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Ministério da Agricultura
Junho 2010
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Indíce
1 Introdução ................................................................................................................................................ 2
1.1 Antecedentes, Pressupostos e Fundamentação .............................................................................. 3
1.2 Agricultura Irrigada no Contexto do Desenvolvimento Nacional .................................................... 5
2. Breve Caracterização do Sub-sector de Irrigação .................................................................................... 7
2.1 Descrição da Evolução dos Serviços e do Sub-sector de Irrigação .................................................. 7
2.2 Breve Informação Sobre Evolução e Utilização das Áreas Infraestruturadas de Rega .................... 8
2.3.1 Custos de reabilitação e de novas construções ..................................................................... 11
2.4 Implicações de Utilização de Recursos Hídricos ............................................................................ 11
2.5 Capacidade Institucional e Género ................................................................................................ 11
3 Análise FOFA .......................................................................................................................................... 13
Sobre a Proposta da Estratégia ...................................................................................................................... 15
3.3 Visão ............................................................................................................................................... 15
3.4 Missão ............................................................................................................................................ 15
3.5 Principais Beneficiários da Estratégia ............................................................................................ 15
3.5.1 Produtores de Pequena Escala .............................................................................................. 16
3.5.2 O sector empresarial agrícola: ............................................................................................... 16
3.5.3 O sector público na agricultura: ............................................................................................. 16
3.5.4 O sector privado da economia rural: ..................................................................................... 17
3.6 Principios da Estratégia .................................................................................................................. 17
1.5 Metas ............................................................................................................................................. 17
4.6 Periodicidade ....................................................................................................................................... 18
4.7 Objectivos Estratégicos ........................................................................................................................ 18
4.8 Acções Estratégicos .............................................................................................................................. 19
Implementação da Estratégia ........................................................................................................................ 20
5.1 Estabelecimento de Serviços Públicos Adequados .................................................................................. 20
5.2 Formulação de um Programa Nacional de Irrigação (PNI) ............................................................ 21
6. Monitoria e Avaliação ............................................................................................................................ 22
1. Introdução
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1.1 Antecedentes, Pressupostos e Fundamentação
Antecedentes
O constante crescimento populacional em Moçambique, determina o aumento da demanda
em produtos alimentares e a necessidade de um desenvolvimento económico acelerado que
contribui para o aumento da pressão sobre os recursos naturais do País. Assim, o crescimento
da produção nacional impõe a necessidade de aumento da produtividade agrícola sem
necessariamente aumentar as áreas cultivadas. A água é um dos recursos naturais mais
preciosos para o progresso do País, pois dela depende uma maior segurança da produção
agrícola, em particular nas regiões caracterizadas por acentuados défices hídricos.
Fundamentação
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Moçambique é um País cuja economia é ainda significativamente baseada na agricultura (23%
e 22% do PIB em 2007 e 2008, respectivamente). Estima-se que pelo menos 70% da
população rural encontra-se directa ou indirectamente ligada à actividade agrária, em
especial a mulher (cerca de 60% da mão de obra) e jovens. Em áreas peri-urbanas aptas à
produção agrícola e com ligação ao mercado, a agricultura tem também contribuido para
absorção de mão-de-obra, abastecimento alimentar às cidades e na economia local.
Pressupostos
• A curto e médio prazos, a expansão das áreas irrigadas para culturas alimentares está
dependente do investimento público, e exige grande investimentos
• A procura crescente de produtos alimentares domésticos dependentes da irrigação nos
mercados nacional, regional e internacional continuará a aumentar e Moçambique deve
activar a sua vantagem comparativa para responder a essa procura. Consequentemente, a
produção nacional baseada na irrigação pode incrementar, gerando benefícios
económicos locais, reduzindo gradualmente a despesa nacional com a importação de
alimentos.
• A irrigação tem um papel crucial na intensificação da produção agrária, uma opção de
crescimento do Sector Agrário que tem vindo a merecer prioridade como reflectido em
recentes estratégias planos de acção e programas agrários com destaque para a Estratégia
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da Revolução Verde(2007), o Plano de Acção para a Produção de Alimentos (PAPA, 2008),
o e Plano Estratégico de Desenvolvimento do Sector Agrário (PEDSA, 2010).
