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1. DIVISÃO DE AGRICULTURA
JUSTIFICATIVA
As ações básicas da área técnica fundamentam-se na agricultura caracterizada pelo
uso racional do solo priorizando a recuperação da área degradada do Estado, bem como a
utilização da irrigação artificial, seleção e cruzamento de vegetais, controle/combate às pragas
e doenças, com a utilização da tecnologia, tendo como fim a otimização da produtividade.
Essas atividades realizadas no Estado, a partir das comunidades, necessitam
fundamentalmente de uma coordenação específica.
Pelo conhecimento de causa da Extensão Rural, conquistado ao longo de sua
existência, essas ações, em determinados aspectos não conseguem decolar, pela razão de
que elas demandam interfaces, das quais as sedes locais não conseguem alcançar pelas
suas naturais limitações.
Outra forte razão baseia-se no fato de que o ano agrícola diverge do ano civil. Plantio
e colheita são atividades intransferíveis.
Há dados de imensas perdas de produção, a título de exemplo, pela falta dessa
referência (a Divisão proposta) .
2. DIVISÃO DE EXTRATIVISMO
JUSTIFICATIVA
A atividade extrativa vegetal e animal tem grande significado econômico e social para
o Estado do Amapá, no contexto do Programa de Desenvolvimento Sustentável, servindo
como forma alternativa de sobrevivência dos povos da floresta, onde além de absorver grande
parte da mão-de-obra, se distingue por suas potencialidades na produção de alimentos e
matéria-prima para as indústrias.
Esses aspectos não se restringem apenas na coleta, existe todo um processo de
transporte, beneficiamento, comercialização, organização dos extrativistas, com amplas
perspectivas de crescimento econômico para as comunidades.
No mercado globalizado da atualidade, torna-se necessário uma articulação efetiva
junto aos diversos segmentos que atuam na cadeia produtiva dos produtos extrativistas.
Neste sentido a Divisão de Extrativismo, que já existe no Organograma atual, apenas atuaria
mais diretamente, inclusive juntos às associações e cooperativas.
3 – DIVISÃO DE PECUÁRIA
JUSTIFICATIVA
Um dos grandes equívocos da estruturação do Organograma vigente, foi o fato de se
ter abolido o Setor de Crédito Rural, uma vez que as atividades do Setor Produtivo,
fundamentalmente, necessitam desse incremento.
No transcurso dos dois últimos anos, o RURAP conseguiu otimizar a expansão da
escala de financiamento, com volumes de recursos nunca antes atingido no Estado,
superando largamente as metas previstas para o exercício. No quadro em anexo, pode-se ter
uma idéia da performance aludida.
través da informatização da Empresa, com a aquisição de modernos equipamentos
para todas as Sedes Locais, as atividades de crédito rural, com abundantes esclarecimentos
das normas operacionais de todas as modalidades vigentes, implicará mais ainda na dinâmica
de atuação de uma Divisão que possa de fato tomar para si esta responsabilidade de
tamanha importância às famílias rurais
JUSTIFICATIVA
O convênio firmado com o Incra possibilitou ao RURAP efetuar uma assistência
técnica mais efetiva junto às famílias assentadas, as quais certamente estão contribuindo no
processo produtivo do Estado, além do fato de que são cinco mil famílias que estão sendo
beneficiadas no campo, com perspectivas de emprego e renda, benefícios esses que não
possuíam na cidade.
Os trabalhos da Divisão de Reforma Agrária estarão em articulação com outros
setores do Estado, a partir do princípio de que não basta colocar o cidadão numa terra. É
preciso, além disso proporcionar escola, posto médico, luz elétrica, mecanismos de
escoamento da produção, o que exige uma ação continuada, junto aos órgãos competentes.
JUSTIFICATIVA
O processo de transformação dentro da cadeia produtiva dos produtos oriundos do
cultivo e do extrativismo, fruto de ações do Governo do Estado, a partir do enfoque
participativo das experiências das Cooperativas extrativas, desencadeou na inserção dos
produtores rurais e extrativistas no processo produtivo do Estado, vislumbrando a agregação
de valor da produção agroextrativista. Desta forma, em razão de sua caracteristica própria,
que é o fato de estar interiorizado, o RURAL em parceria com a SEICOM ministra os cursos
de agroindustrialização e assessora na instalação de equipamentos.
