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CONTEXTO
1/ Apresentação da AVSF
2/ Apresentação da OGD
A OGD - Organização Guineense para Desenvolvimento, é uma Organização Não Governamental,
sem fins lucrativos, fundada em outubro de 2014, por uma equipa de técnicos nacionais após a
cessação das atividades da ONG SNV. A missão da OGD é de promover alternativas de
desenvolvimento sustentáveis e adaptadas ao contexto, facilitar o acesso e o desenvolvimento de
conhecimentos, capacidades, serviços e oportunidades de forma sistémica que possam permitir as
comunidades melhorar as suas condições de vida, tornando-se produtivas e utilizando de forma
racional e sustentável os recursos e meios de que dispõem. Para concretizar a sua missão, a OGD
intervém em duas áreas: Acesso a serviços básicos e Produção Rendimento e Emprego.
Para cumprir com a sua missão, a OGD tem estado a implementar projetos comunitários nos setores
de Agricultura, Água Saneamento e Higiene e Educação em diferentes localidades da Guiné-Bissau.
A Guiné-Bissau é o quinto país mais pobre do mundo. A agricultura da Guiné-Bissau é apoiada por
dois pilares fundamentais, o arroz como cultura alimentar e o caju como cultura comercial. A
dependência excessiva destas duas culturas expõe dois terços da população a choques económicos.
Para alcançar um crescimento sustentado e reduzir a pobreza, a diversificação é essencial.
Vários projectos estão a ser implementados na Guiné-Bissau para melhorar a vulnerabilidade dos
agricultores à produção de arroz, aumentando a sua produtividade, bem como algumas iniciativas no
sector hortícola. Contudo, para além de um grande projecto sobre o sector da manga e do projecto
"TÉ BAMGHAKO: reabilitação económica das populações residentes nas Ilhas Bolama e Caravela,
através do apoio à geração de rendimentos, auto-emprego e mobilidade" levado a cabo pelo OGD e
AVSF, muito poucas acções estão a ser levadas a cabo para permitir aos produtores aumentar os seus
rendimentos através da fruticultura e transformação dos produtos.
A região de Bolama-Bijagós é uma das 9 regiões administrativas do país: dividida em 4 sectores
administrativos (Bolama, Bubaque, Caravela e Uno). A região tem uma população de cerca de 33.000
habitantes, quase metade dos quais (47,2%) vive com menos de 2 dólares por dia e 23% com menos
de 1 dólar por dia. O departamento administrativo de Bolama - a sede da região - tem cerca de
10.206 habitantes e o seu território é constituído por uma área insular (Ilhas Bolama e Ilha Galinhas)
e outra no continente. O desemprego é um grande flagelo porque a falta de infra-estruturas e o
isolamento fazem destes dormitórios insulares, onde jovens e mulheres se encontram em
actividades de subsistência, sem poderem melhorar positivamente as suas condições de vida. Aqui,
os jovens enfrentam enormes dificuldades: acesso difícil ao financiamento, falta de formação, etc. As
mulheres, mais de um terço da população activa, são o segmento mais vulnerável devido ao seu
acesso limitado aos factores de produção: formação, equipamento e capital. A única esperança de
emprego é a função pública, já que as empresas estão quase exclusivamente presentes nas ilhas
turísticas (das quais Bolama não faz parte). O enfraquecimento do sector privado, devido ao
encerramento
do território, afectou fortemente a produção alimentar, e levou a que mais de 90% das necessidades
da região das ilhas fossem cobertas por importações do continente.
Actualmente, as iniciativas de processamento em Bolama são dificultadas pela falta de pontos de
venda comerciais. O problema dos transportes é um dos mais importantes obstáculos ao
desenvolvimento económico nesta região predominantemente insular. Os produtos agrícolas são
frequentemente vendidos ao desbarato ou trocados para o acesso a certas necessidades básicas.
Para além da castanha de caju, a ilha de Bolama é também o lar de uma grande variedade de
frutos silvestres e outros produtos agrícolas que são únicos da região e altamente valorizados.
Estes produtos fazem parte do património agrícola de Bolama. Esse é o caso da fruta-pão
(Artocarpus altilis) e da miséria (Anisophyllea laurina) que são subvalorizados, sendo o seu
consumo e aproveitamento unicamente in natura.
Breve descrição do Projeto
Sabendo que os pequenos produtores tem chances reduzidas de prosperar e ter lucro ao operarem
sozinhos, as OGD e AVSF apostam no reforço de capacidades das organizações de produtores (OP) de
modo a que estejam capazes não só de unir esforços entre eles mas também para que as OP possam
prestar serviços de qualidade e sustentáveis aos seus membros e associados.
DESCRIÇÃO DO POSTO
Detalhes do Posto:
Sob a supervisão direta do Responsável de Reforço Organizacional, apoiado pelo Supervisor de
Desenvolvimento Comunitário, o/a TDC será encarregado/a de assegurar a animação e a mobilização
e o acompanhamento dos beneficiários nas zonas de intervenção em torno dos objetivos do projeto.
Em resumo, o animador (a) deverá se posicionar como conselheiro técnico dos beneficiários e dos
responsáveis das OP parceiras intervindo numa primeira fase sob supervisão dos seus responsáveis
hierárquicos.
Ele (a) irá beneficiar no quadro da execução das suas tarefas, de um enquadramento preciso do
responsável do seu superior hierárquico que define os seus objetivos e plano de trabalho. E
igualmente do apoio de toda a equipa técnica do projeto
.
Ele (a) deve assegurar que haja uma boa relação e coordenação das atividades do projeto com os
outros intervenientes do sector e da zona (serviços técnicos estatais, outras ONG’s ou projetos, etc…)
e informar regularmente o responsável de projeto de todas as evoluções do ambiente institucional
na zona de intervenção.
CONDIÇÕES
- Posto com base em Bolama
- Com possíveis deslocações frequentes a Bissau e às ilhas de intervenção do projecto
(Bolama, Galinhas, Caravela e Carache).
PERFIL
- Técnico de desenvolvimento comunitário com pelo menos 2 anos de experiência
- Curso médio ou profissional em contabilidade, gestão ou economia
- Experiência contabilidade e gestão
- Experiência nas fileiras de fruticultura e/ou avicultura será uma vantagem
- Capacidade para trabalhar em equipa.
- Capacidade para trabalhar sob pressão.
- Capacidades de programação e de seguimento/avaliação das ações.
- Titular de uma carta de condução (motorizada ou viatura) e grande capacidade de
mobilidade.
- Experiência e/ou conhecimentos nas áreas identificadas (certificados exigidos).
- Experiência e/ou conhecimentos das zonas de intervenção serão uma vantagem.
- Línguas: crioulo e português falado e escrito obrigatório, bom conhecimento do francês será
considerado uma vantagem.
CANDIDATURA
As/Os candidatas/os interessadas/os devem enviar a sua candidatura (carta de interesse, CV e pelo menos três
referências profissionais) sob a referência "Tecnico de Desenvolvimento Comunitário do Projeto Té Bamghako"
até 31 de julho de 2023 por correio eletrónico para ogdbissau@gmail.com.