• O papel da agricultura irrigada é cada vez mais reconhecido a nível regional e continental
sendo de destacar a SADC/ RISDP e o Comprehensive African Agriculture Development
Programme (CAADP) tem a “irrigação” como um dos seus pilares.
• As infra-estruturas de irrigação existentes oferecem uma base de partida para o
desenvolvimento do sub-sector de Irrigação a médio prazo, à medida que forem
reabilitadas;
• O desenvolvimento sustentável da irrigação, incluindo a atribuição de terras e acesso a
recursos hídricos, exigirá uma mudança das práticas informais para práticas formais de
planificação e tomada de decisão baseadas em regulamentos e direitos (Por exemplo,. a
prática internacional referente à atribuição de recursos de rega e de recursos naturais
baseia-se cada vez mais em regras transparentes, critérios claros e métodos sãos de
avaliação).. Estes processos, se forem para acontecer, exigem um quadro estratégico claro.
• O processo em curso de desconcentração e descentralização político -administrativa e de
planificação participativa rumo ao desenvolvimento tendo como base o distrito (PPDF),
impõe formas mais inovativas de planificação, orçamentação e monitoria de de sistemas
de rega.
1.2.1 Agricultura – Face aos desafios relacionados à segurança alimentar (aumento de preços
internacionais e importações de alimentos), à necessidade de aumento de exportações de
produtos agrários, ou, de forma mais ampla, à necessidade de acelerar o crescimento do
Sector Agrário, a agricultura tem vindo a beneficiar de maior prioridade no Governo. A
Estratégia da Revolução Verde, operacionalizada através do PAPA (2008-2011) prioriza
culturas alimentares e produtos pecuários de maior importância na segurança alimentar, bem
como a formulação do PEDSA (2010), enquadram-se na perspectiva de acelerar o crescimento
do Sector Agrário e contribuir para os grandes objectivos de redução da fome e pobreza no
País. Os últimos desenvolvimentos do País para um maior alinhamento das políticas agrárias
com o NEPAD/ CAADP mostram igualmente a necessidade de uma maior orientação
estratégica do desenvolvimento do Sector Agrário. Em todos estes desenvolvimentos, a
irrigação constitui um dos pilares para materialização de maior crescimento do Sector Agrário.
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Os objectivos nacionais de desenvolvimento consistem da redução dos níveis de pobreza
absoluta através de um crescimento económico rápido e sustentado, preconizando-se
também a redução das assimetrias e desequilíbrios regionais de desenvolvimento. O
Programa Quinquenal do Governo (PQG) e os Planos de Acção para a Redução da Pobreza
Absoluta (PARPA) têm sido os instrumentos chave do governo para cumprir com estes
objectivos. Ao sector privado, é reconhecido o papel determinante no crescimento económico,
numa economia de mercado agilizada pelo Estado através da disponibilização de infra-
estruturas básicas e de um ambiente de políticas propício. Dá-se prioridade ao
desenvolvimento rural com ênfase na agricultura, preconizando-se utilização racional dos
recursos disponíveis como contributo ao desenvolvimento económico local.
O reforço do Sub-sector de Irrigação, que, entre outras condicionantes, impõe uma estratégia
compreensiva, pragmática e de longo prazo, vai contribuir para a Agenda de Desenvolvimento
Nacional, através do aumento dos rendimentos agrícolas para responder à procura de
culturas alimentares e de rendimento incluindo os biocombustíveis, nos mercados nacional
(figura 1), regional e internacional. Nos últimos anos, tanto em Moçambique como na maioria
dos países da região da SADC, a produção de alimentos não tem acompanhado o ritmo da
procura e um Sub-sector de Irrigação reforçado terá um papel importante a desempenhar na
redução da diferença existente entre a procura e a oferta de alimentos a nível nacional e
regional. Ao mesmo tempo, a agricultura irrigada irá estimular o investimento e a produção
nas zonas rurais e peri-urbanas, “revitalizando” assim o desenvolvimento rural e urbana e
reduzindo a pobreza. Adicionalmente, a agricultura irrigada cria oportunidades para o
investimento do sector privado e parcerias público-privadas (PPPs) de risco partilhado.
