quando foi de 27,53%).
Segundo pesquisadores do Cepea, os segmentos primário e de insumos se destacaram
em 2021, com aumentos de 17,52% e 52,63%, respectivamente. O PIB também cresceu
para os outros dois segmentos, 1,63% para a agroindústria e 2,56% para o agro serviços.
Dentre os ramos, enquanto o PIB do agrícola avançou 15,88% de 2020 para 2021, o PIB
do pecuário recuou 8,95%.
ALGODÃO: Com mais de 100 anos de produção do algodão no Brasil e hoje com
quase 2 milhões de toneladas produzidas a cada safra, a cotonicultura (cultura do
algodão) é uma das mais relevantes para a exportação brasileira e uma das mais
rentáveis para o produtor.
O maior Estado produtor de algodão do país é o Mato Grosso, seguido da Bahia.
Juntos, são mais de mil hectares plantados em meados de maio, com safra estendida até
começo de setembro. Outro Estado que vem despontando na produção e com excelente
qualidade e sustentabilidade é Goiás. Hoje, Centro-Oeste e Nordeste detêm 97% da
produção de pluma do país.
A Austrália é referência neste cultivo porque consegue administrar a irrigação da
plantação em sua totalidade. Ou seja, cem por cento do plantio recebe a medida certa de
água sem depender, ou exceder a quantidade, em função das chuvas. Mas o Brasil não
fica muito atrás e junto com os Estados Unidos tem em suas plumas reconhecimento
mundial de sua qualidade.
A cotonicultura, uma coisa é certa, você é um dos milhões de consumidores finais
espalhados pelo mundo, nas roupas e nos artigos de cama, mesa e banho.
A versátil fibra natural tem sido produzida cada vez mais de forma sustentável, da
lavoura até as “araras” das lojas. Antialérgica e confortável, tem seu uso estimulado por
dermatologistas, por permitir que um melhor repiro da pele.
Antes do seu plantio, o mercado já movimentou vários segmentos, dentre eles,
sementes, fertilizantes, defensivos, corretivos, colhedoras, tratores, peças para
reposição, implementos, equipamentos de irrigação, caminhões, carrocerias e
combustíveis.
E após a colheita envolverá a fiação, tecelagem, confecção e varejo. Além dos
subprodutos usados nos setores de Papel e celulose (línter*), indústria química (línter e
óleo), indústria de algodão hidrófilo (línter), indústria de biodiesel (óleo), alimentos
(óleo), indústria de adubos (torta e farelo) e indústria de ração animal (torta e farelo).
Ainda na indústria têxtil podemos destacar especialidades como: tapetes, pavios,
pelúcia, bordados, feltro, panos de chão, gaze entre muitas outras.
*Línter são camadas de fibras curtas da semente de algodão. Como já citado são
utilizadas em algumas indústrias e também na produção de tecidos cirúrgicos e
fabricação de papel moeda.
SEGMENTOS
● Açúcar e álcool
● Adubos e defensivos
● Algodão e grãos
● Café
● Carne bovina
● Leite e derivados
● Madeira e celulose
● Máquinas e equipamentos
● Óleos, farinhas e conservas
● Revenda de máquinas
● Têxtil.