Neste sentido o RURAP precisa de uma estrutura de coordenação desse processo por
meio de uma Divisão com agilidade para atuar em todas as suas fases.
JUSTIFICATIVA
A participação da Extensão Rural no Setor Produtivo do Estado, acena hoje para
uma nova perspectiva dentro da ótica do Programa de Desenvolvimento Sustentável do
Amapá, cuja missão principal busca conciliar o saber científico do extensionista e o saber
empírico do produtor, através de uma dinâmica construída conjuntamente com a comunidade
local.
A Extensão Rural sempre buscou adaptar-se da forma mais viável possível, para
levar sua mensagem através de discussões críticas, nos aspectos econômico, social, político
e cultural. No entanto, com a criação do RURAP, foi dado prioridade apenas à assistência
técnica, em detrimento da Extensão Rural, inviabilizando inclusive a discussão de cidadania
na comunidade.
No momento em que todas as Empresas de Extensão Rural da Região Norte, num
esforço conjunto, empenham-se em construir um novo modelo, de tal forma a superar os
pontos de estrangulamento de sua ação em relação às demandas atuais, que fundamentam-
se na reestruturação da assistência técnica e extensão rural, a Divisão de Extensão
Tecnológica proposta, se enquadra perfeitamente nesse perfil, até pela facilidade em articular
ações tecnológicas, com a intenção de transformar os pequenos produtores em pequenos
empresários rurais.
JUSTIFICATIVA
O associativismo no meio rural amapaense caracteriza-se pela busca de alternativas
que possam viabilizar a organização de canais e fluxos mais favoráveis aos produtores e suas
famílias, tendo como referência as cooperativas e as associações que são organizações
formais. Ao lado dessas organizações há também as organizações não formais que surgem
da necessidade causada por situações imediatas, como os grupos de produtores, grupos de
senhoras, grupo de jovens, os quais fundamentam os mutirões, de capital importância na
zona rural.
O resgate da cidadania também insere-se nas ações de Organização Rural, a partir
da atividade cotidiana do extensionista, através de um enfoque educativo, onde o produtor é
visto como construtor do seu desenvolvimento sócio-econômico. No entanto sem a
participação da comunidade essas ações não conseguem surtir o efeito desejado. Eis por que
a Divisão de Organização Rural é de fundamental importância para o trabalho da Extensão
Rural, uma vez que é preciso haver uma centro de confluência, para dar suporte às Sedes
Locais, aos Regionais e consequentemente a Coordenadoria de Desenvolvimento Rural.
JUSTIFICATIVA
A aquisição de modernos computadores constituiu uma nova fase da Extensão Rural
no Estado, o que viabilizou a instalação do SIATER (Sistema de Informação de Assistência
Técnica e Extensão Rural), um software da EMATER-DF doado ao RURAP, onde foram feitas
algumas modificações, conforme a realidade local. Este programa viabiliza informações de
produção, produtividade, análise do rebanho e análise econômica da propriedade. Além de
permitir consultas rápidas e quaisquer informações agroextrativistas, a partir de um eficiente
banco de dados.
Em que pese as ações do Núcleo de Planejamento, o melhor desempenho do fluxo
dessas informações se dará através da descentralização. A Divisão de Informações tomará
para si toda essa atribuição, de tal forma que as Sedes Locais terão um acompanhamento
diário no aspecto da sistematização das informações geradas, além do acompanhamento de
campo.
JUSTIFICATIVA
A nova conjuntura do setor produtivo do Estado, estabeleceu as Sedes Locais como
agências de desenvolvimento, em função de sua característica básica de interiorização, com
uma infra-estrutura toda montada, possibilitando as ações dos extensionistas.
É nesta direção que começam a ser articuladas as parcerias para a implantação de
projetos sociais com amplos benefícios às famílias rurais, como forma de eliminar o êxodo
rural, normalmente ocorrido em função da carência de benefícios garantidos
constitucionalmente ao cidadão, tendo como exemplo a aposentadoria rural, cujo processo
inicial perfeitamente poderia partir das sedes locais, em função de alguns entendimentos
iniciados com o INSS.
Essas ações, por envolver outras Instituições não podem permanecer avulsas, razão
pela qual a Divisão proposta atende perfeitamente a problemática existente.