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O quadro legal e regulador destas reformas rege-se e é operacionalizado pela Lei dos Órgãos Locais do Estado
08/2008 e seu Regulamento (2005), Lei da Reforma da Gestão Financeira Pública (2002) e seu Regulamento
(2004), e ainda pelo Programa de Planeamento de Finanças e Desenvolvimento 2005-2015.
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público; a desconcentração e a descentralização; bem como a reforma da planificação do
desenvolvimento e do sistema financeiro público.
O País conta também com uma a Estratégia de Desenvolvimento Rural (2006-2025), que
preconiza uma aproximação multi-direccional para atingir vários objectivos, incluindo a
reabilitação e desenvolvimento de infra-estruturas económicas e sociais nas zonas rurais. O
Sub-sector de Irrigação enquadra-se dentro deste conjunto de reformas e a presente proposta
de estratégia toma em consideração estas referências de âmbito inter-sectorial.
Durante o período colonial, a irrigação teve um papel de alguma importância como um dos
incentivos subjacentes à economia rural dos colonatos. A maior e mais importante iniciativa
de irrigação colonial, na Bacia do Rio Limpopo, providenciou a base para o desenvolvimento
do Colonato do Limpopo, administrado pelo Gabinete do Limpopo. Ao causar um êxodo
massivo de pessoal técnico qualificado, o colapso do Estado Colonial afectou a agricultura de
irrigação, terminando abruptamente todos os investimentos que na altura estavam em curso.
Em finais dos anos oitenta foram criadas nalgumas províncias unidades especiais de irrigação
(não formalmente integradas no sector público), os Núcleos Provinciais de Hidráulica Agrícola,
para dirigir e apoiar o desenvolvimento de sistemas de rega de pequena escala a nível
provincial, através da prestação de serviços de extensão hidro-agrícola, capacitação de
produtores e outros apoios. Contudo, a generalização da guerra envolvendo quase todo o País
prejudicou seriamente o trabalho dessas unidades de irrigação.
No pós-guerra (após 1992) o Governo enfatizou a irrigação de pequena escala, tendo como
objectivo a segurança alimentar. Em 1995, foi criada uma Direcção Nacional de Hidráulica
Agrícola (DNHA) no Ministério de Agricultura e Pescas, que se manteve no novo Ministério da
Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER) em 1999. Em 2005 o MADER foi extinto tendo
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sido criado o Ministério da Agricultura (MINAG) e, nesse processo, a DNHA foi extinta
passando a dois departamentos (Departamento de Engenharia Hidráulica e Departamento de
Apoio à Gestão de Sistemas de Irrigação), dentro da actual Direcção Nacional de Serviços
Agrários (DNSA).
A transição do MADER para MINAG, a qual foi seguida de reformas institucionais internas,
enfraqueceu os serviços públicos de irrigação e em geral ao Sub-sector, ao afectar a sua
capacidade de provisão de serviços de apoio para o desenvolvimento da irrigação. Uma das
consequências imediatas foi a redução de recursos anualmente alocados aos serviços. O
quadro institucional dos serviços públicos mostra-se, por conseguinte, pouco apropriado aos
desafios do Sub-sector.
O início dos anos oitenta representou o pico da actividade do Sub-sector de Irrigação tendo
recuperado o choque ocorrido aquando do abandono de grande parte dos sistemas de rega
após a independência nacional. Contudo, os anos subsequentes até praticamente ao pós-
guerra, a partir de 1992, foram de decrescimo de utilização de áreas infraestruturadas.
No pós-guerra houve esforços no sentido de voltar a revitalizar o Sub-sector. Porém, os níveis
limitados de investimento não permitiram grandes resultados até finais dos anos noventa.
Entre 2001-2003 o MINAG efectuou um exaustivo levantamento de terreno para inventariar a
situação do sub-sector em termos de terra com infrastructura e sua utilização. A Tabela 2.1
apresenta a estrutura geral do subsector de irrigação, desagregada por dimensão dos
sistemas de rega esquema e por região em 20022. Do total de cerca de 120,000 ha de área
equipada inventariada, apenas cerca de um terço (40,000ha) da área estava de facto sendo
regada em 2002.
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Levantamento Nacional dos Regadios 2001 e 2003
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Tabela ...: Inventário sobre terra irrigada infrastructurada e efectivamente estruturada
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PROVÍNCIA INVENTÁRIO ÁREA IRRIGADAS (hectares) TOTAL PROV.
(HA)
(2001/2003) 2004 2005 2006 2007 2008 2009
MAPUTO 908 876 324 980 60 517 82 3747
GAZA 7867 930 1520 598 2300 500 1432 15147
INHAMBANE 247 90 420 452 821 143 201 2374
TETE 373 20 10 13 416
SOFALA 112 40 75 110 133 39 509
MANICA 1126 192 283 70 1671
ZAMBÉZIA 965 18 54 45 45 200 1327
NAMPULA 352 20 119 70 1 57 619
NIASSA 7 15 94 359 15 490
CABO DELGADO 84 23 107
TOTAL NACIONAL 12041 1916 2514 2576 3520 1778 2062 26407
Estima-se que mesmo com a expansão das áreas em funcionamento ocorrida desde 2004,
ainda se encontram inactivos cerca de 60,000 ha de áreas anteriormente equipadas. Deste
número, cerca de 15,000 ha são considerados como não tendo recuperação ou, podendo ser
recuperáveis, seriam economicamente inviáveis. A reabilitação dos restantes 45,000 ha exige
uma avaliação de terreno exaustiva de forma a tomar-se decisões mais informadas sobre
aplicação de fundos públicos, ou público-privados, para a sua recuperação. Fontes de
Financiamento para Reabilitação e Novas Construções
A reabilitação e construção de novos sistemas de rega têm sido feitas com financiamento
público através do PROAGRI (maioritariamente financiado por parceiros bilaterais), projectos
financiados por parceiros de cooperação bilaterais ou multilaterais bem como pelo sector
privado. Projectos de irrigação recentes financiados por parceiros de cooperação, envolvendo
reabilitação e a construção de raiz de infra-estruturas de rega incluem:
De referir que para além dos projectos acima citados que terminaram a sua
implementção, existem outros projectos ainda em curso, sendo de destacar os
seguintes:
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pode resultar nalguma expansão das áreas de irrigação (por reabilitação ou por
construção de raiz).
O projecto de irrigação de pequena escala (SSIP), o qual foi implementado nos distritos
seleccionados das províncias de Maputo, Sofala e Zambézia, compilou estimativas recentes de
custos de investimento em irrigação que indicam um custo unitário que varia entre 5,000 a
13,000 USD/ha para a construção de sistemas de rega públicos. Factores como a distância dos
centros urbanos, localização (acesso e condições topográficas), opções tecnológicas, etc,
determinam a grande variação dos custos unitários. Os custos dos sistemas de irrigação
comerciais, como, exemplo, a das plantações de cana-de-açúcar e horticultura situam-se
entre 4,000 a 6,000 USD/ha.
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Presentemente, a responsabilidade pela promoção e coordenação do apoio público à
agricultura de irrigação recai sobre o Departamento de Engenharia Hidráulica (DEH) da
Direcção Nacional de Serviços Agrários (DNSA) do MINAG. No âmbito do apoio público à
irrigação, só há técnicos com formação e experiências adequadas em irrigação a nível central
(no DEH) e nalgumas províncias. Todos os antigos membros dos Núcleos Provinciais de
Hidráulica Agrícola de finais dos anos oitenta abandonaram o sector público.
A irrigação coloca questões de género que têm recebido pouca atenção explícita, apesar de
afectarem os processos de planificação e funcionamento da rega, e que devem ser tomados
em consideração nas actividades de extensão e de formação. Apesar de serem as mulheres
quem faz a maior parte do trabalho de campo nas operações de rega, elas têm pouca
influência na planificação e tomada de decisão sobre a rega e têm pouco envolvimento nas
transacções monetárias, as quais têm permanecido principalmente nas mãos dos homens. A
maior parte do trabalho na machamba (campo de cultivo) e do tempo incorporados nas
culturas de irrigação provém das mulheres, mas são os homens quem toma as decisões finais
sobre que culturas cultivar e quem faz a supervisão da produção, comercialização e venda das
culturas de rendimento de alto valor.
O processo de planificação participativo com enfoque no distrito, começou por volta de 2005,
configurando uma perspectiva de planificação e financiamento descentralizados na irrigação.
A estratégia nacional para a descentralização da planificação e financiamento (Estratégia de
PPFD 2005-2015) coloca o distrito no centro do processo de planificação do desenvolvimento
local ao mesmo tempo que enfatiza o papel chave da província como mentora. O processo de
planificação participativa de projectos a nível do distrito funciona a dois níveis – exercícios
correntes de planificação consultiva a médio-prazo que se incorporam nos planos quinquenais
consecutivos de desenvolvimento do distrito; e, ciclos anuais de planificação, orçamentação e
implementação de projectos.
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Os projectos de irrigação identificados e planificados localmente deverão observar o processo
participativo na preparação, orçamentação, financiamento e implementação. A capacidade
das estruturas distritais para desempenharem o seu papel de planificação, orçamentação e
implementação de iniciativas de irrigação é limitada. Em muitos casos terá de ser edificada ao
longo do tempo com assistência técnica dos serviços públicos de irrigação a níveis provincial e
central.
3 Análise FOFA
A presente Estratégia teve como uma das bases de diagnóstico a análise FOFA. Este
exercício tem como objectivo destacar os principais problemas actuais no subsector de
irrigação e relaciona-los às acções estratégicas. Dos problemas pertinentes focalizou-se
nos seguintes:
• Aproveitamento de Infra-estruturas;
• Crédito/Financiamento;
• Investimento (Público/Privado);
• a Prestação de Serviços;
• Quadro Institucional/Legal (ver Anexo I).
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Área de
Componentes Pontos Fortes Pontos Fracos Oportunidades Ameaças
Intervenção
Existência de areas
Existência cada vez maior
infrarestruturadas para Dificil accesso ao credito.
Crédito/Financia de instituições financeiras e O sector de agricultura
agricultura irrigada, Falta da garantias. Limites no
mento fundos consignados para considerada como alto
mão da obra e collateral .
apoio da produção.
mercados
• Fraca resposta do sector
Publico (Infra- Existência potencial de productivo face a demanda Papel da agricultura irrigada
Ocupação não criterios
estrutura e irrigação pouco em produtos alimentares. reconhecido no quadro dos
potencial da irrigação.
exploração) explorado • Pouco investimento no Sub- objectivos do Governo
sector
Parcerias Publicos-Privados
para uma exploração total
Potenciais problemas d
Existência de áreas Exploração parcial de dos perimetros;
conflito entre sector pr
infrarestructuradas para perimetros irrigados com Existência parceiros
os utentes locais sobre
Publico agricultura irrigada com consequencia da inviabilidade internacionais pre-dispostos
Investimento questão de direito fund
necessidade de técnica e a financiar programas de
posse de terra, proprie
reabilitação economica/financeira reabilitação e/ou construção
privada.
de infra-estruturas
hidroagrícolas
As acçoes estratégicas identificadas visam responder a estes problemas, que não esgotando a
lista dos mesmos, são tidos como dos mais pertinentes.
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Sobre a Proposta da Estratégia
3.3 Visão
3.4 Missão
A presente proposta de Estratégia inclui intervenções na agricultura nas zonas rurais e peri-
urbanas a escala nacionalConsidera-se que a rega irá promover todas as práticas que
permitam o acesso e uso da água para produção agrícola e pecuária, dentro dos princípios
vigentes no País.
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O sector privado mais amplo da economia rural e peri-urbana:
Ministério das Obras Publicas e Habitação (DNA e ARAs) e Ministério para Coordenação de
Acção Ambiental
3. Metas
i. Média de produtividade agrícola irrigada pelos menos 2 vezes superior à média de
produtividade em sequeiro, em particular em culturas alimentares seleccionadas,
até 2015.
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ii. Índice de aproveitamento dos sistemas de rega melhorado, dos actuais 60% para
pelo menos 80%.
iii. Expansão da área irrigada para culturas alimentares em pelo menos 50.000
hectares até 2019, sendo pelo menos 20.000 hectares através do investimento
privado.
iv. Capacitação e operacionalização dos serviços públicos de irrigação à medida das
responsabilidades e desafios no quadro da estratégia de irrigação, a nível central e
local, até 2011;
v. Operacionalização e expansão de acesso a instrumentos de incentivo
estabelecidos pelo Governo para subsector de irrigação até 2012;
vi. Expansão de abertura de pelos 500 de furos para o abeberamento de gado em
zonas com potencial pecuário.
4.7.1 Geral
4.7.2 Específicos
4.7.2.1 Investimento e Financiamento
Assegurar a criação de ambiente para a atracção de investimentos no Sub-sector.
Melhorar a ocupação dos solos Peri-urbanos com potencial hidro-agrícola, e incentivar a sua
produtividade
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i. Encorajar a sub-contratação de empresas locais nos concursos nacionais bem como a
sua capacitação técnica, com vista a torna-las mais competitivas
4.8.4 Aproveitamento de Regadios
i. Participar no planeamento e gestão de bacias hidrográficas, particularmente da
atribuição de águas e protecção contra cheias
ii. Desenvolver a capacidade técnica do Sub-sector de Irrigação a todos os níveis
iii. Assessorar tecnicamente na concepção, construção e/ou reabilitação de regadios,
valorizando as iniciativas locais e envolvendo os futuros utilizadores em todas as fases
de preparação dos projecto
iv. Realizar acções de capacitação dos utentes de regadios, prestando uma atenção
particular para a mulher no domínio de tecnologias de irrigação e na gestão de
perímetros irrigados para garantir a sua rentabilização
v. Promover a construção de infra-estruturas de armazenamento de água e obras de
regulação.
vi. Replicar as boas práticas e experiências relacionadas com as parcerias privado-e
agricultores comerciais emergentes contratados
vii. Contribuir para estimular os papéis dos vários actores na planificação e gestão
integrada dos recursos hídricos e assegurar mecanismos funcionais de interacção
institucional no Subsector de irrigação, reconhecendo a bacia hidrográfica como
unidade de planificação e de gestão integrada
5. Implementação da Estratégia
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Todavia, eventuais formas mais expeditas de financiamento ao subsector serão
consideradas ao longo da implementação da estratégia.
Dado que os projectos de irrigação são frequentemente mais onerosos que a média dos
projectos de desenvolvimento local, será difícil a sua priorização no pacote orçamental
distrital. Assim, a curto e médio prazo, o financiamento dos projectos de irrigação
continuará a ser suportado ao central para as iniciativas locais de irrigação, ou de
identificação de outras formas proactivas.
7. Monitoria e Avaliação
A Monitoria e Avaliação (M&A) é uma das componentes chave da futura estratégia. Ao Estado
cabe ainda a monitoria da eficiência de rega e avaliar os impactos dos projectos de
desenvolvimento hidro-agrícola sobre as condições ambientais e socio-económicas, definir as
medidas de mitigação e correctivas necessárias bem como zelar pelo seu cumprimento.
A nível macro e a nível do Sector Agrário a irrigação contribui para a realização de objectivos e
metas no âmbito dos programas quinquenais do Governo traduzidos nos Planos Económicos e
Sociais (PES). A monitoria das metas estabelecidas na proposta de estratégia enquadrar-se-á
no sistema de avaliação do desempenho do Sector Agrário quer através dos órgãos centrais
de direito (a escala nacional) quer atravês dos governos provinciais (a nível local).
Adicionalmente, a futura estratégia contará com um sub-sistema interno de M&A destinado a
avaliar continuamente a implementação da estratégia, incluindo a realização de análises
pertinentes, em particular com base nos indicadores de “input” e desempenho estabelecidos.
Neste contexto será importante garantir pelo menos a revisão anual de investimento público
no Sub-sector da Irrigação de forma relaciona-lo com desempenho. Prevê-se a realização de
uma avaliação de meio-termo por volta de 2015.
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